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Número 2
Governo Federal Assessoria Técnica da Presidência do Ipea
Chefe de Gabinete
Fabio de Sá e Silva
Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoria
URL: http://www.ipea.gov.br
Brasília, 2011 Número 2
© Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – ipea 2009
Inclui bibliografia.
ISSN 2176-7122
As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores,
não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
ou da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte.
Reproduções para fins comerciais são proibidas.
Sumário
APRESENTAÇÃO................................................................................................................................... 7
1 INDICADORES BÁSICOS.................................................................................................................... 9
3 SAÚDE............................................................................................................................................. 18
4 EDUCAÇÃO...................................................................................................................................... 26
5 TRABALHO....................................................................................................................................... 34
7 TRANSPORTES................................................................................................................................. 42
8 SEGURANÇA PÚBLICA..................................................................................................................... 57
9 CULTURA.......................................................................................................................................... 61
APRESENTAÇÃO
Em um país com tamanhas desigualdades regionais como o Brasil, o Estado assume importante papel
no desenvolvimento do tecido social e econômico local. Buscando entender como se manifesta a atual
existência do Estado no território nacional, o Ipea apresenta a publicação Presença do Estado no Brasil:
Federação, suas unidades e municipalidades.
A partir de uma série de indicadores desagregados para Brasil, regiões, unidades federativas e
municípios, esse levantamento se torna um importante instrumento para os gestores públicos das
diferentes esferas de governo ao pensar o planejamento, a formulação e a avaliação das políticas
públicas brasileiras.
Os temas abordados contemplam as áreas de saúde, educação, cultura, assistência social, previ-
dência social, trabalho, segurança pública, transportes e instituições financeiras públicas. Os dados
referem-se ao último ano disponibilizado e tratam em sua maioria de registros administrativos coleta-
dos junto aos ministérios, às autarquias e aos institutos de pesquisa.
O texto impresso mantém-se no nível unidade da Federação (UF), mas os dados foram analisados
por município. Os dados por município estão disponíveis eletronicamente no site do Ipea.
Os dados são apresentados na forma de tabelas e mapas. Em alguns casos os mapas são apresen-
tados por município, para melhor compreensão das diferenças regionais. Esses podem ser vistos de
forma interativa no site do IpeaMapas – <http://mapas.ipea.gov.br>.
Marcio Pochmann
Presidente do Ipea
1 INDICADORES BÁSICOS
MAPA 1
Proporção da população por área territorial (km²), Brasil – 2009
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Alagoas
Tocantins Sergipe
Rondônia
Bahia
Mato Grosso
Minas Gerais
Proporção de habitantes/km² Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
Até 10
São Paulo Rio de Janeiro
De 11 a 30
Paraná
De 31 a 100
variação, também são dignos de nota, uma vez que a redução das desigualdades, após as transferências,
equivale a 13,5%, incluindo o seguro-desemprego, o que supera o que existe nos países de influência
anglo-saxã e os da Europa Ocidental. Somente os países do norte da Europa apresentam resultados
melhores que os do Brasil.
Em outras palavras, a opção por fixar o piso de benefícios previdenciários e para benefícios assis-
tenciais de prestação continuada para idosos e deficientes (Benefício de Prestação Continuada – BPC)
e equiparar os trabalhadores rurais aos urbanos teve um efeito poderoso sobre a distribuição de renda.
No fim dos anos 1980 o Brasil estava na terceira colocação entre os países mais desiguais e os dados de
2007 revelam que a posição atual é a décima, sendo a quinta da América Latina. Diante de uma po-
lítica universal tão poderosa, o Programa Bolsa Família (PBF) representou um estímulo adicional que
reduz por si só 0,6% das desigualdades. Assim, um aumento no valor das prestações e a remoção das
dificuldades cadastrais podem trazer elementos adicionais muito benéficos, sobretudo entre os mais
pobres. Os gastos com o aumento da linha de um quarto de salário mínimo per capita para um terço
ou meio pode melhorar o desempenho das políticas na redução das desigualdades e, em um país que
está crescendo e cuja carga tributária é a maior entre os países em desenvolvimento, a meta é exequível.
Os resultados em matéria de redução da pobreza, ou seja, as famílias com menos da metade do
salário mínimo em termos da renda per capita também é notável. Em 1978, a redução da pobreza após
as transferências de renda da seguridade representava 9%, tendo aumentado para 16,9% em 1988 em
que alguns mecanismos que se consolidariam após a Constituição Federal de 1988 (CF/88) começavam
a operar. Depois disso, os resultados para 1998 representavam 35% e, em 2008, ano base para a maioria
dos resultados deste trabalho, 36,9%. Diante do exposto, os resultados obtidos em matéria de políticas
públicas são bons e resistem a qualquer comparação internacional. No entanto, é bom lembrar, se a
medida for a de pobreza relativa, representando metade da mediana de renda da população ocupada que
contribui para a Previdência, ou seja, R$ 400,00 a redução é de 2,5%, ou seja, bem inferior à de países da
Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – que congrega as sociedades de
renda per capita mais elevada, como economias de mais intensidade de produção industrial e de serviços.
Esse resultado dimensiona bem a medida dos desafios que aguardam o Brasil.
Reduzir as desigualdades e a própria pobreza requer esforços paralelos para melhorar a performance,
como: aumentar os gastos com saúde e educação, para destacar os serviços sociais de mais dimensão;
e promover uma regulamentação mais eficaz do mercado de trabalho e reformar a política tributária,
tornando-a mais progressiva, considerando que é a regressividade que singulariza o Brasil no cenário
mundial. Em outras palavras é preciso, em parte, gastar mais em políticas sociais e, parcialmente, gastar
melhor e gravar menos as populações de renda mais baixa.
Não é possível esquecer que gastar mais e promover reformas não prescinde de uma preocupa-
ção constante com gastar melhor. Os gastos administrativos não são elevados, se forem comparados,
por exemplo, à previdência privada, em que as taxas de administração ainda oscilam por volta de
8% a 20% da contribuição de cada trabalhador. Na Previdência Social esse valor representou 1,88%
para 2009, segundo dados da execução orçamentária fornecidos pelo Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão (MPOG). No entanto, considerando os dados do Banco Mundial, os custos
nos Estados Unidos seriam de 0,7% do total de benefícios, 0,6% para a Suíça e 0,3% para o Japão.
A questão pode parecer menor, mas uma alocação mais eficiente poderia aliviar algum espaço para
investimentos ou gastos com mais poder multiplicador da renda, ou, mais além, cobrir áreas que
estão relativamente mal atendidas, como a creche escolar ou a atenção ao idoso.
Federação, suas unidades e municipalidades 11
TABELA 1
Arrecadação e benefícios emitidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – 2009
(Continua)
12 Presença do Estado no Brasil
(Continuação)
MAPA 2
Previdência Social, valor arrecadado no ano por habitantes pelo INSS – 2009
Valor arrecadado1/habitante
Limite estadual
De 0,02 a 100
De 101 a 500
De 501 a 1.000
De 1.001 a 3.000
De 3.001 a 4.500
Nenhuma arrecadação
0 300 600
km
Fonte: Sintese/DATAPREV.
Nota: ¹ O
valor arrecadado compreende os recolhimentos provenientes de todas as receitas incluídas na Guia de Recolhimento da Previdência Social (GPS).
14 Presença do Estado no Brasil
Mapa 3
Total de beneficiários (BPC), por UF – dezembro de 2009
Roraima
Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Bahia
Mato Grosso
GoiásDistrito Federal
Limite estadual
Rio Grande do Sul 0 300 600
km
MAPA 4
Número de famílias beneficiadas pelo PBF, distribuídas por UF – dezembro de 2009
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Bahia
Mato Grosso
MAPA 5
Número de famílias beneficiadas com o PBF, por município – 2009
Limite estadual
Até 500
De 501 a 6.000
De 6.001 a 10.000
De 10.001 a 50.000
MAPA 6
Cobertura do BPC aos idosos, por município – 2009
(Em %)
Limite estadual
Até 25
De 26 a 50
De 51 a 75
3 SAÚDE
Os dados mostram a presença do Estado na área da saúde considerando dois aspectos: o número de
profissionais da área de saúde com instrução de nível superior (médicos e enfermeiros) e o número
de procedimentos aprovados (consultas e internações), todos no âmbito do SUS, por habitantes.
A relação de médicos por enfermeiros que nacionalmente corresponde a cerca de quatro médicos
para cada enfermeiro se apresenta de forma diferente regionalmente, sendo menor nas regiões Norte e
Nordeste (3,1 e 3,5 respectivamente) e maior nas regiões Sul e Sudeste (igualmente 5,1).
Considerando que a média nacional e as regionais para a relação de enfermeiros por mil habi-
tantes são praticamente iguais a 0,7 – ou dois enfermeiros para cada grupo de 3 mil habitantes –,
conclui-se que a relação de médicos por mil habitantes é desigual para as regiões. Enquanto a média
nacional fica em 3,1 médicos por mil habitantes, nas regiões Norte e Nordeste são inferiores (1,9 e 2,4
respectivamente) e superiores nas regiões Sul e Sudeste (igualmente 3,7).
Estas informações permitem concluir que há uma concentração de profissionais mais bem qua-
lificados (instrução de nível superior) nas regiões mais desenvolvidas – Sul e Sudeste – em detrimento
das regiões menos desenvolvidas – Norte e Nordeste –, sendo que a região Centro-Oeste possui índi-
ces mais próximos da média nacional.
Em relação aos procedimentos aprovados pelos SUS, as diferenças regionais também se repetem,
embora em relação à média de consultas por habitantes fiquem todas próximas da média nacional (em
torno de 2,6). Entretanto, quando se verifica a média de consultas aprovadas por médico por habitan-
te, as regiões Sul e Sudeste apresentam médias inferiores à nacional e ainda mais se comparadas com
as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Quanto ao procedimento de internação, as diferenças regionais também aparecem, embora
de maneira diferente. Neste item a região Sul apresenta a maior média de internações aprovadas
por 100 habitantes, enquanto a região Sudeste continua a ter a menor relação. A região Nordeste
por sua vez apresenta média idêntica à nacional, o que pode indicar, se considerarmos todos os
índices relativos à área da saúde, um número de leitos disponíveis para internação insuficiente para
a necessidade da região.
Porém, quando apurada a média de internações por médico por 100 habitantes as diferenças
regionais voltam ao padrão apontado inicialmente, em que as regiões Sul e Sudeste apresentam médias
inferiores à nacional, enquanto as demais regiões vão superá-la.
Essas diferenças podem significar uma necessidade menor de internações na região Sudeste, a
mais desenvolvida economicamente, em virtude de maior oferta de médicos e com melhor distribui-
ção dos pontos de atendimento, enquanto as demais regiões têm oferta menor de médicos – exclui-se
aqui a Sul – e com uma pior distribuição dos pontos de atendimento, exigindo maiores deslocamentos
da população na busca pelo serviço e a necessidade de permanência em internação para a conclusão do
tratamento, em virtude da distância entre o local de atendimento e o seu domicílio.
O problema da concentração de médicos e de leitos para internação fica evidenciado prin-
cipalmente nas regiões Norte e Nordeste, onde estes vão se concentrar nas capitais e nas poucas
cidades de maior porte.
Federação, suas unidades e municipalidades 19
O Brasil tem 1.616 municípios – que representam 29% do total, com população estimada em
20.727.759 ou 11% do total com média inferior a um médico por mil habitantes – cuja concentração
se dá nas regiões menos desenvolvidas do país: a Norte e a Nordeste.
Na região Norte o número de municípios que se encontram nesta condição representam
69% do total, enquanto na região Nordeste eles são 43% do total de municípios. As demais regi-
ões apresentam números bem melhores, sendo estes percentuais de 23% no Centro-Oeste, 17%
no Sul e 14% no Sudeste.
Ao contrário, esses percentuais se invertem quando se verificam os municípios com número de
médicos por mil habitantes igual ou superior a dois. No país eles somam 1.897 municípios ou 34%
do total, com população estimada em 127.362.316 ou 67% do total.
A região Sudeste tem 56% dos seus municípios nesta situação, enquanto a Sul tem 45%, a
Centro-Oeste, 30%, a Nordeste, 14% e a Norte, apenas 7%.
Em relação às consultas aprovadas pelo SUS, o país tem 460 municípios com média inferior a
um atendimento por habitante e 2.176 municípios sem nenhuma internação aprovada pelo SUS, que
pode ser entendido como o número de municípios sem leitos para internação.
De modo geral, a presença do Estado na área da saúde se mostra com desequilíbrio regional,
desfavorecendo as regiões menos desenvolvidas do país, com menos presença de profissionais com
nível de instrução superior e menor quantidade de leitos disponíveis para internação. Além dos fato-
res econômicos, agravam a situação de desigualdade, a dimensão e a complexidade das suas áreas e as
dificuldades de locomoção decorrentes destas condições.
TABELA 2
Número de médicos e enfermeiros que atendem o SUS por mil habitantes, por regiões e UFs – Brasil,
dezembro de 2009
População estimada
Região/UF Médicos Médicos por mil hab. Enfermeiros Enfermeiros por mil hab.
2009/IBGE
Norte 15.359.608 28.510 1,9 9.455 0,6
Rondônia 1.503.928 2.673 1,8 839 0,6
Acre 691.132 1.624 2,3 643 0,9
Amazonas 3.393.369 7.790 2,3 2.375 0,7
Roraima 421.499 1.105 2,6 356 0,8
Pará 7.431.020 10.997 1,5 3.699 0,5
Amapá 626.609 1.521 2,4 452 0,7
Tocantins 1.292.051 2.800 2,2 1.091 0,8
Nordeste 53.591.197 126.425 2,4 36.110 0,7
Maranhão 6.367.138 8.345 1,3 3.950 0,6
Piauí 3.145.325 7.197 2,3 2.224 0,7
Ceará 8.547.809 19.169 2,2 5.467 0,6
Rio Grande do Norte 3.137.541 9.346 3,0 2.391 0,8
Paraíba 3.769.977 10.242 2,7 3.249 0,9
Pernambuco 8.810.256 21.567 2,4 5.838 0,7
Alagoas 3.156.108 8.434 2,7 1.712 0,5
Sergipe 2.019.679 8.473 4,2 1.417 0,7
Bahia 14.637.364 33.652 2,3 9.862 0,7
(Continua)
20 Presença do Estado no Brasil
(Continuação)
População estimada
Região/UF Médicos Médicos por mil hab. Enfermeiros Enfermeiros por mil hab.
2009/IBGE
Sudeste 80.915.332 301.303 3,7 58.873 0,7
Minas Gerais 20.033.665 77.657 3,9 13.179 0,7
Espírito Santo 3.487.199 12.419 3,6 2.216 0,6
Rio de Janeiro 16.010.429 51.144 3,2 12.517 0,8
São Paulo 41.384.039 160.083 3,9 30.961 0,7
Sul 27.719.118 103.621 3,7 18.795 0,7
Paraná 10.686.247 36.399 3,4 6.605 0,6
Santa Catarina 6.118.743 22.343 3,7 4.185 0,7
Rio Grande do Sul 10.914.128 44.879 4,1 8.005 0,7
Centro-Oeste 13.895.375 40.540 2,9 9.080 0,7
Mato Grosso do Sul 2.360.498 8.272 3,5 1.391 0,6
Mato Grosso 3.001.692 7.041 2,3 1.851 0,6
Goiás 5.926.300 17.825 3,0 3.282 0,6
Distrito Federal 2.606.885 7.402 2,8 2.556 1,0
Brasil 191.480.630 600.399 3,1 132.313 0,7
Fontes: B anco de Dados do Sistema Único de Saúde (Datasus)/Cadastro Nacional de Estabelecimentos da Saúde (CNES)/Ministério da Saúde (MS).
TABELA 3
Número de consultas médicas/outros profissionais de nível superior e internações hospitalares por
habitante pelo SUS, por regiões e UFs – Brasil, 2009
Consultas médicas/outros
Consultas, pelo SUS, Internações, pelo SUS, Internações hospitalares pelo SUS
Região/UF profissionais de nível superior pelo
aprovadas¹ aprovadas por 100 hab.
SUS por hab.
Norte 41.022.560 2,7 987.714 6,4
Rondônia 3.603.354 2,4 91.493 6,1
Acre 1.612.775 2,3 48.599 7,0
Amazonas 8.300.501 2,4 152.987 4,5
Roraima 1.147.111 2,7 30.045 7,1
Pará 20.832.480 2,8 526.329 7,1
Amapá 968.531 1,5 38.740 6,2
Tocantins 4.557.808 3,5 99.521 7,7
Nordeste 147.148.370 2,7 3.127.207 5,8
Maranhão 27.147.624 4,3 358.803 5,6
Piauí 6.445.543 2,0 236.727 7,5
Ceará 22.077.432 2,6 492.369 5,8
Rio Grande do Norte 10.558.876 3,4 166.009 5,3
Paraíba 11.583.657 3,1 232.262 6,2
Pernambuco 19.553.905 2,2 498.408 5,7
Alagoas 7.784.060 2,5 177.463 5,6
Sergipe 6.867.325 3,4 91.934 4,6
Bahia 35.129.948 2,4 873.232 6,0
(Continua)
Federação, suas unidades e municipalidades 21
(Continuação)
Consultas médicas/outros
Consultas, pelo SUS, Internações, pelo SUS, Internações hospitalares pelo SUS
Região/UF profissionais de nível superior pelo
aprovadas¹ aprovadas por 100 hab.
SUS por hab.
Sudeste 199.854.392 2,5 4.218.210 5,2
Minas Gerais 54.624.333 2,7 1.118.936 5,6
Espírito Santo 9.784.431 2,8 193.098 5,5
Rio de Janeiro 28.368.282 1,8 637.697 4,0
São Paulo 107.077.346 2,6 2.268.479 5,5
Sul 71.230.851 2,6 1.885.609 6,8
Paraná 28.985.354 2,7 763.077 7,1
Santa Catarina 16.191.062 2,6 391.414 6,4
Rio Grande do Sul 26.054.435 2,4 731.118 6,7
Centro-Oeste 38.542.258 2,8 883.461 6,4
Mato Grosso do Sul 6.196.546 2,6 158.037 6,7
Mato Grosso 13.461.960 4,5 178.451 5,9
Goiás 13.227.603 2,2 360.725 6,1
Distrito Federal 5.656.149 2,2 186.248 7,1
Brasil 497.798.431 2,6 11.102.201 5,8
TABELA 4
Número de estabelecimentos ambulatoriais, de internações e leitos pelo SUS por habitantes, por regiões e UFs –
Brasil, dezembro de 2009
Estabelecimentos Estabelecimentos
Estabelecimentos Estabelecimentos de Leitos de internação
Região/UF ambulatoriais por 10 de internação por Leitos de internação
ambulatoriais internações pelo SUS por mil hab.
mil hab. pelo SUS 10 mil hab.
(Continuação)
Estabelecimentos Estabelecimentos
Estabelecimentos Estabelecimentos de Leitos de internação
Região/UF ambulatoriais por 10 de internação por Leitos de internação
ambulatoriais internações pelo SUS por mil hab.
mil hab. pelo SUS 10 mil hab.
Fontes: Datasus/CNES/MS.
Federação, suas unidades e municipalidades 23
MAPA 7
Número de internações hospitalares pelo SUS por 100 habitantes – 2009
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Bahia
Mato Grosso
Fontes: Datasus/SIA/SIH/MS.
24 Presença do Estado no Brasil
MAPA 8
Número de internações hospitalares pelo SUS por 100 habitantes – 2009
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Mato Grosso Bahia
De 6,1 a 7
Santa Catarina
De 7,1 a 8
Rio Grande do Sul
0 300 600
km
Fontes: Datasus/SIA/SIH/MS.
Federação, suas unidades e municipalidades 25
MAPA 9
Número de médicos por mil habitantes – 2009
Médicos/mil habitantes
Limite estadual
De 0 a 3
De 3,1 a 6
De 6,1 a 9
De 9,1 a 12
De 12,1 a 16
0 300 600
km
Fontes: Datasus/CNES/MS.
26 Presença do Estado no Brasil
MAPA 10
Número de leitos de internação por mil habitantes por município – 2009
Leitos/mil habitantes
Limite estadual
Até 5
De 5,1 a 10
De 10,1 a 15
Fontes: Datasus/CNES/MS.
4 EDUCAÇÃO
Em 2005, o governo federal iniciou uma série de programas com a intenção expressa de garantir
educação de qualidade para todos, destacando-o como o “Ano da qualidade da educação básica”.
Em continuidade a esse movimento, em 2007 foi lançado o Plano de Desenvolvimento da Edu-
cação (PDE), que define uma agenda de fortalecimento da educação básica, com metas a serem
alcançadas, pautada na formação de docentes, no piso salarial nacional dos professores e em
novos instrumentos de financiamento (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB), avaliação e responsabilização
das escolas e demais agentes públicos.
Os efeitos e o sucesso dessas políticas só poderão ser avaliados definitivamente no futuro.
No entanto, como mostram os dados deste trabalho, o Brasil é um país plural, com diferenças re-
gionais e intrarregionais; assim sendo, toda política educacional deve considerar essas diferenças,
se deseja atingir seus objetivos.
Federação, suas unidades e municipalidades 27
Os avanços no acesso ao ensino fundamental (EF) são notados quando olhamos as taxas de
escolarização líquida, tendo o país, já há alguns anos, atingido um patamar de acesso virtualmente
universal. Entretanto, percebe-se que problemas tradicionais da educação pública brasileira perma-
necem acentuados. As taxas de escolarização bruta do ensino fundamental evidenciam que o atraso
escolar atinge os estudantes brasileiros mesmo nos anos iniciais da educação. Por outro lado, as taxas
de escolarização líquida do ensino médio (EM), apesar de estarem em trajetória ascendente, ainda
se encontram em níveis bastante baixos, o que mostra como os jovens brasileiros pouco valorizam a
educação formal e as dificuldades de mantê-los na escola.
As diferenças regionais ficam patentes se observarmos as taxas de abandono escolar tanto do
ensino fundamental quanto do ensino médio. O problema é mais grave no Nordeste onde a taxa
de abandono no EF está acima de 10% em quase todos os estados – exceto Maranhão e Piauí.
Por outro lado, o abandono é consideravelmente menor no Sul e no Sudeste. Apesar de manterem
um padrão regional semelhante as do ensino fundamental, as elevadas taxas de abandono do ensi-
no médio novamente atestam as dificuldades de manter os jovens na escola.
Uma das principais causas da evasão escolar, as altas taxas de reprovação no ensino fundamental
confirmam que solucionar os problemas do processo de aprendizagem dos alunos é o maior desafio
da educação pública hoje. Se as diferenças mais substanciais nas taxas de reprovação podem ser expli-
cadas pela difusão do ensino em ciclos em algumas regiões – por exemplo, no estado de São Paulo –,
o problema da repetência é generalizado.
Uma questão sempre relevante nas políticas educacionais é, certamente, a formação inicial
e continuada dos professores. No PDE, a qualificação do docente constitui um de seus pilares de
sustentação, com a criação do piso salarial nacional para o professor e o estímulo e a ampliação do
acesso dos educadores à universidade. Os baixos salários pagos em média aos docentes da educação
pública têm dificultado a manutenção dos melhores profissionais nos quadros do magistério. Isso
se reflete na proporção de docentes do EF com formação superior, que em estados como Roraima,
Maranhão e Bahia não atinge 40%. Apenas em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina,
Mato Grosso do Sul e Distrito Federal a proporção ultrapassa os 80%. Da mesma forma, em al-
gumas regiões, a proporção dos docentes do ensino médio com formação superior está longe dos
ideais 100%.
A elevada proporção de escolas públicas paralisadas em algumas regiões – como Minas Gerais,
Tocantins e Rondônia – e simultaneamente o virtual atendimento universal do ensino fundamental
revelam como as questões de espaço físico são problemas que, em grande medida, já se encontram
superados na educação brasileira.
Enquanto a maior parte dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio são públicos –
municipais, estaduais e federais –, o ensino superior no Brasil é dominado pelas instituições privadas.
Não obstante a abertura de novas universidades federais nos últimos anos, a proporção de estabeleci-
mentos de ensino superior públicos nos diferentes estados raramente ultrapassa os 15%.
28 Presença do Estado no Brasil
TABELA 5
Quantidade de escolas dos ensinos fundamental, médio e superior em atividade por regiões e UFs – 2008
Escolas Estabeleci-
Escolas públi- Escolas Estabelecimen-
Escolas Escolas públicas públicas Escolas de EM Escolas em mentos de
Região/UF cas de EF em de EF em tos de ensino
públicas em atividade de EM em em atividade atividade ensino superior
atividade atividade superior
atividade públicos
Rio Grande do
4.639 3.677 2.886 3.326 315 444 4.303 5 23
Norte
Sudeste 50.180 40.963 29.504 37.234 7.202 11.692 57.139 104 1.069
Minas Gerais 20.908 13.925 11.257 12.936 2.007 2.928 17.805 25 308
Rio de Janeiro 7.502 6.611 5.037 7.016 1.129 1.897 9.631 23 136
São Paulo 17.675 17.112 10.677 14.472 3.778 6.406 25.882 52 537
Rio Grande
9.705 8.205 6.806 7.278 1.042 1.490 10.155 10 99
do Sul
Mato Grosso
1.168 1.151 856 1.094 301 430 1.587 3 41
do Sul
Fonte: Censo Escolar/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)/Ministério da Educação (MEC).
Federação, suas unidades e municipalidades 29
TABELA 6
Número de alunos matriculados, reprovados e taxas de escolarização líquida e de abandono do ensino
fundamental por regiões e UFs – 2008
Taxa de escolarização
Alunos matriculados líquida do EF – Alunos que Alunos matriculados Taxa de abandono
Região/UF Alunos reprovados no EF
no EF – 6 a 14 anos 6 a 14 anos abandonaram o EF no EF escolar do EF
(%)
TABELA 7
Número de alunos matriculados, reprovados e taxas de escolarização líquida e de abandono do ensino
médio por regiões e UFs – Brasil, 2008
Taxa de escolarização
Alunos matriculados líquida do EM – Alunos que Alunos matriculados Taxa de abandono Alunos reprovados
Região/UF
no EM – 15 a 17 anos 15 a 17 anos abandonaram o EM no EM escolar do EM no EM
(%)
TABELA 8
Quantidade de docentes dos ensinos fundamental e médio com e sem formação superior por regiões e UFs –
Brasil, 2008
MAPA 11
Proporção de docentes de português por mil habitantes, por UF – 2008
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Bahia
Mato Grosso
De 3 a 4 Paraná
De 4,01 a 5
Santa Catarina
De 5,01 a 6
Rio Grande do Sul
De 6,1 a 9
0 300 600
km
MAPA 12
Docentes com formação superior, por UF – 2008
(Em %)
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Bahia
Mato Grosso
MAPA 13
Taxa de abandono escolar no ensino médio – 2006
(Em %)
De 0 a 15
De 15,1 a 30
De 30,1 a 45
Mais de 45
0 300 600
km
5 TRABALHO
Os dados da tabela 9 revelam indicadores de intermediação de mão de obra de 2008, tomando-se as
informações divulgadas pelo Sistema Nacional de Emprego (Sine). As informações estão organiza-
das por grandes regiões e, nessas, por unidades da Federação e por alguns municípios selecionados.
As variáveis escolhidas são o número de inscritos no sistema, o número de vagas disponíveis, o número
de cidadãos encaminhados e os de fato colocados.
O número de inscritos registra todos os cidadãos que se cadastraram em um posto de atendimen-
to em busca de uma vaga no mercado de trabalho durante o ano em questão (2008). Os encaminha-
dos referem-se aos cidadãos que foram encaminhados à seleção de uma vaga no mercado de trabalho,
enquanto os colocados revelam os que de fato passaram a ocupar uma vaga no mercado de trabalho na
região/estado/município em questão.
Federação, suas unidades e municipalidades 35
Os dados mostram uma elevada proporção de encaminhados em relação aos inscritos em prati-
camente todas as regiões em tela. Existe uma relação semelhante, em todas as regiões, em termos de
colocados em relação aos inscritos, exceto no caso da região Sudeste, que é justamente a que concentra
o maior número de inscritos.
O indicador que revela a eficiência do sistema de intermediação é a relação entre colocados e
encaminhados. Este indicador mostra uma significativa diferenciação regional, com maiores valores
nas regiões Norte e Nordeste, seguido da região Sul. Por unidades da Federação, destacam-se os bons
resultados obtidos, em 2008, no Pará e em Rondônia, na região Norte; em Alagoas – o mais alto valor
deste indicador –, Piauí e Paraíba, na região Nordeste; e no Rio Grande do Sul, na região Sul.
Em muitos casos, porém, a relação elevada pode indicar pequeno número de encaminhamentos.
Portanto, é importante também destacar os valores absolutos das colocações, e, neste caso, destacam-se
os casos dos Sines dos estados de Ceará, Bahia, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e
também o do município de São Paulo (SP).
Uma análise mais acurada da evolução recente destes indicadores revela-se um instrumento im-
portante de avaliação dos mecanismos institucionais de intermediação da mão de obra. Tal instru-
mento sempre teve um papel importante desde os tempos de elevado desemprego, mas ainda terá um
papel estratégico a desempenhar no mercado de trabalho brasileiro para os próximos anos, quando
esse deverá se caracterizar pela queda do desemprego, confirmando resultados recentes que têm sido
verificados na medida em que a economia tem retomado seu dinamismo depois dos efeitos da desor-
ganização do mercado financeiro internacional deflagrado pela crise do subprime dos Estados Unidos
e posterior espalhamento para a chamada “economia real”.
Para os próximos anos, pode-se prever um crescimento sustentado da economia brasileira, ao mesmo
tempo que uma modesta redução da taxa de crescimento da população em idade ativa, podendo-se prever
uma manutenção da queda da taxa de desemprego, conforme tem acontecido nos últimos 18 meses.
Mas é por isso mesmo que os mecanismos de intermediação de mão de obra podem ter um papel
importante a desempenhar, sendo necessário aprimorá-los e torná-los nacionalmente mais homogêne-
os em termos de capacidade de perscrutar vagas nos mercados de trabalho locais, bem como dotá-los
de constante capacidade de encaminhar os trabalhadores para estas vagas, facilitando a sua absorção
pelas empresas demandantes de mão de obra.
Na tabela 10, estão presentes informações sobre seguro-desemprego em 2009. Os dados foram
divulgados pela pesquisa do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED), organizada e di-
vulgada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em primeiro lugar, chama atenção que, em quase todas as unidades da Federação, estão segura-
dos pelo menos 85% dos dispensados sem justa causa.
Tomando-se a relação entre os trabalhadores dispensados sem justa causa e os trabalhadores des-
ligados, percebe-se que a taxa situa-se em torno de 60% na maioria dos estados da Federação, sendo
que em boa parte dos estados da região Nordeste o percentual é um pouco superior e nos estados da
região Centro-Oeste um pouco inferior – exceto no Distrito Federal.
De todo modo, o que se percebe pelos dados do CAGED, referentes ao seguro-desemprego, é
que o grau de cobertura dos desligados é alto e não guarda particularidades regionais, o que revela a
consolidação deste sistema integrante do sistema brasileiro de seguridade social.
36 Presença do Estado no Brasil
TABELA 9
Intermediação de mão de obra – indicadores –, por regiões e UFs – 2008
Encaminhamen- Colocados/ Vagas/inscri- Encaminhamen- Colocados/ Colocados/encami-
Região/UF Inscritos Vagas Encaminhados Colocados
tos/inscritos (%) inscritos (%) tos (%) tos/vagas vaga (%) nhamentos (%)
Rio Grande do
52.770 14.711 39.033 6.432 74 12 28 3 44 16
Norte
Rio Grande
291.922 146.167 193.187 71.015 66 24 50 1 49 37
do Sul
Mato Grosso
70.622 39.864 76.965 19.869 109 28 56 2 50 26
do Sul
Fonte: MTE.
Obs.: Inscrito = cidadão que se cadastrou em um posto de atendimento em busca de uma vaga no mercado de trabalho; encaminhado = cidadão que foi enca-
minhado a uma vaga no mercado de trabalho; e colocado = cidadão que foi colocado em uma vaga no mercado de trabalho.
Federação, suas unidades e municipalidades 37
TABELA 10
Indicadores de seguro-desemprego formal por regiões e UFs – Brasil, 2009
Dispensa sem justa causa/
Região/UF Desligados (A) Dispensa sem justa causa (B) Segurados (C)
desligados (B/A)
Fonte: MTE.
38 Presença do Estado no Brasil
MAPA 14
Quantidade de trabalhadores que possuem seguro-desemprego formal – 2009
Roraima
Amapá
Amazonas
Pará Maranhão
Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí
Acre Pernambuco
Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Bahia
Mato Grosso
Fonte: MTE.
Federação, suas unidades e municipalidades 39
MAPA 15
Número de trabalhadores que foram dispensados sem justa causa, por UF – 2009
Roraima
Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Bahia
Mato Grosso
Distrito Federal
Goiás
Número de trabalhadores dispensados Minas Gerais
sem justa causa Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
Até 40.000
São Paulo Rio de Janeiro
De 40.001 a 100.000
Paraná
De 100.001 a 400.000
Fonte: MTE.
6 BANCOS PÚBLICOS
Mesmo diante da evidência de que as atividades econômicas distribuem-se de forma desigual no território,
a análise da participação e da penetração dos bancos públicos federais no território nacional revela para a
sociedade brasileira como o acesso aos produtos e serviços financeiros espelha, como outras tantas políticas
públicas, a heterogeneidade do país. Reconhecidas as dificuldades decorrentes da geografia e também as
diferentes dotações de recursos produtivos – que naturalmente atuam como fatores atrativos à atividade
financeira –, cabe refletir o quanto a ação do Estado pode contribuir para diminuir tamanha desigualdade.
Ainda que não esteja pacificada a discussão sobre em que medida o desenvolvimento da indús-
tria financeira pode contribuir para o crescimento de um país, a importância do acesso ao crédito
para o desenvolvimento econômico e social é inquestionável. Nesse sentido, é oportuno destacar
que o Brasil vem observando uma expansão vigorosa da relação crédito/PIB nos últimos dez anos,
tendo o crédito se tornado um propulsor do financiamento ao investimento. Uma comparação com
outros países revela, entretanto, que ainda há espaço para o mercado de crédito no país.
40 Presença do Estado no Brasil
Em paralelo a isso, ressalte-se, o país assistiu a uma grande concentração dos ativos bancários em
torno de um menor número de instituições. A indústria de produtos e serviços bancários se reconfi-
gurou em uma estrutura em que a ameaça de novos entrantes é baixa diante da escala de operação dos
atores existentes. Some-se a isso o baixo poder de barganha dos clientes e fornecedores.
Nesse cenário, os bancos públicos federais vêm se destacando como importantes elos do Sistema
Financeiro Nacional no provimento de crédito à população. Desde o auge da crise, em setembro de
2008, o Banco do Brasil (BB), a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Nordeste do Brasil
(BNB) têm sido importantes instrumentos do governo na inclusão bancária da população: crises
econômicas são historicamente tempos de renovação, e o Estado brasileiro soube aproveitar a oportu-
nidade e agiu no momento e na medida adequados.
Reconhecida esta fundamental atuação nos últimos anos, cabe reconhecer que o atendimento ban-
cário à população, mesmo pelos bancos públicos federais, continua incipiente. Mesmo com a utilização
dos correspondentes bancários, já também amplamente adotados pelas instituições financeiras privadas,
é possível que as restrições de acesso a agências bancárias sejam uma das causas centrais do fato de o Brasil
ainda possuir um baixo índice de cobertura da população em comparação a países industrializados.
O Brasil possui 6.875 agências de bancos públicos federais no território nacional, o que aponta
um índice de cobertura de 51,1%, de modo que apenas pouco mais da metade dos municípios do
país estão atendidos pelo Estado em produtos e serviços financeiros. Considerando que os bancos
públicos federais são agentes diretos na execução de algumas políticas sociais e econômicas do país,
essa realidade se revela ainda mais preocupante, pois representa o distanciamento de quase metade dos
municípios do acesso direto a essas políticas.
No caso do específico do BB, que atua de forma marcante no agronegócio nacional, como prin-
cipal instituição de financiamento das exportações agrícolas, e ainda no financiamento de pequenas e
médias empresas, a ausência de agências pode ter consideráveis impactos sobre a economia das locali-
dades. A CEF, por sua vez, atende não somente os seus clientes bancários, sendo um importante braço
do Estado para a execução de políticas sociais, como a assistência ao trabalhador formal, por meio do
pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Programa de Integração Social (PIS)
e seguro-desemprego, benefícios de programas sociais – como o PBF, por exemplo. A CEF é também a
instituição centralizadora das operações referentes a financiamento de habitação popular, saneamento
público básico de estados e municípios, entre outras. Desde 2009, quando foi lançado o programa
Minha Casa, Minha Vida, a atuação da CEF foi intensificada na área da habitação popular.
A região Nordeste apresenta a menor taxa de cobertura no país, com três estados que possuem
menos de 30% dos municípios atendidos – Piauí, Rio Grande do Norte e Paraíba. No Norte do
país, que apresenta a segunda cobertura mais baixa entre as regiões, observa-se uma concentração
das agências nas capitais dos estados e em algumas cidades, com grande disparidade intrarregional.
A comparação inter-regional da cobertura dos municípios, por sua vez, revela que no Centro-Oeste,
Sudeste e Sul do país, com índices bem maiores que os observados no Norte e no Nordeste, o acesso
mais facilitado nas localidades aos bancos públicos federais pode funcionar como propulsor do maior
desenvolvimento econômico e social observado nessas regiões.
Nesse sentido, a manutenção da configuração atual da distribuição de agências no território pode ser
um mecanismo de manutenção de desigualdade. Reconhece-se que sem sistemas financeiros inclusivos há
dificuldades para o crescimento, a redução da pobreza e a distribuição mais igualitária de recursos, de modo
que o estabelecimento de sistemas inclusivos torna-se uma questão de política pública. Cabe aos gestores
Federação, suas unidades e municipalidades 41
de políticas públicas articular ações com esse foco com outras estratégias de desenvolvimento, assegurando
que seja plenamente aproveitado o potencial de crescimento sustentado das economias locais. Garantir a
ampliação do acesso da população aos serviços bancários nos quase três mil municípios que não dispõem
de agências e bancos públicos federais é um desafio para o Estado brasileiro.
TABELA 11
Distribuição dos municípios brasileiros com agências bancárias públicas federais por regiões e UFs –
Brasil, abril de 2009
Municípios com Quantidade de agências
População estimada Quantidade de Quantidade de
Região/UF agências públicas Cobertura (A)/(B)*100 bancárias por
2009/IBGE municípios (B) agências por UF
(A) 100 mil hab.
Norte 15.359.608 449 172 397 38,3 2,6
Rondônia 1.503.928 52 32 57 61,5 3,8
Acre 691.132 22 11 30 50 4,3
Amazonas 3.393.369 62 19 64 30,6 1,9
Roraima 421.499 15 5 10 33,3 2,4
Pará 7.431.020 143 69 156 48,3 2,1
Amapá 626.609 16 6 19 37,5 3,0
Tocantins 1.292.051 139 30 61 21,6 4,7
Nordeste 53.591.197 1.793 713 1.480 39,4 2,8
Maranhão 6.367.138 217 70 139 32,3 2,2
Piauí 3.145.325 223 41 93 18,4 3,0
Ceará 8.547.809 184 95 214 51,6 2,5
Rio Grande do Norte 3.137.541 167 41 104 24,6 3,3
Paraíba 3.769.977 223 61 123 27,4 3,3
Pernambuco 8.810.256 185 120 246 64,9 2,8
Alagoas 3.156.108 102 42 91 41,2 2,9
Sergipe 2.019.679 75 33 76 44 3,8
Bahia 14.637.364 417 210 394 50,4 2,7
Sudeste 80.915.332 1.668 814 2.994 60,2 3,7
Minas Gerais 20.033.665 853 354 681 41,5 3,4
Espírito Santo 3.487.199 78 50 133 64,1 3,8
Rio de Janeiro 16.010.429 92 77 434 83,7 2,7
São Paulo 41.384.039 645 333 1.349 51,6 3,3
Sul 27.719.118 1.188 675 1.460 56,8 5,3
Paraná 10.686.247 399 214 422 53,6 3,9
Santa Catarina 6.118.743 293 210 512 71,7 8,4
Rio Grande do Sul 10.914.128 496 251 526 50,6 4,8
Centro-Oeste 13.895.375 466 233 544 66 3,9
Mato Grosso do Sul 2.360.498 78 54 98 69,2 4,2
Mato Grosso 3.001.692 141 74 126 52,5 4,2
Goiás 5.926.300 246 104 205 42,3 3,5
Distrito Federal 2.606.885 1 1 115 100 4,4
Brasil 191.480.630 5.564 2.845 6.875 51,1 3,6
MAPA 16
Cobertura de agências bancárias públicas – 2009
(Em %)
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre Tocantins Alagoas
Rondônia Sergipe
Bahia
Mato Grosso
Fonte: Bacen.
Nota: ¹ Municípios com agências públicas/quantidade de municípios.
7 TRANSPORTES
O grande destaque em transporte aéreo é o Distrito Federal, com 4,69 passageiros e 20,68 kg de
carga por habitante. Isto decorre tanto da localização quanto da renda.
Os dados abaixo mostram uma ideia da dimensão das atividades relacionadas aos sistemas de
transporte aéreo:
1) O número de movimentos de aeronaves na rede Empresa Brasileira de Infra-Estrutura
Aeroportuária (Infraero), em 2009, foi de 2.290.950, dos quais 93% provenientes do
tráfego doméstico.
2) O número de passageiros embarcados e desembarcados por via aérea, em 2009, foi acima de
128 milhões, dos quais 90% provenientes do tráfego doméstico.
3) A carga aérea transportada, em 2009, foi de 1.296.266 de toneladas (ton.), sendo 58%
oriunda do tráfego doméstico.
Desde o início do século o transporte aéreo vem se popularizando, em especial no mercado
doméstico. Dados da Agência Nacional de Aviação Civil dos últimos quatro anos mostram um acen-
tuado crescimento deste segmento. No entanto, tal crescimento cria a pressão por um novo desafio:
novos e urgentes investimentos em infraestrutura aeroportuária e aeronáutica.
TABELA 12
Movimento operacional – rede Infraero, 2009
Passageiros Carga
Doméstico Internacional Total Doméstica Internacional Total
Região/UF Pass./hab. kg/hab.
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Norte 6,13 1,46 5,65 0,47 20,21 8,02 15,03 12,68
Rondônia 0,49 0,00 0,44 0,37 0,69 0,00 0,39 3,4
Acre 0,36 0,01 0,33 0,61 0,30 0,01 0,18 3,35
Amazonas 1,92 1,14 1,84 0,69 13,69 7,99 11,27 43,05
Roraima 0,16 0,03 0,15 0,45 0,17 0,00 0,10 3,09
Pará 2,53 0,27 2,30 0,4 4,47 0,01 2,57 4,49
Amapá 0,41 0,01 0,37 0,75 0,52 0,00 0,30 6,14
Tocantins 0,26 0,00 0,23 0,23 0,37 0,00 0,21 2,15
Nordeste 19,66 6,77 18,34 0,44 22,46 3,14 14,25 3,45
Maranhão 1,03 0,00 0,92 0,19 1,43 0,00 0,82 1,68
Piauí 0,49 0,00 0,44 0,18 1,02 0,00 0,59 2,43
Ceará 3,68 1,70 3,48 0,52 5,73 0,27 3,41 5,17
Rio Grande do
1,54 0,97 1,48 0,6 1,01 0,24 0,68 2,82
Norte
Paraíba 0,59 0,00 0,53 0,18 0,35 0,00 0,20 0,68
Pernambuco 4,56 1,59 4,26 0,62 6,18 1,17 4,05 5,96
Alagoas 0,96 0,11 0,87 0,35 0,45 0,01 0,26 1,08
Sergipe 0,63 0,00 0,57 0,36 0,32 0,00 0,19 1,2
Bahia 6,18 2,39 5,79 0,51 5,96 1,45 4,04 3,58
Sudeste 47,44 86,22 51,41 0,81 39,39 85,57 59,01 9,45
Minas Gerais 5,84 1,89 5,43 0,35 2,26 0,73 1,61 1,04
Espírito Santo 2,04 0,00 1,83 0,67 1,01 0,47 0,78 2,9
Rio de Janeiro 12,88 19,90 13,60 1,09 7,76 10,81 9,06 7,33
São Paulo 26,68 64,43 30,55 0,95 28,35 73,56 47,56 14,9
(Continua)
44 Presença do Estado no Brasil
(Continuação)
Passageiros Carga
Doméstico Internacional Total Doméstica Internacional Total
Região/UF Pass./hab. kg/hab.
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
Sul 12,39 4,25 11,55 0,53 7,93 3,07 5,87 2,74
Paraná 5,37 0,71 4,89 0,59 2,56 2,65 2,60 3,15
Santa Catarina 2,44 0,86 2,28 0,48 1,54 0,00 0,89 1,88
Rio Grande
4,58 2,68 4,38 0,51 3,83 0,42 2,38 2,83
do Sul
Centro-Oeste 14,39 1,31 13,05 1,2 10,02 0,20 5,84 5,45
Mato Grosso
0,91 0,09 0,83 0,45 0,76 0,05 0,46 2,52
do Sul
Mato Grosso 1,45 0,01 1,30 0,56 1,28 0,00 0,74 3,17
Goiás 1,54 0,01 1,38 0,3 0,86 0,00 0,49 1,08
Distrito Federal 10,48 1,20 9,53 4,69 7,12 0,15 4,16 20,68
Brasil 100,00 100,00 100,00 0,67 100,00 100,00 100,00 6,77
Fonte: Infraero (2010).
MAPA 17
Proporção de carga aérea transportada por habitante e UF – rede Infraero, 2009
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Alagoas
Tocantins Sergipe
Rondônia
Bahia
Mato Grosso
Minas Gerais
Proporção de carga(kg)/habitante Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
Até 1,99
São Paulo Rio de Janeiro
De 2 a 3,99
Paraná
De 4 a 7,99
Fonte: Infraero.
Federação, suas unidades e municipalidades 45
MAPA 18
Proporção de passageiros por habitante e UF – rede Infraero, 2009
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Alagoas
Tocantins Sergipe
Rondônia
Bahia
Mato Grosso
Proporção passageiros/habitantes
Minas Gerais
Até 0,29 Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
De 0,3 a 0,49 São Paulo Rio de Janeiro
De 0,5 a 0,79
Paraná
Acima de 0,8
Santa Catarina
Fonte: Infraero.
A malha rodoviária nacional tem-se mantido estável nos últimos anos. A rede pavimentada pas-
sou de 196.244 km, em 2006, para 196.279 km em 2007.
Assim como os demais componentes de transporte, a aquisição de automóveis vem crescendo
mais do que a economia. A taxa de motorização do brasileiro vem aumentando ano a ano, aproximan-
do-se daquela verificada nos países industrializados. Até 2009, segundo dados da Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram licenciados mais de 3 milhões de veículos –
em 2000 foram 1,4 milhão. Assim, o número de habitantes por veículo no Brasil deve se reduzir ainda
mais nos próximos anos, aumentando o desafio do planejamento urbano e rodoviário do país.
Porém, os acidentes de trânsito continuam sendo um grande desafio nacional. O aumento do
número de veículos associado às más condições de nossas rodovias e ruas contribui para um elevado
índice de acidentes. Reverter este quadro é uma das urgências do país, na qual todos os níveis de go-
verno devem se envolver em um projeto de longo prazo.
TABELA 13
Informações sobre rodovias pavimentadas e não pavimentadas por regiões e UFs – Brasil, 2006
População estimada Rodovias pavimentadas Rodovias não pavimentadas Rodovias pavimentadas Rodovias não pavimentadas
Região/UF
2009/IBGE (km) (km) (km/mil hab.) (km/mil hab.)
Norte 15.359.608 14.928 87.565 0,97 5,7
Rondônia 1.503.928 1.622 13.859 1,08 9,21
Acre 691.132 916 6.540 1,33 9,46
Amazonas 3.393.369 1.640 4.638 0,48 1,37
Roraima 421.499 1.117 6.053 2,65 14,36
Pará 7.431.020 4.177 31.191 0,56 4,2
Amapá 626.609 323 1.967 0,52 3,14
Nordeste 53.591.197 53.037 356.472 0,99 6,65
Tocantins 1.292.051 5.132 23.318 3,97 18,05
Maranhão 6.367.138 6.962 48.479 1,09 7,61
Piauí 3.145.325 4.562 53.021 1,45 16,86
Ceará 8.547.809 8.279 43.452 0,97 5,08
Rio Grande do Norte 3.137.541 4.602 22.967 1,47 7,32
Paraíba 3.769.977 3.753 31.780 1 8,43
Pernambuco 8.810.256 6.293 36.092 0,71 4,1
Alagoas 3.156.108 2.302 10.759 0,73 3,41
Sergipe 2.019.679 2.055 3.276 1,02 1,62
Bahia 14.637.364 14.230 106.646 0,97 7,29
Sudeste 80.915.332 63.544 460.415 0,79 5,69
Minas Gerais 20.033.665 22.906 249.155 1,14 12,44
Espírito Santo 3.487.199 3.321 27.112 0,95 7,77
Rio de Janeiro 16.010.429 6.086 16.495 0,38 1,03
São Paulo 41.384.039 31.230 167.654 0,75 4,05
Sul 27.719.118 40.544 296.089 1,46 10,68
Paraná 10.686.247 21.173 99.126 1,98 9,28
Santa Catarina 6.118.743 7.037 55.779 1,15 9,12
Rio Grande do Sul 10.914.128 12.334 141.184 1,13 12,94
(Continua)
Federação, suas unidades e municipalidades 47
(Continuação)
População estimada Rodovias pavimentadas Rodovias não pavimentadas Rodovias pavimentadas Rodovias não pavimentadas
Região/UF
2009/IBGE (km) (km) (km/mil hab.) (km/mil hab.)
Fonte: ANTT.
TABELA 14
Informações sobre frota automotora por regiões e UFs – 2009
População estima- Automóveis por Veículos por 100
Região/UF Automóveis Caminhões Ônibus Motos Outros Total
da 2009/IBGE 100 habitantes habitantes
Norte 15.385.707 919.961 102.336 32.233 1.118.462 354.300 2.527.292 5.98 16.43
Rondônia 1.503.928 134.270 20.787 3.925 273.183 64.547 496.712 8.93 33.03
Acre 691.132 45.243 4.752 676 62.801 17.895 131.367 6.55 19.01
Amazonas 3.393.369 240.561 15.375 8.204 132.371 81.016 477.527 7.09 14.07
Roraima 421.499 35.921 2.970 973 54.814 16.204 110.882 8.52 26.31
Pará 7.457.119 312.813 37.674 13.770 384.455 106.674 855.386 4.19 11.47
Amapá 626.609 46.030 3.009 836 35.918 14.907 100.700 7.35 16.07
Tocantins 1.292.051 105.123 17.769 3.849 174.920 53.057 354.718 8.14 27.45
Nordeste 53.589.701 3.741.935 297.070 118.204 3.253.223 963.843 8.374.275 6.98 15.63
Maranhão 6.367.138 219.106 22.346 7.492 358.410 67.804 675.158 3.44 10.60
Piauí 3.137.430 165.671 16.194 4.767 269.053 51.186 506.871 5.28 16.16
Ceará 8.547.809 617.317 46.220 16.057 660.854 166.773 1.507.221 7.22 17.63
Rio Grande do
3.143.940 307.444 21.239 7.513 248.949 72.267 657.412 9.78 20.91
Norte
Paraíba 3.769.977 286.414 19.822 6.520 242.090 63.046 617.892 7.60 16.39
Pernambuco 8.810.256 780.473 63.757 21.891 537.763 178.040 1.581.924 8.86 17.96
Alagoas 3.156.108 191.053 14.144 8.146 126.237 51.663 391.243 6.05 12.40
Sergipe 2.019.679 187.840 14.743 6.458 133.054 37.664 379.759 9.30 18.80
Bahia 14.637.364 986.617 78.605 39.360 676.813 275.400 2.056.795 6.74 14.05
Sudeste 80.915.332 19.812.907 955.905 364.873 6.216.301 3.650.310 31.000.296 24.49 38.31
Minas Gerais 20.033.665 3.616.414 239.833 80.362 1.690.757 791.652 6.419.018 18.05 32.04
Espírito Santo 3.487.199 615.139 52.103 16.558 316.859 168.844 1.169.503 17.64 33.54
Rio de Janeiro 16.010.429 2.993.245 104.217 62.990 607.573 413.900 4.181.925 18.70 26.12
São Paulo 41.384.039 12.588.109 559.752 204.963 3.601.112 2.275.914 19.229.850 30.42 46.47
Sul 27.719.118 7.509.287 495.925 111.148 2.678.997 1.696.210 12.491.567 27.09 45.06
Paraná 10.686.247 2.871.908 205.031 44.333 996.106 693.139 4.810.517 26.87 45.02
Santa Catarina 6.118.743 1.840.796 117.764 22.672 780.233 402.118 3.163.583 30.08 51.70
Rio Grande do Sul 10.914.128 2.796.583 173.130 44.143 902.658 600.953 4.517.467 25.62 41.39
Centro-Oeste 13.895.375 2.712.617 182.655 50.079 1.549.799 816.731 5.311.881 19.52 38.23
Mato Grosso
2.360.498 409.802 37.457 7.926 289.869 143.150 888.204 17.36 37.63
do Sul
Mato Grosso 3.001.692 366.923 47.556 8.370 449.462 187.048 1.059.359 12.22 35.29
Goiás 5.926.300 1 070 937 79 246 20.703 687.347 350.548 2.208.781 18.07 37.27
Distrito Federal 2.606.885 864 955 18 396 13.080 123.121 135.985 1.155.537 33.18 44.33
MAPA 19
Extensão das rodovias não pavimentadas por UF – Brasil, 2006
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Alagoas
Tocantins Sergipe
Rondônia
Mato Grosso Bahia
GoiásDistrito Federal
Extensão das rodovia
não pavimentadas (km) Minas Gerais
Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
Até 10.000
São Paulo Rio de Janeiro
De 10.001 a 40.000
De 40.001 a 100.000 Paraná
De 100.001 a 250.000
Santa Catarina
MAPA 20
Extensão das rodovias pavimentadas por UF – Brasil, 2006
Roraima Amapá
Amazonas
Pará Maranhão Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Alagoas
Sergipe
Rondônia Tocantins
Bahia
Mato Grosso
Distrito Federal
Goiás
Extensão das rodovias
Minas Gerais
pavimentadas (km) Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
Até 3.000 São Paulo Rio de Janeiro
De 3.001 a 7.000
Paraná
De 7.001 a 14.000
Santa Catarina
De 14.001 a 32.000
0 300 600
Rio Grande do Sul
km
MAPA 21
Proporção de automóveis por 100 habitantes, por município – 2009
Quantidade de automóvel/
100 habitantes
Limite estadual
Até 9,9
De 10 até 19,9
De 20 a 29,9
0 300 600
Acima de 30 km
Fonte: Denatran.
Federação, suas unidades e municipalidades 51
MAPA 22
Proporção de ônibus por 100 habitantes, por município – 2009
Quantidade de ônibus/
100 habitantes
Limite estadual
Até 0,59
De 0,6 a 0,9
De 1 a 1,9
Acima de 2
0 300 600
km
Fonte: Denatran.
52 Presença do Estado no Brasil
MAPA 23
Proporção de motos por 100 habitantes – 2009
Quantidade de motos/
100 habitantes
Limite estadual
Até 4,9
De 5 a 9,9
De 10 a 19,9
Acima de 20 0 300 600
km
Fonte: Denatran.
Federação, suas unidades e municipalidades 53
MAPA 24
Taxa de mortalidade por acidentes de trânsito nas capitais brasileiras, por 100 mil habitantes – 2007
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Alagoas
Tocantins Sergipe
Rondônia
Bahia
Mato Grosso
Minas Gerais
Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
De 16 a 25
Santa Catarina
Acima de 25
Rio Grande do Sul 0 300 600
km
MAPA 25
Movimentação total de contêineres, nos portos organizados e terminais privativos por peso (ton.), por UF – 2009
Roraima Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Alagoas
Tocantins Sergipe
Rondônia
Bahia
Mato Grosso
Minas Gerais
Movimentação total Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
Até 1.000.000
São Paulo Rio de Janeiro
De 1.000.001 a 6.000.000
Paraná
Acima 6.000.001
Fonte: ANTAQ.
TABELA 15
Movimentação total de contêineres, nos portos organizados e terminais privativos por peso (ton.), por
regiões e UFs – Brasil, 2009
Região/UF Peso total (ton.) T E U1 total Quantidade total
Norte 3.029.394 320.589 192.856
Rondônia – – –
Acre – – –
Amazonas 2.467.813 244.463 147.367
Roraima – – –
Pará 560.363 75.979 45.412
Amapá 1.218 147 77
Tocantins – – –
Nordeste 7.592.668 700.707 447.056
Maranhão 33.005 3.177 2.147
Piauí – – –
Ceará 1.815.449 188.213 121.181
(Continua)
Federação, suas unidades e municipalidades 55
(Continuação)
Região/UF Peso total (ton.) T E U1 total Quantidade total
Rio Grande do Norte 128.552 15.046 8.008
Paraíba – – –
Pernambuco 3.046.340 242.765 162.496
Alagoas 81.547 7.302 3.656
Sergipe – – –
Bahia 2.487.775 244.204 149.568
Sudeste 34.720.884 3.021.920 2.009.124
Minas Gerais – – –
Espírito Santo 2.853.551 209.096 152.989
Rio de Janeiro 6.823.543 556.962 382.520
São Paulo 25.043.790 2.255.862 1.473.615
Sul 20.050.719 2.064.772 1.216.511
Paraná 5.718.220 630.597 359.251
Santa Catarina 8.132.192 804.495 480.180
Rio Grande do Sul 6.200.307 629.680 377.080
Centro-Oeste – – –
Mato Grosso do Sul – – –
Mato Grosso – – –
Goiás – – –
Distrito Federal – – –
Brasil 65.393.665 6.107.988 3.865.547
Fonte: Anuário Portuário – ANTAQ.
Nota: 1 Twenty-foot Equivalent Unit - unidade de 20 pés ou equivalente.
TABELA 16
Informações sobre as extensões das linhas de ferrovia por regiões e UFs – Brasil, 2006
Região/UF População estimada 2009/IBGE Ferrovias (km) Ferrovias (km p/10 mil hab.)
Rondônia 1.503.928 0 0
Acre 691.132 0 0
Amazonas 3.393.369 0 0
Roraima 421.499 0 0
Amapá 626.609 0 0
MAPA 26
Proporção da extensão das linhas ferroviárias por 10 mil habitantes – 2006
Roraima
Amapá
Amazonas Maranhão
Pará Ceará
Rio Grande do Norte
Paraíba
Piauí Pernambuco
Acre
Tocantins Alagoas
Sergipe
Rondônia
Bahia
Mato Grosso
Distrito Federal
Goiás
Minas Gerais
Quilômetro/10 mil habitantes1 Espírito Santo
Mato Grosso do Sul
0
São Paulo Rio de Janeiro
De 1 a 10
De 10,1 a 12 Paraná
De 12,1 a 17
Santa Catarina
De 17,1 a 30
Mais de 30 Rio Grande do Sul
0 300 600
km
8 SEGURANÇA PÚBLICA
O maior envolvimento da sociedade civil com a segurança pública é reflexo da ligação íntima existente en-
tre a efetividade desta política pública com o bem-estar da população. No momento em que toma corpo
uma preocupação com aspectos mais qualitativos do desenvolvimento, ganha importância a reflexão sobre
como conjugar a segurança pública com o fortalecimento da cidadania. Observar como se distribuem as
forças policiais no território nacional pode ser um interessante ponto de partida para esta reflexão, que se
revela ainda mais importante ao considerarmos que a segurança da sociedade civil gera impacto em outras
tantas políticas públicas, como a saúde. Uma eventual percepção de falta de assistência pelas polícias por
parte da população pode, de forma análoga, afastar o cidadão da educação, da cultura e do lazer.
A segurança pública é definida na Constituição Federal como dever do Estado, de direito e res-
ponsabilidade de todos os cidadãos, voltada para preservação da ordem pública e incolumidade das
pessoas e do patrimônio. Reconhecido o dever do Estado, são as polícias seu instrumento de atuação,
definidas, na Carta Magna, como os órgãos por meio dos quais a segurança pública é exercida.
58 Presença do Estado no Brasil
A polícia civil está presente em 82,4% dos municípios brasileiros. Se a análise das regiões revela
certa uniformidade em torno dessa média, há alguns estados com situação bastante heterogênea em
relação ao número nacional: no Rio Grande do Norte, apenas 39,5% dos municípios contavam com
delegacias de polícia civil em 2006. Já no Ceará e em Rondônia, mais de 40% dos municípios não
possuíam delegacias nos seus limites geográficos. Alguns estados, entretanto, apresentam unidades da
polícia civil em mais de 95% das municipalidades. É esse o caso de Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí,
Acre, Sergipe, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
A presença da guarda municipal ainda pode ser considerada incipiente no conjunto dos municípios
do país: apenas 14,1% das cidades contam com unidades próprias da guarda municipal. A CF/88 faculta
aos municípios a instituição ou não de guardas municipais, existindo ainda grande heterogeneidade na
atuação dessas forças policiais entre os municípios. Esta heterogeneidade se manifesta também na pre-
sença das guardas nas regiões: as regiões Sul e Centro-Oeste são as que possuem menos presença – apenas
2,5% dos municípios contam com guardas próprias no Sul e 3,6% no Centro-Oeste. A região Nordeste
apresenta a maior média nacional, seguida pelo Sudeste.
TABELA 17
Distribuição dos municípios brasileiros com delegacias de polícia civil por regiões e UFs – Brasil, 2006
Quantidade de municípios com delegacia
Região/UF Quantidade de municípios no Brasil (B) Cobertura (A)/(B)*100
de polícia civil (A)
Rondônia 31 52 59,6
Acre 22 22 100
Amazonas 48 62 77,4
Roraima 10 15 66,7
Amapá 11 16 68,8
Sergipe 75 75 100
(Continua)
Federação, suas unidades e municipalidades 59
(Continuação)
Distrito Federal – 1 0
TABELA 18
Distribuição dos municípios brasileiros com guarda municipal por regiões e UFs – Brasil, 2006
Quantidade de municípios com guarda
Região/UF Quantidade de municípios no Brasil (B) Cobertura (A)/(B)*100
municipal (A)
Rondônia 1 52 1,9
Acre 0 22 0
Amazonas 40 62 64,5
Roraima 1 15 6,7
Amapá 2 16 12,5
Sergipe 10 75 13,3
(Continua)
60 Presença do Estado no Brasil
(Continuação)
Quantidade de municípios com guarda
Região/UF Quantidade de municípios no Brasil (B) Cobertura (A)/(B)*100
municipal (A)
MAPA 27
Distribuição dos municípios brasileiros com guarda municipal – 2006
Limite estadual
Possui
Não possui
0 300 600
km
MAPA 28
Presença de delegacias de polícia civil nos municípios brasileiros – 2006
Possui
Não possui
0 300 600
km
9 CULTURA
Parte importante da sociedade, a cultura também é fator de estudo do Ipea, seja por intermédio da
avaliação da presença do Estado, em seus diversos níveis, seja pelas políticas públicas específicas vol-
tadas a esse setor. A cultura também é um direito garantido pela CF/88, como mostrado no recente
livro do Ipea Cultura viva: avaliação do Programa Arte Educação e Cidadania (BARBOSA DA SILVA;
ARAÚJO, 2010) de modo que também são uma responsabilidade do Estado:
Os direitos culturais devem garantir aos indivíduos e às coletividades o direito à criação, à fruição, à di-
fusão de bens culturais, além do direito à memória e à participação nas decisões das políticas culturais.
Dizem respeito também à internalização, pelos indivíduos e grupos sociais, dos recursos sociais gerados
no processo de desenvolvimento. Envolvem enriquecimento material e simbólico e devem ser garantidos
pelo Estado, conforme preceitua a Constituição Federal (CF) de 1988, de forma democrática e por meio
de políticas de desenvolvimento econômico e social.
62 Presença do Estado no Brasil
Este estudo mostra a presença do Estado em estados e municípios na área cultural. Municípios
com menos funcionários públicos por habitante na área da cultura não são necessariamente municípios
sem manifestações culturais, mas sim municípios onde o investimento público em tal setor é reduzido.
Na análise dos dados, o número de estabelecimentos culturais – bibliotecas, teatros, centros co-
munitários de artesão etc. – chama atenção no estado do Tocantins: são em média 24 estabelecimentos
para cada 100 mil habitantes. Em números absolutos o estado não é tão representativo, mas dado o
tamanho da população, a média do estado é alta. O segundo estado com a maior média de estabeleci-
mentos por 100 mil hab. é o Piauí, com 14,3 estabelecimentos culturais. Os estados do Sudeste, em
especial São Paulo e Rio de Janeiro, estão entre os estados com a menor média de estabelecimentos
culturais para cada 100 mil hab., e o Distrito Federal ocupa a pior média, com 1,1 estabelecimento
para cada 100 mil hab. As regiões com maior média de estabelecimentos culturais para cada 100 mil
hab. são a região Sul, com 12,3 estabelecimentos, e a região Centro-Oeste, com 8,4. Já a região com
menor média de estabelecimentos é a região Sudeste, com 6,3 estabelecimentos culturais. A situação
muda quando são analisados os números absolutos. É a região Sudeste aquela que possui a maior quan-
tidade de estabelecimentos culturais (5.033), e é no estado de São Paulo que se localiza a maior parte
dos estabelecimentos culturais (2.212). O estado com menos estabelecimentos culturais é o Distrito
Federal, com apenas 27 estabelecimentos. A região com menor número absoluto de estabelecimentos
é a região Norte, com 1.080.
Na análise dos municípios, aqueles com a menor população e o maior número de estabelecimen-
tos por habitantes têm uma posição diferenciada. É o caso da pequena Borá, no estado de São Paulo,
cidade com cerca de 830 habitantes e três estabelecimentos culturais. A cidade de Tefé, no Amazonas,
em contrapartida, com mais de 70 mil habitantes não possui estabelecimentos culturais. Cerca de 200
municípios brasileiros não possuíam em 2006 nenhum tipo de estabelecimento cultural. Porém mais
de 5.300 municípios possuem ao menos um estabelecimento cultural, com grande destaque para a ci-
dade de Ponta Grossa, no Paraná, com o maior número de estabelecimentos (96). Em segundo lugar,
destaca-se o município de São Paulo, com 79 estabelecimentos.
Com relação ao número de funcionários públicos em áreas relativas à cultura, os estados que
mais tem funcionários para cada 10 mil habitantes são o Tocantins (34,2) e o Acre (10). Os estados
com menos funcionários da área de cultura por habitantes são Bahia (1,7) e Rondônia (1,3). O es-
tado com maior número absoluto de funcionários públicos na área da cultura é São Paulo (22.747),
enquanto o estado com o menor número de funcionários é Rondônia. Entre as regiões, o Sudeste
apresenta o maior número absoluto de funcionários públicos na área da cultura, enquanto a Norte é
a que tem a maior quantidade em números relativos.
Diversos municípios não têm funcionários específicos da área de cultura – vários acumulam mais
de uma função – ou essa informação não estava disponível no momento da pesquisa. Entre aqueles
que apresentavam funcionários, a cidade de São Paulo era aquela com maior número absoluto (2,081
funcionários), porém em números relativos, a cidade possuía apenas 2,9 funcionários públicos para
cada 10 mil habitantes.
Com relação ao número de bibliotecas municipais, o estado com mais bibliotecas públicas é
Minas Gerais (1.029), seguido por São Paulo (976). O estado com menos bibliotecas públicas é Ro-
raima, com apenas 11. Em números relativos, o estado do Tocantins é o mais bem colocado, com 1,8
biblioteca para cada 10 mil habitantes.
Federação, suas unidades e municipalidades 63
TABELA 19
Estabelecimentos de cultura públicos por 100 mil habitantes por regiões e UFs – Brasil, 2006
Estabelecimentos de cultura públicos por
Região/UF Estabelecimentos públicos de cultura População estimada 2009/IBGE
100 mil hab.
TABELA 20
Funcionários públicos da área cultural por 10 mil habitantes por regiões e UFs – Brasil, 2006
Região/UF Funcionários na área de cultura População em 2009 Funcionários públicos de cultura por 10 mil hab.
TABELA 21
Quantidade de bibliotecas públicas por 10 mil habitantes por regiões e UFs – Brasil, 2006
Região/UF Número de bibliotecas públicas População em 2009 Número de bibliotecas públicas por 10 mil hab.
TABELA 22
Grupos de cultura patrocinados pelos municípios, por regiões e UFs – 2006
Grupos de cultura patrocinados pelo
Região/UF Grupos de cultura patrocinados População 2006
município por 10 mil habitantes
MAPA 29
Quantidade de grupos de cultura patrocinados pelo município – 2006
0 300 600
km
MAPA 30
Estabelecimentos de cultura públicos por 100 mil habitantes
Limite estadual
De 0 a 10
De 10,1 a 20
De 20,1 a 30
De 30,1 a 50
De 50,1 a 100
De 100,1 a 363 0 300 600
km
Fonte: IBGE.
REFERÊNCIA
BARBOSA DA SILVA, F.; ARAÚJO, H. Cultura viva: avaliação do Programa Arte Educação e Cida-
dania. Brasília: Ipea, 2010. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/082/08201004.jsp?ttCD_CHA-
VE=3235>. Acesso em: set. 2010.
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