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Distribuição de cargas

Dizemos que um condutor está em equilíbrio eletrostático quando no seu interior


não há movimento ordenado de seus elétrons livres, isto é, não há correntes
elétricas.Os elétrons livres ficam em movimento caótico, como ilustra figura.

Suponhamos que um condutor inicialmente neutro seja eletrizado. Apenas para


fixar ideias, suponhamos que ele tenha recebido carga negativa, isto é, elétrons.
Durante um intervalo de tempo muito curto (muito menor do que 1 segundo) esses
elétrons se repelem, formando pequenas correntes elétricas. No entanto, após
esse curtíssimo intervalo de tempo, é atingido o equilíbrio eletrostático, com os
elétrons em excesso distribuídos pela superfície do condutor, como ilustram.

Campo elétrico no condutor


Para que um condutor esteja em equilíbrio eletrostático é necessário que o campo
elétrico no seu interior seja nulo pois, se não fosse nulo, provocaria correntes no
interior do condutor e ele não estaria em equilíbrio eletrostático.No interior de um
condutor em equilíbrio eletrostático, o campo elétrico é nulo.
No entanto, na superfície do condutor pode haver campo elétrico não nulo, desde
que ele seja perpendicular à superfície como mostram.
Quando o condutor está eletrizado positivamente, o campo elétrico é de
afastamento e quando ele está eletrizado negativamente é de aproximação.
O Para-raios

Uma das aplicações do poder das pontas é a construção dos para-raios, que são
colocados nos altos de residências e edifícios para protegê-los dos raios. Os raios
são descargas elétricas que ocorrem na atmosfera.

Existem raios entre nuvens e também entre uma nuvem e a terra. Neste caso, na
maioria das vezes, trata-se de uma corrente de cargas negativas que vão da
nuvem para o solo. Quando isso ocorre é porque há uma nuvem com cargas
negativas na parte de baixo e positivas na parte de cima.
As cargas negativas da parte inferior da nuvem induzem cargas positivas no solo,
formando-se um campo elétrico entre a nuvem e o solo. Quando esse campo
elétrico é suficientemente intenso, produz a ionização das moléculas do ar,
ocasionando então a descarga (raio). Essa descarga é facilitada se sobre o solo
houver corpos condutores pontudos como por exemplo, edifícios, árvores ou
pessoas de pé, devido ao poder das pontas. É por esse motivo que durante uma
tempestade, não devemos nos abrigar sob uma árvore. Devemos também evitar
ficar de pé em lugares descampados, onde não haja outros condutores pontudos,
mais altos que nós; já houve vários casos de jogadores de futebol atingidos por
raios.
Um para-raios é uma haste metálica em cuja extremidade superior há pontas.
Assim, colocado no alto de um edifício, faz com que a descarga elétrica se dê
preferencialmente através dele. Essa descarga vai para a terra, através de um fio
metálico que liga o para-raios ao solo. Esse fio passa por suportes isolantes para
que não haja contato entre ele e o edifício.

Raio, relâmpago e trovão


O que chamamos de raio é a descarga elétrica. Essa descarga agita os átomos na
atmosfera fazendo com que eles emitam luz; essa luz é o relâmpago.
Outro efeito do raio é o grande aquecimento do ar provocando uma grande
expansão dos gases, produzindo-se assim um som muito intenso chamado trovão.
Blindagem eletrostática e a Gaiola de Faraday
A propriedade de ser nulo o campo elétrico no interior de um condutor em
equilíbrio eletrostático, vale também para o caso em que o condutor é oco, como
no caso da. Assim, um corpo qualquer, colocado na parte oca não sentirá efeitos
elétricos vindo do exterior. Dizemos que o condutor oco estabelece uma
blindagem eletrostática em torno do corpo colocado no seu interior.

O primeiro a destacar isso foi o grande físico inglês Michael Faraday (1791 -
1867). Ele construiu uma gaiola feita com tela metálica e colocada sobre suportes
isolantes. Colocou-se dentro da gaiola que, a seguir, foi eletrizada por seus
auxiliares. Realizou então vários experimentos elétricos para mostrar que eles não
eram afetados pela carga da gaiola.

Na Figura a cima ilustramos um experimento em, que, por meio de um aparelho


elétrico, foi produzida uma grande faísca elétrica (semelhante a um raio) que foi
lançada sobre a carcaça de um automóvel. Como a carcaça é metálica e está
sobre suportes isolante (pneus de borracha) o passageiro nada sente

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