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Alessandro Calleu
CONDUTORES ELÉTRICOS
MATERIAIS CONDUTORES
Denomina-se condutor a todo material que permite a passagem da corrente elétrica com grande
facilidade, quando está submetido a uma diferença de potencial elétrico. Os materiais mais utilizados
na fabricação dos condutores elétricos são:
Na atualidade, usamos em média seis vezes mais eletricidade da que usávamos há 25 anos,
o que exige que o cabeamento elétrico de nossos lares se encontre em ótimas condições,
para evitar falhas e sobrecargas que possam provocar incêndios e lesões físicas.
O cobre é eletricamente eficiente no uso da energia, porque a eletricidade que flui por meio
dos fios de cobre encontra muito menos resistência que a que encontraria em fios de
alumínio ou aço de igual diâmetro. Além disto, o cobre é melhor condutor elétrico que
qualquer outro metal não precioso, somente superado pela prata.
O cobre caracteriza-se por apresentar uma grande capacidade de condução de corrente. Isto
quer dizer que um cabo de cobre é menor que um de alumínio, considerando o mesmo
índice de resistência.
É por isto que o cobre ganhou a posição de melhor condutor elétrico. Caracteriza-se pela
sua eficiência para a fabricação de fios e cabos elétricos, no âmbito comercial e industrial.
É uma grande vantagem para eles já que podem dobrar e passar com mais facilidade pelos
condutos sem medo de que se quebrem.
Um cabo de cobre é flexível, por isso requer menos esforço para dobrá-lo e manipulá-lo
durante uma instalação. Seu diâmetro é menor que o de um cabo de alumínio, portanto sua
isolação, blindagem e coberturas são menores.
Além disso, os cabos de cobre são menos volumosos, o que faz com que seu transporte e
instalação (mesmo que seja em um espaço limitado) sejam mais fáceis.
O cabo de cobre tem como virtude que sua vida útil é muito mais longa que outros tipos de
cabos. Por isto, a longo prazo, comprar um cabo de cobre é mais econômico que de outro
tipo, já que os cabos em alumínio corroem facilmente.
Apesar do alumínio ser mais barato que o cobre, seu ciclo de vida (incluindo custo de
instalação, manutenção, materiais e reparos) é bastante menor que o cobre, pois o serviço
deste último é muito mais duradouro.
Alumínio: É um metal que apresenta uma pequena resistência mecânica e grande
ductibilidade e maleabilidade.
Prata: É o melhor condutor de eletricidade; tem uma condutividade relativa superior ao do
cobre. É muito maleável e dúctil.
A alma é fabricada em cobre e seu objetivo é servir de caminho para a energia elétrica desde
suas centrais geradoras para os centros de distribuição (subestações e redes de
distribuição), para alimentar aos diferentes centros de consumo (instalações industriais,
comerciais, residenciais, etc.).
A ISOLAÇÃO
O objetivo do material isolante em um condutor é evitar que a energia elétrica que circula
nele entre em contato com as pessoas ou com objetos. Do mesmo modo, a isolação deve
evitar que condutores em diferentes potenciais elétricos possam fazer contato entre si.
Os diferentes tipos de isolações dos condutores se diferenciam por seu comportamento
técnico e mecânico, considerando o meio ambiente, a linha elétrica que se usará, a
resistência aos agentes químicos, aos raios solares, à umidade, à alta temperatura, chamas,
etc. Entre os materiais empregados para a isolação dos condutores, podemos mencionar o
cloreto de Polivinila (PVC), o polietileno (PE), a borracha EPR, o neoprene e o náilon.
AS COBERTURAS
O objetivo fundamental das coberturas é proteger a integridade da isolação e da alma
condutora contra danos mecânicos, tais como atritos, golpes, etc.
Normalmente, as coberturas são feitas em material polimérico. No entanto, quando as
proteções mecânicas são de aço, latão ou outro material resistente, estas se denominam
armaduras. A armadura pode ser de fita, fio ou malha.
Os condutores também podem ser dotados de uma proteção de tipo metálico formado por
fitas de alumínio ou cobre. Em caso da proteção, em vez de fita, ser constituída por fios de
cobre, se denominam blindagem.
ISOLAÇÃO DE POLIETILENO RETICULADO
O polietileno reticulado é o resultado de um processo químico mediante o qual o polímero
deixa de ser termoplástico, ou seja, que se deforma com a temperatura, passando a ser
termoestável, o que significa que não se funde.
Fio (sólido): A alma condutora está formada por um só elemento ou fio condutor.
Cabo: A alma condutora está formada por uma série de fios condutores; isto faz com que
seja flexível.
Unipolar: É o condutor elétrico que tem uma só alma condutora com isolação e com ou sem
cobertura.
Multipolar: É o condutor elétrico que tem duas ou mais almas condutoras, envolvidas cada
uma com sua respectiva isolação e com uma cobertura comum.
Condutor de cobre eletrolítico mole, sólido ou flexível; com isolação de cloreto de Polivinila
(PVC), podem operar até 70 °C e sua tensão de serviço é 450/750 V.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos
fechados.
Cabo unipolar ou multipolar com condutores de cobre eletrolítico recozido flexível, isolados
em PVC, e cobertura em PVC. Operam em uma tensão de serviço de 0,6/1 kV.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos
abertos e fechados. Temperatura de serviço = 70º C
Cabo unipolar ou multipolar com condutores de cobre eletrolítico recozido flexível, isolados
em EPR, e cobertura em PVC. Operam em uma tensão de serviço de 0,6/1 kV.
Utilizados em instalações internas de luz e força em prédios residenciais, comerciais e
industriais, etc. em circuitos de distribuição e em circuitos terminais. Instalação em condutos
abertos e fechados. Temperatura de serviço = 90º C
Os condutores elétricos identificam-se de acordo com sua seção nominal, que é expressa
em mm2: 0,5; 0,75; 1; 1,5; 2,5; 4; 6; 10; 16; 25; 35; 50; 70; 95; 120; 150; 185; 240; 300;
400; 500; 630; 800; 1000.
DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES
O dimensionamento de um condutor deve ser precedido de uma análise detalhada das
condições de sua instalação e da carga a ser suprida.
Um condutor mal dimensionado, além de implicar a operação inadequada da carga,
representa um elevado risco de incêndio para o patrimônio, principalmente quando existe
associado um deficiente projeto de proteção. Os fatores básicos que envolvem o
dimensionamento de um condutor são:
Tensão nominal;
Frequência nominal;
Potência ou corrente da carga a ser suprida;
Fator de potência da carga;
Tipo de sistema: monofásico, bifásico ou trifásico;
Método de instalação dos condutores;
Natureza de carga: iluminação, motores, capacitores, retificadores etc. ;
Distância da carga ao ponto de suprimento;
Corrente de curto-circuito.
Para que um condutor esteja adequadamente dimensionado, é necessário que se projetem
os elementos de proteção a ele associados de maneira que as sobrecargas e sobrecorrentes
presumidas do sistema não afetem a sua isolação.
Isolação
Condutores carregados
Dependendo da grandeza da carga da instalação e do seu tipo, podem ser utilizados
vários sistemas de distribuição:
Métodos de Instalação
A NBR 5410/2004 também determina tabelas para capacidade de condução de corrente dos
condutores, conforme seu método de instalação e o tipo de sistema. Lembrando que
devemos levar sempre em consideração a seção mínima dos condutores conforme já vimos.
Isto é, o condutor escolhido deve possuir uma capacidade de condução de corrente maior
ou igual à corrente corrigida.
Exemplo: Para uma residência que possui um circuito de iluminação com potência 1100VA,
tensão do circuito 127V;
Pela NBR 5410/04, não é permitido utilizar num circuito de iluminação, um condutor com
seção menor que 1,5mm² , que, pela tabela de capacidade de condução de corrente
de condutores, suporta até 15,5A. Então, o condutor a ser utilizado é o de 1,5 mm².
Onde:
Ic = Corrente corrigida;
Ip = Corrente de projeto;
FCA= Fator de correção de agrupamento;
FCT = Fator de correção de temperatura;
A corrente de projeto indica a corrente elétrica que será transportada pelo condutor até o
equipamento que está sendo alimentado pelo sistema elétrico. Essa corrente elétrica
que passa pelo condutor localizado dentro do eletroduto provoca um aquecimento.
Esse aquecimento é dissipado dentro do eletroduto e quanto maior for a quantidade de
circuitos dentro do eletroduto, menor será a capacidade desse eletroduto de dissipar esse
calor, o que causa o superaquecimento do circuito. Pôr causa desse aquecimento, os
condutores ficam com sua capacidade de condução de corrente prejudicada. Para solucionar
este problema, a NBR 5410/04 estabelece que seja feita a correção da corrente elétrica em
função do número de circuitos agrupados no interior de cada eletroduto. Essa
correção é feita utilizando-se um fator de agrupamento de condutores. O fator de correção
de agrupamento é um valor numérico estabelecido em função do agrupamento de circuitos
no pior trecho do projeto.
Para efetuar o cálculo, escolha um circuito, diga todo o caminho de ligação desse
circuito para identificar em qual trecho há um maior agrupamento de circuitos. Depois
contar quantos circuitos se acumulam no trecho de maior densidade e consultar na
tabela acima o fator de agrupamento que deverá ser utilizado
As características dos condutores são obtidas em certa temperatura pelos fabricantes, por
isto caso o ambiente em que ele será instalado operar com uma temperatura diferente
ao do ensaio, deve-se aplicar um fator de correção de temperatura(FCT). A tabela 14 é
aplicável a temperaturas ambientes diferentes de 30ºC para condutores embutidos na
parede e de 20ºC (temperatura do solo) para condutores enterrados.
Dados Necessários
Escolha do Condutor
Com o valor de ΔVunit calculado, entramos em uma das tabelas de queda de tensão para
condutores que apresente as condições de instalação indicadas no item "a", e nesta
encontramos o valor cuja queda de tensão seja igual ou imediatamente inferior à calculada,
encontrando daí a bitola nominal do condutor correspondente. O processo de cálculo
indicado acima é usado para circuitos de distribuição e para circuitos terminais que
servem a uma única carga, sendo "I" o comprimento do circuito, desde a origem até a carga
(ou ao quadro de distribuição).
Em circuitos com várias cargas distribuídas, teremos que calcular a queda de tensão trecho
a trecho
Queda de Tensão
Cabo PVC 750V
Supondo um circuito terminal com cargas distribuídas, conforme a figura vista a seguir:
Eletroduto de PVC embutido em alvenaria, temperatura: 30°C
S=3x600+2x100=2000VA
• IB=2000/127=15,7A
• E assim sucessivamente para cada trecho e vai lançando os valores na tabela seguinte:
A queda de tensão do trecho B é maior do 4%. Deve-se refazer o cálculo para um seção nominal
maior do que 2,5 mm2
Repete -se o procedimento para cada trecho de tubulação• E assim sucessivamente para
cada trecho e vai lançando os valores na tabela seguinte
Os valores calculados para queda de tensão para todos os trechos do circuito são menores
do 4%. Assim, a seção nominal do condutor adotada é 4,0 mm².