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CONDUTORES ELÉTRICOS
Características
Classes
Tipos
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CONDUTORES ELÉTRICOS CONDUTORES
MATERIAIS CONDUTORES
Denomina-se condutor a todo material que permite a passagem da corrente elétrica
com grande facilidade, quando está submetido a uma diferença de potencial
elétrico.
Os materiais mais utilizados na fabricação dos condutores elétricos são:
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CONDUTORES ELÉTRICOS CONDUTORES
Alumínio
É um metal que apresenta uma pequena resistência mecânica e grande
ductibilidade e maleabilidade.
As principais diferenças entre o cobre e o alumínio são a condutividade elétrica, o
peso e as conexões.
A mais marcante está na forma como se realizam as conexões entre condutores ou
entre condutor e conector.
O alumínio é mais utilizado em linhas aéreas, já o cobre em instalações internas e
subterrâneas.
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CONDUTORES ELÉTRICOS CONDUTORES
Condutividade Elétrica
Todos os materiais conduzem corrente elétrica de um modo melhor ou pior. O número que expressa
a capacidade que um material tem de conduzir a corrente é chamado de condutividade elétrica.
Ao contrário, o número que indica a propriedade que os materiais possuem de dificultar a
passagem da corrente é chamado de resistividade elétrica.
Segundo a norma “International Annealed Copper Standard” (IACS), adotada em praticamente todos
os países, é fixada em 100% a condutividade de um fio de cobre de 1 metro de comprimento com 1
mm2 de seção e cuja resistividade a 20ºC seja de 0,01724 W.mm2/m (a resistividade e a
condutividade variam com a temperatura ambiente).
Dessa forma, esse é o padrão de condutividade adotado, o que significa que todos os demais
condutores, sejam em cobre, alumínio ou outro metal qualquer, têm suas condutividades sempre
referidas a aquele condutor.
Dissemos “aproximadamente” porque a relação entre as seções não é apenas geométrica e também
depende de alguns fatores que consideram certas condições de fabricação do condutor, tais como eles
serem nus ou recobertos, sólidos ou encordoados, etc.
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CONDUTORES ELÉTRICOS CONDUTORES
Peso
A densidade do alumínio é de 2,7 g/cm3 e a do cobre de 8,9 g/cm3.
A relação entre o peso de um condutor de cobre e o peso de um condutor de alumínio, ambos transportando a
mesma corrente elétrica, verificamos que, apesar de o condutor de alumínio possuir uma seção cerca de 60% maior,
seu peso é da ordem da metade do peso do condutor de cobre.
A partir dessa realidade física, estabeleceu-se entre a utilização do cobre e do alumínio nas redes elétricas.
Se em uma instalação envolver o peso próprio dos condutores, prefere-se o alumínio por sua leveza. Esse é o caso das
linhas aéreas em geral, onde as dimensões de torres e postes e os vãos entre eles dependem diretamente do peso
dos cabos por eles sustentados.
Por outro lado, quando o principal aspecto não é peso, mas é o espaço ocupado pelos condutores, escolhe-se o
cobre por possuir um menor diâmetro.
Essa situação é encontrada nas instalações internas, onde os espaços ocupados pelos eletrodutos, eletrocalhas,
bandejas e outros são importantes na definição da arquitetura do local.
Deve-se ressaltar que, embora clássica, essa divisão entre a utilização de condutores de cobre e alumínio possui
exceções, devendo ser cuidadosamente analisada em cada caso.
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Os primeiros cabos isolados de que se tem notícia datam de 1795, utilizados em uma linha
telegráfica na Espanha e eram isolados em papel.
Seguiram-se os condutores cobertos por guta percha (uma planta nativa da Índia), os cabos em
papel impregnado em óleo, os cabos em borracha natural (início do século XX), em borracha
sintética (EPR) e PVC (ambos logo após a Segunda Guerra Mundial).
Embora possuíssem excelentes características isolantes, os cabos isolados em papel foram
perdendo aplicações ao longo do tempo, principalmente devido à dificuldade de manuseio
durante a sua instalação, sobretudo na realização de emendas e terminações.
Isso propiciou a popularização dos cabos com isolações sólidas, tais como o PVC.
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CONDUTORES ELÉTRICOS ISOLANTES
Para que Serve a Isolação?
A função básica da isolação é confinar o campo elétrico gerado pela tensão aplicada ao condutor
no seu interior. Com isso, é reduzido ou eliminado o risco de choques elétricos e curtos-circuitos.
Podemos comparar a camada isolante de um cabo com a parede de um tubo de água. No caso do
tubo, a parede impede que a água saia de seu interior e molhe a área ao seu redor. Da mesma
forma, a camada isolante mantém as linhas de campo elétrico (geradas pela tensão aplicada)
“presas” sob ela, impedindo que as mesmas estejam presentes no ambiente ao redor do cabo.
No caso do tubo, não pode haver nenhum dano à sua parede, tais como furos e trincas, sob pena
de haver vazamento de água.
Da mesma forma, não podem haver furos, trincas, rachaduras ou qualquer outro dano à isolação,
uma vez que isso poderia significar um “vazamento” de linhas de campo elétrico, com subsequente
aumento na corrente de fuga do cabo, o que provocaria aumento no risco de choques, curtos-
circuitos e até incêndios. 13
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CONDUTORES ELÉTRICOS ISOLANTES
Cloreto de Polivinila (PVC)
Na realidade é uma mistura de cloreto de polivinila puro (resina sintética), plastificante, cargas e
estabilizantes;
Rigidez dielétrica é relativamente elevada, sendo possível utilizar cabos isolados em PVC até a
tensão de 6 kV;
Resistência a agentes químicos em geral e a água é
consideravelmente boa;
Boa característica de não propagação de chama.
Possuem uma temperatura máxima em serviço
contínuo de 70º C, uma temperatura de sobrecarga
de 100º C e de curto-circuito de 160º C.
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Desvantagens do PVC
Sua queima produz uma fumaça tóxica capaz de levar a óbito.
Devido a emissão desses gases, não pode ser instalado em qualquer situação, conforme as normas
ABNT NBR 5410 e NBR 13570.
Possui uma resistência de isolamento mais fraca comparada ao isolante de EPR.
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CONDUTORES ELÉTRICOS ISOLANTES
Polietileno reticulado - XLPE
Os cabos com essa isolação são mecanicamente bastante resistentes inclusive ao impacto.
Tem excelente rigidez dielétrica, suporta 90º C de temperatura em regime permanente, resistência
à deformação térmica em temperaturas de até 250º C. Também suporta bem o contato com as
intempéries.
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Vantagens do EPR
Possui uma boa resistência aos agentes oxidantes e ao
envelhecimento térmico.
Por ser um tipo de borracha, é muito flexível, mesmo em
temperaturas baixas.
É pouco suscetível a um fenômeno chamado treeing.
Desvantagem do EPR
Não possui um preço muito acessível, relativo ao isolante de
PVC.
Os cabos isolados com XLPE tendem a apresentar um custo mais baixo que os cabos isolados com EPR
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CONDUTORES ELÉTRICOS ISOLANTES
Isolação com Compostos Não Halogenados
A segurança das instalações elétricas tem sido um dos fatores mais exigidos pelo mercado. Em caso de
incêndio, por exemplo, a inalação de fumaça tóxica pode provocar mais danos do que as queimaduras
causadas pelo fogo.
Os cabos não halogenados, conhecidos como Atox, são um dos itens que mais têm contribuído para
aumentar a segurança das construções.
Isso porque eles não possuem elementos químicos da família dos halogênios nos seus compostos isolantes
e de capa.
Desta forma, mesmo quando atingidos pelas chamas de um incêndio, apresentam baixa emissão de fumaça
e gases tóxicos.
Além disso, a pouca fumaça é de cor clara, não oferecendo às vítimas dificuldade de fuga do ambiente.
Esses condutores, quando atingidos por chamas de um incêndio, apresentam baixa emissão de gases tóxicos.
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CONDUTORES ELÉTRICOS CONDUTORES ELÉTRICOS
Cabo elétrico
Já o cabo elétrico é formado por vários filamentos finos e entrelaçados.
Quanto maior o número de fios em um cabo elétrico, maior será a sua flexibilidade,
de forma que é possível suportar muitas dobragens sem quebrar.
Por isso, são utilizados na ligação entre duas partes de um circuito que podem
mudar de posição e, então, sofrer os esforços de dobragem.
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CONDUTORES ELÉTRICOS CONDUTORES
A Flexibilidade dos Condutores Elétricos
Um condutor elétrico pode ser constituído por uma quantidade variável de fios, desde um único fio
até centenas deles.
Essa quantidade de fios determina a flexibilidade do cabo.
Quanto mais fios, mais flexível o condutor e vice-versa.
Para identificar corretamente o grau de flexibilidade de um condutor, é definida pelas normas
técnicas da ABNT a chamada classe de encordoamento.
De acordo com essa classificação apresentada pela NBR NM 280, são estabelecidas seis classes de
encordoamento, numeradas de 1 a 6.
A norma define ainda como caracterizar cada uma das classes, o que está indicado na coluna
“características” da tabela a seguir.
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CONDUTORES ELÉTRICOS CONDUTORES
Classes de encordoamento de condutores elétricos conforme a NBR NM 280
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CONDUTORES ELÉTRICOS CABO CONDUTOR
PARTES QUE COMPÕEM OS CONDUTORES ELÉTRICOS
Os condutores elétricos são compostos de três partes diferenciadas:
A alma ou elemento condutor
A isolação
As coberturas
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CONDUTORES ELÉTRICOS CABO CONDUTOR
CABO CONDUTOR
Existem dois critérios de dimensionamento para condutores de cobre: o critério norte-americano e o critério
europeu.
No dimensionamento da América do Norte (AWG), os condutores são definidos especificando um número de
fios e um diâmetro de cada fio.
No dimensionamento europeu (mm2), os condutores são definidos especificando a resistência máxima do
condutor (Ω/km). Condutores sólidos ou flexíveis são definidos especificando o número mínimo de fios ou o
diâmetro máximo dos fios que os formam. Além disso, as seções geométricas reais são um pouco menores do
que as indicadas como nominais.
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CONDUTORES ELÉTRICOS CABO CONDUTOR
Cabo Isolado, Unipolar e Multipolar
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DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES ELÉTRICOS CIRCUITOS
Os seis critérios de dimensionamento de circuitos de Baixa Tensão
Chamamos de dimensionamento técnico de um circuito a aplicação das diversas prescrições da NBR 5410 relativas
à escolha da seção de um condutor e do seu respectivo dispositivo de proteção. Para que se considere um circuito
completa e corretamente dimensionado, são necessários seis cálculos. Em princípio, cada um deles pode resultar
numa seção diferente. E a seção a ser finalmente adotada é a maior dentre todas as seções obtidas.
Os seis critérios técnicos de dimensionamento são:
1. Seção mínima;
2. capacidade de condução de corrente;
3. Queda de tensão;
4. Proteção contra sobrecargas;
5. Proteção contra curtos-circuitos;
6. Proteção contra contatos indiretos (aplicável apenas quando se usam dispositivos a sobrecorrente na função de
seccionamento automático).
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DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES ELÉTRICOS CIRCUITOS
1 - Seção mínima
As seções mínimas admitidas em qualquer instalação de baixa tensão estão definidas na tabela 43, item
6.2.6 da norma. Dentre os valores ali indicados, destacamos dois:
– a seção mínima de um condutor de cobre para circuitos de iluminação é de 1,5 mm²; e
– a seção mínima de um condutor de cobre para circuitos de força, que incluem tomadas de uso geral,
é 2,5 mm².
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DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES ELÉTRICOS CIRCUITOS
2 - Capacidade de condução de corrente
A capacidade de condução de corrente é um critério importantíssimo, pois leva em consideração os efeitos
térmicos provocados nos componentes do circuito pela passagem da corrente elétrica em condições normais
(corrente de projeto).
Este critério de dimensionamento é tratado na seção 6.2.5 da NBR 5410, que apresenta então tabelas para
determinação das seções dos condutores pela capacidade de corrente.
Mas não é só. O uso correto dessas tabelas requer que seus dados sejam devidamente traduzidos para a situação
concreta, real, que o projetista tem pela frente. Ou, o que dá no mesmo, que o projetista converta os dados reais
do circuito que está dimensionando em equivalências harmonizadas com as condições nas quais foram baseados
os números fornecidos pela norma. Na prática, aliás, é este o processo que efetivamente ocorre.
Por isso, para possibilitar esse casamento entre as situações reais dos projetos e as situações assumidas na
obtenção dos valores de capacidade de condução de corrente por ela fornecidos, a norma inclui, na mesma seção
6.2.5, uma série de fatores de correção.
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DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES ELÉTRICOS CIRCUITOS
3 - Queda de tensão
Este critério é tratado em 6.2.7 da NBR 5410. Nessa seção, mais
precisamente na tabela 46, a norma fixa os limites máximos
admissíveis de queda de tensão nas instalações alimentadas
por ramal de baixa tensão (4%) e por transformador/gerador
próprio (7%).
Em outro ponto, 6.5.3.4.4, é abordada a queda de tensão
máxima permitida durante a partida de motores. Ela é fixada
em, no máximo, 10% nos terminais do motor, desde que não
ultrapasse os valores da tabela 46 para as demais cargas no
momento da partida.
Isto, na prática, é uma situação muito difícil de ser calculada, a
menos que se possua um bom diagrama de impedâncias da
instalação e se realize um estudo de fluxo de potência.
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DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES ELÉTRICOS CIRCUITOS
4 / 5 - Sobrecarga e curto-circuito
Na NBR 5410, a proteção contra sobrecorrentes é objeto do capítulo 5.3 e das seções 5.7.4, 6.3.4 e 6.3.7. Ela
enfoca o assunto estabelecendo prescrições para a proteção contra correntes de sobrecarga, de um lado, e
para a proteção contra correntes de curto-circuito, de outro.
NBR 5410, o tema é exaustivamente examinado no capítulo pertinente (“Proteção contra sobrecorrentes”).
Aí o projetista encontra orientação prática sobre a aplicação do critério da proteção contra sobrecorrentes no
dimensionamento dos circuitos.
De qualquer forma, que tal dar uma olhada, aqui, no que diz a nota 3 de 5.3.1? É uma mensagem que costuma
passar despercebida, mas indispensável para compreender o que é exatamente a proteção contra
sobrecorrentes de que tratam as normas de instalações elétricas em geral (do Brasil e de outros países).
Diz a nota: “A proteção dos condutores realizada de acordo com esta seção não garante necessariamente a
proteção dos equipamentos ligados a esses condutores”.
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DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES ELÉTRICOS CIRCUITOS
4 / 5 - Sobrecarga e curto-circuito
Ou seja, as regras estabelecidas em 5.3.3 (Proteção contra correntes de sobrecargas) e 5.3.4 (Proteção contra
correntes de curto-circuito) têm em mente exclusivamente a proteção dos condutores de um circuito.
Por exemplo, não se pode esperar que um disjuntor de 20 A, situado no quadro de distribuição de uma
residência, e ao qual esteja ligado um condutor de 2,5 mm², consiga proteger adequadamente contra
sobrecorrentes um aparelho de videocassete de 300 VA – 127 V (menos de 3 A).
Dependendo do caso, pode até ser que o disjuntor atue devido a algum problema ocorrido no aparelho, mas,
de modo geral, presume-se que o aparelho tenha sua própria proteção, incorporada.
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DIMENSIONAMENTO DE
CONDUTORES ELÉTRICOS CIRCUITOS
6 -Proteção contra contatos indiretos
Via de regra, a verificação da proteção contra contatos indiretos, como etapa do dimensionamento de um
circuito, só se aplica aos casos em que isso (proteção contra contatos indiretos por seccionamento automático
da alimentação) é atribuído a dispositivos a sobrecorrente.
O objetivo da medida de proteção, enunciada no artigo 5.1.3.1 da NBR 5410, é assegurar que o circuito seja
automaticamente desligado caso algum dos equipamentos por ele alimentados venha a sofrer uma falta à
terra ou à massa capaz de originar uma tensão de contato perigosa.
Como mencionado, há casos em que esse seccionamento automático visando a proteção contra choques pode
ser implementado com o uso de dispositivo a sobrecorrente.
Portanto, é um critério que pode pesar seja na seção do condutor, seja no comprimento do circuito, seja,
enfim, em ambos.
De qualquer forma, é uma verificação obrigatória (caso de seccionamento automático com dispositivo a
sobrecorrente, bem entendido), ainda que outros critérios de dimensionamento, como o da própria queda de
tensão, venham a prevalecer.
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Links Vídeos
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Isolantes:
https://www.youtube.com/watch?v=suLxpqx2XWg&t=4s
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