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Aula 02 - Somente PDF

PC-CE (Escrivão de Polícia)


Administração Pública - 2023 (Pré-Edital)

Autor:
Stefan Fantini

09 de Dezembro de 2022

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Índice
1) Reformas Administrativas - PDF SIMPLIFICADO
..............................................................................................................................................................................................3

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EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL.


REFORMAS ADMINISTRATIVAS.
Na história das reformas administrativas do Brasil houve muitas tentativas de mudanças, mas, na
realidade, poucas produziram os efeitos que buscavam.

Existem três grandes momentos (ou reformas) as quais você deve prestar bastante atenção
durante o estudo que agora começaremos, uma vez que são as mais cobradas nos concursos
públicos.

- Primeiro, a Reforma Administrativa de 1930, que buscou a mudança de uma


administração patrimonialista através da tentativa de implementação de um modelo
burocrático.

- Em um segundo momento, o Decreto-Lei 200/67, que buscou a mudança do modelo


burocrático para um modelo gerencial.

- E, por fim, um terceiro momento, que surgiu com o Plano de Reforma do Aparelho do
Estado (PDRAE) de 1995, o qual buscou realizar uma reforma gerencial.

1 - Reforma Administrativa de 1930 e a criação do DASP

Até a década de 30 o Estado brasileiro era uma mistura de clientelismo e patrimonialismo. Havia
um mercado de troca de votos por cargos públicos. Destaque-se que, na mesma época, já se
utilizava a administração burocrática weberiana em muitas partes do mundo.

A economia brasileira também estava sofrendo devido à crise na bolsa de Nova York. O principal
produto de exportação brasileira (o café) perdeu muito valor. Como reação, Getúlio Vargas adota
uma economia centralizada (controlada pelo governo federal) e fechada (dando preferência ao
mercado interno - protecionismo).

As medidas de Vargas neste período resultaram na centralização política, econômica e


administrativa.

Vargas promoveu algumas mudanças com a finalidade de implantar mais racionalidade na


administração pública. Buscava-se uma maior eficiência.

Diante de uma economia mais industrializada e da necessidade de coordenação e fiscalização do


serviço público, Vargas propõe uma reforma administrativa, com o intuito de eliminar a
desorganização administrativa. Essa reforma administrativa é baseada em três eixos:
Administração Pública, Administração de Pessoal e Administração de Materiais.

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O órgão central encarregado de realizar as reformas foi o Departamento Administrativo do


Serviço Público – DASP.

Vale destacar que o DASP foi previsto desde 1936; contudo, só foi organizado em 1938, pelo
Decreto-Lei 579/1938.

Segundo Lustosa da Costa, “O DASP foi efetivamente organizado em 1938, com a missão de
definir e executar a política para o pessoal civil, inclusive a admissão mediante concurso público e a
capacitação técnica do funcionalismo, promover a racionalização de métodos no serviço público e
laborar o orçamento da União”1.

Muitos autores consideram que o DASP foi criado em 1938.

Contudo, algumas bancas consideram que o DASP foi criado 1936.

Portanto, você pode (e deve) aceitar ambas as datas.

O DASP tinha dois objetivos principais:

-modernizar a administração pública; e

-suprimir o modelo patrimonialista.

Com esta finalidade se ocupou em centralizar e reorganizar a administração pública mediante


ampla reforma; definir uma política para a gestão de pessoal; e racionalizar métodos,
procedimentos e processos administrativos em geral.

1
(Costa, 2008)

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Esta foi a primeira tentativa de implantar o modelo burocrático no Brasil. Houve maior enfoque
nas atividades administrativas em geral (atividades-meio), e pouca preocupação como as
atividades fins.

O coronelismo foi perdendo força e dando lugar ao clientelismo2 e ao fisiologismo3. A


administração pública foi seguindo em direção ao modelo burocrático através de suas
disfunções (ou seja, através dos “defeitos” do modelo burocrático).

Para alcançar as finalidades propostas, foram utilizados os princípios de Administração Científica


de Frederick Taylor:

Planejamento: substituir a improvisação pela ciência.

Preparo: selecionar e treinar os empregados de acordo com suas aptidões e prepará-los


para alcançarem melhores resultados.

Controle: supervisionar o trabalho para que os resultados sejam atingidos.

Execução: distribuir as responsabilidades e atividades com o fim de disciplinar a execução


das tarefas.

A ação do DASP se manifestou em três níveis:

- Criação de órgãos formuladores de políticas públicas: conselhos responsáveis por


consensos na sociedade sobre diversos temas.

- Expansão de órgãos da administração direta: Ministérios e agências de fiscalização.

- Expansão das atividades empresariais do Estado: mediante a criação de empresas


estatais, fundações públicas e sociedades de economia mista.

Com relação à administração de recursos humanos, houve tentativa de formação de uma


burocracia baseada no mérito profissional. Mas, não se chegou a adotar de forma consistente uma
política de recurso humanos. Em 1939 se estabeleceu o concurso público para algumas classes de
nível superior, entretanto, as carreiras de nível “mais baixo” continuaram sob a prática do
patrimonialismo.

2
Clientelismo: Cargos e benefícios são “trocados” por apoio político. Agentes políticos buscam privilegiar certos indivíduos em
troca de seus votos. Trata-se da “troca de favores”.
3
Fisiologismo: servidores públicos e agentes políticos agem em busca de vantagens pessoais ou partidárias, em prejuízo do bem
comum.

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O DASP chegou a possuir amplos poderes. Contudo, com a saída de Vargas do poder, foi sofrendo
reestruturações até perder parte de suas funções. O DASP existiu até 1986.

O DASP também contribuiu para a criação do Plano SALTE, em 1948. O SALT foi um plano
elaborado para orientação dos gastos públicos do governo de Eurico Gaspar Dutra. Buscava
fomentar as áreas de saúde, alimentação, transporte e energia. É um antecessor dos atuais PPAs
(planos plurianuais).

2 - A Reforma de 1967 - Decreto-lei n.° 200/67

A administração pública sofreu diversas tentativas de reformas desde 1930. Dentre elas, se destaca
a criação de comissões especiais, como a “Comissão de Estudos e Projetos Administrativos” e a
“Comissão de Simplificação Burocrática” do governo de JK.

Em 1967, durante o regime autoritário dos militares, surge o Decreto-Lei 200/67. Mesmo sendo
um governo com centralização política, não se acreditava que o Estado tivesse a capacidade de
gerenciar um aparelho administrativo tão grande. Portanto, era necessária a realização de uma
descentralização administrativa.

Tanto a Reforma Administrativa de 1930 (burocrática), quanto o Decreto-Lei n°.


200/67 (gerencial), foram criados por governos autoritários.

Diversas Empresas Estatais e Autarquias foram criadas desde a década de 1930. A expansão da
Administração Indireta no final das décadas de 50 e 60 ganha força, e dá origem a uma dicotomia
(divisão ou separação) entre a administração direta (burocrática, formal, defasada e rígida) e
administração indireta (tecnocrática, moderna, ágil e flexível).

Com o advento do Decreto-Lei 200/67, surgiram possibilidades as quais permitiam que as


empresas estatais tivessem condições de funcionamento iguais às utilizadas pelas empresas
privadas. Trata-se de uma importante mudança de direção do modelo de gestão do país, o qual
tenta mudar de uma abordagem burocrática para uma abordagem gerencial.

De acordo com o PDRAE, a Reforma de 1967 foi a primeira tentativa de implantação do


modelo de administração gerencial no Brasil.

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A Reforma de 67 buscou, portanto, superar a rigidez do modelo burocrático, com o objetivo de


conferir maior eficiência à máquina pública.

Para tanto, o governo militar utiliza a descentralização das atividades da Administração Direta
para a Administração Indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista).

Paludo4 destaca que, apesar das tentativas reformistas do Governo JK, o que se nota é uma maior
centralização e rigidez na Administração Direta (a Administração Direta era vista como lenta e
defasada), ao mesmo tempo em que foram criadas estruturas paralelas na Administração Indireta
(as quais eram flexíveis e conferiam maior agilidade ao alcance dos objetivos do plano de metas).

A principal característica da Reforma de 1967 é a descentralização das atividades do


Estado para a Administração Indireta.

O Decreto-Lei 200/67 divide a Administração Pública em Administração Direta e


Administração Indireta.

Bresser-Pereira (1995) menciona que “a reforma operada em 1967 pelo Decreto-Lei 200,
entretanto, constitui um marco na tentativa de superação da rigidez burocrática, podendo ser
considerada como um primeiro momento da administração gerencial no Brasil. Mediante o
referido decreto-lei, realizou-se a transferência de atividades para autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista, a fim de obter-se maior dinamismo
operacional por meio da descentralização funcional. Instituíram-se como princípios de
racionalidade administrativa o planejamento e o orçamento, o descongestionamento das chefias
executivas superiores (desconcentração/descentralização), a tentativa de reunir competência e
informação no processo decisório, a sistematização, a coordenação e o controle”.

De acordo com o DL 200/67, a descentralização se daria em três níveis:

- Dentro dos quadros da Administração Federal, com uma distinção clara do nível de
direção e do nível de execução.

- Da Administração Federal para a Administração das unidades federadas, devidamente


aparelhadas e mediante convênio.

- Da Administração Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.

4
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. p.124

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O objetivo da descentralização era permitir a transferência de atribuições dentro da própria


administração direta, além da transferência de atividades para os Estados e Municípios, e até
mesmo da Administração Pública para a privada.

O decreto-lei 200/67 propõe, em seu art. 6º, que as atividades de administração pública federal
deveriam seguir cinco princípios: Planejamento, Coordenação, Descentralização, Delegação de
Competência e Controle.

A seguir, elaborei um esquema com as principais ideias de cada um dos princípios:

Princípios Características
A ação governamental obedecerá ao planejamento que vise a promover o desenvolvimento econômico e
Planejamento
social do país e a segurança nacional, e compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos:
Art. 7
a) plano geral do governo, b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual.
A coordenação se realizará em todos os níveis da administração. Os órgãos federais buscarão coordenar-se
Coordenação
com os órgãos estaduais e municipais quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio,
Arts. 8 e 9
para evitar que haja dispersão de esforços e de investimento.
É essencial buscar a descentralização, a qual será colocada em prática mediante três planos:
- Dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se o nível de direção e o nível de execução
- Da Administração Federal para as unidades federadas, devidamente aparelhadas e mediante convênio.
- Da administração Federal para órbita privada, mediante contratos ou concessões
Descentralização
Art. 10 Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e controle, e com o
objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração procurará
desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução
indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e
capacitada a desempenhar os encargos de execução.
A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, para
Delegação de assegurar mais rapidez e objetividade nas decisões.
competências
Compete ao presidente, aos ministros e às autoridades administrativas delegar as competências dos atos
Arts. 11 e 12
administrativos.
O controle das atividades administrativas federais se realiza em todos órgãos, especialmente:
- Pela chefia competente, em relação à execução dos programas e da observância das normas que governam
a atividade específica do órgão controlado.
- Pelos órgãos próprios de cada sistema.
Controle
Arts. 13 e 14 - Pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria, referente à aplicação do dinheiro público e
dos bens da União.

A racionalização do trabalho administrativo se dará pela simplificação de processos e supressão de controles


puramente formais.

A reforma de 67 trouxe, contudo, algumas consequências inesperadas.

A maior autonomia dada à Administração Indireta, permitia a realização de contratações sem a


necessidade de realização de concursos. O objetivo era flexibilizar as contratações. Contudo, o
que se observou, foi a facilitação para a utilização de práticas patrimonialistas e clientelistas.

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Além disso, a falta de preocupação com a administração direta, deixava “de lado” o
desenvolvimento de algumas carreiras específicas. Os servidores da administração direta recebiam
menores remunerações e tinham menos oportunidades, se comparado aos empregados da
administração indireta.

A administração indireta cresceu demasiadamente até o final da década de 1970.

Nas décadas de 70 e 80 houve um esforço por parte do governo para modernizar a Administração
Direta com a criação da Secretaria de Modernização Administrativa (SEMOR), cuja finalidade era
organizar o planejamento, o orçamento e a gestão.

No mesmo período, foram criados o Ministério de Desburocratização e o Programa Nacional de


Desburocratização. Suas finalidades eram simplificar os processos administrativos
(desburocratização dos procedimentos) e promover a eficiência da Administração Direta, com o
objetivo de conter a excessiva expansão da Administração Indireta (que havia sido bastante
estimulada pelo DL 200/67).

3 - O retrocesso administrativo de 1988

Quando estudamos Direito Constitucional, o que se nota é que a Constituição Federal de 1988
(CF/88) foi um grande avanço no sentido de assegurar direitos e garantias fundamentais.

Contudo, quando estudamos Administração Pública, o que se veem são críticas à Carta Magna de
1988. A redemocratização do País (iniciada em 1985, com o fim da ditadura miliar) trouxe algumas
consequências negativas para a gestão da administração pública.

Com a Constituição Federal de 1988 o poder político voltou a ser descentralizado, enquanto a
gestão administrativa passou a ser centralizada. Foi uma clara reação ao DL 200/67, que era visto
como o culpado pela crise vivida naquele momento.

Enumeremos alguns pontos importantes do retrocesso burocrático da Constituição de 1988:

- Perda da autonomia do Poder Executivo para estruturar órgãos públicos, que passaram a
precisar de leis instituidoras ou autorizadas.

- Redução da flexibilidade e autonomia da administração indireta, que passou a funcionar


com normas quase iguais às da administração direta.

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- Autarquias e fundações passam a seguir as mesmas regras burocráticas e rígidas adotadas


pela Administração Direta.

- Obrigatoriedade do Regime Jurídico Único para os servidores civis da União, Estados e


Municípios.

- Criou grandes privilégios para servidores, como a aposentadoria integral sem devida
contribuição e estabilidade para antigos celetistas (empregados públicos regidos pela CLT).

Consequências da Constituição de 1988, no nível administrativo:

- Volta à administração burocrática, com aplicação de normas rígidas e inflexíveis, e com o


consequente abandono da abordagem de administração gerencial.

- Concessão de privilégios e benefícios (aos servidores) pela administração pública, sem


uma preocupação real com a capacidade do Estado para arcar com estes gastos.

4 - Governo Collor

No governo de Fernando Collor de Melo houve a tentativa de minimizar as desastrosas


consequências da Constituição de 1988, a qual desencadeou a perda de desempenho do setor
público.

Contudo, as ações de Collor trouxeram mais consequências negativas e não ajudaram a resolver o
problema. Além disso, afastaram ainda mais a implementação de uma administração pública
gerencial no Brasil. Vejamos quais foram essas ações:

- Campanha difamatória e desagregadora contra os servidores públicos, qualificando-os


como “marajás”.

- Redução do tamanho da máquina estatal.

- Redução dos salários dos servidores públicos.

- Redução do número de servidores públicos, com demissões massivas.

Estas medidas reduziram drasticamente a capacidade do governo e impediram a implementação


de políticas públicas. Como resultado, também geraram uma série de ações judiciais contra o
Poder Público, por parte dos servidores que foram demitidos.

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5 - Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) – A reforma


de 1995

No ano de 1995, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, o Ministério da Administração


Federal e Reforma do Estado (MARE), dirigido pelo Ministro Luís Carlos Bresser-Pereira, colocou
em prática um programa de reforma administrativa para o Estado Brasileiro.

O principal motivo que ensejou esta reforma foi o fato de que o retrocesso de 1988 estava levando
o Estado a perder sua capacidade de governança (poder de governar), dado que a capacidade de
implementar as políticas públicas estava limitada pela rigidez e ineficiência da máquina
administrativa5.

Vale mencionar que a Reforma do Estado é um projeto amplo que diz respeito às várias áreas do
==ccf3d==

governo e, ainda, ao conjunto da sociedade brasileira. A Reforma do Aparelho do Estado, por sua
vez, tem um escopo mais restrito, isto é, está orientada para tornar a administração pública mais
eficiente e mais voltada para a cidadania.

No Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE) podemos ver uma grande influência
do paradigma gerencial. As referências remontam à experiência americana e britânica na
implementação de um modelo gerencial de administração pública. Por isso, o PDRAE se preocupa
como os valores de eficiência, qualidade dos serviços públicos e cidadania.

Um dos objetivos do PDRAE era aumentar a governança do Estado (ou seja, a capacidade
administrativa de governar com efetividade e eficiência).

É possível interpretar a reforma segundo cinco diretrizes principais6:

Institucionalização: considera que a reforma só pode ser concretizada com a alteração da


base legal, a partir da reforma da própria Constituição.

Racionalização: busca aumentar a eficiência por meio de cortes de gastos (sem perda de
“produção”). Busca-se produzir a mesma quantidade de bens ou serviços (ou até mais) com
o mesmo volume de recursos.

Flexibilização: pretende oferecer maior autonomia aos gestores públicos na administração


dos recursos humanos, materiais e financeiros colocados à sua disposição, estabelecendo a
cobrança e o controle a posteriori (controle dos resultados).

5
(Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, 1995)
6
(Costa, 2008)

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BUROCRACIA
Controle a piori REFORMA GERENCIAL de
1995
(controle nos processos)
Controle a posteriori
(controle nos resultados)

Publicização: flexibilização baseada na transferência de atividades não exclusivas do


Estado (devolution), para organizações públicas não-estatais (terceiro setor), sobretudo
nas áreas de saúde, educação, cultura, ciência e tecnologia e meio ambiente.

Desestatização: que compreende a privatização, a terceirização e a desregulamentação.

Com o fim de realizar as propostas, o PDRAE realizou um diagnóstico dos problemas ou disfunções
da administração pública. O diagnóstico se concentrou, por um lado, nas condições do mercado de
trabalho e na política de recursos humanos e, por outro, na distinção de três dimensões do
problema:

Dimensão institucional-legal: obstáculos de ordem legal para o alcance de uma maior


eficiência do aparelho do Estado, tais como: regime jurídico dos servidores, regras de
licitação, estabilidade de servidores, falta de regularidade na realização de concursos, etc.

Nesta dimensão, o objetivo é a descentralização da estrutura organizacional, através da


criação de novos formatos organizacionais, como as agências executivas e as organizações
sociais.

Dimensão cultural: coexistência de valores patrimonialistas e, principalmente, burocráticos


com novos valores gerenciais e modernos na administração pública brasileira. É necessário
que ocorra uma mudança cultural para que os princípios da administração pública gerencial
fossem aceitos.

Na dimensão cultural, o objetivo é a mudança de mentalidade.

Dimensão gerencial (dimensão de gestão): associada às práticas administrativas. A boa


gestão é aquela que define claramente os objetivos, recruta os melhores indivíduos por
meio de concurso público e processos seletivos, treina permanentemente os funcionários,
desenvolve sistemas de motivação, dá autonomia e, ao final, cobra resultados.

Na dimensão gerencial, o objetivo é conferir maior autonomia aos gestores e introduzir três
novas formas de responsabilização: administração por resultados, controle social e
competição administrada por excelência.

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De acordo com Bresser Pereira7, o PDRAE tinha os seguintes objetivos:

- Descentralização dos serviços sociais para Estados e Municípios. Nesse sentido, deve-se
transferir da União para os Estados e Municípios as ações de caráter local e transferir,
parcialmente, da União para os Estados as ações de caráter regional.

- Delimitação mais precisa da área de atuação do Estado, estabelecendo-se uma distinção


entre as atividades exclusivas que envolvem o poder do Estado (e devem permanecer no
seu âmbito), as atividades sociais e científicas (que não pertencem ao Estado e devem ser
transferidas para o setor público não-estatal), e a produção de bens e serviços para o
mercado. Em outras palavras, o objetivo era limitar a ação do Estado àquelas funções que
lhe são próprias. Nesse caso, os serviços não-exclusivos ficariam reservados à propriedade
pública não-estatal; e a produção de bens e serviços para o mercado ficariam reservados à
iniciativa privada.

- Distinção entre as atividades do núcleo estratégico (que devem ser efetuadas por
políticos e altos funcionários), e as atividades de serviços (que podem ser objeto de
contratações externas).

- Separação entre a formulação de políticas e sua execução.

- Maior autonomia para as atividades executivas exclusivas do Estado, que adotarão a


forma de "agências executivas".

- Maior autonomia ainda para os serviços sociais e científicos que o Estado presta, que
deverão ser transferidos para (na prática, transformados em) "organizações sociais", isto é,
um tipo particular de organização pública não-estatal, sem fins lucrativos, contemplada no
orçamento do Estado (como no caso de hospitais, universidades, escolas, centros de
pesquisa, museus, etc.).

Com o diagnóstico e os objetivos em mente, o PDRAE identificou quatro setores em que o Estado
opera. Cada um com características distintas. A ideia principal era que o Estado se preocupasse
mais com o seu papel central, deixando a iniciativa privada operar onde o pudesse fazer com maior
eficácia e eficiência.

Vejamos, na tabela a seguir, o conceito de cada um desses quatro setores identificados pelo
PDRAE:

7
(Bresser Pereira, 2001)

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Setor Descrição
-É o governo em sentido lato. É onde as decisões estratégicas são tomadas.
-É o setor que define as leis e as políticas públicas e cobra o seu cumprimento.
-O regime de propriedade típico deste setor é a propriedade pública estatal.
-Corresponde aos poderes Legislativo e Judiciário, aos ministros e ao Presidente da República,
Núcleo estratégico responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas públicas.
-Ao contrário dos demais, neste setor a administração burocrática deveria continuar coexistindo com a
administração gerencial.
objetivos: aumentar a efetividade do núcleo estratégico, modernizar a administração burocrática e dotar o
núcleo estratégico de capacidade gerencial.
-É o setor onde são prestados os serviços que somente o Estado pode realizar.
-São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado.
-São realizadas as atividades de fiscalização, regulamentação e fomento (por exemplo: a cobrança e
fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, a fiscalização do cumprimento de normas
sanitárias, o serviço de trânsito, o controle do meio ambiente, o serviço de emissão de passaportes, etc.).
-O regime de propriedade é o público estatal, uma vez que aqui são tomadas decisões que envolvem o
Atividades exclusivas
Poder Extroverso do Estado e sua capacidade de formar, unilateralmente, obrigações para terceiros.
-Instituições que devem prevalecer neste setor são os órgãos públicos e as agências autônomas (como as
agências reguladoras).
objetivos: transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado em agências autônomas,
substituir a Administração Pública burocrática pela Administração Pública gerencial e fortalecer práticas de
adoção de mecanismos que privilegiem a participação popular.
- O setor onde o Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas.
- As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Mas, o Estado está presente porque os
serviços envolvem direitos humanos fundamentais (por exemplo: educação e saúde), ou porque possuem
economias externas relevantes, na medida que produzem ganhos que não podem ser apropriados por
esses serviços através do mercado. As economias produzidas se espalham, imediatamente, para o resto da
sociedade, não podendo ser transformadas em lucros.
- O regime de propriedade adotado neste setor é o público não-estatal, onde o Estado continua detendo o
Serviços não exclusivos poder de influência, mas o controle social é maior e a flexibilidade de gestão também.
- Portanto, neste setor, deve ocorrer a publicização (transferência de atividades e serviços não exclusivos
do Estado para o setor público não-estatal – organizações do terceiro setor).
São exemplos deste setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus.
objetivos: transferir para o setor não estatal os serviços não exclusivos, lograr maior autonomia e uma
consequente maior responsabilidade para os dirigentes destes serviços; lograr, adicionalmente, um
controle social direto desses serviços; lograr maior parceria entre o Estado e a organização social; e
aumentar a eficiência e qualidade dos serviços.
-É a área de atuação das empresas. (O Estado deve atuar apenas quando for extremamente necessário)
-Está caracterizada pelas atividades econômicas voltadas para o lucro, que ainda permanecem no
aparelho do Estado (por exemplo: atividades do setor de infraestrutura). Tais atividades estão no Estado
seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são atividades
Produção de Bens e naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado não é possível, tornando-se necessário (no
Serviços para o caso de privatização), a regulamentação rígida.
Mercado -O regime de propriedade deveria ser o privado, dada a possibilidade de “coordenação via mercado”.
- Portanto, neste setor, deve ocorrer a privatização.
objetivos: dar continuidade ao processo de privatização, reorganizar e fortalecer os órgãos de regulação
dos monopólios naturais que fossem privatizados e implantar contratos de gestão com as empresas que
não pudessem ser privatizadas.

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O esquema abaixo, extraído do Plano Diretor da Reforma do Estado 8, ilustra o tipo de propriedade
ideal e o modelo de administração pública apropriado para cada setor:

Publicização: Transferência de atividades e serviços não exclusivos do Estado, de


interesse coletivo, para o setor público não-estatal (organizações do terceiro setor -
Pessoas Jurídicas de Direito Privado Sem Fins Lucrativos - tais como as Organizações
Sociais - OS, e as Organizações das Sociedades Civis de Interesse Público - OSCIP).

Privatização: “Transferência” para o setor privado (pessoas jurídicas com fins


lucrativos) de atividades e serviços que são passíveis de serem coordenados pelo
próprio mercado.

Com a finalidade de executar o plano previsto, foram estipulados três projetos principais:

Projeto de Avaliação Estrutural: tinha por objetivo examinar, de forma global, a


estrutura do aparelho do Estado e analisar as missões dos órgãos e entidades
governamentais, com o fim de identificar superposições, inadequações de funções e
possibilidades de descentralização. Isso daria ao Estado uma estrutura organizacional
moderna, ágil e permeável à participação popular.

Projeto de Agencias Autônomas: surge da necessidade de maior autonomia de


gestão baseada na responsabilidade pelos resultados. Seu objetivo era a
transformação de autarquias e de fundações públicas em agências autônomas, com o

8
(Plano Diretor da Reforma do Estado, 1995)

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fim de modernizar a gestão. Em princípio, essas agências seriam dotadas de maior


flexibilidade de gestão e teriam mais facilidade para atingir os fins públicos aos quais
se destinariam.

Projeto de Organizações sociais e publicização: descentralização de atividades no


setor de prestação de serviços não exclusivos do Estado. Era acompanhado por um
programa de publicização dos serviços com a transferência do setor público estatal
para o não estatal, com o fim de melhorar a eficiência destes serviços.

De acordo com o PDRAE, o programa de publicização transfere para o setor público


não-estatal (setor terciário) a produção de serviços competitivos ou não-exclusivos
do Estado, o que origina um sistema de parceria entre o Estado e a sociedade para
seu financiamento e controle. Tal parceria é firmada por contratos de gestão com
organizações sociais.

No contrato de gestão, também conhecido como “acordo-programa”, são


estabelecidos indicadores, objetivos e metas claras. Tais acordos podem assumir três
estruturas distintas, de acordo com os objetivos:

- Formação de uma parceria entre Poder Público e entidades vinculadas ao


setor Público, dando a estas uma maior autonomia gerencial, orçamentaria e
financeira.

- Assinatura de contratos de gestão entre um Ente da Administração Pública e


uma entidade do terceiro setor.

- Celebração de um acordo-programa entre o Poder Público e seus próprios


órgãos, ou seja, unidades administrativas despersonalizadas.

A reforma de 1995 atingiu apenas alguns dos seus objetivos; contudo, foi uma reforma positiva:
mudou a administração pública federal para melhor e inspirou os governos de Estados e
Munícipios a inovar suas administrações. Vejamos alguns resultados obtidos pela reforma de
1995, segundo as “dimensões do problema” (que acabamos de estudar):

Dimensão institucional: foram aprovadas emendas constitucionais e legislação


infraconstitucional, também houve uma reestruturação e reorganização da Administração
do Poder Executivo Federal.

Dimensão cultural: houve mudanças no comportamento da Administração Pública


mediante a tomada de consciência de que ela existe para atender às demandas da
sociedade.

Dimensão de gestão: embora seja predominante o modelo gerencial, ainda coexistem na


Administração Pública o modelo burocrático e o patrimonialista.

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RESUMO ESTRATÉGICO

Reforma Administrativa de 1930

Administração pública

Vargas propõe uma reforma


administrativa baseada em três Administração de pessoal
eixos

Administração de materiais

Modernizar a administração pública


Objetivos do DASP
Suprimir o modelo patrimonialista
Reforma de
1930
Centralizar e reorganizar a administração
pública

Foco do DASP Definir uma política para a gestão de pessoal

Racionalizar métodos, procedimentos e


processos administrativos

Foi a primeira tentativa de implantar o modelo burocrático no


Brasil

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Decreto-lei n.° 200/67

A principal característica da Reforma de 1967 é a descentralização


das atividades do Estado para a Administração Indireta.

Dentro dos quadros da Administração Federal, com uma distinção


clara do nível de direção e do nível de execução

A descentralizaçáo se Da Administração Federal para a Administração das unidades


daria em 03 níveis: federadas, devidamente aparelhadas e mediante convênio

Da Administração Federal para a órbita privada, mediante


contratos ou concessões

Superar a rigidez do modelo burocrático

Objetivos

Conferir maior eficiência à máquina pública

Planejamento

Decreto-Lei n.° 200/67


Coordenação

05 Princípios Descentralização

Delegação de Competência

Controle

Contratações sem a necessidade de realização de concursos


facilitou a utilização de práticas patrimonialistas e
clientelistas.
Consequências
inesperadas
Falta de preocupação com a administração direta, deixava
“de lado” o desenvolvimento de algumas carreiras
específicas.

A Reforma de 1967 foi a primeira tentativa de implantação do modelo de


administração gerencial no Brasil.

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Princípios Características
A ação governamental obedecerá ao planejamento que vise a promover o desenvolvimento econômico e
Planejamento
social do país e a segurança nacional, e compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos:
Art. 7
a) plano geral do governo, b) programas gerais, setoriais e regionais, de duração plurianual.
A coordenação se realizará em todos os níveis da administração. Os órgãos federais buscarão coordenar-se
Coordenação
com os órgãos estaduais e municipais quando ficar demonstrada a inviabilidade de celebração de convênio,
Arts. 8 e 9
para evitar que haja dispersão de esforços e de investimento.
É essencial buscar a descentralização, a qual será colocada em prática mediante três planos:
- Dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se o nível de direção e o nível de execução
- Da Administração Federal para as unidades federadas, devidamente aparelhadas e mediante convênio.
- Da administração Federal para órbita privada, mediante contratos ou concessões
Descentralização
Art. 10 Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e controle, e com o
objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração procurará
desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que possível, à execução
indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente desenvolvida e
capacitada a desempenhar os encargos de execução.
A delegação de competência será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, para
Delegação de assegurar mais rapidez e objetividade nas decisões.
competências
Compete ao presidente, aos ministros e às autoridades administrativas delegar as competências dos atos
Arts. 11 e 12
administrativos.
O controle das atividades administrativas federais se realiza em todos órgãos, especialmente:
- Pela chefia competente, em relação à execução dos programas e da observância das normas que governam
a atividade específica do órgão controlado.
- Pelos órgãos próprios de cada sistema.
Controle
Arts. 13 e 14 - Pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria, referente à aplicação do dinheiro público e
dos bens da União.

A racionalização do trabalho administrativo se dará pela simplificação de processos e supressão de controles


puramente formais.

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O retrocesso administrativo de 1988

Com a Constituição Federal de 1988, o poder político voltou a ser descentralizado, enquanto a
gestão administrativa passou a ser centralizada.

DL 200/67
Centralização Política
CF/88
Descentralização Administrativa
Descentralização Política
Centralização Administrativa

Alguns pontos importantes do retrocesso burocrático da Constituição de 1988:

- Redução da flexibilidade e autonomia da Administração Indireta, que passou a funcionar


com normas quase iguais às da administração direta.

- Autarquias e fundações passam a seguir as mesmas regras burocráticas e rígidas adotadas


pela Administração Direta.

- Obrigatoriedade do Regime Jurídico Único para os servidores civis da União, Estados e


Municípios.

Plano Diretor de Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE)

Criado no ano de 1995, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Um dos objetivos do PDRAE era aumentar a governança do Estado (ou seja, a capacidade
administrativa de governar com efetividade e eficiência).

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Institucionalização

Racionalização

Diretrizes Flexibilização

Publicização

Desestatização

Institucional- Obstáculos de ordem legal (regime júridico único,


Legal regras excessivas para compras, etc). O objetivo é a
descentralização da estrutura organizacional.

Diagnóstico dos Coexistencia de valores patrimonialistas e cultura


problemas Cultural burocrática. O objetivo é a mudança de
mentalidade.

Associada às práticas administrativas ultrapassadas.


Gestão O objetivo é conferir maior autonomia aos gestores
e introduzir três novas formas de responsabilização.

Núcleo Propriedade estatal / Adminsitração Burocrática +


estratégico Adminsitração Gerencial

Atividades
Propriedade estatal / Adminsitração Gerencial
exclusivas
PDRAE Setores do
Estado Propriedade pública não-estatal / Adminsitração
Serviços não Gerencial
exclusivos
Estratégia de Publicização

Propriedade privada / Adminsitração Gerencial


Produção de
bens e serviços
Estratégia de Privatização

Descentralização dos serviços sociais para Estados e Municípios

Delimitação mais precisa da área de atuação do Estado

Objetivos Distinção entre as atividades do núcleo estratégico eas atividades de serviços

Separação entre a formulação de políticas e sua execução

Maior autonomia para as atividades executivas exclusivas do Estado


(agências executivas)
Maior autonomia ainda para os serviços sociais e científicos que o Estado
presta (organizações sociais)

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Setor Descrição
-É o governo em sentido lato. É onde as decisões estratégicas são tomadas.
-É o setor que define as leis e as políticas públicas e cobra o seu cumprimento.
-O regime de propriedade típico deste setor é a propriedade pública estatal.
-Corresponde aos poderes Legislativo e Judiciário, aos ministros e ao Presidente da República,
Núcleo estratégico responsáveis pelo planejamento e formulação das políticas públicas.
-Ao contrário dos demais, neste setor a administração burocrática deveria continuar coexistindo com a
administração gerencial.
objetivos: aumentar a efetividade do núcleo estratégico, modernizar a administração burocrática e dotar o
núcleo estratégico de capacidade gerencial.
-É o setor onde são prestados os serviços que somente o Estado pode realizar.
-São serviços em que se exerce o poder extroverso do Estado.
-São realizadas as atividades de fiscalização, regulamentação e fomento (por exemplo: a cobrança e
fiscalização dos impostos, a polícia, a previdência social básica, a fiscalização do cumprimento de normas
sanitárias, o serviço de trânsito, o controle do meio ambiente, o serviço de emissão de passaportes, etc.).
-O regime de propriedade é o público estatal, uma vez que aqui são tomadas decisões que envolvem o
Atividades exclusivas
Poder Extroverso do Estado e sua capacidade de formar, unilateralmente, obrigações para terceiros.
-Instituições que devem prevalecer neste setor são os órgãos públicos e as agências autônomas (como as
agências reguladoras).
objetivos: transformar as autarquias e fundações que possuem poder de Estado em agências autônomas,
substituir a Administração Pública burocrática pela Administração Pública gerencial e fortalecer práticas de
adoção de mecanismos que privilegiem a participação popular.
- O setor onde o Estado atua simultaneamente com outras organizações públicas não-estatais e privadas.
- As instituições desse setor não possuem o poder de Estado. Mas, o Estado está presente porque os
serviços envolvem direitos humanos fundamentais (por exemplo: educação e saúde), ou porque possuem
economias externas relevantes, na medida que produzem ganhos que não podem ser apropriados por
esses serviços através do mercado. As economias produzidas se espalham, imediatamente, para o resto da
sociedade, não podendo ser transformadas em lucros.
- O regime de propriedade adotado neste setor é o público não-estatal, onde o Estado continua detendo o
Serviços não exclusivos poder de influência, mas o controle social é maior e a flexibilidade de gestão também.
- Portanto, neste setor, deve ocorrer a publicização (transferência de atividades e serviços não exclusivos
do Estado para o setor público não-estatal – organizações do terceiro setor).
São exemplos deste setor: as universidades, os hospitais, os centros de pesquisa e os museus.
objetivos: transferir para o setor não estatal os serviços não exclusivos, lograr maior autonomia e uma
consequente maior responsabilidade para os dirigentes destes serviços; lograr, adicionalmente, um
controle social direto desses serviços; lograr maior parceria entre o Estado e a organização social; e
aumentar a eficiência e qualidade dos serviços.
-É a área de atuação das empresas. (O Estado deve atuar apenas quando for extremamente necessário)
-Está caracterizada pelas atividades econômicas voltadas para o lucro, que ainda permanecem no
aparelho do Estado (por exemplo: atividades do setor de infraestrutura). Tais atividades estão no Estado
seja porque faltou capital ao setor privado para realizar o investimento, seja porque são atividades
Produção de Bens e naturalmente monopolistas, nas quais o controle via mercado não é possível, tornando-se necessário (no
Serviços para o caso de privatização), a regulamentação rígida.
Mercado -O regime de propriedade deveria ser o privado, dada a possibilidade de “coordenação via mercado”.
- Portanto, neste setor, deve ocorrer a privatização.
objetivos: dar continuidade ao processo de privatização, reorganizar e fortalecer os órgãos de regulação
dos monopólios naturais que fossem privatizados e implantar contratos de gestão com as empresas que
não pudessem ser privatizadas.

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QUESTÕES COMENTADAS
1. (CESPE – SLU-DF – Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – Administração - 2019)

Com a reforma administrativa de 1967, os componentes da administração pública federal foram


separados em integrantes da administração direta e integrantes da administração indireta.

Comentários:

Isso mesmo! O Decreto-Lei 200/67 divide a Administração Pública em Administração Direta e


Administração Indireta. A principal característica da Reforma de 1967 é a descentralização das
atividades do Estado para a Administração Indireta.

Gabarito: correta.

2. (CESPE – SLU-DF – Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – Administração - 2019)

A reforma administrativa de 1967 baseava-se no planejamento voltado para o desenvolvimento


econômico-social do Brasil.

Comentários:

De fato, um dos princípios fundamentais do DL n.° 200/67 é o planejamento, voltado ao


desenvolvimento econômico e social do país e à segurança nacional.

Gabarito: correta.

3. (CESPE - PGE-PE – Analista Administrativo de Procuradoria - 2019)

A reforma gerencial da administração pública iniciada em 1995 definiu que os sistemas de


controle deveriam se concentrar em resultados.

Comentários:

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Isso mesmo. Enquanto a administração burocrática foca no controle dos processos (controle a
priori), a reforma gerencial de 1995 (PDRAE), por sua vez, tem como diretriz o controle por
resultados (controle a posteriori).

Gabarito: correta.

4. (CESPE - PGE-PE – Analista Administrativo de Procuradoria - 2019)

O Decreto-Lei n.º 200/1967 representou uma primeira tentativa de reforma gerencial que
procurou substituir a administração pública burocrática por uma administração voltada para o
desenvolvimento.

Comentários:

De fato, de acordo com o PDRAE, a Reforma de 1967 (DL 200/1967) foi a primeira tentativa de
implantação do modelo de administração gerencial no Brasil (administração voltada para o
desenvolvimento).

Gabarito: correta.

5. (CESPE - PGE-PE – Analista Administrativo de Procuradoria - 2019)

A reforma administrativa estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 200/1967 centralizou a execução das
atividades da administração federal evitando o descontrole dos gastos públicos.

Comentários:

Pelo contrário! A principal característica da Reforma de 1967 é exatamente a descentralização das


atividades (para a administração indireta).

Gabarito: errada.

6. (CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo - Administração - 2018)

A reforma administrativa que transferiu atividades para autarquias, fundações, empresas


públicas e sociedades de economia mista, como uma estratégia de superação da rigidez
burocrática, foi realizada no século passado,

a) em meados dos anos 70, com a criação da Secretaria de Modernização (SEMOR).

b) no começo da década de 80, com a criação do Programa Nacional de Desburocratização


(PrND).

c) em 1995, por meio do Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado.

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d) na década de 30, com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP).

e) no fim da década de 60, por meio do Decreto-lei n.º 200/1967.

Comentários:

A descentralização (transferência das atividades) da Administração Direta para a Administração


Indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista), é a principal
característica da Reforma de 1967, por meio do DL n.° 200/67.

O gabarito é a letra E.

7. (CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo - Administração - 2018)

O Decreto-lei n.o 200/1967 promoveu a transferência das atividades de produção de bens e


serviços para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Comentários:

Perfeito. A principal característica da Reforma de 1967, promovida pelo DL n.° 200/67, é a


descentralização (transferência das atividades) da Administração Direta para a Administração
Indireta (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista).

Gabarito: correta.

8. (CESPE – EBSERH – Tecnólogo em Gestão Pública - 2018)

O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), criado no Governo Getúlio Vargas,


demarcou o início das práticas de desburocratização do Estado brasileiro.

Comentários:

O DASP demarcou o início das práticas de burocratização do Estado Brasileiro. Foi a primeira
tentativa de implantar o modelo burocrático no Brasil. Um dos objetivos do DASP era suprimir o
patrimonialismo.

Gabarito: errada.

9. (CESPE – EBSERH – Tecnólogo em Gestão Pública - 2018)

O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, objetivava transferir para
o setor privado os serviços não exclusivos, por meio de um programa de publicização.

Comentários:

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Muito cuidado, meu amigo!

O processo de publicização consiste na transferência de atividades e serviços não exclusivos do


Estado para o setor público não-estatal (organizações do terceiro setor). Ou seja, os serviços são
transferidos para as Pessoas Jurídicas de Direito Privado Sem Fins Lucrativos (por exemplo, para as
Organizações Sociais).

Portanto, a questão está errada ao dizer “transferir para o setor privado”.

A transferência de atividades ao setor privado (PJ com fins lucrativos) é denominada de


privatização.

Gabarito: errada.

10. (CESPE – EBSERH – Tecnólogo em Gestão Pública - 2018)

Durante o governo de Getúlio Vargas, implementou-se a chamada reforma burocrática, que


buscava fortalecer a meritocracia e a profissionalização na gestão pública.

Comentários:

Perfeito. A assertiva se refere à reforma de 1930 (DASP), a qual foi a primeira tentativa de
implantar o modelo burocrático no Brasil.

Nesse sentido, a assertiva ainda elencou duas características da burocracia: meritocracia e


profissionalização.

Gabarito: correta.

11. (CESPE – TRE-TO – Técnico Judiciário - 2017)

A partir da instituição do Plano Diretor da Reforma do Estado, em 1995, a gestão por resultados
foi incorporada à administração pública com o objetivo de tornar a gestão pública

a) mais descentralizada e com gestores com maior autonomia e maior nível de responsabilidade
individual.

b) mais descentralizada, mas com gestores com menor autonomia e maior nível de
responsabilidade individual.

c) mais descentralizada, mas com gestores com menor autonomia e menor nível de
responsabilidade individual.

d) menos descentralizada e com gestores com maior autonomia e maior nível de


responsabilidade individual.

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e) menos descentralizada e com gestores com menor autonomia e menor nível de


responsabilidade individual.

Comentários:

Um dos objetivos do PDRAE é a descentralização dos serviços. Com a descentralização, os gestores


ganham maior autonomia para decidirem e, consequentemente, o nível de responsabilidade
individual aumenta (ou seja, o gestor será responsável por aquilo que decidir).

O gabarito é a letra A.

12. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos
objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da
execução das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta e
defasada.

Comentários:

Isso mesmo! A Administração Direta era vista como lenta e defasada. Portanto, foram criadas
estruturas paralelas na Administração Indireta, as quais eram flexíveis e conferiam maior
agilidade ao alcance dos objetivos do plano de metas.

Gabarito: correta.

13. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

O movimento conhecido como nova gestão pública foi introduzido no Brasil no governo de
Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2002) com o objetivo de tornar a administração pública
mais efetiva, embora menos eficiente.

Comentários:

Um dos objetivos do PDRAE era aumentar a governança do Estado (ou seja, a capacidade
administrativa de governar com efetividade e eficiência).

Portanto, o PDRAE, implementado durante o governo de FHC, tinha como um de seus objetivos
tornar a administração pública mais eficiente.

Gabarito: errada.

14. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

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A CF, além de ampliar direitos e garantias individuais e sociais, flexibilizou a gestão da máquina
pública, por meio de determinações que livram a administração indireta dos procedimentos que
deviam ser seguidos pela administração direta.

Comentários:

De fato, a CF/88 foi um grande avanço ao ampliar direitos e garantias individuais e sociais.

Contudo, a segunda parte da assertiva está errada. A CF/88 não flexibilizou a gestão da máquina
pública. Pelo contrário! A Constituição Federal de 1988 reduziu a flexibilidade e a autonomia da
administração indireta, a qual passou a funcionar com normas quase iguais às da administração
direta.

Gabarito: errada.

15. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995, o escopo da


reforma do aparelho do Estado é mais restrito do que o da reforma do Estado: enquanto o
primeiro está voltado para a eficiência da administração pública, orientando-a para a cidadania,
o segundo é um projeto amplo relacionado às várias áreas do governo e ao conjunto da
sociedade brasileira.

Comentários:

Assertiva perfeita! Com efeito, a Reforma do Estado é um projeto amplo que diz respeito às várias
áreas do governo e, ainda, ao conjunto da sociedade brasileira. A Reforma do Aparelho do Estado,
por sua vez, tem um escopo mais restrito, isto é, está orientada para tornar a administração
pública mais eficiente e mais voltada para a cidadania.

Gabarito: correta.

16. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

O clientelismo consiste em um tipo de sistema em que os agentes políticos concedem benefícios


públicos em troca de apoio político.

Comentários:

Isso mesmo. O clientelismo é um subsistema de relação política baseada na troca de favores.


Trocam-se cargos e benefícios por apoio político.

Gabarito: correta.

17. (CESPE – TCE-PE – Analista de Controle Externo - 2017)

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O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, pautou-se na orientação


de substituir a burocracia tradicional, weberiana, por um modelo mais próximo das práticas de
gestão do setor privado e do modelo de Estado de bem-estar social.

Comentários:

Nada disso! A questão tem 02 erros.

Primeiro, O modelo Gerencial não é um rompimento absoluto com a Burocracia! Nesse sentido, o
próprio PDRAE menciona que no núcleo estratégico a administração burocrática deveria
continuar coexistindo com a administração gerencial.

Segundo, o Estado de Bem-Estar Social (Welfare State) é um Estado Assistencial, intervencionista


(com grande área de atuação), que busca garantir, a todo a todo cidadão, mínimos de renda,
alimentação, saúde, habitação, educação, entre outros.

O PDRAE, por outro lado, tinha por objetivo a desestatização, ou seja, privatizações, terceirizações
e desregulamentações. Um dos objetivos era limitar a ação do Estado apenas àquelas funções que
lhe são próprias.

Portanto, o modelo gerencial (buscado pelo DPRAE) é contrário à Estatização e à Intervenção


(típicas do Estado de Bem-Estar Social).

Gabarito: errada.

18. (CESPE – TRE-PE – Analista Judiciário - 2017)

A reforma do aparelho do Estado inclui a dimensão institucional-legal, que visa

a) aumentar a governabilidade do Estado por meio da capacidade administrativa de governar


com efetividade e eficiência.

b) suprimir os elementos patrimonialistas existentes no Estado para implantar uma


administração por objetivos.

c) mudar a mentalidade, que passe da desconfiança generalizada que caracteriza a


administração burocrática para uma confiança maior, própria da administração gerencial.

d) descentralizar a estrutura organizacional por meio da criação de novos formatos


organizacionais, como as agências executivas e as regulatórias e as organizações sociais.

e) ampliar a autonomia e introduzir três novas formas de responsabilização dos gestores:


administração por resultados, competição administrada por excelência e controle social.

Comentários:

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O PDRAE realizou um diagnóstico dos problemas que se concentrou na distinção de três dimensões
do problema:

- Dimensão institucional-legal: obstáculos de ordem legal para o alcance de uma maior


eficiência do aparelho do Estado, tais como: regime jurídico dos servidores, regras de
licitação, estabilidade de servidores, falta de regularidade na realização de concursos, etc.

Nesta dimensão, o objetivo é a descentralização da estrutura organizacional, através da


criação de novos formatos organizacionais, como as agências executivas e as organizações
sociais.

- Dimensão cultural: coexistência de valores patrimonialistas e, principalmente, burocráticos


com novos valores gerenciais e modernos na administração pública brasileira. É necessário
que ocorra uma mudança cultural para que os princípios da administração pública gerencial
fossem aceitos.

Na dimensão cultural, o objetivo é a mudança de mentalidade.

- Dimensão gerencial (dimensão de gestão): associada às práticas administrativas. A boa


gestão é aquela que define claramente os objetivos, recruta os melhores indivíduos por
meio de concurso público e processos seletivos, treina permanentemente os funcionários,
desenvolve sistemas de motivação, dá autonomia e, ao final, cobra resultados.

Na dimensão gerencial, o objetivo é conferir maior autonomia aos gestores e introduzir três
novas formas de responsabilização: administração por resultados, controle social e
competição administrada por excelência.

O gabarito é a letra D.

19. (CESPE – SEDF – Professor - Administração - 2017)

A perspectiva de reforma do Estado moderno subdivide a administração pública em quatro


setores: o núcleo estratégico, as atividades exclusivas, os serviços não exclusivos e a produção
de bens e serviços para o mercado. Nessa perspectiva, considera-se que as agências reguladoras
pertencem ao setor do núcleo estratégico.

Comentários:

A primeira parte da assertiva está correta. De fato, a perspectiva de reforma do Estado moderno
subdivide a administração pública em quatro setores: o núcleo estratégico, as atividades
exclusivas, os serviços não exclusivos e a produção de bens e serviços para o mercado.

Contudo, as agências reguladoras pertencem ao setor Atividades Exclusivas do Estado.

Gabarito: errada.

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20. (CESPE – TCE-PR Analista de Controle Externo - 2016)

Assinale a opção correta, a respeito de aspectos de governança, de governabilidade e do Plano


Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE).

a) O projeto das organizações sociais, previsto no PDRAE, tem por finalidade centralizar na
administração pública o controle das atividades do setor de prestação de serviços não
exclusivos.

b) O PDRAE foi elaborado com a finalidade de promover a reforma administrativa e financeira


do Estado brasileiro em virtude da crise iniciada em meados da década de 80 do século passado
e que se tornou evidente somente no final da década de 90.

c) O PDRAE ampliou o poder do Estado como executor direto de produção de bens, de serviços
de infraestrutura e produção de alimentos e regulador de serviços sociais como educação,
saúde e segurança.

d) A política de profissionalização do serviço público, contida no PDRAE, visa modernizar a


administração burocrática no núcleo estratégico da administração pública.

e) A implementação de políticas públicas de maneira eficiente, prevista no PDRAE, caracteriza o


aumento da governabilidade.

Comentários:

Letra A: errada. O PDRAE tem por objetivo descentralizar as atividades do setor de prestação de
serviços não exclusivos.

Letra B: errada. O PDRAE não tinha como objetivo a realização de uma reforma financeira. O
objetivo era a reforma administrativa.

Letra C: errada. Pelo contrário. O objetivo do PDRAE era reduzir o poder do estado como executor
de produção de bens e serviços.

Letra D: correta. Isso mesmo. Um dos objetivos do PDRAE era aumentar a efetividade do núcleo
estratégico, modernizar a administração burocrática e dotar o núcleo estratégico de capacidade
gerencial.

Letra E: errada. A implementação de políticas públicas de maneira eficiente caracteriza o aumento


da governança.

O gabarito é a letra D.

21. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

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Com o fim da ditadura militar, em 1985, e a retomada da democratização do Brasil, houve um


significativo avanço na modernização da administração pública.

Comentários:

Nada disso. A redemocratização do País (iniciada em 1985, com o fim da ditadura miliar) trouxe
consequências negativas para a gestão da administração pública.

Para a Administração Pública, a Constituição Federal de 1988 é considerada um retrocesso (e não


um “avanço na modernização”).

Gabarito: errada.

22. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

Com a implantação da reforma da gestão pública em 1995, os elementos patrimonialistas e


clientelistas foram extintos da cultura administrativa brasileira.

Comentários:

Nada disso. Conforme já estudamos, os modelos teóricos de administração (patrimonialismo,


burocracia e gerencialismo) coexistiram, e ainda coexistem até hoje. Nenhum dos modelos existiu
de forma EXCLUSIVA. Pelo contrário, o que ocorre é a coexistência de práticas e de modelos, com
a predominância de algum deles. Os modelos de administração se sucedem no tempo, sem que,
no entanto, qualquer um deles seja inteiramente abandonado.

Gabarito: errada.

23. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

A reforma da gestão pública de 1995 instituiu na administração pública brasileira a dimensão


gestão, a qual permitiu maior autonomia e introdução de novas formas de responsabilização
para os gestores, como a administração por resultados, a competição administrada por
excelência e o controle social.

Comentários:

Isso mesmo. A dimensão gestão (dimensão gerencial) está associada às práticas administrativas.

Na dimensão gerencial, o objetivo foi conferir maior autonomia aos gestores e introduzir três
novas formas de responsabilização: administração por resultados, controle social e competição
administrada por excelência.

Gabarito: correta.

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24. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado foi criado na transição entre o governo de
Collor e o de Itamar Franco, com a finalidade de aumentar a governança do Poder Executivo.

Comentários:

Nada disso. A primeira parte da assertiva está errada. O PDRAE foi criado no governo de Fernando
Henrique Cardoso.

A segunda parte da assertiva está correta. De fato, mm dos objetivos do PDRAE era aumentar a
governança do Estado.

Gabarito: errada.

25. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

O Decreto-lei n.º 200/1967, na tentativa de modernizar a gestão pública no Brasil, estabeleceu


como princípios fundamentais o planejamento, a organização, o treinamento e a direção.

Comentários:

Nada disso. O decreto-lei 200/67 propõe, em seu art. 6º, que as atividades de administração
pública federal deveriam seguir cinco princípios: Planejamento, Coordenação, Descentralização,
Delegação de Competência e Controle.

Gabarito: errada.

26. (CESPE – MPOG - Analista - 2015)

A reforma administrativa de 1967, realizada por meio do Decreto-lei n.º 200, ampliou a
administração indireta, transferindo atividades para fundações e empresas públicas.

Comentários:

Isso mesmo! A principal característica da Reforma de 1967 é a descentralização das atividades do


Estado para a Administração Indireta. O Decreto-Lei 200/67 divide a Administração Pública em
Administração Direta e Administração Indireta.

Gabarito: correta.

27. (CESPE – MPOG - Analista - 2015)

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O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), criado nos anos 30, tinha por
objetivo a desburocratização da administração pública do Brasil mediante a modernização de
estruturas e processos.

Comentários:

O DASP demarcou o início das práticas de burocratização do Estado Brasileiro. Foi a primeira
tentativa de implantar o modelo burocrático no Brasil. Um dos objetivos do DASP era suprimir o
patrimonialismo.

O DASP tinha dois objetivos principais: modernizar a administração pública e suprimir o modelo
patrimonialista.

Gabarito: errada.

28. (CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário - 2015)

A reforma administrativa ocorrida em 1967 pretendia o rompimento com a rigidez burocrática,


e, para isso, as atividades da administração foram centralizadas e algumas instituições de
administração indireta foram extintas.

Comentários:

A primeira parte da assertiva está correta. De fato, a Reforma de 67 buscou superar a rigidez do
modelo burocrático, com o objetivo de conferir maior eficiência à máquina pública. De acordo com
o PDRAE, a Reforma de 1967 foi a primeira tentativa de implantação do modelo de administração
gerencial no Brasil.

Contudo, a segunda parte da assertiva está errada. A principal característica da Reforma de 1967 é
a descentralização das atividades do Estado para a Administração Indireta. O governo militar
utiliza a descentralização das atividades da Administração Direta para a Administração Indireta
(autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista). Portanto, houve um
aumento das instituições da Administração Indireta.

Gabarito: errada.

29. (CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário - 2015)

Com a Constituição Federal de 1988, a administração pública brasileira retornou aos anos 30 do
século passado, época em que foi implantada a administração burocrática clássica no Brasil.

Comentários:

Isso mesmo! A CF/88 foi um retrocesso administrativo (retrocesso burocrático).

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Gabarito: correta.

30. (FCC – DPE-AM – Assistente Técnico de Defensoria - 2018)

A reforma do aparelho do Estado, implementada em meados dos anos 1990, buscava um novo
paradigma para a atuação da Administração pública. Nesse sentido, entre outras medidas,
preconizava a transferência de serviços públicos não exclusivos a entidades privadas sem fins
lucrativos, as quais eram qualificadas como organizações sociais, o que correspondeu ao
mecanismo denominado

a) accountability.

b) desestatização.

c) governança.

d) publicização.

e) privatização.

Comentários:

O processo de transferência de serviços públicos não exclusivos a entidades privadas sem fins
lucrativos (setor público não-estatal – terceiro setor) é chamado de publicização.

O gabarito é a letra D.

31. (FCC – PROCON-MA – Fiscal de Defesa do Consumidor - 2017)

No processo de evolução da Administração Pública no Brasil, a instituição do Departamento


Administrativo do Serviço Público - DASP, situa-se

a) como órgão gestor do Programa Nacional de Desburocratização protagonizado pelo Ministro


Hélio Beltrão no início dos anos 1980.

b) como marco da consolidação do modelo burocrático e superação do patrimonialismo, criado


com a edição do Decreto Lei no 200, de 1967.

c) como órgão central encarregado da modernização administrativa no Estado Novo do governo


de Getúlio Vargas na década de 1930.

d) como importante vetor na introdução do modelo de Administração Gerencial, no início dos


anos 1970, embora ainda contaminado por conceitos do modelo burocrático.

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e) no centro do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, levado a cabo pelo Ministro
Bresser Pereira, nos anos 1990 ao influxo da nova gestão pública.

Comentários:

O DASP (criado no governo de Getúlio Vargas), trata-se do órgão central encarregado de realizar a
Reforma na década 30, e demarcou o início das práticas de burocratização do Estado Brasileiro. Foi
a primeira tentativa de implantar o modelo burocrático no Brasil.

O DASP tinha dois objetivos principais: modernizar a administração pública e suprimir o modelo
patrimonialista.

O gabarito é a letra C.

32. (FCC – AL-MS– Analista de RH - 2016)

Um marco importante no contexto evolutivo da Administração pública no Brasil foi o Plano


Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, levado a cabo a partir de meados dos anos 1990
pelo então Ministro Bresser Pereira. O modelo de atuação do Estado, preconizado pela referida
reforma, contempla, entre suas premissas,

a) explorar de forma direta atividades econômicas, como indutor do crescimento fiscal.

b) adotar o modelo desenvolvimentista, por intermédio da denominada publicização.

c) atuar mais fortemente nas atividades de fomento, regulação e controle.

d) estabelecer parcerias com as entidades do terceiro setor, para a privatização de setores como
saúde e educação.

e) implantar o modelo gerencial, que preconiza maior centralização das atividades pela União.

Comentários:

Letra A: errada. Pelo contrário. O PDRAE propõe que as atividades econômicas devem ser
exploradas pelo Estado apenas quando for extremamente necessário.

Letra B: errada. Conforme vimos, publicização é a transferência de serviços públicos não exclusivos
a entidades privadas sem fins lucrativos (setor público não-estatal – terceiro setor).

Letra C: correta. Isso mesmo! Segundo o PDRAE, o setor de “Atividades Exclusivas” é composto por
atividades que somente o Estado pode realizar. Nesse setor, são realizadas as atividades de
fiscalização (controle), regulamentação e fomento (por exemplo: a cobrança e fiscalização dos
impostos, a polícia, a previdência social básica, a fiscalização do cumprimento de normas

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sanitárias, o serviço de trânsito, o controle do meio ambiente, o serviço de emissão de


passaportes, etc.).

Letra D: errada. Muito cuidado, meu amigo! A transferência de atividades e serviços não exclusivos
do Estado (tais como educação e saúde) para o setor público não-estatal – organizações do
terceiro setor, é denominado publicização.

Letra E: errada. Pelo contrário. O PDRAE busca a descentralização das atividades do Estado.

O gabarito é a letra C.

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LISTA DE QUESTÕES
1. (CESPE – SLU-DF – Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – Administração - 2019)

Com a reforma administrativa de 1967, os componentes da administração pública federal foram


separados em integrantes da administração direta e integrantes da administração indireta.

2. (CESPE – SLU-DF – Analista de Gestão de Resíduos Sólidos – Administração - 2019)

A reforma administrativa de 1967 baseava-se no planejamento voltado para o desenvolvimento


econômico-social do Brasil.

3. (CESPE - PGE-PE – Analista Administrativo de Procuradoria - 2019)

A reforma gerencial da administração pública iniciada em 1995 definiu que os sistemas de


controle deveriam se concentrar em resultados.

4. (CESPE - PGE-PE – Analista Administrativo de Procuradoria - 2019)

O Decreto-Lei n.º 200/1967 representou uma primeira tentativa de reforma gerencial que
procurou substituir a administração pública burocrática por uma administração voltada para o
desenvolvimento.

5. (CESPE - PGE-PE – Analista Administrativo de Procuradoria - 2019)

A reforma administrativa estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 200/1967 centralizou a execução das
atividades da administração federal evitando o descontrole dos gastos públicos.

6. (CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo - Administração - 2018)

A reforma administrativa que transferiu atividades para autarquias, fundações, empresas


públicas e sociedades de economia mista, como uma estratégia de superação da rigidez
burocrática, foi realizada no século passado,

a) em meados dos anos 70, com a criação da Secretaria de Modernização (SEMOR).

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b) no começo da década de 80, com a criação do Programa Nacional de Desburocratização


(PrND).

c) em 1995, por meio do Plano Diretor da Reforma do Aparelho de Estado.

d) na década de 30, com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP).

e) no fim da década de 60, por meio do Decreto-lei n.º 200/1967.

7. (CESPE – TCE-MG – Analista de Controle Externo - Administração - 2018)

O Decreto-lei n.o 200/1967 promoveu a transferência das atividades de produção de bens e


serviços para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

8. (CESPE – EBSERH – Tecnólogo em Gestão Pública - 2018)

O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), criado no Governo Getúlio Vargas,


demarcou o início das práticas de desburocratização do Estado brasileiro.

9. (CESPE – EBSERH – Tecnólogo em Gestão Pública - 2018)

O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, objetivava transferir para
o setor privado os serviços não exclusivos, por meio de um programa de publicização.

10. (CESPE – EBSERH – Tecnólogo em Gestão Pública - 2018)

Durante o governo de Getúlio Vargas, implementou-se a chamada reforma burocrática, que


buscava fortalecer a meritocracia e a profissionalização na gestão pública.

11. (CESPE – TRE-TO – Técnico Judiciário - 2017)

A partir da instituição do Plano Diretor da Reforma do Estado, em 1995, a gestão por resultados
foi incorporada à administração pública com o objetivo de tornar a gestão pública

a) mais descentralizada e com gestores com maior autonomia e maior nível de responsabilidade
individual.

b) mais descentralizada, mas com gestores com menor autonomia e maior nível de
responsabilidade individual.

c) mais descentralizada, mas com gestores com menor autonomia e menor nível de
responsabilidade individual.

d) menos descentralizada e com gestores com maior autonomia e maior nível de


responsabilidade individual.

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e) menos descentralizada e com gestores com menor autonomia e menor nível de


responsabilidade individual.

12. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

Durante o governo de Juscelino Kubitschek (JK), visando dar maior agilidade ao alcance dos
objetivos do plano de metas, a administração indireta passou a participar ativamente da
execução das políticas de governo, uma vez que a administração direta era tida como lenta e
defasada.

13. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

O movimento conhecido como nova gestão pública foi introduzido no Brasil no governo de
Fernando Henrique Cardoso (1995 - 2002) com o objetivo de tornar a administração pública
mais efetiva, embora menos eficiente.

14. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

A CF, além de ampliar direitos e garantias individuais e sociais, flexibilizou a gestão da máquina
pública, por meio de determinações que livram a administração indireta dos procedimentos que
deviam ser seguidos pela administração direta.

15. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

De acordo com o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado de 1995, o escopo da


reforma do aparelho do Estado é mais restrito do que o da reforma do Estado: enquanto o
primeiro está voltado para a eficiência da administração pública, orientando-a para a cidadania,
o segundo é um projeto amplo relacionado às várias áreas do governo e ao conjunto da
sociedade brasileira.

16. (CESPE – TCE-PE – Analista de Gestão – Administração - 2017)

O clientelismo consiste em um tipo de sistema em que os agentes políticos concedem benefícios


públicos em troca de apoio político.

17. (CESPE – TCE-PE – Analista de Controle Externo - 2017)

O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, lançado em 1995, pautou-se na orientação


de substituir a burocracia tradicional, weberiana, por um modelo mais próximo das práticas de
gestão do setor privado e do modelo de Estado de bem-estar social.

18. (CESPE – TRE-PE – Analista Judiciário - 2017)

A reforma do aparelho do Estado inclui a dimensão institucional-legal, que visa

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a) aumentar a governabilidade do Estado por meio da capacidade administrativa de governar


com efetividade e eficiência.

b) suprimir os elementos patrimonialistas existentes no Estado para implantar uma


administração por objetivos.

c) mudar a mentalidade, que passe da desconfiança generalizada que caracteriza a


administração burocrática para uma confiança maior, própria da administração gerencial.

d) descentralizar a estrutura organizacional por meio da criação de novos formatos


organizacionais, como as agências executivas e as regulatórias e as organizações sociais.

e) ampliar a autonomia e introduzir três novas formas de responsabilização dos gestores:


administração por resultados, competição administrada por excelência e controle social.

19. (CESPE – SEDF – Professor - Administração - 2017)

A perspectiva de reforma do Estado moderno subdivide a administração pública em quatro


setores: o núcleo estratégico, as atividades exclusivas, os serviços não exclusivos e a produção
de bens e serviços para o mercado. Nessa perspectiva, considera-se que as agências reguladoras
pertencem ao setor do núcleo estratégico.

20. (CESPE – TCE-PR Analista de Controle Externo - 2016)

Assinale a opção correta, a respeito de aspectos de governança, de governabilidade e do Plano


Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE).

a) O projeto das organizações sociais, previsto no PDRAE, tem por finalidade centralizar na
administração pública o controle das atividades do setor de prestação de serviços não
exclusivos.

b) O PDRAE foi elaborado com a finalidade de promover a reforma administrativa e financeira


do Estado brasileiro em virtude da crise iniciada em meados da década de 80 do século passado
e que se tornou evidente somente no final da década de 90.

c) O PDRAE ampliou o poder do Estado como executor direto de produção de bens, de serviços
de infraestrutura e produção de alimentos e regulador de serviços sociais como educação,
saúde e segurança.

d) A política de profissionalização do serviço público, contida no PDRAE, visa modernizar a


administração burocrática no núcleo estratégico da administração pública.

e) A implementação de políticas públicas de maneira eficiente, prevista no PDRAE, caracteriza o


aumento da governabilidade.

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21. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

Com o fim da ditadura militar, em 1985, e a retomada da democratização do Brasil, houve um


significativo avanço na modernização da administração pública.

22. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

Com a implantação da reforma da gestão pública em 1995, os elementos patrimonialistas e


clientelistas foram extintos da cultura administrativa brasileira.

23. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

A reforma da gestão pública de 1995 instituiu na administração pública brasileira a dimensão


gestão, a qual permitiu maior autonomia e introdução de novas formas de responsabilização
para os gestores, como a administração por resultados, a competição administrada por
excelência e o controle social.

24. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

O Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado foi criado na transição entre o governo de
Collor e o de Itamar Franco, com a finalidade de aumentar a governança do Poder Executivo.

25. (CESPE – TCE-PA - Auditor de Controle Externo - 2016)

O Decreto-lei n.º 200/1967, na tentativa de modernizar a gestão pública no Brasil, estabeleceu


como princípios fundamentais o planejamento, a organização, o treinamento e a direção.

26. (CESPE – MPOG - Analista - 2015)

A reforma administrativa de 1967, realizada por meio do Decreto-lei n.º 200, ampliou a
administração indireta, transferindo atividades para fundações e empresas públicas.

27. (CESPE – MPOG - Analista - 2015)

O Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), criado nos anos 30, tinha por
objetivo a desburocratização da administração pública do Brasil mediante a modernização de
estruturas e processos.

28. (CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário - 2015)

A reforma administrativa ocorrida em 1967 pretendia o rompimento com a rigidez burocrática,


e, para isso, as atividades da administração foram centralizadas e algumas instituições de
administração indireta foram extintas.

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29. (CESPE – TRE-GO – Técnico Judiciário - 2015)

Com a Constituição Federal de 1988, a administração pública brasileira retornou aos anos 30 do
século passado, época em que foi implantada a administração burocrática clássica no Brasil.

30. (FCC – DPE-AM – Assistente Técnico de Defensoria - 2018)

A reforma do aparelho do Estado, implementada em meados dos anos 1990, buscava um novo
paradigma para a atuação da Administração pública. Nesse sentido, entre outras medidas,
preconizava a transferência de serviços públicos não exclusivos a entidades privadas sem fins
lucrativos, as quais eram qualificadas como organizações sociais, o que correspondeu ao
mecanismo denominado

a) accountability.

b) desestatização.

c) governança.

d) publicização.

e) privatização.

31. (FCC – PROCON-MA – Fiscal de Defesa do Consumidor - 2017)

No processo de evolução da Administração Pública no Brasil, a instituição do Departamento


Administrativo do Serviço Público - DASP, situa-se

a) como órgão gestor do Programa Nacional de Desburocratização protagonizado pelo Ministro


Hélio Beltrão no início dos anos 1980.

b) como marco da consolidação do modelo burocrático e superação do patrimonialismo, criado


com a edição do Decreto Lei no 200, de 1967.

c) como órgão central encarregado da modernização administrativa no Estado Novo do governo


de Getúlio Vargas na década de 1930.

d) como importante vetor na introdução do modelo de Administração Gerencial, no início dos


anos 1970, embora ainda contaminado por conceitos do modelo burocrático.

e) no centro do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, levado a cabo pelo Ministro
Bresser Pereira, nos anos 1990 ao influxo da nova gestão pública.

32. (FCC – AL-MS– Analista de RH - 2016)

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Um marco importante no contexto evolutivo da Administração pública no Brasil foi o Plano


Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, levado a cabo a partir de meados dos anos 1990
pelo então Ministro Bresser Pereira. O modelo de atuação do Estado, preconizado pela referida
reforma, contempla, entre suas premissas,

a) explorar de forma direta atividades econômicas, como indutor do crescimento fiscal.

b) adotar o modelo desenvolvimentista, por intermédio da denominada publicização.

c) atuar mais fortemente nas atividades de fomento, regulação e controle.

d) estabelecer parcerias com as entidades do terceiro setor, para a privatização de setores como
saúde e educação.

e) implantar o modelo gerencial, que preconiza maior centralização das atividades pela União.

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GABARITO
1. CORRETA 12. CORRETA 23. CORRETA
2. CORRETA 13. ERRADA 24. ERRADA
3. CORRETA 14. ERRADA 25. ERRADA
4. CORRETA 15. CORRETA 26. CORRETA
5. ERRADA 16. CORRETA 27. ERRADA
6. Letra E 17. ERRADA 28. ERRADA
7. CORRETA 18. Letra D 29. CORRETA
8. ERRADA 19. ERRADA 30. Letra D
9. ERRADA 20. Letra D 31. Letra C
10. CORRETA 21. ERRADA 32. Letra C
11. Letra A 22. ERRADA

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Referências Bibliográficas

BRESSER PEREIRA, Luiz Carlos. Plano Diretor da Reforma do Estado. Brasília, Presidência da República:
1995.

BRESSER PEREIRA. Luiz Carlos. Gestão do setor público: estratégia e estrutura para um novo Estado. In:
Bresser Pereira LC, Spink P, organizadores. Reforma do Estado e Administração Pública Gerencial. 4ª
edição. Rio de Janeiro, FGV: 2001.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública: Provas e Concursos, 5ª edição. São Paulo, Manole:
2018.

COSTA, F. L. Brasil: 200 anos de Estado; 200 anos de administração pública; 200 anos de reformas. Revista
de Administração Pública, Rio de Janeiro: Set/Out de 2008, 42(5), 829-874.

MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais, 5ª edição.
São Paulo, Atlas: 2018.

PACHECO FILHO, C., & WINCKLER, C. Reforma da Previdência: o ajuste no serviço público. Indicadores
Econômicos FEE, Porto Alegre: 2005, V. 32, p. 221-248.

PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Geral e Pública para AFRF e AFT, 3ª edição. Rio de Janeiro,
Editora Método: 2017.

PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019.

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