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Editoração
Tema: Lacunas de conhecimento
Alexander Tamanini Mônico
em um bioma megadiverso e Joelcio Freitas
ameaçado Maridiesse Morais Lopes
Rafael Silva Cipriano
Santa Teresa, Espírito Santo Renan Luxinger Betzel
Thaís de Assis Volpi
08 a 11 de junho de 2017 Thiago Gechel Kloss
Thiago Silva Soares
ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO MUSEU DE BIOLOGIA PROFESSOR
MELLO LEITÃO
VI SIMBIOMA
SIMPÓSIO SOBRE A BIODIVERSIDADE DA MATA ATLÂNTICA
SANTA TERESA – ES
SAMBIO
2017
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
VI SIMBIOMA
Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica
Tema: Lacunas de conhecimento em um bioma megadiverso e ameaçado
Comissão Organizadora
Alexander Tamanini Mônico Leonardo Merçon
Arlindo Serpa Filho Lorena Tonini
Cintia Corsini Fernandes Maria Margareth Cancian Roldi
Claudia Brum Maridiesse Morais Lopes
Claudio Nicolleti de Fraga Rafael Silva Cipriano
Fernanda Cristina Lirio Ferreira Raphael Becalli Soares
Francieli Loss Pugnal Renan Luxinger Betzel
Gildo de Castro Moraes Robson Zanoni
Helio de Queiroz Boudet Fernandes Thaís de Assis Volpi
Joelcio Freitas Thiago Gechel Kloss
Juliana Paulo da Silva Thiago Silva Soares
Kêmilly Betânia Silva de Paula
Comissão Avaliadora
Amélia Carlos Tuler Fabio Müller R. S. Pupo Marcelo Ribeiro Pereira
Ana Paula Gelli de Faria Felipe Zamborlini Saiter Marco O. Oliveira Pellegrini
Ana Teresa Galvagne Loss Fernanda Satori Petrongari Maria Cristina Gaglianone
Anderson Lopes Peçanha Fernando Henrique S. Moura Maria Fabris Colodete
André Luiz da Costa Moreira Fernando Moreira Flores Marlei Rosa dos Santos
Andre Moreira Assis Flávio Ricardo da Silva Cruz Nelson Silva Pinto
Andressa Gatti Francisco Braz Daleprane Paola Maia Lo Sardo
Antônio Campos Rocha Neto Gabriel Lobregat de Oliveira Poliana Beatriz Arantes
Augusto Giaretta de Oliveira Hiulana Pereira Arrivabene Rafaela Duda Paes
Barbara de Sá Haiad Joelcio Freitas Sandor Christiano Buys
Bruno Corrêa Barbosa José Augusto Martins Roxinol Thairine Mendes Pereira
Cecilia Waichert Juliana Hipólito Thais Cardinali Rebouças
Daniela Santos Silva Juliane Barros da Silva Thais de Assis Volpi
Diego Galvão de Pádua Lais Gonçalves da Costa Thalita G. Zimmermann
Diego Rafael Gonzaga Leandro Lacerda Giacomin Thiago Gechel Kloss
Ednaldo Miranda de Oliveira Leonardo Luiz Calado Valéria S. Sampaio
Edson Zambon Montes Lorena Contarini Machado Walace P. Kiffer Junior
Elias Terra Werner Luisa Maria Sarmento-Soares Walter de Oliveira Có
Elidiomar Ribeiro da Silva Luiz Fernando Duboc
Elvis Pantaleao Ferreira Marcelo Ribeiro de Britto
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Sumário
APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 12
PROGRAMAÇÃO ......................................................................................................... 13
PALESTRAS .................................................................................................................. 15
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APRESENTAÇÃO
Ano após ano, o evento vem se consolidando no cenário estadual e até nacional, como
palco de discussões importantes envolvendo este Bioma tão ameaçado. O Simbioma
visa a cada nova edição, levantar questões pertinentes sobre a conservação deste bioma,
com a participação de pesquisadores de inúmeros estados da Mata Atlântica brasileira.
O Simpósio visa criar um ambiente para a promoção do estado da arte e debate dos
principais desafios, estratégias de ensino, perspectivas e avanços científicos na área de
no que tange à biodiversidade da Mata Atlântica. Em nome da Comissão Organizadora,
somos gratos a SAMBIO e ao INMA, pelo compromisso institucional de realizar este
evento e pelo reconhecimento da importância em divulgar as pesquisas com a Mata
Atlântica. É com imensa satisfação que apresentamos os resultados do encontro,
contidos neste volume dos Anais do VI SIMBIOMA. Agradecemos ainda a presença de
todos os participantes que contribuíram para o sucesso desta sexta edição do
SIMBIOMA. Esperamos que os textos aqui disponibilizados possam ser apreciados e
utilizados por você leitor.
Com nossas melhores saudações,
Comissão Científica e Editorial do VI SIMBIOMA
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PROGRAMAÇÃO
08/06/2017 – Quinta-feira
8 – 17h – Credenciamento e entrega do material.
8 – 17h – Minicursos
– Estratégias de divulgação científica – Biólogo Raphael Becalli Soares
(INMA).
– Ecologia “Aranhas e Seus Inimigos Naturais” – Dr. Thiago Gechel Kloss
(UFES/CCENS).
– Iniciação em Entomologia: “Princípios básicos para organização de uma
coleção entomológica” – Dr. Arlindo Serpa Filho (INMA) e Celso Godinho.
– Montagem de pranchas fotográficas para trabalhos científicos – MSc. Joelcio
Freitas (UEFS).
– Práticas em Análises Filogenéticas – MSc. Diego Barbosa (UFES).
– Delineamento experimental aplicado à estudos Ecológicos – Dr. Francisco
Cândido Cardoso Barreto (UFES)
18h – Mesa de abertura. Palestrante: Msc. Thais Volpi (SIMBIOMA), Dr. Arlindo
Serpa Filho (SAMBIO), Hélio Boudet de Queiroz Fernandes (INMA).
18h30 min – Espécie símbolo: Alouatta guariba e a febre amarela. Palestrante: Dr.
Sergio Lucena Mendes (UFES).
19h – Tema da Palestra Magna: Lacunas de conhecimento em um bioma
megadiverso e ameaçado. Palestrante: Dra. Marinez Ferreira de Siqueira (JBRJ).
09/06/2017 – Sexta-feira
7h30min – Credenciamento e entrega do material.
8h – Início das Atividades – Dia 2
– Tema da Palestra: Amostragem biológica, inventários e alfa-taxonomia: quais seus
efeitos para a conservação da biodiversidade? Quais os novos
desafios? Palestrante: Dra. Valquíria Ferreira Dutra (UFES).
– Apresentação Oral 1
– Apresentação de painéis.
– Apresentação Oral 2
– Tema da Palestra: Importância da biodiversidade para a saúde humana: uma
perspectiva ecológica. Palestrante: Dra. Marcia Chame (FIOCRUZ).
– Almoço (1 hora de intervalo).
– Tema da Mesa-redonda: Difusão do conhecimento científico e tecnológico no
Brasil: a formação de cidadãos engajados. Moderador: Dr. Arlindo Serpa Filho
(INMA).
– Conhecimento científico: como inserir a
população neste universo? Palestrante: Dra. Maria Isabel Pinto Ferreira Landim
(MUZUSP).
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10/06/2017 – Sábado
8h – Início das Atividades – Dia 3
– Tema da Palestra: Análise temporal da vegetação na bacia do Rio Doce de 2001 a
2016. Palestrante: Msc. Mileidi Holanda Formigoni ( UFES)
– Apresentação Oral 4
– Apresentação de painéis.
– Tema da Palestra: Ambientes vulneráveis do estado do Espírito Santo, os desafios e
importância destes ambientes para o ecossistema capixaba. Palestrante: MSc. José
Nilton da Silva (INMA).
– Almoço (1 hora de intervalo).
– Tema da Mesa-redonda: Biolacunas do conhecimento. Moderador: Dr. Thiago
Silva Soares (INMA).
– Ambiente aquático. Palestrante: Dr. Frederico Falcão Salles (CEUNES/UFES).
– Lacunas no conhecimento de vertebrados da Mata Atlântica. Palestrante: Dr. Thiago
Silva Soares (INMA).
– Lacunas no conhecimento para a flora capixaba. Palestrante: Dr. Claudio Nicoletti
de Fraga (INMA).
– Apresentação de painéis.
– Apresentação Oral 5
– Tema da Palestra: Epidemiologia e Entomologia da Febre Amarela Silvestre no
Espírito Santo. Palestrante: Dr. Aloísio Falqueto (UFES).
– Tema da Palestra de encerramento: Como os institutos de pesquisa contribuem no
preenchimento de lacunas do conhecimento da Mata Atlântica? Palestrante: Dr. Fabio
Rubio Scarano.
11/06/2017 – Domingo
8 – 17h – Minicurso de Fotografia de natureza – Leonardo Merçon (Instituto Últimos
Refúgios) e Fabricio Vasconcelos Costa (Expedicionários).
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PALESTRAS
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INTRODUÇÃO
A América Latina e o Caribe tiveram, nos últimos anos, mais de 40% de suas
florestas desmatadas ou degradadas, em uma área equivalente a 650 milhões de
hectares, especialmente em função de avanços da agricultura e da urbanização (Moraes,
2016). A perda de áreas florestadas modifica o ciclo hídrico, alterando o microclima
regional com consequente redução da umidade e aumento de temperatura ambiente.
A Mata Atlântica é entrecortada por uma intrincada rede hidrográfica. Os rios,
córregos e lagos que compõem tais bacias estão em grande parte ameaçados pelo
desmatamento das matas ripárias e conseqüente assoreamento dos mananciais. A falta
de metodologia adequada para lidar com os recursos hídricos resulta na poluição da
água por agrotóxicos, dejetos e esgoto. O desflorestamento contribui para a redução da
disponibilidade hídrica superficial resultando na construção de represas e barramentos
para captação de água. Sabe-se que a restauração de paisagens e florestas, além de
neutralizar emissões de carbono locais, propicia benefícios diretos como a preservação
da biodiversidade, proteção das bacias hidrográficas, segurança alimentar, conservação
de solos e salvaguarda dos povos indígenas (Moraes, 2016).
Na Mata Atlântica Nordeste encontram-se as Florestas de Tabuleiros, nome
alusivo ao relevo plano ou suave ondulado, característicos da paisagem. Os tabuleiros
ainda que ocupando faixa estreita ao sul do Espírito Santo, na altura de Anchieta e
Guarapari, se ampliam largamente entre o norte do Espírito Santo, a partir do vale do rio
Doce, até o sul da Bahia, na altura de Ilhéus. Nesta extensa paisagem contínua de Mata
de Tabuleiro encontra-se o vale fluvial do rio Itaúnas. No passado densamente povoado
pela floresta ombrófila densa entremeada por alagadiços, muçunungas, culminando em
restingas e manguezais, o vale do Itaúnas nos dias de hoje encontra-se seco, com sua
vegetação largamente substituída por capoeira, pasto, agricultura e eucalipto. A
degradação ambiental assolou o vale, a ponto da região hoje apresentar características
típicas do Semiárido nordestino, onde o escoamento das águas é esparso ou
intermitente.
A nós pesquisadores cabe não apenas apontar os problemas, mas também indicar
possibilidades e caminhos para solucioná-los. Assim, a presente contribuição conduz a
uma reflexão quanto a questão da água doce no vale do rio Itaúnas e as políticas
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ÁREA DE ESTUDO
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CONCLUSÃO
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LITERATURA CITADA
Acosta, A. O Bem Viver uma oportunidade para imaginar outros mundo [Internet]. 1o
ed. São Paulo, SP: Editora Elefante; 2016 [citado 27 de junho de 2017]. 264 p.
Disponível em: http://editoraelefante.com.br/produto/o-bem-viver-uma-
oportunidade-para-imaginar-outros-mundos/
Rodrigues, R.R., Brancalion, P.H.S. & Isernhagen, I (Orgs.). 2009. Pacto pela
restauração da Mata Atlântica: referencial dos conceitos e ações de restauração
florestal. São Paulo: LERF/ESALQ : Instituto BioAtlântica. Disponível em
http://docs.wixstatic.com/ugd/5da841_f47ee6a4872540ee8c532166fbb7e7b0.pdf
(acesso em 25 jun 2017).
Sarmento-Soares, L.M. & R.F. Martins-Pinheiro. 2012. A fauna de peixes nas bacias do
norte do Espírito Santo, Brasil. Sitientibus série Ciências Biológicas 12(1): 27–
52.
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Referências
Couto Junior, A. F.; Carvalho Junior, O. A. de; Martins, E. de S.; Santana, O. A.; Souza,
V. V. de. & Encinas, J. I. 2011. Tratamento de ruídos e caracterização de
fisionomias do cerrado utilizando séries temporais do sensor MODIS. Revista
Árvore, Viçosa-MG, v.35, n.3, Edição Especial, p.699-705.
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Fensholt R.; Rasmussen, K., Nielsen, T. T. & Mbow, C. 2009. Evaluation of earth
observation based long term vegetation trends — Intercomparing NDVI time
series trend analysis consistency of Sahel from AVHRR GIMMS, Terra MODIS
and SPOT VGT data. Remote Sensing of Environment. 113, 1886–1898.
Kendall, M.G. 1975. Rank correlation measures. London: Charles Griffin. 220p.
Kuplich, T. M.; Moreira, A. & Fontana, D., C. 2013. Série temporal de índice de
vegetação sobre diferentes tipologias vegetais no Rio Grande do Sul. Revista
Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental v.17, n.10, p.1116–1123.
Mann, H.B. 1945. Nonparametric test against trend. Econometrica, v.13, p.245-259,
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RESUMOS ACEITOS
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Subárea: Biogeografia
INTRODUÇÃO
Em sua versão alemã original, traduzida por James para o inglês em 1970, a
regra de Bergmann apresenta três pontos principais: (i) a temperatura constante de um
organismo homeotérmico é mantida por um balanço entre a produção de calor dentro do
volume de um animal e a perda de calor de sua superfície. (ii) A limitação da relação de
superfície corpórea para seu volume é um dos fatores que determina o tamanho da
espécie, e (iii) quando outros fatores são constantes, as menores espécies em um gênero
estarão nas maiores temperaturas (Bergmann, 1847; James, 1970).
Bergmann afirmava existir uma correlação negativa entre temperatura e tamanho
corpóreo em um nível interespecífico. Porém, Mayr (1963) altera profundamente a
proposta original, promovendo o uso de variação intraespecífica para testar esta regra.
Essa mudança promove uma nova perspectiva para os estudos dessa regra, que passa a
ser conhecida então como regra Neo-Bergmanniana (James,1970).
Em 1954 há uma nova mudança para a regra de Bergmann, sugerindo o efeito da
latitude como preditor da temperatura, devido a observações em aves do gênero Parus.
Estas aves apresentavam o comprimento de asa maior nas latitudes mais altas e menor
em latitudes mais baixas (Snow, 1954).
Alguns estudos sugerem que pequenos mamíferos não estão em conformidade
com a regra de Bergmann, pela circunstância de seu tamanho corporal decrescer com o
aumento da latitude (e.g. Ochocińska & Taylor, 2003; Yom-Tow & Yom-Tow, 2005;
Balčiauskas et al., 2014). Akodon cursor é um pequeno roedor Sigmodontinae, com
peso médio de 54 g para machos e 43 g para fêmeas, de pelagem homogênea que varia
do negro para o marrom e endêmico do Brasil, sendo o roedor nativo mais comum da
Mata Atlântica (Geise, 2012). No Espírito Santo, estão distribuídos por
aproximadamente metade de todo o gradiente altitudinal, variando desde o nível do mar
até cerca de 1.252 m de altitude na Serra do Caparaó.
A Mata Atlântica apresenta um dos maiores gradientes altitudinais e de
temperaturas do Brasil, fundamentais para produzir diferenças na distribuição e
diversidade das espécies, sendo considerada uma das áreas mais ricas em diversidade do
planeta. O objetivo do presente trabalho foi testar a validade da regra Neo-
Bergmanniana, utilizando temperatura e altitude como variáveis ambientais, em
populações de Akodon cursor na Mata Atlântica do Espírito Santo.
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MATERIAL E MÉTODOS
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 mostra os resultados da correlação de Pearson entre todas as
variáveis medidas, com peso corporal e tamanho. Dentre as 17 medidas, 7 foram pré-
selecionadas para testar a regra de Neo-Bergmanniana (CC, CAM, FCIM, LIBA, LC,
FCIMI, CP) por estarem positivamente correlacionados com o comprimento cabeça-
corpo (CCC) e massa corpórea (PESO).
Tabela 1. Valores de correlação de Pearson () positiva para variáveis morfológicas de
Akodon cursor com o comprimento cabeça-corpo (CCC) e massa corpórea (PESO). As
variáveis que não mostraram correlação positiva e/ou significativa não foram mostradas.
O valor de significância de todos os testes foi p < 0,001.
VARIÁVEL CORRELAÇÃO VARIÁVEL
FATOR FATOR CORRELAÇÃO ()
MORFOLÓGICA () MORFOLÓGICA
CCC CC 0,78 PESO CC 0,87
CAM 0,61 CAM 0,65
FCIM 0,65 FCIM 0,84
LC 0,61 LC 0,82
LIBA 0,61 LIBA 0,64
FMXI 0,68 FMXI 0,88
CP 0,75 CP 0,75
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A Tabela 3 mostra os resultados dos machos, onde apenas a variável LIBA, das
seis variáveis mostrou valor significativo de correlação, tanto para temperatura mínima
quanto para altitude. Os resultados gerais não sugerem congruência dos machos com a
regra de Bergmann. Apenas a variável LIBA mostrou valor significativo de correlação e
uma tendência de regressão para categorizar-se como variável que esteja em
congruência com a regra.
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corroboram o mesmo padrão: Akodon cursor, que está distribuído por toda a Mata
Atlântica, como os anuros Brachycephalus, não apresentam padrão de conformidade ou
oposição à regra de Bergmann. Parece que a regra também não é seguida dentro do
gênero Akodon – Akodon montensis exibe, em geral, menores medidas morfométricas e
está situado em maiores latitude e altitude e enfrenta menores temperaturas do que
Akodon cursor (Geise et al., 2005).
Os resultados deste trabalho assemelham-se ao trabalho de Meiri & Dayan
(2003) que propõem que a regra de Bergmann é válida para pássaros e mamíferos em 30
diferentes níveis taxonômicos, embora linhagens de roedores e outros mamíferos que
pesem entre 4 e 500 g não estariam em conformidade com a regra de Bergmann.
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Adams, D.C. & Church, J.O. 2007. Amphibians do not follow Bergamann’s rule.
Evolution, 62(2):413-420.
Ashton, K.G. 2002. Patterns of within-species body size variation of birds: strong
evidence for Bergmann’s rule. Global Ecology and Biogeography, 11(6): 505-
523.
Ashton, K. G. & Feldman, C. R. 2003. Bergmann's rule in non-avian reptiles: turtles
follow it, lizards and snakes reverse it. Evolution, 57(5): 1151-1163.
Balčiauskas, L., Balčiauskienė, L. & Tim, U. 2014. Bergmann’s rule for Neomys
fodiens in the middle of the distribution range. Central European Journal of
Biology, 9(12): 1147-1154.
BERGMANN, C. (1847) Ueber die Verha
¨ltnisseder Wa
¨rmeo
¨ konomie
der thiere zu ihrer gro
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Mayr, E. 1963. Animal species and evolution. Harvard, University Press, Cambridge,
Mass, 21(3): 387-389.
Meiri, S. & Dayan, T. 2003. On the validity of Bergmann’s rule. Journal of
Biogeography, 30(3): 331-351.
Mukaka, M.M. 2012. Statistics Corner: A guide to appropriate use of Correlation
coefficient in medical research. Malawai Medical Journal, 24(3): 69-71.
Nunes, G. T., Mancini, P. L. & Bugoni, L. 2016. When Bergmann's rule fails evidences
of environmental selection pressures shaping phenotypic diversification in a
widespread seabird. Ecography, 40(3): 01-11.
Ochocińska, D. and Taylor, J. R. E. 2003. Bergmann's rule in shrews: geographical
variation of body size in Palearctic Sorex species. Biological Journal of the
Linnean Society, 78(3): 365-381.
Snow, D. W. 1954. Trends in geographical variation in the Palearctic members of the
genus Parus. Evolution, 1(8): 19-28.
Tribe, C. J. 1996. The neotropical rodent genus Rhipidomys (Cricetidae:
Sigmodontinae): a taxonomic revision. Tese de Doutorado não publicada,
University of London. 632p.
Yom-Tov, Y. & Yom-Tov, J. 2005. Global warming, Bergmann's rule and body size in
the masked shrew Sorex cinereus Kerr in Alaska. Journal of Animal Ecology,
74(5): 803-808.
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Subárea: Botânica
INTRODUÇÃO
A Mata Atlântica, rica pela sua alta biodiversidade (Perotto, 2007), teve sua área
de ocorrência reduzida drasticamente desde descobrimento do Brasil até a atualidade, de
tal forma que se encontram poucas regiões preservadas, transformando-se num dos
biomas mais ameaçados de extinção (Neves, 2006; Galindo-Leal & Câmara, 2005;
Ribeiro et al., 2009). Sua vegetação remanescente é representada por pequenos
fragmentos isolados (Lima et al., 2003). Sendo preponderante o conhecimento e
recuperação dos seus remanescentes florestais para a manutenção desse bioma (Pirovani
et al., 2014).
Dentre as várias existentes na Mata Atlântica encontra-se Euphorbiaceae, que
segundo Souza & Lorenzi (2005) possuem distribuição predominantemente tropical,
incluindo cerca de 250 gêneros e 6300 espécies (APG III, 2009). No Brasil ocorrem
cerca de 63 gêneros e 909 espécies, representando uma das principais famílias da flora
brasileira e uma das mais complexas do ponto de vista taxonômico (Cordeiro et al.,
2012).
Dentre as espécies de Euphorbiaceae ocorrentes na Mata Atlântica,
Actinostemon klotzschii pode ser utilizado na recomposição de mata ciliar e restauração
ecológica. Segundo Esser (2001) e Eymael, (2012), possui alta complexidade
morfológica em decorrência da pouca variabilidade vegetativa e reprodutiva.
Considerando que o estudo da estrutura arbórea busca contribuir com
informações sobre o desenvolvimento, o grau de perturbação, estágios de
desenvolvimento e sucessão em que a comunidade florestal se encontra (Alves Júnior et
al., 2007), o presente estudo objetivou determinar o número de indivíduos, a qualidade e
sanidade do fuste de Actinostemon klotzschii em parcelas amostrais, localizadas em um
fragmento de floresta estacional semidecidual no sul do Espírito Santo, de forma a
adequar o seu plano de manejo, para adoção de medidas de proteção e conservação da
espécie.
MATERIAL E MÉTODOS
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entre os meses de abril e outubro, sendo que os meses de junho, julho e agosto com
menor precipitação pluviométrica. A temperatura média da região é 23,1º C (INCAPER,
2016) e a precipitação anual média é de 1.293 mm (INMET, 2016).
Foram amostrados todos os indivíduos arbóreos com Diâmetro a Altura do Peito
(DAP) ≥ 5 cm encontrados em 25 parcelas de 20 x 20 m (área amostral total de1 ha)
distribuídas sistematicamente a cada 200 m. Posteriormente as espécies foram
identificadas e circunscritas nas respectivas famílias botânicas, e para tal foi adotado o
sistema de classificação “Angiosperm Phylogeny Group” (APG III, 2009).
Após a identificação, as espécies foram separadas em três grupos distintos:
Actinostemon klotzschii, Euphorbiaceae e outras espécies.
Para avaliar a Sanidade do Fuste (SF) foi utilizado um código numérico
correspondente a situação fitossanitária, sendo: 1, sadio; 2, estágio inicial de
deterioração; 3, estágio avançado de deterioração; e 4, árvore morta. A avaliação da
Qualidade do Fuste (QF) considerou as seguintes categorias: 1, reto, cilíndrico; 2,
ligeiramente torto, porém cilíndrico e desprovido de ramificações; 3, forte tortuosidade;
e 4) quebrado, rachado (SFB, 2016). Posteriormente os dados de qualidade e sanidade
foram submetidos à análise de estatística descritiva e pelo teste Qui-quadrado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
47
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
48
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Alves Júnior, F. T.; Lins, C. F.; Brandão, S. 2007. Estrutura diamétrica e hipsométrica
do componente arbóreo de um fragmento de Mata Atlântica, Recife-PE. Cerne.
V.13, n.1, p. 83-95.
49
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Herrera, H. A. R., Rosot, N. C., Rosot, M. A. D., Oliveira, Y. M. M. de. 2009. Análise
florística e fitossociológica do componente arbóreo da floresta ombrófila mista
presente na reserva florestal EMBRAPA/EPAGRI, Caçador, SC – Brasil.
Floresta. v. 39, n. 3, p. 485-500.
Pirovani, D. B.; Silva, A. G.; Santos, A. R.; Cecílio, R. A.; Gleriani, J. M.; Martins, S.
V. 2014. Análise espacial de fragmentos florestais na Bacia do Rio Itapemirim,
ES. Revista Árvore, v.38, n.2, p.271-281.
Ribeiro, M. C.; Metzger, J. P.; Martensen, A. C.; Ponzoni, F. J.; Hirota, M. M. 2009.
The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest
distributed? Implications for conservation. Biological Conservation, v. 142. n. 6,
p. 1144-1156.
50
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Vaccaro, S.; Finger, C. A. G.; Schneider, P. R.; Longhi, S. J. Incremento em área basal
de árvores de uma floresta estacional decidual, em três fases sucessionais, no
município de Santa Tereza, RS. Ciência Floresta, v. 13, n. 2, p. 131-142, 2003.
51
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
52
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Já no levantamento feito por Assis et al. (2004), no Parque Estadual Paulo César
Vinho (Guarapari, ES), uma Unidade de Conservação que abrange áreas mais amplas,
florestais e de restinga de formação pós praia, a quantidade de espécies foi bem maior:
quinze espécies subordinadas a nove gêneros. Bromelia antiacantha Bertol e Tillandsia
stricta Sol, foram as espécies comuns a este Parque e à Trilha das Bromélias de
Cacimbas.
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Paula, C.C.; Silva, H.M.P. 2004. Cultivo Prático de Bromélias. 3ª ed, v 106. Viçosa:
Universidade Federal de Viçosa.
53
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
54
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Jéssika Cardoso LOSS2, Jeane CRASQUE1, Basílio CERRI NETO1*, Sabrina Soares
SIMON2
1
Laboratório de Fisiologia Vegetal e Pós-Colheita-Incaper,
2
Graduação em Ciências Biológicas, Faculdade Pitágoras de Linhares.
*basiliocerri@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
O presente trabalho foi realizado com base em revisão de literatura pela busca de
artigos, dissertações e teses com as palavras chaves “Pilosocereusarrabidae”
“Cereusmacrogonus” “Cereuswarmingii” “biogeografia” “levantamento florístico em
restingas”, após isso, foram colhidos dados de localização no SpeciesLink. Também foi
executada uma consulta ao Herbário Virtual Reflora buscando a espécie por meio do
nome de catalogação.
Esses dados de localização foram utilizados na elaboração de um mapa de
distribuição geográfica no programa Diva-Gis (Hijmanset al. 2012) no qual adicionou-
se dados climáticos do WorldClim com intervalos de temperatura preestabelecidos
(Figura 1). Também foram feitos registros fotográficos desta espécie de cacto na área da
Reserva Biológica de Comboios entre as coordenadas geográficas de 19º 38’ a 19º 45’
Sul e 39º 45’ a 39º 55’ Oeste.
55
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
56
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
conservação da espécie.
A restinga ocupa terrenos sedimentares pleistocênicos e holocênicos de origem
marinha em toda zona costeira (Araújo, 1992). De modo geral, a vegetação de restinga
dos estados do Rio de janeiro e Espírito Santo apresenta um índice significativo de
endemismo de espécies, com uma vegetação remanescente dos períodos glaciais do
Pleistoceno (Ab’Sáber, 1992). Esses fatores podem estar relacionados à distribuição de
P. arrabidae, tendo em vista as oscilações climáticas globais durante o Pleistocênico.
Neste período, os polos estabeleceram grande quantidade de água sob a forma de gelo,
resultando na redução do nível dos mares e deixando expostas grandes faixas de terras
de climas secos, antes ocupadas pela água do mar, faixas estas propícias à proliferação
da vegetação em tela (Viadana, 2002). A perda de umidade foi a maior alteração
climática durante o período da ultima glaciação (Haffer & Prance, 2002). Assim, a
Floresta Atlântica, considerada como possível centro de origem do ancestral de P.
arrabidae, teve uma grande modificação, com fragmentação do centro de origem de
espécies e isolamento de uma parte da biota em refúgios, resultando na diferenciação ao
nível de novas espécies (Mayr, 1942, 1963).
Provavelmente, a espécie Cereus fernambucensis e P. arrabidae compartilham
um ancestral em comum advindo de algum momento da história evolutiva. Hoje, sabe-
se que resultado dessa diferenciação é a diversificação biológica dosgêneros Cereus e
Pilosocereus, ambos surgindo durante o Período Quaternário. O C. fernambucensis é
considerado endêmico do bioma Mata Atlântica, e possivelmente, (Arbo-Gallas, 2012).
Conservada em refúgios florestais, a espécie pode ter se dispersado até se estabelecer na
restinga e, posteriormente, sob as influências das condições de clima e relevo do
período quaternário (Araújo, 1992).
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Ab' Saber, A. N. 1992. A Serra do Japi, sua origem geomorfológica e a teoria dos
refúgios. In: Morellato, L. P. C. (org.). História natural da Serra do Japi:
ecologia e preservação de uma área florestal no sudeste do Brasil. Ed.
UNICAMP- FAPESP, Campinas. 12-23 p.
57
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Martin, L.; Suguio, K. Domingues, J.M.L. & Flexor, J.M. 1997. Geologia do
Quaternário costeiro do Litoral Norte do Rio de Janeiro e Espírito Santo. 1.ed.
Belo Horizonte. 112 p.
Martinelli, G.; Moraes, M. A. 2013. Livro vermelho da flora do Brasil. 1. ed. - Rio de
Janeiro: Andrea Jakobsson: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de
Janeiro. 749-818 p.
Mayr, E. 1963. Animal species and evolution. Cambridge: Harvard Univ. Press, 797 p.
Mayr, E.1942. Systematics and the origin of species from the viewpoint of a zoologist.
Nova York: Columbia Univ. Press, 334 p.
Taylor N, ZappiD. 2004. Cacti of Eastern Brazil. Kew, Royal Botanic Gardens. 511 p.
Viadana, A.G. 2002. A teoria dos refúgios florestais aplicada ao estado de São Paulo.
Edição do autor. Rio Claro. 71 p.
Zappi, D. 1994. Pilosocereus (Cactaceae): The genus in Brazil. Kew: Royal Botanical
Gardens, 1-160 p.
Zappi, D., Taylor, N., Machado, M. 2012. Cactaceae. In: Lista de Espécies da Flora do
Brasil. Rio de Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível: http://
floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB000070.
58
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
59
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Araújo Neto, A., Medeiros, J. G. F., Silva, B. B., Leite, R. P., Araújo, P. C., & Oliveira,
J. J. F. 2012. Ácido sulfúrico na superação da dormência de sementes de
Adenanthera pavonina L. Scientia Plena, 8(4).
Escobar, T. A., Pedroso, V. M., Bonow, R. N., & Schwengber, E. B. 2010. Superação
de dormência e temperaturas para germinação de sementes de Acacia caven
(Mol.) Mol.(ESPINILHO). Revista Brasileira de Sementes, 32(2):124-130.
60
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Martins, C. C., Machado, C. G., Martinelli-Seneme, A., & Zucareli, C. 2012. Método de
colheita e superação de dormência na qualidade fisiológica de sementes de
Cassia ferruginea. Semina: Ciências Agrárias, 491-498.
Ribeiro, V. V., Braz, M. D. S. S., & de Brito, N. M. 2011. Tratamentos para superar a
dormência de sementes de tento. Biotemas, 22(4):25-32.
61
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
Cassia grandis (Fabaceae) pode atingir até 30 metros de altura, dentro do gênero
Cassiaé a espécie que atinge o maior porte. C. grandisocorre em matas secundárias e
florestas primárias (Bezerraet al., 2012) . Tem uma grande importância econômica e
ecológica, pois sua madeira, sementes, flores e frutos são utilizados na indústria além de
atrair muitos polinizadores com suas chamativas flores rosas (Carvalho, 2006).
Dormência tegumentar é comum na maioria das espécies da família
Fabaceae,este fatorprotege as sementes de predação e ficam viáveis por um longo
período de tempo(Bezerraet al., 2012). Para Melo&Rodolfo Júnior (2006) dormência
tegumentar é uma paralização temporária do crescimento vegetativo visível.
Metodologiasadequadas para análise de sementes florestais tem papel
fundamental na pesquisa científica, pois o conhecimento dos processos envolvidos na
germinação de espécies nativas é de grande valor para a conservação de espécies
ameaçadas e propagação dessas ajudando também as pesquisas relacionadas ao
reflorestamento (Alves et al., 2004) Por isso o presente trabalho tem como objetivo
realizar tratamentos pré-germinativos para superar a dormência de C. grandis.
MATERIAL E MÉTODOS
62
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
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64
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
65
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
décimo sexto dia após a semeadura, não houve diferença significativa entre
ostratamentos H2SO4 por 5, 10 e 15 minutos.
Para a variável IVE não houve diferença estatística entre os tratamentos H2SO4
por 20 minutos e lixa que apresentaram as maiores médias. Entre os tratamentos H2SO4
por 5, 10 e 15 minutos não houve diferença significativa estatisticamente. Teixeira et
al., (2011) realizou estudo de superação de dormência com O. arborea onde os
tratamentos com H2SO4 e lixa desempenharam o melhor Índice de velocidade de
germinação, mesmo resultados obtidos no trabalho.
De acordo com trabalho de Curiel & Moraes (2011), o tratamento que melhor
desempenhou aporcentagem de germinação de O. arborea foi H2SO4 por 10 minutos,
já no presente trabalho H2SO4 por 20 minutos e lixa foram os que apresentaram a maior
porcentagem de germinação, essa diferença entre o resultado encontrado para o citado
pode se dar por dois fatores, a qualidade do H2SO4 usado ou pela qualidade das
sementes utilizadas, seguidos por H2SO4 10 e 15 minutos que não se diferenciaram
estatisticamente, as sementes que foram usadas como controle não apresentaram
germinação.
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Baskin CC, Baskin JM. 2014. Seeds: ecology, biogeography, and evolution of
dormancy and germination, 2nd edn. San Diego:Elsevier/Academic Press.
66
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Teixeira FW, Fagan EB, Casaroli D, Canedo SC e Barbosa KA. 2011. Avaliação de
métodos para superação de dormência na germinação de Ormosia arborea
(Vell.) Harms. Biotemas, 24(4): 25-29.
67
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
68
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
69
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Melo, A.; Guimarães, E. F.; Alves, M. 2014. Piperaceae do Parque Nacional do Viruá,
Caracarí, Roraima, Brasil. Rodriguésia, v 65(2): p 455-470.
Nunes, J. D., Torres, G. A., Davide, L. C.; Salgado, C. C. 2007. Citogenética de Piper
hispidinervum e Piper aduncum. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 42(7): p
1049-1052.
Siviero, A.; Dousseau, S.; Fazolin, M.; Bergo, C. L. 2015. A contribuição de espécies
do gênero Piper para a agroecologia no Acre. In: Rosana Cavalcante dos
Santos; Amauri Siviero. (Org.). Agroecologia no Acre. 1ed. Rio Branco: IFAC,
p. 303-344.
Yuncker, T. G. 1972. The piperaceae of Brasil I – Piper: Group I, II, III, IV.Hoehnea v
2, p 19-366.
70
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Basílio CERRI NETO1*, Mikaelle Franco dos SANTOS1, Edlaine Lacerda ARAUJO2,
Joyce Ribeiro NUNES2 & Sabrina Soares SIMON3
1
Laboratório de Fisiologia Vegetal e Pós-Colheita-Incaper
2
Laboratorio de sementes- Incaper
3
Professora no curso de Ciências Biológicas da Faculdade Pitágoras de Linhares
*basiliocerri@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
Para realizar este trabalho foi feita uma visita em vários pontos da restinga na
região de Regência no município de Linhares, Espírito Santo, no sudeste do Brasil.
Após a visita em campo a espécie V. neoglutinosa foi escolhida como modelo de estudo
de dispersão, os dados da distribuição geográfica (latitude e longitude) foram obtidos
por meio de revisão bibliográfica, artigos, dissertações e teses por meio de busca com as
seguintes palavras chaves no google acadêmico: “dispersão de V. neoglutinosa”,
“biogeografia de V. neoglutinosa”, “levantamento florístico em restinga e
mussununga”. Posteriormente foi feito o mapa para marcar as áreas de ocorrência e de
possíveis locais de dispersão da espécie com o software DIVA-GIS.
71
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
72
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
Mesmo com a dificuldade imposta pelo vento a semente pode ter usado o
Stepping Stones para chegar à restinga e se estabeleceu, no litoral do ES e RJ.
Entretanto, a falta de dados florísticos nas mussunungas dificultam o entendimento
detalhado desse processo.
LITERATURA CITADA
Araújo, D.S.D. & Henriques, R.P.B. 1984. Análise florística das restingas do Estado do
Rio de Janeiro. Restingas, Origem, Estrutura e Processos. Niterói: Centro
Editorial da Universidade Federal Fluminense. p. 327-342.
Teixeira, M. B.; Coura Neto, A. B.; Pastore, U.; Rangel filho, A. L. R. 1986. As regiões
fitoecológicas, sua natureza e seus recursos econômicos – Estudo fitogeográfico.
In: Levantamento de recursos naturais. v.33. Porto Alegre: IBGE.
73
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
João de Petrópolis na fazenda do IFES, Campus Santa Teresa, ES, localizado na meso
região Central Espírito-Santense, coordenadas geográficas 19º56’12”S e 40º35’28”W,
com altitude de 155 m. O clima da região caracteriza-se como Cwa, mesotérmico, com
estação seca no inverno e forte pluviosidade no verão (classificação de Köppen), com
precipitação anual média de 1.404,2 mm e temperatura média anual de 19,9 °C, com
máxima de 32,8 °C e mínima de 10,6 °C (INCAPER, 2011).
O povoamento florestal foi implantado há aproximadamente 10 anos pelos
alunos do curso de técnico em agropecuária na disciplina de silvicultura, dentro do
projeto Mata ciliar, algumas plantas foram sendo introduzidas posteriormente devido a
morte de algumas árvores, pois a área está sujeita a inundações periódicas no período
das chuvas que se concentra nos meses de novembro a março. Trabalhos de condução
do povoamento como a desrama tem sido efetuados ao longo dos anos pelos alunos do
curso técnico em agropecuária e pelos alunos do curso de agronomia na disciplina de
silvicultura.
O sistema de plantio foi efetuado com as árvores em linha, o que possibilitou o
caminhamento de linha em linha, facilitando a identificação das espécies lá encontradas,
marcadores com fitas coloridas foram fixadas às árvores para marcar aquelas já
identificadas. Todo o trabalho de marcação é feito manualmente e as espécies
identificadas são catalogadas para o arquivo da Instituição.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
75
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
A área estudada apresenta-se como um povoamento que possui grande importância para
a instituição, pois além de apresentar-se como uma gleba de função ecológica e de
preservação, pode fornecer sementes para produção de mudas e material didático para
alunos do IFES e demais escolas vizinhas.
LITERATURA CITADA
Leite, L.L. & Coradin, L. 2011. Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor
Econômico Atual ou Potencial. Ministério do Meio Ambiente – MMA, Brasília
– DF.
77
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
78
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
1
Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Santa Teresa
*mvspaixao@gmail.com
INTRODUÇÃO
A manga é uma planta originária da Ásia, que foi introduzida em quase todas as
regiões tropicais e subtropicais da África e da América, aportando no Brasil no começo
do século XVIII, trazida pelos colonos portugueses (Carvalho et al., 2004). A
mangueira se aclimatou de maneira admirável no Brasil, tanto que hoje encontramos
mais de 600 variedades, sua família compreende cerca de 79 gêneros, distribuídos pelo
mundo (Carvalho et al., 2004). Essa espécie apresenta inflorescências em panículas com
flores pequeninas, hermafroditas ou de sexo separado, dispostas em cachos, com cores
que variam do alvacento ao amarelo-esverdeado e apresentam seis pétalas lanceoladas,
um estame fértil e cinco rudimentares (Free, 1993).
Pouco conhecimento se tem sobre os agentes polinizadores na cultura da manga
(Mangifera indica L.) (Malerbo-Souza & Halak, 2009). Muitas ordens e espécies de
insetos foram observadas nas flores da mangueira por diferentes pesquisadores
(Carvalho et al., 2004; Kiill, 2008; Siqueira et al., 2008; Viana, 2008), sendo a
mangueira considerada uma planta generalista quanto à polinização, se for efetivamente
polinizada por diversas ordens de insetos.
A transferência de pólen pode ser através de fatores bióticos, ou seja, com
auxílio de seres vivos, ou abióticos, através de fatores ambientais, sendo que a
mangueira apresenta maior frutificação e menor taxa de aborto dos frutos quando há
polinização cruzada (Free, 1993).
A polinização entomófila faz-se com o concurso dos insetos e ocorre na maioria
das Angiospermas. Os insetos são atraídos pelos nectários que produzem o néctar, pelos
aromas os mais diversos, pela coloração viva das flores. Durante a visita as flores, os
insetos ao roçarem involuntariamente os estames, se cobrem de pólen e buscando outras
flores, tocam o estígma, deixando aí o pólen. Os grãos de pólen entomófilos são
grandes, providos de asperesas e poucos abundantes quando comparados aos pólen
anemófilos. A estrutura floral de algumas plantas parece ter sido desenhada para o
melhor aproveitamento da visita dos insetos. Dentre os insetos polinizadores, destaca-se
pela sua frequência, a abelha, que poliniza especialmente as plantas frutíferas, como a
laranjeira, o melão, abacateiro e outras plantas de valor econômico, como a (Medicago
sativa) alfafa, cafeeiro, (Crotalaria sp.) crotalária, e orquídeas. Para as abelhas, os
nectários tem cor da luz ultravioleta, que atrai especialmente. Por outro lado, as moscas,
as mariposas e outros insetos visitam assiduamente as flores de (Glycine hispida) soja, e
da sempre viva. Conhecida é a polinização dos figos por vespinhas do gênero
Blastophaga, que se desenvolve no interior da inflorescência do tipo sícono (Biomania,
2015).
79
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As flores de manga ficam abertas ao longo de todo dia, abrindo por volta das
7:30h e fechando ao entardecer, recebendo uma variedade de visitantes ao longo do dia.
Essa grande variedade de insetos visitantes se dá pela mangueira ser uma planta
generalista quanto á polinização, podendo ser visitada por diversas ordens de insetos,
mas nem todos os insetos visitantes são polinizadores.
80
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
81
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Carvalho, C. R. L.; Rossetto, C. J.; Mantovani, D. M. B.; Morgano, M. A.; Castro, J. V.;
Bortoletto, N. 2004. Avaliação de cultivares de mangueira selecionadas pelo
Instituto Agronômico de Campinas comparadas a outras de importância
comercial. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 26, n. 2, p. 264-271.
Jirón, L. F.; Hedström, I. 1985. Pollination ecology of mango (Mangifera indica L.)
(Anacardiaceae) in the neotropical region. Turrialba, v. 35, n. 3, p. 269-277.
Lim, A.L. 2001. Citrus and citroids: Recent biological findings. Malayan-Nature
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Reuther, W.; Batchelor, L.; Webber, H. 1968. The citrus industry. v.2, Berkeley:
University of California Press, 398p.
Siqueira, K. M. M.; Kiill, L. H. P.; Martins, C. F.; Lemos, I. B.; Monteiro, S. P.;
Feitoza, E. A. 2008. Estudo comparativo da polinização de Mangifera indica L.
em cultivo convencional e orgânico na região do Vale do Submédio do São
Francisco. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 30, n. 2, p. 303-310.
82
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Viana, B. F. 2008. Management plans for fruit crop pollinators in the states of Bahia
and Pernambuco, Northeastern, Brazil. In: POLLINATORS management in
Brazil. Brasília: Ministry of the Environment, p. 38-40.
83
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
84
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Tabela 1. Insetos visitantes florais da goiabeira e o tempo médio de visita nas flores no
Ifes Campus Santa Teresa.
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
86
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Dasarathy, T.B. 1951. The guava. Madras Agriculture Journal, v.38, p.521-527.
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em 25 março 2017. Online. Disponível na internet: http://www.iea.sp.gov.br/out/
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Freitas, B.M. & Alves, J.E. 2008. Efeito do número de visitas florais de abelha melífera
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n. 11, p. 2013-2025.
87
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Edno Ferreira dos SANTOS1, Débora Moro Soela1, Henrique Venturini Angeli1,
Marcus Vinicius Sandoval PAIXÃO1*, Milena Monteiro SANTOS1, Leidiane
ZINGUER1
1
Instituto Federal do Espírito Santo - campus Santa Teresa
* mvspaixao@gmail.com
INTRODUÇÃO
88
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
89
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
90
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Bewley, J. D. & Black, M. 1982. Physiology and biochemistry of seeds, v.2., Berlin:
Springer-Verlag.
Cicero, S. M.; Marcos Filho, J.; Toledo, F. F. 1986. Efeitos do tratamento fungicida e de
três ambientes de armazenamento sobre a conservação de seringueira. Anais da
ESALQ, Piracicaba, 43(2): 763-787.
91
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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92
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
93
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
94
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Médias seguidas pelas mesmas letras na coluna não diferem significativamente entre si
pelo teste de tukey em 5% de probabilidade.
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Bewley, J. D. & Black, M. 1982. Physiology and biochemistry of seeds, v.2., Berlin:
Springer-Verlag.
95
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Labouriau, L.G. & Valadares, M.E.B. 1976. On the germination of seeds Calotropis
procera (Ait.) Ait.f. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro,
v.48, n.2, p.263-284.
96
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Liz Santos NASCIMENTOS, Millena Monteiro dos SANTOS, Eduardo France OZA,
Marcus Vinicius Sandoval PAIXÃO*, Gustavo Bregonci FERNANDES, Edno Ferreira
dos SANTOS
INTRODUÇÃO
97
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A emergência das plântulas iniciou 28 dias após a semeadura (DAS) para todos
os tratamentos, exceto para o tratamento 2 (T2) que apresentou maior retardo (2 dias)
para iniciar a germinação.
A porcentagem de emergência não apresentou diferenças estatísticas entre os
tratamentos, onde a massa das sementes não influenciou na taxa germinativa. Esses
dados corroboram com resultados encontrados por Carvalho & Nakagawa (2000) e
Ferreira & Torres (2000), que descrevem que o tamanho das sementes não tem
influência sobre a germinação, apenas resultam no menor vigor e desenvolvimento das
plântulas, dependendo das condições de campo. Entretanto, conforme Rodo et al.
(2001), o tamanho da semente é um dos fatores que podem influenciar a germinação,
sendo que sementes maiores potencialmente apresentam maior poder germinativo em
relação às menores.
98
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
99
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Bastos, D. C.; Pio, R.; Scarpare Filho, J. A.; Almeida, L. F. P.; Entelmann, F. A. &
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Bewley, J. D. & Black, M. 1982. Physiology and biochemistry of seeds, v.2., Berlin:
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Labouriau, L.G. & Valadares, M.E.B. 1976. On the germination of seeds Calotropis
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Moody, J.O. & Hamann, M.T. 2009. Antimtb activity of triterpenoid-rich fractions from
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100
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Poll H.; Vencato, A. Z.; Kist, B. B.; Santos, C.; Carvalho, C. De; Reetz, E. R. & Beling,
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101
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
102
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
bem-sucedida sob condições não adequadas para a polinização por ventos; maximização
do número de espécies de plantas em uma dada área (já que mesmo plantas raras podem
receber polens da mesma espécie, carregados por insetos dentro de uma área).
A frutificação do maracujá depende inteiramente da polinização cruzada, em
virtude de ser uma planta que apresenta autoincompatibilidade, dependendo de agentes
polinizadores e visitantes florais. De acordo com Cobert & Willmer (1980), as flores do
maracujá se abrem após o meio dia e fecham-se ao anoitecer, algumas permanecem
abertas até o outro dia de manhã.
O objetivo da pesquisa foi identificar os visitantes florais do maracujazeiro, no
Ifes Campus Santa Teresa.
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
103
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
104
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Cobert, S.A. & Willmer, P.G. 1980. Pollination of the yellow passion fruit: nectar,
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Garibaldi, L. A.; Steffan-Dewenter, I.; Kremen, C.; Morales, J. M.; Bommarco, R.;
Cunningham, S. A.; Carvalheiro, L. G.; Chacoff, N. P.; Dudenhöffer, J. H.;
Greenleaf, S. S.; Holzschuh, A.; Isaacs, R.; Krewenka, K.; Mandelik, Y.;
Mayfield, M. M.; Morandin, L. A.; Potts, S. G.; Ricketts, T. H.; Szentgyörgyi,
H.; Viana, B. F.; Westphal, C.; Winfree, R. & Klein, A. M. 2011. Stability of
pollination services decreases with isolation from natural areas despite honey
bee visits. Ecology Letters, 14: 1062-1072.
105
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Klein, A. M.; Vaissiere, B. E.; Cane, J. H.; Steffan-Dewenter, I.; Cunningham, S. A.;
Kremen, C. & Tscharntke, T. 2007. Importance of pollinators in changing
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Kremen, C.; Williams, N. M.; Bugg, R. L.; Fay, J. P. & Thorp, R. P. 2004. The area
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agrícolas e a conservação das áreas naturais: o caso do maracujá-amarelo
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106
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Rafaela Barreto CAZAROTO1, Diego Pedruzzi DRAGO1, Iago Luke FABRI1, Hérica
CHISTÉ1, Leidiane ZINGUER1 & Marcus Vinicius Sandoval PAIXÃO1*
1
Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Santa Teresa
*email: mvspaixao@gmail.com
INTRODUÇÃO
107
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
108
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
109
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Os maiores valores médios para as massas verde e seca da parte aérea foram
obtidos na mistura terra (70%) + húmus (30%), porém sem diferenças significativas
entre todos os tratamentos. Já para a massa seca a média obtida no referido substrato
diferiu estatisticamente para do substrato com terra (90%) + húmus (10%) e da
testemunha, sugerindo que o húmus atuou diretamente na formação e desenvolvimento
da parte aérea da planta. Os resultados corroboram com os encontrados por Araújo et al.
(2013), os quais verificaram que uso de substrato composto por terra e húmus na
proporção 3:1 proporcionou os maiores valores de crescimento inicial em mamoeiro.
Santos et al. (2014) obtiveram bons resultados com a utilização de substratos com 100%
de húmus e com 10% de casca de arroz carbonizada mais 90% de húmus de minhoca na
produção de mudas de maracujazeiro.
CONCLUSÃO
O substrato composto por terra 70% + húmus 30%, pode ser utilizado indicado para a
produção de mudas de maracujazeiro amarelo (P. edulis).
LITERATURA CITADA
Araújo, A. C.; Araújo, A. C.; Dantas, M. K. L.; Pereira, W. E. & Aloufa, M. A. I. 2013.
Utilização de substratos orgânicos na produção de mudas de mamoeiro Formosa.
Revista Brasileira de Agroecologia, v.8, p.210-216.
Araújo - Neto, S. E.; Azevedo, J. M. A.; Galvão, R. O.; Oliveira, E. B. L. & Ferreira, R.
L. F. 2009. Produção de muda orgânica de pimentão com diferentes substratos.
Ciência Rural, Santa Maria, v.39, n.5, p.1408-1413.
Backes, M. A. 1988. Composto de lixo urbano como substrato para plantas ornamentais.
Porto Alegre, 78p. Dissertação de mmestrado. Universidade Federal do Rio
Grande do Sul.
110
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Bellé, S. 1990. Uso da turfa “Lagoa dos Patos” (Viamão/RS) como substrato hortícola.
Porto Alegre, 142p. Dissertação (Ms.). Universidade Federal do Rio Grande do
Sul.
Bewley, J. D. & Black, M. 1982. Physiology and biochemistry of seeds, v.2., Berlin:
Springer-Verlag.
Bernacci, L. C.; Cervi, A. C.; Milward, M. A.; Nunes, T. S.;, Imig, D. C. & Mezzonato,
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Botânico do Rio de Janeiro.
Labouriau, L.G. & Valadares, M.E.B. 1976. On the germination of seeds Calotropis
procera (Ait.) Ait.f. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro,
v.48, n.2, p.263-284.
Maguire, J.D. 1962. Speeds of germination-aid in selection and evaluation for seedling
emergence and vigor. Crop Science, Chicago, v.2, n.2, p.176-177, 1962.
Agrarian, v.2, n.3, jan./mar.
Meletti, L.M.M.; Oliveira, J.C. & Ruggiero, C. Maracujá. 2010. Jaboticabal: FUNEP,
(Série Frutas Nativas, 6).
111
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Santos, C. C.; Motta, I. de S.; Carneiro, L. F.; Santos, M. C. S.; Padovan, M. P. &
Mariani, A. 2014. Produção Agroecológica de Mudas de Maracujá em
Substratos a Base de Húmus e Casca de Arroz Carbonizada. Cadernos de
Agroecologia, v.9, n.4. Nov.
112
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Jacimar Berti BOTI1*, Diogo Rocha BOTI2 & Fernando Zanotti MADALON3
1
Professor aposentado do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Santa Teresa
2
Professor do Estado -Vitória-ES
3
Mestrando em produção Vegetal Ufes
*jbertiboti@bol.com.br
INTRODUÇÃO
113
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A grama batatais (P. notatum) é muito rústica e mais espessa que a grama
esmeralda, acreditamos que essa espécie oferece mais resistência às plantas invasoras,
sendo que foi encontrado um menor número de espécimes ruderais nesses campos de
futebol. A batatais é menos comercializada no Brasil e encontra-se em diversos campos
114
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
de futebol (Gurgel, 2003). A grama esmeralda e a mais cultivada no Brasil por ser mais
lisa, macia e menos rústica (Zanon & Pires, 2010). Devido a essas características e
oferecer também mais umidade ao terreno, observamos que pode ocorrer nesses
gramados um ambiente propício ao desenvolvimento de plantas invasoras, pois foi o
que constatamos nesse estudo, com um maior número de espécimes coletados (23) no
campo com grama esmeralda, pois reforçamos esses argumentos em (Albuquerque,
2009) relatando que as espécies daninhas tem alta interferência nos gramados, sendo
que a infestação destas pode até mesmo destruir o gramado completamente. Segundo
Paula (1999), entre 20 e 30% da produção nacional de grama é perdida, devido à
infestação de plantas daninhas.
Diante do exposto, há relatos de que as plantas invasoras, uma vez instaladas,
podem reproduzir-se mais rápido do que as gramas, aumentando sua população e
dominando o local (Nordi & Landgraf, 2009). Para se ter um bom gramado, é de suma
importância o combate às plantas invasoras, dentre eles, o controle preventivo, controle
cultural, mecânico e manual (Albuquerque, 2009).
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Godoy, L.J.G.; Villas Bôas, R.L.; Bull, L.T. 2006 O gramado encobre segredos.
Agrianual São Paulo, Instituto FNP, 432p.
Godoy, L.J.G.; Villa Bôas, R.L.; Backes, C.; Lima, C.P. Santos, A. J. M. 2012.
Nutrição, adubação e calagem para produção de gramas. Botucatu: FEPAF. 146
p.
115
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Pimenta, C.H. 2003. Produção de gramas. In: I Sigra – “Simpósio sobre gramados –
produção, implantação e manutenção”, Botucatu. Anais. FCA/Unesp.
Silva, A. A. 2007 Tópicos em manejo de plantas daninhas. 1a ed. Viçosa, MG, Editora
UFV, 367p.
116
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
117
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
Coletas e herborização
Expedições de coleta direcionadas estão sendo realizadas buscando inventariar
as espécies da família no Espírito Santo. As amostras estão sendo coletadas e
herborizadas de acordo com os procedimentos usuais de trabalhos de campo e de
herborização (Bridson & Forman, 1998) e são acompanhadas de seus respectivos
registros fotográficos e dados de coordenadas geográficas por meio do aparelho de GPS
(Global Positioning System)como forma de obtenção de informações sobre a
distribuição geográfica e aspectos ecológicos das espécies estudadas. Quando
necessário, amostras adicionais foram coletadas e acondicionadas em recipientes
adequados e preservadas em álcool etílico 70%, para estudos morfológicos e posterior
identificação. Dada a peculiaridade morfológica do grupo taxonômico em questão,
indivíduos encontrados em campo em estádio vegetativo foram levados para a
Universidade Federal do Espírito Santo e serão mantidos sob cultivo.
As coleções botânicas VIES (Universidade Federal do Espírito Santo), MBML
(Museu de Biologia Profº Mello Leitão), CVRD (Herbário da Reserva Natural Vale)
estão sendo visitadas e consultadas de modo a auxiliar na busca e compreensão de
materiais provenientes da área de estudo.
Análise de dados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
118
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
119
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
5. LITERATURA CITADA
Aguiar, A.P.; Chiarello, A.G.; Mendes, S.L. & Matos, E.N. 2005. Os Corredores
Central e da Serra do Mar na Mata Atlântica brasileira. In: Galindo-Leal, C. &
Câmara, I.G. (eds.). Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas.
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no Nordeste Brasileiro. Rodriguésia60 (2): 311-331.
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Arroyo, S.C. & Cutler, D.F. 1984. Evolutionary and taxonomic aspects of the internal
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122
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
123
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
Coleta de dados
Análise de dados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
124
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Gêneros Espécies
Aneilema brasiliense C.B.Clarke
Callisia repens (Jacq.) L.
Commelina benghalensis L.
diffusa Burm.f. subsp. diffusa
erecta L.
obliqua Vahl
rufipes Seub. var. rufipes
Dichorisandra acaulis Cogn.
albomarginata Lindenex Regel
glabrescens (Seub.) Aona & M.C.E.Amaral
hexandra (Aubl.) C.B.Clarke
incurva Mart. ex Schult.f.
neglecta Brade
nutabilis Aona & M.C.E.Amaral
. paranaësis D.Maia et al
penduliflora Kunth
procera Mart. ex Schult & Schult.f.
pubescens Mart. ex Schult & Schult.f.
tejucensis Mart. ex Schult & Schult.f.
velutina Aona & M.C.E. Amaral
Floscopa glabrata (Kunth) Hassk. var. glabrata
Gibasis geniculata (Jacq.) Rohweder
Siderasis albofasciata M. Pell.
Tinantia erecta (Jacq.) Fenzl
Tradescantia fluminensis Vell.
zanonia (L.) Sw.
zebrina Bosse
Tripogandra diuretica (Mart.) Handlos
warmingiana (Seub.) Handlos
125
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
126
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
BFG 2015. The Brazil Flora Group. Growing knowledge: an overview of Seed Plant
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127
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
128
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Lista das Espécies indexadas nos projetos speciesLink/CRIA, 2011 e JABOT,
2005, graus de ameaça CR (Criticamente em Perigo); DD (Dados insuficientes); EN
(Em perigo); LC (Menos preocupante); NE (Não avaliada); NT (Quase ameaçada) e VU
(Vulnerável), para o endemismo temos: Desc. (Desconhecido); End (Endêmica do
Brasil); N End (Não Endêmica do Brasil).
Taxon Ameaça Endemismo
Acanthaceae
Ruellia sceptrum-marianum (Vell.) Stearn NE Desc.
Ruellia villosa (Nees) Lindau NE End
Achariaceae
Carpotroche brasiliensis (Raddi) A Gray NE End
Amaranthaceae
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Poaceae
Aulonemia amplissima (Nees) McClure NE End
Chusquea ramosissima Lindm. NE N End
Ichnanthus bambusiflorus (Trin.) Döll LC N End
Ichnanthus grandifolius (Döll) Zuloaga & Soderstr. NE End
Olyra latifolia L. NE N End
Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv. NE N End
Pharus latifolius L. LC N End
Polygalaceae
Bredemeyera floribunda Willd. NE N End
Portulacaceae
Portulaca hirsutissima Cambess. NE N End
Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. NE N End
Talinum triangulare (Jacq.) Willd. NE N End
Primulaceae
Clavija spinosa (Vell.) Mez NE End
Myrsine guianensis (Aubl.) Kuntze NE N End
Rubiaceae
Alseis floribunda Schott NE N End
Borreria latifolia (Aubl.) K.Schum. NE N End
Borreria verticillata (L.) G.Mey. NE N End
Borreria verticillata (L.) G.Mey. NE N End
Faramea martiana Müll.Arg. NE End
Faramea truncata (Vell.) Müll.Arg. NE End
Geophila repens (L.) I.M.Johnst. NE N End
Guettarda pohliana Müll.Arg. NE N End
Hexasepalum teres (Walter) J.H. Kirkbr. NE N End
Margaritopsis astrellantha (Wernham) L.Andersson NE N End
Psychotria deflexa DC. NE N End
Rudgea jasminoides (Cham.) Müll.Arg. VU N End
Sabicea brasiliensis Wernham NE N End
Simira sampaioana (Standl.) Steyerm. NE End
Rutaceae
Almeidea rubra A.St.-Hil. NE N End
Conchocarpus macrocarpus (Engl.) Kallunki & Pirani NE End
Conchocarpus macrophyllus J.C.Mikan NE End
Erythrochiton brasiliensis Nees & Mart. NE N End
Neoraputia alba (Nees & Mart.) Emmerich ex Kallunki NE End
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. NE N End
Santalaceae
Phoradendron crassifolium (Pohl ex DC.) Eichler NE N End
Sapindaceae
Allophylus dioicus (Nees & Mart.) Radlk. NE End
Allophylus racemosus Sw. NE N End
Allophylus semidentatus (Miq.) Radlk. LC N End
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Figura 1. Distribuição das espécies de acordo com o grau de ameaça das mesmas. CR
(Criticamente em Perigo) compreende 3spp. NT (Quase ameaçada) e DD (Dados
insuficientes) - 5 spp. cada, VU (Vulnerável) - 6 spp., EN (Em perigo) - 9 spp., LC
(Menos preocupante) – 49 spp. e NE (Não avaliada) – 299 spp.
CONCLUSÃO
140
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AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
APG III. 2009. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the
orders and families of flowering plants. APG III. Botanical Journal of the
Linnean Society 161: 105–121.
Flora do Brasil 2020 (em construção). Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível
em: < http://floradobrasil.jbrj.gov.br/ >.
141
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Ribas, R. F.; Meira Neto, J. A. A.; Silva, A. F. & Souza, A. L. 2003. Composição
florística de dois trechos em diferentes etapas serais de uma Floresta Estacional
Semidecidual em Viçosa, Minas Gerais. Revista Árvore, 27(6): 821-830.
142
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INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
144
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01 tinta para tecido de cor: marrom, preta, amarela, azul, verde, rosa e vermelha.
01 cola PVA (cola-branca).
Barbante de algodão.
01 cartolina preta.
01 corante para tecido: azul, vermelho e roxo.
01 folha de papel cartão.
01 reglete e punção.
02 colheres de sopa de areia.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a escolha dos materiais, foi possível a produção do modelo da seguinte maneira:
1 – Corte da folha de isopor ao meio. Uma parte foi utilizada como base de fixação, de
formato quadrangular e encapada com a cartolina. A outra parte foi cortada no formato
do molde e encapada com a folha de EVA para evitar deformidades com o biscuit, esta
segunda parte foi o “corte da raiz”.
2 – Cobertura do “corte da raiz” com uma camada de biscuit sem coloração. Esperou-se
24h para secagem completa.
5 – Deve ser feita uma mistura de cola, areia e tinta marrom para simulação do substrato
ao qual a raiz está submetida. 6 – Produção de legendas em braile: com auxílio da
reglete foram produzidas as legendas, estas foram coladas sobre as estruturas no
modelo.
145
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Figura 2. Modelo produzido adaptado para alunos cegos ou com baixa visão. Lado
esquerdo: modelo completo. Lado direito: foco na diferença entre as extremidades dos
barbantes.
146
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CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Brasil. 1964. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96. Disponível em:
www.planalto.gov.br. Acesso em: 07 de março de 2017.
147
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Mantoan, M. T. E. Inclusão escolar: o que é? por quê? Como fazer? São Paulo:
Moderna, 2005.
Oliveira, S. P.; Tabai, K. C.; Silva, M. S. C.; Manso, T. C. R.; Matta, V. M. 2008.
Promoção do consumo de frutas, legumes e verduras em Unidades de Educação
Infantil: diagnóstico inicial. Embrapa Agroindústria de Alimentos. Rio de
Janeiro. 27p.
Orlando, T. C.; Lima, A. R.; Silva, A. M.; Fuzissaki, C. N.; Ramos, C. L.; Machado, D.
Fernandes, F. F.; Lorenzini, J. C. C.; Lima, M. A. de; Gardim, S.; Barbosa, V.
C.; Tréz, T. de A. 2009. Planejamento, montagem e aplicação de modelos
didáticos para abordagem de biologia no ensino médio por graduandos de
ciências biológicas. Revista Brasileira de ensino de bioquímica e biologia
molecular.
Rodrigues, L. B.; Santos, M. L.; Andrade, A. M.; Dias, A. S.; Sodré, M. L. S. 2015.
Agroecologia e Horta escolar: ferramentas de educação ambiental e promoção
da segurança alimentar. Anais do II Simpósio de Agroecologia: Euclides da
Cunha. 76-81.
148
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Vaz, J. M. C.; Paulino, A. L. de S.; Bazon, F. V. M.; Kill, K. B; Orlando, T. C.; Reis,
M. X. dos; Mello, C. 2012. Material didático para ensino de biologia:
Possibilidades de Inclusão. Revista Brasileira de pesquisa em Educação em
Ciências. 12(3): 81-104.
149
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
Convolvulaceae Juss. possui distribuição cosmopolita e está claramente inserida
na ordem Solanales Juss. Ex Bercht.&J.Pres.(APG IV, 2016) É monofiletica fortemente
apoiada mudança estrutural no genoma do cloroplasto desta família. Um Intron
normalmente encontrado no gene rpl2 de angiospermas é suprimido em todas as
Convolvulaceae, incluindo Humbertia e Cuscuta (Steafanovic et al., 2002) e está
dividida em duas subfamílias, Humbertioideae e Colvolvuloideae (Ferreira, 2009).
Comumente herbáceas, arbustivas, frequentemente trepadeiras, ocasionalmente
árvores,ou ainda holoparasitas (Cuscuta L.), sendo anuais ou perenes a grande maioria
das espécies da família exibe folhas simples e alternas, sem estípulas, com
inflorescências cimosase, às vezes reduzidas a uma única flor. As flores são
dialissépalas ou raramente gamossépalas, gamopétalas, plicadas, rotáceas,
campanuladas, hipocrateriformes ou infundibuliformes, com nervuras mesopétalas
geralmente proeminentes, cinco estames, epipétalos, ovário súpero e frutos capsulares
(Staples et al., 2012, Austin, 2004).
Assim como vários outros grupos de plantas trepadeiras, as Convolvulaceae são
reconhecidas pelos seus exemplos de polimorfismo morfológico, o que dificulta a
delimitação específica (Austin, 2004; Austin et al., 2015).
Utilizadas para diversos fins, como a medicina, culinária e ornamentação, a
família possui espécies que se destacam em sua comercialização, uma delas é
Ipomoeabatatas L. (batata doce) devido seu uso amplamente difundido tanto na
medicina quanto na alimentação. Outra espécie difundida com fins medicinais é
Ipomoea pes-caprae (L.) R.Br. indicada para problemas no estomago e no fígado. Além
de espécies de Ipomoea L. Outrosgêneros como: Convolvulus L., Evolvulus L.,
Poranopsis Robertye Turbina Raf. São cultivadas como ornamentais (Meira et al.,
2012; Ferreira, 2009).
Para o Brasil, estão listados 22 gêneros e 403 espécies, ocorrendo em todos os
domínios fitogeográficos brasileiros, destas dois gêneros são (Daustinia eKeraunea)e
180 espécies são endêmicas para o país (BFG - The Brazil Flora Group, 2015), sendo
Ipomoea L. é o gênero mais representativo em número de espécie, com cerca de 600-
700, sendo que aproximadamente 148 destas ocorrem no Brasil sendo que 54 destas são
endêmicas (BFG, 2015; Austin & Huáman,1996), seguidas de Evolvulus L.(100 spp.)
(Ferreira et al., 2014), Jacquemontia Choisy(42spp.) (Buril, 2013) e Merremia
Dennst.ex Endl (14spp.) (Bianchini & Ferreira, 2012; Buril, 2013).
No Espírito Santo são registrados 12gêneros e 67 espécies (Dutra et al. 2015),
dentre elas, Keraunea capixaba Lombardi, que é a única endêmica para o estado
(Lombardi, 2014). Contudo, o conhecimento a respeito das espécies ocorrentes no
Espírito Santo ainda é limitado, sendo o trabalho realizado por Falcão &Falcão (1981) o
150
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
primeiro registrado para família no estado com a listagem de seis gêneros e 22 espécies,
atualmente o site Flora Do Brasil conta com 12 gêneros e 66 espécies para o estado.
Atualmente o Parque Estadual de Itaúnas (PEI) cerca de 3.481 ha e encontra-se no
extremo norte no estado do Espírito Santo, no município de Conceição da Barra,
caracterizado por pertencer a fitofisionomia de restinga. Até o momento para a área há
listado oito espécies para família segundo Souza et al.(2016),este trabalho buscou a
atualização e o tratamento taxonômico das espécies de Convolvulaceae para o PEI este
está incluso em um projeto maior sobre Flora do Espírito Santo.
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
O Parque Estadual de Itaúnas (PEI) (Figura 1) possui cerca de 3.481 ha e
encontra-se no extremo norte no estado do Espírito Santo, no município de Conceição
da Barra. O PEI abriga uma grande diversidade de ambientes como as restingas,
manguezais e fragmentos florestais de mata de tabuleiro. Apresenta relevo plano, com
grande parte de seu solo arenoso, precipitação média anual, é de 83,3mm, e temperatura
20,7-27,1 C° (CEPEMAR, 2004).
Coleta de material
151
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Tratamento Taxonômico
As espécies foram identificadas através de bibliografias especializadas e por
meio do método comparativo de vouchers e tipos nomenclaturais depositados nos
principais herbários nacionais e internacionais, como o VIES, MBML RB CVRD
(siglas de acordo com Thiers). Destes apenas o VIES foi visitado durante analise do
material.
O material foi descrito através de amostras coletadas e armazenadas em álcool
70% ou através de material de herbário (VIES), quando possível utilizou-se literatura
especifica para identificação e descrição das espécies. Quando possível, táxons
ameaçados foram identificados com base na Lista de Espécies Ameaçadas do Brasil
(MMA,2000) e classificados segundo critérios da IUCN (2015).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dentre os 12 gêneros ocorrentes no estado, seis foram registrados para o Parque
Estadual de Itaúnas com um total de 12 espécies, sendo os gêneros mais representativos
Ipomoea (5spp.), Evolvulus (2spp.) e Merremia (2spp.). Os resultados aqui apresentados
revelaram três novos registros a nível genérico para o PEI: Aniseia choisy, Daustinia
Buril & A.R. Simões, Jacquemontia; e cinco novos registros a nível específico: Aniseia
martinicensis (Jacq.) Choisyvar martinicensis, Daustinia Montana Buril & A.R.
Simões, Ipomoea carnea subsp. fistulosa (Mart. ex Choisy) D.F. Austin, Merremia
dissecta (Jacq.) Hallier f. var. endenata,, e Jacquemontia mucrunifera (Choisy) Hallier f.
sendo que, a última citada é um novo registro para o estado do Espírito Santo(Dutra et
al.2015). Além disso, destas três são endêmicas para Brasil, (BFG, 2015) tais quais,
Daustinia montana, Jacquemontia mucronifera, Evolvulus imbricatus Mart. Ex Colla
foram registradas para o PEI. Dentre as espécies de Convolvulaceae já listadas para o
PEI por Souza et al., 2016, Bonamia sp. E Ipomoea fimbriossepala Choisy foram
identificadas erroneamente, as mesmas foram reidentificadas em Aniseia martinisensis e
Ipomoea aff bahiensis respectivamente, assim atualizando lista para o PEI quanto a
nomenclatura e ao número de espécies contidas na lista.
Das espécies aqui citadas todas estão classificadas na categoria de não avaliadas
quanto a ameaça –NE (IUCN).
152
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1Plantas eretas...................................................................................................................2
2 Arbusto latescente, ramos fistulosos, estames inclusos, estigma
globoso........................................................................Ipomoea carnea subs. fistulosa
2’ Subarbustos não latescentes, não fistulosos estames exertos, estigmas
filiformes.....................................................................................................................3
3 Plantas vilosas, folhas sésseis.......................Evolvulus imbricatus Mart. ex Choisy
3’ Plantas pilosa-hirsutas, folhas subsésseis a pecioladas..................Evolvulus tenuis
1’ Plantas trepadeiras ou prostadas....................................................................................4
4 Halófitas .................. ...............................................................................................5
5 Plantas com glândulas no ápice do pecíolo, corola roxa, sementes
pubescentes...................................................................................Ipomoea pes-caprae
5’ Planta sem glândulas no ápice do pecíolo, corola alva com fauce amarela,
sementes lanosas...............................................................................Ipomoea imperati
4’Não halofitas............................................................................................................6
6 Plantas latescentes....................................................................................................7
6 Plantas não latexcente............................................................................................10
7Plantas com pseudoestipula.................................................................. Ipomoea
cairica
7’ Plantas sem pseudoestipula....................................................................................8
8Lamina foliar composta, flores alvas, tecas arroxeadas..............Merremia cissoides
8’ Lamina foliar inteira,.............................................................................................9
9 Trepadeira, folhas sagitadas glabras, flores infundebuliformes, Inflorescência
dicásio lilás com interior mais escuro......................................Ipomoea aff. bahiensis
9’Prostada, com folhas palmatipartidas, pentalobadas lanuginosas, inflorescência 3-
5 flora cimeira umbeliforme flores campanulada, corola
amarela...........................................................................................Daustinia montana
10 Folha pamatipartida 5-7 segmentos lancelo-elipiticos , Inflorescência cimeira, 1–
6 floras, laxa...................................................................................Merremia dissecta
10Folha Ovalo/elipitica ou lanceolada inflorescência monocásio á dicásio ou
corimbiforme.............................................................................................................11
11.Folha lanceolada , glabra; Inflorencencia em monocásio Flores, campanulada,
alva 1,3cm pilosa, (na face externa). Fruto capsula septícida, tetravalvar
subgloboso-adpresso, glabro , 4-sementes 4–4,5×4-5mm ovoides pubescente nas
margens.......................................................................................Aniseia martinisensis
153
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
O estudo se mostrou de grande valia para a família no Parque, já que
originalmente haviam apenas 8 espécies na lista, destas duas identificadas
erroneamente, e após este trabalho o parque tem hoje 12 espécies para família 5 delas
novos registros para área e um para o estado do Espírito Santo, assim os resultados
colaboram tanto para atualização da lista do PEI quanto para a flora do Espírito Santo.
AGRADECIMENTOS
Ao CNPq pelo apoio financeiro, ao IEMA pela concessão da autorização de
coleta, à Universidade Federal do Espírito Santo-UFES, pelas instalações e
fornecimento do transporte para realização das coletas e ao Parque Estadual de Itaúnas
pela colaboração e disponibilidade.
LITERATURA CITADA
APG IV. 2016. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the
orders and families of flowering plants: APG IV. Botanical Journal of the
Linnean Society 181: 1-20.
Austin, D.F., Mori, S.A., Henderson, A., Stevenson, D. W.,& Heald, S.V. 2004.
Flowering plants of the Neotropics. New York Botanical Garden, Princeton
University Press, Princeton. pp. 113-115.
Austin, D.F., Staples, G., Simão-Bianchini, R. 2015.A synopsis Ipomoea
(Convolvulaceae) in theAmericas Taxon. 64(3): 625–633
Bridson, D.& Forman, L .1998. The Herbarium Handbook . Richmond: Royal Botanical
Garden, Lubrecht & Cramer Ltd., 348p.
Buril, M.T. 2013. Sistemática e Filogenia de Jacquemontia(Choisy) Convolvulaceae.
Tese de Doutorado. Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
Cepemar - Serviços de Consultoria em Meio Ambiente (CEPEMAR). 2004. Plano de
Manejo do Parque Estadual de Itaúnas. CEPEMAR, Vitória, 17 p.
Dutra,V.F., Alves-Araújo, A.,& Carrijo, T .T. 2015. Angiosperm Checklist of Espírito
Santo: using electronic tools to improve the knowledge of an Atlantic Forest
biodiversity hotspot. Disponível em:
<http://rodriguesia.jbrj.gov.br/FASCICULOS/rodrig66-4/15-0088.pdf>. Acesso
em: 23 Mar 2016.
154
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Falcão, W.F.A & Falcão, J.I.A. 1981. Contribuição nos Estudos de Convolvulaceae para
o Espírito Santo. Rodriguésia 56: 101-115.
Ferreira, P.P.A. 2009. O gênero Ipomoea para o estado do Rio Grande do Sul.
Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 24p- 145.
Ferreira, P.P.A., Simão-Bianchini, R., & Miotto, S.T.F. 2014. O gênero Evolvulus L.
(Convolvulaceae) na Região Sul do Brasil, Instituto de Botânica.
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http://www.iucnredlist.org. Acesso em 20 maio 2017.
BFG. 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil.
Rodriguésia. 66(4): 1085-1113.
Lombardi, J.A. 2014. The Second Known Species of the Recently Described Genus
Keraunea (Convolvulaceae). Phytotaxa, 181(1): 054-058.
MMA. 2000. Avaliação e ações prioritárias para a conservação da biodiversidade da
Mata Atlântica e Campos sulinos. 40p. Brasília: MMA/SBF.
Meira, M., Silva, E.P., David, J.M. & David,J.P. 2011. Review of the genus Ipomoea:
traditional uses, chemistry and biological activities. Revista Brasileira de
Farmacognosia. Brazilian Journal of Pharmacognosy, 22(3): 682-713.
Simão-Bianchini, R. & Ferreira, P.P.A. 2012. Merremia. In: Forzza, RC. et al. (eds.).
Lista de espécies da flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Disponível em <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB011518>. Acesso em 10
Abril 2017.
Staples, G.W. 2012. Convolvulaceae Unlimited. Disponível em
<http://convolvulaceae.myspecies. info/>. Acesso em 02 maio 2015.
Souza, W.O., Machado, J.O., Tognella, M.M., & Alves-Araújo, A. 2016. Checklist de
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Stefanovic, S. Krueger, L.& Olmstead,R.G.2002Monophyly of the Convolvulaceae and
circumscription of their major lineages based on DNA sequences of multiple
chloroplast loci. American Journal of Botany, 89: 1510-1522.
155
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INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
Coleta de material
Tratamento taxonômico
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
Uma vez que os dados apresentados são preliminares, acredita-se que a riqueza
das espécies de Solanaceae no PEI possa aumentar devido ao atual direcionamento das
coletas. O projeto encontra-se em fase de andamento e tem previsão de mais seis meses
de atividades de pesquisa e, certamente, contribuirá para o conhecimento da flora do
norte do Espírito Santo.
LITERATURA CITADA
Agra, M.F., Nurit-Silva,K., & Berger, R.L. 2009 Flora da Paraíba, Brasil: Solanum L.
(Solanaceae). Acta botânica . Brasílica 23(3): 826-842.
Dutra, V.F., Alves-Araújo, A., & Carrijo,T.T. 2015. Angiosperm Checklist of Espírito
Santo: using electronic tools to improve the knowledge of an Atlantic
Forestbiodiversity hotspot. Rodriguésia 66(4): 1145-1152. 2015.
159
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Soares, E.L.C., Silva,,M.V., Vendruscolo,G.S, Thode, V.A., Silva, J.A. & Lilian Auler
Mentz,L.A..2008. A família Solanaceae no Parque Estadual de Itapuã,Viamão,
Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biociencias.
Souza, W.O.; Machado, J.O; Tognella, M.M. & Alves-Araújo, A. 2016. Checklist de
angiospermas do Parque Estadual de Itaúnas, Espírito Santo, Brasil. Rodriguésia
67(3): 571-581.
160
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
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Coleta de material
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Bromeliaceae Aechmea maasii Gouda & W.Till Maciel, J.R. 1892 Epífita NT
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ae Choisy (VIES)
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Gentianaceae Voyria tenella Guilding ex. Hook. Souza, W.O. 445 Erva NE
micoheterótro
fa
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
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168
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INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
169
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Taxonomia
Numa extensa revisão dos nomes publicados por Hoehneverificou-se que a maioria
não apresenta designação formal de tipos na publicação original (holótipos), uma prática
comum para a época, onde designavam vários materiais tipos, e que hoje, de acordo com o
Código Internacional de Nomenclatura para Algas, Fungos e Plantas (CINAFP)(McNeillet
al., 2012) são considerados síntipos. A partir destes, deve haver uma designação formal de
um lectótipo, que trata-se de um voucherou ilustração ao qual o nome fica
permanentemente ligado.
Hoehne descreveu 29 espécies e seis variedades/subespécies. Atualmente 15 destes
nomes propostos por ele são consideradas espécies aceitas (Tabela 1). Do total de espécies
descritas ou combinadas, 13 delas (trêsa nível subespecífico) necessitam ser formalmente
tipificadas de acordo com o CINAFP (McNeillet al., 2012):
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CONCLUSÃO
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AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem aos curadores dos herbários consultados: Ruy J. V. Alves (R)
Rafaela C. Forzza (RB) e Maria C. H. Mamede (SP). À Mauro Peixoto, Juliana Cristina
Holzbach e Alexandre Gibau Lima, pelo autorização de uso das imagens. O primeiro autor
agradece ao Programa de Pós-Graduação em Botânica (PPPGBot / UEFS) e ao Conselho
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LITERATURA CITADA
BFG (Brazil Flora Group). 2015. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity
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173
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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174
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INTRODUÇÃO
O ensino de Botânica nas escolas públicas é por vezes precário, pois não existem
muitas alternativas didáticas para a transmissão do conhecimento do mesmo, onde
geralmente faltam materiais didáticos para o ensino de Ciências e Biologia. Com isso, o
professorfica impossibilitado de ministrar uma aula dinâmica ou diferenciada para as
suas turmas (Krasilchick, 2008).
Em relação ao ensino de ciências e biologia, e mais especificamente em relação
ao ensino de botânica, muito se investe na elaboração e utilização de livros didáticos
cada vez mais atraentes e ilustrados, o que muitas vezes não é proporcional ao
investimento em sua qualidade e conteúdo. Usando como único recurso, o livro acaba
por impedir o professor de planejar sua aula de acordo com os interesses e habilidades
dos alunos, além de prejudicar o incentivo para que pensem. É evidente, ainda, que a
observação direta dos vegetais contribui muito para a aprendizagem do que a simples
observação de suas ilustrações em livros didáticos (Neto & Fracalanza, 2003). Desta
forma, a utilização de materiais diversos, como modelos didáticos que buscam facilitar
o ensino-aprendizagem dos alunos, proporciona a eles uma visão mais próxima de sua
realidade, ajudando-os então nesse processo.
Os modelos didáticos devem ser um dos recursos mais empregados nas aulas de
Ciências e Biologia para demonstrar objetos ou estruturas em três dimensões
(Krasilchik, 2004), melhorando a capacidade de adquirir e guardar informações em
comparação com os métodos tradicionais (Almeida, 2003). Para Zabala (1998) a
escolha dos conteúdos, ou seja, do que ensinar deve englobar conteúdos conceituais,
procedimentais e atitudinais, os quais têm extrema importância para a ocorrência de
uma aprendizagem significativa.
Segundo Piletti (2006) os recursos de ensino são componentes do ambiente da
aprendizagem, que dão origem a estimulação do aluno e a quem está no comando de
uma sala de aula, este que sabe como é difícil despertar e manter o interesse do ouvinte.
Atualmente, um dos principais desafios do professor é planejar aulas estimulantes e
motivadoras, nesse sentido, a utilização de diferentes recursos didáticos propiciará ao
aluno a melhor compreensão dos conteúdos.
O objetivo deste trabalho é propor a confecção e utilização de modelos didáticos
de raízescomo alternativa educacional para o ensino de Morfologia Vegetal, acarretando
assim, maior interação e consequentemente, maior aprendizado do aluno com o
conteúdo ministrado, já que as raízes apresentam diversas formas e funções que vão
desde a sustentação até a nutrição da planta e são de extrema importância para a
alimentação do ser humano, fornecendo quantidades significativas de vitaminas. O
estudo teórico envolvendo o tema dos modelos foi adquirido inicialmente nas aulas da
disciplina de verão Morfologia Vegetal, como optativa do curso de Licenciatura em
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MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Confecção da raiz de aguapé Eichhornia crassipes (Figura 1): foi feita a raiz
principal com biscuit em formato cilíndrico, na cor marrom, com aproximadamente
16,5cm, onde a região lisa ou de distensão foi feita na cor branca. A região de
ramificação também foi feita com biscuit na cor marrom, em formato cilíndrico, porém
com diâmetro e tamanho menores. Na região pilífera ou de absorção foram inseridos
pequenos pedaços de linha de bordar marrom. O modelo foi fixado com fita adesiva
transparente em uma tampa de caixa de sapato encapada com papel camurça marrom e
cada estrutura foi identifica com uma etiqueta impressa em papel A4.
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superior do isopor com um palito de churrasco. A folha foi feita com biscuit verde e as
raízes com biscuit branco em formato cilíndrico, sendo fixadas na parte basal do caule.
Confecção da raiz de cenoura – Daucus carota (Figura 4): foi utilizada uma
caixa de sapato com a parte superior cortada e depois encapada com papel camurça
marrom. Um pedaço de isopor, com umacircunferência de aproximadamente 5,0cm de
diâmetro no centro foi encapado com papel camurça marrom e o mesmo foi encaixado
dentro da caixa de sapato. A raiz foi feita com biscuit laranja, com aproximadamente
13cm e nela foram fixados pedaços pequenos de linha de bordar laranja (representando
os pelos absorventes). As folhas foram artificiais com aproximadamente 12,5cm e
encaixadas na parte superior da raiz. Depois de pronta, a cenoura foi encaixada dentro
da caixa, através da circunferência feita no isopor.
Todos os modelos foram identificados com uma placa feita com cartolina verde,
papel impresso em folha A4 com nome popular, científico e tipo de raízes das espéciese
fixados na base de cada modelo com um palito de churrasco.
O ensino da Botânica é, em geral, tradicional, centralizando-se na simples
memorização e repetição de nomes e funções, geralmente desvinculados do dia-a-dia e
da realidade em que os alunos se encontram. A Botânica, nessa situação, torna-se muitas
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vezes uma disciplina maçante e monótona, fazendo com que os próprios estudantes
questionem o motivo pelo qual ela lhes é ensinada. Por outro lado, quando o estudo da
Botânica apresenta a relação entre os organismos e a natureza e aproxima do cotidiano,
ressaltando a importância dessa área de estudo, o estudante passa a ter um maior
interesse pelo assunto, quando lhes são dadas condições de perceber e discutir situações
relacionadas ao conteúdo. Desta forma, os modelos didáticos de raízes foram
confeccionados para preencher essa lacuna existente no conteúdo relacionado.
Durante uma aula da disciplina de verão Morfologia Vegetal, os quatros
modelos de raízes foram expostos em uma mesa no centro da sala e cada estrutura foi
devidamente demonstrada e explicada pela aluna Ludmila de Souza, onde os
licenciandos foram apresentados aos modelos didáticos e puderam visualizar os
diferentes tipos de raízes que existem e que estão presentes no dia a dia. Primeiramente
foi apresentado o modelo de raiz de aguapé, seguido pelos modelos de feijão, milho e
cenoura. Ao mostrar o modelo para os alunos, foi explicada a raiz representada,
juntamente com suas estruturas e características. Foi discutido também o fato do
material ser de fácil acesso, de fácil manuseio, de baixo custo e com uma boa
durabilidade. Os alunos foram positivos em relação à simplicidade e ao mesmo tempo
com a forma que os modelos foram representados, buscando sempre assimilar com o
modelo real.
Segundo a grade curricular do Espírito Santo (Brasil, 1998), esses modelos
confeccionados além de poderem ser utilizados na disciplina de Morfologia Vegetal,
podem ser também utilizados pelos professores para explicações da disciplina de
Angiospermas no Ensino Fundamental e Médio.
Ao trabalhar com recursos didáticos torna-se possível observar o entusiasmo do
aluno sobre a nova maneira de aprender. A maioria dos alunos prefere uma aula que
utilize um recurso didático do que uma aula com base no modelo tradicional bancário
(Freire, 1997), mesmo não tendo conhecimento sobre esse modelo. Assim, o uso de
modelos didáticos corresponde a uma forma de concretizar o conteúdo abordado, de
uma maneira divertida e prazerosa, caracterizando-se como uma das formas mais
efetivas de ensino, podendo ser utilizado como estratégia para aperfeiçoar o
desempenho dos alunos em conteúdos mais complexos (Miranda, 2001).
CONCLUSÃO
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AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
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66.
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180
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INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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184
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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foram observados em folhas de algumas epífitas sendo esses cristais, muito comuns em
Orchidaceae.
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CONCLUSÃO
A partir do estudo realizado foi possível comparar a histoquímica de raízes de
Cattleya guttata Lindl. em ambiente de baixa e alta luminosidade, a fim de gerar dados
que irão contribuir para o conhecimento biológico desta espécie.
5. LITERATURA CITADA
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Subárea: Ecologia
INTRODUÇÃO
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MATERIAL E MÉTODOS
Assim, foi criada uma placa composta por um microcontrolador Atmel, circuitos
de entrada/saída e que pode ser facilmente conectada à um computador e programada
via IDE (Ambiente de Desenvolvimento Integrado) utilizando uma linguagem baseada
em C/C++, sem a necessidade de equipamentos extras além de um cabo USB (Kim and
Sup, 2015).
Depois de programado, o micro controlador Arduino pode ser configurado de
infinitas formas para gerar uma grande gama de dispositivos capazes de automatizar
funções (Chandra et al., 2013), o resgistro de dados utilizados foram registrados por
meio do Sensor GP2Y1010AU0F (Sharp Corporation, 2006), Figura 2., é um sensor
optico de qualidade do ar desenvolvido para detectar partículas de poeira. Um diodo
emisor de infravermelhos e um fototransistor estão arranjados diagonalmente para
permitir o monitoramento da luz refletida por partículas em suspenção. É especialmente
efetivo na detecção de partículas muito finas como fumaça de cigarros e é normalmente
utilizado em sistemas de purificação.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
195
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
LITERATURA CITADA
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e-vale-lancam-38-mil-toneladas-de-poluentes-todo-mes-sobre-a-grande-vitoria-1
(08/04/2017).
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Cristina Jaques da CUNHA1*, Geovane Souza SIQUEIRA2 & Ana Carolina SRBEK-
ARAUJO1,3
1
Laboratório de Ecologia e Conservação de Biodiversidade, Programa de Pós-graduação em Ecologia de
Ecossistemas, Universidade Vila Velha.
2
Reserva Natural Vale, Vale S.A.
3
Instituto SerraDiCal de Pesquisa e Conservação.
* cristinajaques.bio@gmail.com
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
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amostra fecal foi fotografada e uma amostra das sementes foi coletada para posterior
identificação em laboratório.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CONCLUSÃO
200
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
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L.R.; Valls, J. F. M.; Garcia, F. C. P.; Fernandes, J. M.; Martins-da-Silva, R. C.
V.; Perez, A. P. F.; Mansano, V.F.; Miotto, S. T. S.; Tozzi, A. M. G. A.;
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M.; Pinto, R. B.; Lewis, G. P.; Barros, M. J. F.; Schütz, R.; Pennington, T.;
Klitgaard, B. B.; Rando, J. G.; Scalon, V. R.; Cardoso, D. B. O. S.; Costa, L. C.;
Silva, M. J.; Moura, T. M., Barros, L. A. V., Silva, M. C. R.; Queiroz, R. T.;
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INTRODUCTION
We sampled fish assemblages from nine localities in the Piabanha River basin.
The Piabanha River basin has a drainage area of 2.065 km², being an important tributary
of the Paraíba do Sul River. Sampling sites encompasses first order streams of rocky
204
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
substrates (LeValon), channelized streams (Garagem and Liceu), and larger rivers with
varying degrees of urbanization (e.g. Pedro do Rio stream is located within an urban
frame and directly receives domestic sewage water).
We carried out four expeditions between August/2012 and March/2014 for fish
sampling. Sampling techniques were specific to each site due physical limitations (e.g.
smaller streams as LeValon were sampled by electrofishing and sometimes with
complementary methods). Sampled individuals were fixed and identified in the Fish
Ecology Lab of the Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) following the
Catalog of Fishes. We measured the following environmental characteristics during the
ichthyological surveys: dissolved nutrients (phosphorous and nitrogen - µM), pH and
dissolved oxygen (mg/L).
We characterized differences in the environmental characteristics of the streams
by Principal Component Analysis (PCA) and determined which abiotic conditions were
the most important to observed dissimilarities. We used the broken-stick model as
stopping rule and interpreted the most correlated environmental characteristics with
each selected axis (Pearson r). We also selected the most important environmental
characteristics to analyze species-specific responses to urbanization.
General traits related to the taxonomic structure of the assemblage samples were
calculated (richness and Shannon’s diversity) for temporal and spatial comparisons. In
addition, a Non-Metric Multidimensional Scaling (NMDS) and the Analysis of
Similarity (ANOSIM) were performed to evaluate the dissimilarity in the fish fauna
composition among samples and sites. We used the Jaccard index as dissimilarity
measure, because our sampling design encompassed different methods, thus
discouraging direct comparisons of abundance among sites. We also performed a
Canonical Correspondence Analysis (CCA) to evaluate the changes in the fish
communities along the environmental gradients.
We analyzed the abundance patterns of species along the dissolved nitrogen and
phosphorous gradients in order to identify indicator species and their thresholds to
eutrophication using the Threshold Indicator Analysis (TITAN; Baker & King, 2010).
TITAN identifies change points in the response of the species and of the entire
community along an environmental gradient. The analysis takes into account the fidelity
of species occurrences and the relative abundances of the species along the observed
gradient. We used a 0.7 cut-off of purity and reliability in selecting indicator species.
PCA showed that major differences in the abiotic characteristics of the streams
were mostly temporal (Figure 1), and they were related to differences in the
phosphorous and nitrogen input in the water. Only one axis of explanation was selected
(43.06% of explained variance), and sampled with lower values in this axis exhibited
higher values of dissolved nutrients. All of those samples were from the same sampling
period (dry season), and it highlights that seasonal and year-to-year variation in rainfall
interacts with land use in controlling limnological characteristics.
205
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Figure 1. Principal Component Analysis for five limnological variables sampled in ten
streams of the Piabanha River basin between August/2012 and March/2014.
We may observe a trophic gradient among samples. During the dry season of
2013, five sites exhibited the extreme values of dissolved nitrogen and phosphorous.
These sites include both large (e.g. Parque) and small streams (e.g. LeValon). Despite
the great variation in dissolved nutrients, only one stream exhibits low values of
dissolved nutrients to be considered as mesotrophic (LeValon; mean PD < 0,5 µM and
mean ND < 20 µM).
We sampled 4,590 fishes distributed in 51 species, 17 families and six
taxonomic orders. A total of 12% of these are non-native species and some of them
represent recent introductions (e.g. Apareiodon piracicabae [Eigenmann, 1907] has
original distribution in the Tietê River and its invasion is related to ornamental
aquaculture). Some species sampled in a study performed near one of the studied
streams (Moura-Brasil downstream) highlights the absence of some species in the
streams studied herein: Brycon opalinus (Cuvier, 1819), Brycon insignis Steindachner,
1877, Leporinus conirostris (Steindachner, 1875), Steindachneridion parahybae
(Steindachner, 1877), Hypomasticus mormyrops (Steindachner, 1875), Loricariichthys
castaneus (Castelnau, 1855).
Larger streams exhibited higher richness, which is commonly expected if we
consider the species-area relationship (Ney-Nifle & Mangel, 2000). In addition, larger
streams also exhibited higher Shannon’s diversity. Both results must not be hold as
final, since there was difference in sampling methods among streams, which generated
different sampling effort. Nonetheless, sampling methods aimed to have the broader
possible assessment of the fish diversity in each stream, since standardize sampling
206
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Considering that nitrogen input is related to land use and due to its importance to
the fish fauna composition, we described a threshold for indicator species responses to
the dissolved nitrogen in these streams (Figure 3). TITAN confirmed that
Trichomycterus spp. and S. barbatus are species with low tolerance for dissolved
nitrogen increase (along with Astyanax intermedius Eigenmann, 1908 and
Neoplecostomus microps [Steindachner, 1877]). Those species are negatively affected
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
by the increase of dissolved nitrogen below 100 µM concentration, but S. barbatus has a
higher threshold (between 150 and 200 µM). The threshold for the regional diversity
was even lower than for indicator species (Figure 3b; 63.14 µM).
Seven species exhibited positive responses to dissolved nitrogen (Figure 3a).
Some of them were rather sensitive to the dissolved nitrogen increase: Phalloceros
harpagos Lucinda, 2008, Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824), Hypostomus
punctatus Valenciennes, 1840 and Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824),
which exhibited positive responses to nitrogen input between 20 and 90 µM.
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758), P. reticulata and Gymnotus gr. carapo
Linnaeus, 1758 thresholds occurred only after higher increases of dissolved nitrogen
(starting from 180 µM). Thus, positive responses in the regional assemblage were more
asynchronous along the dissolved nitrogen gradient (Figure 3), and a mean threshold for
the regional assemblage is not representative for overall response of indicator species.
208
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSION
Biodiversity responses to land use are rather diversified, but urbanization in the
Piabanha River basin affected the dissolved nitrogen and phosphorous in the streams
leading to eutrophication. Generally, increasing dissolved nitrogen and phosphorous led
to fish faunas dominated by few species. We also observed a high number of indicator
species, being Trichomycterus spp. and Astyanax spp. sensitive species to increasing
nutrients input in the streams, while Poecilia reticulata was favored in high
concentrations of dissolved nitrogen and phosphorous. Overall, we observed that fish
209
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
ACKNOWLEDGEMENTS
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Marcos MARTINELLI
212
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Um total de 53 referências foram utilizadas dentre elas artigos e livros as quais
foram separadas por áreas dentro da biologia geral e apresentadas na Tabela 1.
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de gatos (Oh & Fitch, 2016), abelhas (Kuusela & Lämsä, 2016), roedores (Rizzi et al.,
2016) e peixe-zebra (Doyle et al., 2017). Também foi visto a construção de ferramentas
específicas de pesquisa como armadilhas para controle de praga em Citrus sp (Mankin
et al., 2013), equipamento para estudo de padrões acústicos em primatas (Ravignani et
al., 2013) e na construção de protótipos para estudos comportamentais (Landgraf et al.,
2013; Doyle et al., 2017). Aplicando essa tecnologia em estudos comportamentais reduz
vieses experimentais relacionado ao manuseio humano e condicionamento desses
animais (Kuusela & Lämsä, 2016).
Além de utilizados com propósitos acadêmicos, sua utilização em ambientes de
sala de aula como ferramenta didática mostrou auxiliar no processo de ensino-
aprendizagem, muitas vezes colocando o aluno como produtor do conhecimento (Cira et
al., 2015). Grasel et al. (2015) propõe uma metodologia para três projetos abordando
diferentes tópicos da biologia, como co-evolução de predador e presa, quimiotaxia
microbioana e movimentação flagelar de bactérias. Esses temas são abordados em sala
de aula através da construção de robôs programados, criados pelos próprios alunos
utilizando o Arduino simulando diferentes tipos de comportamentos de organismos.
Outro exemplo, em Cira et al. (2015), é o desenvolvimento de um jogo que unifica e
relaciona temas como programação, análise de imagem, microbiologia, eletrônica a
partir da manipulação de luz em uma matriz onde se encontram microorganismos
fotossensíveis. No Brasil, foi encontrado até agora apenas uma proposta de estudo
publicada utilizando o Arduino. Neste projeto, foram criadas estações meteorológicas de
Código-aberto, onde alunos coletaram e compartilharam dados meteorológicos e
ambientais em microclimas (Silva et al., 2015). Apesar de estar mais relacionado ao
ensino de física, há temas no currículo da biologia no Brasil que podem aproveitar
dessas abordagens como ciclos biogeoquímicos, ciclo da água e microclimas.
O Arduino é compatível com a maioria dos sistemas operacionais e possui baixo
custo sendo acessível às escolas com poucos recursos disponíveis. Inovando métodos de
se passar um conteúdo é possível direcionar uma nova perspectiva de como são
abordados temas relacionados à biologia, de forma mais interdisciplinar. Além disso,
utilização do Arduino em ambientes de aprendizagem requer que seja abordado lógica
de programação, sendo necessário para a comunicação do computador com a plataforma
física. A abordagem lógica em sala de aula é demonstrada como positiva para o
exercício de atividades relacionadas a resolução de problemas (Bastos et al., 2015), que
no contexto da biologia, são atividades essenciais para estudos sobre o meio ambiente e
ecologia (Lavoie, 1993).
Na área de biomédicas, observou-se a aplicação da plataforma em estudos
envolvendo também a construção de equipamentos laboratoriais com baixo custo
(Savazzi, 2011; Chiu & Urban, 2015; Prabhala et al., 2016; Muckley, 2016) e parte do
desenvolvimento de sistemas automatizados de procedimentos experimentais como
extração de DNA (Kim et al., 2016) e sistemas de culturas celulares de algas (Kim &
Song, 2016) e células animais (Mathupala et al., 2016). Além disso, foram encontrados
projetos com análises na qualidade da água com sensores que detectam presença de
bactérias (Kim and Myung, 2015) e plataformas para testes de colorimetria (para
demanda química e bioquímica de oxigênio) e nefelométria (para turbidez) (Wijnen et
al., 2014) com sensibilidades semelhantes a equipamentos já existentes no mercado. É
considerado que as construções desses equipamentos de baixo custo com livre
divulgação podem mudar o cenário atual em países onde pesquisas clínicas recebem
muito pouco auxílio financeiro e contribuir assim com a melhoria da saúde pública
mundial (Lang, T., 2011).
215
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Outras observações também foram feitas em relação aos aspectos que envolvem
o universo do Arduino. Este possui uma comunidade em todo o globo com membros
ativos para colaborarem e auxiliar o processo de criação e inovação tendo entre eles
cientistas, artistas, designers, estudantes, entusiastas, e muitas outras atividades
profissionais. Em relação às desvantagens em sua utilização, apenas um artigo
mencionou problemas em seu desempenho como microcontrolador. Em Savazzi et al.,
2011, limitações envolvendo o sistema de correção de erros (chamado ‘Debug’) foram
identificadas. Mesmo assim, esse problema foi solucionado a partir do emparelhamento
do microcontrolador com computadores de melhor desempenho. Foi observado também
que, apesar de existirem muitas bibliografias extremamente didáticas, ainda há um
grande número de documentações sobre o Arduino que possuem caráter tecnicista,
difícil de ser compreendida por uma pessoa sem conhecimentos técnicos de eletrônica
(Hribernik et al., 2011).
CONCLUSÃO
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
220
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
zoologia do Museu de Biologia Mello Leitão – MBML, hoje atual Instituto Nacional da
Mata Atlântica – INMA, onde foram alocados nos freezers da instituição com o
propósito de incorpora estes materiais às coleções científicas, entretanto devido ao
estado não adequado para este fim os materiais foram apenas triados para analises do
conteúdo estomacal. Todos os indivíduos de Guira guira e Crotophaga ani tiveram seus
estômagos coletados, após esta coleta foram realocados em recipientes para uma
lavagem e melhor visualização e manuseio dos materiais contidos em seus respectivos
estômagos. O conteúdo estomacal de todos os indivíduos foi alocado separadamente e
submetido a um processo de secagem em estufas, após isso foram analisados com
auxílio de lupas tendo objetivo de chegar a identificação taxonômica mais próxima
possível. Após as análises dos conteúdos os mesmos eram fotografados e descartados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
221
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80
indivíduos por ordem
70
Quantidade
60
50
40
30
20
10
0
80
70
60
50
40
30
20
10
0
222
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espécies de aves são seletas quanto ao volume energético (tamanho do alimento) que o
alimento ingerido, selecionado os itens maiores (Sick 1997). As figuras 2 e 3 expressam
a quantidade de indivíduos de cada ordem e classe taxonômica encontrados nos
estômagos das duas espécies de aves, sendo possível observar uma diferença
significativa comparando as ordens Coleóptera, Ortóptera e Hemíptera em relação as
demais ordens encontradas nos estômagos das espécies de cuculídeos.
Também foi possível constatar nos conteúdos estomacais de G. guira a presença
de vertebrados da classe reptila (Torpidurus torquatus e Ameivula nativo) sendo este
conteúdo encontrado em apenas um indivíduo de G. guira, o mesmo foi descrito em
uma nota cientifica por Silva et al., (2016). Esta diversidade na dieta dos cuculídeos é
proveniente de seus próprios hábitos de vida, sempre andando em bandos e fazendo
buscas de forrageamento em grupos (Souza 1995, Sick 1997). Embora ambas as
espécies apresente hábitos parecidos e vivam em ambientes abertos existe algumas
diferenças nas preferências alimentares (figura 2 e 3), tendo as duas unanimidade pela
preferência de artrópodes coleópteros e ortópteros, porém a espécie G. guira
demonstrou uma maior preferência por artrópodes da ordem Hemíptera. Há relatos de
coexistência contínua de ambas as espécies em mesmos ambientes (Souza 1995, Sick
1997, Sigrist 2014), porém não há estudos que comprovem competição por alimento
entre as espécies. Segundo Souza (1995) a simpatria entre as espécies existe devido a
diferenciada forma de forrageio, pois a espécie G. guira geralmente forrageia em grupos
com indivíduos próximos uns dos outros, diferente da espécie C. ani que forrageiam de
forma mais espaçadas entre os indivíduos. Mesmo com bastante similaridade nas dietas
de ambas as espécies de cuculídeos ainda assim há distinções para as mesmas quanto
aos conteúdos estomacais, pois a espécie G. guira tem em sua dieta a inclusão de
pequenos vertebrados com maior frequência (Souza 1995).
Por outro lado devemos dar enfoque aos artrópodes que compuseram mais de
90% da dieta do G. guira e C. ani. Os artrópodes possuem a maior diversidade de táxons
do planeta (Brusca & Brusca 2007), sendo muitos destes terrestres e servindo de
alimentos para diversas classes de vertebrados principalmente as aves (Brusca &
Brusca, 2007; Sick 1997). Desta forma, expressiva quantidade de artrópodes
encontrados na dieta de C. ani e G. guira corrobora que a alta diversidade e abundancia
de artrópodes favorecem a sobrevivência de muitos vertebrados em diferentes tipos de
ambientes, uma vez que os artrópodes sobrevivem em locais desde antropizados até os
mais conservados. Além disso, as espécies de cuculídeos são consideradas onívoras
(Sick 1997), porém no trabalho constatamos que apesar de serem consideradas espécies
onívoras observou-se que ambas as espécies possuem uma preferência alimentar por
artrópodes, isso pode ser devido à escassez de alguns recursos alimentares diferenciados
e a existência abundante dos artrópodes.
Outra importante hipótese a se considerar é a de que os insetos são atraídos por
luminosidades (Silva & Martinelli 2012) assim sendo atraídos para ambientes viários
local onde foram encontrados todos os indivíduos das duas espécies, estes chegando a
morte por colisões com veículos.
CONCLUSÃO
223
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
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225
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
226
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
227
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
228
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
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230
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
231
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
232
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Análise de dados
233
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
234
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
A RGS de fêmeas variou ao longo do ciclo anual (Figura 4a), com os menores
valores nos meses mais próximos do verão ou nos quais só foram capturadas F1, tendo
alcançado assim, os maiores valores nos meses mais próximos do inverno. O valor
mínimo da média de RGS de fêmeas foi de zero% em abril e agosto de 2015 (meses
com somente F1) e o valor máximo da média de RGS foi de 3,60% no mês de outubro
de 2015. O maior valor de RGS de fêmeas atingido na população foi de 6,30% em
novembro de 2015, por uma fêmea de 13,2 cm de CP.
A RGS de machos também variou ao longo do ciclo anual (Figura 4b),
alcançando os maiores valores em meses próximos aos picos de RGS das fêmeas. O
valor mínimo da média de RGS de machos foi de zero% em junho e julho de 2015 e
março de 2016, e o valor máximo da média de RGS foi de 0,19% no mês de outubro de
2015. O maior valor de RGS atingido na população foi de 0,41%, também em outubro
de 2015, por um macho de 14,4 cm de CP.
O Log da RGS de fêmeas foi negativamente correlacionado com o Log do pH (R
= -0,2869; p < 0,05; Tabela 1), positivamente correlacionado com o Log do oxigênio
dissolvido (R = 0,2603; p < 0,05; Tabela 1), com o Log da condutividade (R = 0,3169; p
< 0,05; Tabela 1) e foi negativamente correlacionado com o Log da pluviosidade
mensal histórica (R = -0,1583; p < 0,05; Tabela 1).
235
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
a b
236
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
de RGS de machos foi no mês de outubro de 2015, coincidindo com um dos picos das
fêmeas. As proporções de indivíduos maduros de ambos os sexos (F2a, F2b, F3, F4,
M2, M3 e M4) coincidiram com os meses de maiores valores de RGS, indicando um
período reprodutivo longo (aproximadamente de junho a novembro), que começa nos
meses de menor pluviosidade e segue decrescendo até os meses de maior pluviosidade.
Outras espécies de riacho também seguem esse padrão [como em Duboc (2003),
Amaral et al. (1999) e Mazzoni et al. (2002)]. É comum que peixes de riachos,
suscetíveis a fortes instabilidades ambientais, desenvolvam estratégias reprodutivas
diferenciadas para aumentar a sobrevivência da prole (e.g. Menezes & Caramaschi,
1994; Amaral et al., 1999; Mazzoni et al., 2002). Em pequenos riachos da Serra do Mar
(onde R. transfasciatus são encontrados), cabeças d’água (i.e. rápido aumento na
descarga fluvial) nos meses mais chuvosos podem ser prejudiciais à prole. Desta forma
é comum que espécies destes ambientes desenvolvam sua reprodução em períodos secos
(Winemiller et al., 2008) ou mesmo possuam períodos reprodutivos mais longos, como
observado para o congênere R. frenatus (Duboc, 2003) e para o também Heptapteridae
Pimelodella pappenheimi (Amaral et al., 1999).
O aumento da RGS de fêmeas de R. transfasciatus respondeu significativamente
tanto a fatores de maior escala (e.g. pluviosidade média histórica), quanto às condições
abióticas locais (e.g. pH, oxigênio dissolvido e condutividade). Nos machos por outro
lado, o aumento do RGS respondeu significativamente somente a fatores de maior
escala (e.g. pluviosidade acumulada em dez dias e vazão local). Condições abióticas
locais como temperatura da água, pH, oxigênio dissolvido e condutividade, podem ser
correlacionados entre si e também com fatores de maior escala como a pluviosidade, e
em última instância estão relacionados com a à estação do ano. Uma vez que a atividade
reprodutiva das fêmeas responde melhor à pluviosidade histórica e não à pluviosidade
do ano de estudo, é possível que o gatilho para reprodução nas mesmas esteja
relacionado a fatores mais previsíveis, ligados à estação do ano, ou mesmo outros
fatores ambientais primários ligados a ciclos mais previsíveis como o fotoperíodo.
Vlaming (1972) em revisão sobre o controle dos ciclos reprodutivos em teleósteos,
verificou que o fotoperíodo é um dos fatores exógenos mais importantes para a
determinação do período reprodutivo; porém também verificou que o mesmo pode ser
superestimado, pois os efeitos dos fatores exógenos variam com as estações (Vlaming,
1972). No caso dos machos, o gatilho para a reprodução pode ser diferente, e uma vez
que as condições se tornam favoráveis, os mesmos permanecem maduros por tempo
suficiente para garantir a reprodução.
CONCLUSÃO
237
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Barbieri, G., Salles, F. A. & Cestarolli, M. A. 2001. Growth and first sexual maturation
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239
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
240
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
em Vitória, pois é um local com bastante tráfego veicular, perto do Porto de Tubarão e
onde um grande número de pessoas usam local para praticarem atividades físicas em
busca de melhorias na qualidade da saúde. Porém, a realização de exercícios próximos a
vias de tráfego intenso aumenta os níveis de carboxi-hemoglobina (30 min de corrida
pode elevar os níveis desta ao equivalente ao consumo de 10 cigarros/dia) (Arbex et al.,
2012).
Para a aferição dos níveis de monóxido de carbono, foram desenvolvidas
unidades autônomas baseadas em Arduino (Sánchez, V. et al., 2015) munidas com
sensores específicos para CO (modelo MQ-7) com sensibilidade mínima de 20 ppm,
sensores de umidade e temperatura (modelo DHT22) e módulos de Real Time Clock
(modelo DS3231). A programação destes sensores foi realizada em linguagem C# no
próprio programa do Arduino. Para uma melhor precisão nos dados obtidos,
programamos o sensor MQ-7 e o DHT22 para captar informações a cada minuto. Essas
informações são enviadas para um micro SD que também está acoplado a placa de
Arduino. Como o MQ-7 só detecta níveis acima de 20 ppm, quando o ambiente está
abaixo deste valor ele não consegue detectar dado algum, logo não envia a informação
para o micro SD. Ou seja, só porque não foi enviado valores ao micro SD, isso não
exclui a possiblidade deste gás estar presente no ambiente, apenas que ele esta abaixo
do limite mínimo de detecção do sensor.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
241
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
242
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Dapper, S. N.; Spohr, C.; Zanini, R.R. 2016. Poluição do ar como fator de risco para a
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243
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Michel Trarbach BLEIDORN1*, José Matias GOMES1, Edilson Sarter BRAUM1 &
Maycon Patrício de HOLLANDA2
1
Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária – Faculdade da Região Serrana, FARESE
2
Mestre em Produção Vegetal pelo Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal do Centro de
Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito Santo, Docente na Faculdade da Região Serrana,
FARESE.
*
michel.tb.03@gmail.com
INTRODUÇÃO
244
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
do Vale e Canaã, sendo realizada de duas maneiras: coleta porta a porta e através de
pontos de entrega voluntária (PEV’s).
Os resíduos sólidos coletados no município são encaminhados para a Usina de
Triagem e Compostagem de Resíduos Sólidos Urbanos, para que seja realizada a
separação de todo material reciclado através da Cooperativa de Agentes Ambientais de
Santa Teresa, COOPAAST (PMST, 2017). Após segregação e triagem cerca de 20 mil
quilos são comercializados para empresas de reciclagem localizada no Município de
Aracruz, ES, enquanto o restante do material é rejeitado e encaminhado para uma
empresa de gerenciamento integrado de resíduos na cidade de Cariacica, ES.
Segundo Bringhenti e Günther (2011), a efetividade de programas e iniciativas
de coleta seletiva requer necessariamente o envolvimento dos cidadãos, considerados os
geradores dos resíduos sólidos. Para tanto, se faz necessário um programa de coleta
seletiva (PCS) que invista de ações educativas, no sentido de informar a população
atendida para que a mesma consiga participar de forma efetiva e responsável junto aos
programas das municipalidades. É possível que a falta de um efetivo processo
educativo, venha a minimizar ou então anular a eficiência do PCS. Assim, estudos que
buscam investigar aspectos sobre informação e conhecimento da população sobre o PCS
do município, podem ser relevantes para a tomada de decisão dos gestores municipais e
a melhoria contínua do processo de gerenciamento integrado dos resíduos sólidos
municipais (Silva et al, 2017).
Considerando que a análise da participação social nos programas de coleta
seletiva pode ser utilizada para avaliar a problemática das questões ambientais e
direcionar possíveis estratégias de educação ambiental, objetivou-se com essa pesquisa
investigar a participação dos moradores dos bairros, Centro, Recanto do Vale e Canaã
na coleta seletiva do município de Santa Teresa, Espírito Santo.
MATERIAL E MÉTODOS
245
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Figura 1. Bairros abrangidos pelo programa de coleta seletiva em Santa Teresa, ES.
Fonte: dos Autores
RESULTADOS E DISCUSSÃO
246
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
De acordo com as análises das respostas dos sessenta moradores, percebe-se que
existe uma falha na divulgação, pois os entrevistados mostram estar desinformados
sobre o programa de coleta seletiva e localização dos PEV’s. Nota-se que os
247
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
LITERATURA CITADA
248
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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eficiência para o programa de coleta seletiva nos bairros de uma cidade no Sul
do Brasil. Ciência e Natura, Santa Maria v.39 n.1, 2017, Jan - abr, p. 179 – 186.
249
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
250
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
A concepção dessa exposição se deu pela inquietação dos autores acerca da falta
de visibilidade que a área de Entomologia tem por parte dos visitantes do instituto e
também por possuir uma frágil linha e pesquisa dentro da instituição. Nessa construção
se pensou em uma abordagem que tocasse os visitantes pelas formas de vida dos insetos
e como durante milhares de anos os humanos vêm se apropriando de suas diversas
habilidades para construir as suas necessidades e benfeitorias. Cada espaço da
exposição, que foi intitulada “O mundo fascinante dos insetos”, preocupou-se em
mostrar o lado “benéfico” dos insetos, tentando desmistificar as crendices e informações
que levam as pessoas à entomofobia (medo de insetos). A exposição foi organizada com
ilustrações que reforçaram toda a informação contida tanto na pergunta quanto na
resposta. Foram elaboradas algumas perguntas que favoreceram a construção da ação e
que se constituíram conforme segue abaixo. Perguntas: “Os pêlos das asas da borboleta
e das mariposas podem cegar uma pessoa? O contato com uma jetiquiranabóia pode
matar uma pessoa? Pulgas voam? Mariposas só podem ser encontradas de noite?
Como eu diferencio uma borboleta de uma mariposa? A lêndea é a fêmea do piolho?
Besouros podem me causar alguma doença? As moscas se alimentam? Quais os
maiores insetos que existem?”. Essas perguntam são observadas e feitas no dia a dia
pelos visitantes. Foram utilizados exemplares obtidos da coleção didática da instituição,
que serviram na preparação de caixas entomológicas, representando as ordens dos
insetos para exemplificar e classificar a entomofauna da região. Além disso, houve a
preocupação em se mostrar uma caixa com exemplares de animais não insetos, que são
facilmente confundidos com eles, como uma forma de esclarecer os visitantes sobre a
morfologia dos insetos. Foram confeccionados cinco dioramas que explanam os
diferentes habitats e nichos dos insetos, utilizando exemplares conservados da coleção
didática; libélulas, besouros rola-bosta, insetos necrófagos, besouros serra-pau e
borboletas. Três tipos de construções onde se encontram insetos sociais (cupinzeiro,
formigueiro e vespeiro) foram expostos para mostrar a diversidade de formatos e
estratégias em construir suas “moradias”. Uma “bancada lúdica” foi organizada para
apresentar como os insetos podem ser trabalhados no prisma da Entomologia cultural.
251
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Wagensber (2008, p.70) disse que o museu se torna mais apropriado para
provocar estímulos nos jovens para aprender e não deve competir com as escolas e sim
somar no processo de construção do conhecimento, e ressalta ainda que o museu deve
ser visto hoje como um instrumento de mudança social; deve-se não permitindo que o
visitante saia com as mesmas convicções que entrou. Uma barreira vencida
primeiramente pelos autores foi pensar uma exposição cultural sobre insetos com
diversas formas de abordar as informações saindo do padrão colegial, o que também
provocou mudança no olhar do público, que esperava uma exposição de ciência e
encontrou no espaço um viés cultural, lúdico e mais leve do que se espera em um
ambiente escolar. Ao contrário da escola, que tem como foco a transmissão de
conhecimento, a exposição foi concebida como uma provocação para aproveitar um
momento prazeroso e informativo, com várias descobertas para os mais jovens e cheio
de resgates de memória para os mais idosos. Vale ressaltar que a relevância dos espaços
de divulgação e popularização científica se relaciona também com o despertar de
252
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
253
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Gallo, D. et al. 2002. Manual de Entomologia Agrícola. São Paulo: Agronômica Ceres,
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254
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
255
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MATERIAL E MÉTODOS
A B
A
A
D
C A D
A A
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A B
A A
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
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260
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
As questões que afetam a vida humana e de outros seres devem ser tratadas
dentro das escolas, tomadas como consciência e praticada na vida cotidiana (Abreu &
Rodrigues, 2013). A Mata Atlântica é considerada um hotspot de biodiversidade: esta
floresta possui grande riqueza de espécies, alto grau de endemismo e está sob forte
ameaça pela fragmentação, sendo reduzida a pequenos remanescentes florestais (Myers
et al., 2000). Ainda assim, a Mata Atlântica tem um importante papel como prestadora
de serviços ambientais e uma imensa importância biológica, onde a maioria das espécies
brasileiras ameaçadas de extinção encontra-se nesse bioma, muitas das quais no estado
do Espírito Santo (IPEMA, 2004).
Santa Maria de Jetibá, localizada na região centro-serrana do estado do Espírito
Santo, foi colonizada a partir do final do século XIX por imigrantes europeus oriundos
da antiga Pomerânia, que implantaram um sistema agrícola familiar em pequenas
propriedades rurais. O histórico de ocupação e o relevo acidentado favoreceu a
permanência de muitos fragmentos parcialmente conectados, que ainda permitem um
razoável fluxo biológico entre eles. É estimado que o município ainda possua 36% de
sua superfície coberta por florestas nativas em estágio médio e avançado de sucessão
(Centoducatte, 2011).
Face à relevância nacional e internacional a necessidade de ações imediatas
visando à sua conservação e recuperação, a Mata Atlântica tem sido objeto de vários
programas públicos em diferentes esferas governamentais. O modo de interação do ser
humano com a natureza, por meio de suas relações sociais, do trabalho, da ciência, da
arte e da tecnologia devem ser considerados nos espaços escolares, levando em
consideração as peculiaridades de cada região e que a educação possa atuar no processo
de formação da cidadania (Abreu & Rodrigues, 2013).
A ciência é popularizada quando é utilizada uma linguagem mais explicativa,
que traduza a para um público leigo em geral, chamada de divulgação científica
(Albagli, 1996). A divulgação científica realizada dentro do ambiente escolar fortalece a
cultura científica no país através de um processo coletivo que envolve diversos
segmentos da sociedade, como: instituições de pesquisa, universidades, sociedade
científica, governo, comunicadores, educadores e estudantes (Boa-Esperança et al,
2014).
Segundo Gouvêa (2000), ela deve ser estudada como um fenômeno
comunicacional que pressupõe interação entre pesquisadores, mediadores e não-
261
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
2. MATERIAL E MÉTODOS
O projeto
Metodologia
O trabalho retrata uma das atividades do Projeto “Da escola para a mata:
observando a natureza e popularizando a ciência” realizada por 3 educadores e 10
alunos bolsistas de iniciação científica júnior (ICJr) da Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio (EEEFM) Prof. Hermann Berger.
Como o projeto visa a popularização científica focada no tema “animais
ameaçados” para a conservação da biodiversidade da Mata Atlântica, os bolsistas ICJr
participaram de duas oficinas de capacitação no Instituto Nacional da Mata Atlântica
sobre “Identificação de aves da região Centro-Serrana do Espírito Santo”, ministrada
pelo Msc. José Nilton Silva no dia 24 de fevereiro de 2016, e “Identificação de
mamíferos da região Centro-Serrana do Espírito Santo”, ministrada pelo Msc. Arthur
Machado Gonçalves no dia 04 de março de 2016, onde adquiriram conhecimento sobre
esses grupos e seus status de ameaça tanto na lista brasileira quanto na lista
internacional de fauna ameaçada de extinção. Para ambas as oficinas, a educadora
Maristela Cichelero desenvolveu apostilas com informações complementares aos temas
e a lista de espécies de aves e mamíferos ameaçados de extinção encontrados na região
Centro-Serrana do Espírito Santo.
262
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
263
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
O resultado do trabalho é positivo uma vez que durante as palestras e logo após,
no diálogo domiciliar aqui compartilhado, já se podia notar o grau de sensibilização
acerca dos animais ameaçados de extinção da região centro-serrana do Espírito Santo,
por parte dos alunos da EEEFM Professor Hermann Berger. Os estudantes bolsistas de
ICJr participaram ativamente da sensibilização por meio do diálogo e da interação com
a comunidade escolar, seja outros alunos, professores ou pais, e puderam fazê-los
refletir a respeito do que pensavam e faziam para a conservação da biodiversidade,
mudando atitudes relacionadas ao ambiente que fazem parte e agregando conhecimento
extraescolar em prol da conservação da natureza.
264
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Gouvêa, G. A 2000. Divulgação científica para crianças: o caso da Ciência Hoje das
crianças. Tese de Doutorado, Centro de Ciências Sociais, Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 305 p.
265
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266
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1
Programa de Capacitação Institucional, Instituto Nacional da Mata Atlântica
² Programa de Iniciação Científica Júnior - Pesquisador do Futuro, Universidade Federal do Espírito
Santo
*cintia.corsini@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO
267
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
O projeto
268
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Metodologia
O trabalho retrata uma das atividades do Projeto “Da escola para a mata:
observando a natureza e popularizando a ciência” realizada no período de fevereiro de
2016 a abril de 2017 com 4 educadores e 10 alunos bolsistas de iniciação científica
júnior (ICJr) da EEEFM Prof. Hermann Berger.
Como o projeto visa o desenvolvimento de atividades de educação ambiental
voltadas para sensibilização sobre combate à poluição no meio rural e a importância de
ações educativas para a conservação da biodiversidade, os bolsistas ICJr participaram de
uma oficina de capacitação sob a orientação do professor de biologia convidado,
Raphael Becalli Soares, e também foi desenvolvida pela monitora do projeto uma
apostila sobre o tema Educação Ambiental que abordou a questão do crescimento dos
movimentos ambientalistas, os quais promoveram um avanço tecnológico e científico,
mas não o suficiente para conter o processo de degradação em curso. Adicionalmente,
foi salientado o comportamento da sociedade no meio rural, que faz uso indiscriminado
de agrotóxicos e afeta a cadeia dos organismos que fazem parte desse meio.
A oficina aconteceu em 17 de fevereiro de 2016, e foi dividida em dois
momentos. O momento teórico contou com a apresentação de três conceitos de
educação ambiental: o primeiro da Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº
9795/1999, Art 1º - "Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos
quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade"
(Brasil, 1999); o segundo dos Parâmetros Curriculares Nacionais – meio ambiente,
saúde, Art. 2° - “A Educação Ambiental é uma dimensão da educação, é atividade
intencional da prática social, que deve imprimir ao desenvolvimento individual um
caráter social em sua relação com a natureza e com os outros seres humanos, visando
potencializar essa atividade humana com a finalidade de torná-la plena de prática social
e de ética ambiental” (Brasil, 1997); e o terceiro do autor Mousinho (2003) "Processo
em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a questão ambiental,
garantindo o acesso à informação em linguagem adequada, contribuindo para o
desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o enfrentamento das
questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de complexidade,
procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a transformação
social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e política". Os conceitos
foram analisados junto com os alunos para apresentar a preocupação que existe em
relação ao tema. Em seguida o conceito de Mousinho (2003) foi confrontado com o
projeto ICJr da escola para destacar as partes que ajudariam no projeto para a
elaboração de como aplicá-las. Após estudar as definições de educação ambiental e os
objetivos dos projetos foi lançada uma provocação: “Existe algo para mudar no planeta
em prol do meio ambiente?”. Com essa provocação o ministrante teve como objetivo
ouvir a opinião dos alunos em relação às ações sociedade-meio ambiente. Após essa
provocação o gargalo da pergunta foi estreitando para o que é preciso mudar no país, na
cidade, na escola, na casa de cada um e por fim nas ações do cotidiano, ou seja a
preocupação individual para as questões ambientais. Baseado nas diretrizes do projeto,
os alunos foram direcionados a voltar o debate para o ambiente escolar: “Como
despertar a preocupação individual e coletiva para questões ambientais, garantindo o
269
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
270
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271
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“Pelo meu ver houve mais aproveitamento das crianças. Ouvi algumas opiniões
dos meus colegas dizendo que os cartazes não ficaram legais espalhados pela escola.
Muitos também nem devem ter lido as informações”. (B.H.)
De acordo com Guimarães (2007), problemas socioambientais não são
solucionados por mudanças comportamentais de cada indivíduo. Eles podem se
constituir em temas geradores que questionam e problematizam a realidade para
compreendê-la por sujeitos em processo de conscientização. Além de alertar ao
indivíduo sobre a problemática ambiental, torna-se oportuno também questionar o
porquê essa sociedade gera tanto problema e disso promover toda uma discussão do seu
modo de produção e consumo para saber como agir.
Os alunos ICJr também perceberam que a disponibilização da informação afeta
toda a comunidade escolar, como os funcionários ali inseridos:
“Eu acredito que os murais são importantes, os alunos podem não comentar, mas
eles prestam atenção no que está exposto. Os funcionários da escola ficam informados
sobre os assuntos abordados”. (L.D.)
De forma contrária à educação tradicional, essa é uma educação voltada para
uma ação-reflexiva, coletiva, para a relação interativa em que seu conteúdo está para
além dos livros, está na realidade socioambiental ultrapassando os muros das escolas
(Guimarães, 2007). A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – (LDB), em seu
Artigo 1º, relata que a educação considera a formação do indivíduo no ambiente
familiar, na sociedade, na formação escolar nos movimentos sociais e nas manifestações
culturais (Brasil, 1996). Nesse sentido o avanço da Educação ambiental é importante
para que com o passar do tempo os alunos tenham conhecimento para criar alternativas
que erradique práticas incoerentes e prejudiciais ao meio ambiente.
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
272
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LITERATURA CITADA
Brasil. Lei 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9795.htm (18/04/2017)
Fundação SOS Mata Atlântica. 2015. Informações obtidas através do aplicativo “Aqui
tem Mata?” com dados do “Atlas da Mata Atlântica”, da Fundação SOS Mata
Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais - INPE. Disponível em:
http://aquitemmata.org.br (08/05/2017)
Guimarães, M. 2007. Educação Ambiental: participação para além dos muros da escola,
p. 85 – 93. In: de Mello, S. S. & Trajber, R. (orgs). Vamos cuidar do Brasil:
conceitos e práticas em educação ambiental na escola. Brasília: Ministério da
Educação, Coordenação Geral de Educação Ambiental: Ministério do Meio
Ambiente, Departamento de Educação Ambiental: UNESCO. 248 p.
Mousinho, P. 2003. Glossário. In: Trigueiro, A. (Coord.) Meio ambiente no século 21.
Sextante, Rio de Janeiro, 367 p.
273
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Santos A. R., Almeida Junior H.C., Eugenio F.C. 2012. Evolução da Cobertura Florestal
no Município de Santa Maria de Jetibá – ES. Floresta e Ambiente, 19(3): 296-
307.
274
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INTRODUÇÃO
275
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MATERIAL E MÉTODOS
276
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Guia prático das aves do parque do INMA, capa e uma das páginas do
conteúdo do produto, ao lado da caixa de informação os quadrados em azul são os
espaços para serem assinalados pelos para cada espécie observada.
277
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278
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Figura 4. Folder informativo com uma visão geral das aves e da ornitologia dentro do
INMA, sendo este uma espécie de “cartão de visita”.
CONCLUSÃO
279
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
AGRADECIMENTOS
Ao graduando Renan Betzel por ceder algumas imagens das aves, ao setor de
difusão por apoiar o trabalho, ao biólogo Raphael Becalli por sugestões de grande valia
nos produtos apresentados. Ao senhor Rosemberg Ferreira Martins (in memorian) por
proporcionar métodos de trabalhar as imagens, além de ter cedido programas para a
edição das mesmas.
LITERATURA CITADA
Albagli, S. 1996. Difusão científica: informação científica para a cidadania? Ci. Inf.,
Brasília, v. 25, n3. 396-404p.
Loureiro, M.M. 2003. Museu de ciência, divulgação e hegemonia. Ci. Inf., Brasília, v.
32, n. 1, 88-95p.
Sick, H. 1997. Ornitologia brasileira: uma introdução. Editora nova fronteira. Rio de
Janeiro, 912p.
280
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
281
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MATERIAL E MÉTODOS
282
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A B
Figuras 1 (A-B). Atividade de trilha interativa. A. Crianças procurando aranhas no
jardim rupestre do INMA. B. Detalhe de uma aranha confeccionada com isopor, papel,
cola e tinta guache. (INMA, 12/10/2016).
A B
283
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
284
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Brandão, C. R. 2015. Jogo das palavras-semente e outros jogos para jogar com palavra.
Cortez Editora, São Paulo, 168 p.
285
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Mendes, S. L.; Padovan, M. P. 2000. A Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa,
Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão, Santa Teresa,
11/12: 7-34.
Misof, B., Liu, S., Meusemann, K., Peters, R. S., Donath, A., Mayer, C., Frandsen, P.
B., Ware, J., Flouri, T., Beutel, R. G., Niehuis, O., Petersen, M., Izquierdo-
Carrasco, F., Wappler, T., Rust, J., Aberer, A. J., Aspöck, U., Aspöck, H.,
Bartel, D., Blanke, A., Berger, S., Böhm, A., Buckley, T. R., Calcott, B., Chen,
J., Friedrich, F., Fukui, M., Fujita, M., Greve, C., Grobe, P., Gu, S., Huang, Y.,
Jermiin, L. S., Kawahara, A. Y., Krogmann, L., Kubiak, M., Lanfear, R., Letsch,
H., Li, Y., Li, Z., Li, J., Lu, H., Machida, R., Mashimo, Y., Kapli, P., McKenna,
D. D., Meng, G., Nakagaki, Y., Navarrete-Heredia, J. L., Ott, M., Ou, Y., Pass,
G., Podsiadlowski, L., Pohl, H., von Reumont, B. M., Schütte, K., Sekiya, K.,
Shimizu, S., Slipinski, A., Stamatakis, A., Song, W., Su, X., Szucsich, N. U.,
Tan, M., Tan, X., Tang, M., Tang, J., Timelthaler, G., Tomizuka, S., Trautwein,
M., Tong, X., Uchifune, T., Walzl, M. G., Wiegmann, B. M., Wilbrandt, J.,
Wipfler, B., Wong, T. K. F., Wu, Q., Wu, G., Xie, Y., Yang, S., Yang, Q.,
Yeates, D. K., Yoshizawa, K., Zhang, Q., Zhang, R., Zhang, W., Zhang, Y.,
Zhao, J., Zhou, C., Zhou, L., Ziesmann, T., Zou, S., Li, Y., Xu, X., Zhang, Y.,
Yang, H., Wang, Ji., Wang, Ju., Kjer, K. M., Zhou, X. 2014. Phylogenomics
resolves the timing and pattern of insect evolution. Science, 347(6210):763-767.
DOI: 10.1126/science.1257570.
Sabbatini, M. 2003. Museus e centros de ciência virtuais: uma nova fronteira para a
cultura científica. Com Ciência, Campinas. Disponível em:
http://www.comciencia.br/reportagens/cultura/cultura14.shtml (23/04/2017).
Shuttleworth, A. & Johnson, S. D. 2009. A key role for floral scent in a wasp-
pollination system in Eucomis (Hyacinthaceae). Annals of Botany 103: 715–
725. doi:10.1093/aob/mcn261, disponível em www.aob.oxfordjournals.org.
286
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Vardy, C.R. 2000. The New World tarantula-hawk wasp genus Pepsis Fabricius
(Hymenoptera: Pompilidae), Part 1. Introduction and the P. rubra species-group.
Zoologische Verhandelinden, 332, 1–86.
Waichert, C., Rodriguez, J., Wasbauer, M., von Dohlen, C. D. & Pitts, J. P. 2015.
Molecular phylogeny and systematics of spider wasps (Hymenoptera:
Pompilidae): redefining subfamily boundaries and the origin of the family.
Zoological Journal of the Linnaean Society, 175: 271-287.
Apêndice I
287
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
b. http://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/picada-abelha.jpg
c. http://www.dedetizacaoinsetan.com.br/prevencoes/picadas-de-insetos-
como-prevenir/
f) Mel:
https://static.tuasaude.com/media/article/32/02/beneficios-do-
a.
mel_11170_l.jpg
g) Polinização:
a. https://static.independent.co.uk/s3fs-
public/styles/article_small/public/thumbnails/image/2013/06/05/18/web-
bees-epa.jpg
b. http://4.bp.blogspot.com/-lDOhct-
GsV8/VOlYzSroUII/AAAAAAAAGH0/u6ht7MFKQrM/s1600/Covered
.jpg
h) Seringas:
a. https://assets.xtechcommerce.com/uploads/images/medium/176e28889d
1d80f0bcfd8848bb9f9431.jpg
i) Abelhas:
a. http://photos.demandstudios.com/getty/article/251/56/89791800.jpg
288
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Subárea: Etnobiologia
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
289
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
foi feito um recorte para o município de Linhares, pois este possui a maior
representatividade das Unidades de Conservação do Mosaico.
A maioria dos entrevistados descende de italianos e moram ou moraram há pelo menos
20 anos no município de Linhares-ES. Todos eles passaram parte da infância ou toda
ela na roça. Foram entrevistadas 12 pessoas com idades variadas de 80 a 27 anos, em
seis encontros realizados de abril a maio de 2016. Após as gravações e transcrição das
entrevistas, as informações foram analisadas através da Análise de Conteúdo (BARDIN,
1977).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
290
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
LITERATURA CITADA
291
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Davey, G. C. L. 1994. The “disgusting” spider: the role of disease and illness in the
perpetuation of fear of spiders. Soc. Anim., Cambridge, 2(1): 17-25.
Lenko, K; Papavero, N. 1996. Insetos no folclore. -2d. –São Paulo: Plêade. FEAPESP.
292
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Lopes, P. P. et al. 2013. Insetos na escola: desvendando o mundo dos insetos para as
crianças. Rev. Ciênc. Ext. 9(3): 125-134.
Lucena, R. E P.; Souza, E. P.; Araújo, E. E P; Mourão, J. S. 2002. O canto das chuvas:
animais da caatinga utilizados como bioindicadores de chuva, uma abordagem
etnozoológica nas comunidades rurais de Soledade-PB. Resumos do 4°
Simpósio Brasileiro de Etnobiologia e Etnoecologia, Recife, Brasil, p.156.
Posey, D. 1987. Introdução. Etnobiologia: teoria e prática. In: RIBEIRO, B. (Ed.) Suma
Etnológica Brasileira. Etnobiologia. Petrópolis: Vozes, v. 1.
Wilson, E. O. 1993. Biophilia and the conservation ethic. In: Kellert, S. R.; Wilson, E.
O. (Ed.) The biophilia hypothesis. Washington, DC: Island Press, Shearwater
Books, cap.3, p. 31-41.
293
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MATERIAL E MÉTODOS
294
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
295
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além da crença que morcegos são cegos, existem mitos antigos em que os ratos velhos
poderiam se transformar em morcegos (Gomes, 2015).
No questionário foram abordados temas como: biologia, comportamento, mitos e
importância da espécie para o meio ambiente. De todos participantes apenas 3 relataram
nunca terem visto um morcego. Quanto aos locais de visualização os mais citados
foram: casa (n=81), rua (n=72), sítio (n=59), livros/revistas (n=49), mídia (n=48) e não
responderam (n=1). Ter a casa como principal local de visualização era esperado.
Segundo Bruno e Kraemer (2010), muitos morcegos entram nas residências, a procura
de frutos ou soluções adocicadas que são oferecidas aos beija-flores. Além disso, a
família Molossidae possui como um dos seus habitats forros e telhados de casa,
facilitando assim a visualização dentro das residências. A principal espécie relatada
como já vista foi a Artibeus lituratus, espécie sinantrópica e plástica que se adapta bem
as cidades. A mesma foi reconhecida pelos visitantes quando o visualizaram
taxidermizado devido presença das listras faciais brancas que são bem proeminentes,
caracter taxonômico de fácil de identificação. O segundo local de visualização mais
citado foi rua (n=72), e isso pode ser explicado devido a presença de árvores como
Piper sp. que compõem o meio urbano e muitas vezes fornecem alimento e refúgio a
esses animais que estão fora dos ambientes florestais (Bianconi et al., 2004; Passos e
Graciolli, 2004; Evangelista, 2009;). Outro local de visualização significante foi sítio
(n=59), já que na zona rural existem fragmentos florestais, árvores frutíferas, maiores
oportunidades para observação e conhecimento da história natural e características
morfológicas de seres vivos (Bianconi et al., 2004; Passos e Graciolli, 2004;
Evangelista, 2009;).
No que diz respeito a opção livros/revistas (n=49), no presente trabalho houve
uma quantidade expressiva de pessoas que afirmaram já terem tido contato através deste
meio de informação. Spiassi (2008), afirmou em seu estudo a importância dos livros na
formação dos alunos, no estudo de Candotti (1999), foi relatado o valor da divulgação
dos trabalhos em revistas especializadas; podemos atribuir o grande número de acertos
em relação a classificação dos morcegos (n=115) à informações desses animais contidas
em livros e revistas. Mídia (novelas/filmes) (n=48) também foi uma das opções para a
pergunta sobre visualização, muitos temas da biologia e importância do animal podem
ser abordados em documentários, já em novelas e filmes, esses animais podem ser
retratados de forma equivocada, alimentando o imaginário popular, remetendo o lado
vampiresco e ganhando uma reputação ainda mais negativa, tendo como exemplo as
novelas brasileiras Vamp e o Beijo do Vampiro que retratou de forma errônea esses
animais.
Também foram levantados dados sobre a sensação das pessoas ao avistarem um
morcego, dentre os quais se destacou: medo (n=71), nojo (n=39), indiferença (n=9),
alegria (n=13), afeto (n=8) e outros (n=14). Das respostas, medo (n=71) foi a que mais
se destacou, dentre eles 68% dos participantes eram mulheres, 31% homens e 1 % não
relatou o sexo. O fato de mulheres sentirem mais medo do que os homens também foi
constatado no trabalho de (Feijão-Paiva, 2010). Esse sentimento de medo pode estar
ligado a associação dos morcegos com criaturas misteriosas, ato de se alimentar de
sangue, hábitos noturnos e ser lembrado como vampiro (Bernard, 2005). Muitos
também demonstraram sentimento a nojo (n=39). Segundo Gomes (2015), as relações
das pessoas com os morcegos, tendem a mudar de acordo com as regiões e diversidade
cultural, muita das vezes sendo expressados sentimentos de felicidade quando se vê
algum animal nas proximidades das residências.
Com intuito de descobrir se a população conhece as guildas tróficas desses
animais, a maior parte dos entrevistados disseram saber do que eles se alimentam
296
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
(n=114), mas boa parte dos participantes não sabiam do que os morcegos se
alimentavam (n=20). Dentre os que responderam saber, a opção que mais se destacou
foi frutas (n=104), seguida por sangue (n=50), insetos (n=42), néctar (n=32), carne
(n=3) e (n=2) pessoas marcaram saber mais não marcou nenhuma opção. A resposta
mais citada foi frutas (n=106), pode ser justificada pelo fato de que muitas árvores
frutíferas compõem o paisagismo urbano, tornando fácil a visualização desses animais
nessas árvores e fazendo assim a correlação de frutas como habito alimentar (Gomes,
2015).
Sangue (n=50) foi a segunda mais mencionada, de todos os hábitos alimentares,
é a que mais gera polêmica, pelas lendas e mitos que os norteiam, mas de acordo com o
estudo de Bernard (2005) somente 3 de aproximadamente 1000 espécies de morcegos
são hematófagas e estão distribuídas pela América Latina. Os insetos também foram
relatados pelos turistas (n=42) como pertencente à cadeia alimentar dos morcegos. Do
total de morcegos existentes 70% deles são insetívoros, comuns em áreas antrópicas e
fácil visualização, possuem um alto valor ecológico e econômico (Drummond, 2004).
Outro hábito alimentar ponderado foi néctar (n=32), muitas residências possuem
plantas, que em épocas de floração e esses animais as visitam extraindo o pólen como
alimento. Morcegos com esses hábitos alimentares acabam desempenhando um
importantíssimo papel de polinização destas espécies (Gomes, 2015).
Quando perguntados sobre qual a reação ao encontrar um morcego, a maior
parte dos entrevistados disseram que apenas observam (n=98), relacionando esse
número de respostas com o sentimento de medo (n=71) e que o maior local de
visualização desses animais foi em casas (n=81), é possível constatar que apesar dos
sentimentos negativos, as pessoas respeitam esses animais e não agem de forma
prejudicial aos quirópteros. Alguns participantes disseram ter reações de pânico (n=30)
ao avistarem esses animais, Bernard (2005) afirma em seu trabalho que morcegos
sempre despertam algum tipo de reação nas pessoas, na maioria das vezes, pode
provocar sentimentos de repúdio explicado pela má percepção que a população possui
em relação a esses animais. Uma pequena parte dos entrevistados disseram que tentam
capturar para depois soltar (n=6) enquanto outros chamam autoridades competentes e a
opção de matar o animal, totalizando respectivamente (n=4).
Com relação à utilização desses animais na alimentação, 92% das pessoas não
acham que os morcegos servem para serem comidos, enquanto 7% acham que sim e
apenas 1% diz não saber. No que diz respeito a essa questão, notamos uma má
compreensão dos participantes quanto à forma que a pergunta foi elaborada, quando foi
perguntado “os morcegos servem de alimento? ” Houveram dúvidas se essa alimentação
estava relacionada a um enfoque predatório, de outros animais para com os morcegos,
ou humano, mesmo possuindo uma segunda parte que perguntava: “se sim, conhece
alguém que já comeu? ”, mesmo diante as dúvidas, a pergunta foi considerada, visto que
quando mal compreendida, havia o real entendimento do participante na segunda parte.
Dos que responderam sim foi baixo o número de resposta a respeito de conhecer alguém
que já havia se alimentado de morcegos (n=1), enquanto (n=8) disseram não conhecer.
Diante da pergunta se os morcegos desempenham funções importantes para o ser
humano e para natureza, a maior parte dos entrevistados demonstraram saber de sua
importância (n=97), enquanto outros marcaram não ter nenhum tipo de importância
(n=36) e diz não saber (n=1). Foram citados diversos benefícios que esses animais
desempenham, dentre eles: dispersores de sementes (n=33). No trabalho de Althoff
(2007) foram citadas algumas espécies como dispersores eficientes, atuando para
regeneração vegetal de novas áreas. As respostas que remetiam a predação de animais
pelos morcegos ou ainda que eles serviam de alimento para outros animais foram
297
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CONCLUSÃO
298
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LITERATURA CITADA
Bernard, E. 2005. Morcegos vampiros, sangue, raiva e preconceito. Ciência Hoje, v.36,
n. 214, p. 44-49.
299
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300
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INTRODUÇÃO
301
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MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
O estudo ocorreu na comunidade de Alto Santo Antônio, no entorno da Reserva
Biológica Augusto Ruschi – RBAR (Figura 1).
Coleta de dados
Os participantes responderam o questionário individualmente e sem um tempo
pré-determinado. Primeiro foi levantado a característica dos entrevistados com as
seguintes informações: nome, idade, sexo, religião, escolaridade, ocupação, tempo de
habitação e o uso do ambiente natural para subsistência. Também foi verificada a
percepção do morador quanto a existência da Reserva Biológica Augusto Ruschi. As
metodologias utilizadas para a coleta de dados foram 1) entrevista não-estruturadas e 2)
entrevista semi-estruturadas. Segundo Bernard (1996) o primeiro método consiste em
realizar uma entrevista através de diálogo agradável, mas que se tenha o mínimo de
controle das informações obtidas. O segundo método, também descrito por Bernard
(1996) se baseia em uma lista de questionamentos ou tópicos pré-escolhidos. Após as
entrevistas, foi organizado um evento de popularização da ciência no qual foram
expostos os resultados parciais deste estudo, fotografias dos anfíbios, seu ciclo de vida,
terrários com espécimes vivos, além de atividades interativas com adultos e crianças.
Com autorização das pessoas entrevistadas, as imagens das entrevistas, bem como de
algumas espécies de anfíbios que os próprios participantes nos enviaram pelo celular,
302
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
também foram expostas neste evento. Esse movimento ocorreu no centro comunitário,
da comunidade de Alto Santo Antônio, entorno da RBAR. Este evento foi uma proposta
de retorno para as pessoas que fazem parte das comunidades do entorno da RBAR,
tendo o intuito de difundir a importância e conservação os anfíbios e deste Unidade de
Conservação.
Análise de dados
Para organização inicial, as entrevistas foram gravadas, posteriormente
transcritas e planilhadas para tabulação dos dados e análises simples de percentagem.
Todas as informações obtidas das entrevistas não-estruturadas e semi-estruturadas
foram analisadas, segundo Hays (1976), por meio do modelo de união das diversas
competências individuais, todas as informações transmitidas pelos participantes foram
consideradas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Experiência
A respeito da avaliação de experiência dos moradores com os anfíbios anuros, a
primeira questão foi: conhece sapo, perereca e rã? E 100% dos entrevistados
responderam que conhecem esses animais. Apesar de a maioria dos entrevistados terem
pouco conhecimento ecológico sobre esses animais, os anfíbios anuros são notados e
reconhecidos pelos moradores (Oliveira & Freire, 2015). Seger et al., (2011)
observaram que a maioria dos participantes (N=40) conhecia parte ou todos os
indivíduos de anfíbios anuros apresentados. Sobre o sentimento dos entrevistados em
relação aos anfíbios, a grande maioria (N%= 38) disse ser indiferente. Contudo o
303
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
6
5
4
3
2
1
0
Nojo Medo Indiferente Gosta Feliz Rejeição
Figura 2. Respostas sobre qual o sentimento que cada entrevistado tem a respeito dos
anfíbios.
Acreditamos que este resultado está diretamente relacionado com a área habitada
e o estilo de vida que estas pessoas levam. Como a maioria reside e trabalha em zona
rural, o contato com os anfíbios anuros se torna rotineiro, uma vez que Santa Teresa,
apesar das atividades agrícolas ameaçarem sua biodiversidade, ainda é um município
com muitos remanescentes florestais, logo proporciona ambientes ideais para ocorrência
desses animais. Consequentemente proporciona ao morador de entorno de unidade de
conservação um maior contato e tolerância com os anuros.
Sobre os mitos e lendas envolvendo os anfíbios (tabela 1), das dezoitos pessoas
entrevistadas, metade (N=9) disseram se lembrarem justamente dos pais alertando-as
para terem cuidados e não pegar o sapo na mão. A outra metade (N=9) não sabem ou
não se lembraram de histórias. Contudo, são comuns relatos sobre estes animais
provocarem repulsa por serem considerados venenosos e nojentos, acarretando
crueldades, e até sua morte (Alves et al., 2010; Moura et al., 2011).
Tabela 1. Respostas sobre a pergunta: você conhece alguma história sobre os anfíbios?
“Não, só falavam que os que soltam leite são venenosos, não pode mexer.”
“Única coisa que minha mãe falava esses de preferência que fica perto de casa, que dá
mas não é muito não. Evitar, deixar o bicho quieto, porque quando urina voa dentro do
olho da pessoa.”
304
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
“Não, não. Só essa mesmo de que não era bom ficar brincando com eles, pra não fazer
xixi no olho, mas nem sei se é verdade. Dizem que se cair no olho cega, então eu tenho
o maior medo de acontecer com os meninos.”
Os anfíbios sempre foram discriminados e muitos dos motivos das pessoas terem
esse sentimento é por seus pais fantasiarem essas histórias para protegê-los; essa
justificativa foi citada por uma entrevistada. É possível enxergar uma relação estreita
entre estes dois últimos questionamentos, quando praticamente metade das pessoas se
posicionou neutra ao serem indagadas sobre seus sentimentos e metade das respostas foi
negativa quando questionados sobre a ciência ou lembrança de histórias envolvendo
anfíbios. Desta forma, isso pode indicar que em zona rural os anfíbios não se
apresentam como uma ameaça de fato aos moradores, uma vez que suas atividades
diárias permitem maior contato com estes animais. Oliveira & Freire (2015), citam que
a presença de anfíbios em áreas agrícolas foi mencionada por 79% dos participantes.
Como parte dos entrevistados deste estudo trabalha em áreas agrícolas,
consequentemente há um maior contato com os anfíbios anuros em áreas como
plantações de café e áreas úmidas, justificando assim maior tolerância com os anfíbios.
Quando questionados sobre a existência desses animais próximos as suas residências,
todos responderam que há anfíbios em suas propriedades. Ao especificarmos sobre o
local onde os anfíbios foram avistados, a maioria (N=8) respondeu no terreiro (área
externa a residência). Quatro dos entrevistados responderam que encontram com esses
animais na lavoura de café e em corpos d'água (lagoa, rio, poço) (Figura 3).
305
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Tabela 2. Respostas sobre a pergunta: você sabe se sapo, perereca e rã tem alguma
utilidade para o ser humano?
“Controla os insetos”
“Cadeia alimentar, um vai comendo o outro. Mas pra mim não. fora a rã q come, não
sei.”
“Acho q sim, controla os insetos que prejudicam as lavouras”
“Cadeia alimentar, um vai comendo o outro. Mas pra mim não. fora a rã q come, não
sei.”
306
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
“Acredito que naturalmente serve pra controlar praga, brocas, os bichos que destroem
a lavoura. A rã eles aproveitam.”
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Almeida, A. P.; Gasparini, J. L. & Peloso, P. L. V. 2011. Frogs of the state of Espírito
Santo, southeastern Brazil - The need for looking at the »coldspots'. Check List
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Alves, R. R. N.; Pereira Filho, G. A.; Vieira, K. S.; Santana, G. G.; Vieira, W. L. S.;
Almeida, W. O. 2010. Répteis e as populações humanas no Brasil: uma
abordagem etnoherpetológica. In: R. R. N. ALVES; W. M. S. SOUTO; J. S.
Mourão (Orgs). Etnozoologia no Brasil: importância, status atual e perspectivas,
v. 1. NUPEEA, Recife, 121–147 p.
307
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Marin, A. A., Torres, O. H. & Comar, V. 2003. A educação ambiental num contexto de
complexidade do campo teórico da percepção. Interciencia, 28: 616-619.
Maroti, P. S., Santos, J. E. & Pires, J. S. R. 2000. Percepção ambiental de uma Unidade
de Conservação por docentes do ensino fundamental. In: Santos, J. E. & Pires, J.
S. R. (eds.) Estação Ecológica de Jataí. Volume I, São Carlos: Rima, 207-217 p.
Moura, M. R.; Costa, C. C. H.; São Pedro, V. A.; Fernandes, V. D. & Feio, R. N. 2011.
Pessoas e cobras: relacionamento entre humanos e serpentes no leste de Minas
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Posey, D. A. 1986. Etnobiologia: teoria e prática. In: Suma etnológica Brasileira (D.
Ribeiro, ed.). FINEP/Vozes, Rio de Janeiro, 15-25 p.
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Brazil. Salamandra 43(2): 91-110.
Seger, K. R., Santos, I. M. C., Solé, M., Schiavetti, A. 2011. Etnoecologia de anfíbios
na comunidade do Revis de Una – BA. Resumo apresentado no 10º Congresso
de Ecologia do Brasil.
308
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
309
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MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Abílio et. al, (2005); Abílio et. al, (2007); Aburaya & Callil (2007); Amorim &
Castillo (2009); Amorim et. al, (2004); Batista et. al, (2010); Biasi et. al, (2010);
“Levantamento” Galdean et. al, (2000); Giulliati & Carvalho (2009); Leal et. al, (2004); Peiró &
Alves (2006); Queiroz et. al, (2000); Rosin & Takeda (2007); Sanserverino &
Nessimian (2008); Silveira et. al, (2006); Trivinho-Strixino & Strixino (2005).
Anjos et. al, (2011); Baptista et. al, (2013); Barbola et. al, (2011); Barrili et. al,
(2012); Callisto et. al, (2001); Copatti et. al, (2010); Copatti et. al, (2014); Couceiro
et. al, (2012); Da Silva et. al, (2007); Da Silva et. al, (2008)¹; Da Silva et. al,
(2008)²; Da Silva et. al, (2011); Dornifeld et. al, (2005); Ferreira et. al, (2012); Hepp
et. al, (2008); Kleine & Trivinho-Strixino (2005); Konig et. al, (2008); Mazzoni et.
“Uso de índices” al, (2014); Milesi et. al, (2008); Monteiro et. al, (2008); Morais et. al, (2010);
Nascimento et. al, (2011); Nunes et. al, (2014); Oliveira & Callisto (2010); Piedras
et. al, (2006); Resende & Takeda (2007); Rocha et. al, (2012); Santana et. al,
(2009); Silva et. al, (2007); Suriano & Fonseca-gessner (2004); Taniwaki & Smith,
(2011); Teles et. al, (2013).
“Alterações Biasi & Restello, (2010); Callisto et. al, (2000); Kuhlmann et. al, (2000).
morfológicas”
311
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4% 10%
Sul
30% Sudeste
12% Nordeste
Norte
Centro -Oeste
44%
15
10
BA SE RN PA AM GO MT MS PB RJ MG PR RS SP
Figura 2. Distribuição dos artigos localizados por estados brasileiros. * Os estados não
presentes ou ausentes no gráfico não possuíam dados sobre o tema.
312
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
Com este trabalho foi possível observar as lacunas que ainda existem em torno
do tema e assim poderá ser tomada as devidas ações que possam preenchê-las. Dos
artigos localizados, mais da metade faz referência ao uso da família com índices para
avaliação ambiental, e a forma menos utilizada é a análise das deformidades de algumas
espécies, já que é muito complicado chegar ao conhecimento de qual espécie encontra-
se no ambiente estudado, A macrorregião brasileira com maior quantidade de trabalhos
localizados foi a região sudeste, tendo o estado de São Paulo com a maior quantidade de
artigos localizados, sendo explicado por possuir regiões degradadas necessitando o
acompanhamento de sua qualidade, possuir instituições de pesquisa e apoio financeiro.
LITERATURA CITADA
Allan, J. D., Erikson, D. L., Fay, J. 1997. The influence of catchment land use on stream
integrity across multiple spatial scales. Freshwater Biology, v37, p.49-161.
Armitage, P.D.; Cranston, P.S.; Pinder, L.C.V. (eds.). 1995. The chironomidae: The
Biology and Ecology of Non-Biting Midges. Chapman & Hall.
313
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Ashe, P. 1983. A catalogue of Chironomid genera and subgenera of the world including
synonyms (Diptera: Chironomidae). Entomologica Scandinavica
Supplement,17:1-68.
Ashe, P., Murray, D.A. & Reiss, F. 1987. The zoogeographical distribution of
Chironomidae. Annales de Limnologie,23, 27—60.
Callisto, M.; Goulart, M.; Barbosa, F. A. R. & Rocha, O. 2005. Biodiversity assessment
of benthic macroinvertebrates along a reservoir cascade in the lower São
Francisco river (Northeastern Brazil). Brazilian Journal of Biology 65(2):1-6.
Epler, J.H. 2001. Identification Manual for the larval Chironomidae (Diptera) of - North
and South Carolina - A guide to the taxonomy of the midges of the southeastern
United States, including Florida. Special Publication SJ2001 SP13. North
Carolina Dept. of Environment and Natural Resources, Raleigh, NC, and St.
Johns River Water Management District, Palatka, FL. 526 pp.
314
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
O milho (Zea mays L.) é uma das espécies mais cultivadas no Brasil, sendo que
a cultura é de grande importância para o agronegócio nacional, além de servir como
base de sustentação para as pequenas propriedades (Oliveira et al, 2009). Anualmente,
são cultivados aproximadamente quinze milhões de hectares, os quais são responsáveis
por cerca de 78 milhões de toneladas de grãos (IBGE, 2015). No entanto, para que a
cultura possa alcançar um bom desempenho produtivo, é necessário que as suas
demandas nutricionais sejam atendidas, para isso se faz necessário realizar práticas,
como de adubação.
Entre as práticas de fertilização recomendadas para a cultura do milho, a
adubação nitrogenada é considerada a mais importante. Segundo Meira et al. (2009) o
nitrogênio é o nutriente mineral mais exigido pelo milho, podendo se tornar um fator
limitante no desenvolvimento da cultura, sendo necessário o uso de adubação
nitrogenada para complementar a quantidade fornecida pelo solo.
O manejo da adubação nitrogenada é um dos mais complexos, devido a fatores
relacionados ao custo dos fertilizantes nitrogenados em decorrência de problemas na
eficiência de algumas fontes (Menezes, 2004) e ao seu potencial poluente, tanto para as
águas de superfície quanto subterrâneas. As transformações e perdas características
desse nutriente ocorrem por processos de mineralização e imobilização, nitrificação e
desnitrificação, lixiviação e volatização (Bono et al, 2008)
Algumas fontes são utilizadas para atender às exigências de nitrogênio, dentre
elas a ureia, que se destaca no Brasil por apresentar alta concentração de nitrogênio
(44% de N) na forma de amina, porém apresenta expressivas perdas por volatilização de
NH3 e perdas por lixiviação (Civardi et al., 2011). A quantidade de N perdida por
volatilização, após a aplicação de ureia sobre a superfície do solo, pode atingir valores
extremos de até 78 % do N aplicado (Cabezas et al., 1997).
Várias estratégias estão sendo adotadas para minimizar as perdas no emprego de
fertilizantes nitrogenados solúveis como a ureia, entre elas a utilização de nitrogenados
com liberação controlada. Esses fertilizantes possuem a característica de serem
envolvidos por partículas menos hidrossolúveis, que dificultam a ação imediata de
enzimas como a uréase, consequentemente, os mesmos são disponibilizados de forma
gradativa para as plantas. Segundo Cantarella (2008), experimentos conduzidos nos
EUA mostraram maior eficiência no uso de nitrogênio da ureia protegida em relação à
ureia normal (sem revestimento), principalmente em solos arenosos.
Por outro lado, a utilização de fontes orgânicas de nitrogênio, tais como o
esterco de galinha, vem se tornando uma alternativa interessante para os produtores da
região serrana do estado do Espírito Santo, o que tem sido favorecido pela alta
concentração de granjas. Além de melhorar os atributos físicos do solo, o esterco de
galinha possui Nitrogênio na sua composição química. Entretanto, os efeitos são
315
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
altamente dependentes da quantidade de esterco aplicada por unidade de área, haja vista
que a concentração de Nitrogênio é uma das principais dificuldades que limita
integralmente a utilização do esterco de aves como fonte de nitrogênio.
Diante do potencial de produção de esterco de galinha no estado do Espírito
Santo associado à escassez de estudos sobre a sua viabilidade econômica em culturas, o
presente estudo objetivou avaliar comparativamente o esterco de galinha com outras
fontes de adubação nitrogenada a fim de verificar o seu desempenho agronômico e o
retorno econômico em relação ao custo/benefício.
MATERIAL E MÉTODOS
Figuras 1 e 2. Sulcos utilizados para semeio (esquerda) e plantas de milho com 30 dias
de idade (direita).
316
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Figura 3 e 4. Milho recém-adubado com ureia comum (direita) e milho seco com 110
dias após o plantio (esquerda).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
317
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
318
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Brady, N. C. 1989. Natureza e propriedades dos solos. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,
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Civardi, E. A.; Silveira Neto, A. N.; Ragagnin, V. A.; Godoy, E. R.; Brod, E. 2011.
Ureia de liberação lenta aplicada superficialmente e ureia comum incorporada ao
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Durigon, R.; Cerettta, C. A.; Basso, C. J.; Barcellos, L. A. R.; Pavinato, P. S. 2002.
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Meira, F. A.; Buzetti, S.; Andreotti, M.; Arf, O.; Sá, M. C.; Andrade, J. A. C. 2009.
Fontes e épocas de aplicação do nitrogênio na cultura do milho irrigado. Semina:
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Veloso, M. E. C.; Duarte, S. N.; Neto, D. D; Silva, E. C.; Pereria, C. R. 2012. Teor de
nitrogênio, índices de área foliar de fungicidas. Bioscience Journal, 20 (1): 25-
33.
320
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1. Distribuição das notas de avaliação das variáveis (referente à margem direita
da rodovia que liga Várzea Alegre a Itarana).
322
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Sendo:
a) Cultivos em áreas improprias: a região serrana situada entre Santa Teresa e Itarana se
caracteriza por ser uma área com declividade bastante acentuada. Diante disso, os
processos de cultivos nessas áreas devem ser tratados com bastante cautela, haja vista
que a utilização sem critérios pode acelerar e favorecer o processo de erosão. No
entanto, atualmente, observou-se cultivos de larga escala em áreas inapropriadas, tais
como a presença de lavouras de café em topos de morros e cultivos em áreas com
declividade superior a 45%. Sendo observados com maior frequência em ambos os
lados das margens da rodovia.
b) Preparo do solo inadequado: o preparo de solo nessa região se caracteriza por ser
bastante tradicional, ou seja, os produtores utilizam da aração e gradagem para o
preparo dos seus terrenos. Porém, observa-se que essas técnicas são empregadas de
forma inadequada, haja vista a alta incidência de áreas que são aradas de morro abaixo.
Ao fazer aração e gradagem em sentido vertente à topografia do terreno o produtor
aumenta os índices de erodibilidade do solo. Acredita-se que o principal motivo para ser
utilizar tal método está relacionado com a sua facilidade operacional, porém, sabe-se
que esta técnica contribui para a degradação do solo e sua utilização não é mais
recomendada.
323
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
f) Uso de cobertura morta: no decorrer de todo percurso foi observada somente seis
vezes a utilização de cobertura morta, acredita-se que isso está relacionado com intensa
utilização de herbicidas, que por sua vez dificulta a manutenção da cobertura morta.
Sabe-se que a cobertura morta é uma prática essencial para a conservação de água no
solo e para a prevenção de possíveis erosões provocadas pelo o impacto da gota da
chuva no solo.
g) Uso de capina intensiva: os sinais do uso da capina intensiva foram observados por
diversas vezes, caracterizando uma técnica extremamente difundida na região. O
emprego da mesma vem a favorecer a erosão, culminado na perda de potencial
produtivo do solo. Observou-se capinas intensivas nas culturas de café, pimenta do
reino, tomate e mamão. Durante a avaliação percebeu-se que foram utilizados métodos
químicos (herbicidas) ou manuais (enxadas) para o controle das ervas daninhas
presentes nas lavouras. Sendo assim, podemos afirmar que se faz necessário um apoio
técnico por parte de empresas privadas e públicas com o objetivo de disseminar práticas
que visam a conservação do solo.
CONCLUSÃO
324
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Sousa. R. F.; Barbosa, M. P.; Sousa Júnior, S. P.; Guimarães, C. L. 2007. Estudo da
degradação das terras do município de São Domingos do Cariri, Estado da
Paraíba. Caminhos da Geografia, 8 (22): 130-136.
325
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Subárea: Zoologia
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
326
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram registradas 560 fotos diversas das espécies que habitam a área estuda,
onde pode-se afirmar que a avifauna da área de estudo é muito rica e diversificada. Um
total de 49 aves foram registradas nesse trabalho, encontraram-se ainda algumas
espécies que pelo medo do ser humano, se tornaram ariscas e arredias e não foram
registrados, mas suas presenças foram verificadas.
As áreas de pomar foram as que apresentaram o maior número de registro de
espécies, seguidos do entorno das áreas de mata e em terceiro lugar as áreas onde se
localizam os prédios do Campus.
De acordo com a Tabela 1, apresenta-se as espécies catalogadas na área estudada
e os nomes científicos de acordo com Dalgas (2005) e Venturini (1996).
Tabela 1. Aves catalogadas no Campus do IFES.
327
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
328
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
Foi observada uma grande diversidade de aves no campus estudado, mostrando
que o local apresenta-se como um ambiente favorável ao desenvolvimento das espécies
catalogadas, pelas características que apresenta a área como local de preservação e
diversidade de plantas que atuam como fonte de alimento.
LITERATURA CITADA
Dalgas, J. f. 2005. Aves Brasileiras e plantas que as atraem. 3ª ed. São Paulo: Dalgas
ecotec. 480p.
Gray, M. A., Baldauf, S. L., Mayhew, P. J. & Hill, J. H. 2007. The response of avian
feeding guilds to tropical forest disturbance. Conservation Biology, 21: 133-
141.
Incaper. 2011. Planejamento e programação de ações para Santa Teresa. Programa de
assistência técnica e extensão rural PROATER, Secretaria de Agricultura.
O’Dea, N. & Whittaker, R. J. 2007. How resilient are Andean montane forest bird
communities to habitat degradation? Biodiversity Conservation, 16: 1131-
1159.
Venturini, A. C.; Ofranti, A. M. S.; Varejão, J. B. M. & Paz, P. R. 1996. Aves e
Mamímeros na restinga: Parque estadual Paulo Cesar Vinha. Guarapari:
Gráfica Espírito Santo.
329
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
330
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
331
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
O ponto 6 (AAD), (19º 31’26”S e 40º 33’29”W), lótico, localizado na foz com o
rio doce, com fundo argiloso e arenoso, 0,40 m de profundidade e largura de 3,0 m, com
presença de efluentes domésticos e resíduos químicos de oficinas mecânicas com
vegetação de gramíneas e algumas árvores de porte médio em uma das margens. A área
amostrada foi de 50 m. Em todos os pontos amostrados, a temperatura foi registrada,
utilizando-se termômetro de máxima e mínima, bem como, com auxílio de GPS as
coordenadas geográficas foram anotadas. Em cada ponto amostrado, foram feitas seis
observações e coletas, com duração de uma hora, as coletas foram realizadas em dias
ensolarados com temperaturas variando entre 28 e 39 °C, e intervalo de observação
entre 9 e 12 horas e entre 13 e 15 horas, totalizando-se 36 horas. As libélulas foram
coletadas com auxílio de rede entomológica e depositadas em vidros etiquetados,
contendo algodão com éter, e posteriormente acomodados em envelopes de papel. Em
laboratório as libélulas foram analisados em estereomicroscópio para a identificação em
famílias e gêneros; alguns exemplares foram conduzidos ao Museu de entomologia da
Universidade Federal de Viçosa para a identificação em espécies.
332
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
333
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
Diante dos resultados encontrados nesse estudo, acreditamos que P. mooma pode
ser uma dessas espécies de Odonata altamente resistente a poluição, principalmente no
que se refere à poluição química, o que foi observado nesses pontos amostrados do
córrego S. Silvano.
LITERATURA CITADA
Callisto, M. & Gonçalves, J. F. Jr. 2002. A vida nas águas das montanhas. Ciência Hoje
31 (182): 68-71.
Carle, F. L. 1999. Environmental monitoring potential of the Odonata, with a list of rare
and endangered Anisoptera of Virginia. United States. Odonatologica 8(3): 319-
323.
334
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Juen, L., Oliveira, J. M. B., Junior, Y., Schimano, T., Mendes, T. P., Cabette, H. S. R.
2014. Composição e Riqueza de Odonata (Insecta) em riachos com diferentes
níveis de conservação em um ecótone Cerrado Floresta Amazônica. Rev. Acta
Amazônica, 44(2): 175-184.
Naiman, R.J.; Decamps & M. Pollock. 1993. The role of riparian corridors in
maintaining regional biodiversity. Ecol. Appl. 3(2): 209-212.
Watson, J.; Arthington A. & Conrick D. 1982 Effect of sewage effluent on dragonflies
(Odonata) of Bulimba Creek, Brisbane. Aust. Jour. Mar. Freshw. Res. 33: 517-
528.
335
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
1
Laboratório de Entomologia Urbana e Cultural, Departamento de Zoologia, IBIO, UNIRIO.
2
Laboratório de Entomologia, Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, UFRJ.
*elidiomar@gmail.com.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
336
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Figura 3. Vista da área externa ao ponto de coletas, Penedo, Itatiaia, RJ. Detalhe:
retirada de insetos acumulados em lustre.
337
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
& Coelho, 2015). Essas estão acondicionadas em micro tubo com glicerina, montado
em alfinete, junto ao exemplar. As fotografias dos exemplares foram obtidas com o uso
de Windows Phone de lente Zeiss acoplado à ocular de microscópio estereoscópico
Physis e microscópio óptico Taimin, posteriormente automontadas por meio do uso do
programa Combine ZP®.
Como são raros os casos em que detalhes do ovipositor de Delphacidae são
descritos, utilizou-se presentemente a terminologia corriqueira em um outro grupo de
Auchenorrhyncha, os Cicadellidae (Mejdalani, 1993; Da-Silva & Coelho, 2015; Silva et
al., 2017).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Redescrição
338
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Figuras 4-6. Peregrinus maidis (Ashmead, 1890), fêmea: 4, vista dorsal; 5, cabeça e
pronoto; 6, cabeça e tórax, vista dorsolateral.
339
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Figuras 7-11. Peregrinus maidis (Ashmead, 1890), fêmea: 7, cabeça e tórax, vista
ventral; 8, cabeça, vista laterofrontal; 9, antena; 10, ápice e esporão da tíbia posterior;
11, asa anterior.
340
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Brewbaker, J. L. 1979. Diseases of maize in the wet lowland tropics and the collapse of
classic Maya civilization. Economic Botany, 33:101-118.
Casela, C.; Renfro, R. B. & Krattiger, A. F. 1998. Diagnosing maize diseases in Latin
America. ISAAA, Ithaca, 57 p.
341
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Dadmal, S. M. & Khadakkar. S. 2014. Insect faunal diversity collected through light
trap at Akola vicinity of Maharashtra with reference to Scarabaeidae of
Coleoptera. Journal of Entomology and Zoology Studies, 2(3):44-48.
Singh, B. U. & Seetharama, N. 2008. Host plant interactions of the corn planthopper,
Peregrinus maidis Ashm. (Homoptera: Delphacidae) in maize and sorghum
agroecosystems. Arthropod-Plant Interactions, 2:163–196.
Tsai, J. H. & Wilson, S. W. 1986. Biology of Peregrinus maidis with the descriptions of
immature stages (Homoptera: Delphacidae). Annals of the Entomological
Society of America, 79(3):395-401.
342
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
1
Laboratório de Entomologia Urbana e Cultural, Departamento de Zoologia, IBIO, UNIRIO.
2
Laboratório de Entomologia, Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, UFRJ.
*elidiomar@gmail.com.
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
343
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS
344
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Tamanho corporal de cerca de 6 mm. Coloração geral ocrácea, com manchas castanhas
(Figuras 4-5).
Antenas castanhas, cada artículo escurecido apicalmente; olhos negros; face castanha,
com uma faixa transversal clara entre as bases das antenas e outra na região da sutura
clipeal; duas outras faixas transversais claras, mais estreitas e pouco nítidas, uma entre
as faixas mais largas anteriormente descritas e outra entre os olhos (Figuras 6-7).
Figuras 4-9. Neoperkinsiella testacea (Fowler, 1905), fêmea: 4, vista dorsal; 5, vista
ventral; 6, cabeça, vista frontal; 7, cabeça, vista látero-frontal; 8, metade apical da asa
anterior; 9, ápice da tíbia posterior, esporão tibial e tarso posterior.
Pronoto e mesonoto com faixas longitudinais laterais castanhas (Figura 4). Asas
anteriores (Figuras 4, 8) com veias pontuadas de castanho-escuro; pequena mancha
castanha, na margem interna, próxima ao ápice do ramo comum das veias anais; região
apical com três faixas curvas castanhas difusas. Fêmures, tíbias e tarsos com faixas
transversais castanho-escuras interrompidas; espinhos da margem externa do esporão
tibial negros (Figura 9).
345
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Material estudado
BRASIL, Estado do Rio de Janeiro, município de Resende, distrito de Vila da Fumaça,
Estrada Falcão-Fumaça (RJ-151), 1 ♀, 07-xi-2016, D.P. Trindade & M.S. Barbosa col.
(LABEUC).
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Bartlett, C. R. 2011. List of the Delphacidae of the New World. Disponível em:
https://ag.udel.edu/research/delphacid/pdf/new%20world%20delphacidae%20fe
b%201%202011.pdf (08/04/2017).
346
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
347
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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MATERIAL E MÉTODOS
349
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
350
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
351
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Giustolin, T. A.; Lopes, J. R. S.; Querino, R. B.; Cavichioli, R. R.; Zanol, K.; Azevedo
Filho, W. S. & Mendes, M. A. 2009. Diversidade de Hemiptera,
Auchenorrhyncha em agroecossistemas e fragmento de floresta nativa do Estado
de São Paulo. Neotropical Entomology, 38(6):834-841.
Zanol, K.M.R. & Menezes, M. 1982. Lista preliminar dos cicadelídeos (Homoptera,
Cicadellidae) do Brasil. Iheringia, série Zoologia, 61:9-65.
352
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
353
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Estado do Espírito Santo, onde foram selecionados três ninhos em pontos distintos. Para
as atividades em campo, levaram-se os seguintes alimentos: refrigerante à base de cola,
banana, maçã, óleo de soja, carne de frango cozida, amido de milho, doce
industrializado (pirulito), folha de abacateiro, pão, os quais foram dispostos em ordem e
posição distintas, como pode ser observado nas figuras 1, 2 e 3 a seguir:
354
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
355
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Tal característica foi confirmada por Longino (2002), o qual diz que estas
formigas procuram “[...] particularmente por carboidratos e proteínas, sendo observadas
frequentemente visitando nectários extraflorais”. Tesch et al (2014) também concordam
com isso, destacando que as formigas da fase adulta, principalmente, buscam por
alimentos ricos em carboidratos, sobretudo os líquidos, pois necessitam de mais energia
do que as formigas das fases mais jovens, devido às suas atividades desempenhadas. A
carne, por sua vez, também foi bastante visitada, como observado na figura 4, isso
porque o gênero Camponotus, em si, é bastante atraído por proteína animal (Zorzenon,
2009) já que se alimentam, inclusive, de restos de insetos. Além disso, esta é bastante
requisitada pelas formigas quando em fase larval (Tesch et al, 2014), sendo necessária,
indiretamente, para formação e crescimento das larvas. Neste caso, em específico, uma
sugestão é de que a proteína pode ser aproveitada para a formação de fungos no ninho,
os quais servirão para posterior nutrição dos fungos.
Quanto ao pirulito, o refrigerante (figura 6), a maçã e a banana (figura 7)
também foram observados “visitantes”, porém em menor frequência, o que pode ser
observado mais à frente na tabela 1:
356
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
No caso do pirulito, o que pode ser explicado é o fato de tais formigas não
preferirem açúcares invertidos (xarope quimicamente produzido a partir do açúcar
comum – sacarose) para a sua dieta ou a concentração do mesmo é ínfimo, não sendo
tão atrativo (Solis et al., 2009). Além disso, pode ser de difícil assimilação pelas
formigas, mesmo após o fracionamento, pois o aparelho digestivo das mesmas é
adaptado a alimentos preferencialmente líquidos. Quanto ao refrigerante, o fato de
possuir outros ingredientes pode interferir tal experiência e, mesmo sendo um líquido,
pode não ter sido tão visitado por não ser passível de carregamento até o ninho.
Em relação às frutas, como observado na figura 7, as formigas Camponotus
(Solis et al., 2009) apresentaram comportamento intrigante: poucas formigas se
alimentaram delas.
Isso, possivelmente devido ao grau de consistência das frutas, uma vez que, no
último ninho, a banana que se apresentava mais amolecida teve um grau de atratividade
maior do que aquelas que estavam mais consistentes. Segundo Cannon (1998), tais
formigas possuem preferência por frutose (entre outros açúcares comuns), o que
explicaria o fato de elas serem atraídas por frutas mais maduras e, por conseguinte, mais
amassadas.
A folha do abacateiro, o amido de milho e o óleo, por sua vez, não foram
utilizados pelas formigas. Isso porque as mesmas não se alimentam de partes vegetais,
por não digerirem a celulose (no caso da folha). Quanto ao amido e o óleo, a explicação
plausível é que não apresentam nenhum grau de atratividade (odor, sabor). Tal resultado
também foi constatado em outro trabalho (Solis et al., 2009), cuja explicação se baseou
no estado físico em que os alimentos gordurosos se encontravam: aqueles que estavam
em estado sólido eram mais atrativos do que aqueles em estado líquido.
357
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
LITERATURA CITADA
Bueno, O.C. 2003. Formigas na área urbana. Biológico, São Paulo, v.65, n.1/2, p.93-94,
jan./dez., 2003.~
Holldobler, B. & Wilson, E.O. 1990. The ants. Harvard University Press, 1990. Cap. 2,
p. 4 – 83.
Robinson, W.H. 1996. Urban entomology: insect and mite pests in the human
environment. Chapman & Hall, 1996.
Solis, D.R., Bueno, O.C. & Moretti, T.C. 2009. Preferência Alimentar Da Formiga
Urbana Camponotus Vittatus Forel (Hymenoptera: Formicidae). Arquivos de
Instituto Biológico, São Paulo, v.76, n.4, p.755-759, out./dez., 2009.
Tesch, J.A., Brunelli W.A. & Srbek-Araújo, A.C. 2014. Preferência alimentar de um
morfotipo de formiga com forrageio diurno numa área de Mata Atlântica sobre a
Formação Barreiras. Revista Natureza online, n 12, p. 254 e 255, 2014.
358
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
359
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
apesar de ser um clado altamente distinto, a família permaneceu não diagnosticada por
muito tempo e alguns de seus gêneros foram até mesmo historicamente associados a
membros de diferentes famílias, como Trichomycteridae, Doradidae e Auchenipteridae.
Assim, muitos gêneros de Heptapteridae carecem de estudos revisivos (Aguilera et al.,
2010).
Inventários do estado da arte têm por objetivo realizar levantamentos do que se
conhece sobre um determinado assunto a partir das pesquisas realizadas em uma
determinada área (Brandão et al., 1986). Nesse sentido, apresenta-se o estado da arte
sobre as pesquisas em sistemática do clado Nemuroglanis, com ênfase nos avanços do
conhecimento das duas últimas décadas, breve histórico de cada gênero e lacunas para
um melhor entendimento, além de comentários sobre a sistemática das espécies
distribuídas na Mata Atlântica.
MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
360
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Figura 1. Categorização por assunto dos estudos publicados entre janeiro de 1997 a
abril de 2017, sobre a sistemática do clado Nemuroglanis.
Descrições de espécies. Nas duas últimas décadas foram descritas oito espécies
pertencentes ao clado Nemuroglanis, sendo: Phenacorhamdia provenzanoi e
Phenacorhamdia taphorni, ambas descritas por DoNascimiento & Milani (2008);
Rhamdiopsis krugi Bockmann & Castro, 2010; Heptapterus qenqo Aguilera, Mirande &
Azpelicueta, 2010; Heptapterus mbya Azpelicueta, Aguilera & Mirande, 2011;
Imparfinis timana e Imparfinis usmai, ambas descritas por Ortega-Lara, Milani,
DoNascimiento, Villa-Navarro & Maldonado-Ocampo (2011) e Nemuroglanis furcatus
Ribeiro, Pedroza & Rapp Py-Daniel, 2011.
Novos registros. Foram encontrados três estudos sobre novos registros de espécies, um
ampliando a distribuição de Imparfinis borodini para a bacia do rio de Contas, no
nordeste do Brasil (ver Sarmento-Soares et al., 2016), outro ampliando o limite norte da
distribuição de Imparfinis mishky para ao sul da província de Misiones, na Argentina
(ver Bogan et al., 2015) e outro registrando Phenacorhamdia tenebrosa para a bacia do
rio Paraná na Argentina (ver Giorgis et al., 2012).
Nemuroglanis Eigenmann & Eigenmann 1889. Estabelecido como gênero tipo para o
clado por Bockmann (1994). Atualmente, com 4 espécies válidas (Eschmeyer & Fong,
2017), distribuídas no sistema do rio Orinoco na Colômbia, curso superior do sistema
do rio Negro no Brasil e na Venezuela e afluentes superiores do sistema do rio
Amazonas no Brasil, Equador e Peru (Bockmann & Ferraris, 2005). Apesar de ser
antigo, o monofiletismo de Nemuroglanis foi corroborado por Bockmann e Ferraris
361
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Chasmocranus Eigenmann 1912. Com 9 espécies válidas (Eschmeyer & Fong, 2017),
distribuídas em riachos de pequeno porte do sistema de drenagens costeiras da região
das Guianas, do sistema do rio Orinoco, e do sistema do rio Amazonas, nas bacias dos
rios Negro, Xingú e Tocantins (Bockmann, 1998). A validade de Chasmocranus foi
corroborada por Bockmann (1998), que forneceu alguns caracteres considerados
apomórficos para o reconhecimento genérico. Desde então, nenhum outro estudo foi
realizado.
362
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Heptapterus Bleeker 1858. Com 11 espécies válidas (Eschmeyer & Fong, 2017),
distribuídas na América do Sul, do Suriname a Buenos Aires e ao longo da região
andina da Argentina, Bolívia e Peru (Aguilera et al., 2010). Permanece
insatisfatoriamente diagnosticado, com necessidade de uma revisão filogenética
(Aguilera et al., 2010).
Phenacorhamdia Dahl 1961. Com 10 espécies válidas (Eschmeyer & Fong, 2017),
distribuídas em pequenos riachos dos sistemas dos rios Orinoco, Amazonas, Paraná-
Paraguai e São Francisco e sistemas de drenagens costeiras da região das Guianas
(Bockmann, 1998). Britski (1993) forneceu alguns comentários sobre a validade de
Phenacorhamdia, com base em características morfológicas externas como
potencialmente diagnósticas para o gênero. Bockmann (1998) confirmou a validade do
grupo, corroborando alguns dos caracteres previamente propostos por Britski (1993).
DoNascimiento & Milani (2008) comentaram sobre evidências de relações entre
espécies.
363
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Rhamdioglanis Ihering 1907. Atualmente, com 2 espécies válidas (Eschmeyer & Fong,
2017), distribuídas em drenagens costeiras da Mata Atlântica, do Rio de Janeiro a Santa
Catarina (Bockmann & Guazzelli, 2003). Historicamente, alguns autores apontaram o
gênero como sinônimo-júnior de Imparfinis. Bockmann (1998) reconheceu o gênero
como válido e forneceu uma diagnose baseada em uma combinação de caracteres.
Ambas as espécies do gênero carecem de estudos revisivos.
Rhamdiopsis Haseman 1911. Atualmente, com 3 espécies válidas (Eschmeyer & Fong,
2017), a última descrita foi o bagre troglóbio Rhamdiopsis krugi Bockmann & Castro
2010, para cavernas da Chapada Diamantina, Bahia, Nordeste do Brasil. O gênero está
sendo estudado e estão sendo preparadas publicações de potenciais espécies novas
(Bockmann & Guazzelli, 2003). Uma potencial espécie nova de bagrinho, Rhamdiopsis
sp., compreende populações endêmicas da caverna Toca do Gonçalo, no município de
Campo Formoso, semi-árido da Bahia, em estudos em andamento por F. A. Bockmann
e M. E. Bichuette.
Acentronichthys Eigenmann & Eigenmann, 1889. Estabelecido para alocar uma única
espécie, Acentronichthys leptos, cuja localidade-tipo é o município de São Mateus,
norte do Estado do Espírito Santo. A espécie é distribuída em córregos costeiros do Rio
de Janeiro a Santa Catarina, no Espírito Santo é conhecida apenas da sua localidade de
tipo (Bockmann & Guazzelli, 2003). Ferraris (1988) considerou como membro do clado
Nemuroglanis, posteriormente, essa posição foi confirmada por Bockmann (1994).
Apesar de atualmente este ser um gênero monotípico, historicamente já foi sugerido
como sinônimo júnior de Heptapterus e chegou a alocar, no passado, até três espécies.
364
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Figura 10. Acentronichthys leptos. MBML 1458. Rio do Peixe Grande, na ponte da
fazenda da portuguesa, Cumuruxatiba, Prado- BA. Imagem: Luisa Sarmento.
Horiomyzon Stewart, 1986. Estabelecido para alocar uma única espécie, Horiomyzon
retropinnatus, originalmente designada como sua espécie-tipo, distribuída nas bacias do
rio Amazonas e Napo (Bockmann & Guazzelli, 2003). Em 1998, era considerado o
membro mais raro em Heptaperidae, visto que apenas o holótipo da sua espécie tipo era
conhecido (ver Bockmann, 1998). Recentemente, uma potencial nova espécie foi
registrada para o rio Madeira e está em processo de descrição por Flávio A. Bockmann
(LIRP), John G. Lundberg (ANSP) e Willian Ohara (UFRO).
Figura 11. Horiomyzon retropinnatus. FMNH 96553. Holótipo. Imagem: All Catfish
Species Inventory. Fotógrafo: Mike W. Litmann.
Figura 12. Mastiglanis asopos. ZUEC 5932. Amazonas. Imagem: Ivan Sazima.
Disponível em Fishbase.
365
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
considerado como sinônimo de Pariolius por Gosline (1940) e de Heptapterus por Mees
(1974).
Figura 14. Pariolius armillatus. Imagem: All Catfish Species Inventory. Fotógrafo:
Mark Sabaj Pérez.
366
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
367
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Bockmann, F. A. & Castro, M. C. 2010. The blind catfish from the caves of Chapada
Diamantina, Bahia, Brasil (Siluriformes: Heptapteridae): description, anatomy,
phylogenetic relationships, natural history, and biogeography. Neotropical
Ichthyology 8 (4): 673-706.
Bogan, S., Meluso, J. M., Bauni, V. & Cardoso, Y. P. 2015. Cuatro nuevos registros de
peces para la provincia de misiones, Argentina. 5 (2): 29-40.
Buckup, P. A., Menezes, N. A., Ghazzi, M. S. 2007. Catálogo das espécies de peixes de
água doce do Brasil. Rio de Janeiro, Museu Nacional.
368
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Ferraris, C.J., Jr. 1988. Relationships of the Neotropical catfish genus Nemuroglanis,
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Ferreira, M., Karine F. K., Almeida-Toledo, L. F. & Garcia, C. 2014. Cryptic diversity
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Galves, W., Shibatta, O. A. & Jerep, F. C. 2009. Estudos sobre diversidade de peixes da
bacia do alto rio Paraná: uma revisão histórica. Semina: Ciências Biológicas e da
Saúde, Londrina, 30 (2): 141-154.
Giorgis, P., Ciotek, L., Almirón, A. & Casciotta, J. 2012. First record of
Phenacorhamdia tenebrosa (Schubart, 1964) (Siluriformes, Heptapteridae) from
the Paraná river basin in Argentina. Ichthyological Contributions of Peces
Criollos 24: 1-4.
369
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Lutken, C.F. 2010. Peixes do Rio das Velhas: uma contribuição para a ictiologia do
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Rio das Velhas: passado e presente 2. ed. Belo Horizonte: Argvmentvm.
Oliveira, J.C. & Britski, H. A. 2000. Redescrição de Taunaya bifasciata (Eigenmann &
Norris, 1900), comb. nova, um bagre enigmático do Estado de São Paulo
(Siluriformes, Pimelodidae, Heptapterinae). Pap. Av. Zool. 41:119-133.
370
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
371
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
372
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
Coleta de dados
A coleta dos dados ocorreu de duas formas principais, por meio de pontos fixos
e o deslocamento em transectos, que segue a metodologia proposta por Aleixo &
Vielliard (1995), Develey (2003) e Ribon (1998).
O método de pontos fixos visa registrar as espécies presentes em um
determinado local em função de um tempo pré-estabelecido. No presente trabalho foram
demarcados um total de 16 pontos distintos, sendo que destes, 6 encontram-se
localizados em áreas abertas e 10 estão compreendidos em ambientes florestais. Cada
ponto foi demarcado a uma distância de pelo menos 200 metros entre um ponto e outro.
Nestes pontos a observação das espécies foi feita durante 10 minutos, anotando as
espécies e o número de indivíduos de cada espécie encontradas em planilhas de campo,
tendo o cuidado de não registrar o mesmo indivíduo mais de uma vez no mesmo ponto.
As condições climáticas e físicas do ambiente também foram anotadas.
O outro método utilizado foi o de transectos que consiste em caminhadas por
trilhas dentro da pousada, que objetiva registrar as espécies presentes nestas trilhas. Este
método foi utilizado apenas para a análise qualitativa das espécies, pois a área
percorrida é maior do que a amostrada nos pontos fixos, o que aumenta as chances de se
registrar o mesmo indivíduo mais de uma vez. O deslocamento nestes transectos foi
feito em uma velocidade constante, evitando-se andar muito rapidamente e evitando ao
máximo a produção de ruídos nas trilhas, o que propicia uma boa observação das
espécies, além de não afugentar as mesmas. Foram delimitadas 6 trilhas na pousada,
onde 2 destas compreendem áreas abertas e as outras 4 são no interior da mata,
incluindo assim todos os ambientes encontrados na área de estudo.
A amostragem em campo ocorreu durante 8 meses (agosto de 2016 a março de
2017) abrangendo períodos de épocas mais quentes e outras com temperaturas mais
amenas. As incursões à campo foram realizadas a cada 15 dias, durante todo o final de
semana (2 dias) e nestes dias as observações foram feitas no período da manhã das
06:00 às 11:00 horas, e no período da tarde, das 16:00 às 18:00 horas.
A identificação das espécies encontradas ocorreu por meio de contato visual e/ou
auditivo. Foram utilizados dois binóculos 8x40 e um Guia de Campo da Avifauna
Brasileira (Sigrist, 2014) para a identificação das espécies em campo. Além do registro
visual, também foram realizadas gravações das vocalizações das espécies, o que
auxiliou na identificação das mesmas. A nomenclatura e a classificação taxonômica
utilizada no trabalho seguiu Piacentini et al. (2015).
373
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Anatidae
Amazonetta brasiliensis ananai
Cracidae
Penelope obscura jacuguaçu
Ortalis araucuan aracuã-de-barriga-branca
Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela
Coragyps atratus urubu
Accipitridae
Elanoides forficatus gavião-tesoura
Ictinia plumbea sovi
Geranospiza caerulescens gavião-pernilongo
Rupornis magnirostris gavião-carijó
Geranoaetus albicaudatus gavião-de-rabo-branco
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta
Buteo albonotatus gavião-urubu
Spizaetus melanoleucus gavião-pato
Rallidae
Aramides saracura saracura-do-mato
Pardirallus nigricans saracura-sanã
Gallinula galeata galinha-d’água
Charadriidae
374
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa
Patagioenas picazuro asa-branca
Patagioenas plumbea pomba-amargosa
Leptotila verreauxi juriti-pupu
Leptotila rufaxilla juriti-de-testa-branca
Geotrygon montana pariri
Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato
Strigidae
Pulsatrix koeniswaldiana murucututu-de-barriga-amarela
Caprimulgidae
Nyctidromus albicollis bacurau
Apodidae
Chaetura cinereiventris andorinhao-de-sobre-cinzento
Chaetura meridionalis andorinhao-do-temporal
Trochilidae
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno
Phaethornis pretrei rabo-branco-acanelado
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura
Aphantochroa cirrochloris beija-flor-cinza
Florisuga fusca beija-flor-preto
Colibri serrirostris beija-flor-de-orelha-violeta
Lophornis magnificus topetinho-vermelho;
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca
Amazilia lactea beija-flor-de-peito-azul
Heliodoxa rubricauda beija-flor-rubi
Calliphlox amethystina estrelinha-ametista
Trogonidae
Trogon viridis surucuá-de-barriga-amarela
Trogon surrucura surucuá-variado
Trogon rufus surucuá-dourado
Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande
Chloroceryle americana martim-pescador-pequeno
Galbulidae
375
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Bucconidae
Malacoptila striata barbudo-rajado
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto
Selenidera maculirostris araçari-poca
Pteroglossus bailloni araçari-banana
Pteroglossus aracari araçari-de-bico-branco
Picidae
Picumnus cirratus picapauzinho-barrado
Veniliornis maculifrons picapauzinho-de-testa-pintada
Piculus aurulentus pica-pau-dourado
Colaptes melanochloros pica-pau-verde-barrado
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca
Campephilus robustus pica-pau-rei
Cariamidae
Cariama cristata seriema
Falconidae
Caracara plancus carcará
Milvago chimachima carrapateiro
Herpetotheres cachinnans acauã
Micrastur ruficollis falcão-caburé
Falco rufigularis cauré
Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas
Touit surdus apuim-de-cauda-amarela
Pionus maximiliani maitaca
Amazona rhodocorytha chauá
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê
Dysithamnus stictothorax choquinha-de-peito-pintado
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa
Thamnophilus palliatus choca-listrada
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata
Myrmoderus loricatus formigueiro-assobiador
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul
Drymophila ferruginea trovoada
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente
376
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Grallariidae
Grallaria varia tovacuçu
Formicariidae
Chamaeza meruloides tovaca-cantadora
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso
Sittasomus griseicapillus arapaçu-verde
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado
Campylorhamphus falcularius arapaçu-de-bico-torto
Lepidocolaptes squamatus arapaçu-escamoso
Dendrocolaptes platyrostris arapaçu-grande
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca
Xenopidae
Xenops rutilans bico-virado-carijó
Furnariidae
Furnarius figulus casaca-de-couro-da-lama
Furnarius rufus joão-de-barro
Lochmias nematura joão-porca
Automolus leucophthalmus barranqueiro-de-olho-branco
Anabazenops fuscus trepador-coleira
Philydor rufum limpa-folha-de-testa-baia
Phacellodomus rufifrons joão-de-pau
Certhiaxis cinnamomeus curutié
Synallaxis ruficapilla pichororé
Cranioleuca pallida arredio-pálido
Pipridae
Manacus manacus rendeira
Ilicura militaris tangarazinho
Chiroxiphia caudata tangará
Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto
Onychorhynchidae
Myiobius barbatus assanhadinho
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta
Tityridae
Schiffornis virescens flautim
Pachyramphus castaneus caneleiro
Cotingidae
Carpornis cucullata corocoxó
Procnias nudicollis araponga
377
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Platyrinchidae
Platyrinchus mystaceus patinho
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo
Tolmomyias sulphurescens bico-chato-de-orelha-preta
Todirostrum poliocephalum teque-teque
Poecilotriccus plumbeiceps tororó
Myiornis auricularis miudinho
Hemitriccus diops olho-falso
Hemitriccus nidipendulus tachuri-campainha
Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro
Camptostoma obsoletum risadinha
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela
Elaenia mesoleuca tuque
Phyllomyias fasciatus piolhinho
Phyllomyias griseocapilla piolhinho-serrano
Attila rufus capitão-de-saíra
Myiarchus tuberculifer maria-cavaleira-pequena
Myiarchus swainsoni irré
Myiarchus ferox maria-cavaleira
Sirystes sibilator gritador
Rhytipterna simplex vissiá
Pitangus sulphuratus bem-te-vi
Myiodynastes maculatus bem-te-vi-rajado
Megarynchus pitanguá neinei
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-
vermelho
Tyrannus melancholicus suiriri
Empidonomus varius peitica
Colonia colonus viuvinha
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada
Lathrotriccus euleri enferrujado
Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado
Hirundinidae
Pygochelidon cyanoleuca andorinha-pequena-de-casa
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora
Progne tapera andorinha-do-campo
Progne chalybea andorinha-grande
Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra
Pheugopedius genibarbis garrinchão-pai-avô
378
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una
Turdus leucomelas sabiá-branco
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira
Turdus amaurochalinus sabiá-poca
Turdus albicollis sabiá-coleira
Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo
Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico
Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita
Basileuterus culicivorus pula-pula
Icteridae
Cacicus haemorrhous guaxe
Icterus jamacaii corrupião
Gnorimopsar chopi pássaro-preto
Molothrus bonariensis chupim
Thraupidae
Schistochlamys ruficapillus bico-de-veludo
Tangara cyanoventris saíra-douradinha
Tangara sayaca sanhaço-cinzento
Tangara cyanoptera sanhaço-de-encontro-azul
Tangara palmarum sanhaço-do-coqueiro
Tangara ornata sanhaço-de-encontro-amarelo
Tangara cayana saíra-amarela
Sicalis flaveola canário-da-terra
Haplospiza unicolor cigarra-bambu
Chlorophanes spiza saí-verde
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem
Volatinia jacarina tiziu
Trichothraupis melanops tiê-de-topete
Lanio cristatus tiê-galo
Tachyphonus coronatus tiê-preto
Dacnis cayana saí-azul
Coereba flaveola cambacica
Sporophila caerulescens coleirinho
Saltator maximus tempera-viola
Saltator similis trinca-ferro
Cardinalidae
Caryothraustes canadensis furriel
Fringillidae
379
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Passeridae
Passer domesticus pardal
380
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
Com esse trabalho, pode-se verificar que a Pousada Sítio Canaã abriga um
elevado número de espécies, sendo algumas destas ameaçadas de extinção,
demonstrando assim que a preservação das áreas nativas da Pousada é importante para
auxiliar na preservação e manutenção destas espécies de aves, já que áreas preservadas
se tornam cada vez mais escassas no domínio da Mata Atlântica.
AGRADECIMENTOS
381
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
LITERATURA CITADA
Betzel, R. L.; Pugnal, F. L.; Caldara, V. Jr. & Lopes, S. R. 2016. Efeito de borda sobre
pássaros em uma área de conservação no município de Santa Teresa, ES, p. 187-
192. In: Lírio, E. J.; Freitas, J.; Lopes, M. M.; Volpi, T. A. & Silva-Soares, T.
(Orgs.). Anais do V SIMBIOMA: Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata
Atlântica. Santa Teresa. 703p.
Develey, P. F. 2003. Métodos para estudos com aves. p. 153-168. In: Cullen-Jr., L.;
Rudran, R. & Valladares-Pádua, C.; (Orgs.). Métodos de estudos em biologia da
conservação e manejo da vida silvestre. Curitiba. Universidade Federal do
Paraná, 667p.
Novaes, T. M.; Silva, J. N.; Flores, F. M.; Passamani, J. A.; Magnago, G. R. & Simon,
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município de Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil. Atualidade Ornitológicas,
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Piacentini, V. Q.; Aleixo, A.; Agne, C. E.; Maurício, G. N.; Pacheco, J. F.; Bravo, G.
A.; Brito, G. R. R.; Naka, L. N. Olmos, F.; Posso, S.; Silveira, L. F.; Betini, G.
S.; Carrano, E.; Frans, I.; Lees, A. C.; Lima, L. M.; Pioli, D.; Schunck, F.;
Amaral, F. R.; Bencke, G. A.; Cohn-Haft, M.; Figueiredo, L. F. A.; Straube, F.
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de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91-298.
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Sigrist, T. 2014. Avifauna Brasileira. Editora Avis Brasilis, Vinhedo, São Paulo, 607 p.
Silveira, L. F.; Beisiegel, B. M.; Curcio, F. F.; Valdujo, P. H.; Dixo, M.; Verdade, V.
K.; Mattox, G. M. T. & Cunningham, P. T. M. 2010. Para que servem os
inventários de fauna? Estudos Avançados, 24(68): 173-178.
Simon, J. E. 2009. A lista das aves do Estado do Espírito Santo. Livro de Resumos do
XVII Congresso Brasileiro de Ornitologia. 34 p.
Simon, J. E.; Antas, P. T. Z.; Pacheco, J. F.; Efé, M. A.; Ribon, R.; Raposo, M. A.;
Laps, R. R.; Musso, C.; Passamani, J. A. & Paccagnella, S. G. 2007. As aves
ameaçadas de extinção no Estado do Espírito Santo, p. 47-59. In: Passamani, M.
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do Espírito Santo. Vitória: Instituto de Pesquisas da Mata Atlântica. 280 p.
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Humans add or Subtract Species? Papéis Avulsos de Zoologia. São Paulo, 42(9):
193-264.
383
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
Área de Estudo
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Coleta de dados
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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388
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
pode estar ligada ao fato de que tais municípios preservam boa parte de suas florestas
nativas, já que possuem grandes unidades de conservação e consequentemente,
propiciam maior diversidade da ornitofauna nestes locais. Fato contrário ao observado
no município de Colatina que, possui poucas Unidades de Conservação da natureza
(UC) e praticamente toda vegetação que ainda resta na cidade é composta por florestas
secundárias, que se encontram extremamente fragmentadas, acarretando no
empobrecimento das comunidades avifaunísticas destes locais. Segundo Laurance &
Vasconcelos (2009), fragmentos pequenos possuem menor riqueza e densidade de
espécies, se comparados com fragmentos maiores ou com florestas contínuas.
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Bauer, C. 1999. Padrões atuais de distribuição de aves florestais na região sul do Estado
do Espírito Santo, Brasil. Dissertação de Mestrado, Programa de Ciências
Biológicas/Zoologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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Threatened Species. Version 2016.3. Disponível em: www.iucnredlist.org
(24/05/2017).
Novaes, T. M.; Silva, J. N.; Flores, F. M.; Passamani, J. A.; Magnago, G. R. & Simon,
J. E. 2016. Comunidade de aves da Reserva Biológica Augusto Ruschi,
município de Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil. Atualidade Ornitológicas,
194(1): 39-51.
Piacentini, V. Q.; Aleixo, A.; Agne, C. E.; Maurício, G. N.; Pacheco, J. F.; Bravo, G.
A.; Brito, G. R. R.; Naka, L. N. Olmos, F.; Posso, S.; Silveira, L. F.; Betini, G.
S.; Carrano, E.; Frans, I.; Lees, A. C.; Lima, L. M.; Pioli, D.; Schunck, F.;
Amaral, F. R.; Bencke, G. A.; Cohn-Haft, M.; Figueiredo, L. F. A.; Straube, F.
C. & Cesari, E. 2015. Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro
de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, 23(2): 91-298.
Sigrist, T. 2014. Avifauna Brasileira. Editora Avis Brasilis, Vinhedo, São Paulo, 607 p.
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inventários de fauna? Estudos Avançados, 24(68): 173-178.
390
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Simon, J. E. 2009. A lista das aves do Estado do Espírito Santo. Livro de Resumos do
XVII Congresso Brasileiro de Ornitologia. 34 p.
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Laps, R. R.; Musso, C.; Passamani, J. A. & Paccagnella, S. G. 2007. As aves
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& Mendes, S. L. (Orgs.). Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado
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período 2014-2015. Fundação SOS Mata Atlântica, São Paulo. 70 p.
Srbek-Araujo, A. C.; Simon, J. E.; Magnago, G. R.; Pacheco, J. F.; Fonseca, P. S. M.;
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Linhares, Espírito Santo, Brasil. Ciência e Ambiente, 49(1): 169-191.
Willis, E. O. & Oniki, Y. 2002. Birds of Santa Teresa, Espírito Santo, Brasil: do
Humans add or Subtract Species? Papéis Avulsos de Zoologia. São Paulo, 42(9):
193-264.
391
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
1
UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução
– PPGEE.
2
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. IB – Instituto de Biologia
3
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Pós-graduação em Zoologia - PPGZ
4
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Programa de Pós-graduação em Ecologia - PPGE
*resendens@gmail.com
INTRODUÇÃO
Baseado no comportamento de termorregulação, as libélulas adultas podem ser
classificadas em espécies “voadoras” (fliers), que se mantém voando a maior parte do
tempo, e espécies “pousadoras” (perchers), que ficam mais frequentemente pousadas
(Corbet 1962). Os voadores são considerados endotérmicos (espécies de maiores
tamanhos), já as espécies pousadoras podem regular sua temperatura por meio de
irradiação solar (heliotérmicos), possuindo tamanho médio, ou são conformadores
termais (troca de calor entre o animal e o meio) como por exemplo aquelas de pequeno
porte (Osses, 2004). As diferenças de mecanismos termorreguladores entre as espécies
podem exercer influências nos horários de atividade e sobre os habitats utilizados pelas
libélulas (De Marco, 1998). Portanto, maior luminosidade em um ambiente pode ser um
dos fatores que determinam a riqueza de espécies em Odonata (Ward, 1982).
Existem indicativos de que espécies na fase adulta da subordem Zygoptera
apresentam maior abundância em áreas de sub-bosque do que em áreas abertas e as
espécies da subordem Anisoptera demonstraram maior abundância em áreas abertas do
que em áreas fechadas (Scoss et al., 2001). Esse padrão pode ser explicado com base na
relação entre o tamanho do corpo das espécies analisadas e sua fisiologia. Em áreas de
mata fechada, as espécies contam principalmente com a temperatura do ambiente para
termorregulação. Já em áreas abertas o aquecimento por irradiação direta se torna tão ou
mais importante que a convecção para manter o animal em atividade. Sendo assim, o
maior tamanho das espécies das áreas abertas, pertencentes à subordem Anisoptera,
pode ser explicado pela maior dificuldade de atingirem o limiar de temperatura
necessário ao início de sua atividade. Isso provavelmente explicaria o investimento em
habitar uma área aberta, onde ganhariam calor mais rapidamente por irradiação. Em sua
fase larval, odonatas são aquáticas e ocupam habitats que variam pelo tipo de substrato,
velocidade de correnteza, tempo de duração e de acordo com características químicas e
físicas da água (Cardoso, 2011). Porém até o momento não foi avaliada a influência da
incidência de luz solar em sistemas lóticos sobre a composição de náiades de Odonata.
Desta forma, trabalhamos com a hipótese de que o número de indivíduos de
náiades (fase larval) da subordem Zygoptera seja maior em trechos de riacho com maior
392
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
Caracterização do habitat
O rio Paquequer apresentou um grau de impedimento de simetria bem elevada,
pois se encontrava bem seco e com muitos matacões formando ilhas e delimitando
trechos de água corrente e remansos. Em áreas mais abertas, com menor cobertura de
dossel houve predominância de mata ciliar fechada secundária. Substratos
predominantes foram matacões, folhiço e pouca areia.
393
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Coleta de espécimes
As coletas foram realizadas no período das 9:00 às 12:00 e de 14:00 às 17:00 ao
longo de dois dias em 2016. Os animais foram coletados com redes do tipo Brundin e
D-net, triados manualmente, identificados em microscópio estereoscópico e por fim
devolvidos ao ambiente. A coleta foi realizada em cinco transectos transversais ao
riacho, separados por, no mínimo, 10 metros de distância. Dentro de cada transecto
foram amostrados pelo menos cinco subamostras. A caracterização do substrato, mata
ciliar e cobertura de dossel foram realizados por estimativa indireta, por percepção
visual. As áreas estudadas foram categorizadas entre áreas fechadas (cobertura de dossel
superior a 55%) e áreas abertas (cobertura de dossel igual ou menor que 55%).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
394
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
riqueza e abundância encontradas em áreas abertas podem ser explicadas pela maior
largura destes trechos e, portanto, maior entrada de luz solar nos mesmos. Desta forma,
espécies maiores (que dependem de maior incidência solar para termorregulação)
também ocupam estes mesmos locais. Outras variáveis não trabalhadas, como a
diferença entre profundidades e variação no fluxo da água entre os pontos coletados,
também poderiam explicar as diferenças na composição das náiades.
395
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Variáveis
Eixo 1 Eixo 2
Abióticas
Folhiço -0.1889 0.8531
Cascalho -0.7053 -0.4433
396
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
As variáveis abióticas medidas não foram importantes para determinar a
distribuição das Famílias nas áreas amostradas. Por outro lado, a abundância e riqueza
encontradas caracterizaram a composição e distribuição de Náiades de Odonata em um
ambiente de riacho de Mata Atlântica. Outro fator poderia melhor explicar a
distribuição observada: a presença de troncos de árvores caídos dentro do rio,
possibilitando uma maior separação no uso dos recursos disponíveis no ambiente e a
coexistência de uma quantidade maior de grupos taxonômicos. Além disso, outros
fatores podem afetar a distribuição dos imaturos, tendo em vista que, após a oviposição,
estes se distribuem no corpo d’água procurando satisfazer requisitos como respiração,
alimentação e refúgio.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos ao Professor Jorge Nessimian pela prazerosa e produtiva
disciplina de Ecologia de Insetos Aquáticos, ao PARNASO por disponibilizar o espaço,
à parceria de trabalho prático e escrito das integrantes e pelas contribuições de Thiago
Barros nas análises e texto.
LITERATURA CITADA
Cardoso, P. 2011. Riqueza e abundância de adultos de odonatas (insecta) em lagoas e
riachos em uma transição cerrado-floresta amazônica, Brasil. Dissertação de
mestrado. Programa de pós-graduação em ciências ambientais (CELBE),
Universidade do Estado do Mato Grosso, Cáceres.
Corbet, P.S. 1962. (eds.) A biology of dragonflies. London, Witherby, 247p.
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Guimarães, R.F., Gomes, R. A. T., de Carvalho Júnior, O. A., de Souza Martins, E., de
Oliveira, S. N., & Fernandes, N. F. 2009. Análise temporal das áreas
susceptíveis a escorregamentos rasos no Parque Nacional da Serra dos Órgãos
397
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
398
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
399
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
400
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Barbosa, M.L.L., I.A. Ferreira, C.R.V. Fonseca & F.B.P. Gouveia, 2011. Cholini
(Coleoptera: Curculionidae: Molytinae) housed in theInvertebrateCollectionofthe
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Camargo, A.J.A., C.M. Oliveira, M.R. Frizzas, K.C. Sonoda& D.C.V. Corrêa, 2015.
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Costa Lima, A.M. Insetos do Brasil. Escola Nacional de Agronomia, 1950, 12 tomos.
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Siewert, R.R., E.J.E. Silva & L.L. Marques, 2010. Catálogo do Acervo de Borboletas
(Lepidoptera: Papilionoidea) Depositadas no Museu de História Natural da
401
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
402
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Para reunir os dados sobre os cariótipos das espécies, foi feito um levantamento
de dados citogenéticos disponíveis na literatura através de publicações científicas.
Foi realizada a construção de uma planilha geral apresentando informações
como: 2n (número diploide), NA (número de braços autossômicos), forma dos
cromossomos sexuais, além de referência bibliográfica.
A partir dessas informações, foram gerados arquivos Portable Document File
(PDF) para cada espécie contendo: nome, autor e ano de publicação, além das
informações cariotípicas, imagens dos cariótipos em coloração, referência bibliográfica
403
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
e link para download do arquivo, que em breve estarão disponíveis na biblioteca virtual
(http://www.nupea.saomateus.ufes.br/) para consulta.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
A partir dos dados observados, é possível concluir que ainda é necessária uma
maior busca bibliográfica de estudos de cariótipos, visto que algumas espécies ainda
não possuem seus dados citogenéticos apresentados, como é o caso de representantes da
ordem Primates. Além disso, há espécies que ainda não possuem o cariótipo descrito,
como a espécie Cabassous chacoensis, pertencente à ordem Cingulata (Jacintho et al.,
2009).
Tabela 1. Compilação dos dados obtidos. A lista conta com os nomes das espécies,
nome popular e informações cariotípicas como: 2n, NA, forma dos cromossomos X e Y
e as respectivas referências.
404
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Ordem Artiodactyla
N spp Família Cervidae Nome popular 2n NA Referência X Y
1 Blastocerus dichotomus Cervo-do-Pantanal 66 74 Duarte & Giannoni 1995 Metacêntrico grandeSubmetacêntrico pequeno
2 Mazama americana Veado-mateiro 42 a 53 48 a 56 Cursino et al. 2014 Submetacêntrico Metacêntrico
3 Mazama bororo Veado-bororó-de-São-Paulo 32 a 34 46 Duarte & Jorge 2003
4 Mazama gouazoubira Veado-catingueiro 70 70 Neitzel 1979 Acrocêntrico grande Acrocêntrico pequeno
5 Mazama nana Veado-bororó-do-sul 36 a 40 56 a 60 Abril & Duarte 2008 Metacêntrico médio Metacêntrico pequeno
6 Mazama nemorivaga Veado-da-Amazônia 68-69 70 Fiorillo et al. 2013 Submetacêntrico médio Metacêntrico pequeno
7 Odocoileus virginianus Veado-da-cara-branca 70 74 Wurster & Benirschke, 1967 Submetacêntrico grande Metacêntrico pequeno
8 Ozotoceros bezoarticus Veado-campeiro 68 74 Duarte & Giannoni 1995 Metacêntrico grandeMetacêntrico pequeno
N spp Família Tayassuidae Nome popular 2n NA Referência X Y
9 Pecari tajacu Cateto, caititu 30 46 Lima et al 2004 Acrocêntrico médio Acrocêntrico pequeno
10 Tayassu pecari Queixada, porco-do-mato 26 46 M. Andrea et al. 2001;F. Adega etAcrocêntrico
al. 2007 médio Acrocêntrico pequeno
Ordem Carnivora
N spp Família Canidae Nome popular 2n NA Referência X Y
11 Atelocynus microtis Cachorro-do-mato-de-orelha-curta
74-76 76 Wurster & Benirschke 1968 Submetacêntrico Submetacêntrico
12 Cerdocyon thous Cachorro-do-mato 74 106 Hatanaka et al. 1998 Submetacêntrico grande Acrocêntrico pequeno
13 Chrysocyon brachyurus Lobo-guará 76 78 A. Pieńkowska-Schelling et al. 2008
Submetacêntrico grande Acrocêntrico médio
14 Lycalopex gymnocercus Raposa-do-campo 74 76 Brum-Zorrilla & Langguth Submetacêntrico Acrocêntrico
15 Lycalopex vetulus Raposinha 74 76 Wurster and Benirschke 1968 Metacêntrico Metacêntrico
16 Speothos venaticus Cachorro-vinagre 74 Carvalho et al. 2009 Submetacêntrico grande Acrocêntrico pequeno
N spp Família Felidae Nome popular 2n NA Referência X Y
17 Leopardus geoffroyi Gato-do-mato-grande 38 72 Wurster and Benirschke 1968 Metacêntrico médio Submetacêntrico pequeno
18 Panthera onca Onça-pintada 38 72 Ledesma et al. 2004 Submetacêntrico médio Submetacêntrico pequeno
19 Puma yagouaroundi Gato-mourisco 38 76 Wurster and Benirschke 1968 Submetacêntrico médio ?
N spp Família Mustelidae Nome popular 2n NA Referência X Y
20 Eira barbara Irara 38 68 Wurster and Benirschke 1968 Submetacêntrico médio ?
N spp Família Procyonidae Nome popular 2n NA Referência X Y
21 Bassaricyon alleni Olingo 38 68 Wurster and Benirschke (1967,1968)
Submetacêntrico médio Subacrocêntrico pequeno
22 Nasua nasua Quati 38 68 Wurster and Benirschke 1968 Submetacêntrico médio Subacrocêntrico pequeno
Ordem Cingulata
N spp Família Dasypodidae Nome popular 2n NA Referência X Y
23 Cabassous chacoensis Tatu-de-rabo-mole-pequeno AINDA NÃO DESCRITA (Jacintho et al. 2009)
24 Cabassous tatouay Tatu-de-rabo-mole-grande 50 68 Barroso and Seuánez 1991 Metacêntrico pequeno Acrocêntrico
25 Cabassous unicinctus Tatu-de-rabo-mole 46 Jacintho et al. 2009 Submetacêntrico médio Acrocêntrico pequeno
26 Dasypus hybridus Tatu-mulita 64 81 Saez et al. 1964 Submetacêntrico Acrocêntrico
27 Dasypus kappleri Tatu-de-quinze-quilos 64 Redi et al, 2005
28 Dasypus novemcinctus Tatu-galinha 64 78 Beath et al. 1962, Bernirschke etMetacêntrico
al. 1969, Jorge
grandeAcrocêntrico
et al. 1977 pequeno
29 Dasypus septemcinctus Tatuí 64 76 Barroso and Seuánez 1991 Submetacentrico Acrocentrico
30 Euphractus sexcinctus Tatu-peba 58 Jorge et al. 1977, Barroso and Seuánez
Submeta/Acro
1991 Submeta/acro
31 Priodontes maximus Tatu-canastra 50 Bernirschke and Wurster 1969 Submetacêntrico Metacêntrico
32 Tolypeutes matacus Tatu-bola 38 Jorge et al. 1977 Metacêntrico Acrocêntrico
Ordem Lagomorpha
N spp Família Leporidae Nome popular 2n NA Referência X Y
33 Sylvilagus brasiliensis Tapeti 40 68 Langguth & Sousa, 2003 Submetacêntrico grande Submetacêntrico pequeno
Ordem Perissodactyla
N spp Família Tapiriidae Nome popular 2n NA Referência X Y
34 Tapirus terrestris Anta 80 80 Houck et al. 2000 Submetacêntrico grande Acrocêntrico pequeno
Ordem Pilosa
N spp Família Bradypodidae Nome popular 2n NA Referência X Y
35 Bradypus torquatus Preguiça-de-coleira 50 64 Azevedo et al. 2012 Submetacêntrico Metacêntrico
36 Bradypus tridactylus Preguiça-de-três-dedos 52 56 G. Dobigny et al. 2005 Metacêntrico Metacêntrico
37 Bradypus variegatus Bicho-preguiça 54 Azevedo et al. 2012
N spp Família Cyclopodidae Nome popular 2n NA Referência X Y
38 Cyclopes didactylus Tamanduá 64 100 Jorge et al. 1985; Jorge 2000 Submetacêntrico pequeno
N spp Família Megalonychidae Nome popular 2n NA Referência X Y
39 Choloepus didactylus Preguiça-real 65 G. Dobigny et al. 2005
40 Choloepus hoffmanni Preguiça-real 49 61 J. Corin-Frederic 1969 Metacêntrico
N spp Família Myrmecophagidae Nome popular 2n NA Referência X Y
41 Myrmecophaga tridactyla Tamanduá-bandeira 60 108 Pereira Júnior et al. 2004 Metacêntrico grandeAcrocêntrico pequeno
42 Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim 54 108 G. Dobigny et al. 2005 Metacêntrico grandeAcrocêntrico pequeno
LITERATURA CITADA
405
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Adega, F., Chaves, R., & Guedes-Pinto, H. (2007). Chromosomal evolution and
phylogenetic analyses in Tayassu pecari and Pecari tajacu (Tayassuidae): tales
from constitutive heterochromatin. Journal of genetics, 86(1), 19-26.
Andrea, M. V., Oliveira, C., Rocha, G. T., & Foresti, F. (2001). Cytogenetical and
histological studies in testis of Tayassu tajacu (Cateto), Tayassu pecari
(Queixada) and a natural interspecific hybrid. Journal of Animal Breeding and
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Cursino, M. S., Salviano, M. B., Abril, V. V., dos Santos Zanetti, E., & Duarte, J. M. B.
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Jacintho, P. J. H. R., Santiloni, V., Rosa, P. S., da Mota, L. S. L. S., & Jorge, W. (2009).
The karyotype of Cabassous unicinctus (Dasypodidae, Xenar-
thra). Caryologia, 62(1), 24-29.NEITZEL, H. Chromosomenevolution in der
Familie der Hirshe (Cervidae). Bongo, v. 3, p. 27-38, 1979.
Paglia, A. P., Fonseca, G. D., Rylands, A. B., Herrmann, G., Aguiar, L. M. S.,
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Paresque, R., Souza, W. D., Mendes, S. L., & Fagundes, V. (2004). Composição
cariotípica da fauna de roedores e marsupiais de duas áreas de Mata Atlântica do
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406
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
407
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
fácil confecção pelos usuários, podem ser utilizadas pelos pequenos e médios
produtores no controle das moscas-das-frutas, sem trazer ônus adicionais na produção
(Azevedo et al., 2012). Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi avaliar a
eficácia de armadilhas alternativas e atrativos alimentares no monitoramento das
moscas-das-frutas em pomar de goiabeira.
MATERIAL E MÉTODOS
408
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
409
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
Aluja, M.; Cabrera, M.; Guillen, J.; Celedonio, H. & Ayora, F. 1989. Behaviour of
Anastrepha ludens, A. obliqua and A. serpentina (Diptera: Tephritidae) on a wild
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Azevedo, F. R.; Gurgel, L. S.; Santos, M. L. L.; Silva, F. B.; Moura, M. A. R. & Nere,
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79(3): 343-352.
410
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Barelli, N. L. & Galli, J. C. 1998. Avaliação de danos causados por Anastrepha spp.
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Curculionidae) em frutas de goiaba da cultivar “Paluma”, In: Congresso
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Calkins, C. O. & Malavasi, A. 1995. Biology and control of fruit flies (Anastrepha) in
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Monteiro, L. B.; Maydemio, L. L.; Motta, A. C. V.; Monte Serrat, B. & Cuquel, F. L.
2007 Avaliação de atrativos alimentares utilizados no monitoramento de mosca-
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Raga, A.; Machado, R. A.; Dinardo, W & Strikis, P. C. 2006. Eficácia de atrativos
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Salles, L. A. B. 2003. Principais pragas e seu controle. In: Raseira, M. C. B. & Quezada,
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
412
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Lorena TONINI1*, Juliana Paulo da SILVA1, Silvia Britto BARRETO2, Luísa Maria
SARMENTO-SOARES1,3
1
Instituto Nacional da Mata Atlântica, Programa de Capacitação Institucional
2
Universidade Federal da Bahia – UFBA
3
Universidade Federal do Espírito Santo – UFES
* lorenatonini.bio@gmail.com
INTRODUÇÃO
413
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Francisco e a leste com o oceano Atlântico, onde deságua a 18 km a norte da foz do rio
Jequitinhonha. Seus principais afluentes são, pela margem esquerda, os ribeirões Salitre,
Ribeirão e Vereda e os rios São João do Paraíso e Catolé Grande. Pela margem direita,
destacam-se os rios Mosquito, Macarani e Maiquinique (CEMIG, 2017).
As bacias dos rios Jequitinhonha e Pardo compartilham várias espécies, sendo a
maioria considerada endêmica destas drenagens (Camelier & Zanata, 2014). Assim, o
trabalho tem como objetivo avaliar a distinção entre morfotipos de Trichomycterus das
bacias dos rios Jequitinhonha e Pardo por meio da morfometria geométrica.
MATERIAL E MÉTODOS
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
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CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
LITERATURA CITADA
417
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
de Pinna, M. C. C., & W. Wosiacki. 2003. Trichomycteridae. Pp. 270-290. In: Reis R.
E.; S. O. Kullander & C. J. Ferraris, Jr. (eds.). Check list of the freshwater fishes
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Hammer, Ø., Harper, D.A.T., and Ryan, P.D. 2001. PAST: Paleontological Statistics
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Rohlf, F. J. 2010. TpsDig2: thin plate spline digitizing landmarks (version 2.16).
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Brook, Stony Brook, New York.
418
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
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Figura 1. Bacia hidrográfica do rio Jequitinhonha com indicação dos registros de espécies de Trichomycterus reconhecidas no presente estudo.
421
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RESULTADOS
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Diagnose: Distância da origem da dorsal ao meio da base dos raios caudais 1.5 na
distância predorsal. Cabeça larga e quadrada. Nadadeira dorsal com sete raios
ramificados; nadadeira peitoral com seis a sete raios ramificados; nadadeira anal com
cinco raios ramificados. Primeiro raio de peitoral prolongando em filamento.
Colorido: Manchas pequenas (menor ou igual ao tamanho da órbita ocular), nas partes
látero-dorsais do corpo tendendo a diminuir no sentido do ventre.
Comparação: espécie conhecida para a localidade-tipo, e assinalada para trechos do
médio e baixo Jequitinhonha (citada em Sarmento-Soares, 2008). A comparação com a
congênere T. landinga indicou ampla sobreposição dos dados morfométricos e
merísticos, o que sugere a necessidade de maiores investigações quanto a distinção entre
ambas espécies.
Distribuição Geográfica: Médio Jequitinhonha.
Material Examinado: Minas Gerais, bacia do rio Jequitinhonha: MCNIP s/no., 3, 20-
45 mm CP, estrada de terra entre Grão Mongol e Josenópolis. Mun. Josenópolis -MG.
(Fig.3).
Diagnose: Cabeça reta, não deprimida, triangular. Olho grande. Olhos pequenos, 11-
12% no comprimento da cabeça; filamento peitoral curto a moderado. pedúnculo caudal
baixo. Nadadeira dorsal com 6-7 raios ramificados; nadadeira peitoral com 7 raios
ramificados; nadadeira anal com 5 raios ramificados. nadadeiras pélvicas separadas
entre si. caudal truncada. Barbilhão maxilar atinge a base do opérculo. Barbilhões nasal
e rictal longos, alcançando a placa opercular.
Colorido: O padrão de colorido mais comum em indivíduos desta espécie é a presença
de manchas circulares grandes e escuras no corpo (Fig. 4). Em alguns indivíduos, tais
manchas tendem a formar uma faixa descontínua no meio do corpo (lembrando tabletes
retangulares- Fig. 5), sendo estas maiores e sequenciais no flanco e próximas ao dorso.
424
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Indivíduos menores com uma faixa lateral nítida, interrompida ou contínua, ao longo da
linha lateral.
Comparação: espécie conhecida para a localidade-tipo, e assinalada para outros pontos
da bacia em estudos recentes (e.g. Andrade Neto, 2010). Morfologicamente muito
semelhante a Trichomycterus bahianus, o que requer maiores investigações.
Distribuição Geográfica: Médio Jequitinhonha.
Material Examinado: Minas Gerais, bacia do rio Jequitinhonha: MZUEL 7141, 4 ex.
(42.5 – 60.1 mm CP) Córrego Casa Nova, Bocaiuva; MZUEL 7236, 2 (40.5 – 43.0 mm
CP) estrada de terra Itamarandiba; MZUEL 7342, 7 ex. (36.5 – 52.9 mm CP). Caminho
para Posses, Leme Do Prado.
Bahia, bacia do rio Jequitinhonha: MNRJ 32128, 6 (51.1 – 57.8 mm CP), MNRJ 31971,
1 (44.9 mm CP) Rio Ribeira, próximo nascente em União Baiana- BA.
Trichomycterus bahianus
Diagnose: Cabeça deprimida, larga (79-83% CC), com formato triangular ou quadrado.
Olhos pequenos (13-15% CC). Barbilhão maxilar atinge a base do opérculo. Barbilhões
nasal e rictal curtos, não alcançando a placa opercular. Filamento peitoral curto a
moderado (6-10% no comprimento do primeiro raio ramificado). Pedúnculo caudal
moderado a alto (8-10% no CP). Nadadeira dorsal com 6-7 raios ramificados; nadadeira
peitoral com 6-7 raios ramificados; nadadeira anal com 5 raios ramificados. Nadadeira
caudal levemente emarginada.
Colorido: Colorido com manchas arredondadas grandes (maiores que o diâmetro
orbital) sobre as laterais do corpo. Em exemplares menores (CP inferior a 40 mm) uma
faixa lateral pálida, interrompida ou contínua, pode estar presente ao longo da linha
lateral (como ilustra a Fig.6).
Comparação: Espécie descrita a partir de material do rio Una, e registrada para
contribuintes do rio Pardo- BA (Cetra et al., 2010). Aqui pela primeira vez assinalada
para o baixo rio Jequitinhonha.
Distribuição Geográfica: Rio Una, rio Pardo e baixo rio jequitinhonha.
Material Examinado: Minas Gerais- Bacia do rio Jequitinhonha: MBML 2561, 1 c&s
(49.4 mm CP), Jacinto, tributário do córrego Areia, próximo a Jaguarão. MNRJ 32128,
9; MBML 1495:10, MBML 2116:2. MBML 1495, 9 (42.6 – 63.9 mm CP) afluente do
Córrego da Areia logo após a cidade de Jaguarão, no sentido de Jacinto. MG; MBML
1504, 1 ex. (82.23 mm CP) Córrego Areinha próximo a Salto da Divisa. Jacinto;
MBML 1508, 2 ex. (50.57 – 52.16 mm CP) Córrego do Empedrado próximo à Santo
Maria do Salto; MBML 2116, 2 (39.5 di&co – 45.8 mm CP). Afluente do Córrego da
Areia logo após a cidade de Jaguarão, no sentido de Jacinto, mun. Jacinto.
Bahia- Bacia do rio Pardo: Bahia: MBML 1579, 2 (57.6 - 60.9 mm CP), Wenceslau
Guimarães, córrego da Piaba, Reserva Biológica Wenceslau Guimarães; MBML 1580
425
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
(48.3 - 64.7 mm CP), Boa Nova, tributary of rio Urubu, near Valentim Village; MBML
1585, 10 (51.2 - 110.0 mm CP), Boa Nova, riacho Timorante, near Valentim Village;
MBML 1587, 2 (45.8 - 51.9 mm CP), Boa Nova, tributary of rio Valentim; MBML
1592, 6 (45.0 - 75.3 mm CP), Afluente do Rio Valentim, abaixo da Cachoeira Sete de
Setembro, Boa Nova; MBML 1595, 14 (71.4 - 76.1 mm CP), Rio Panelinha no povoado
de Biscó. Camacan; MBML 1598, 2 (53.3 – 56.9 mm CP), Rio Panelinha no povoado
de Biscó, mun. Camacan; MBML 1604, 1 (84.6 mm CP), Afluente do Ribeirão Água
Preta. Jussari. MBML 1609, 4 (71.1 – 95.6 mm CP), Afluente do Rio Colonia. Jussari.
MBML 2142, 2 c&s (52.5- 57.5 mm CP), Rio Panelinha no povoado de Biscó, mun.
Camacan. MNRJ 31935, 2 (47.5 – 55.5 mm CP). MNRJ 32022, 7 ex., Rio Panelinha no
povoado de Biscó- Camacã. MNRJ 32029, 2 (36.2 – 37.9 mm CP); MNRJ 31941, 2
(45.0 – 50.4 mm CP); MNRJ 32243, 80 ex. 23.4- 69.0 mm CP), Rio Panelinha no
povoado de Biscó- Camacan; MNRJ 32246, 2 (63.6 – 65.2 mm CP); MNRJ 31932, 1
(66.8 mm CP); MNRJ 32244, 3 (57.2 – 69.5 mm CP).
Bahia- Bacia do rio Cachoeira: MNRJ 31935, 3 ex., Afluente do Ribeirão Água Preta
tributário do Rio Colonia, Jussari- BA.
Bahia- Bacia rio Una: MNRJ 31932, 2 ex., Afluente do Rio Aliança na RPPN Serra do
Teimoso, Jussari- BA
Figura 7. Trichomycterus sp. araçuaí. MZUEL 7279, 62.2 mm CP, afluente do rio
Itamarandiba, mun. Itamarandiba- MG.
Diagnose: Cabeça deprimida, baixa, quadrada em vista dorsal. Olho pequeno (12-15%
CC). Filamento peitoral curto. Pedúnculo caudal alto, em continuidade com a nadadeira
caudal. Nadadeira dorsal com 6-7 raios ramificados; nadadeira peitoral com 7-8 raios
ramificados; nadadeira anal com 5 raios ramificados; nadadeiras pélvicas separadas;
caudal truncada ou levemente arredondada. Barbilhão maxilar alcança a base do
opérculo. Barbilhões nasal e rictal longos, ultrapassando a vertical da órbita ocular.
Colorido: colorido reticulado, com manchas grandes, em alguns indivíduos formando
uma faixa lateral interrompida ao longo da linha lateral (Fig.7). Nadadeiras com
manchas escuras esparsas.
Comparação: Em rótulo de coleções associado a T. landinga, possivelmente por causa
da cabeça baixa e faixa lateral escura intermitente.
Distribuição Geográfica: Aparentemente endêmico da sub-bacia do rio Araçuaí, um
dos principais contribuintes do rio Jequitinhonha.
Material Examinado – Minas Gerais, bacia do rio Jequitinhonha: MZUEL 10713, 4
(54.1 – 75.8 mm CP) Afluente do rio Itamarandiba. Veredinha – MG; MZUEL 7216, 9
(31.3 – 56.6 mm CP) Córrego Itacarambi. Itamarandiba - MG; MZUEL 7236, 2 ex.
(40.6 – 45.3 mm CP) Ribeirão Itanguá, estrada de terra. Mun. Itamarandiba; MZUEL
7272, 3 (54.1 – 76.7 mm CP) Córrego Retiro da Serra, afluente do Itamarandiba.
Itamarandiba; MZUEL 7279, 4 (43.64 – 63.27 mm CP) Afluente do Itamarandiba.
Itamarandiba; MZUEL 7979, 4 (40.5 – 62.2 mm CP) afluente do Itamarandiba.
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Itamarandiba. MZUEL 10736, 4 ex. (43.8 – 61.9 mm CP). Afluente do rio Setubal. Sub
bacia do rio Araçuaí. Setubinha; MNRJ 32122, 1 (63.2 mm CP).
Figura 5. Trichomycterus sp. aff. T. trefauti. MZUEL 7077, 84.1 mm CP, Córrego
Pedraria. Mun. Diamantina- MG.
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Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Tabela 1. Medidas morfométricas das espécies de Trichomycterus e morfotipos assinalados para a bacia do rio Jequitinhonha.
Trichomycterus Trichomycterus Trichomycterus Trichomycterus Trichomycterus
Medidas landinga jequitinhonha bahianus sp.araçuaí sp.aff. T. trefauti
Amplitude- Min- Amplitude- Min- Amplitude- Min-
Max Média Amplitude- Min- Max Média Max Média Amplitude- Min- Max Média Max Média
Comprimento padrão 50.3 – 50.3 50.3 72.7 – 24.7 50.7 82.2 - 39.5 54.5 84.1 - 26.4 47.4 84.1 - 26.4 47.4
Comprimento total 56.5 – 56.5 56.5 84,6 28,7 58.5 93.6 - 46.5 61.8 96.8 - 29.2 54.1 96.8 – 29.2 54.1
13.4 - 3.3
Alt. do corpo 5.6 - 5.6 5.6 13.2 - 3.2 7.9 12.6 – 5.1 6.9 13.4 - 3.3 6.4 6.4
Lar. do corpo 7.2 – 7.2 7.2 6,9 - 4,3 5.9 13.5 - 4.8 6.6 10.8 - 2.9 5.9 10.8 - 2.9 5.9
Filamento da peitoral 4.3 – 4.3 4.3 11.6 – 8.3 10.1 15.3 - 8.1 10.8 12.3 - 6.3 9.0 12.3 – 6.3 9.0
Comp.dos raios da
peitoral 10.6 – 10.6 10.6 8.1 – 5.9 6.8 11.4 - 7.0 8.5 8.6 - 5.1 6.7 8.6 - 5.1 6.7
Alt. do pedunculo caudal 31.4 – 31.4 31.4 10.4-2.8 6.4 9.0 - 3.6 5.0 9.4 - 3.1 5.0 9.4 - 3.1 5.0
Comp.do pedunculo
caudal 35.5 – 35.5 35.5 16.2 – 4.5 10.5 18.3 - 7.9 12.1 17.4 - 8.5 11.8 17.4 - 8.5 11.8
Compr. Pré-dorsal 27.7 – 27.7 27.7 48.5 – 15.4 32.8 51.8 - 24.8 34.0 56.2 - 25.1 32.5 56.2 - 25.1 32.5
Não foi
Compr. Pré-anal Não foi medido medido 51.9 – 16.5 36.0 59.6 – 27.9 37.8 64.9 – 26.6 37.5 64.9 - 26.6 37.5
Não foi
Compr. Pré-pelvica Não foi medido medido 45.4 – 13.7 29.3 45.4 – 22.0 29.1 51.6 - 21.7 29.7 51.6 – 21.7 29.7
Compr. Base da nadadeira Não foi
dorsal Não foi medido medido 7.3 – 2.9 5.1 9.1 - 4.5 6.1 8.5 - 3.1 5.1 8.5 – 3.1 5.1
Compr. Base da nadadeira Não foi
anal Não foi medido medido 5.6 – 1.8 3.8 6.3 – 3.9 5.0 6.1 - 2.3 3.7 6.1 - 2.3 3.7
Não foi 7.1
Compr. Barbilhão nasal Não foi medido medido 7.3 – 3.5 5.5 10.6 - 5. 7.0 11,7 - 4,5 7.1 11.7 - 4.5
Não foi
Compr. Barbilhão maxilar Não foi medido medido 8.2 – 6.2 6.8 13.7 – 5.5 7.6 10.4 – 4.8 7.4 10.4 - 4.8 7.4
Não foi 9.7 - 4.1
Compr. Barbilhão rictal Não foi medido medido 6.8 – 3.9 4.9 10.5 - 4.5 6.8 9.7 - 4.1 6.2 6.2
Não foi
Compr. Da cabeça Não foi medido medido 10.5 – 1.4 6.7 17.9 – 8.7 10.9 14.8 – 7.5 9.8 14.8 7.5 9.8
428
DISCUSSÃO
AGRADECIMENTOS
Ao CNPq pela bolsa PCI- DA (LMSS) e bolsa PCI-DD (JPS e LT). A Ronaldo
Pinheiro pela organização do mapa da bacia do rio Jequitinhonha. A Tiago Pessali pela
cessão de uso de imagens de Trichomycterus. Aos colegas do Museu Nacional/UFRJ, pela
hospitalidade durante visitas para exame de material comparativo (LMSS). Aos colegas do
setor de Zoologia, INMA, pelo apoio. Ao colega Osvaldo Takeshi Oyakawa do MZUSP,
por ceder às imagens do holótipo de T. landinga.
LITERATURA CITADA
Andrade Neto, F.R. 2010. MG. Biota, Belo Horizonte, v.2, n.5, dez./jan. Instituto Estadual
de Florestas — MG. Diretoria de biodiversidade Gerência de Projetos e Pesquisas.
Companhia Energética de Minas Gerais- Cemig, 2017.
http://www.cemig.com.br/ptbr/A_Cemig_e_o_Futuro/sustentabilidade/nossos_prog
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
ramas/ambientais/peixe_vivo/Paginas/rio_jequitinhonha.aspx. Acessado em 24 de
abril de 2017.
de Pinna, M. C. C. de. 1989. A new sarcoglanidine catfish, phylogeny of its subfamily, and
an appraisal of the phyletic status of the Trichomycterinae (Teleostei,
Trichomycteridae). American Museum Novitates, 2950:1-39.
Rosa, R.S. & LIMA, F.C.T. 2008. Os peixes brasileiros ameaçados de extinção. In Livro
vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção (A.B.M. Machado, G.M.
Drummond & A.P. Paglia, eds.). MMA, Brasília, p. 9-285.
http://www.mma.gov.br/port/sbf/fauna/index.html
430
Anais do VI Simpósio sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica – 08 a 11 de junho de 2017
Trajano, E. & M.C.C. De Pinna. 1996. A new cave species of Trichomycterus from eastern
Brazil (Siluriformes, Trichomycteridae). Rev. Fr. Aquariol. Herpetol., 23: 85-90.
Material comparativo:
Trichomycterus pradensis: Médio Peruípe- MNRJ 28485, 6 ex.; Médio Itanhém- MNRJ
28491, 1 ex.; Alto Itanhém- MNRJ 28492, 1 ex. MNRJ 28490:16; Médio Jucuruçu- MNRJ
28486, 1 ex. MNRJ 28487, 9 ex. MNRJ 28483, 20 ex.; Alto Jucuruçu- MNRJ 28489, 2 ex.
MNRJ 28488, 12 ex.; Médio Frades- MNRJ 32085,1 ex.; Alto Frades- MNRJ 32066:1
MNRJ 31993,4 ex. e MBML 1474:4; Baixo Buranhém- MNRJ 31950, 1 ex. MNRJ
32071:9 e MBML 1520, 9 ex.; Médio Buranhém- MNRJ 32050, 25 ex. e MBML 1480,10
ex.; Alto Buranhém- MNRJ 32101, 4 ex.; Alto Buranhém- MNRJ 32034, 16 ex. MNRJ
32102, 34 ex. e MBML 1489, 8 ex. Córrego Dezoito, bacia do rio Itaúnas; MNRJ 17263, 1
ex. (43.6 mm CP), MNRJ 17265, 1 ex. (45.6 mm CP), MNRJ 21429, 1 ex. (70.6 mm CP),
rio Itauninhas, bacia rio Itaúnas. Bahia: MBML 1474, 4 ex. (30.9- 34.6 mm CP), Itabela,
rio São Gonçalo na estrada Itabela a Guaratinga; MBML 1480, 10 ex. (45.1- 50.8 mm CP),
Guaratinga, córrego Itu na estrada Guaratinga a Buranhém; MBML 1520, 9 ex. (36.3- 57.5
mm CP), Santa Cruz de Cabrália, rio Santo Antônio próximo a Barrolândia. MNRJ 28491,
1 ex. parátipo (35.1 mm CP), Medeiros Neto, córrego Água Fria.
Trichomycterus tete: MBML 7201, 2 ex. (47.0-83.9 mm CP). Afluente do rio Brumado,
Rio de Contas- BA; MBML 7207, 1 ex., (65.0 mm CP). Nascente do rio de Contas, Rio de
Contas- BA.
431
ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO MUSEU DE BIOLOGIA MELLO
LEITÃO – SAMBIO