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Dimensionamento de Condutores - 3º Modulo Eletrotécnica – Prof.

Alessandro Calleu

CONDUTORES ELÉTRICOS

MATERIAIS CONDUTORES

Denomina-se condutor a todo material que permite a passagem da corrente elétrica com grande
facilidade, quando está submetido a uma diferença de potencial elétrico. Os materiais mais utilizados
na fabricação dos condutores elétricos são:

Cobre: É um metal preferentemente utilizado para a construção de condutores elétricos, já


que é muito dúctil e maleável.

Na atualidade, usamos em média seis vezes mais eletricidade da que usávamos há 25 anos,
o que exige que o cabeamento elétrico de nossos lares se encontre em ótimas condições,
para evitar falhas e sobrecargas que possam provocar incêndios e lesões físicas.

O cobre é eletricamente eficiente no uso da energia, porque a eletricidade que flui por meio
dos fios de cobre encontra muito menos resistência que a que encontraria em fios de
alumínio ou aço de igual diâmetro. Além disto, o cobre é melhor condutor elétrico que
qualquer outro metal não precioso, somente superado pela prata.

O cobre caracteriza-se por apresentar uma grande capacidade de condução de corrente. Isto
quer dizer que um cabo de cobre é menor que um de alumínio, considerando o mesmo
índice de resistência.

Um exemplo disto é comparar um condutor de alumínio e outro de cobre de uma mesma


seção; este último tem uma capacidade 28% superior ao do primeiro. Igualmente, as perdas
por Efeito Joule são 58% menor em relação ao alumínio.

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Os condutores de cobre garantem a supressão de prováveis falhas causadas por maus


contatos devido ao óxido que se forma no condutor, como o que poderia ocorrer ao
alumínio. Além disso, este tipo de condutores dão uma maior facilidade no uso de soldas
nos terminais e emendas.

É por isto que o cobre ganhou a posição de melhor condutor elétrico. Caracteriza-se pela
sua eficiência para a fabricação de fios e cabos elétricos, no âmbito comercial e industrial.

Durante uma instalação ou qualquer tipo de trabalho, os condutores sofrem inevitáveis


dobramentos; quanto a isto os condutores de cobre são mais resistentes.

É uma grande vantagem para eles já que podem dobrar e passar com mais facilidade pelos
condutos sem medo de que se quebrem.

Um cabo de cobre é flexível, por isso requer menos esforço para dobrá-lo e manipulá-lo
durante uma instalação. Seu diâmetro é menor que o de um cabo de alumínio, portanto sua
isolação, blindagem e coberturas são menores.

Além disso, os cabos de cobre são menos volumosos, o que faz com que seu transporte e
instalação (mesmo que seja em um espaço limitado) sejam mais fáceis.

O cabo de cobre tem como virtude que sua vida útil é muito mais longa que outros tipos de
cabos. Por isto, a longo prazo, comprar um cabo de cobre é mais econômico que de outro
tipo, já que os cabos em alumínio corroem facilmente.
Apesar do alumínio ser mais barato que o cobre, seu ciclo de vida (incluindo custo de
instalação, manutenção, materiais e reparos) é bastante menor que o cobre, pois o serviço
deste último é muito mais duradouro.
Alumínio: É um metal que apresenta uma pequena resistência mecânica e grande
ductibilidade e maleabilidade.
Prata: É o melhor condutor de eletricidade; tem uma condutividade relativa superior ao do
cobre. É muito maleável e dúctil.

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PARTES QUE COMPÕEM OS CONDUTORES ELÉTRICOS

Denomina-se condutor elétrico a todo corpo que é capaz de conduzir ou transmitir a


eletricidade.
Os materiais mais usados para a fabricação de condutores elétricos são o cobre e o alumínio.
Ainda que ambos os metais tenham uma condutividade elétrica excelente, o cobre constitui
o elemento principal na fabricação de condutores pelas suas notáveis vantagens mecânicas
e elétricas.
Os condutores elétricos podem ser sólidos (fios), ou flexíveis, formados por vários fios finos
encordoados.
Os condutores elétricos são compostos de três partes diferenciadas:
• A alma ou elemento condutor
• A isolação
• As coberturas

A ALMA OU ELEMENTO CONDUTOR

A alma é fabricada em cobre e seu objetivo é servir de caminho para a energia elétrica desde
suas centrais geradoras para os centros de distribuição (subestações e redes de
distribuição), para alimentar aos diferentes centros de consumo (instalações industriais,
comerciais, residenciais, etc.).

A ISOLAÇÃO
O objetivo do material isolante em um condutor é evitar que a energia elétrica que circula
nele entre em contato com as pessoas ou com objetos. Do mesmo modo, a isolação deve
evitar que condutores em diferentes potenciais elétricos possam fazer contato entre si.
Os diferentes tipos de isolações dos condutores se diferenciam por seu comportamento
técnico e mecânico, considerando o meio ambiente, a linha elétrica que se usará, a
resistência aos agentes químicos, aos raios solares, à umidade, à alta temperatura, chamas,
etc. Entre os materiais empregados para a isolação dos condutores, podemos mencionar o
cloreto de Polivinila (PVC), o polietileno (PE), a borracha EPR, o neoprene e o náilon.

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AS COBERTURAS
O objetivo fundamental das coberturas é proteger a integridade da isolação e da alma
condutora contra danos mecânicos, tais como atritos, golpes, etc.
Normalmente, as coberturas são feitas em material polimérico. No entanto, quando as
proteções mecânicas são de aço, latão ou outro material resistente, estas se denominam
armaduras. A armadura pode ser de fita, fio ou malha.
Os condutores também podem ser dotados de uma proteção de tipo metálico formado por
fitas de alumínio ou cobre. Em caso da proteção, em vez de fita, ser constituída por fios de
cobre, se denominam blindagem.
ISOLAÇÃO DE POLIETILENO RETICULADO
O polietileno reticulado é o resultado de um processo químico mediante o qual o polímero
deixa de ser termoplástico, ou seja, que se deforma com a temperatura, passando a ser
termoestável, o que significa que não se funde.

CLASSIFICAÇÃO DOS CONDUTORES ELÉTRICOS DE COBRE

A classificação dos condutores elétricos de cobre é a seguinte:

CONFORME O GRAU DE DUREZA

Dependendo do uso, se classificam em:

De cobre de têmpera dura: Tem as seguintes características:

• Condutividade de 97% em relação ao de cobre puro.


• Resistividade de 0,018 (Ωmm²/m) à temperatura ambiente 20 °C.
• Capacidade de ruptura à carga; oscila entre 37 a 47 kg/mm².
• Utiliza-se em linhas de condutores nus para o transporte de energia elétrica.

De cobre de têmpera mole: Tem as seguintes características:


• Condutividade de 100% em relação ao de cobre puro.
• Resistividade de 0,01724 (Ωmm²/m) à temperatura ambiente 20 °C.
• Capacidade de carga de ruptura média 25 kg/mm².
• Como é dúctil e flexível utiliza-se na fabricação de condutores isolados.

CONFORME SUA CONSTITUIÇÃO

Dependendo de como está constituída a alma ou elemento condutor, classificam-se em:

Fio (sólido): A alma condutora está formada por um só elemento ou fio condutor.

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Cabo: A alma condutora está formada por uma série de fios condutores; isto faz com que
seja flexível.

CONFORME O NÚMERO DE CONDUTORES

Dependendo da quantidade de condutores que podem trabalhar em forma independente,


estes se classificam em:

Unipolar: É o condutor elétrico que tem uma só alma condutora com isolação e com ou sem
cobertura.

Multipolar: É o condutor elétrico que tem duas ou mais almas condutoras, envolvidas cada
uma com sua respectiva isolação e com uma cobertura comum.

CONFORME SUA UTILIZAÇÃO


Dependendo do tipo de uso, os condutores elétricos são empregados para transportar
energia elétrica em média e baixa tensão. A escolha do tipo de condutor está em função das
características do meio na qual a instalação prestará seus serviços.
A seguir, apresentamos a classificação de acordo com o uso nas instalações de interiores.

CONDUTOR ISOLADO EM PVC

Condutor de cobre eletrolítico mole, sólido ou flexível; com isolação de cloreto de Polivinila
(PVC), podem operar até 70 °C e sua tensão de serviço é 450/750 V.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos
fechados.

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CABOS UNIPOLARES E MULTIPOLARES ISOLADOS EM PVC – 0,6/1 kV

Cabo unipolar ou multipolar com condutores de cobre eletrolítico recozido flexível, isolados
em PVC, e cobertura em PVC. Operam em uma tensão de serviço de 0,6/1 kV.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos
abertos e fechados. Temperatura de serviço = 70º C

CABOS UNIPOLARES E MULTIPOLARES ISOLADOS EM EPR – 0,6/1 kV

Cabo unipolar ou multipolar com condutores de cobre eletrolítico recozido flexível, isolados
em EPR, e cobertura em PVC. Operam em uma tensão de serviço de 0,6/1 kV.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos
abertos e fechados. Temperatura de serviço = 90º C

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CONDUTORES ISOLADOS 450/750 V COM MATERIAIS NÃO HALOGENADOS


Condutor de cobre eletrolítico mole, sólido ou flexível; com isolação em material não
halogenado podem operar até 70 °C e sua tensão de serviço é 450/750 V.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em circuitos terminais, especialmente em
locais de afluência de público. Emitem baixa quantidade de fumaça, não emitem gases
tóxicos e corrosivos. Instalação em condutos fechados.

CABOS UNIPOLARES E MULTIPOLARES ISOLADOS EM MATERIAL NÃO HALOGENADO


– 0,6/1 kV
Cabo unipolar ou multipolar com condutores de cobre eletrolítico recozido flexível,
isolados em EPR e cobertura em material não halogenado. Operam em uma tensão de
serviço de 0,6/1 kV.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em circuitos terminais, especialmente em
locais de afluência de público. Emitem baixa quantidade de fumaça, não emitem gases
tóxicos e corrosivos. Instalação em condutos fechados e abertos.

SEÇÃO NOMINAL DOS CONDUTORES ELÉTRICOS

Os condutores elétricos identificam-se de acordo com sua seção nominal, que é expressa
em mm2: 0,5; 0,75; 1; 1,5; 2,5; 4; 6; 10; 16; 25; 35; 50; 70; 95; 120; 150; 185; 240; 300;
400; 500; 630; 800; 1000.

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DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
O dimensionamento de um condutor deve ser precedido de uma análise detalhada das
condições de sua instalação e da carga a ser suprida.
Um condutor mal dimensionado, além de implicar a operação inadequada da carga,
representa um elevado risco de incêndio para o patrimônio, principalmente quando existe
associado um deficiente projeto de proteção. Os fatores básicos que envolvem o
dimensionamento de um condutor são:
 Tensão nominal;
 Frequência nominal;
 Potência ou corrente da carga a ser suprida;
 Fator de potência da carga;
 Tipo de sistema: monofásico, bifásico ou trifásico;
 Método de instalação dos condutores;
 Natureza de carga: iluminação, motores, capacitores, retificadores etc. ;
 Distância da carga ao ponto de suprimento;
 Corrente de curto-circuito.
Para que um condutor esteja adequadamente dimensionado, é necessário que se projetem
os elementos de proteção a ele associados de maneira que as sobrecargas e sobrecorrentes
presumidas do sistema não afetem a sua isolação.

Isolação

Para a proteção do condutor contrachoques mecânicos, umidade e elementos corrosivos, é


utilizada uma capa de material isolante denominada isolação, que tem como principal
propriedade a separação entre os diversos condutores.
A camada isolante deve suportar a diferença de potencial entre os condutores e terra e a
temperaturas elevadas. Alguns condutores possuem duas camadas de materiais diferentes,
nesse caso, a camada interna (isolação) é constituída por um composto com propriedades
de proteção elétricas, e a externa (cobertura) é constituída por um material com
características de proteção mecânicas elevadas. Sistemas de distribuição

Seção Mínima dos Condutores

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A NBR 5410/04 estabelece as seções mínimas dos condutores de um circuito em função


do uso e determina a unidade da seção em mm². Para circuitos de iluminação, a seção
mínima de um condutor de cobre é de 1,5mm² e para circuitos de tomadas (TUE E TUG) a
seção mínima de um condutor de cobre é de 2,5 mm² . Também especifica a seção
mínima dos condutores neutro e de aterramento para circuitos monofásicos e bifásicos.

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Calculo corrente de Projeto

Condutores carregados
Dependendo da grandeza da carga da instalação e do seu tipo, podem ser utilizados
vários sistemas de distribuição:

Sistema monofásico a dois condutores (F-N): É o sistema comumente utilizado em


instalações residenciais isoladas e em prédios comerciais e residenciais com um
número reduzido de unidades de consumo e de pequena carga.

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Sistema monofásico a três condutores: É empregado em pequenas instalações


residenciais e comerciais, onde há carga de iluminação e motores. Seu uso é limitado.
Sistema trifásico a três condutores (3F): É o sistema secundário que pode estar conectado
em triângulo ou estrela com o ponto neutro isolado. Seu uso se faz sentir
principalmente em instalações industriais onde os motores representam a carga
preponderante do sistema.
Sistema trifásico a quatro condutores (3F-N): É o sistema secundário de distribuição mais
comumente empregado nas instalações elétricas comerciais e industriais de pequeno
porte. Normalmente, é utilizada a configuração estrela com o ponto neutro aterrado,
podendo-se obter as seguintes variedades de circuitos, na prática:
A quatro condutores: 220Y/127V ; 380Y/220V ; 440Y/254V ; 208Y/120V .
A três condutores: 440 V ; 380 V ; 220 V .
A dois condutores: 127 V ; 220 V .
Sistema trifásico a cinco condutores (3F-N-T): É o sistema secundário de distribuição
mais comumente empregado nas instalações elétricas industriais de médio e grande
portes. Normalmente, é utilizada a configuração estrela com o ponto neutro
aterrado, podendo-se obter as mesmas variedades de circuitos apresentadas no item
anterior .

Métodos de Instalação

Para o correto dimensionamento dos condutores que serão utilizados na instalação,


não basta conhecer a corrente corrigida do projeto por circuito. É necessário conhecer qual
é a maior corrente elétrica que o condutor suporta, sem que haja um sobreaquecimento
capaz de danificar a sua isolação. A NBR 5410/04, estabelece os valores de corrente para
os condutores em função do modo como serão instalados. Na tabela a seguir, os valores
nominais de capacidade de condução de corrente, para condutores isolados, são
fornecidos pelas tabelas da NBR 5410/2004:

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Capacidade de condução de corrente

A NBR 5410/2004 também determina tabelas para capacidade de condução de corrente dos
condutores, conforme seu método de instalação e o tipo de sistema. Lembrando que
devemos levar sempre em consideração a seção mínima dos condutores conforme já vimos.
Isto é, o condutor escolhido deve possuir uma capacidade de condução de corrente maior
ou igual à corrente corrigida.

Exemplo: Para uma residência que possui um circuito de iluminação com potência 1100VA,
tensão do circuito 127V;

Pela NBR 5410/04, não é permitido utilizar num circuito de iluminação, um condutor com
seção menor que 1,5mm² , que, pela tabela de capacidade de condução de corrente
de condutores, suporta até 15,5A. Então, o condutor a ser utilizado é o de 1,5 mm².

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Calculo da Corrente de Projeto

O valor efetivamente utilizado para o dimensionamento dos condutores, na verificação da


capacidade de condução de corrente, é a corrente corrigida.
A corrente corrigida é calculada da seguinte maneira:

Onde:
 Ic = Corrente corrigida;
 Ip = Corrente de projeto;
 FCA= Fator de correção de agrupamento;
 FCT = Fator de correção de temperatura;

Fator de correção de Agrupamento (FCA)

A corrente de projeto indica a corrente elétrica que será transportada pelo condutor até o
equipamento que está sendo alimentado pelo sistema elétrico. Essa corrente elétrica
que passa pelo condutor localizado dentro do eletroduto provoca um aquecimento.
Esse aquecimento é dissipado dentro do eletroduto e quanto maior for a quantidade de
circuitos dentro do eletroduto, menor será a capacidade desse eletroduto de dissipar esse
calor, o que causa o superaquecimento do circuito. Pôr causa desse aquecimento, os
condutores ficam com sua capacidade de condução de corrente prejudicada. Para solucionar
este problema, a NBR 5410/04 estabelece que seja feita a correção da corrente elétrica em
função do número de circuitos agrupados no interior de cada eletroduto. Essa
correção é feita utilizando-se um fator de agrupamento de condutores. O fator de correção
de agrupamento é um valor numérico estabelecido em função do agrupamento de circuitos
no pior trecho do projeto.

Para efetuar o cálculo, escolha um circuito, diga todo o caminho de ligação desse
circuito para identificar em qual trecho há um maior agrupamento de circuitos. Depois
contar quantos circuitos se acumulam no trecho de maior densidade e consultar na
tabela acima o fator de agrupamento que deverá ser utilizado

Veja tabela a seguir:

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Fator de correção de Temperatura (FCT)

As características dos condutores são obtidas em certa temperatura pelos fabricantes, por
isto caso o ambiente em que ele será instalado operar com uma temperatura diferente
ao do ensaio, deve-se aplicar um fator de correção de temperatura(FCT). A tabela 14 é
aplicável a temperaturas ambientes diferentes de 30ºC para condutores embutidos na
parede e de 20ºC (temperatura do solo) para condutores enterrados.

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Critério do Limite da Queda de Tensão


A queda de tensão provocada pela passagem de corrente elétrica nos condutores dos
circuitos de uma instalação deve estar dentro de determinados limites máximos, a
fim de não prejudicar o funcionamento dos equipamentos de utilização ligados aos
circuitos terminais.Os efeitos de uma queda de tensão acentuada nos circuitos
alimentadores e terminais de uma instalação levarão os equipamentos a receber em
seus terminais, uma tensão inferior aos valores nominais. Isto é prejudicial ao
desempenho dos equipamentos, que além de não funcionarem satisfatoriamente
(redução de iluminância em circuitos de iluminação, redução de torque ou
impossibilidade de partida de motores, etc) poderão ter a sua vida útil reduzida.

Limite de Quedas de Tensão


Em qualquer ponto de utilização da instalação, a queda de tensão verificada não deve ser
superior aos seguintes valores, dados em relação ao valor da tensão nominal da instalação:

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Roteiro para Dimensionamento pela Queda de Tensão

Dados Necessários

 Maneira de Instalar do Circuito;


 Material do Eletroduto (Magnético ou não Magnético);
 Tipo do Circuito (Monofásico, ou Trifásico);
 Corrente de Projeto, I em Ampères;
 Fator de Potência Média, Cosφ do circuito;
 Comprimento, do Circuito em Km;
 Tipo de isolação do condutor;
 Tensão, V, do circuito em Volts;

Cálculo da queda de Tensão Unitária

A queda de Tensão Unitária, ΔVunit, em Volts/Ampère.Km, do circuito, é calculada pela


expressão:

Escolha do Condutor
Com o valor de ΔVunit calculado, entramos em uma das tabelas de queda de tensão para
condutores que apresente as condições de instalação indicadas no item "a", e nesta
encontramos o valor cuja queda de tensão seja igual ou imediatamente inferior à calculada,
encontrando daí a bitola nominal do condutor correspondente. O processo de cálculo
indicado acima é usado para circuitos de distribuição e para circuitos terminais que
servem a uma única carga, sendo "I" o comprimento do circuito, desde a origem até a carga
(ou ao quadro de distribuição).

Em circuitos com várias cargas distribuídas, teremos que calcular a queda de tensão trecho
a trecho

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Queda de Tensão
Cabo PVC 750V

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Cabos EPR e XLPE

Critério de Queda de Tensão (Trechos)


Em circuitos com várias cargas distribuídas, é preciso calcular a queda de tensão trecho a
trecho, ouaplicar o método simplificado watts metro
Calcula - se o valor da queda de tensão nos trechos do circuito, caso o valor de queda de
tensão supere o valor admitido em norma, é necessário refazer o cálculo para um seção
nominal maior. A seção nominal do circuito todo será a maior seção dos trechos:

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Supondo um circuito terminal com cargas distribuídas, conforme a figura vista a seguir:
Eletroduto de PVC embutido em alvenaria, temperatura: 30°C

S=3x600+2x100=2000VA

• IB=2000/127=15,7A

• Na tabela procura-se ∆Vunit=16,9

• Calculando para o primeiro trecho: ∆e=2,1%

• Repete-se o procedimento para cada trecho de tubulação

• E assim sucessivamente para cada trecho e vai lançando os valores na tabela seguinte:

A queda de tensão do trecho B é maior do 4%. Deve-se refazer o cálculo para um seção nominal
maior do que 2,5 mm2

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Repete -se o procedimento para cada trecho de tubulação• E assim sucessivamente para
cada trecho e vai lançando os valores na tabela seguinte

Os valores calculados para queda de tensão para todos os trechos do circuito são menores
do 4%. Assim, a seção nominal do condutor adotada é 4,0 mm².

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