genoma Apresentação DA DISCIPLINA Noções de eletricidade
É o ramo da ciência que estuda uso de circuitos
formados por componentes elétricos e eletrônicos, com o objetivo principal de transformar, transmitir, processar e armazenar energia. Bibliografias recomendadas CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE
A história da eletricidade inicia-se no século VI a.C.
com uma descoberta feita pelo matemático e filósofo grego Tales de Mileto (640-546 a.C.), um dos sete sábios da Grécia antiga. Ele observou que o atrito entre uma resina fóssil (o âmbar) e um tecido ou pele de animal produzia na resina a propriedade de atrair pequenos pedaços de palha e pequenas penas de aves. Como em grego a palavra usada para designar âmbar é élektron, dela vieram as palavras elétron e eletricidade. CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE Por mais de vinte séculos, nada foi acrescentado à descoberta de Tales de Mileto. No final do século XVI, William Gilbert (1540-1603), médico da rainha Elizabeth I da Inglaterra, repetiu a experiência com o âmbar e descobriu que é possível realizá-la com outros materiais. Nessa época, fervilhavam novas ideias, e o método científico criado por Galileu Galilei começava a ser utilizado. CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE Gilbert realizou outros experimentos e publicou o livro De magnete, que trazia também um estudo sobre ímãs. Nele, Gilbert fazia clara distinção entre a atração exercida por materiais eletrizados por atrito e a atração exercida por ímãs. Propunha também um modelo segundo o qual a Terra se comporta como um grande ímã, fazendo as agulhas das bússolas se orientar na direção norte-sul. CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE Por volta de 1729, o inglês Stephen Gray (1666-1736) descobriu que a propriedade de atrair ou repelir poderia ser transferida de um corpo para outro por meio de contato. Até então, acreditava-se que somente por meio de atrito conseguia-se tal propriedade.
Retrato do físico Stephen Gray
CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE
Nessa época, Charles François Du Fay (1698-1739)
realizou um experimento em que atraía uma fina folha de ouro com um bastão de vidro atritado. Porém, ao encostar o bastão na folha, esta era repelida. Du Fay sugeriu a existência de duas espécies de “eletricidade”, que denominou eletricidade vítrea e eletricidade resinosa. Retrato do físico Charles François Du Fay CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE
Em 1747, o grande político e cientista norte-americano Benjamin Franklin
(1706-1790), o inventor do para-raios, propôs uma teoria que considerava a carga elétrica um único fluido elétrico que podia ser transferido de um corpo para outro: o corpo que perdia esse fluido ficava com falta de carga elétrica (negativo); e o que recebia, com excesso de carga elétrica (positivo). Hoje sabemos que os elétrons é que são transferidos. Um corpo com “excesso” de elétrons está eletrizado negativamente e um corpo com “falta” de elétrons encontra-se eletrizado positivamente. CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE CARGA ELÉTRICA
Como sabemos, no núcleo de um átomo encontramos
partículas denominadas prótons e nêutrons. Ao redor do núcleo, na região chamada eletrosfera, movem-se outras partículas, denominadas elétrons. A massa de um próton e a massa de um nêutron são praticamente iguais. A massa de um elétron, porém, é muito menor: quase 2 mil vezes menor que a do próton. CARGA ELÉTRICA
Se um próton, um nêutron e um elétron passarem
entre os polos de um ímã em forma de U, como sugere a figura a seguir, constataremos que o próton desviará para cima, o elétron desviará para baixo e o nêutron não sofrerá desvio. (A teoria referente a esses desvios será apresentada na Parte III deste volume em Eletromagnetismo.) CARGA ELÉTRICA
Esse resultado experimental revela que os prótons e
os elétrons têm alguma propriedade que os nêutrons não têm. Essa propriedade foi denominada carga elétrica, e convencionou-se considerar positiva a carga elétrica do próton e negativa a carga elétrica do elétron. Entretanto, em valor absoluto, as cargas elétricas do próton e do elétron são iguais. Esse valor absoluto é denominado carga elétrica elementar e simbolizado por e. Recebe o nome de elementar porque é a menor quantidade de carga que podemos encontrar isolada na natureza. CARGA ELÉTRICA
A unidade de medida de carga elétrica no SI é o
coulomb (C), em homenagem ao físico francês Charles Augustin de Coulomb (1736-1806). CARGA ELÉTRICA
Comparada com a unidade coulomb, a carga elementar é extremamente
pequena. De fato, o valor de e, determinado experimentalmente pela primeira vez pelo físico norte-americano Robert Andrews Millikan (1868-1953), é: CARGA ELÉTRICA
É preciso salientar ainda que 1 coulomb,
apesar de corresponder a apenas uma unidade de carga elétrica, representa uma quantidade muito grande dessa grandeza física. Por isso, costumam-se usar submúltiplos do coulomb. Veja na tabela a seguir os principais submúltiplos. QUANTIZAÇÃO CARGA ELÉTRICA
A carga elétrica de um corpo é quantizada, isto é, ela sempre é um múltiplo
inteiro da carga elétrica elementar. Isso é verdade porque um corpo, ao ser eletrizado, recebe ou perde um número inteiro de elétrons.
Representando por Q a carga elétrica de um corpo eletrizado qualquer, temos:
Processos de Eletrização Processos de Eletrização
• Experimentalmente, comprova-se que, ao atritar entre si dois corpos neutros
de materiais diferentes, um deles recebe elétrons do outro, ficando eletrizado com carga negativa, enquanto o outro – o que perdeu elétrons – adquire carga positiva.
• Ao se atritar, por exemplo, seda com um bastão de vidro, constata-se que o
vidro passa a apresentar carga positiva, enquanto a seda passa a ter carga negativa. Entretanto, quando a seda é atritada com um bastão de ebonite, ela torna-se positiva, ficando a ebonite com carga negativa.
• Os corpos atritados adquirem cargas de mesmo módulo e sinais opostos.
Processos de Eletrização Processos de Eletrização A partir do experimento descrito, surgiu a conveniência de se ordenarem os materiais em uma lista chamada série triboelétrica. A confecção dessa lista obedece a um critério bem definido: um elemento da relação, ao ser atritado com outro que o segue, fica eletrizado com carga elétrica positiva e, ao ser atritado com o que o precede, fica eletrizado com carga elétrica negativa. Eletrização por Contato • Quando dois ou mais corpos condutores são colocados em contato, estando pelo menos um deles eletrizado, observa-se uma redistribuição de carga elétrica pelas suas superfícies externas. • Considere, por exemplo, dois condutores A e B, estando A eletrizado negativamente e B, neutro. • É importante observar que, ao se fazer contato entre esses dois condutores, obtém-se um novo condutor de superfície externa praticamente igual à soma das superfícies individuais. • Assim, a carga elétrica de A redistribui-se sobre a superfície total. • É importante também notar que o corpo neutro adquire carga de mesmo sinal da carga do corpo inicialmente eletrizado e que a soma algébrica das cargas elétricas deve ser a mesma antes, durante e depois do contato. Eletrização por Contato Eletrização por Contato
• Considere o caso particular de esferas condutoras de mesmo raio.
• Nessas esferas, a redistribuição é feita de tal forma que temos, no final, cargas iguais em cada uma delas. Eletrização por Indução
Usando a indução eletrostática, podemos eletrizar um condutor. Para isso,
devemos:
1. Aproximar o indutor (condutor eletrizado) do induzido (condutor neutro).
Eletrização por Indução
Usando a indução eletrostática, podemos eletrizar um condutor. Para isso,
devemos:
2. Na presença do indutor, ligar o induzido à terra.
Eletrização por Indução
Usando a indução eletrostática, podemos eletrizar um condutor. Para isso,
devemos:
3. Desligar o induzido da terra.
Eletrização por Indução
Usando a indução eletrostática, podemos eletrizar um condutor. Para isso,
devemos:
4. Agora, podemos afastar o indutor do induzido.
Lei de Coulomb Lei de Coulomb Lei de Coulomb Lei de Coulomb Lei de Coulomb Lei de Coulomb Lei de Coulomb Lei de Coulomb Campo Elétrico Campo Elétrico Campo Elétrico Campo Elétrico • Para melhor compreensão, considere uma região do espaço inicialmente livre da influência de qualquer carga elétrica. Coloquemos nessa região um corpo eletrizado com carga elétrica Q. A presença desse corpo produz nos pontos da região uma propriedade física a mais: o campo elétrico gerado por Q. • Se uma carga de prova q for colocada em um ponto P desse campo, uma força elétrica Fe atuará sobre ela. O vetor campo elétrico estabelecido no ponto P pela carga Q é então definido pelo quociente da força Fe pela carga de prova q: Campo Elétrico Campo Elétrico Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico • Para melhor entendimento, imagine uma região do espaço onde não existam influências de massas ou de cargas elétricas. Colocando-se aí uma partícula eletrizada com carga Q, essa região ficará sob a influência dessa carga elétrica, existindo agora um campo elétrico E gerado por Q. Em cada ponto dessa região podemos indicar o campo elétrico por meio do vetor E. • Para calcularmos a intensidade do vetor campo elétrico em um ponto P situado a uma distância d da carga fonte Q, imagine uma carga de prova q nesse ponto. Nessa carga aplica a lei de Coulomb. Orientação do Vetor Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico Orientação do Vetor Campo Elétrico Campo Elétrico Devido a Duas ou Mais Partículas Eletrizadas Campo Elétrico Devido a Duas ou Mais Partículas Eletrizadas Linhas de Força de Um Campo Elétrico Linhas de Força de Um Campo Elétrico Linhas de Força de Um Campo Elétrico Linhas de Força de Um Campo Elétrico Linhas de Força de Um Campo Elétrico Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Atividade Dois corpos A e B de materiais diferentes, inicialmente neutros e isolados de outros corpos, são atritados entre si. Após o atrito, observamos que:
a) um fica eletrizado positivamente e o outro continua neutro.
b) um fica eletrizado negativamente e o outro continua neutro. c) ambos ficam eletrizados negativamente. d) ambos ficam eletrizados positivamente. e) um fica eletrizado negativamente e o outro, positivamente. Atividade Atividade Atividade Atividade Dúvidas? Obrigado e bom semestre!
Ser bom não é ser bonzinho: Como a comunicação não violenta e a arte do palhaço podem te ajudar a identificar e expressar as suas necessidades de maneira clara e autêntica – e evitar julgamentos, como o deste título