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UNIVERSIDAD DEL VALLE

Facultad de Humanidades
Escuela de Ciencias del Lenguaje
Departamento de Lenguas y Culturas Extranjeras

Desmatamento da floresta na amazônia


“A principal causa do desmatamento no território colombiano é a expansão da fronteira
agrícola” (Guillermo Rico, 2017)

Na Colômbia, atualmente, são utilizados 3% dos


hectares aptos para plantações florestais e 23% das
terras aptas para a agricultura, porém o dobro dos
hectares aptos são utilizados para a pecuária, sendo os
principais responsáveis pela perda da cobertura de
florestas tropicais e florestas secas do país, gerando
impactos negativos sobre os recursos naturais.

Segundo um relatório do Fedesarrollo (Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais), as


principais causas do desmatamento em nossa nação são a extensão do setor agrícola,
principalmente a pecuária extensiva, culturas ilícitas, exploração madeireira ilegal, mineração
e infra-estruturas, incêndios florestais e crescimento populacional. Segundo Helena Garcia,
pesquisadora do Fedesarrollo, a pecuária equivale a 60% do desmatamento total do país; esse
percentual inclui a pecuária produtiva e aquela introduzida como forma de garantir a posse da
terra.

Soma-se a isso a relação entre a pecuária, a exploração madeireira e a queima de


árvores. Este processo tem sido tão forte em países tropicais, como a Colômbia, que nas
últimas décadas esta indústria foi condenada como uma grande ameaça ecológica à floresta
tropical. O Fedesarrollo relata que a Amazônia é a região com mais hectares desmatados que,
em sua maior parte, são destinados à criação de pastagens: “Entre os anos 2000 e 2005, foram
transformados um total de 278.111 hectares de floresta em pastagens (49% dos hectares
transformados). Neste período, também se observa transformação para áreas agrícolas 20% e
floresta degradada em 26%, indicativos de exploração madeireira seletiva, cultivos ilícitos ou
queimadas. Entre 2005 e 2010, o desmatamento diminuiu na região, no entanto, a
transformação de florestas em pastagens continuou sendo o primeiro fator de desmatamento,
explicando dois terços da área desmatada na Amazônia”, dados do relatório do Fedesarrollo.
A situação é preocupante em relação às questões de perda de biodiversidade. A Orinoquia
possui 30,3% de terras intensamente transformadas, principalmente em Meta e Casanare; as
terras desta região foram convertidas, em sua maior parte, em pastagens introduzidas e
naturalizadas. Na região Andina, Caribe e Pacífico, a pecuária também apresenta estatísticas
significativas.
Nas últimas duas décadas, o IDEAM
(Instituto de Hidrologia, Meteorologia e
Estudos Ambientais da Colômbia) apurou
que 2.567.326 hectares de floresta foram
perdidos na região amazônica devido ao corte
indiscriminado de árvores com o objetivo
principal de converter essas terras. Nas áreas
da pecuária, este relatório revela que Meta,
Caquetá e Guaviare são os departamentos
mais afetados e que possuem a maior
população da área que vive da pecuária de
pequena e média escala.

Atualmente estima-se que entre 600.000 a 700.000 propriedades pecuárias, excluindo


aves, suínos, peixes e outras espécies, estejam concentradas no território nacional, destruindo
mais de 50% das terras agrícolas, selvas, parques nacionais, reservas florestais, entre outros,
gerando problemas químicos graças aos nitratos que se infiltram no solo, destroem-no,
formam desertos, provocam erosão acelerada, acidificam-no, salinizam-no, provocando a
perda da fertilidade do solo e de biodiversidade. O nosso território nacional tem apenas
vocação pecuária de 16% e mais de 50% é ocupado por esta indústria. A pecuária intensiva
(empilhamento de animais explorados) gera estresse, má nutrição, propagação de doenças e
infecções que levam ao abuso de antibióticos para evitar epidemias e, por sua vez, fortalecem
os microrganismos patogênicos, abrindo portas a novas doenças e catástrofes sociais,
ambientais e econômicas. A pecuária extensiva (uso de grandes áreas de terra) tem
estatísticas exacerbadas: cerca de uma cabeça de carne bovina para cada cinco hectares e, no
caso da Amazônia, uma cabeça de carne bovina para cada dez hectares.

Caquetá é o departamento com maior


desmatamento do país; o governador passado, Arnulfo Gasca, durante sua gestão se
concentrou no fomento da pecuária. Durante sua campanha eleitoral em 2019, havia
prometido detê-la, mas seis meses depois de vencer as eleições optou por mega propostas
para fortalecer esta indústria, negócio ao qual ele e sua família pertencem. Em apenas três
meses (de janeiro a abril de 2020), foram perdidos o mesmo número de hectares de selva que
em todo o ano de 2016 (cerca de 25.000), o que seria como derrubar duas vezes a área urbana
de Barranquilla. A pecuária extensiva ganhou muita força no departamento: em 2015, antes
do acordo de paz, havia 1,3 milhão de cabeças de gado em 14.221 fazendas; em 2020, eram
22.691 fazendas com 2,3 milhões de cabeças de gado. O Governador Gasca promoveu dois
projetos que somam ao redor de 75 bilhões de pesos colombianos em favor da pecuária, o
primeiro custa cerca de 60 bilhões, este visa melhorar geneticamente bovinos para a
superprodução de laticínios e melhorar os frigoríficos de gado San Vicente e Florencia para
15 bilhões de pesos, enquanto no mesmo plano de desenvolvimento existem apenas dois
projetos voltados ao reflorestamento e cujo valor não ultrapassa os 30 milhões de pesos. A
meta de reflorestamento nos quatro anos de mandato do governador é muito baixa, apenas 10
mil hectares, quantidade que não ultrapassa a metade dos hectares que foram devorados nos
primeiros quatro meses de mandato.
Os municípios de San Vicente del Caguán, Cartagena del Chairá e Porto Rico são os
municípios com mais hectares desmatados e maior número de pecuária, primeiro com 1,1
milhão de cabeças de gado, segundo com 349 mil e terceiro com 229 mil, com um total de 22
mil hectares desmatados, e sua explicação é sociopolítica. Antigamente, as FARC existiam
como guerrilha limitada à pecuária extensiva através da retirada de imposições ou proibição
total, mas atualmente, agricultores e grandes pecuaristas estão localizados em áreas como os
parques naturais de Caquetá sem restrições, porque não há autoridades ambientais na área, ou
com autorização de dissidentes das FARC. Nestes casos, também é comum a intenção de
monopolizar territórios, introduzir gado, apropriar-se de terrenos baldios, vendê-los, ou o
novo proprietário continuar a cortar madeira, introduzir mais gado, e assim por diante. O
Governador Gasca durante seu mandato decidiu priorizar esse sistema econômico
ambientalmente predatório.

Pode-se observar o inegável pedido de ajuda que estão fazendo as florestas, as selvas
e as terras nas diferentes regiões do país. Em cada setor que há matamento e pecuária
extensiva, há um benefício econômico para as pessoas, mas deve-se ter em conta que o bem
estar do meio ambiente e as florestas tropicais naturais são fonte de vida e esta última não
existe sem natureza. A situação tem piorado nos últimos anos. Mais da metade da floresta no
país tem sofrido desmatamento para a produção da indústria pecuária, o que tem deixado
mais que danos ao longo dos territórios que têm arrasado. É preciso uma mudança na relação
com o meio ambiente com urgência.

Teria-se que analisar possíveis


soluções à problemática meio ambiental
gerada. Uma delas poderia ser gerar uma
proposta de política pública a partir do
governo central, onde seja regulado o
desmatamento da floresta para o uso de
pecuária extensiva, pastagens ou qualquer
uso que não esteja dirigida à proteção do
território natural, assim como procurar a
proteção dos recursos naturais e limitar o
dano ambiental até agora causado,
reflorestar também mais do que tem sido danificado, deixar em liberdade os animais
explorados e identificar como ajudar na recuperação dos solos que foram danificados pela
erosão. É vital que como nação sejam valorizados os territórios e seus ecossistemas para o
bem estar dos animais, a vegetação e comunidades que habitam ao redor, no país e no mundo
inteiro.

Apresentação

Contextualização do problema:

Introdução: Nós vamos falar sobre uma problemática que afeta a todos, mas da qual
não temos muito conhecimento ou não se gera muita ação para reduzir o problema. Primeiro,
falaremos sobre a quantidade de terras desmatadas na Colômbia em geral, depois
abordaremos o território do Caquetá, onde acontece uma quantidade exacerbada de
desmatamento da floresta pela pecuária. Ao final, apresentaremos uma possível solução onde
se propõe a geração de uma política pública onde seja regulado o desmatamento da floresta
para o uso de pecuária extensiva, pastagens ou qualquer uso que não esteja dirigida à
proteção do território natural.

O que é o desmatamento?
É um processo gerado pela ação humana, no qual a superfície florestal é destruída ou
esgotada, ou seja, a transformação de territórios que têm sido originalmente florestas e selvas,
geralmente com o objetivo de destinar a terra para outras atividades que estão diretamente
relacionadas às atividades industriais.

Qual é a situação da Colômbia?

Está-se fazendo uso do dobro da vocação do território apto na Colômbia para a


indústria pecuária, sendo essa a principal responsável pela perda da cobertura de florestas
tropicais e florestas secas do país, gerando impactos negativos sobre os recursos naturais. Isso
é um problema pela superexploração da terra e a erosão da mesma. Também a perda da
biodiversidade como os animais e as plantas que tinham morado naqueles lugares, ficam sem
lar e morrem ou têm tido que se movimentar forçadamente a outras partes. também os
animais que põem nas pastagens são violentados, superexplorados e sofrem violência.

A situação em Caquetá:

Caquetá é o departamento com maior desmatamento do país: em apenas três meses


(de janeiro a abril de 2020), foram perdidos o mesmo número de hectares de selva que em
todo o ano de 2016 (cerca de 25.000), o que seria como derrubar duas vezes a área urbana de
Barranquilla.

A pecuária extensiva ganhou muita força no departamento:


- Em 2015, antes do acordo de paz, havia 1,3 milhão de cabeças de gado em 14.221
fazendas;
- Em 2020, eram 22.691 fazendas com 2,3 milhões de cabeças de gado.

O antigo Governador Gasca promoveu dois projetos que somam ao redor de 75


bilhões de pesos colombianos em favor da pecuária:
- O primeiro custa cerca de 60 bilhões, este visa melhorar geneticamente bovinos para a
superprodução de laticínios;
- E melhorar os frigoríficos de gado San Vicente e Florencia para 15 bilhões de pesos.
Enquanto no mesmo plano de desenvolvimento existem apenas dois projetos voltados
ao reflorestamento e cujo valor não ultrapassa os 30 bilhões de pesos, a meta de
reflorestamento nos quatro anos de mandato do governador é muito baixa, apenas 10 mil
hectares, quantidade que não ultrapassa a metade dos hectares que foram devorados nos
primeiros quatro meses de mandato.

- San Vicente del Caguán: 1,1 milhão de cabeças de gado;


- Cartagena del Chairá: 349 mil cabeças de gado;
- Porto Rico: 229 mil cabeças de gado;
São os municípios com mais hectares desmatados e maior número de pecuária com
um total de 22 mil hectares desmatados, e sua explicação é sociopolítica. Antigamente, as
FARC existiam como guerrilha limitada à pecuária extensiva através da retirada de
imposições ou proibição total, mas atualmente, agricultores e grandes pecuaristas estão
localizados em áreas como os parques naturais de Caquetá sem restrições, porque não há
autoridades ambientais na área, ou com autorização de dissidentes das FARC.

Conclusão

Pode-se observar o inegável pedido de ajuda que estão fazendo as florestas, as selvas
e as terras nas diferentes regiões do país. Em cada setor que há matamento e pecuária
extensiva, há um benefício econômico para as pessoas, mas deve-se ter em conta que o bem
estar do meio ambiente e as florestas tropicais naturais são fonte de vida e esta última não
existe sem natureza. A situação tem piorado nos últimos anos. Mais da metade da floresta no
país tem sofrido desmatamento para a produção da indústria pecuária, o que tem deixado
mais que danos ao longo dos territórios que têm arrasado. É preciso uma mudança na relação
com o meio ambiente com urgência.

Possível solução

Teria-se que analisar possíveis soluções à problemática meio ambiental gerada. Elas
poderiam ser:
- Gerar uma proposta de política pública desde o governo central, para regular o
desmatamento da floresta para o uso de pecuária extensiva, pastagens ou qualquer uso
que não esteja dirigida à proteção do território natural;
- Procurar a proteção dos recursos naturais e limitar o dano ambiental até agora
causado;
- Reflorestar mais do que tem sido danificado;
- Deixar em liberdade os animais explorados;
- Identificar como ajudar na recuperação dos solos que foram danificados pela erosão;
- Promover mais educação e respeito ao veganismo como uma ação pessoal que poderia
contribuir grandemente na necessidade de melhorar o espaço e uso da terra e outros
recursos naturais.
É vital que como nação sejam valorizados os territórios e seus ecossistemas para o
bem estar dos animais, a vegetação e comunidades que habitam ao redor.

Glossário

● Hectares: Medida agrária de cem ares ou hectómetro quadrado;


● Plantações florestais: são florestas plantadas com o propósito de extração de
matérias-primas Substância essencial à fabricação de um produto;
● Pecuária: Criação e tratamento de gado;
● Florestas: Conjunto de árvores e de outras formações vegetais de diferentes espécies
que forma um ecossistema e ocupa uma grande extensão de terreno;
● Recursos naturais: é qualquer produto da natureza, material ou energético, que serve
para suprir as necessidades biológicas do ser humano;
● Desmatamento: Derrubar muitas árvores de mata ou floresta;
● Exploração: Tirar proveito de;
● Erosão: a perda da camada superficial da crosta terrestre devido à ação da água e/ou
do vento, que é mediada pelo homem;
● Exacerbado: Aumentar o que é penoso, doloroso, mórbido;
● Gado: Conjunto de animais quadrúpedes, como vacas, touros, bois, muares, cavalos
de lavoura, ovelhas ou cabras, cuja criação em conjunto se destina à alimentação ou a
serviços agrícolas;
● Superexplorar: Explorar ou usar em excesso, podendo causar redução de recursos.

Webgrafia:
Crece la deforestación en Colombia: más de 171 mil hectáreas se perdieron en el 2020.
(2021, julio 8). Noticias ambientales. https://es.mongabay.com/2021/07/crece-deforestacion-
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La Amazonía colombiana perdió más de 52 mil hectáreas de bosque en el primer semestre de
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Torrado, S. (2022, febrero 9). Arde la Amazonía colombiana. Ediciones EL PAÍS S.L.
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