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MANEJO FLORSTAL SUSTNTÁVEL

CAATINGA:

O manejo florestal sustentado da caatinga consiste na


obtenção continuada de produtos e serviços da floresta,
mantendo a sua capacidade produtiva e garantindo a sua
conservação. Uma vez definida a área a ser manejada,
um inventário florestal quantifica e qualifica seu
potencial florestal. A partir deste conhecimento, da
demanda de mercado e da taxa de crescimento e
regeneração da floresta, define-se o potencial de
produção anual de cada área.O bioma caatinga, com área
de 850 mil km2, é exclusivamente brasileiro. Ocorrendo
em uma região semi-árida, sua vegetação é arbórea-
arbustiva, variando de densa a aberta, com estrato
herbáceo abundante no período chuvoso e presença de
cactos e bromélias. Historicamente, a caatinga vem
sendo utilizada para atender às mais diversas demandas
da população sertaneja, desde a lenha e o carvão para
indústrias e domicílios, madeiras para construção rural
(varas, estacas, mourões, etc), toras para serraria e
muitos produtos florestais não-madeireiros, como frutos,
cascas, óleos, resinas, fibras, etc.
Por seu papel fundamental como forragem nativa para a
pecuária e na recuperação da fertilidade dos solos
agrícolas, através de pousios, a caatinga faz parte integral
dos sistemas produtivos do semi-árido. Existe uma
necessidade urgente de promover o manejo florestal da
caatinga, por várias razões:
Atender, de forma sustentada, à demanda atual e futura
de energéticos florestais. A lenha e o carvão vegetal da
caatinga fornecem um terço da demanda energética
industrial e comercial da região Nordeste (entre 5 e 6
milhões m³ anuais), com tendência crescente.
Possibilitar o uso produtivo e a geração de renda positiva
nas áreas com vegetação nativa, aumentando
oportunidades de trabalho e renda para a população
rural.
Combater as tendências de desmatamento (legal e ilegal)
para câmbio de uso do solo e exploração de madeira.
Conservar a biodiversidade, complementando o papel
das Unidades de Conservação.
Contribuir substancialmente na redução dos riscos de
desertificação e diminuir a vulnerabilidade regional,
frente às mudanças climáticas.
Conservar os estoques de carbono e produzir energia
renovável, poupando emissões de gases de efeito estufa.

MANEJO FLORSTAL SUSTNTÁVEL


MATA Atlântica:
No Bioma Mata Atlântica, a supressão de vegetação para
instalação de atividades agropecuárias e a exploração
florestal madeireira vinha sendo realizada sem qualquer
critério até meados da década de 1990. Isso impactou
quase a totalidade das florestas no estado de Santa
Catarina. As áreas que não foram desmatadas sofreram
intensa exploração madeireira e foram fragmentadas ao
extremo.

Para frear a degradação que vinha ocorrendo, o governo


federal publicou, em 1990, o Decreto nº 99.547, cujo
Artigo 1º vetou por prazo indeterminado o corte e a
respectiva exploração da vegetação nativa da Mata
Atlântica em todo o Brasil.

Posteriormente, essa normativa foi substituída pelo


Decreto nº 750 de 10 de fevereiro de 1993, o qual
manteve a proibição, mas em seu Artigo 2º especificava
que a exploração seletiva das espécies nativas nas áreas
cobertas por vegetação primária ou secundária nos
estágios avançado e médio de regeneração da Mata
Atlântica, poderia ser realizada desde que fossem
observados alguns critérios para a autorização, como a
elaboração de planos fundamentados em estudos prévios
técnico-científicos de estoques e de garantia de
capacidade de manutenção das espécies florestais. Em
outras palavras, a exploração florestal no bioma Mata
Atlântica só poderia ser realizada mediante o Manejo
Florestal Sustentável.

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