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Uma das aplicações do poder das pontas é a construção dos para-raios, que são
colocados nos altos de residências e edifícios para protegê-los dos raios. Os raios
são descargas elétricas que ocorrem na atmosfera.
Existem raios entre nuvens e também entre uma nuvem e a terra. Neste caso, na
maioria das vezes, trata-se de uma corrente de cargas negativas que vão da
nuvem para o solo. Quando isso ocorre é porque há uma nuvem com cargas
negativas na parte de baixo e positivas na parte de cima.
As cargas negativas da parte inferior da nuvem induzem cargas positivas no solo,
formando-se um campo elétrico entre a nuvem e o solo. Quando esse campo
elétrico é suficientemente intenso, produz a ionização das moléculas do ar,
ocasionando então a descarga (raio). Essa descarga é facilitada se sobre o solo
houver corpos condutores pontudos como por exemplo, edifícios, árvores ou
pessoas de pé, devido ao poder das pontas. É por esse motivo que durante uma
tempestade, não devemos nos abrigar sob uma árvore. Devemos também evitar
ficar de pé em lugares descampados, onde não haja outros condutores pontudos,
mais altos que nós; já houve vários casos de jogadores de futebol atingidos por
raios.
Um para-raios é uma haste metálica em cuja extremidade superior há pontas.
Assim, colocado no alto de um edifício, faz com que a descarga elétrica se dê
preferencialmente através dele. Essa descarga vai para a terra, através de um fio
metálico que liga o para-raios ao solo. Esse fio passa por suportes isolantes para
que não haja contato entre ele e o edifício.
O primeiro a destacar isso foi o grande físico inglês Michael Faraday (1791 -
1867). Ele construiu uma gaiola feita com tela metálica e colocada sobre suportes
isolantes. Colocou-se dentro da gaiola que, a seguir, foi eletrizada por seus
auxiliares. Realizou então vários experimentos elétricos para mostrar que eles não
eram afetados pela carga da gaiola.