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SUMÁRIO

1. MATERIAIS ELÉTRICOS ................................................................................... 3


1.1. Condutores (tipos, normas, conexão e aplicação) .......................................... 3
1.2. Dutos elétricos (eletrodutos, conduite, condulete) .......................................... 7
1.3. Tomadas (tipos, simbologias, aplicação e instalação) .................................... 9
1.4. Lâmpadas (tipos, simbologias, aplicação e instalação) .................................. 13
1.5. Interruptores (tipos, simbologias e instalação) ................................................ 16
1.6. Dispositivo diferencial residual (DDR E IDR) .................................................. 20
1.7. Dispositivo protetor de surto (DPS) ................................................................ 24
1.8. Quadro de distribuição ................................................................................... 27
1.9. Sensor de presença (tipos, simbologias e instalação) .................................... 33
1.10. Porteiro eletrônico / Interfone ....................................................................... 36
1.11. Relé fotoelétrico (tipos, simbologias e instalação) ........................................ 38
1.12. Campainha, cigarra, e sirene........................................................................ 39
1.13. Programador horário / temporizador “timer” .................................................. 41
1.14. Bóia automática............................................................................................ 42
1.15. Moto bomba submersa ................................................................................. 44

2. DIMENSIONAMENTO ......................................................................................... 46
2.1. Disjuntores ..................................................................................................... 48
2.2. Dimensionamento de condutores .................................................................. 50
2.3. Dimensionamento de condutos ...................................................................... 51
2.4. Carga instalada e demanda............................................................................ 53

3. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 55

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1. MATERIAIS ELÉTRICOS

1.1 Condutores (tipos, normas, conexão e aplicação)

O termo condutor significa aquilo ou qualquer corpo que é suscetível na


transmissão de calor, principalmente a eletricidade, um bom exemplo de
condutividade são os metais, fios ou substâncias com capacidade de
conduzir energia.

Os materiais condutores são classificados em três grupos distintos, os


condutores metálicos, condutores eletrolíticos e condutores gasosos. Por
hora falaremos apenas dos condutores metálicos, que compões os cabos de
responsáveis pela transmissão de energia.

Normalmente os metais, como o ouro, a prata e o cobre são citados como


condutores e outros sólidos como a madeira, o papel e o plástico são citados
como não condutores. O que poucas vezes é dito e que na verdade, para um

material ser ou não condutor, depende do valor da diferença de potencial a


que ele está sendo submetido.

Portanto, qualquer material pode ou não ser condutor de corrente elétrica,


isto depende da diferença de potencial a que ele estiver sendo submetido.
Nos metais, quando submetidos a uma diferença de potencial, a corrente
elétrica é constituída por elétrons livres movimentando-se, sendo atraídos
pelo pólo positivo e repelidos pelo pólo negativo, ordenadamente no sentido
de b para a, através do fio condutor.

Fios e cabos são encontrados em diferentes bitolas, indicadas para


funções específicas em instalações elétricas. Uma obra pode utilizar fios
maciços, cabos e cabos flexíveis, dependendo do tipo de projeto e instalação
onde se pretende utilizar. Cada fio ou cabo possui uma seção nominal,
expressa em milímetros quadrados, que está relacionada à resistência
elétrica do condutor, medida em laboratório. Quanto maior a necessidade de
corrente em uma instalação elétrica, maior deve ser a seção nominal.

A escolha por fios, cabos ou cabos flexíveis depende do projetista ou


instalador. Numa residência, por exemplo, um fio, um cabo ou um cabo
flexível de seção nominal 2,5mm² terão exatamente a mesma transmissão de
corrente elétrica - a única diferença entre eles é a flexibilidade. É mais fácil,
por exemplo, instalar um cabo flexível do que um fio, já que o cabo é mais

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maleável e reduz o risco de danificar a isolação na hora de passar pelos
condutos.

Os fios têm seções nominais menores e, portanto, são usados em


circuitos com correntes elétricas limitadas, como tomadas e sistemas de
iluminação. Na indústria, por exemplo, usam-se normalmente cabos e cabos
flexíveis, que têm seções nominais maiores e mais adequadas ao consumo
de máquinas do setor de produção.

 Tipos de condutores elétricos

 Fios

Fio ou fio sólido é um material


maciço, formado de um único condutor,
o cobre, o que faz dele um produto
bem menos flexível. O fio sólido não
deve ser dobrado e muito manuseado,
porque o condutor de cobre pode se
partir e perder a funcionalidade. Seu
uso restringe-se às instalações mais
simples, como sistemas de iluminação,
tomadas simples e chuveiros elétricos,
limitado por sua seção nominal máxima
de 10 mm².

 Cabos:

Cabo é um condutor de energia


elétrica formado por vários fios de
cobre ou aluminio encordoados
(torcidos). O objetivo do
encordoamento é facilitar o manuseio
do produto, possibilitando dobras sem
danificar sua estrutura. Por conter
diversos fios, possui mais flexibilidade
que o fio sólido. Normalmente, o cabo
é formado por sete fios (seção nominal de até 35 mm²), 19 fios (50 mm² até
95 mm²) e 37 fios (120 mm² em diante).

 Cabos flexíveis:

Cabo flexível é um condutor elétrico


de fios de cobre bem finos, também
encordoados. É mais maleável, por
isso faz curvas com mais facilidade,
agilizando o processo de instalação.

É importante definir também os conceitos de cabos unipolares e cabos


multipolares. Cabos unipolares são cabos constituídos por um único condutor
isolado e dotado de cobertura. Um cabo multipolar é constituído por dois ou
mais condutores isolados e dotado de cobertura. Os condutores isolados

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constituintes dos cabos uni e multipolares são chamados de veias. Os cabos
multipolares contendo 2, 3, 4, etc veias são chamados, respectivamente, de
bipolares, tripolares,
tetrapolares, etc. Nos cabos
uni e multipolares, a cobertura
age principalmente como
proteção da isolação,
impedindo seu contato direto
com o ambiente.

O dimensionamento de
uma instalação elétrica
alimentada sob tensão
nominal igual ou inferior a 1000V, em corrente alternada é a 1500V em
corrente contínua, deve cumprir com todas as prescrições da norma NBR
5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão: E uma forma de garantir a
segurança de pessoas e animais, o funcionamento adequado da instalação e
a conservação dos bens.

A seção dos condutores deve ser determinada de forma que sejam


atendidos, no mínimo, todos os seguintes critérios:
a) a capacidade de condução de corrente dos condutores deve ser igual
ou superior à corrente de projeto do circuito, incluindo as componentes
harmônicas, afetada dos fatores de correção aplicáveis;
b) a proteção contra sobrecargas;
c) a proteção contra curtos-circuitos e solicitações térmicas;
d) a proteção contra choques elétricos por seccionamento automático da
alimentação em esquemas TN e IT, quando pertinente;
e) os limites de queda de tensão;
f) as seções mínimas dos condutores de acordo com a utilização do
circuito (tabela 47 da NBR 5410)

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Chamamos de dimensionamento técnico de um circuito à aplicação dos
diversos itens da NBR 5410/2004 relativos à escolha da seção de um
condutor e do seu respectivo dispositivo de proteção. Os seis critérios da
norma são:

 Seção mínima; conforme 6.2.6;

 Capacidade de condução de corrente; conforme 6.2.5;

 Queda de tensão; conforme 6.2.7;

 Sobrecarga; conforme 5.3.3;

 Curto-circuito; conforme 5.3.5;

 Proteção contra choques elétricos; conforme 5.1.2.2.4 (quando aplicável).

Para considerarmos um circuito completo e corretamente dimensionado, é


necessário realizar os seis cálculos acima, cada um resultando em uma
seção e considerar como seção final aquela que é a maior dentre todas as
obtidas.

Ao lado podemos
observar uma tabela de
dimensionamento, que nos
traz uma idéia de capacidade
de condução de corrente
existe em cada condutor. O
material utilizado para esta
tabela é o cobre.

É importante lembrar que


o correto ao dimensionar uma
instalação é seguir as normas
do fabricante do condutor,
para se obter melhor
eficiência na instalação.

Curiosidade: Quando falamos da diferença entre o cobre e o alumínio,


precisamos entender de condutividade elétrica. Todos os materiais
conduzem corrente elétrica de um modo melhor ou pior. O número que
expressa a capacidade que um material tem de conduzir a corrente é
chamado de condutividade elétrica. Ao contrário, o número que indica a
propriedade que os materiais possuem de dificultar a passagem da corrente
é chamado de resistividade elétrica. O alumínio possui uma maior
resistividade do que o cobre, sendo considerado um condutor pior.

Aprendemos nesse tópico sobre os tipos principais de condutores, e


percebe-se que o mercado elétrico muda constantemente, cabe aos
profissionais da área sempre estarem atualizando e buscando novidades.

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1.2 Dutos elétricos (eletrodutos, conduite, condulete)

Um duto elétrico é um sistema de tubulação, usado para proteção e


direcionamento de fiação elétrica. Como vimos no item anterior, os
condutores elétricos podem ser feitos de metal, plástico (PVC), fibras, etc.
Cada duto possui uma finalidade, seja para estar fixo, ser embutido ou ficar
sobrepor, ser rígido ou flexível, estando disponíveis para diversas aplicações.

Os três principais dutos mais usados no mercado são: Eletroduto,


conduite e condulete.

 Eletroduto

Os eletrodutos
rígidos são tubos com
estruturas mais robustas
utilizados para
comportar as instalações
elétricas, tanto as que
ficam embutidas como
as aparentes. Você
precisará também de
alguns acessórios e
conexões, como
conector, para a correta
instalação elétrica ou de
telefonia.

 Conduite

Os conduites são eletrodutos flexíveis, possuem uma estrutura mais


maleável e tem a finalidade de comportar os condutores elétricos. Sua
utilização é adequada apenas para embutir, possui a vantagem de contornar
diversos obstáculos devido a sua flexibilidade.

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 Condulete:
Os conduletes são eletrodutos rígidos fabricados de PVC na cor cinza.
Possuem alguns benefícios como:

o Fácil instalação – montagem por simples encaixe

o Economia de materiais –
dispensa ferramentas para
fazer o rápido acoplamento
entre as peças.
o Versatilidade – possibilidade
de combinar diferentes
peças.

o Maior segurança – na fixação


da tampa da caixa condulete.

o Posições de entrada numa


mesma caixa (tipo C, B, E, T,
X, L, LR, LB) flexibiliza o
trabalho, permitindo várias configurações.
Geralmente os conduletes são utilizados em instalações sobrepostas a
parede, instalações provisórias, devido a sua facilidade de remoção por
meio dos adaptadores. A gama de produtos tipo condulete é grande,
composta por caixas, adaptadores , tomadas, interruptores, etc.

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1.3 Tomadas (tipos, simbologias, aplicação e instalação)

Uma tomada elétrica é o ponto de conexão que fornece


a eletricidade principal a um plugue macho conectado a ela. As mais comuns
têm dois terminais, utilizados em circuitos monofásicos ou bifásicos, um para
a fase e outro para o neutro (no caso de monofásico) ou um para cada fase
(no caso de bifásico), e algumas também têm um terceiro, denominado
"ligação de terra" ou simplesmente "terra". Existem também outras tomadas
com mais terminais, de 3 (corrente trifásica), 4 ou mais, normalmente para
uso na indústria.

Desde o dia 1º de julho de 2011, a NBR 14136 (baseada na norma


internacional IEC 60906-1) é o padrão oficial de tomadas no Brasil. A venda
de outros tipos de tomada é
proibida pelo Inmetro desde
esta data. O padrão foi
escolhido por ser mais
seguro e por contar com
o condutor terra. Há o
modelo apropriado para
aparelhos que necessitem
de corrente até 10A e
até 20A, funcionando no
segundo modelo, ambos os
tipos de aparelhos. Os
aparelhos eletrônicos e
eletrodomésticos produzidos atualmente e certificados pelos Inmetro devem
sair de fábrica com o novo modelo de tomadas.

O novo padrão foi desenvolvido por um grupo coordenado


pela Associação Brasileira de Normas Técnicas e integrado por fabricantes
de aparelhos elétricos e de plugues e tomadas, sendo estes últimos os
principais interessados na troca, já que ela deveria gerar um grande volume
de vendas de adaptadores e de tomadas.

O padrão não segue a norma IEC 60906-1 completamente, já que esta


prega o uso da tomada com dois ou três pinos redondos e formato sextavado
similar ao adotado no Brasil, porém apenas para redes de 220 ou 230 volts;
nas redes de 110 ou 120 volts, a indicação utilizar a tomada de pinos chatos,
como os empregados nos Estados Unidos e no Japão, para assim evitar o
uso de aparelhos em tomadas com a tensão incorreta. Outra diferença é que
o padrão internacional indica pinos de 4,5 mm de diâmetro e corrente
máxima de 16 amperes, enquanto o padrão brasileiro especifica dois
diâmetros de pinos: 4 mm para aparelhos com corrente de até 10 amperes e
4,8 mm para aqueles que consomem entre 10 e 20 amperes.

Ainda existe muita reclamação quanto à adaptação ao novo padrão de


tomadas, por este ser mais caro e pela dificuldade de encontrar adaptadores
para aparelhos no antigo padrão e importados no padrão NEMA norte-
americano.

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Pelo diagrama da figura ao
lado, representando a tomada
do ponto de vista da parte traseira
da tomada, o orifício da direira
deve ser conectado à Fase; o da
esquerda, ao Neutro; e o central,
desalinhado para baixo, ao Terra. Muita atenção, pois se a tomada estiver na
posição invertida ou sem referência, como no caso das tomadas verticais, há
risco de conexao incorreta.

Observe-se que o novo padrão inverte a polaridade das tomadas


tripolares anteriores, de dois pinos chatos e um redondo, que era Neutro-
Fase-Terra, a partir da direita, o terra sendo o pino redondo, visto abaixo dos
pinos chatos. Mantida a perspectiva do pino central para baixo, que segue
sendo terra, fase e neutro trocaram de posições relativas, e são todos
redondos gerando problemas com adaptadores e tomadas polarizadas do
padrão americano, onde um dos pinos chatos é mais largo que o outro, pois
há inversão entre Fase e Neutro.

Nas aplicações não polarizadas (é o caso de carregadores para telefones


móveis celulares e para aparelhos de baixo consumo), isso não acarreta
problema algum. Porém nas aplicações polarizadas, cujo sequencia de
polaridade é essencial; como estabilizadores de tensão, eletrodomésticos em
geral; os quais exigem aterramento e dispõem de terminal apropriado para
esse fim, há risco de dano ao equipamento ou à segurança das pessoas.
Nestes casos é melhor providenciar a substituição da tomada, ou do plugue,
ou de ambos, conforme o caso. Nunca se devem utilizar adaptadores.

Segundo o Inmetro, desde 2006, todas as novas construções no Brasil só


recebem o "Habite-se" se tiverem tomadas neste novo padrão.

Nos projetos elétricos, as simbologias encontradas para tomadas são:

Como instalar uma tomada?

Apenas deve-se desligar o disjuntor do circuito ou o disjuntor geral antes


da execução do serviço, para evitar acidentes com choque ou curto-circuito
nos fios condutores.

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A nova tomada tem três orifícios para que seja conectado a fase, o neutro e o
condutor de proteção TERRA, sendo aqui a tensão de 127 volts, assim
protegendo os equipamentos de prováveis fugas de corrente que podem causar
acidentes com choques até fatais.

Em instalações modernas a cor dos fios é padronizada, se a instalação for moderna


e atual, deve obedecer a um padrão de cores nos fios, que tornam mais fácil a
identificação dos mesmos, estando à energia geral desligada:

FIO CONDUTOR NEUTRO, AZUL

FIO CONDUTOR TERRA, COR


VERDE OU VERDE/AMARELO

FIO CONDUTOR FASE OU


RETORNO, QUALQUER COR,
MENOS AS CORES CITADAS
ACIMA.

Deve-se estar atento as ligações para efetuar corretamente a instalação


elétrica e adotar um padrão de qualidade do seu serviço. O diagrama ao lado
mostra detalhadamente como efetuar uma ligação na parte inferior de uma
tomada.

A imagem lateral representa uma


tomada hexagonal, vista de frente e de
costas, a qual explica onde deve se
conectar cada condutor. Abaixo segue
outra aplicação das tomadas conhecida
como tomada dupla, é bem simples a

idéia, apenas deriva cada condutor em


suas respectivas ligações.

Nunca se esqueça de ao fazer


instalações novas ou reformas, o circuito
deve estar sempre desenergizado,
conforme explica a NR-10.

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1.4. Lâmpadas (tipos, simbologias, aplicação e instalação)

Diferentes lâmpadas e luminárias produzem diferentes efeitos de


iluminação. No mercado encontramos modelos variados, cada um com seu
desempenho em especifico, falaremos em diante dos modelos mais comuns.

 Lâmpadas Incandescentes

São as lâmpadas mais antigas, que todos nós já tivemos ou


ainda temos em nossas casas. Por serem de baixa
eficiência (gastam muita energia para produzir muito
calor e pouca luz - apenas 5% da energia
elétrica consumida é transformada em luz, o
restante é transformado em calor),
atualmente foram substituídas pelas lâmpadas fluorescentes,
e foram banidas do mercado sendo proibida a
comercialização a partir das datas abaixo:

* Lâmpadas acima de 80W proibidas a partir de 1 de Setembro 2009;


* Lâmpadas acima de 65W proibidas a partir de 1 de Setembro 2010;
* Lâmpadas acima de 45W proibidas a partir de 1 de Setembro 2011;
* Lâmpadas acima de 7W proibidas a partir de 1 de Setembro 2012.

Uso: Em residências e espaços comerciais,


para iluminação geral (em pendentes, plafons,
lustres), iluminação decorativa ou de efeito (abajures,
arandelas, luminárias de piso). Os modelos
de lâmpadas espelhadas são para o uso em
spots, para que a luz não seja desperdiçada,
mas sim focada. Também estão presentes na iluminação
interna de fogões e geladeiras;

Características: Luz Amarelada, aconchegante, ótima


reprodução de cores, emitem calor;

 Lâmpadas Halógenas

Também são consideradas lâmpadas incandescentes,


mas por possuírem halogênio (bromo ou iodo) em sua
constituição, são chamadas de lâmpadas halógenas. Elas
são divididas em 2 grupos: para serem utilizadas em tensão
de rede 110v ou 220v, consideradas de
baixa eficiência, mas superiores às
lâmpadas incandescentes comuns; e
para serem utilizadas em redes de baixa tensão, 12v
(obrigatório o uso de transformador), apresentando alta
eficiência.

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Lâmpadas do primeiro grupo – tensão de rede 110v ou 220v
 Halógena Palito ou Lapiseira
 Halógena haloPAR (20,30 e 38)
 Halógena Halopin
 Halógena Bipino

Lâmpadas do segundo grupo – baixa tensão de rede (12v)


 Halógena Dicróica e Mini Dicróica
 Halógena PAR 16 ou Gz 10
 Halógena AR (48, 70 e 111)

Uso: Para destacar objetos ou uma determinada área,


pois apresentam alto controle do facho de luz. Indicadas
para residências e comércios, podem
ser utilizadas em pendentes, lustres e
em spots embutidos. Alguns modelos
estão disponíveis em diferentes cores.

Características: Luz amarelada, ótima reprodução de


cores, emitem calor, possuem durabilidade maior que as
demais incandescentes;

 Lâmpadas Fluorescentes

Hoje em dia são as mais conhecidas e indicadas para o uso residencial e


comercial, pois apresentam alta eficiência e baixo consumo de energia.

São comercializados 03 modelos:

 Tubular: as mais comuns e mais antigas das


fluorescentes, é necessário
o uso de reatores eletrônicos
externos;

 Compacta eletrônica: seu acendimento é


automático devido ao reator que já faz parte da
lâmpada;

 Compacta não
integrada: não apresenta o
reator acoplado à lâmpada.

Uso: Substituem as lâmpadas incandescentes e


podem ser utilizadas na iluminação geral de residências e
comércios (em pendentes, plafons, lustres), iluminação decorativa ou de
efeito (abajures, arandelas, luminárias de piso).

Características: há lâmpadas fluorescentes com diferentes cores de luz


(branca, azulada, amarelada), não emite calor, reprodução de cor
aproximadamente 85%.

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Os fabricantes têm investido bastante nas lâmpadas fluorescentes:
existem diversas cores e até mesmo a luz negra, tanto nos modelos
compactos como nos tubulares.

A maioria das pessoas conhece as lâmpadas fluorescentes de cor branca


ou azulada, mas também podemos encontrar modelos com temperaturas de
cor baixa, que apresentam cor amarelada, semelhante à luz da lâmpada
incandescente comum.

Lâmpadas Fluorescentes Compactas Espiral: várias cores.

 Lâmpadas de Descarga (HID)

Uma descarga (de alta pressão) elétrica entre os eletrodos leva os


componentes internos (gases sódio, xenon, mercúrio – cada modelo de
lâmpada de descarga apresenta um tipo de gás) do tubo de descarga
a produzirem luz. Este tipo de lâmpada leva de 2 a 15 minutos para acender
por completo e necessitam de reatores eletrônicos para sua ignição
(acionamento) e operação (manter-se ligada).

Possui baixo consumo de energia e a luz produzida é extremamente


brilhante, possibilitando a iluminação de grandes áreas, além de serem
compactas – lâmpadas relativamente pequenas.

Há 04 modelos de lâmpadas de descarga:

 Multivapores Metálicos

 Vapor de Sódio

 Vapor de Mercúrio

 Lâmpadas Mistas

Uso: São utilizadas principalmente na iluminação interna de grandes


lojas, galpões, fábricas, em vitrines e na iluminação de áreas externas
(postes de ruas).

Características: Há lâmpadas de descarga com diferentes qualidades de


reprodução de cores e durabilidade variável, alguns modelos emitem menos
calor que as halógenas;

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 LED´s - Lighting Emitted Diodes

Consideradas as lâmpadas mais


modernas, produto de última
tecnologia. Convertem energia
elétrica diretamente em energia
luminosa, através de pequenos
chips. É um produto ecologicamente
correto, pois seu consumo de energia é muito baixo e
apresenta uma vida extremamente longa; utilizam
baixa tensão de rede (10v ou 24v), logo necessitam de transformadores para
converterem a energia. Devido à alta eficiência e ao baixo consumo estão
substituindo as lâmpadas fluorescentes no uso residencial.

Uso: Iluminação de destaque em ambientes


residenciais e comerciais. Podem ser utilizadas sem
spots sobre bancadas, objetos
decorativos, arandelas criando efeitos na
parede, balizadores iluminando corredores e escadas
além da iluminação de fachadas.

Características: possui baixíssimo consumo de


energia e vida útil muito grande, há lâmpadas de
diferentes tonalidades de cores e não emitem calor;

 Lâmpadas de Neón

A lâmpada de neón é composta por


um tubo com gás neón em seu interior
(este tubo pode ter diferentes formatos).
Quando submetida à eletricidade, a
lâmpada de neón emite uma luz
vermelha (diferentes gases produzem
diferentes
cores). A
tensão
necessária
para o funcionamento do tubo dependerá das
dimensões deste e do gás utilizado, pode ser
direto da rede ou com transformador.

Uso: É utilizada para iluminação decorativa,


principalmente comercial. Seu inconveniente é o
ruído emitido pelo reator.

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1.5. Interruptores (tipos, simbologias e instalação)

O interruptor é um dispositivo simples, usado para abrir ou fechar circuitos


elétricos. São utilizados na abertura de redes, em tomadas e entradas de
aparelhos eletrônicos, basicamente na maioria das situações que envolvem o
ligamento ou desligamento de energia elétrica.

Na hierarquia de uma instalação residencial os interruptores se encaixam


nos circuitos de iluminação, pois eles são essenciais para ligar e desligar as
lâmpadas.

São utilizados vários modelos para executar diferentes comandos, como


por exemplo, ascender ou apagar uma lâmpada em locais diferentes, ou
ascender uma lâmpada e apagar outra em um mesmo local, etc. Falaremos a
seguir de alguns destes modelos:

 Interruptor Simples

Como o próprio nome diz, esse é o mais simples tipo de ligação de uma
lâmpada comandada por um interruptor. Veja no detalhe, que o condutor
FASE está ligado ao interruptor e na lâmpada chega o NEUTRO e o
RETORNO.

Este tipo de ligação é indicado para ambientes pequenos e com apenas


uma porta de acesso.

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 Interruptor Duplo

Indicado para ambientes maiores que tem apenas uma porta de acesso e
que podem ter a iluminação separada, por exemplo, uma sala de aula.

Nessa ligação cada comando aciona uma lâmpada ou conjunto de


lâmpadas.

Outro modelo que possui a mesma função é o interruptor triplo, quando


há a necessidade de acionar 3 ou mais lâmpadas através de cada comando.

 Interruptor Paralelo (Three-way)

Indicado para ambientes grandes e/ou precisem de acionamento das


luminárias em pontos distintos. Indicado para salas conjugadas estar-jantar,
escadas (permite ligar-desligar em cada extremidade da escada), quartos.

Nos quartos com esse tipo de ligação na cabeceira da cama permite ligar
ou desligar sem precisar se levantar.

O interruptor para a ligação


“three-way” deve ser
obrigatoriamente 03 pinos
(interruptor paralelo).

Observe que o condutor


FASE e o RETORNO são ligados
no pino do meio dos interruptores
paralelos, e nos parafusos
externos são ligados o que
chamamos de BALANÇO.

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 Interruptor Intermediário (Four-way)

Tal instalação destina-se a controlar uma lâmpada a partir de três ou


mais pontos diferentes.

Vamos imaginar a necessidade de uma lâmpada no meio de um corredor,


de forma que o usuário possa controlá-la no início, no meio e no final desse
corredor. Para isso será necessário utilizar dois interruptores paralelos e um
intermediário.

O interruptor intermediário
também é conhecido como 4-
way (four way), e sua ligação é
baseada apenas em pares de
retorno.

Em nosso exemplo, serão


usados dois pares de retorno
para ligar os interruptores
intermediários, ou seja, quatro
fios de retorno. Dois retornos
virão de um interruptor paralelo e
outros dois retornos virão do outro interruptor paralelo.

É possível que, de acordo com a necessidade, o eletricista coloque não


apenas três, mas quatro, cinco ou mais pontos de controle (interruptores) da
lâmpada. A lógica de ligação será sempre a mesma, desde que sejam
acrescentados outros interruptores do tipo INTERMEDIÁRIO.

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A ligação do restante da instalação é a mesma para interruptores
paralelos, onde em um será ligado o retorno da lâmpada e no outro será
ligado o fio fase do circuito.

Os diagramas apresentados explicam detalhadamente sobre todos os


tipos de ligações disponíveis para os interruptores. É imprescindível o
profissional da eletricidade saber executar todos estes comandos, pois um
projeto bem elaborado segue rigorosamente os padrões recomendados pela
ABNT.

Como já estudamos os circuitos de iluminação residencial em média são


alimentados por condutores de 1,5mm², devido ao fato de raramente
ultrapassarem a corrente nominal suportada por este condutor.

Deve-se estar atento as marcas destes


equipamentos, dando prioridade às
marcas que estão a mais tempo no
mercado, que possuam certificados de
regularidade comprovando alguma
durabilidade, afinal a “pirataria” dos
produtos elétricos já chegou às
residências, colocando em risco as
instalações elétricas e a segurança das
pessoas.

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1.6. Dispositivo diferencial residual (DDR E IDR)

 Conceito de aplicação

O elevado número de acidentes originados no sistema elétrico impõe


novos métodos e dispositivos que permitem o uso seguro e adequado da
eletricidade reduzindo o perigo às pessoas, além de perdas de energia e
danos às instalações elétricas.

A destruição de equipamentos e incêndios é muitas vezes causada por


correntes de fuga à terra em instalações mal executadas, subdimensionadas,
com má conservação ou envelhecimento.

As correntes de fuga provocam riscos às pessoas, aumento de consumo


de energia, aquecimento indevido, destruição da isolação, podendo até
ocasionar incêndios. Esses efeitos podem ser monitorados e interrompidos
por meio de um Dispositivo DR, Módulo DR ou Disjuntor DR.

Os Dispositivos DR (diferencial residual) protegem contra os efeitos


nocivos das correntes de fuga à terra garantindo uma proteção eficaz tanto à
vida dos usuários quanto aos equipamentos.

A relevância dessa proteção faz com que a Norma Brasileira de


Instalações Elétricas – ABNT NBR 5410 (uso obrigatório em todo território
nacional conforme lei 8078/90, art. 39 - VIII, art. 12, art. 14), defina
claramente a proteção de pessoas contra os perigos dos choques elétricos
que podem ser fatais, por meio do uso do Dispositivo DR de alta
sensibilidade (≤ 30mA).

 Conceito de atuação

 Princípio de proteção das pessoas

Qualquer atividade biológica no corpo humano seja ela glandular, nervosa


ou muscular é originada de impulsos de corrente elétrica. Se a essa corrente
fisiológica interna somar-se uma corrente de origem externa (corrente de
fuga), devido a um contato elétrico, ocorrerá no organismo humano uma
alteração das funções vitais, que, dependendo da duração e da intensidade
da corrente, poderá provocar efeitos fisiológicos graves, irreversíveis ou até a
morte da pessoa.

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 Conceito de funcionamento

A somatória vetorial das correntes que passam pelos condutores ativos


no núcleo toroidal é praticamente igual a zero (Lei de Kirchhoff). Existem
correntes de fuga naturais não relevantes.

Quando houver uma falha à terra (corrente de fuga) a somatória será


diferente de zero, o que irá induzir no secundário uma corrente residual que
provocará, por eletromagnetismo, o disparo do Dispositivo DR (desligamento
do circuito), desde que a fuga atinja a zona de disparo do Dispositivo DR
(conforme norma ABNT NBR NM 61008 o Dispositivo DR deve operar entre
50% e 100% da corrente nominal residual – In).

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 Dispositivo DR ou Interruptor DR

Dispositivo de seccionamento
mecânico destinado a provocar a
abertura dos próprios contatos
quando ocorrer uma corrente de fuga
à terra. O circuito protegido por este
dispositivo necessita ainda de uma
proteção contra sobrecarga e curto
circuito que pode ser realizada por
disjuntor ou fusível, devidamente
coordenado com o Dispositivo DR.

 Disjuntor DR

Dispositivo de seccionamento mecânico destinado a provocar a abertura


dos próprios contatos quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou
corrente de fuga à terra. Recomendado nos casos onde existe a limitação de
espaço.

 Módulos DR

Dispositivo destinado a ser


associado a um disjuntor
termomagnético adicionando a este a
proteção diferencial residual, ou seja,
esta associação permite a atuação do
disjuntor quando ocorrer uma
sobrecarga, curto circuito ou corrente
de fuga à terra. Recomendado para
instalações onde a corrente de curto
circuito for elevada.

 Procedimento para localização de defeitos

Uma instalação elétrica projetada e executada de acordo com as normas,


utilizando o Dispositivo DR e produtos de qualidade, funcionará corretamente
garantindo segurança aos usuários e patrimônio.

Se, contudo, ocorrer a atuação de um Dispositivo DR, a localização do


defeito poderá ser feita com base ao fluxograma a seguir.

A primeira verificação será constatar se após o Dispositivo DR não houve


interligação entre o condutor neutro ( N ) e o condutor de proteção ( PE ) e/
ou de condutores neutros ( N ) de dois ou mais Dispositivos DR.

A atuação esporádica poderá ocorrer devido a sobretensões de


descargas atmosféricas ou de manobras na rede da concessionária. Essa
atuação pode ser evitada pela utilização de dispositivos de proteção contra
surtos e/ou Dispositivos DR de alta resistência as sobretensões transitórias
(característica K).

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Deve-se atentar que os protetores de surto sejam conectados à terra a
montante do Dispositivo DR, o que irá evitar uma atuação indevida do
dispositivo DR quando ocorrer uma atuação do protetor de surto. Atuação
indevida também poderá ocorrer por um projeto incorreto, ou seja, em
instalação de grande porte com elevado número de cargas onde a somatória
das correntes de fuga normais ultrapasse o nível de atuação do Dispositivo
DR. Nestes casos, recomenda-se a divisão em circuitos menores, cada qual
com seu respectivo Dispositivo DR.

Com o dispositivo de medição de corrente de fuga pode-se analisar e


confirmar o valor real da corrente de fuga (mA). Essa medição comprova na
prática sua eficácia na busca de defeitos e do estado de isolação da
instalação.

Vale ressaltar que, muitas vezes, a atuação do Dispositivo DR ocorre


devido à existência de equipamentos de baixa qualidade conectados ao
circuito.

 FUXOGRAMA PARA IDENTIFICAR OS DEFEITOS PELO “DR”

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1.7 Dispositivo protetor de surto (DPS)

DPS é a sigla utilizada para o Dispositivo de Proteção contra Surtos. O


DPS é o dispositivo preconizado pela norma ABNT 5410 e 5419, para proteger
as instalações elétricas e os equipamentos eletro-eletrônicos contra surtos,
sobretensões ou transientes diretos ou indiretos, independentemente da origem,
se por descargas atmosféricas ou por manobras da concessionária.

A norma ABNT 5410/2004, em seu item 5.4.2.1 estabelece que todas as


edificações dentro do território brasileiro, que forem alimentadas total ou
parcialmente por linha aérea, e se situarem onde há a ocorrência de trovoadas
em mais de 25 dias por ano, devem ser providas de DPS; (Zona de influências
externas AQ2).

Quando partes da instalação estão situadas no exterior das edificações,


expostas a descargas diretas, (Zona de influências externas AQ3) o DPS
também é obrigatório.

 Como se classificam os DPS?

A Norma ABNT 5410/2004 utilizou como embasamento a Norma IEC


61643 para classificar os DPS, para cada nível de proteção, sendo três tipos:
Classe I, Classe II e Classe III. Os Dispositivos devem ser instalados de
maneira coordenada, produzindo um efeito cascata, ou seja primeiramente
são instalados os DPS com maior capacidade de exposição ao surtos, depois
os com capacidade média e finalmente os DPS mais sensíveis. Veja abaixo:

Classe I: DPS destinado à proteção contra sobretensões provocadas por


descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas proximidades,
com alta capacidade de exposição aos surtos, com capacidade mínima de
12,5 kA de corrente de impulso (Iimp) conforme a Norma ABNT 5410, item
6.3.5.2.4 – “d”;

Classe II: DPS destinado à proteção contra sobretensões de origem


atmosféricas transmitidas pela linha externa de alimentação, ou seja
descargas indiretas, assim também contra sobretensões de manobra, com
capacidade mínima de exposição aos surtos, de 5 kA de corrente nominal
(In) conforme a Norma ABNT 5410, item 6.3.5.2.4 – “d”;

Classe III: DPS destinado à proteção dos equipamentos eletro-


eletrônicos, sendo uma proteção fina, de ajuste, proporcionando uma menor
tensão residual, com isso uma proteção efetiva para os equipamentos.
Indicado para proteção de redes elétricas, de dados e sinais.

Da Norma ABNT NBR 5410:2004

Item 6.3.5.2.4- “d” corrente nominal de descarga (In) e corrente de impulso


(limp).
Na seleção da corrente nominal de descarga e/ou da corrente de impulso
do DPS, distinguem-se três situações:

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 Quando o DPS for destinado à proteção contra sobretensões de origem
atmosférica transmitidas pela linha externa de alimentação e contra
sobretensões de manobra, sua corrente nominal de descarga (In) não
deve ser inferior a 5 kA (8/20ms) para cada modo de proteção. Todavia,
In não deve ser inferior a 20 kA (8/20ms) em redes trifásicas, ou a 10 kA
(8/20ms) em redes monofásicas,quando o DPS for usado entre o neutro e
PE, no esquema de conexão 3 indicado na figura 13 (pag.131 da Norma
ABNT NBR 5410:2004);

 Quando o DPS for destinado à proteção contra sobretensões provocadas


por descargas atmosféricas diretas sobre a edificação ou em suas
proximidades, sua corrente de impulso Iimp deve ser determinado com
base na IEC 61312-1; se o valor da corrente não puder ser determinado,
Iimp não deve ser inferior a 12,5 kA para cada modo de proteçã o. No
caso de DPS usado entre neutro e PE, no esquema de conexão 3 ver
figura 13 (pag.131 da Norma ABNT NBR 5410:2004), Iimp também não
deve ser inferior a 50 kA para uma rede trifásica ou 25 kA para uma rede
monofásica;

 Quando o DPS for destinado, simultaneamente, à proteção contra todas


as sobretensões relacionadas nas duas situações anteriores, os valores
de In e Iimp do DPS devem ser determinados, individualmente, como
especificado acima.

Nota: O ensaio para a determinação da corrente de impulso (Iimp) de um DPS é


baseado num valor de crista de corrente, dado em kA, e num valor de carga,
dado em coulombs (A.s). Não é fixada uma forma de onda particular para a
realização desse ensaio e, portanto, essa forma de onda pode ser a 10/350ms,
10/700ms, a 10/1000ms ou , ainda a 8/20ms, não se descartando outras.

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Também não são fixadas restrições quanto ao tipo de DPS que pode ser
submetido a tal ensaio – curto-circuitante, não curto-circuitante, ou combinado.

O objetivo das normas técnicas mencionadas até agora é proporcionar o


máximo de proteção para as instalações elétricas e edificações. Como já vimos
anteriormente, o sistema de proteção contra raios compreende um sistema
interno, DPS e um externo SPDA.

Através da utilização conjunta, é feita a proteção completa da edificação e da


instalação elétrica e conseqüente- mente dos equipamentos eletro-eletrônicos.
Para a perfeita utilização dos dois sistemas, eles devem ser instalados de forma
ordenada, através de Zonas de Proteção contra Raios.

O DPS é colocado em paralelo ao disjuntor DR ou de proteção conectando


as fases e o neutro em cada dispositivo protetor de surto, conforme ilustração
abaixo. O outro borne de conexão deve estar conectado ao barramento de terra,
tornando possível a atuação deste dispositivo quando necessário.

Ele funciona instalado entre linha e neutro, linha e terra ou entre neutro e
terra em quadros de distribuição e comando.

O equipamento possui um desligador interno que desconecta


o DPS (dispositivo de proteção contra surtos) da rede elétrica no seu fim de vida
útil ou quando ocorrer uma sobretensão além de sua capacidade ou se houver
acidentes na rede elétrica. Também possui um sistema de sinalização mecânica
que indica o estado de operação, facilitando a verificação quanto ao momento
certo para a sua substituição.

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1.8. Quadro de distribuição

Um quadro de distribuição é um equipamento elétrico destinado a


receber energia elétrica de uma ou mais fontes de alimentação e distribuí-las
a um ou mais circuitos. Destinado a abrigar um ou mais dispositivos de
proteção e/ou manobra e a conexão de condutores elétricos interligados a
eles, a fim de distribuir a energia elétrica aos diversos circuitos.

Em qualquer instalação elétrica, devemos saber como realizar os


procedimentos correspondentes à execução de um projeto elaborado
previamente, em conformidade com as especificações previstas na NBR
5410 (norma que regulamenta as instalações elétricas em baixa tensão) e
NR-10 (segurança em instalações e serviços em eletricidade). A energia que
chega até nossas residências provém da rede de distribuição da
concessionária, que seria a companhia de eletricidade responsável pelo
fornecimento desse serviço.

No caminho até os interruptores e tomadas, essa energia passa pelo


quadro de medição que está associado a um equipamento o qual mede o

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consumo mensal (medidor) e daí então chega através de um ramal de
entrada ao chamado quadro de distribuição de onde partirão os circuitos
que irão alimentar pontos de luz (ou lâmpadas), interruptores para
acionamento das lâmpadas (comandos), tomadas que fornecerão energia
aos aparelhos eletroeletrônicos a elas plugados, além de cargas cuja
potência é considerada elevada como chuveiros elétricos, máquinas de lavar,
forno micro-ondas, etc.

 MONTANDO UM QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

Para efetuar a montagem de um quadro de distribuição ou QD como é


usualmente conhecido, precisa-se saber quais dispositivos o constituem e
compreender a função de cada um desses componentes. Lembrando que
uma instalação deve ser adequada à sua função e prover de modo seguro e
confiável a energia requerida pelos circuitos terminais de carga.

Em primeiro lugar as instalações podem ser classificadas de acordo com


o tipo de alimentação do elemento de proteção geral chamado disjuntor.
Esse dispositivo é responsável por evitar danos aos circuitos a serem
energizados, possuindo uma chave que desliga quando a corrente nominal
permitida pela carga for ultrapassada. Nesse caso por questões de
segurança a chave desarma protegendo assim as instalações quanto a
avarias provocadas por um curto-circuito ou sobrecarga.

Os disjuntores servem para proteger os circuitos que alimentam as cargas


em todo o ambiente (seja residencial ou comercial). Existem dois
barramentos contendo os condutores neutro e de proteção aonde o primeiro
deve estar isolado eletricamente do quadro de distribuição e o segundo (de
proteção) deve estar acoplado a ele, constituindo a proteção dos circuitos
contra choques no contato indevido com superfícies conduzindo energia,
sendo que este encontra-se ligado ao aterramento geral da instalação.

Para instalar de maneira correta um quadro de distribuição é necessário


que o eletricista tenha em mãos, ferramentas e equipamentos essenciais que
lhe auxiliarão durante o processo de montagem. Seriam elas:

Equipamentos de Proteção Ferramentas:


Individual (EPI)
 Capacete  Alicate universal
 Máscara  Alicate de corte frontal
 Óculos de Proteção  Chave de fenda
 Luvas  Chave philips
 Botas  Arco de serra
 Estilete
 Fita isolante
 Disjuntores DIN
 Barramento de FASE

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 PASSOS PARA MONTAGEM DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

01 Identifique o local em que deverá ser instalado o Quadro de Distribuição:


essa informação é obtida conforme a leitura do projeto idealizado (layout
ou desenho);

02 Recomenda-se que o Quadro de Distribuição seja chumbado na parede,


utilizando a configuração de embutir adequada ao método adotado pelo
fabricante citado (existem quadros que sobrepõem a parede);

03 Realiza-se a distribuição dos circuitos terminais com os cabos e fios que


irão alimentar as cargas da instalação como lâmpadas, tomadas,
chuveiros e demais equipamentos de alta potência. Em seguida esses
circuitos já podem ser montados no Quadro de Distribuição;

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04 No suporte interno instale os disjuntores DIN conforme indicado pelo
fabricante, sendo estes normatizados. Verifique o layout do projeto,
efetuando a instalação dos dispositivos e seguindo as instruções nele
constantes;

05 Realize a conexão entre os disjuntores através do cabo de alimentação


fase, conhecido como sistema jumping, ou por meio de um barramento
fase que é encontrado facilmente em lojas de materiais elétricos;

06 Finalizar os circuitos correspondentes de fase, neutro e terra ao


disjuntor diferencial residual (que evita a tensão de contato perigosa
quando a pressente nos equipamentos) e disjuntor termomagnético (que
realiza a proteção dos circuitos contra sobrecarga e curto-circuito);

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07 Encaixar o suporte contendo os disjuntores previamente montados nas
torres do corpo do Quadro de Distribuição. Em seguida deve-se pôr a
tampa por cima que nivelará o encaixe caso ele tenha sido efetuado
parcialmente;

08 Montar o suporte no corpo dos barramentos neutro e terra e ajustá-los


às laterais do Quadro de Distribuição, verificando se no local em que
serão encaixados existe sujeira que possa impedir o encaixe perfeito
deles;

09 Fazer a conexão dos fios neutros e terras aos devidos barramentos,


além dos fios de alimentação (fase) aos disjuntores que irão proteger os
circuitos terminais aos quais deverão ser ligados também;

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10 Realizadas todas as ligações, fixe a tampa no corpo do quadro utilizando
parafusos (no quadro de distribuição Amanco existe uma trava com
gravações “A” que representa o estado em que o parafuso está aberto e
“T” representando o estágio em que ele encontra-se travado);

11 Colar abaixo de cada disjuntor um adesivo que identifique seu uso;

12 Se não forem utilizados todos os espaços para disjuntores, cubra as


superfícies em aberto com tampa para disjuntores (tampa cega);

13 Encaixar a tampa do quadro por cima (nesse caso possibilita a abertura


dela em dois sentidos).

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1.9. Sensor de presença (tipos, simbologias e instalação)

Existem diversos tipos de sensores utilizados em equipamentos


eletrônicos. Podemos usar simples chaves ou dispositivos de acionamento
momentâneo do tipo mecânico, até transdutores especiais que convertem
alguma grandeza física numa grandeza elétrica como, por exemplo, uma
tensão.

Esses sensores servem para informar um circuito eletrônico a respeito um


evento que ocorra externamente, sobre o qual ele deva atuar, ou a partir do
qual ele deva comandar uma determinada ação.

Equipamentos mais simples podem usar apenas um sensor, mas um


robô, uma máquina industrial ou um equipamento médico complexo podem
empregar muitos sensores e de tipos diferentes.

A seguir, vamos relacionar os principais tipos de sensores que


encontramos nas aplicações eletrônicas, com suas características e
aplicações.

Sensores Mecânicos

Denominamos sensores mecânicos aqueles que monitoram movimentos,


posições ou presença usando recursos mecânicos como, por exemplo,
chaves (switches), popularmente conhecidas
como chaves fim de curso.

Esses sensores, como o nome sugere,


são interruptores ou mesmo chaves
comutadoras que atuam sobre um circuito no
modo liga/desliga quando uma ação
mecânica acontece no seu elemento atuador.

É possível usar esses sensores de


diversas formas, como para detectar a
abertura ou fechamento de uma porta, a
presença de um objeto em um determinado
local, ou ainda quando uma parte mecânica de uma máquina está numa
certa posição.

Uma variação desse tipo de sensor é o sensor de “fim-de-curso” que,


conforme o nome indica, detecta quando uma parte mecânica de um
dispositivo atinge seu deslocamento máximo.

A finalidade da chave de fim-de-curso é evitar que o motor do sistema,


por exemplo, continue atuando mesmo depois que a peça que ele movimenta
chega ao seu ponto máximo. Isso poderia forçar o mecanismo ou ainda
causar uma sobrecarga do motor ou do próprio circuito de acionamento.

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Sensores Fotoelétricos

Os sensores mecânicos têm por principal desvantagem o fato de terem


peças móveis sujeitas a quebra e desgaste, além da inércia natural que limita
sua velocidade de ação. Outro problema está no repique que pode falsear o
sinal enviado quando são acionados.

Por outro lado, sensores que trabalham com a luz são muito mais rápidos,
não apresentando praticamente inércia e não têm peças móveis que
quebram ou desgastam. Os sensores fotoelétricos podem ser de diversos
tipos, sendo empregados numa infinidade de aplicações na indústria e em
outros campos.

O tipo mais simples de sensor consiste em um elemento foto-sensível que


tem a luz incidente interceptada quando a parte móvel de um dispositivo
passa diante dele.

Existem diversos dispositivos sensores que podem ser utilizados como


sensores de luz, e sua escolha vai depender basicamente de suas
características. Damos a seguir alguns exemplos de sensores:

Foto-resistores (LDRs)

Os LDRs possuem uma superfície de Sulfeto de Cádmio (CdS) que tem


sua resistência elétrica dependente da quantidade de luz incidente.

A grande vantagem no uso dos LDRs como sensores fotoelétricos está no


fato de que eles podem trabalhar com correntes relativamente elevadas,
sendo muito sensíveis, o que simplifica o projeto de seus circuitos. No
entanto, a desvantagem está na sua velocidade de resposta.

Devemos, ainda, destacar a


curva de resposta dos LDRs que se
aproxima bastante da curva de
resposta do olho humano, o que
permite sua operação com fontes
convencionais de luz, como a luz
ambiente, lâmpadas
incandescentes, fluorescentes,
eletrônicas e de LEDs comuns de
diversas cores.

Nas aplicações industriais, sensores com base em LDRs apresentam um


encapsulamento que vai depender justamente de sua aplicação. Assim, os
desenvolvedores de equipamentos que fazem uso desses sensores podem
encontrar nos catálogos das grandes empresas de sensores uma infinidade
de variações de formatos para esses componentes, já destinados à
aplicações específicas.

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Fotocélulas

As Fotocélulas ou Células Fotoelétricas são dispositivos que geram uma


pequena tensão elétrica quando são iluminados. As fotocélulas podem ser
usadas para gerar energia elétrica a partir da luz solar, ou também como
sensores, em diversos tipos de aplicações.

Diferentemente dos LDRs, as fotocélulas


são sensíveis e rápidas, podendo ser
utilizadas numa faixa de aplicações mais
ampla do que os próprios LDRs.

Os circuitos sensores para as fotocélulas,


entretanto, são diferentes dos circuitos
usados com LDRs, pois elas atuam como
geradores, fornecendo uma tensão de saída.
Transistores, amplificadores operacionais em
configurações são as soluções mais comuns
empregadas em projetos práticos que fazem
uso desse tipo de sensor.

Os métodos de instalação de sensores para iluminação, varia de acordo


com o fabricante, o indicado é consultar o manual de instalações antes de
efetuar a ligação.

Abaixo segue um exemplo de instalação de um modelo, utilizando um ou


mais sensores (ligação em paralelo).

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1.10. Porteiro eletrônico / Interfone

Interfone é um derivado do telefone que objetiva um usuário de fora de


um prédio se comunicar com o porteiro ou com um morador que está dentro
do apartamento.

O funcionamento é bastante simples. O interfone começa a funcionar


assim que o morador tirar o monofone do gancho. Para desligar, basta
colocar o interfone de volta no gancho. Caso o sistema esteja acoplado a
uma fechadura eletrônica, para abrir a porta automaticamente basta
pressionar o botão do interfone até o fim do seu curso.

Para saber se o problema realmente é com o aparelho ou com a fiação,


você pode fazer um teste trocando o fone com o de um aparelho
convencional de telefone ou ainda com o interfone do
vizinho, pois a entrada dos fios é universal.

Os interfones podem conter uma ou mais chamadas, acionar ou não uma


fechadura elétrica, fica a critério do cliente e do profissional decidir qual será
a chamada.

Para instalação de um interfone, sugerimos ao profissional, consultar ao


manual do produto. Como os sensores, os fabricantes de porteiros
eletrônicos variam as ligações de acordo com um padrão próprio não sendo
aplicado a todos os modelos de diferentes fornecedores.

Abaixo exemplificaremos a instalação do porteiro eletrônico F8 da HDL,


este modelo é exclusivo para uma chamada.

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Outro modelo bastante instalado é com duas ou mais chamadas, indicado
para prédios ou condomínios onde há varias moradias. É composto por uma
placa com a quantidade de botões especifica para cada residência e monofones
dentro das mesmas. O exemplo mostrado a abaixo, é do porteiro eletrônico
coletivo, observe as ligações:

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1.11. Relé fotoelétrico (tipos, simbologias e instalação)

Em iluminação pública, dispositivos responsáveis por comandar o


acionamento de lâmpadas e acoplados a luminárias nos postes que
constituem o sistema de fornecimento ou
rede elétrica externa, são chamados
relés fotoelétricos. Funcionam
conforme a claridade do ambiente com
um valor referencial de “10 lux” sendo
aquele que controla o funcionamento do
relé, abaixo do qual ele atua ligando as
lâmpadas e acima do qual efetua o
desligamento.

Possuem estado definido pelo


intervalo de tempo equivalente a 12
horas fechado ou aberto para efeito de
tarifação pela concessionária, relativo ao
consumo dos equipamentos de iluminação aos quais encontram-se ligados.
Considerando-se o fator eficiência, devem ser instalados com sensores
apontando na direção sul, o que lhe atribui maior confiabilidade independente
da estação climática (inverno ou verão).

A utilização do relé fotoelétrico é feita


com uso de comando que pode ser
individual (quando atua sobre um ponto
luminoso apenas), por exemplo, o relé que
comanda uma lâmpada em cada poste da
rede elétrica de fornecimento ou em grupo
(quando é responsável por acionar
diversas lâmpadas), muito comum em
praças e áreas esportivas.

Alguns relés necessitam de uma base


para funcionamento. A tomada para relé
ou simplesmente base, é um equipamento
utilizado para encaixar os terminais do
dispositivo, a fim de provê a conexão dele ao circuito com lâmpadas que
serão comandadas pelo mesmo. Podem ser de 03 tipos: avulsa, incorporada
ao reator ou incorporada à luminária.

Sobre a instalação
deve ser observado o
manual do relé que será
instalado, pois as cores
dos condutores variam
de acordo com o
fabricante. Ao lado
segue um modelo de
instalação de relés
fotoelétricos.

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1.12. Campainha, cigarra, e sirene

Uma campainha elétrica é um dispositivo constituído por um interruptor,


um eletroímã, uma armadura, um martelo, uma campânula e um gerador de
corrente contínua ou alterna. O interruptor do circuito
utilizado neste tipo de campainhas foi inventado em 1837 por
Johann Philipp Wagner e conhece-se também pelo nome de
martelo de Wagner. O funcionamento de uma campainha
elétrica baseia-se numa peça fundamental: o eletroímã.
Assim, ao ligar-se o interruptor, a corrente que passa no
circuito faz com que o eletroímã adquira propriedades
magnéticas atraindo a armadura e arraste com ela um
martelo de mola que bate numa caixa metálica em forma de
sino ou semi-esfera, fazendo-a ressoar. No momento do
choque o eletroímã deixa de ter propriedades magnéticas e a
armadura volta à sua posição inicial estabelecendo-se
novamente o circuito. Este processo repete-se rapidamente e ouve-se a
campainha tocar até que seja desligado o interruptor.

Em alguns casos, quando se usa


corrente alterna existem duas caixas
metálicas ressonadoras e o martelo
bate alternadamente em cada uma
delas. Outro modelo bastante
utilizado é a campainha sem fio, na
qual possui um botão com uma
bateria (acionador) e um modulo
emissor de sons, que é na maioria
dos modelos é conectado
diretamente na tomada. Possui um
método de instalação bem simples,
pois o equipamento vem pré-
programado para funcionamento, e
segundo fabricantes o raio de
alcance desses produtos pode chegar a 100 metros de distância sem barreiras,
é importante lembrar que o manual de instalação deve ser lido antes de quaisquer
indicação.

Ainda falando sobre equipamentos de sinalização


acústica, iremos abordar sobre as cigarras elétricas. Este
aparato possui as mesmas características das campainhas
já que também são acionadas por um pulsador (botão da
campainha), a diferença está no som
emitido considerado estável e de
formato agudo, é indicada para
instalações residenciais, comerciais,
etc.

Ao lado seguem dois modelos de


cigarra, a linha externa (quando não existe a possibilidade de
embutir em caixas na parede), e a linha interna (quando há a possibilidade de
fixar em caixas chumbadas na parede).

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Abaixo segue alguns exemplos de ligação, retirados de manuais de uso.

Para finalizar nosso estudo sobre equipamentos de sinalização sonora,


vamos comentar sobre as sirenes.

Esses produtos são utilizados


principalmente em sistemas de alarmes, devido a
sua alta capacidade de alerta, em termos
técnicos, elas podem chegar a uma intensidade
sonora de 120 decibéis com alcance de 2000
metros, lembrando das diversas variações de
modelos e marcas.

Ao efetuar a instalação deste equipamento,


mais uma vez recomenda-se ler com atenção o
manual de instruções, já que a tensão de alimentação da maioria das sirenes
disponíveis no mercado podem oscilar entre 12v e 240v, e também pelo fato de
necessitarem de corrente continua em vários casos, o que impede a instalação
direta na rede, tornando obrigatório o uso de fontes conversoras de tensão.

Abaixo, segue uma ilustração básica da ligação de uma sirene, vale


ressaltar que cada modelo deve obedecer o esquema definido pelo fabricante ou
pelo projeto.

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1.13. Programador horário / temporizador “timer”

Um temporizador é um dispositivo capaz de medir o tempo, sendo um tipo


de relógio especializado. Ele pode ser usado para controlar a sequência de
um evento ou processo. Eles podem ser mecânicos, eletromecânicos, digitais,
etc.
O relé temporizado é usado para provocar uma ação atrasada por um breve
período após uma outra ação. Não se deve confundir relé temporizado termal
com temporizadores, contadores e programadores de altíssima precisão. Os
relés temporizados são similares aos outros relés de controle em que eles usam
uma bobina para controlar a operação dos contatos. A diferença entre um relé
de controle e um relé de atraso é que os contatos do relé temporizado demoram
um determinado tempo ajustável para alterar seus contatos quando a bobina é
energizada ou desenergizada. Os relés temporizados ou relés de atraso de
tempo podem ser classificados em relé de “on-delay” ou de “off-delay”.

 On-delay - Quando a bobina de um relé temporizado on-delay é energizada,


os contatos mudam os estados depois de um tempo pré determinado.
 Off-delay - Quando a bobina de um relé temporizado off-delay é energizada,
os contatos mudam imediatamente os estados e depois de um tempo pré
determinado voltam para a posição original.

Encontramos no mercado diferentes marcas de temporizadores. Abaixo,


mostraremos as características de um modelo digital da marca Decorlux.

Este dispositivo deve ser


conectado a tomada de energia
127v-220v (bi-volt automático),
seguido as recomendações do
manual, dispostas ao lado.

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1.14. Bóia automática

As chaves bóias (bóias automáticas) são sensores que medem o nível de


água num reservatório e servem como “interruptores automáticos” para controlar
o funcionamento de uma bomba d’água. Assim, a chave bóia liga a bomba
d’água, se a água da caixa ficar
mais baixa que um determinado
nível desligando-a quando a caixa
estiver suficientemente cheia.

Este equipamento elétrico (bóia automática) é responsável por ligar e


desligar a bomba d’água, quando necessário.

Para evitar problemas de


falta de água, a maioria dos
edifícios trabalha com uma
caixa d’água e uma cisterna,
interligadas (funcionando em
conjunto). Quando não se
dispõe de um reservatório
inferior (cisterna) e a bomba
d’água puxa a água
diretamente da tubulação que
vem da companhia de
distribuição de água, é
possível utilizar a chave bóia
automática apenas na caixa
d’água. Este recurso, porém, exige o uso de um dispositivo extra chamado
“fluxostato” ou sensor de fluxo d’água. Este sensor só permite o acionamento da
bomba caso haja o fluxo d’água na tubulação, ou seja, caso haja falta d’água a
bomba não liga.

Atenção: é obrigatório o uso do fluxostato (chave de fluxo) nos casos em que


a bomba for puxar água diretamente da “rua”.

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Uma bomba d’água trabalha levando água da cisterna (normalmente
no andar térreo) para a caixa d’água (no alto do edifício). Para garantir um
perfeito funcionamento
do conjunto é
necessário utilizar
duas bóias para
ligar/desligar a bomba.
A chave que funciona
na caixa d’água é
chamada de chave de
nível superior.
Analise o esquema de
ligação de uma bomba
automatizada com
uma chave de nível superior.

Observamos nas ilustrações acima o uso de um contrapeso para ajudar


no nível da bóia. Sobre a regulagem deste contrapeso, seguem algumas
recomendações, como por exemplo,
definir a distancia entre bóia e
contrapeso, alem do comprimento dos
cabos de alimentação, e um método
simples, mas requer orientação que
pode ser encontrada no manual do
fabricante. Ao lado segue uma
imagem representativa sobre o uso
do contrapeso.

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1.15. Moto bomba submersa

Bombas Submersas são equipamentos aplicados em bombeamento de


águas servidas, caixas de coleta, esgoto gradeado, esgoto pré-tratado, efluentes
químicos, banhos galvânicos, processos de recirculação, transferências de
produtos químicos, etc.

São consideradas bombas centrífugas


verticais submersas quando suas principais
aplicações são nos casos onde não
podemos instalar outro tipo de bomba ao
lado do tanque e garantirmos que não haja
falha da bomba na partida.
Este tipo de equipamento é muito utilizado
nos casos em que necessitamos instalar
uma bomba na borda do tanque e que o
processo será controlado e monitorado por
um sistema eletrônico, pois nestes casos há
garantia em que a bomba não irá falhar na
partida, mesmo nos casos em que a bomba
fique parada por muito tempo e nos casos de
varias partidas diárias.

A Lubrificação externa possui um consumo de água desprezível e a


pressão necessária é a mesma que encontramos nas redes de abastecimento
de água, nos fornecida pelas empresas de Saneamento e Tratamento de água
existente em cada Cidade.

Este equipamento deve ser instalado de forma que o tubo de sucção fique
imerso no líquido, ficando as demais partes da bomba acima do nível do líquido.

Precauções
 Não trabalhar com a bomba a seco, sob pena de danos no equipamento e
no mancal caso o tenha.

 Não bombear produtos líquidos que contenham sólidos em suspensão ou


produtos abrasivos.
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 Não partir a bomba sem que o rotor esteja imerso, passível do não
funcionamento do equipamento.

 Abaixo seguem outras precauções.

As diversas aplicações definem o tipo de bomba a ser instalado. Os


fabricantes especificam na embalagem dos produtos o alcance, potência, vazão,
entre outros dados que auxiliam o instalador passo a passo. O profissional deve
seguir rigorosamente esses passos para oferecer segurança e garantir
durabilidade além de aumentar a vida útil do equipamento, conforme os métodos
adotados.

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2. DIMENSIONAMENTO

Quando um engenheiro projeta a instalação elétrica de um prédio,


conhecendo a corrente que vai passar em cada aparelho, e conseqüentemente a
corrente total na ligação principal, ele deverá escolher adequadamente o fio
condutor que irá usar.

Se o cabo escolhido para a linha principal for muito fino terá grande
resistência a passagem de eletricidade. Quando a corrente que por ele passa
aumentar em virtude de vários aparelhos estarem ligados à rede, a queda de
tensão neste fio poderá não ser desprezível. Isto costuma acarretar um mau
funcionamento daqueles aparelhos, pois eles ficarão submetidos a uma
voltagem inferior àquela para a qual foram projetados. Esta anomalia pode ser
observada em uma residência, quando o brilho das lâmpadas diminui ao ser
ligado um chuveiro elétrico, por exemplo.

Quando a escolha é bem feita, sendo usado um fio de ligação com seção
maior (menor resistência elétrica), a queda de tensão nele torna-se desprezível,
e não há alteração sensível em um aparelho quando outros são ligados à rede.
Evidentemente esses cuidados devem ser tomados em qualquer instalação
elétrica, inclusive nos fios que ligam uma residência à rede elétrica da rua.

O que é a capacidade de corrente de um cabo?


É a maior corrente, em regime permanente, que um condutor suporta sem
que a temperatura do mesmo ultrapasse a temperatura máxima suportada pela
isolação (temperatura de
trabalho). Depende do
material do condutor, do
material da isolação, da
construção do cabo, da
temperatura ambiente e
da forma como está instalado.

A NBR 5410 apresenta tabelas de capacidade de corrente para vários


métodos de instalação de baixa tensão.

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Como dimensionar o condutor a ser utilizado em circuitos com longa
distância entre o quadro de disjuntores e os equipamentos que estarão em
funcionamento?
Em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais pode ser
superior a 4%, mas quedas de tensão maiores são permitidas para
equipamentos com corrente de partida elevada, durante o período de partida,
desde que dentro dos limites permitidos em suas normas respectivas. Abaixo
está a tabela de queda de tensão para produtos isolados em PVC 70 °C e
temperatura ambiente de 30 °C, instalados conforme método de referência B1.

Queda
de tensão para cos Ø = 0,8 (V/A.km)
Seção nominal
(mm²)
Conduto
não-magnético
Conduto
Magnético
Circuito Circuito
monofásico trifásico

1,5 23,3 20,2 23

2,5 14,3 12,4 14

4 8,96 7,79 9

610 6,033,63 5,253,17 5,873,54

16 2,32 2,03 2,27

25 1,51 1,33 1,5

35 1,12 0,98 1,12

5070 0,850,62 0,760,55 0,860,64

95 0,48 0,43 0,5

120 0,40 0,36 0,42

150 0,35 0,31 0,37

185 0,30 0,27 0,32

240 0,26 0,23 0,29

Queda de tensão (V) = queda de tensão tabelada (v/a.km) X corrente do circuito


(A) X comprimento (km)
Queda de tensão em % = Queda de tensão (V) / Tensão do circuito (V) X 100

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2.1 Disjuntores

Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona como


um interruptor automático, destinado a proteger uma determinada instalação
elétrica contra possíveis danos causados por curtos-circuitos e sobrecargas
elétricas. A sua função básica é a de detectar picos de corrente que ultrapassem
o adequado para o circuito, interrompendo-a imediatamente antes que os seus
efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica
protegida.

Uma das principais características dos disjuntores é a sua capacidade de


poderem ser reativados manualmente, depois de interromperem a corrente em
virtude da ocorrência de uma falha. Diferem assim dos fusíveis, que têm a
mesma função, mas que ficam inutilizados quando realizam a interrupção.

Por outro lado, além de dispositivos de proteção, os disjuntores servem


também de dispositivos de manobra, funcionando como interruptores normais
que permitem interromper manualmente a passagem de corrente elétrica.

Existem diversos tipos de disjuntores, que podem ser desde pequenos


dispositivos que protegem a instalação elétrica de uma única habitação até
grandes dispositivos que protegem os circuitos de alta tensão que alimentam
uma cidade inteira.

 Disjuntores térmicos

Os disjuntores térmicos utilizam a deformação de placas bimetálicas causada pelo


seu aquecimento. Quando uma sobrecarga de corrente atravessa a placa bimetálica
existente num disjuntor térmico ou quando atravessa uma bobina situada próxima dessa
placa, aquece-a, por efeito de Joule, diretamente no primeiro caso e indiretamente no
segundo, causando a sua deformação. A
deformação desencadeia mecanicamente a
interrupção de um contacto que abre o circuito
elétrico protegido.

Um disjuntor térmico é, assim, um sistema


eletromecânico simples e robusto. Em
contrapartida, não é muito preciso e dispõe de
um tempo de reação relativamente lento.

A proteção térmica tem como função principal a


de proteger os condutores contra os
sobreaquecimentos provocados pelas
sobrecargas prolongadas na instalação elétrica.
Tradicionalmente, esta é uma das funções
também desempenhadas pelos fusíveis gG.

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 Disjuntor termomagnético

É muito utilizado em instalações elétricas residenciais e comerciais o disjuntor


magnetotérmico ou termomagnético, como é chamado no Brasil.

Esse tipo de disjuntor possui três


funções:

Manobra (abertura ou fecho voluntário


do circuito)

Proteção contra curto-circuito - Essa


função é desempenhada por um
atuador magnético (solenóide), que efetua a
abertura do disjuntor com o aumento
instantâneo da corrente
elétrica no circuito protegido

Proteção contra sobrecarga - É realizada


através de um atuador bimetálico, que é
sensível ao calor e provoca a abertura quando
a corrente elétrica permanece, por um
determinado período, acima da corrente nominal do disjuntor

As características de disparo do disjuntor são fornecidas pelos fabricantes através


de duas informações principais: corrente nominal e curva de disparo. Outras
características são importantes para o dimensionamento, tais como: tensão nominal,
corrente máxima de interrupção do disjuntor e número de pólos (unipolar, bipolar ou
tripolar).

A imagem abaixo traz um detalhamento dos componentes de um disjuntor.

1) Manopla - utilizada para fazer o fechamento ou a abertura manual do disjuntor.


Também indica o estado do disjuntor (Ligado/Desligado ou desarmado). A maioria dos
disjuntores são projetados de forma que o disjuntor desarme mesmo que a manopla
seja segurada ou travada na posição "ligado".

2) Mecanismo atuador - Junta ou separa o


sistema da rede elétrica.

3) Contatos - Permitem que a corrente flua


quando o disjuntor está ligado e seja
interrompida quando desligado.

4) Terminais

5) Trip bimetálico

6) Parafuso calibrador - permite que


o fabricante ajuste precisamente a corrente
de trip do dispositivo após montagem.

7) Solenóide ou Bobina

8) Câmara de Extinção de arco.

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2.2 Dimensionamento de condutores

A seção nominal de um fio ou cabo é a área da seção transversal do fio ou da


soma das seções dos fios componentes de um cabo, ela é dada em mm².

A NBR 5410 estabelece as seguintes prescrições quanto ao uso


dos condutores (fios e cabos) elétricos:
(a) Em instalações residenciais só podem ser empregados
condutores de cobre, exceto condutores de aterramento e proteção;
(b) Em instalações comerciais é permitido o emprego de
condutores de alumínio com seções nominais ≥ 50 mm²;
(c) Em instalações industriais podem ser utilizados condutores
de alumínio, desde que sejam obedecidas simultaneamente as
seguintes condições:
– Seção nominal dos condutores seja ≥ 10 mm²;
– Potência instalada seja ≥ 50 kW;
– Instalação e manutenção qualificadas.

Os critérios utilizados para o dimensionamento dos condutores elétricos:


(a) Seção Mínima; (b) Máxima Corrente (aquecimento); (c) Queda de Tensão.

A partir do maior valor de seção nominal determinada (com os três critérios),


escolhe-se em tabelas de capacidade de condutores padronizados e comercializados o
fio ou cabo cuja seção, por excesso, mais se aproxime da seção calculada.

O condutor neutro (N) e proteção (PE) são determinados a partir da seção do


condutor destinado a fase do circuito.

Os condutores elétricos devem ser compatíveis com a capacidade dos


dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito.

Em circuito de distribuição de apartamentos e pequenas residências, em geral, é


suficiente a escolha do condutor baseando-se apenas nos critérios da “Seção Mínima” e
“Máxima Corrente”.

Ao lado uma tabela básica de


dimensionamento, vale ressaltar que
devem ser respeitados os cálculos
de corrente de circuito ou projeto
elétrico, sendo a tabela aqui
apresentada apenas ilustrativa.

Entre os fatores que devem ser considerados na escolha da seção de um fio ou


cabo, supostamente operando em condições de aquecimento normais, destacam-se:
 A maneira de instalar os cabos;
 O tipo de isolação e de cobertura do
condutor;
 O número de condutores carregados do
circuito, isto é, de condutores “vivos”,
efetivamente percorridos pela corrente;
 O material condutor (cobre ou alumínio);
 A temperatura ambiente ou do solo, se o
condutor for enterrado diretamente no mesmo;
 A proximidade de outros condutores (outros circuitos);
 A proximidade de outros eletrodutos.

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2.3. Dimensionamento de condutos

Nas instalações elétricas em geral, os condutores e dutos possuem grande


importância no transporte de energia elétrica necessária ao bom funcionamento dos
equipamentos. Os condutores e dutos devem possuir
excelente qualidade e ser utilizados corretamente de
acordo com suas finalidades. O dimensionamento de
ambos deve ser precedido de uma análise detalhada
das condições de sua instalação e da carga a ser
suprimida.

Os eletrodutos são os dutos mais comumente


utilizados. São tubos de metais (magnéticos ou não) ou
de PVC, que podem ser ainda rígidos ou flexíveis. Suas
funções gerais são as seguintes:

 Proteção dos condutores contra ações


mecânicas e contra corrosões;

 Proteção do meio contra perigos de incêndio, resultantes do super aquecimento


dos condutores ou de arcos.

Os eletrodutos de PVC são geralmente


utilizados quando embutidos ou
enterrados. Já os de metais são mais
utilizados em instalações aparentes.

Os eletrodutos de metal não devem


possuir costura longitudinal e suas paredes
internas devem ser perfeitamente lisas.
Também cuidados devem ser tomados
quanto às luvas e curvas. Quaisquer saliências p odem danificar a isolação dos
condutores.

A instalação de condutores em eletrodutos deve ser precedida das seguintes


considerações:

 A taxa máxima de ocupação em relação à área da seção transversal dos


eletrodutos não deve ser superior a:
 53% no caso de um único condutor ou cabo;
 31% no caso de dois condutores ou cabos;
 40% no caso de três ou mais condutores ou cabos;

 Nos eletrodutos, só devem ser instalados


condutores isolados, cabos unipolares ou
multipolares, admitindo-se a utilização de
condutor nu em eletroduto isolante
exclusivo, quando tal condutor se destina a
aterramento;

 O diâmetro externo dos eletrodutos deve


ser igual ou superior a 16mm;

 Não deve haver trechos contínuos


retilíneos de tubulação maiores do que 15m, nos trechos com curvas, este
espaçamento deve ser reduzido de 3m para cada curva de 90º;

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Nota: Quando a tubulação passar por uma área que impossibilite a colocação de
caixas de passagem dentro dos limites, deverá ser aumentada a área da seção do
eletroduto (NBR 5410 6.2.11.1.2)

Abaixo, segue uma tabela representativa sobre a área dos condutores elétricos:

Nota: O Condutor isolado deve ser instalado em dutos fechados, como por exemplo,
eletrodutos ou em canaletas fechadas, não podendo ser instaladas em calhas e
bandeja ou dutos abertos.

A próxima tabela representa a taxa máxima de ocupação para eletrodutos:

As instalações em “ar livre”, que incluem as linhas instaladas em leitos, bandejas


e eletrocalhas não estabelece nenhum limite de ocupação, como faz para a
instalação de eletrodutos. Mas a norma NBR 5410 recomenda que a instalação dos
condutores seja em camada única, ou seja uma taxa de ocupação máxima de 40%
o que restringe a ocupação dos dutos abaixo do limite do volume de material
combustível por metro linear de linha elétrica (NBR 5410 6.2.11.3.5)

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A tabela abaixo demonstra aplicação dos condutores dentro dos eletrodutos:

2.4. Carga instalada e demanda

QUAL A DIFERENÇA ENTRE CARGA INSTALADA E DEMANDA?

DETERMINAÇÃO DA CARGA INSTALADA

Para definição do tipo de fornecimento, o consumidor deve determinar a


carga instalada, somando-se a potência em kW, dos aparelhos de iluminação,
aquecimento, eletrodomésticos, refrigeração, motores e máquina de solda que
possam ser ligados em sua unidade consumidora, vamos ver um exemplo:

CALCULANDO A CARGA INSTALADA DE UMA RESIDÊNCIA


SIMPLES

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CÁLCULO DE DEMANDA

O dimensionamento da entrada de serviço das unidades consumidoras


deve ser feito pela demanda provável da edificação, cujo valor pode ser maior,
igual ou inferior a sua carga instalada.
O consumidor pode determinar a demanda de sua edificação,
considerando o regime de funcionamento de suas cargas, ou alternativamente,
solicitar à concessionária o cálculo da demanda de acordo com o critério
apresentado pelas normas.

Expressão para o cálculo da demanda:


D = a + b. (kVA)
Onde:
a = demanda referente a iluminação e tomadas;
b = demanda relativa aos aparelhos eletrodomésticos e de
aquecimento.
Os fatores de demanda devem ser aplicados, separadamente, à carga
instalada dos seguintes grupos de aparelhos:
- b1: chuveiros, torneiras e cafeteiras elétricas;
- b2: aquecedores de água por acumulação e por passagem;
- b3: fornos, fogões e aparelhos tipo "Grill";
- b4: máquinas de lavar e secar roupas, máquinas de lavar louças e ferro
elétrico;
- b5: demais aparelhos (TV, conjunto de som, ventilador, geladeira,
freezer, torradeira, liquidificador, batedeira, exaustor, ebulidor, etc.).

CALCULANDO A DEMANDA DA CARGA INSTALADA (TABELA


ANTERIOR)
 Cálculo do fator “a” (demanda referente a iluminação e tomadas).
05 lâmpadas de 20W (cada) = 100W = 0,1kW
0,1 kW x 0,81 (fator de demanda)
D.a = 0,081kVA

 Cálculo do fator “b” (demanda relativa aos aparelhos eletrodomésticos e de


aquecimento) (b1+b4+b5).
 Cálculo do fator “b1” (demanda referente ao chuveiro)
01 chuveiro elétrico de 5400W = 5,4kW
5,4kW x 1 (fator de demanda) = 5,4kVA
 Cálculo do fator “b4” (demanda referente ao ferro elétrico)
01 ferro elétrico de 500W = 0,5kW
0,5kW x 1 (fator de demanda) = 0,5kVA
 Cálculo do fator “b5” (demanda referente ao demais aparelhos)
01 geladeira de 250W = 0,25kW
01 TV colorida de 300W = 0,3kW
01 Conjunto de som de 100W = 0,1kW
Total > 0,25 + 0,3 + 0,1 = 0,65kW
0,65kW x 0,84 (fator de demanda) = 0,55kVA
D.b = 5,4 + 0,5 + 0,55 (kVA)
D.b = 6,45 kVA

CALCULANDO A DEMANDA TOTAL DA RESIDENCIA


D = a + b. (kVA) “expressão”
D = 0,081 + 6,45
D = 6,531 kVA.
Dados extraídos da ND-5.1 CEMIG

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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MATSUMI, Carlos T. - Instalações Elétricas Industriais - IFSC

CAMPOS, Luiz Fernado L. - Apostila de ELETRICIDADE BÁSICA

MAMEDE FILHO, João. Instalações Elétricas Industriais. 8ª Edição,


Editora LTC, Rio de Janeiro, 2010.

SILVA, Marco Aurélio - FÍSICA, Lei de ohm - Brasil escola

CCEE, Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - FONTES

ABNT – NBR 14039:2003 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0


kV a 36,2 kV

CREDER, Hélio. Instalações Elétricas , 15ª Edição, Editora LTC, Rio de


Janeiro, 2007.

ABNT – NBR 5444:1989 - Símbolos gráficos para instalações elétricas


prediais

CESP - Manual de segurança do eletricista.

SENAI/SP - Conteúdos extraídos de diversas apostilas.

LIMA FILHO, Domingos Leite. Projeto de Instalações Elétricas Prediais,


11ª
Edição , Editora Érica , São Paulo, 2007.

ABNT – NBR 6148:1997 - Condutores isolados com isolação extrudada


de cloreto de polivinila (pvc) para tensões até 750 V - Sem cobertura

Catálogos e sites das empresas: PRYSMIAN, SIEMENS, SYLVANIA,


WEG, PHILIPS,.

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