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Comitê Científico
Cleiton Rone dos Santos Lima Comitê Social e Interativo
- Coordenador Thayane Cavalcante Mendes da Silva -
Ana Luiza Ingelbert Silva Coordenadora
Gabriel Araujo da Silva Beatriz de Araújo Gusmão
Luana dos Santos Fonseca Peixoto Brenda Luhana Campos Silva
Isadora Malaquias Mendes Barbosa Carolina Viana Vasco Lyra
Matheus Antoni da Silva Costa Daniella Medeiros da Costa Farias
Consultores
Eduardo Vinícius de Souza Silva
Híttalo Carlos Rodrigues de Almeida
João Artur Peixoto Granja
Lara Marques Magalhães Moreno
Sinval Vinícius Barbosa do Nascimento
SUMÁRIO
Introdução: A microbiota bucal é formada por mais de 700 espécies bacterianas, onde sua
grande maioria está na forma de biofilme. Apesar de muitos microrganismos bucais
receberem a definição de periodontopatógenos, apenas um número reduzido de bactérias
é responsável pela infecção dos tecidos periodontais. Estes poucos microrganismos
pertencem às mais de 400 espécies de bactérias capazes de colonizar a cavidade bucal
em seus mais variados locais. Objetivo: Este trabalho tem como proposta revisar, por meio
de levantamento bibliográfico, a composição microbiológica do biofilme bacteriano.
Metodologia: Foi realizada uma revisão de literatura, por meio de pesquisa nas bases de
dados: SciELO, BBO e LILACS, com os descritores: Microbiologia; Doenças Periodontais;
Periodontia. Tendo como critérios de inclusão na pesquisa: Artigos publicados em
português e inglês; artigos que apresentavam definições claras quanto à temática do
estudo. E, como critérios de inclusão: artigos científicos que tratassem sobre a temática,
publicados entre 2014 e 2020. Foram excluídos: monografias, teses e dissertações, livros,
estudos de revisão bibliográfica, estudos sem informações sobre a amostragem e análise
efetuada, e com duplicidades nas bases bibliográficas. Resultados: Foram recuperados
793 artigos através de estratégia de busca nas bases de dados. Sendo distribuídos da
seguinte forma: LILACS (304), BBO (187) e SciELO (202). 5 artigos foram utilizados para
esta revisão. Estudos demonstraram que os microrganismos periodontopatogênicos
apresentam capacidade de induzir o desenvolvimento de gengivites e periodontites em
humanos. Especialmente as periodontites, estão fortemente associadas à presença de
Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia,
Eikenella corrodens, Bacteroides forsythus, Fusobacterium nucleatum, Capnocytophaga
spp, Peptostreptococcus micros, Campylobacter rectus. Conclusão: Desse modo, é
indispensável discutir acerca dos fatores microbiológicos e imunológicos que conferem
proteção ao hospedeiro, visto que as respostas imunológicas contra bactérias podem ser
distintas, ressaltando a relação entre o sistema imunológico e a doença periodontal.
Introdução: As bactérias distribuídas na cavidade oral humana, ao nível dos dentes, língua,
gengiva, sulcos gengivais e mucosa oral, podem invadir o espaço do canal radicular e
provocar patologias pulpares e perirradiculares. A composição da microbiota local é definida
pela relação entre fatores microbiológicos e disponibilidade de nutrientes. Conhecer as
características dessa microbiota bacteriana associada às lesões periapicais é fundamental
para um desfecho clínico satisfatório desses casos. Objetivo: Este trabalho tem como
proposta revisar, por meio de levantamento bibliográfico, a microbiota de canais radiculares
com lesões perirradiculares. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa nas bases de dados
da Scielo, Medline e Google Acadêmico, com os descritores: Cavidade pulpar;
Microbiologia; Bactérias. Resultados: O conhecimento da microbiota endodôntica é um
aspecto importante para um manejo exitoso dos canais radiculares. Em 1894, MILLER
relatou a associação entre bactérias e lesões pulpares e perirradiculares, identificando
grande variedade de células bacterianas. Infecção de dentes com necrose pulpar tem
caráter polimicrobiano com predominância de bactérias anaeróbias estritas, também
encontradas em abscessos periapicais, granulomas e cistos. Fusobacterium nucleatum,
Prevotella, Porphyromonas e Streptococcus mitis são os microrganismos mais prevalentes
em um canal radicular infectado. Com o objetivo de eliminar tais microrganismos, emprega-
se o preparo químico-mecânico do canal radicular, associado ao uso de mediação para
sanificar o sistema de canais radiculares, evitando a proliferação dos microorganismos
entre as sessões do tratamento. Conclusão: As lesões periapicais são infecções
polimicrobianas, com predomínio de bactérias anaeróbias estritas sobre as demais. Tais
bactérias produzem endotoxinas que só são removidas com o preparo químico-mecânico
dos canais radiculares, além do uso da medicação intracanal entre as sessões.
Introdução: A Angina de Ludwig (AL) desenvolve-se como uma celulite difusa, agressiva
e de rápida evolução que acomete os espaços peri mandibulares podendo causar
obstrução das vias aéreas. Apresenta etiologia multifatorial, entretanto, infecções
odontogênicas representam as causas mais frequentes. Após o diagnóstico, o tratamento
consiste em drenagem, manutenção das vias aéreas, antibioticoterapia e retirada do fator
causal. Devido a rápida evolução e possibilidades de severas complicações, o manejo das
vias aéreas torna-se um desafio. Objetivos: Revisar acerca do manejo das vias aéreas em
pacientes com AL. Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo, do tipo
revisão bibliográfica. Para coleta de dados foram realizadas buscas na base de dados
PubMed e SciELO, através da combinação dos descritores autorizados: Angina de Ludwig,
Celulite (Flegmão) e Manuseio das Vias Aéreas, priorizando artigos publicados na última
década. Resultados: A manutenção das vias aéreas na AL torna-se um desafio, uma vez
que a difusão do processo infeccioso pelos espaços que circundam a lesão, pode culminar
em asfixia e morte dos pacientes. Inadequada abordagem terapêutica ou retardo no
atendimento também podem ocasionar o comprometimento das vias. Exames de imagem
são fundamentais para determinar a severidade da infecção. A tomografia computadorizada
é indicada para identificar edema de vias aéreas e localizar qualquer coleção de fluídos
cervicais ou mediastinais. Assim, é extremamente importante uma criteriosa avaliação do
paciente, com uma equipe multidisciplinar, com rápida decisão sobre o correto manejo da
via aérea, seja através de intubação orotraqueal com ou sem nasofibroscópio,
cricotireoidostomia ou a traqueostomia. Conclusão: Na AL, um correto diagnóstico e
avaliação pré-operatória adequada é extremamente importante para dar ao profissional
segurança para manejar uma via aérea difícil. Além disso, apropriada abordagem
terapêutica associada à agilidade no atendimento podem reduzir significativamente o risco
de vida destes pacientes.
Palavras- chave: Angina de Ludwig. Celulite (Flegmão). Manuseio das Vias Aéreas.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE EPITELIOMA CALCIFICANTE DE MALHERBE:
RELATO DE CASO
Introdução: O ácido hialurônico (HA) tem muitas funções estruturais e fisiológicas nos
tecidos periodontais, na gengiva e no tecido duro, como osso alveolar e cemento, podendo
desempenhar um papel regulador na resposta inflamatória, pois tem alto peso molecular e
isso faz com que a resposta imune seja suprimida, evitando exacerbações excessivas da
inflamação. Também apresenta propriedades viscoelásticas importantes, reduzindo a
penetração de vírus e bactérias no tecido. Por esses motivos, está sendo amplamente
utilizado no tratamento de doenças inflamatórias e nos procedimentos odontológicos.
Objetivo: Revisar sistematicamente a literatura publicada sobre os potenciais efeitos do
AH como um tratamento adjuvante para doenças inflamatórias crônicas, além de seu uso
em procedimentos odontológicos comuns. Metodologia: Foram realizadas buscas nas
bases de dados PubMed/MEDLINE, LILACS e SciELO através da inserção dos termos
"Hyaluronic Acid" AND "Dentistry". Os critérios de inclusão foram: Artigos relacionados com
o tema, publicados de 2015 à 2020, escritos na língua portuguesa, espanhola e inglesa. Os
critérios de exclusão foram os artigos que não estavam nas bases de dados pré-definidas,
artigos que não possuíam textos disponibilizados na íntegra e artigos em outras línguas das
que foram definidas. Os dados foram extraídos e tabelados e posteriormente foi realizada
sua análise qualitativa. Resultados: Foram identificados 287 artigos nas bases de dados,
sendo 283 na PubMed/MEDLINE, na 2 LILACS e 2 na SciELO. Foram selecionados 10
artigos de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Conclusão: As propriedades
únicas do HA têm sido exploradas para diversos fins, incluindo tratamento adjuvante para
doenças inflamatórias crônicas, redução da dor e aceleração da cura após intervenções
odontológicas, no tratamento da doença periodontal, gengivite, recessões e bolsas
periodontais, após intervenções dos terceiros molares, e na diminuição dos sintomas da
osteoartrite, sendo muito significativo no ramo da odontologia e garantindo uma melhor
qualidade de vida para os pacientes.
Introdução: Defeitos mandibulares podem ser causados por diversos fatores, tais como,
traumas, osteomielite, osteonecrose e tumores malignos e benignos. A não reparação
óssea mandibular desses defeitos pode causar dificuldades na fala, diminuição da
capacidade mastigatória e desfiguração facial. O enxerto microvascularizado da fíbula é o
mais utilizado em defeitos mandibulares maiores, pois a irrigação imediata minimiza os
riscos de insucesso da reconstrução, por promover suprimento vascular adicional.
Objetivo: Acompanhamento do tratamento de fratura mandibular com o emprego de
enxerto microvascularizado de fíbula em paciente com trauma decorrente de acidente
motociclístico. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 31 anos, compareceu ao
serviço de cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial com histórico de acidente
motociclístico há, aproximadamente, 4 anos, apresentando fratura complexa de mandíbula,
sendo realizadas em um primeiro tempo cirúrgico, a redução e fixação da fratura com
sistema de reconstrução 2.4mm em corpo e ângulo mandibular esquerdos. Um segundo
tempo cirúrgico sucedeu-se 03 anos após a primeira abordagem, em conjunto com a equipe
de cirurgia plástica, sendo realizado o enxerto microvascularizado de fíbula e instalação de
dreno. Atualmente, o paciente aguarda um terceiro tempo cirúrgico para instalação de
expansor de tecido mole. Conclusão: O enxerto microvascularizado de fíbula vem
demonstrando-se como uma alternativa viável para reconstruções mandibulares,
proporcionando aspectos funcionais e estéticos adequados.
Palavras-chave: Traumatologia. Reconstrução mandibular. Acidentes de trânsito.
EXCISÃO CIRÚRGICA DE TÓRUS MANDIBULAR: RELATO DE CASO CLÍNICO
Introdução: Miíase representa uma infestação tecidual por larvas, pode ser encontrada em
feridas malignas de pacientes com câncer, sua causa pode estar associada a condições
climáticas e de estratos socioeconômicos mais baixos. Objetivo: Relatar caso clínico de
paciente portador de câncer de próstata, com ferimentos não cicatrizantes e presença
de miíase. Relato de Caso: paciente do sexo masculino, 81 anos de idade, leucoderma,
morador de zona rural, procurou o serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial
do Hospital da Restauração, Recife-PE, com história de lesão submandibular direita
e submentual que não cicatrizava há mais ou menos 1 ano, com presença de miíase e
sintomatologia dolorosa associada. Durante a anamnese, o paciente relatou ser portador
de câncer de próstata e fazer uso de zoledronato. Ao exame intra-oral, apresentava áreas
de osteonecrose dos maxilares, com presença de conteúdo supurativo. O exame de
imagem sugeria presença de áreas de sequestros ósseos em região anterior de maxila e
mandíbula. Tratamento preconizado foi a realização de remoção manual das larvas e
irrigação copiosa com soro, associado à antibioticoterapia intravenosa
(Rocefin e Metronidazol), e Ivermectina. Paciente segue em acompanhamento ambulatorial
sem evidências de complicações associadas. Devido à idade avançada e
comprometimento sistêmico, o paciente foi direcionado ao Hospital do Câncer, Recife-PE,
para prosseguimento do tratamento. Conclusão: Negligência com a saúde pode
desencadear infestação de larvas, tendo isto em vista, é necessária uma orientação dos
profissionais ao paciente sobre a importância da higienização como uma forma de
prevenção ou melhora das lesões.
Introdução: Dentes inclusos podem ser definidos como os que permanecem sobre tecido
duro ou mole após cessados os estímulos eruptivos fisiológicos. A verticalização cirúrgica
é um manejo do dente com intuito de reposicioná-lo para que ele possa cumprir sua função
dentro da boca. Essa técnica deve ser utilizada sempre que o elemento dentário em
questão apresente condições de saúde ou sem grandes destruições, o que possibilita ser
mantido. Deve-se lançar mão dessa cirurgia principalmente em pacientes jovens, para
permitir uma melhor saúde estomatognática, diminuindo a necessidade de reabilitação
protética precoce. Objetivo: Este trabalho tem por objetivo apresentar o caso clínico de um
reposicionamento imediato do dente e sua vantagem. Relato de caso: Paciente com 21
anos, do sexo masculino, encontrava-se com o terceiro e segundo molares inclusos, com
o último prejudicando o dente adjacente. A possibilidade de tracionamento ortodôntico do
segundo molar inferior foi descartada pela sua posição mesializada e aparente
comprometimento das raízes do primeiro molar inferior. Planejou-se a exodontia de todos
os dentes inclusos. Optou-se, portanto, pela luxação e pelo reposicionamento do dente 47
e exodontia dos dentes 18 e 48 O reposicionamento mediante verticalização cirúrgica
permitiu o rápido retorno funcional do elemento dentário, assim como a sua permanência
dentro da cavidade oral. Após a cirurgia, o paciente foi orientado a fazer dieta
líquida/pastosa por 30 dias, teve prescrição antibiótica com amoxicilina 500 mg (de 8/8h por
7 dias), analgésica com dipirona 500 mg (de 6/6h por 2 dias) e anti-inflamatória com
nimesulida 100 mg (de 12/12h por 3 dias) e encaminhado para tratamento endodôntico do
elemento. Conclusão: A verticalização cirúrgica proporciona o reposicionamento dental
imediato. Trata-se de uma técnica cirúrgica rápida de fácil manuseio, com bom prognóstico
e baixo índice de complicações.
Introdução: A lesão por queimadura está inserida em um perfil de lesões que acometem
os tecidos, ocasionando desnaturação de proteínas celulares. O agente causador destas
podem ser térmicos, elétricos, radioativos ou químicos. As queimaduras deixam sequelas
graves e incapacitantes, por esse motivo, requerem atenção e cuidados intensivos.
Objetivo: Abordar o conjunto de medidas que são aplicadas no tratamento ao grande
queimado, com vistas à prática do Cirurgião Buco Maxilo Facial e com ênfase nas sequelas
de cabeça e pescoço em vítimas de lesões por queimadura. Metodologia: Levantamento
bibliográfico nas bases de dados BVS, Lilacs, Pubmed e SciELO, utilizando os termos
cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) referentes ao assunto principal.
Foram selecionados artigos referentes a temática deste trabalho, datados de 2016 a 2019,
publicados em português e inglês, além da consulta ao ATLS 9° edição. Resultados: A
avaliação primária e a reanimação do doente queimado devem focar a via aérea, a
ventilação e a circulação. A reanimação hídrica se dá através da fórmula de Parkland: 4 ml
x kg de peso corporal x % superfície corporal queimada, de Ringer com Lactato. A limpeza
das feridas e desbridamento de tecidos não viáveis devem ser feitos. O tratamento local
das feridas pode ser realizado com agentes tópicos, dentre eles destacamos a sulfadiazina
de prata 1%. A realização da intervenção precoce no centro de tratamento pode reduzir os
danos e as possíveis sequelas. Quando o sistema estomatognático é acometido pode haver
danos como limitação de abertura bucal, disfonia, limitações nutricionais e disfagia.
Conclusão: O Cirurgião Buco Maxilo Facial, em equipe multidisciplinar, intervém nas
queimaduras que atingem a cabeça e o pescoço com o intuito de amenizar sequelas das
estruturas faciais e os danos ao sistema estomatognático, pois lesões diretas sobre esse
sistema podem levar a distúrbios morfológicos e funcionais.
Introdução: O seio frontal é uma cavidade óssea pneumática, com forma triangular,
localizada atrás dos arcos superciliares, entre o esplenocrânio e o neurocrânio. O trauma
em osso frontal não é raro, representando de 5 a 12% de todas as fraturas de face e sua
principal causa são os acidentes com veículos automotores. As fraturas de seio frontal
podem acometer anatomicamente as paredes anterior e/ou posterior, com ou sem
envolvimento do ducto nasofrontal1. Objetivo: Apresentar o tratamento clínico e cirúrgico
de um paciente com fratura do seio frontal, vítima de agressão física. Relato de caso:
Paciente do sexo masculino, 24 anos, compareceu em nosso serviço e ao exame físico,
apresentou depressão em região frontal com comprometimento de contorno supraorbital
esquerdo. O exame tomográfico evidenciou fratura de parede anterior de seio frontal. Foi
proposto para o paciente acesso bicoronal e instalação de tela de titânio 1.5mm para
mascarar defeito ósseo. Paciente segue em acompanhamento ambulatorial sem queixas
visuais e/ou estéticas. Conclusão: Os ossos do seio frontal podem ser acometidos por
diversos tipos fraturas, e o tratamento depende da sua complexidade. É necessário que o
cirurgião saiba realizar o procedimento correto e tratar adequadamente seus pacientes para
que possa proporcionar um bom resultado estético-funcional.
Introdução: o nervo alveolar inferior (NAI) é um dos ramos do nervo mandibular, que possui
uma grande importância clínica. O bloqueio do nervo NAI é o mais utilizado na clínica
odontológica, no entanto, essa técnica possui uma alta taxa de insucesso que normalmente
está relacionada ao domínio incorreto das técnicas anestésicas. Entretanto, diversos
estudos têm mostrado que algumas dessas falhas são decorrentes da variação anatômica
do nervo alveolar inferior. Objetivo: revisar as principais variações do nervo alveolar inferior
bem como as suas implicações clínicas. Metodologia: foi realizada uma pesquisa
bibliográfica nas bases de dados eletrônicas Literatura Latino-Americana e do Caribe em
Ciências da Saúde (Lilacs), Medical Literature Analysis and Retrieval Sistem On-line
(Medline) e Scientific Electronic Library Online (Scielo). A partir disso, como critério de
inclusão foram selecionados os artigos científicos em inglês e português publicados nos
últimos 5 anos. Os artigos que não estavam disponíveis na íntegra e que não contemplasse
o objetivo do tema, foram utilizados como critério de exclusão. Resultados: as principais
variações encontradas no nervo alveolar inferior consistem na presença de canais bífidos
ou trífidos e variações nas terminações nervosas do plexo cervical como a formação de
ilhas e anastomoses. Conclusão: o conhecimento das variações anatômicas do nervo
alveolar inferior e o domínio das técnicas anestésicas é imprescindível para o sucesso dos
tratamentos na mandíbula. Uma vez identificado tais alterações, cuidados especiais devem
ser tomados para conseguir o controle bem-sucedido da dor, além de evitar implicações
clínicas como problemas transoperatórios e complicações tardias.
Introdução: Corpos estranhos na região de face são de difícil diagnóstico. Fatores como
tamanho do objeto, localização, proximidade às estruturas nobres adjacentes e dificuldade
de acesso devem ser levados em consideração no momento de escolha da técnica cirúrgica
adequada. A apresentação clínica do corpo estranho é bastante variável e o diagnóstico
pode ser prolongado até o surgimento de complicações clínicas, durante semanas ou
meses. Objetivo: Discutir um relato de caso sobre a presença de corpo estranho na região
bucal. Relato de Caso: Paciente J.C.S, 29 anos, sexo masculino, deu entrada na
emergência de hospital público, após acidente motociclístico. Ao exame físico foi observado
aumento de volume endurecido a palpação em região de espaço bucal esquerdo e trismo
severo. No exame intra-oral, não foi observado débitos purulentos porém o aumento de
volume apresentava limites difusos, endurecido, com rubor e calor sugestivo de processo
infeccioso. Devido ao quadro clinico do paciente foi solicitada uma tomografia de face com
fins diagnósticos, que sugeriu a presença de corpo estranho em região bucal esquerda,
limitado aos tecidos moles bucais. A remoção do corpo estranho foi realizada sob com
anestesia local, através de incisão cutânea e divulsão até visualização do corpo estranho.
Após remoção foi realizada irrigação abundante e posterior instalação de dreno laminar de
Pen-rose e fixação do mesmo com fio de Nylon. O paciente foi submetido a
antibioticoterapia sistêmica com Ceftriaxona 1g de 12/12 horas por 7 dias. O dreno foi
removido após três dias, uma vez que não mais observado nenhum tipo de drenagem ativa.
Conclusão: O correto exame clínico associado ao exame tomográfico foi fundamental para
o diagnóstico do corpo estranho, instalado em tecidos moles, possibilitando um bom
planejamento cirúrgico e um manejo adequado do caso relatado.
Introdução: A sialolitíase é uma das doenças mais comuns das glândulas salivares. Os
sialólitos geralmente ocorrem nos ductos submandibulares ou na glândula e são
classificados como de tamanho incomum ou sialólitos “gigantes”, caso exceda 15 mm. De
etiologia desconhecida, acredita-se que os sialólitos sejam resultado da acumulação de
material orgânico, seguida pela deposição de substâncias inorgânicas, ambas derivadas do
líquido salivar. Objetivo: Apresentar um caso clínico de sialólito em glândula
submandibular, com o diagnóstico feito através de exame clínico e tomográfico, bem como
discutir a literatura pertinente sobre o tema. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 68
anos, compareceu serviço de CTBMF do Hospital de Trauma de Campina Grande,
queixando-se de incômodo e episódios dor, vermelhidão em região submandibular
esquerda e boca seca, há aproximadamente 5 anos. Uma massa calcificada com medidas
16 x 10 mm foi evidenciada, através de exame clínico e tomografia computadorizada, no
trajeto do ducto da glândula submandibular esquerda. Realizou-se exérese do cálculo
salivar, sob anestesia geral. Após acesso e remoção do mesmo, instalou-se um jelco nº 16,
mantido durante 10 dias, auxiliando a reepetilização do local a fim de manter a patência do
ducto envolvido. O pós-operatório evoluiu sem complicações ou sintomatologia dolorosa,
não apresentou sinais de recidiva, bem como, a excreção de saliva na região encontra-se
de forma satisfatória levando-se em consideração as queixas iniciais apresentadas pela
paciente. Conclusão: Adequado exame clínico e tomográfico da região submandibular
permite diagnóstico preciso, definição da localização e do tamanho exato do sialólito, a fim
de indicar o tratamento correto para o caso. A instalação de um jelco auxilia a reepetilização
do local a fim de manter a patência do ducto envolvido. O acompanhamento pós-operatório
é essencial para garantir que o paciente esteja livre de sintomas e cálculos salivares.
Introdução: O uso das plantas medicinais pela humanidade remonta à nossa própria
história, a fitoterapia é usada desde a antiguidade. Visando tratamentos preventivos e
curativos de baixo custo, tem sido estimulado o uso da Punica Granatum L., popularmente
conhecida como romã, na prática alternativa para tratamento de manifestações orais.
Diante disso, a aplicação da Punica granatum L. apresenta-se como uma terapia
medicamentosa simples, não tóxica e segura, sendo imprescindível que o Cirurgião-
dentista (CD) conheça seus benefícios visando um tratamento eficaz. Objetivo: Identificar
na literatura a eficácia da Punica Granatum L. como terapia medicamentosa na cavidade
oral. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura narrativa e descritiva,
desenvolvida mediante estratégia de busca através dos DeCS: “Punica granatum”,
“fitoterapia” e “tratamento”, em bases de dados eletrônicas como PubMed e SciELO.
Estabeleceu-se o critério de inclusão, publicações nos idiomas inglês e português, com
limite temporal dos últimos 8 anos e que apresentavam objetivos compatíveis ao tema
proposto. Resultados: O fitoterápico romã é rico em inúmeros compostos bioativos,
evidenciando propriedades antioxidantes, antimicrobianas, anti-hipertensivas e
antiproliferativas. Outrossim, a romã e seus componentes possuem ainda propriedades
antifúngicas, anti-inflamatórias e antibacterianas significativas, sendo úteis no tratamento
alternativo da candidíase oral, bem como no controle do biofilme dental e aftas. Ademais,
o extrato da casca do fruto da romã comprovou efeito inibitório sobre S. mutans, S.
sobrinus, S. sanguinis e Lactobacillus casei, sendo esses microrganismos envolvidos na
etiologia e desenvolvimento da cárie. Tal fitoterápico, age no combate à infecções e
inflamações orofaríngeas, utilizado na forma de xaropes, chás ou aplicação tópica em
gel. Conclusão: Diante da análise do presente estudo, conclui-se que a Punica Granatum
L. apresenta diversos benefícios, sendo essencial que o CD tenha conhecimento prévio
sobre essa terapia alternativa, desse modo, oferecendo um tratamento qualificado aos
pacientes. Novos estudos, contudo, deverão ser desenvolvidos.
Introdução: os ferimentos por arma de fogo atingem 61% das vítimas na região de cabeça
e face. Atualmente, a grande maioria das fraturas cominutivas de mandíbula são tratadas
por fixação interna, sendo o método de fixação externa relegado a casos especiais em que
a primeira opção não é viável. Sendo os principais indicadores para uso do fixador externo
as grandes perdas ósseas, infecções com grandes sequestros ósseos, traumas graves com
perda de substância e casos de fratura em mandíbulas atróficas. Objetivo: apresentar um
caso clínico de um paciente vítima de ferimento por arma de fogo em face que foi tratado
por meio de fixação externa e descrever a técnica utilizada no tratamento. Relato de caso:
paciente masculino 36 anos, vítima de agressão física por PAF em região submandibular
esquerda, evoluindo com fratura cominuída de corpo mandibular esquerdo pela equipe de
Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial através de fixador externo de baixo custo,
técnica descrita pela adaptação de sonda orotraqueal, hastes de sistema fixador ortopédico
de punho e resina acrílica para estabilização dessas fraturas. O paciente recebeu alta
precoce da cirurgia geral e permaneceu em acompanhamento ambulatorial até remoção do
dispositivo de fixação externa após 60 dias para consolidação da fratura. Conclusão: a
utilização dos fixadores externos como opção de tratamento é viável quando bem indicada,
principalmente em fraturas complexas. Este dispositivo está presente em hospitais de
emergência e demonstra ser uma técnica eficiente para fixação óssea em casos de
ferimentos por arma de fogo.
Introdução: O seroma é uma coleção fluida que apresenta características de exsudato com
predomínio de neutrófilos e altas taxas de proteínas; a presença de líquidos poderiam
comprometer a cicatrização, uma vez que a retardam e propiciam o surgimento de
infecções. Tais coleções líquidas, comuns em região abdominal, acometendo
preferencialmente idosos e obesos, são diagnosticadas pelo exame físico ou por
ultrassonografia. Objetivo: relatar a ocorrência de sequela associada ao trauma facial
através do relato de um caso clinico. Relato de Caso: paciente, CH, sexo masculino, 16
anos, deu entrada no serviço de urgência/emergência do Hospital da Restauração
Governador Paulo Guerra- SES/UPE, vítima de agressão por arma de fogo, apresentando
fratura cominutiva de mandíbula à direita sob tratamento fechado com barra de erich e
bloqueio maxilo-mandibular e edema cérvico-mandibular direito. Após exames
complementares foi constatado que o edema tratava-se de um seroma pós-traumático. Foi
realizada múltiplas aspirações periódicas associadas a uma cinta compressiva, permitindo
a cicatrização tecidual sem acúmulo de liquido, contendo o risco de infecções secundárias,
deiscências, encapsulamento da secreção e intensa queixa álgica. Dessa forma, ameniza-
se o risco de sepse e abordagem cirúrgica reparadora. Conclusão: a adequada anamnese
e o criterioso exame físico, bem como a interpretação adequada dos exames
complementares permite o rápido diagnóstico, assim como a correta intervenção clínica.
Desta forma, contemplamos maiores benefícios ao paciente e menos associação de
comorbidades.
Introdução: Picnodisostose é uma displasia óssea rara que causa alterações no esqueleto
facial. A osteomielite é comum em pacientes com esta síndrome e, entre os ossos gnáticos,
a mandíbula é a mais comumente afetada. Objetivo: Relatar o caso de uma paciente, 46
anos de idade, portadora de Picnodisostose que estava associada a um quadro de
osteomielite crônica ativa abscedativa, cursando nesta situação há cinco anos. Relato de
Caso: Paciente, sexo feminino, 46 anos de idade, compareceu ao serviço de Cirurgia e
Traumatologia Buco-maxilo-facial do Hospital da Restauração com aumento de volume em
região submandibular esquerda com tempo de evolução de cinco anos, presença de fístula
extra-oral, saída de secreção purulenta e dor. Não havia história de exodontia prévia. Com
base nos achados clínicos e imaginológicos o diagnóstico de Picnodisostose foi definido.
Foi realizada cirurgia para curetagem da lesão e fragmentos ósseos foram levados para
análise histopatológica. O laudo concluiu que tratava-se de osteomielite crônica ativa
abscedativa. Diante disso, o diagnóstico definitivo de Picnodisostose associada à
osteomielite foi estabelecido. Após dois anos, a paciente não apresenta sinais de
complicações ou recidiva. Conclusão: Pacientes portadores de Picnodisostose podem
evoluir com osteomielite, devido a problemas no metabolismo ósseo. A combinação de
curetagem cirúrgica associada à antibioticoterapia mostra-se como uma boa terapêutica
para esses casos.
Introdução: A sialolitíase é uma patologia que afeta as glândulas salivares e tem como
patogênese a obstrução dos ductos glandulares, causando uma diminuição do fluxo salivar.
A anatomia e alguns fatores fisiológicos inerentes a cada glândula determinam sua maior
predisposição ou não a essa desordem. É frequentemente diagnosticada em radiografias
oclusais de rotina, geralmente como uma área radiopaca, entretanto a composição do
cálculo pode influenciar sua radiopacidade. O tratamento varia de acordo com a localização
do sialólito. Quando acomete a glândula sublingual, consiste em uma abordagem cirúrgica
com sialadenectomia completa, através de um acesso trans-oral. Objetivo: Relatar um
caso clínico de uma paciente com diagnóstico de sialolitíase em glândula sublingual. Relato
de caso: Paciente do gênero feminino, 53 anos de idade, melanoderma, apresentou-se ao
ambulatório do serviço de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial do HU-UFPI
queixando-se de sensação álgica e desconforto associado ao aumento de volume na região
sublingual, exacerbado durante as refeições. A paciente vinha sofrendo com esses
sintomas há cerca de 11 dias e não relatou outra sintomatologia ou doenças sistêmicas. No
exame intrabucal, relatou desconforto à palpação da região sublingual, onde podia ser
observado um discreto aumento de volume endurecido e consistente à palpação. Foram
solicitados uma radiografia panorâmica e um raio x oclusal, onde foi possível observar uma
área radiopaca, circunscrita, de limites bem definidos, sendo a principal hipótese
diagnóstica um sialólito. O tratamento proposto foi a excisão cirúrgica sob anestesia local.
Conclusão: O tratamento da sialolitíase tem como primeira linha de escolha terapêutica
métodos minimamente invasivos. Preferencialmente utiliza-se um acesso intrabucal, devido
a rapidez, baixos custos e alta taxa de sucesso. Esse método pode ser recomendado para
remoção de cálculos localizados na região distal e superficial dos ductos salivares com
baixas taxa de complicações pós-operatórias.
Introdução: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracterizada como unidade de alto risco
de Infecções Hospitalares (IHs), requer ênfase nos cuidados de rotina e a boca não pode
ser relegada, pois há muito que as doenças bucais apresentam estreita relação com as
infecções gerais. Assim, deve-se manter os cuidados bucodentais em indivíduos internados
e sob ventilação mecânica (VM), a fim de evitar consequente pneumonia, a qual representa
a segunda IH mais frequente, sendo a primeira causa de óbito por IH. Objetivo: Verificar
na literatura os cuidados bucodentais realizados nos indivíduos internados em UTIs e sob
VM. Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico, leitura crítica de artigo científico,
tipo revisão narrativa realizada através de pesquisas de artigos científicos nas bases de
dados SCIELO, PUBMED e LILACS, a partir das palavras-chave: saúde bucal, pacientes
entubados e ventilação mecânica. Resultados: Na análise preliminar foram selecionados
31 trabalhos, sendo estes filtrados através das palavras chaves e resumos, resultando no
uso de 35% do total encontrado. A literatura é unânime ao apontar que a higiene bucodental
precária propicia infecções locais e sistêmicas que podem culminar com complicações
letais, à exemplo da pneumonia. Apesar da importância dos cuidados bucodentais e das
discussões acerca dos meios e métodos de higienização, os estudos e revisões
sistemáticas mostram que esta prática ainda é escassa nas UTIs. Conclusão: Os cuidados
bucodentais, apesar de essenciais, ainda não integram a rotina dos indivíduos sob
internação hospitalar e VM. Assim, torna-se evidente a contribuição da odontologia e a
necessidade da presença do cirurgião-dentista, no ambiente hospitalar, integrado à equipe
multiprofissional em benefício da melhora da condição sistêmica do paciente crítico.
Palavras-chave: Saúde bucal. Ventilação mecânica. Infecção hospitalar.
CONDUTA CLÍNICA EM PÊNFIGO VULGAR COM MANIFESTAÇÃO EM MUCOSA
ORAL: REVISÃO DE LITERATURA
Introdução: A terapia com Laser de Baixa Intensidade (LBI) é um procedimento clínico não
invasivo a qual promove ao paciente efeitos positivos por meio de estímulos biológicos. A
LBI serve como um método para reduzir os danos promovidos pelas doenças neoplásicas
que podem resultar em lesões orais, como a Mucosite Oral. A Mucosite Oral (MO) apresenta
5 estágios de infecção a qual depende do tempo que o paciente está sendo tratado e de
quantas sessões de radioquimioterapia já realizou, sendo importante seu cuidado, pois em
estágios elevados afeta severamente o paciente. Logo, ela é uma doença importante a ser
abordada, visto que muda consideravelmente a qualidade de vida do paciente. Objetivo:
Analisar os benefícios da laserterapia aos pacientes que sofrem com a mucosite oral.
Metodologia: A análise foi baseada em uma revisão literária de artigos publicados na base
de dados “Pubmed”, no período entre 2016 a 2019, para fins de estudo. Resultados: As
manifestações clínicas da mucosite oral são classificadas como leves e severas. Em sua
forma leve, apresenta uma lesão atrófica a qual a mucosa permanece intacta. Outrossim,
pacientes com quadros de MO mais severos apresentam ulcerações que causam dores.
Dessa forma, a LBI é utilizada para minimizar o incômodo que a doença gera ao paciente.
O mecanismo de ação da LBI promove a estabilização da membrana das células nervosas
e aumenta a produção de ATP, contribuindo para restaurar as membranas neuronais e
diminuir a transmissão da dor. Assim, torna-se importante que o cirurgião dentista
compreenda bem o quadro clínico do paciente e utilize de meios necessários para reduzir
os impactos que a MO gera. Conclusão: As melhorias promovidas pela laserterapia aos
pacientes oncológicos que apresentam mucosite oral são evidentes, visto que reduções
nos estágios da mucosite oral são pontos importantes desse tratamento para uma boa
qualidade de vida.
Introdução: O Cisto Linfoepitelial Oral (CLEO) é uma lesão incomum da boca, que se
desenvolve do tecido linfóide oral e é usualmente diagnosticado em adultos jovens.
Geralmente se apresentam no assoalho da boca ou na margem lateral da língua, como
nódulos indolores submucosos, de cor amarelo a branco, medindo menos de 1cm e de
consistência macia a firme. Objetivo: Relatar um caso clínico de CLEO na língua, bem
como discutir aspectos relacionados aos achados clínico-patológicos e tratamento dessa
lesão. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino, 22 anos de idade, exibia uma lesão
nodular, de coloração amarelada, consistência amolecida, duração de 03 meses, medindo
aproximadamente 0,5 cm na região ventral de língua. Sob as hipóteses clínicas de
mucocele e cisto CLEO, foi realizada biópsia excisional. O exame histopatológico revelou
a presença de uma cavidade patológica revestida por um epitélio pavimentoso estratificado
paraceratinizado e uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso denso, permeada por um
moderado infiltrado inflamatório mononuclear de permeio a moderada vascularização. Com
base no diagnóstico definitivo de cisto linfoepitelial, foi realizada a excisão cirúrgica da
lesão. Após 9 meses de proservação, não foram constatadas evidências de recidiva.
Conclusão: Por tratar-se de lesão de pequenas dimensões e assintomáticas, a ocorrência
de tais cistos na boca não tem sido relatado com frequência na literatura. Sua patogênese
permanece obscura, pois suas características clínicas e histopatológicas são consistentes
nas diversas teorias sugeridas até o momento. Os achados do presente caso ressaltam a
importância do correto diagnóstico e enaltece a relevância de um exame clínico minucioso
da cavidade oral.
Introdução: Dentre os cânceres bucais, mais de 90% são carcinomas epidermóides, sendo
responsáveis por 99% dos óbitos por câncer de boca. Fatores socioeconômicos e culturais
participam da gênese do câncer e, nesse contexto, encontra-se o fator biológico Papiloma
Vírus Humano (HPV). Anatomicamente, há que se considerar duas partes distintas, as
quais apresentam diferenças em relação ao comportamento do HPV: a cavidade oral,
constituída pelos lábios, 2/3 anteriores da língua, mucosa jugal, assoalho de boca, gengiva
inferior, gengiva superior, área retromolar e palato duro; e a orofaringe, abrangendo base
da língua, palato mole, área tonsilar e parede faríngea posterior. Objetivo: Apresentar uma
revisão de literatura de trabalhos publicados nos últimos cinco anos que contenham dados
sobre o potencial aumento de risco de desenvolvimento de câncer bucal como
consequência da infecção pelo HPV. Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico,
leitura crítica de artigo científico, tipo revisão narrativa realizada através de pesquisas de
artigos científicos nas bases de dados SCIELO, PUBMED e LILACS, a partir das palavras
chave papilomavírus humano e carcinoma bucal. Resultados: A literatura apresenta que a
ação carcinogênica do vírus se dá pela capacidade de inibir genes supressores de tumor,
contribuindo para a transformação maligna das células, especialmente nos tipos de alto
risco, podendo atuar ainda como agentes co-carcinogênicos, potencializando a ação de
outros agentes no desenvolvimento de neoplasias. Entretanto, os resultados ainda são
controversos em relação ao câncer bucal, onde têm sido detectados HPVs oncogênicos e
não-oncogênicos. Mas, a discrepância observada pode ser resultante da sensibilidade
variada dos métodos de pesquisa utilizados e dos fatores epidemiológicos dos grupos
analisados. Conclusão: O HPV, provavelmente, poderá apresentar-se como um fator
etiológico para o desenvolvimento de carcinomas bucais, considerando as similaridades
histológicas existentes entre as lesões de mucosa bucal e genital, mas, faz-se necessário
ajustes nas pesquisas e consequente comprovação científica.
Introdução: A Displasia Fibrosa (DF) é uma lesão fibro-óssea benigna de evolução lenta,
caracterizada pela substituição do osso normal por tecido conjuntivo fibroso, resultando em
um trabeculado ósseo desorganizado. Clinicamente caracteriza-se como monostótica
(afeta apenas um osso) ou poliostótica (afeta dois ossos ou mais), sendo esta denominada
crânio-facial quando acometida em associada às síndromes de McCune Albright,
Mazabraud e Jaffe-Linchtenstein. O tratamento é indicado de acordo com a expansão e
progressão da doença, visto que apenas grandes deformidades estéticas e funcionais
requer intervenção cirúrgica como a osteoplastia, enquanto que pequenos distúrbios da
lesão é preferível o manejo conservador.Objetivo: Relato de um caso de DF poliostótica
em maxila, frontal, zigomático, mandíbula com reabordagem após primeira intervenção
cirúrgica.Relato de caso: Paciente ASA I, sexo feminino, leucoderma, 22 anos,
apresentou-se ao serviço do HRFV apresentando aumento de volume em face na região
submandibular direita, terço superior e médio direito, assimetria facial e sintomatologia
dolorosa em região submandibular. Realizou-se exame clínico, tomografia
computadorizada e biópsia incisional com hipótese diagnóstica de displasia fibrosa. Após
confirmação do exame anatomopatológico, exames complementares foram realizados para
verificar a associação com algumas das síndromes citadas anteriormente, verificando assim
que não havia associação. Realizou-se a cirurgia de osteoplastia para remoção de focos
do osso displásico na região de frontal, zigomático e da mandíbula removidos parcialmente,
com um quadro de melhora sintomatológica. Em um ano de pós-operatório, paciente
retornou ao serviço relatando recidiva de dor em região submandibular e obstrução do seio
maxilar. A reintervenção cirúrgica foi realizada para remoção total de uma quantidade
significativa de osso displásico em mandíbula e maxila. Conclusão: No caso relatado, as
características clínicas, achados tomográficos, localização, idade e sexo estão de acordo
com a literatura. A cooperação da paciente torna viável o tratamento e o acompanhamento
pós-cirúrgico da DF.
Introdução: Apesar de grande parte das lesões radiolúcidas periapicais ser de origem
endodôntica, há também a possibilidade de lesões não-endodônticas localizarem-se no
periápice de dentes e mimetizar periapicopatias inflamatórias. A exatidão no diagnóstico de
tais lesões interfere significativamente na abordagem terapêutica e estabelecimento de
prognóstico. Objetivo: Avaliar a prevalência de lesões periapicais não endodônticas
(LPNE) inicialmente diagnosticadas, clínico-radiograficamente, como lesões periapicais
inflamatórias, no Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE). Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, aprovado pelo Comitê de Ética
em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da UFPE (CAAE: 66937617.9.0000.5208).
Todos os casos de lesões com diagnóstico clínico-radiográfico de periapicopatias
inflamatórias (cisto radicular ou granuloma periapical), que foram enviados ao referido
laboratório entre 2000 e 2017 foram analisados. Uma revisão das lâminas histológicas de
todos os casos foi feita, a fim de confirmação diagnóstica. Os dados clínicos e demográficos
foram coletados a partir da ficha de requisição de exame histopatológico do laboratório
citado. As lesões foram agrupadas de acordo com a sua natureza e a distribuição das
variáveis foi feita por meio da análise descritiva. Resultados: De 225 lesões com
diagnóstico clínico-radiográfico de lesão periapical inflamatória, 13 (5.8%) eram LPNE. Sete
casos ocorreram em maxila e 6 na mandíbula. Oito casos (61.5%) ocorreram em mulheres
e 5 (38.5%) em homens, com uma idade média de 31.2 anos (variação de 19-53 anos). Em
relação aos grupos das lesões encontradas, a maioria eram tumores odontogênicos (n= 6
– 46.1%), seguida por cistos odontogênicos (n= 2 – 15.4%), cistos não-odontogênicos (n=
2 – 15.4%), lesões fibro-ósseas (n= 2 – 15.4%) e neoplasias malignas não-odontogênicas
(n= 1 – 7.7%). Conclusão: Um número significativo de LPNE mimetizando periapicopatias
inflamatórias foi encontrado. Esse estudo aponta a relevância do envio do material
biopsiado para análise histopatológica, assim como a importância de exames clínicos e
radiográficos detalhados.
Introdução: A Estomatite aftosa é uma doença que causa úlceras na cavidade oral e que
se apresenta em três formas clínicas: úlceras aftosas menores, úlceras aftosas
herpetiformes e úlceras aftosas maiores. Sua etiopatogênese ainda não está totalmente
elucidada, sendo que as lesões podem surgir espontaneamente ou após mínimo trauma.
Outros fatores predisponentes além de trauma, são estresse e alimentos condimentados.
O tratamento é paliativo e sintomático. Os tratamentos tópicos (anestésicos tópicos,
esteróides tópicos e sucralfato) são a terapia de primeira linha. Objetivo: Compilar de forma
sistemática as características da estomatite aftosa e o tratamento indicado para essa lesão.
Metodologia: Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed/MEDLINE, LILACS,
WEB OF SCIENCE e Scielo, através da inserção dos termos "Stomatitis, Aphthous” AND
“Recurrence". Os critérios de inclusão foram: Casos clínicos, publicados de 2015 à 2020,
escritos na língua portuguesa, espanhola e inglesa. Os critérios de exclusão foram: artigos
que não estavam nas bases de dados pré-definidas, que não possuíam textos
disponibilizados na íntegra e em outras línguas diferentes das definidas. Os dados foram
extraídos e tabelados, posteriormente realizadas análises qualitativas dos dados.
Resultados: Foram identificados 701 artigos nas bases de dados e selecionados 10 artigos
de acordo com os critérios. Conclusão: O diagnóstico correto da doença é essencial para
o manejo dos pacientes. Sua terapia deve controlar as úlceras orais por um período maior
com o mínimo de efeitos colaterais adversos. Quando o paciente tiver deficiências
nutricionais e/ou sistêmicos, o tratamento com vitamina B12 é simples, barato e de baixo
risco. Os medicamentos usados para terapia tópica ou sistêmica incluem corticosteroides,
antimicrobianos, analgésicos, antiinflamatórios, imunomoduladores. Em lesões pequenas
de sintomas leves ou moderados, a aplicação tópica de corticosteroide é indicada. Nas
grandes com sintomas graves o spray tópico de corticosteroides em pó nas áreas
lesionadas é eficaz para indução de cicatrização.
Introdução: Sendo o segundo cisto mais comum nos maxilares, o cisto dentígero é uma
lesão benigna, derivada do epitélio odontogênico da coroa de um dente não erupcionado,
porém de etiopatogenia incerta. São geralmente radiotransparentes e, mais comumente,
uniloculares. Estas lesões são observadas em exames de rotina ou quando não ocorre o
irrompimento de um dente permanente. Os terceiros molares inferiores e os caninos
superiores são os dentes mais acometidos, sendo também alta a ocorrência desta lesão
em dentes supranumerários e associados a odontomas. Ocorre principalmente nas três
primeiras décadas de vida, tendo um crescimento lento e assintomático; pode atingir
dimensões consideráveis, causando deformidade facial, impactação e deslocamento de
dentes e/ou estruturas adjacentes. Objetivo: Identificar as principais modalidades de
tratamento para o cisto dentígero. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica
nas bases de dados SciELO e PubMed. Os critérios para inclusão do estudo foram: artigos
em português, inglês e espanhol, publicados no período de 2015 a 2020. Resultados:
Segundo a literatura, a modalidade de tratamento mais comum para o cisto dentígero é a
cuidadosa enucleação e remoção do dente incluso associado. Em caso de cistos extensos,
estes podem ser tratados por marsupialização, sendo posteriormente excisados com um
procedimento cirúrgico menos extenso. O prognóstico para a maior parte dos casos é
excelente e a recidiva é rara após a remoção completa do cisto. Conclusão: Por ser a
segunda maior ocorrência entre os cistos dos maxilares, o cirurgião-dentista deve estar
preparado para fazer o seu diagnóstico, indicar o tratamento mais adequado ou
encaminhando a um especialista quando necessário, contribuindo para o diagnóstico
precoce da lesão e consequentemente para a preservação de estruturas anatômicas e
dentes adjacentes.
Introdução: Os Bifosfonatos (BFs) são prescritos para o tratamento de doenças que afetam
o metabolismo ósseo, tais como lesões osteolíticas, metástases ósseas, mieloma múltiplo,
hipercalcemia maligna, doença de Paget, entre outros. Atualmente, seu uso terapêutico tem
sido aumentado para o tratamento e prevenção da osteoporose e osteopenia. No entanto,
a utilização desses fármacos pode estar relacionada com diversas complicações, sendo a
Osteonecrose em maxilares induzida por Bisfosfonatos (ONMB) uma complicação de
extrema importância na prática de procedimentos invasivos no complexo buco-maxilo-
facial. Objetivo: realizar uma revisão bibliográfica sobre a indução do desenvolvimento da
Osteonecrose em maxilares por bifosfonatos. Metodologia: Foi realizada uma busca
bibliográfica utilizando os termos “bifosfonatos”, “osteonecrose”, “bifosfonatos e
odontologia” nas bases de dados: Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca
Virtual em Saúde (Bvs). Foram revisados 8 artigos científicos publicados nos últimos 12
anos, disponíveis em inglês e/ou português. Resultados: O mecanismo de ação dos
Bifosfonatos resulta em uma atividade antiosteoclástica e antiosteogênica, inibindo a
reabsorção óssea e diminuindo a remodelação óssea. Quando ocorre o acumulo de
Bifosfonatos capaz de alterar o metabolismo ósseo, a reparação tecidual após um trauma
não ocorre adequadamente, levando à exposição de uma área de osso necrótico ao meio
bucal. A alteração do turnover ósseo associada às características particulares dos ossos
dos maxilares, como revestimento mucoso, risco frequente de infecção devido a microbiota
bucal e potencial constante de trauma são fatores que melhor explica o desenvolvimento
da ONMB. Conclusão: A Osteonecrose em Maxilares induzida por Bifosfonatos é uma
entidade clínica relativamente recente. Ela afeta gravemente a qualidade de vida,
produzindo morbilidade significativa no doente afetado. É importante que o cirurgião
dentista realize uma anamnese detalhada para investigar não só o uso, mas também a
dosagem, frequência e duração do tratamento do BFs, pois todos esses fatores
representam risco para o desenvolvimento de ONMB.
stefanypontesof@outlook.com
Introdução: Cistos odontogênicos são lesões benignas não-neoplásicas que tem por
origem células remanescentes epiteliais da formação do órgão dental. Dentre elas, o
queratocisto odontogênico é um cisto de desenvolvimento, em que consta no seu epitélio,
células escamosas estratificadas paraqueratinizadas devido ao seu comportamento
agressivo e infiltrativo. Em relação ao tratamento, podem ser tratados conservadoramente
ou com tratamentos mais agressivos, em lesões recorrentes ou com maiores diâmetros.
Objetivo: Revisão de literatura, visando identificar os tipos de intervenções para o
tratamento de queratocistos odontogênicos, baseados em técnicas cirúrgicas e abordagem
minimamente invasivas. Além disso, analisar que o queratocisto é uma lesão de
características distintas e com altas taxas de recorrência, sendo necessário um tratamento
correto para cada caso específico. Metodologia: Levantamento bibliográfico nas bases de
dados BVS, Pubmed e SciELO, utilizando os termos cadastrados nos Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS) referentes ao assunto principal. Foram selecionados artigos
referentes a temática deste trabalho, publicados em português e inglês, datados de 2010 a
2020. Resultados: Vários métodos de tratamento têm sido relatados desde o conservador
à cirurgia radical. Somente a enucleação e a marsupialização estão relacionadas ao grande
número de recorrência. Vários adjuntos terapêuticos têm sido descritos para diminuir o
potencial de recorrência dessas lesões, incluindo a osteotomia periférica, tratamento com
a solução de Carnoy´s, eletrocauterização, crioterapia e ressecção. Ademais, a
descompressão ou marsupialização apresentam uma elevada taxa de sucesso em relação
aos tratamentos agressivos, pois promovem uma menor morbidade e preservam estruturas
importantes. Conclusão: Independentemente do tipo de abordagem, a escolha do
tratamento deve ser baseada em múltiplos fatores, como idade do paciente, tamanho e
localização do cisto, envolvimento de tecidos e histórico de tratamento prévio. A modalidade
de tratamento deve ser sempre uma que envolva menor risco de recorrência do
queratocisto odontogênico e menor potencial de morbidade.
Introdução: O cisto ósseo traumático é uma lesão não neoplásica delimitada por uma fina
camada de tecido conjuntivo frouxo, sem revestimento epitelial. Sua etiologia e patogênese
são incertas, sendo o trauma um dos possíveis fatores no surgimento desse cisto
intraósseo. Objetivo: Relatar um caso clínico de cisto ósseo traumático com
acompanhamento pós-cirúrgico. Relato de caso: Paciente do sexo masculino, 16 anos de
idade, foi encaminhado à Clínica de Estomatologia do Centro de Pós-Graduação em
Odontologia – CPGO devido a lesão radiolúcida multilocular localizada na região posterior
da mandíbula do lado esquerdo associada ao dente 38, em direção ao ramo ascendente,
identificada em exame radiográfico de rotina. Não foram observados sinais de reabsorção
radicular e/ou deslocamento de dentes. Ao exame físico, foi observada expansão da cortical
vestibular da mandíbula e discreta assimetria facial. Os dentes próximos à lesão, durante
percussão e testes de sensibilidade pulpar, não demonstraram vitalidade. Foi realizada
punção aspirativa e o conteúdo foi de líquido sanguinolento. Posteriormente, foi realizada
exploração cirúrgica com acesso à região da lesão, osteotomia para remoção de fragmento,
o qual foi enviado ao laboratório de patologia para análise anatomopatológica, sendo
removido o dente 38. Os cortes histológicos revelaram fragmentos de mucosa revestidos
por epitélio pavimentoso estratificado. A lâmina própria apresentou um moderado infiltrado
inflamatório monocelular; na porção de trabécula óssea foi observada áreas
fibromixomatosas espessadas entre as trabéculas, cujo diagnóstico foi de cisto ósseo
traumático. Conclusão: O acompanhamento radiográfico foi realizado com três e seis
meses com radiografias panorâmicas sendo observada neoformação óssea. Os dentes
localizados próximos à lesão foram positivos ao teste de sensibilidade pulpar após biópsia
devido à descompressão realizada na região.
Introdução: O cisto periapical está relacionado ao ápice de um dente com necrose pulpar,
ou seja, de natureza inflamatória e corresponde à frequência de 7% a 54% das imagens
periapicais. Objetivo: Descrever um caso clínico de cisto periapical em região anterior da
maxila. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 20 anos de idade, compareceu a clínica
de Estomatologia do Centro de Pós-Graduação em Odontologia, CPGO, com queixa de um
discreto aumento de volume na região anterior da maxila há 5 anos. Ao exame extra-oral
foi observada discreta assimetria. No exame intra-oral, na região do elemento 12, a mucosa
apresentava-se com coloração normal e de consistência resiliente. No exame radiográfico,
foi observado imagem radiolúcida entre as raízes dos dentes 13 e 12. No exame
tomográfico, foi confirmada a imagem com preservação da cortical óssea. Frente aos
aspectos clínico e radiográfico, foram sugeridas as hipóteses diagnósticas de cisto
periapical, tumor odontogênico ceratocístico, ou ameloblastoma. A conduta foi a exérese
da lesão, seguidas de curetagem e envio do espécime para análise histopatológica, tendo
como resultado cisto periapical. Conclusão: O dente 12 foi tratado endodonticamente após
o diagnóstico e a paciente está sendo acompanhada para se analisar a formação de osso
sadio no local que antes era ocupado pelo cisto.
Introdução: A paralisia facial de Bell é uma paralisia aguda, de causa desconhecida do VII
par de nervo craniano, caracterizada pela inabilidade de controle da musculatura periférica
da face com consequente incapacidade de contração muscular e perda da expressão facial.
O diagnóstico é feito clinicamente por exclusão e o tratamento, ainda não bem definido, tem
sido a base de corticosteróides associados a antiretrovirais. O Laser de Baixa Potência
provoca uma redução inflamatória, indução no aumento de colágeno, proliferação de
miofibroblastos, aceleração no reparo e aumento na densidade média das fibras nervosas,
tendo indicação no tratamento da Paralisia Facial de Bell. Objetivo: Relatar casos clínicos
de paralisia facial de Bell tratados no Centro de Laser da Faculdade de Odontologia da
Universidade de Pernambuco (FOP-UPE) através do uso da laserterapia, seu protocolo
clínico e os resultados após doze semanas. Relatos de casos: Os pacientes receberam
laserterapia de forma contínua, duas vezes por semana, durante 12 semanas. O protocolo
de aplicação da laserterapia consistiu em uma dosimetria total de 40J/cm² em cada sessão
divididos em 40 pontos de 0,5J/cm² e 20J/cm² em varredura. Após cada sessão, o paciente
era avaliado segundo a escala subjetiva de melhora. De acordo com escala subjetiva de
melhora, os pacientes relataram aumento do relaxamento da face após quatro sessões,
redução da dor após sete sessões, reaparecimento de sulcos faciais e melhora no convívio
social e familiar após doze sessões. Paciente com histórico recente de paralisia teve total
remissão do quadro e os pacientes com histórico antigo de paralisia tiveram remissão
parcial com melhora no relaxamento dos músculos faciais. Conclusão: A laserterapia, nos
parâmetros estudados, auxiliou no tratamento da Paralisia Facial de Bell promovendo
melhor relaxamento dos músculos da face, redução do tempo de remissão natural da
doença e melhora na expressão facial mesmo em paralisias com caráter definitivo.
Introdução: O abuso infantil é um problema de saúde pública por ter uma morbidade e
mortalidade evitável. A maioria ocorre em casa, praticados pelos familiares próximos. O
Abuso é caracterizado como qualquer ação ou ausência desta que resulte em morte, lesão
física, psicológica, exploração, ou risco eminente de uma lesão grave. Crianças vítimas,
são mais facilmente encaminhadas ao dentista do que às unidades de saúde, pois os
abusadores evitam esses locais com receio de serem descobertos. Assim, o cirurgião-
dentista está em uma posição oportuna para identificar essas vítimas. Objetivo: O trabalho
discute a importância do Cirurgião-dentista frente a identificação de sinais, ajudando o
combate ao abuso infantil, principalmente o de cunho sexual envolvendo menores.
Metodologia: Foi executada uma pesquisa bibliográfica, com artigos levantados das
diferentes bases de dados CAPES, LILACS e SciELO, publicados entre os anos de 2003 e
2020, com os descritores: Sinais e sintomas, abuso sexual na infância e assistência
odontológica para crianças. Resultados: Estudos demonstram que a maioria dos
ferimentos dos maus-tratos envolve a região orofacial. As lesões físicas, situadas na região
de cabeça e pescoço, variam de 40 a 60%. Aproximadamente metade das crianças vítimas
de abuso sexual podem apresentar lesões na cavidade oral, o que mostra a importância
dos cirurgiões-dentistas estarem atentos em seus exames. Dentre os sinais claros e que
devem gerar suspeitas estão as DSTs, laceração de freios labiais e linguais. Manifestações
de doenças como gonorréia, HPV, herpes e sífilis são sinais patognomônicos do abuso.
Eritemas ou petéquias, na junção entre palato duro e mole particularmente, podem ser
evidências de sexo oral forçado. Conclusão: O abuso infantil, no Brasil, ainda é algo muito
recorrente e pouco combatido. Por essa razão, o cirurgião-dentista é um profissional que
pode ser, fundamental ao combate ao abuso infantil, desde o diagnóstico até a denúncia.
Palavras-chave: Abuso sexual na infância. Sinais e sintomas. Assistência odontológica
para crianças.
ASSOCIAÇÃO ENTRE O ALEITAMENTO MATERNO E OS HÁBITOS DE SUCÇÃO
NÃO NUTRITIVOS: REVISÃO DE LITERATURA
Introdução: Apesar das dificuldades para se ter uma boa conexão de internet, o Brasil é o
72º país mais conectado do mundo e tem cerca de 77 milhões de usuários na plataforma
do Instagram, a qual se tornou uma excelente ferramenta de desenvolvimento nas ações
do Programa de Combate ao Câncer de Boca – atividade de extensão do Instituto de
Ciências Biológicas da Universidade de Pernambuco – PCCB/ICB/UPE, o qual propicia o
ensino, a pesquisa, a extensão e a assistência, de forma ininterrupta, desde 1998.
Objetivo: Relatar as experiências baseadas na construção e manutenção do Instagram e
do canal no YouTube, dedicados ao PCCB/ICB/UPE, que traz postagens educativas,
baseadas na ciência e sob orientação da coordenadora do Programa. Relato de
experiência: A criação da conta no Instagram para o PCCB/ICB/UPE foi pensada para
seguir na construção do conhecimento compartilhado acerca do câncer de boca, nesse
novo cenário de comunicação. Assim como, para a divulgação das ações que ocorrem nas
comunidades, permitindo que o vínculo digital proporcionasse o ensino, o aprendizado, o
compartilhamento e a difusão de informações para o público de forma mais dinâmica. E
diante da atual situação pandêmica (Covid-19), com isolamento social, foram pausadas as
idas às comunidades de forma presencial e envidados esforços no âmbito digital, com
resgate de memórias das ações, inclusão de pastas com artigos e vídeos de participantes
do programa relatando suas vivências, nas ações, além de palestras com profissionais da
área e criação do canal no YouTube. Conclusão: A junção da tecnologia com métodos
planejados e inovadores, permitiram um fortalecimento da inclusão da educação popular,
ciência e a sociedade pela rede social, compartilhando conhecimento de forma contínua e
segura em prol do combate ao câncer de boca.
Introdução: A violência infantil é um problema de saúde pública que pode ter caráter físico,
psicológico, sexual ou de negligência, tendo em vista que muitas das lesões ocorrem na
região de cabeça e pescoço fica evidente a participação do cirurgião-dentista na
identificação e notificação dos casos. Objetivo: Abordar os principais sinais de violência
infantil que podem ser percebidos e notificados pelo profissional da odontologia.
Metodologia: Realizou-se pesquisa nos bancos de dados PUBMED, Scielo e PKP,
utilizando os descritores Violência infantil, Odontopediatria e Odontologia. Foram
selecionados 15 artigos, publicados nos últimos 10 anos, em inglês, espanhol e português.
Resultados: Em cada um dos tipos de violência contra a criança existem vários aspectos
que podem ser notados pelo olhar da odontologia e que devem por motivo ético e legal ser
notificados. Nesse contexto, para os casos de maus-tratos físicos e sexuais é comum que
o profissional perceba na região orofacial problemas como hematomas, queimaduras,
marcas de mordida, trauma dental, doenças sexualmente transmissíveis ou mesmo lesões
em tecidos moles sem uma explicação coerente. Por outro lado, sinais como baixo peso,
desnutrição, higienização precária, elevada incidência de cárie, infecções não tratadas,
medo, rebeldia e falta de confiança em adultos podem indicar negligência ou maus-tratos
de ordem psicológica. Conclusão: Dado o exposto, o preenchimento da ficha clínica é um
momento crucial onde se pode adquirir informações a respeito da rotina familiar e
questionar possíveis incoerências por parte dos responsáveis da criança. Além disso,
conclui-se que apesar da complexidade na identificação de casos de maus-tratos infantis é
de suma importância que o profissional da odontologia esteja alerta e possua um
conhecimento efetivo, afinal pode ser a partir da sua conduta que uma criança vítima de
violência adquira a proteção e cuidado necessário.
Palavras-chave: Violência infantil. Odontopediatria. Odontologia.
PREVALÊNCIA DE HÁBITOS ORAIS DELETÉRIOS EM CRIANÇAS E
ADOLESCENTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Introdução: Anquiloglossia é uma anomalia oral congênita que pode interferir nas funções
orais por limitar a mobilidade da língua em graus variados. O diagnóstico precoce bem como
o tratamento multidisciplinar reduzem as possíveis sequelas que podem ser sofridas pela
criança e pelos pais. Então é importante que os pais tenham o mínimo conhecimento sobre
a anquiloglossia suas consequências para que possam procurar o tratamento adequado.
Objetivo: A cartilha foi desenvolvida no intuito de ser distribuída nas maternidades do
Recife para informar os pais e os profissionais de saúde sobre as implicações da
anquiloglossia no desenvolvimento do bebê, como e onde é feito o teste da linguinha e a
cirurgia de frenotomia.: Metodologia: Foram realizadas pesquisas sobre o tema utilizando
as bases de dados LILACS e MEDLINE. Elaborou-se um diálogo didático entre
personagens que representam os profissionais de saúde e os pais de um paciente
diagnosticado com anquiloglossia. Através de uma linguagem simples é possível entender
o que é a língua presa, suas implicações, como ocorre o tratamento e onde procurar o
atendimento adequado. As ilustrações foram elaboradas para atrair o leitor leigo à leitura
do conteúdo da cartilha. Resultados: É corriqueiro no Projeto de Extensão Língua Solta o
atendimento à mães que só após repetitivos engasgos do bebê durante a amamentação e
ferimentos nos mamilos suspeitam da língua presa. Esse é um indicativo de que,
atualmente, as maternidades do Recife não estão preparadas para diagnosticar a
anquiloglossia, protelando o tratamento desses pacientes. Conclusão: A cartilha visa levar
à população e aos profissionais de saúde um breve conhecimento sobre a anquiloglossia,
suas consequências quando não há o diagnóstico precoce, tratamento e onde procurar
atendimento apropriado. Ademais, visa despertar a importância da contratação de
profissionais nas maternidades, capazes de diagnosticar e tratar o problema.
Introdução: O óxido nitroso é um gás incolor, usualmente inodoro, que atua no sistema
nervoso deprimindo o córtex cerebral, e age como um ansiolítico levemente analgésico,
podendo ser usado de forma mais branda ou potente. Nessa perspectiva, tendo em vista
que, muitas vezes, a Odontologia é associada a processos dolorosos, principalmente na
infância, quando ainda não há familiaridade com a clínica odontológica, o uso do óxido
nitroso vem ganhando destaque na prática odontopediátrica. Objetivo: Revisar a
importância do uso de óxido nitroso de forma consciente na odontopediatria, analisando
seu papel como sedativo. Metodologia: Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo, do
tipo revisão bibliográfica. Para coleta de dados, foram utilizadas buscas na base de dados
PubMed e SciELO, através da combinação dos seguintes descritores: Odontopediatria,
Óxido Nitroso, Sedação Consciente, conforme DeCS, priorizando artigos publicados na
última década. Resultados: A sedação consciente atua causando um efeito calmante sem
a perda da consciência, mantendo a respiração e comandos verbais, sendo o óxido nitroso
o único inalante que permite esse processo de forma segura e eficiente. Desse modo,
depois de inalado, o gás diminui a reação exacerbada da criança, que poderia mover-se
bruscamente e atrapalhar o profissional em atendimento, melhorando a colaboração.
Destaca-se ainda que sua utilização aumenta a tolerância para a dor, mas não substitui a
anestesia, tendo efeito clínico de 3 a 5 minutos. Assim, esse procedimento permite que o
estresse e medo sejam superados e o Cirurgião-dentista possa controlar a situação,
promovendo o bem-estar do paciente e uma melhor resposta psicológica ao tratamento.
Conclusão: Portanto, percebe-se a importância do manejo do óxido nitroso na prática
odontopediátrica, sendo uma excelente opção de sedativo em crianças com maior
ansiedade, preservando, assim, o conforto do paciente e do profissional durante o
procedimento odontológico.
Introdução: A obesidade é uma doença muito presente na atual realidade, e sua existência
está relacionada a várias comorbidades como a hipertensão arterial, diabetes melitus tipo
2, hiperlipidemia, entre outras. Para o controle desses agravos e a melhoria da qualidade
de vida a cirurgia bariátrica vem sendo adotada com mais frequência. Tal procedimento
consiste na realização de um mecanismo que leva à restrição ou à má absorção dos
alimentos consumidos. No entanto, alguns efeitos negativos têm sido relatados no período
pós-operatório, principalmente na cavidade bucal. Objetivo: Realizar uma revisão de
literatura acerca dos reflexos da cirurgia bariátrica na saúde bucal. Metodologia: A revisão
de literatura foi realizada nas bases de dados BBO, SciELO, PubMed, Medline com artigos
produzidos entre os anos de 2011 e 2020, os descritores utilizados foram: “Cirurgia
bariátrica”, “Cavidade bucal” e “Odontologia”. Resultados: As principais repercussões da
cirurgia bariátrica na cavidade bucal são originadas das consequências sistêmicas pós-
procedimento. Um efeito adverso muito comum no pós-cirúrgico é o refluxo gastresofágico,
que causa erosões dentárias, além de erosões na mucosa oral devido ao fluído ter um pH
ácido, levando o indivíduo a sentir hipersensibilidade dentária. Outras patologias bucais
comumente notadas no período que segue a cirurgia são a xerostomia, a perda óssea,
doenças gengivais e periodontais, além da cárie dentária. Conclusão: Mesmo com a
geração desses danos bucais, a cirurgia bariátrica, quando indicada, não deve ser evitada,
pois sua eficiência em diminuir ou até tornar inexistente algumas comorbidades é um fator
de grande relevância. O que deve ser instituído é uma abordagem multiprofissional com a
participação do cirurgião-dentista no pré e pós-operatório, garantindo um tratamento
completo do paciente com a prevenção e controle de possíveis malefícios a saúde bucal.
Introdução: O edentulismo é definido como a perda total ou parcial dos dentes, que pode
ser ocasionada por motivos congênitos ou adquirida durante a vida, sendo considerado um
problema de saúde pública global, devido a sua alta prevalência e deficiência associada.
Trata-se de um fenômeno complexo que envolve não apenas fatores biológicos, mas,
também, culturais, econômicos e sociais. Objetivo: O presente trabalho tem como
finalidade abordar as principais implicações na qualidade de vida dos pacientes geriátricos
que apresentam o edentulismo, constatando a limitação das funções que estão diretamente
ligadas ao bem-estar desses indivíduos. Metodologia: Foi realizada uma revisão de
literatura através das bases de dados LILACS, PubMed e Scielo, aplicando como
descritores “edentulous”, “elderly” e “quality of life”, entre os anos de 2012 e 2019.
Resultados: A taxa de prevalência do edentulismo segundo pesquisa da Fundação
Oswaldo Cruz é de 73 %, em pessoas geriátricas na faixa etária de 65 a 74 anos. O
edentulismo culmina em diversas alterações funcionais na mastigação, na fonação e
também em alterações na dieta do indivíduo, acarretando em mudanças sociais e
psicológicas, por afetar diretamente a autoestima. Conclusão: Faz-se necessário atuar na
promoção e prevenção odontológica com foco na determinação social de saúde para
diminuir as iniquidades e racionalizar as ações em saúde bucal para a população idosa,
assim como fortalecer as políticas publicas no âmbito da saúde bucal para minimizar o
edentulismo que ainda é presente no Brasil.
Introdução: A língua possui em sua face inferior uma pequena prega de membrana
mucosa, denominada frênulo da língua, que a conecta ao assoalho da boca. Essa
membrana pode limitar os movimentos linguais em graus variados, dependendo da porção
de tecido residual que não sofreu apoptose durante o desenvolvimento embrionário. O
processo de apoptose pode justificar a grande variação anatômica do frênulo lingual.
Quando esse frênulo é mínimo, ou não existe, caracteriza-se a anquiloglossia, que seria a
fusão completa ou parcial da língua ao assoalho da boca. A anquiloglossia também é
caracterizada com o movimento limitado da língua por um frênulo curto ou ausente.
Objetivo: O objetivo do presente trabalho é relatar o caso clínico de frenotomia em uma
criança de 9 anos de idade. Relato de caso: Paciente, 9 anos, gênero masculino que
compareceu à clínica do projeto de extensão língua solta da UFPE encaminhado pela
equipe de psicologia, acompanhado de sua responsável, a avó materna, que relatou
dificuldade da criança na deglutição de alimentos sólidos e na articulação de palavras.
Primeiramente, foi aplicado o Protocolo de Marchesan onde o paciente obteve o escore 16,
obtendo a indicação de realizar o procedimento cirúrgico de frenotomia lingual. O paciente
foi submetido a cirurgia, sob anestesia local, que ocorreu sem demais intercorrências. Após
7 dias, no retorno para avaliação clínica foi feita a anamnese e foi percebido que o frênulo
se apresentava com cicatrização normal. A responsável pelo paciente também relatou que
a sua mastigação e deglutição apresentaram uma melhora significativa e quanto a dicção
de palavras, houve um desenvolvimento parcial, sendo indicado a continuação do
tratamento com a equipe de fonoaudiologia. Conclusão: É importante ressaltar não só a
prática cirúrgica, como também a importância do trabalho multidisciplinar entre o cirurgião-
dentista e o fonoaudiólogo para um diagnóstico clínico mais eficaz.
Introdução: A Saúde bucal das pessoas privadas de liberdade (PPL’s) tem se apresentado
de forma precária, pois, a superlotação das celas, sua precariedade e insalubridade
transformam as prisões num ambiente propício à proliferação de doenças. A importância
da Odontologia é destacada não somente no tratamento reabilitador, mas também na
promoção dos autocuidados, estimulando a educação dos presidiários, e no diagnóstico
precoce de doenças sistêmicas com manifestações bucais. Objetivo: Por meio de uma
revisão de literatura, o objetivo do trabalho é avaliar a saúde bucal e a sua correlação com
o ambiente social do sistema prisional, evidenciando que a saúde bucal está inserida no
Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário (PNSS). Metodologia: Buscas em
bases de dados como: SciELO, PubMed e Google Scholar. Foram priorizados artigos
científicos dos últimos 10 anos, nos idiomas português e inglês. Resultados: A Odontologia
tem um papel importantíssimo com o objetivo de diminuir os agravos da de doenças através
de promoção, prevenção e recuperação. A realização de exodontias (63,34%) foi o
procedimento mais realizado, ao contrário dos achados de Sampaio (2015) e Reddy (2012)
onde as restaurações foram os tratamentos mais realizados. Outra variável com resultados
significativos foi a orientação de saúde bucal, onde 100% dos presidiários relataram nunca
ter recebido. Em média os presidiários fazem de 2 a 3 escovações por dia e a grande
maioria apresenta necessidade de protetização, reflexo da grande perda dentária.
Conclusão: Após execução do trabalho foi concluído que há poucos estudos relacionados
ao tema, logo, há uma necessidade de pesquisa acerca da problemática, as condições de
confinamento associadas à superlotação tornam o presídio um ambiente propício à
proliferação de epidemias e ao contágio de doenças infecciosas e evidencia-se uma
necessidade de uma orientação do serviço odontológico nas penitenciárias.
Introdução: Fraturas dentárias têm sido bastante recorrentes na clínica diária o que ocorre
devido a uma série de fatores, como: extensas lesões cariosas, restaurações extensas mal
adaptadas e tratamentos endodônticos pouco conservadores. Dessa forma, a utilização do
pino de fibra de vidro surge como uma excelente alternativa para a reabilitação oral do
paciente uma vez que, por apresentar um módulo de elasticidade semelhante ao dente,
tende a reduzir os índices de fraturas dentárias, com uma distribuição mais homogênea das
cargas mastigatórias que atuam na raiz, periodonto e osso além de conferir uma maior
retenção ao conjunto: remanescente dentário, pino e restauração. Objetivo: O objetivo
desse trabalho foi demonstrar, através de um relato de caso clínico, a reconstrução do
elemento dentário utilizando pino de fibra de vidro. Relato de Caso: Paciente procurou a
clínica do curso de especialização em Dentística apresentando fratura no elemento 22.
Após exame clínico, radiografia inicial e a remoção do remanescente de material
restaurador, observou-se adequado vedamento endodôntico e optou-se pela utilização de
pino intrarradicular associado a uma restauração direta em resina composta, a fim de
proporcionar um aumento de retenção do material restaurador, diminuindo assim a
probabilidade de fratura. Inicialmente selecionou-se o diâmetro do pino de acordo com a
conformação anatômica da raiz, seguida da desobturação do conduto com brocas do tipo
Largo, compatível o pino selecionado. Após essa etapa, realizou-se a prova do pino,
avaliando sua adaptação às paredes preparadas. Conclusão: Reconstrução coronária com
pino de fibra de vidro é uma ótima opção para o tratamento reabilitador, já que apresentam
propriedades mecânicas, além de serem práticos, eficientes e menos invasivos. Contudo,
precisa de um diagnóstico e plano de tratamento correto, sendo necessário ter um
remanescente dentário susceptível a receber o pino.
Introdução: Lesões cervicais não cariosas são classificadas conforme sua etiologia, sendo
divididas em lesões por abrasão, abfração e biocorrosão. O termo ‘‘Biocorrosão’’ difere de
‘‘ corrosão ’’ porque o prefixo ‘‘ bio- ’’ designa produtos químicos, bioquímicos e ações
eletroquímicas no esmalte e dentina. Geralmente, ocorrem nas faces vestibular ou palatina,
e em alguns casos, nas regiões interproximais. Essas lesões apresentam formas e causas
diversas, manifestando-se em todas as faixas etárias, principalmente em idosos. Objetivo:
Identificar, através de uma revisão bibliográfica, as diferentes causas de biocorrosão e
lesões não cariosas, e suas respectivas etiologias e tratamentos. Metodologia: Foram
selecionados artigos científicos utilizando os descritores lesões, etiologia e tratamento.
Esses artigos foram encontrados nas bases de dados Gloogle Scholar e PubMed.
Resultados: Patologias não cariosas não possuem causa bacteriana e apresentam-se em
três tipos distintos. Entre eles, a abrasão é o desgaste funcional relacionado à ações
mecânicas cotidianas, como por exemplo, a escovação traumática. A biocorrosão é
definida pela perda da estrutura dentária por ação química, tal como consumo excessivo
de alimentos e medicamentos ricos em ácido, bulimia e refluxo gastresofágico. A abfração
é o destacamento do esmalte na região cervical devido às forças tensionais oriundas da
flexão do dente na mastigação, e/ou hábitos parafuncionais, que pode causar trincas e
rompimento dos cristais de hidroxiapatita. O tratamento consiste, inicialmente, na
identificação e remoção dos fatores causais e utilização de técnicas restauradoras
obliterativas adesivas com resina composta e/ou cimentos de ionômero de vidro, de acordo
com a necessidade de cada caso, sendo a resina composta, a mais utilizada. Conclusão:
Para um diagnóstico preciso e sucesso no tratamento é fundamental analisar todos os
fatores etiológicos, visto que, são variáveis particulares em cada indivíduo. Vale ressaltar
que a prevenção e orientação aos pacientes de como evita-las é essencial em todos os
casos.
Introdução: A experiência de trauma dental na dentição decídua atinge cerca de 30% das
crianças na primeira infância. Com relação as lesões traumáticas destaca-se a avulsão. Os
dentes mais acometidos, frequentemente, são os incisivos centrais superiores. Apesar do
curto período de tempo que os dentes decíduos permanecem na boca, estes possuem um
papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de uma criança. Além de atuar nas
funções de mastigação, articulação, oclusão, fonação e estética, são os responsáveis pela
correta evolução do sistema mastigatório, portanto, considerados excelentes
“mantenedores de espaço naturais. ” Objetivo: Relatar abordagem de avulsão completa de
ambos os incisivos superiores decíduos, através do uso de aparelho removível
confeccionado com a utilização de dentes artificiais de estoque para manutenção do espaço
e recuperação da função e estética. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 4 anos de
idade, sofreu trauma dental, com consequente avulsão completa de ambos os incisivos
superiores decíduos, enquanto brincava com seu irmão. Insatisfeita com a perda precoce
dos elementos dentários superiores, a responsável procurou o serviço de Odontologia da
UFPE para tratamento odontológico da menor. Durante anamnese foi relatada a história do
trauma, o qual tinha ocorrido cerca de 45 dias até a data da consulta. Ao exame clínico,
notou-se ausência dos elementos 51 e 61 e boa cicatrização dos tecidos moles na região
dos elementos avulsionados. A paciente, apresentou comportamento colaborativo e foi
optado pela reabilitação estética-funcional, com confecção de aparelho removível superior
acrescentado dentes artificiais de estoque no espaço edentado até o início da erupção dos
incisivos centrais permanentes. Conclusão: O tratamento demonstrou uma solução prática
para os casos de perda precoce de dentes anteriores decíduos, pois é de fácil execução,
conservador e preenche os requisitos funcionais e estéticos da criança.
Introdução: Um sorriso saudável fica sem harmonia frente a alterações dentárias. Uma
abordagem através da versatilidade da resina composta garante resultados satisfatórios
para o paciente, que recuperam a autoestima e a função do sistema estomatognático.
Objetivo: Apresentar um caso clínico de reanatomização de dentes conóides e decíduos e
a correção dessas contrariedades através de recontorno sem desgaste dental, com a
utilização da resina composta semi-direta. Relato de Caso: Paciente, A.G.L., 22 anos,
gênero masculino, compareceu a Especialização em Dentística da Faculdade de
Odontologia de Pernambuco se queixando do seu sorriso (ausência do lateral e posição
atípica de canino e 64). Foi optado pela realização de técnica semi-direta para
rearmonização e reanatomização dos elementos em questão. Devido à necessidade de
celeridade pelo paciente foi optado pela utilização de resina composta na técnica semi-
direta. Paciente foi moldado com alginato Hydrogum (Zhermack) e vazado com silicone Die
(VOCO), obtendo-se o modelo do paciente de forma rápida. Após escultura as resinas
foram levadas a autoclave para polimerização adicional, seguido de acabamento, polimento
e posterior prova em boca (prova seca, e Pasta Try-In). Imediatamente foi feita a seleção
de cor (neutra) para o cimento e preparou-se a peça com aplicação de ácido fosfórico 37%
(Condac – FGM), silano (FGM) e sistema adesivo universal (Ambar Universal – FGM). No
dente foi aplicado ácido fosfórico 37%, lavagem e secagem, e sistema adesivo. A
cimentação foi realizada com cimento fotopolimerizável All Cem Venner, sendo o excesso
de cimento removido com pincel fino e fio dental, seguido de polimerização. Conclusão:
Foi possível rearmonizar o sorriso do paciente de forma conservadora e satisfatória, uma
vez que não foi necessário desgaste na estrutura dental. O resultado final da plástica dental
foi satisfatório, recuperando a proporção e harmonia do sorriso. Dessa forma, devolveu-se
ao paciente sua autoestima enquanto aguarda tratamento definitivo ortodôntico e protético.
Introdução: A cor dos dentes é um fator estético relevante, desse modo, é crescente a
demanda pelo clareamento dental. Pelo fato de aumentar a permeabilidade dental, causar
perda mineral, aumento da rugosidade, alterações morfológicas e diminuição da
microdureza superficial do esmalte, muitos profissionais recomendam evitar o consumo de
substância corantes, como: café, vinho tinto e refrigerante a base de cola. Objetivos: Esse
estudo teve como objetivo avaliar o efeito de substâncias cromógenas durante o
clareamento dental. Metodologia: Foram realizadas buscas por artigos em português e
inglês, nas bases de dados: PubMed e Medline, de 2010 a 2020, utilizando-se os
descritores “tooth bleaching”, “foods”, “clareamento dental” e “alimentos”. Foram excluídos
relatos de caso e artigos que não relacionavam dieta e clareamento. Resultados: Ao
correlacionar consumo de alimentos corantes durante o clareamento dental, alguns estudos
mostram que a dieta branca não interfere no sucesso do procedimento. Em contrapartida,
há relatos de que a exposição ao café, vinho vermelho e refrigerante a base de cola durante
o clareamento dental podem reduzir sua eficácia, sendo vinho vermelho o principal, pois é
uma bebida altamente ácida, que é capaz de intensificar a desmineralização da superfície
do esmalte e aumentar sua vulnerabilidade a manchas. . Conclusão: A maioria dos estudos
atuais afirmam que alimentos cromógenos não alteram a eficácia do clareamento dental. A
desmineralização da superfície do esmalte dentário e a permeabilidade dos tecidos dentais
causados pelo clareamento, são recompensados pelo contato diário com a saliva, que
possui papel de remineralização, e um período de catorze dias já é o suficiente para
preservar a microdureza do esmalte.
Introdução: Sabe-se que nenhum protocolo atual é capaz de eliminar por completo os
microorganismos do interior do canal de modo a torná-lo estéril. Por isso, vários estudos
científicos buscam técnicas e substâncias com o objetivo de reduzir ao máximo a infecção.
A medicação intracanal à base de clorexidina apresenta ação antimicrobiana de largo
espectro sobre fungos, bactérias, inclusive Enterococcus faecalis. O Gálio é uma
substância que apresenta ação antimicrobiana e comprovada capacidade de
remineralização. Objetivo: Sintetizar redes de coordenação incorporadas com clorexidina
e gálio e analisar sua ação antimicrobiana frente ao Enterococcus faecalis. Metodologia:
As unidades experimentais foram constituídas de 60 dentes humanos. Posteriormente
tiveram a coroa seccionada com caneta de alta rotação e o comprimento das raízes foi
padronizado com paquímetro digital em 14 mm, a partir do ápice. A instrumentação foi
realizada com as Limas Rotatórias, após isso, o canal foi inundado com 3ml de EDTA 17%
e o forame apical foi selado com resina fotopolimerizável. As amostras foram autoclavadas,
sendo posteriormente inoculadas com solução de Enterococcus faecalis injetados no canal
radicular. Os espécimes foram divididos aleatoriamente em um grupo experimental e quatro
grupos controle com dez amostras cada, CAAE: 43189915.3.1001.5207. Resultados: A
contagem das unidades formadoras de colônias não mostrou crescimento bacteriano nos
grupos: CHX@NanoZIF-8, Gel de clorexidina a 2% e Callen® com PMCC. A média das
contagens das UFC no grupo H2O evidenciou a presença de 4,5x108 UFC comparando
com a quantidade de UFC presente no momento da inoculação houve praticamente uma
manutenção da quantidade anterior que era de 1,98x108 UFC. No grupo do Callen® com
PMCC houve crescimento de 1,3x104 UFC, uma redução de 6,8x103 com relação a
quantidade inicial. Conclusão: A medicação formada pelo gel e o sistema CHX@NanoZIF-
8 foi efetiva na ação antimicrobiana no interior dos canais radiculares podendo ser indicada
como medicação.
Introdução: A Covid-19 é uma pandemia que ameaça de saúde global, assim os cirurgiões-
dentistas necessitam buscar estratégias para realizar o atendimento odontológico de forma
segura para paciente, próprio profissional e equipe odontológica. Objetivo: Traçar
estratégias que otimize a prática da impressão dental durante a pandemia da Covid-19,
através de uma revisão narrativa da literatura. Metodologia: Como base de dados foram
utilizados o Pubmed, Google Acadêmico, BVS, a busca ocorreu no mês de julho de 2020.
Critérios de Inclusão foram artigos em inglês, que abordem as variáveis em estudo
Impressão Dental, Contenção de Riscos Biológicos e Covid-19, os unitermos para busca
foram Dental Impression; Dentistry; Biosafety; Pandemics; COVID-19. Foram incluídas na
revisão todo tipo de evidência científica, devido a escassez do tema. Os critérios de
exclusão foram artigos que não tratavam da temática em estudo. Resultados: Uma das
estratégias que otimizam a prática da impressão dental, durante a pandemia, é adotar o
fluxo de trabalho digital através da impressão digital. Caso necessário a impressão
convencional, uma técnica de impressão que favoreça o desempenho do profissional,
selecionar o material de moldagem de fácil descontaminação e de afinidade pelo
profissional; o vazamento do gesso deve ser realizado ainda dentro do consultório
odontológico, e em seguida a desinfecção do modelo em gesso previamente ser enviado
ao laboratório de prótese. Conclusão: Quando possível o cirurgião-dentista deve adotar a
prática do fluxo digital, através da impressão dental a fim de evitar contaminação cruzada.
Introdução: As manchas negras dentárias podem ser causadas por diversos fatores
extrínsecos, dentre eles o tabagismo. No Brasil, cerca de 19.295.000 adultos são
tabagistas, tornando assim, as manchas negras extrínsecas um problema frequente no dia-
a-dia do cirurgião dentista. As manchas são causadas pela aderência do pigmento presente
na fumaça do cigarro, que possuem afinidade com as bactérias cromogênicas4, mais
especificamente a Prevotella melaninogênica e Actinomyces presentes pela má higiene
oral. Objetivo: Relatar um caso clínico de um de paciente com manchas negras extrínsecas
decorrentes do tabagismo. Relato de Caso: Homem, 33 anos, compareceu à clínica da
FOP-UPE relatando incômodo estético e histórico de tabagismo. Ao exame intraoral:
presença de manchas extrínsecas enegrecidas nas superfícies linguais e palatinas dos
dentes anteriores. Para tratamento foi realizada raspagem com curetas periodontais,
polimento das superfícies e profilaxia com pedra pomes, conseguindo assim um resultado
estético satisfatório. Não houve recidivas durante o ano posterior de acompanhamento.
Conclusão: O tabagismo é um hábito muito comum e prejudicial; com alterações, muitas
vezes, visíveis primeiramente pelo cirurgião dentista. Cabe, portanto, ao profissional
orientar e alertar a população quanto ao risco e a necessidade de acompanhamento
odontológico, objetivando uma melhoria na saúde oral e geral dos pacientes.
Introdução: A papaína é uma enzima extraída do mamão(Carica papaya) que pode digerir
células mortas. Essa proteína é comumente usada em testes com imunoglobulinas e como
um acelerador de cicatrização. Na odontologia, é utilizada principalmente com intuito de
facilitar a remoção de tecidos dentários necrosados e diminuir a dor do paciente, por
exemplo. Objetivo: Relatar os benefícios do uso da papaína em tratamentos odontológicos
conforme os dados da literatura. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo
bibliográfico, tipo revisão integrativa, através dos portais BVS(Biblioteca Virtual em Saúde),
PubMed, Periódicos Capes, e Biblioteca Virtual SciELO, dos últimos 5 anos. Critérios de
inclusão: artigos em português, inglês ou espanhol, artigos que tratassem do uso da
papaína na odontologia/cavidade oral. Critérios de exclusão: artigos fora da janela temporal
adotada para a pesquisa e artigos repetidos. Resultados: Na amostra final obtivemos 17
artigos: 03 adquiridos pelo SciELO, 06 pelo Pubmed 07 pelo Periódicos Capes, e 01 pela
BVS. A análise dos artigos apresentou três categorias: remoção químico-mecânica de
cáries, aumento da tensão de cisalhamento em ortodontia, e ação antimicrobiana e
antiplaca. Várias pesquisas demonstram a eficácia da papaína na decomposição da lama
dentinária para aumento da resistência adesiva entre materiais odontológicos e estruturas
dentárias. Estudos mais recentes tratam do sucesso do gel de papaína PapaMBlue como
mediador de terapia fotodinâmica antimicrobiana para tratamento de periodontite crônica.
Conclusão: Diante das observações neste trabalho, constatamos que a papaína possui
mais funções do que apenas a de tratamento restaurador atraumático de cáries, principal
função abordada na maioria dos artigos encontrados, isso se comprova através de pelo
menos outras três funções substanciais descritas na literatura. Com base nisso, é
necessário que sejam realizados mais estudos sobre a atuação dessa enzima na cavidade
oral para melhor conhecer todos os seus benefícios para a odontologia.
Introdução: Impactação dentária refere-se ao dente não emergir no arco dental devido à
deficiência de espaço ou presença de uma barreira para erupção. Os fatores para um dente
não irromper podem ser gerais ou locais. Os gerais incluem: pressão muscular anormal;
distúrbios endócrinos; irradiação, fatores hereditários e de desenvolvimento que podem
alterar a trajetória de erupção dentária. Entre as causas locais, destacam-se a falta de
espaço no arco, trauma, bloqueio por um dente supranumerário e falta de coordenação
entre a formação do dente permanente e a esfoliação do dente decíduo. A impacção dos
incisivos centrais é rara e considerada bastante desagradável esteticamente e
funcionalmente. Objetivo: relatar caso de conquista de espaço para incisivo central
superior impactado, através da reabilitação dinâmica, da ortopedia funcional dos maxilares
e eficácia do aparelho Placa Ativa Expansora Superior com Molas Frontais. Relato de
caso: Paciente, sexo feminino, 10 anos de idade, compareceu à clínica odontológica da
UFPE, queixando-se de desconforto estético decorrente da ausência do elemento 11. Após
análise clínica e radiográfica, constatou-se falta de espaço para o elemento e presença de
um odontoma composto nesta região pericoronária. Foi realizada moldagem com alginato
e obtenção do modelo de trabalho, o qual foi enviado para o laboratório que confeccionou
o aparelho. O tratamento foi estabelecido em etapas, junto com o serviço de Cirurgia
Bucomaxilofacial da UFPE, ocorrendo a recuperação de espaço através de Placa Ativa
Superior com Molas Frontais. Após a conquista de espaço, a paciente foi submetida à
cirurgia buco-maxilo, removendo o odontoma. Conclusões: Anamnese, exame clínico,
utilização de radiografias periapicais, panorâmicas, fotografias e modelos de estudo são
fundamentais para obter o correto diagnóstico e tratamento. Devidamente indicado e
utilizado, o tratamento para conquista de espaço com os Aparelhos Ortopédicos Funcionais
torna-se eficaz, devolvendo a estética e função dental.
Introdução: O Sistema Estomatognático está ligado aos outros sistemas do corpo humano,
tornando-se, um aparelho que trabalha de forma conjunta, ou seja, se alterações surgirem
no SE poderão desencadear consequências aos demais sistemas ou inversamente.
Estudos tem demonstrado que a má postura corporal, desencadeará uma posição anormal
da cabeça e como consequência ocorrerá uma postura incomum das bases ósseas. Dessa
forma, modificações na postura corporal podem afetar o desenvolvimento ósseo, funções,
estética e a oclusão. Objetivo: realizar uma revisão da literatura sobre a postura corporal
e sua relação com o desenvolvimento de más oclusões. Metodologia: Para elaborar a
revisão foram selecionados nove artigos nas bases de dados SciELO,Biblioteca Virtual de
Saúde e Pub Med, de 2009 a 2020, utilizando os descritores Má Oclusão, Sistema
Estomatognático, Postura, em português, inglês e espanhol. Resultados: As más oclusões
possuem diversas etiologias, no entanto estudos atuais demonstram que a má postura está
totalmente interligada ao desenvolvimento de problemas oclusais. Um bom exemplo é que
indivíduos com má oclusão classe II apresentam uma postura anteriorizada e indivíduos
com classe III demonstram uma postura para posterior, isto é, pessoas com um
posicionamento corporal incorreto afeta a postura da cabeça de maneira anormal e
consequentemente a postura da mandíbula e da língua na cavidade oral, refletindo em um
crescimento anormal das bases ósseas. Conclusão: As más oclusões são um problema
de saúde pública e merecem sua devida atenção, visto que indivíduos com má postura
corporal apresentam um risco 46 vezes maior de desenvolver tais condições, ou seja, não
podemos separar a boca do corpo e vice-versa, entendendo assim a importância de uma
terapêutica integral e analisando o indivíduo como um todo dentro desse universo chamado
corpo humano.
Introdução: A maloclusão de Classe III, apesar da sua baixa incidência é a mais complexa,
pois envolve estruturas esqueléticas, dentárias ou ambas trazendo uma face
desarmoniosa. Essa condição é caracterizada pelo posicionamento mais anterior da
mandíbula em relação à maxila, sendo que a discrepância pode ser causada pela
deficiência anterior da maxila, prognatismo mandibular excessivo ou ambos. A Classe III
pode ser interceptada durante a fase de crescimento e desenvolvimento craniofacial com o
uso de aparelhos ortopédicos. Se manifesta na dentadura decídua ou mista. As
deformidades dentofaciais são causadas por distorções moderadas do desenvolvimento
normal.Os pacientes em fase de crescimento apresentam melhores perspectivas quanto ás
mecânicas empregadas. Uma vez diagnosticada, a terapêutica deve ser instituída o mais
precoce a fim de prevenir uma má oclusão. Dentre os tratamentos que propõem o controle
sobre o crescimento mandibular encontra-se os aparelhos Ortopédicos dos Maxilares.
Objetivo: É relatar, pelo acompanhamento clínico e radiográfico, a eficácia do tratamento
com as terapias Ortopédicas. Relato de Caso: Paciente sexo masculino, 11 anos de idade,
com prognatismo mandibular, compareceu ao serviço de Ortopedia do Curso de
Odontologia da Universidade Federal de Pernambuco, onde foi submetido ao tratamento
para o estímulo de crescimento maxilar e controle de crescimento mandibular por meio de
um aparelho, o Progeni, e, posteriormente, o Regulador de Função de Frankel III. O
tratamento durou 15 meses. Conclusão: Quando devidamente indicado e com a
colaboração satisfatória do paciente e comprometimento do responsável, o tratamento para
classe III de Angle com esses aparelhos mostrou-se eficaz.
Introdução: O mercado de trabalho odontológico brasileiro nos últimos anos vem passando
por várias mudanças. Genericamente, a competitividade para os Cirurgiões-Dentistas (CD)
tem aumentado bem como o número de especialistas nas mais diversas áreas. Assim, é
necessário que profissional que pretende seguir a especialidade de Dentística ou Dentística
Restauradora se aperfeiçoe a fim de se encaixar nas exigências e necessidades do
mercado, tendo noção do cenário atual de atuação e distribuição para um estabelecimento
profissional promissor. Objetivo: Avaliar e caracterizar a distribuição no Brasil dos
cirurgiões-dentistas que possuem registros no Conselho Federal de Odontologia (CFO)
como especialista em Dentística ou Dentística Restauradora. Metodologia: Consiste em
um estudo de documentação indireta, com levantamento de dados baseado em pesquisa
documental a partir de arquivos públicos e metodologias já adotadas em estudos prévios.
Realizou-se coleta do número de especialistas em Dentística ou Dentística Restauradora
no Brasil de acordo com o CFO, do número de indivíduos que compõem a população do
país e da demografia de cada estado através do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística. Resultados: Apontam o total de 333.030 cirurgiões-dentistas registrados em
todo o território nacional, dos quais 6.363 possuem registros na especialidade analisada
neste estudo. Os cinco estados brasileiros com maior percentual de especialistas em
Dentística ou Dentística Restauradora são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio
Grande do Sul e Paraná. Conclusão: Observou-se que os especialistas em Dentística e
Dentística Restauradora compreendem somente 2% do número total de cirurgiões-
dentistas brasileiros, sendo assim uma parcela pequena que merece destaque e se mostra
promissora, por se tratar de uma especialidade essencial para o desenvolvimento de uma
odontologia de excelência. Porém, é preciso atentar-se a regiões e estados mais favoráveis
para o desenvolvimento profissional desses especialistas, já que existem diferenças
significativas quanto à distribuição espacial no país.