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RESUMO DA UNIDADE

A Psicopedagogia é a disciplina que aplica o conhecimento psicológico e


pedagógico à educação, ou seja, é uma ciência aplicada na qual se fundem a
Psicologia e a Pedagogia, cujo campo de aplicação é a educação, para o qual
fornece métodos, técnicas e procedimentos para alcançar um processo de ensino-
aprendizagem adaptado às necessidades do aluno, procurando prevenir e corrigir
dificuldades que surgem no indivíduo durante o processo de aprendizagem. Cabe
ressaltar que a principal função da Psicopedagogia no campo da educação escolar é
o estudo, a prevenção e a correção das dificuldades que um educador pode ter no
processo de aprendizagem. Em termos gerais, a função da Psicopedagogia é o
estudo do problema atual enfrentado por uma pessoa, detectando e definindo seus
potenciais cognitivos, afetivos e sociais para um desenvolvimento melhor e mais
saudável nas atividades que realizam.

Palavras-chave: Psicopedagogia. Institucional. Práticas Escolar.

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Sumário
RESUMO DA UNIDADE.........................................................................................................1
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO .........................................................................................3
CAPÍTULO 1 - APLICABILIDADE DA PSICOPEDAGOGIA À ESCOLA.....................5
1.1 SOBRE A PSICOPEDAGOGIA E OS PSICOPEDAGOGOS ............................5
CAPÍTULO 2 - A APRENDIZAGEM E A APLICAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA
INSTITUCIONAL .................................................................................................................. 20
2.1 MODELOS PSICOPEDAGÓGICOS DE APRENDIZAGEM ........................... 20
CAPÍTULO 3 - INDISCIPLINA NA ESCOLA À LUZ DA PSICOPEDAGOGIA ......... 35
3.1 CONCEITOS E APLICAÇÕES SOBRE A INDISCIPLINA .............................. 35
3.2 TEORIAS PSICOLÓGICAS.................................................................................. 42
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 52
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 53

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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

A pedagogia contemporânea concebe o homem como uma energia ativa e


criativa. É possível ver a educação como um processo vivo que permite ao homem
reagir adequadamente às mais diversas circunstâncias. Essas reações são
congênitas ou adquiridas. Um dos problemas da educação é organizar essa
crescente variedade de reações, cujo propósito é contribu ir para a realização de
atitudes cada vez mais eficazes em um mundo que é capaz de melhorias
incessantes.
Como resultado da pesquisa sobre a pedagogia psicogenética, uma série de
pesquisas sobre a consideração psicológica do evento educacional estabeleceu-se
em trabalhos com os nomes de psicologia educacional, psicologia educacional etc.
No entanto, a palavra psicopedagogia nascida alguns anos mais tarde, adquiriu
a sua conotatividade cerca de trinta anos atrás, especialmente em autores de língua
francesa e, em seguida, em italiano. Em 1935, é claramente defi nida pelo famoso
ensaio de R. Buyse sobre a pedagogia experimental, que a designa como o estudo
do aluno em suas diversas capacidades e possibilidades, que é frequ entemente
usado por R. Zazzo e H. Wallon, do qual se traduz a concepção operacional da
psicologia.
Em seu primeiro uso, a palavra "psicopedagogia" parece, portanto, indicar um
setor da psicologia aplicada; mas quando, em 1957, definida como "um ensino de
base científica em psicologia infantil". A diferença não depende nem de uma
mudança de perspectiva decidida e segura, nem de uma orientação diversificada
dos temas escolhidos.
Em geral, a palavra "psicopedagogia" encontra sua fortuna na França e na
Itália; e corresponde à expressão alemã PädagogischePsychologie e à psicologia
educacional inglesa. Alguns preferem a denominação "psicologia pedagógica" ou
"psicologia da educação" à mais utilizada "psicopedagogia".
Foi a partir da década de 1980, quando o campo da Psicologia Educacional, é
o quadro teórico do construtivismo, que a aplicação da psicologia cognitiva aparece
para a educação. Nesta perspectiva, memória, esquecimento, transferência,
estratégias, dificuldades e determinantes da aprendizagem (inteligência, motivação,

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personalidade, criatividade, necessidades especiais), interação educacional,
disciplina e controle na sala de aula, avaliação, leitura, fracasso escolar, resolução
de problemas etc., constituem hoje os temas da Psicopedagogia.
Em resumo, a psicopedagogia é desenvolvida no âmbito de sistemas sociais
dedicados à educação em todos os seus diferentes níveis e modalidades; tanto nos
sistemas formais como nos informais e, ao longo do ciclo de vida da pessoa, ela
serve principalmente ao processo de ensino-aprendizagem de forma independente,
do seu pessoal, grupo, social, saúde etc., estudando no sentido mais amplo de
treinamento e desenvolvimento pessoal e coletivo deste processo, seus métodos,
técnicas, resultados, alterações, possíveis melhorias etc.
Logo, o trabalho profissional do psicopedagogo atualmente apresenta grandes
desafios, especialmente ao abordar o processo de aprendizagem no setor da
educação formal, como o papel do professor puramente expositivo torna-se algo tolo
em uma época em que o aluno acessa informações com apenas um clique no
teclado.

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CAPÍTULO 1 - APLICABILIDADE DA PSICOPEDAGOGIA À ESCOLA

1.1 SOBRE A PSICOPEDAGOGIA E OS PSICOPEDAGOGOS

A psicopedagogia pode ser caracterizada como uma disciplina social e humana


com limites difusos sobre "a fronteira entre as ciências sociais e hu manas mostrado,
mas inexistente, pelo menos não claro ". Ela construiu seu objeto de estudo em um
processo constante de diálogo com a realidade social histórica e humana e com
outros campos disciplinares que contribuem para a compreensão do sujeito em uma
situação de aprendizagem.
A psicopedagogia lida com as características da aprendizagem humana: como
aprender, como a aprendizagem varia, como e por que há alterações na
aprendizagem, como promover processos de aprendizagem. Qual é a relação entre
aprender e saber? Quais são os dispositivos básicos para aprender? Questiona-se
também sobre os fatores e condições que facilitam ou dificultam a aprendizagem do
assunto: quais são as diferentes dificuldades que podem surgir e dificultar as
possibilidades de aprendizagem do assunto? Etc. A psicopedagogia tenta responder
a essas perguntas cobrindo o problema educacional, tornando conhecidas as
demandas e os obstáculos humanos.
O núcleo integrador de todo o desempenho psicopedagógico deve ser o
desempenho de ações para capacitar e otimizar a aprendizagem das pessoas. De
uma posição que engloba questões éticas, as ações do psicólogo educacional
devem permitir e capacitar o sujeito a construir sua autonomia moral e intelectual.
Nós aderimos a um conceito disciplinar pelo qual entendemos que a
intervenção psicopedagógica é sempre uma intervenção clínica, no sentido de uma
metodologia, uma posição, uma estratégia de abordar seu objeto cuja característica
é ser "particularizante" dando importância ao original. Há convergência de fatores
envolvidos e um modo de intervenção profissional que inclui o psicopedagogo como
um participante comprometido, qualquer que seja o campo de trabalho (escritório,
escola etc.), reconhecendo os fenômenos da transferência e da implicação.
A psicopedagogia, para dar conta de seu objeto (o assunto em situações de
aprendizagem normal ou patológica) requer uma teoria "psicológica" evidenciando a

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relação e / ou articulação dos níveis intelectuais físicos e/ou orgânicos envolvidos no


processo de aprendizagem ao mesmo tempo que a situação intersubjetiva (contexto
sociocultural) necessária para que isso ocorra. Embora a psicopedagogia seja uma
disciplina com uma história curta, a questão sobre sua existência é uma constante
que ainda permanece em seu campo.
É discutido que a psicopedagogia é sobre aprendizagem, e aprendizagem
envolve perguntar e pensar, aprender abrindo um espaço e perguntando, além de
articular três instâncias: ignorância, conhecimento e desejo de saber. A solução não
é para cancelar a questão, porque o problema não está em questão, mas a quem a
pergunta é dirigida e o que é formulado. Há várias formas de posicionar antes de
uma pergunta, pois o que pensamos e acreditamos precisa ser apropriado.
A aprendizagem do sujeito que articula o sujeito desejante com o sujeito
conhecedor, torna-se um corpo, em um organismo individual e instituidor do corpo
em um sistema instituído de organismo social. A aprendizagem de um indivíduo é
feita de acordo com o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo em relação a
outro indivíduo, isto é, só é possível dentro de um relacionamento vinculado. A
função que cumpre o processo de aprendizagem é possibilitar a adaptação criativa
do indivíduo, sua humanização, com o desenvolvimento simultâneo como sujeito
subjetivo,epistêmico e social.
A psicopedagogia diferencia um objeto real como um indivíduo que vive
humano em um determinado contexto sócio-histórico, que sendo muito complexo e
integrado demanda múltiplos olhares do objeto construído, onde o assunto
aprendiente se dá a partir de um acordo mútuo, aborda-o escutando, observando,
captando suas representações, suas percepções, suas falas, seus sentimentos
sobre o que está acontecendo com ele, sobre suas práticas e, a partir dessa prática
continua a intervenção de acordo com as atribuições profissionais.
O objeto do estudo psicopedagógico, sujeito da aprendizagem, leva-nos a uma
realidade complexa que exige uma abordagem de modelo estrutural, dinâmico e
sistêmica e a necessidade de interpelar outros campos disciplinares (incluindo a
psicanálise estande, a epistemologia genética, a psicologia social, a neurologia, a
psiquiatria, a linguística, a aantropologia e a sociologia), que permitem ao psicólogo

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educacional compreender a realidade de seu objeto, reconhecendo que ele nunca


será capaz de compreendê-lo em sua totalidade.
Desenvolvimentos teóricos e psicopedagógicos passaram a incluir o aprendiz
como sujeito de conhecimento, sujeito de desejo e sujeito social, onde este assunto
está submetido a aspectos inconscientes que apontam para outro assunto, que tem
um vínculo amoroso e outro assunto cultural sem o qual você não pode desenvolver
as suas estruturas corporais, orgânicas, psicológicas e cognitivas e afetivas para
permitir a sua humanização.
O psicólogo educacional, para investigar o assunto, chamado de aprendente
fala a partir de sua própria história como um sujeito da aprendizagem, sua
personalidade está envolvida em suas práticas, resultando em um processo no qual
pesquisador e sujeito-objeto influenciam um ao outro. Este, o psicólogo educacional
exige, do ponto de vista ético, ter certas precauções.
A aprendizagem é um processo múltiplo que inclui vários fenômenos, pois
coloca o sujeito em contato com a realidade interna e externa que observa, analisa,
relaciona, internaliza, representa e conceitua a partir de sua ação e reflete sobre ela.
Entendemos que o assunto se tornará tal como aprendente efetores (diz respeito à
aprendizagem) porque o processo de aprendizagem é uma "apropriação" que não só
permite a apreensão da realidade, mas também a construção de autoidentidade
individual do aluno.
O ser humano está imerso em um processo contínuo de aprendizagem, o que
lhe permite construir e incorporar conhecimento. Isso supõe a transmissão, aquela
que nos remete ao "outro"; um "outro" ao qual o sujeito percebe ter um
conhecimento válido e significativo para ele. O tema da aprendizagem envolve a
pessoa como um todo, em sua realidade biopsicossocial e espiritual. A partir dessa
realidade, a aprendizagem é construída em um referencial que considera os
aspectos subjetivos, cognitivos, sociais e orgânicos em um relacionamento
dinâmico.
A aprendizagem envolve a dinâmica de um sistema de estruturas
inconscientes. A concepção sustentada faz com que seja necessário desmistificar a
aprendizagem como um processo que só passa pelo estágio da educação

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sistemática ou, que só tem a ver com a recepção do conhecimento acabado e


construído por outros, que determina a posse do conhecimento.
O produto de enriquecimento da transformação pelo aprendizado não só
possibilita o crescimento, desenvolvimento e transcendência da pessoa através da
transmissão-incorporação do cultural, mas também da cultura que é nutrida a partir
da recriação pelo sujeito.
Nesse sentido, sustentamos que, ao nos referirmos ao aprendiz, também nos
referimos ao sujeito da cultura. A partir da prática da psicologia, é promovido,
através da aprendizagem e sem negar os determinantes socioculturais do autor, o
desenvolvimento pessoal de pensamento e ação para permitir adaptações criativas.
Por isso, tem sido de fundamental importância, considerando o método cl ínico de
abordagem do tema, a ética da psicanálise traduzida em uma ética psicopedagógica
leva a reconhecer a singularidade de cada sujeito.
Reconhecer cada sujeito em sua diferença e respeitar o seu lugar como sendo
de língua e cultura (desmascaramento) de ilusões da função de perfeição e saber
que a aprendizagem não pode ser enganosa e prejudicial.
Entendemos que o assunto se tornará tão massivo, porque o processo de
aprendizagem é uma "apropriação" que não só permite a apreensão da realidade,
mas também a construção de autoidentidade individual do aluno.
Por outro lado, a capacidade de diálogo com outros profissionais protege a
criança de exposições indesejadas. Dai, a psicopedagogia mostra traços de desafio
pós-moderno o cientificismo positivista que o rigor.
Segundo Bossa (2007), apresentamos abaixo algumas das características
atribuídas a ciência moderna:
• Descrever uma diversidade fragmentada, com infinitas práticas téoricas.
• Estudar a gênese e as mudanças, as evoluções e as crises.
• Considerar o produto das teorias registradas no mundo e explorá-las.

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Figura 1 – Traços da psicopedagogia

Características
• Ciências Modernas

Gêneses
• Mudanças
Fonte: Elaborado pela autora (2019)

• Considerar a ciência como parte integrante da cultura em que se


desenvolve.
• Perguntas de estudo rejeitadas pela ciência clássica. O conhecimento
psicopedagógico é integrado e enriquecido com outras disciplinas:
psicologia, pedagogia, medicina, sociologia, antropologia, ética e
economia. E reconhece a intervenção do cultural e do histórico em seu
campo de trabalho, revendo e desconstruindo os tópicos que se cruzam
nos chamados "problemas de aprendizagem" sistemáticos e não
sistemáticos, implícitos e explícitos.

Entre as várias disciplinas que contribuem para a psicopedagogia,


encontramos, de acordo com Bossa (2007):

Tabela 1 – Disciplinas que contribuem para a psicopedagogia institucional


Disciplina O que estuda Contribuições
O conhecimento se refere
aos princípios e leis
gerais que explicam o
comportamento humano e
Psicologia Estudo das leis da psique o psiquismo.
humana; a conduta e Conhecimento sobre
personalidade tão geral funções psíquicas básicas
e processos de
aprendizagem, como
atenção, memória e
motivação.

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Permite compreender que


o entendimento é também
uma construção
psicossocial.
O reconhecimento da
incidência na
Estudo dos sujeitos em
Psicologia social aprendizagem das
interrelações familiares,
diferentes modalidades
grupais e institucionais
de educação, bem como
em determinadas
das diferentes crenças e
condições socioculturais e
valores, ajuda a entender
econômicas.
como o sujeito estabelece
suas relações sociais e
como essas e as regras
institucionais passam a
condicionar o seu
aprendizado
Um modelo teórico Contribui para a
descritivo e explicativo compreensão da
dos mecanismos, constituição subjetiva e a
processos e fenômenos incidência que os outros
envolvidos na vida significativos têm na
psíquica do sujeito. Ele relação particular que a
está particularmente criança interage com a
interessado nas aprendizagem. A
formações do distinção entre processo
inconsciente e, primário e secundário; o
Psicanálise consequentemente, no conceito de sintoma e o
que Freud chama de conceito de transferência
processo primário. Uma (quando é positivo, entre
teoria que explica a professor e aluno, há uma
manifestação de relação facilitadora

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representações sustentando o desejo de


inconscientes em aprender) e
símbolos e sintomas. Um contratransferência.
método de investigação Conceito de desejo como
de fenômenos psíquicos condutor das realizações
que recupera e promove do aparato psíquico.
o respeito pela (Dentro da relação
singularidade do sujeito intersubjetiva da
psíquico. Trata do mundo comunicação educacional
do inconsciente, das deve estar o desejo de
representações profundas aprender por um dos
que operam através da sujeitos e o desejo de
dinâmica psíquica em que transmitir pelo outro).
são expressas por Permite reconhecer a
sintomas e símbolos. incidência na relação
pedagógica do
inconsciente do educador
e do aluno.
O estudo dos processos
Conhecimento sobre a
de mudança comporta-se
compreensão sistêmica
mentalmente induzido e
do fato educacional.
induzido em pessoas em
Conhecimento sobre
decorrência de sua
fundamentos psicológicos
participação em situações
das práticas educativas.
Psicologia educacional educacionais,
O conhecimento refere-se
independentemente do
a variáveis internas e
arcabouço institucional
externas que afetam
em que ocorrem, da idade
processos de transmissão
do sujeito e da natureza
e aquisição de
do conteúdo. Limita seu
conhecimento em
escopo ao estudo das leis
contextos de sala de aula
da psique humana que

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regem a aprendizagem
escolar. É uma ponte de
disciplina entre psicologia
e pedagogia
Conhecimento do
desenvolvimento de
funções mentais. A
Modelos explicativos da
psicogênese, segundo
construção do conteúdo
seu autor (Piaget),
Psicologia genética pelo sujeito. Explicando a
"representa, [...] um setor
ligação entre eles e a
interessante da
construção das estruturas
embriogênese (que não
cognitivas que o tornam
termina com o
possível, produto da
nascimento, mas apenas
interação do sujeito com
com a chegada a esse
seu mundo interno e o
estado de equilíbrio que
mundo externo.
corresponde à idade
adulta); e a intervenção
de fatores sociais.
Oferece explicações
sobre o conhecimento e,
em particular, sobre o
conhecimento científico, a Conhecimento sobre a
Epistemologia genética
partir de sua história, sua gênese do conhecimento,
sociogênese e as origens vinculado à construção de
psicológicas das noções e estruturas mentais no
operações a partir das sujeito.
quais ocorre a construção
de estruturas mentais no
sujeito.
O estudo da relação Conhecimento sobre os
educacional (uma conteúdos e métodos de

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comunicação que é ensino, a maneira como


estabelecida entre um afetam subjetivamente os
professor e um aluno). O sistemas e métodos
Pedagogia
pedagogo é o educacionais; sobre
responsável pelo problemas estruturais em
planejamento e desenho distúrbios de
de dispositivos didáticos aprendizagem e
pedagógicos para os insucesso escolar. Eles
diferentes níveis das oferecem conhecimento
propostas educacionais, sobre métodos e
da organização e estratégias didáticas.
administração escolar.
É o estudo da origem e Conhecimento sobre a
do desenvolvimento diversidade de
humano no marco da expressões culturais e
Antropologia
sociedade e da cultura a linguísticas que
que pertence e cria, isto caracterizam a
é, o estudo do processo humanidade e afetam
biossocial da existência seus modos
da espécie humana. comportamentais.
A neurologia é a
especialidade da
medicina que lida com
Conhecimento
doenças do SNC e do
fundamental sobre o
SNP. As neurociências
Neurociências sistema nervoso central,
são um conjunto de
sua epigênese e
disciplinas que estudam a
operação especialmente
estrutura, o
nas funções cerebrais
funcionamento do SN e
superiores.
como os elementos que o
compõem interagem e
dão origem à base

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biológica do
comportamento.
Linguagem entendida
como um meio
O estudo da estrutura das
caracteristicamente
Linguística línguas naturais e sua
humano e cultural; – a
evolução histórica.
linguagem como um
Também se refere ao
código disponível para
conhecimento que os
todos e – a fala como um
falantes têm de sua
modo subjetivo de
própria língua.
acessar a estrutura
simbólica.
Boss

Fonte: Bossa, 2007.

O psicólogo educacional é o profissional universitário que lida com o ser


humano em uma situação de aprendizagem, no campo da educação e da saúde
mental, a fim de otimizar suas possibilidades de apren dizagem. O ensino de
graduação promove a formação de profissionais para orientar e ajudar o sujeito no
processo de aprender com as estratégias de intervenção para garantir a propriedade
do objeto de conhecimento, possibilitando a abertura de espaços para a
simbolização e promoção da saúde em aprender (entendida como um processo que
permite a socialização, a objetivação e a subjetivação simultaneamente), isto é,
permitir o desenvolvimento de pessoas capazes de pensar e agir de forma
autônoma e responsável.
Espera-se que o psicólogo seja competente para realizar as su as atribuições
profissionais e identificado por sua sensibilidade e compromisso com a sociedade da
qual ele faz parte, escutando e dando respostas às reivindicações que fazem da su a
intervenção específica. Espera-se que o perfil profissional se caracterize por ter:
• Axiologia focada em valores espirituais e humanos.

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Figura 2 – Aprendizagem

Atribuições

Autonomia

Estratégias

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

• Conduta ético-profissional perante o paciente.


• Disposição para se comprometer com a sociedade em que vive.
• Capacidade de autonomia nas decisões.
• Pesquisa constante de independência de critérios para
autoaperfeiçoamento.
• Capacidade de responder à frustração.
• Nível adequado de autoavaliação da atitude criativa.

Em relação ao desenvolvimento da identidade profissional do psicólogo


educacional, expressa-se que toda profissão supõe um processo de aprendizagem e
desenvolvimento que implique ou abranja todas as etapas da vida. Treinar
profissionalmente é um desafio que envolve história pessoal ou pelo menos até qu e
se decida "fazer" ou "estar fazendo" de certa maneira no mundo.

Nesse sentido, é que se defende que a formação acadêmica do psicólogo


educacional é um momento importante, como tempo interno e externo a se formar
em relação aos outros; No entanto, é possível reformular o passado junto com o
significado do presente, enquanto nossa própria história, especialmente a nossa
história como um aprendiz no assunto, e também enquanto projetando-nos para um
futuro onde deve haver aos psicopedagogos relação pessoal cultural-histórico-social
e experiências de intervenção. (CÔRTES, 2009).
A partir dessa concepção, acredita-se que nunca se é um psicólogo
educacional, mas que "se torna". Delinear os psicopedagogos é uma tarefa que
fazemos todos os dias, cada um de nós que escolhemos acompanhar o aluno
individual, para criar espaços e tempos lógicos que incentivem o pensamento,

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aprendendo junto com os outros, para dar respostas pessoais para o que acontece
no dia a dia no desenvolvimento pessoal de identidade profissional, onde este ocorre
ao longo da vida e é articulado, entre outros, em três realidades que são
simultaneamente limites e possibilidades:
1) psicologia educacional como disciplina – instituindo práticas socialmente
sustentadas e controladas através da teoria normativa e colegial.
2) quadros – os determinantes sócio-históricos da evolução da disciplina e as
demandas às quais procura dar respostas.
3) para a impressão de que a singularidade de cada instituição de ensino, com
seus próprios ideais e características premiem seus graduados.

Diante da pergunta: o que significa a formação acadêmica do psicólogo


educacional? A primeira idéia é que trata-se de um período importante nas
vicissitudes do delineamento de psicopedagogos, à medida que recupera seu
passado e projeta-se no futuro.
Uma segunda idéia surge se à questão anterior associamos outra que pode ser
expressa da seguinte maneira, sobre o que é a formação acadêmica? Tentando uma
resposta breve, dizemos que trata-se da aquisição de conhecimentos conceituais,
procedimentais e atitudinais, explícitos ou não, em uma proposta curricular. Notamos
que se a formação acadêmica é legítima e prioriza a aquisição de conhecimentos
teóricos e técnicos, dando um papel secundário à atitude não há possibilidades de
adquirir habilidades que permitam que o graduado tome uma posição contra a
psicopedagoagia caracterizada como aprendente no assunto.
Não é o conhecimento, nem sempre explícito no desenvolvimento curricular,
adquirido na reunião de alunos com professores em que seus psicopedagogos na
sala de aula o entendem como um espaço de confiança, onde o professor "segura" e
oferece "andaimes", com as suas intervenções para o aluno que pode realizar a
construção do seu espaço de aprendizagem, subjetivo-objetivo, construído entre as
pessoas que ensinam e aprendem que cada aluno e cada professor possibilita o
encontro, o diálogo e a reflexão no aqui e agora na sala de aula e que engloba a
história passada e permite a criação de projetos futuros.
Na formação profissional, distinguir, por um lado, a disciplina teórica que
procura sistematicamente o pensamento a partir de conceitos construídos em

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teorias, impõe que cada profissional tem um treinamento de dever ético conhecer e,
por outro lado, a prática psicopedagógica que exige o encontro de pessoas e,
portanto, não pode ser entendida como a simples aplicação de teorias, uma vez que
trabalhamos sempre com seres humanos (individuais e singulares). Nas
intervenções psicopedagógicas somos guiados não apenas pelos parâmetros
teóricos, mas essencialmente pelos parâmetros que a mesma pessoa indica, pois é
ela quem nos guia.
A disciplina demarca um campo de conhecimento sistematizado que possui
lógica própria e possibilita seu aprendizado. A proposta curricular é transdisciplinar,
pois o estudo do ser humano em situação de aprendizagem não é uma questão de
adicionar parcialidades, uma vez que a realidade da aprendizagem do homem
transcende o orgânico, o psicológico, o sociológico ou o pedagógico.
Em outras palavras, o sujeito em situação de aprendizagem refere-se a um
objeto complexo que exige um modo de pensar que respeite essa complexidade, ou
seja, que busque o conhecimento da interdependência das diferentes dimensões
que a constituem e reconheça essa realidade. É relacional buscar conhecimento do
diverso e único.
Os conteúdos projetados a partir de diferentes eixos ou dimensões fornecem
diferentes contribuições para este eixo como a integridade an atômica do organismo
na infraestrutura neurofisiológica que permite aprendizagem de esquemas de
conservação e de coordenação que o envolve.

Figura 3 – Proposta curricular

Transdisciplinar

Psicológico

Pedagógico

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

O eixo psicológico refere-se, entre outras contribuições, àquelas fornecidas por


diferentes Escolas Psicológicas ao conhecimento do normal e do patológico, do
ponto de vista genético-estrutural. O eixo sociológico, como disciplina que estuda os

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fenômenos sociais produzidos pelas práticas dos sujeitos dentro de um contexto


histórico-cultural, nos fornecerá ferramentas para pensar sobre o impacto dessas
práticas nas possibilidades da aprendizagem situada.
O eixo pedagógico fornece a abordagem do fato pedagógico, os métodos e
técnicas e procedimentos de aprendizagem, tanto em relação ao aprendizado do
sujeito normal quanto ao que sofre alterações. O eixo ético-filosófico em que ocorre
a ação do psicólogo educacional só pode ser desenvolvida em um quadro
axiológico. A preparação parcial de psicopedagogo reflete as formações unilaterais:
• o psicopedagogo trabalhando como um mestre diferencial.
• o psicopedagogo que não conhece todo o escopo de tarefas preventivas
nas quais sua inserção é valiosa.
• o psicopedagogo que carece de preparação psicológica e clínica para
lidar com a pesquisa sobre problemas de aprendizagem.
• o psicólogo educacional que não possui preparo pedagógico e didático.
Os estudos acadêmicos são apenas um primeiro momento no trabalho
psicopedagógico. Além disso, é preciso procurar por cursos de pós-
graduação, trabalho interdisciplinar e em equipes, e também serão
necessárias orientações de profissionais com maior experiência.

É a comunidade de psicopedagogos que desenvolve uma imagem do que é a


psicopedagogia, permitindo representações coletivas dela e definindo sua própria
identidade ocupacional, que nunca é monolítica ou absoluta.
Côrtes (2009) afirma que é necessária a contribuição intencional
institucionalizada tanto pelas faculdades de Psicologia e pelas associações de ex-
alunos, ajudando a relacionar futuros materiais psicopedagogos com as práticas
profissionais e fortalecer a escolha da carreira. A educação do psicólogo
educacional terá como objetivo:
• Que ele saiba que está incluído, comprometido no campo de suas
investigações e que, quando operando, produz um certo impacto.
• Que ele seja capaz de decifrar e reconhecer as estruturas e processos
que atuam na aprendizagem, na sua promoção e nas suas alterações.

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• Que ele aprenda a ser incluído instrumental e operacionalmente, isto é,


intencionalmente, em seu campo de ação.
• Que ele aprenda a manter sempre disponível, na tarefa, uma atitude de
pesquisa para perceber os fenômenos, para poder ir além deles.

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CAPÍTULO 2 - A APRENDIZAGEM E A APLICAÇÃO DA PSICOPEDAGOGIA


INSTITUCIONAL

2.1 MODELOS PSICOPEDAGÓGICOS DE APRENDIZAGEM

A psicologia educacional como ciência baseia seu objeto de estudo na análise


de problemas concretos do processo de ensino-aprendizagem, o que permite uma
intervenção eficiente nos elementos do processo ensino-aprendizagem, a saber: a
instituição de ensino, os professores, os discentes e os conteúdos, bem como os
processos educativos formais e informais.
Neste capítulo vamos destacar a importância de conhecer e aplicar técnicas da
psicopegogia ensinando modelos que lhes permitam desenvolver seu ensino
centrado na aprendizagem. Esses modelos refletem uma psicologia construtiva, na
qual um paradigma cognitivo, sócio-cultural e construtivista é identificado da
psicologia educacional.
Nesta perspectiva, vale a pena mencionar que algumas propostas
psicoeducacionais são mostradas como ferramentas fundamentais para o professor
fazer um ensino inovador, que promove ambientes de aprendizagem diversificada de
ensino, que envolve inovação do processo de ensino na qual se incluem agentes de
educação: professores, estudantes, estratégias de ensino e conteúdos para garantir
a eficácia dos processos de formação dos futuros profissionais. Isso permitirá
desenvolver novas conceituações em torno do ensino, da aprendizagem e da
relação com o conhecimento em sala de aula.
Esses elementos são concretizados nas estratégias de formação de
professores que envolvem os processos de design, desenvolvimento e
institucionalização das mudanças educacionais. Essas mudanças são entendidas
como um processo, no qual propostas pedagógicas inovadoras devem ser
decodificadas, interpretadas, avaliadas e redefinidas pelos professores.
Essas estratégias de inovação reconhecem o papel ativo dos professores nos
processos de mudança, uma vez que se espera que eles integrem o conhecimento
especializado de sua profissão, o desenvolvimento de habilidades e atitudes no

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trabalho diário com os alunos, conseguindo assim o desenvolvimento das


competências de ensino.
Sob a abordagem anterior, em seguida, uma série de modelos educacionais
indica que sua principal característica é ser focada na aprendizagem dos alunos e
tem a base teórica de paradigmas da psicologia educacional: a cognitiva, o
construtivismo e o paradigma do aprendizado sociocultural integrado a propostas
didáticas que permitem ao estudante gerenciar sua própria aprendizagem.
Nessa mesma perspectiva, busca-se promover o desenvolvimento do potencial
dos alunos para aprender de forma mais eficaz, pois, esses modelos de ensino
permitem ao professor ter um papel estratégico para prover certos mecanismos de
ajuda pedagógica que potencializam o desenvolvimento de habilidades cognitivas
em estudantes. Na universidade houve experiências em algumas instituições do
trabalho acadêmico de professores que, nesse processo de ressignificação de seu
trabalho, incorporaram essas metodologias, por isso optamos por descrever as
características gerais dos seguintes modelos de ensino.

Aprendizagem baseada em problemas

Figura 4 - O ciclo de aprendizagem na Aprendizagem Baseada em Problemas.

Fonte: Lopes, 2017.

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Esta metodologia responde às demandas que os estudantes têm atualmente


para se preparar para entrar em um ambiente de trabalho flexível que lhes permita
redefinir o que eles têm que fazer, reaprender e em saber como fazer novas tarefas.
Os problemas que esses futuros profissionais terão que enfrentar atravessam as
fronteiras disciplinares e exigem abordagens e habilidades inovadoras para resolver
problemas complexos.
Este método de ensino é caracterizado pelo desenho de um problema pelo
professor, para desenvolver certas competências nos alunos. Da mesma forma,
considera-se um método de aprendizagem baseado no princípio da utilização de
problemas como ponto de partida para a aquisição e integração de novos
conhecimentos.
Outra característica é que o aprendizado é centrado no aluno, promovendo
nele significativa capacidade de desenvolver uma série de habilidades e
competências indispensáveis no ambiente profissional atual. Uma parte importante
dessa metodologia é a orientação do professor e tutor, pela qual os alunos devem
assumir a responsabilidade pela sua própria aprendizagem, identificando o qu e eles
precisam saber para ter uma melhor compreensão e tratamento do problema que
eles estão trabalhando, e determinar onde obter as informações necessárias (livros,
revistas, professores, internet etc.).
Os professores se tornam consultores estudantis e, desse modo, cada aluno
pode personalizar seu aprendizado, concentrando-se em áreas de conhecimento ou
compreensão limitada e perseguindo suas áreas de interesse.
No momento em que os alunos confrontam o problema e identificam os tópicos
de aprendizagem, a abordagem para o estudo pode ser em grupo ou individual, e
eles reanalisam o problema com base em seu conhecimento. Isso permite que eles
trabalhem de forma colaborativa desde a abordagem original do problema até sua
solução, compartilhem seus conhecimentos, habilidades, atitudes e valores na
resolução.
A nova informação é adquirida através da aprendizagem autodirigida, como
corolário a todas as características descritas acima, na perspectiva de currículo
centrado no aluno e no professor como facilitador da aprendizagem, espera-se que
os alunos aprendam a partir do conhecimento do mundo real e do acúmulo de

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experiência em virtude de seu próprio estudo e pesquisa. Durante esse aprendizado


autodirigido, os alunos trabalham juntos, discutem, comparam e revisam o que
aprenderam.
Outro princípio cognitivo que fornece essa modalidade é que a aprendizagem é
mais rápida quando os alunos têm modalidades de autorregulação da
aprendizagem, isto é, para a metacognição. Isso é percebido como um elemento
essencial da aprendizagem especializada, pois estabelece metas, seleciona
estratégias e avalia realizações. As habilidades metacognitivas envolvem a
capacidade de monitorar o próprio comportamento de aprendizagem, o que implica
estar ciente de como os problemas são analisados e se os resultados obtidos fazem
sentido. Um aprendiz perito constantemente julga a dificuldade dos problemas e
avalia seu progresso em resolvê-los.
O trabalho colaborativo é uma modalidade que é integrada a esta metodologia,
através do trabalho em pequenos grupos, a exposição do aprendiz a pontos de vista
alternativos é um grande desafio para começar a compreensão. Ao trabalhar em
grupos, os alunos expõem seus métodos de resolução de problemas e seus
conhecimentos de conceitos, expressam suas ideias e compartilham
responsabilidades no tratamento de situações problemáticas. Por estar em contato
com diferentes pontos de vista sobre um problema, os alunos se sentem
encorajados a fazer novas perguntas.

Figura 5 – Postura dos alunos

Curiosos

Destemidos

Corajosos

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

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De todo o exposto, considera-se que a ABP (Problem Based Learning), está


resumida nos seguintes pontos:
- Causa conflitos cognitivos em estudantes;
- Promove o trabalho em equipe;
- Atitude positiva em relação à aprendizagem;
- Autonomia do aluno;
- Desenvolve as habilidades para aprender;
- Metodologia destinada a resolver problemas;
- Fortalece o trabalho colaborativo;
- A aprendizagem é contextualizada;
- Facilita a compreensão de novos conhecimentos, o que é essencial para
alcançar uma aprendizagem significativa;
- Promove a disposição afetiva e motivação dos alunos.

Para concluir, nesta metodologia o professor deve ensinar os alunos a


aprender, pois com o desenho de problemas e na busca de soluções promove o
desenvolvimento de conhecimentos e estratégias cognitivas que f omentam a
autoaprendizagem.

Aprendizagem orientada para projetos


Nessa metodologia, os alunos se comprometem a realizar um projeto de
trabalho em um tempo específico que contemple situações reais, que envolvam em
um processo de pesquisa, promovam soluções criativas e inovadoras e façam uso
de novas tecnologias.
Os alunos são responsáveis pela própria aprendizagem, pois enfrentam
situações que os levam a confrontar, compreender e aplicar os conhecimentos
adquiridos em sala de aula para propor projetos complexos, aplicados à vida real do
trabalho, fazendo uso de suas habilidades, desen volvendo habilidades cognitivas
para um trabalho produtivo e aumentando as habilidades de aprendizagem
autônoma e profissionais.
Essa estratégia envolve estudantes em projetos complexos do mundo real e
enfoca os conceitos e princípios de uma ou mais disciplinas para resolver problemas

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ou outras tarefas significativas. A apresentação dos projetos implica que os alunos


compreendam, sintetizem e apliquem os resultados. Esses produtos evidenciam o
aprendizado adquirido na realização de seu projeto.

Algumas características do Project Oriented Learning, seu acrônimo AOP, são:


- Está centrado no aluno;
- Os alunos devem entender a tarefa a ser executada, o que se espera deles
em cada uma das áreas (conteúdos, habilidades computacionais e habilidades),
bem como a importância do projeto;
- Os alunos devem conhecer as características precisas dos produtos a serem
elaborados;
- O AOP parte de uma abordagem baseada em um problema real e que
envolve diferentes áreas;
- Suporta conteúdo acadêmico e apresenta propósitos autênticos;
- Oferece oportunidades para os alunos realizarem pesquisas que lhes
permitam aprender novos conceitos, aplicar informações e representar seus
conhecimentos de diferentes maneiras;
- Tem objetivos educacionais explícitos;
- É baseado no construtivismo (teoria da aprendizagem social);
- Promove a colaboração e a aprendizagem cooperativa;
- O professor age como um facilitador;
- Requer que os alunos se comprometam e desenvolvam um produto;

Figura 6 – AOP

Facilitação Construtivismo Aprendizagem

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

- A avaliação é um componente importante do AOP.

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Para definir um projeto é necessário levar em conta:


- Relacionar o conteúdo do projeto a um tópico de outro assunto. Os projetos
são uma boa oportunidade para criar colaborações interdisciplinares;
- Estruturar projetos para que os alunos construam novos conhecimentos. Além
do fato de que os projetos podem ser projetados para que os alunos apliquem o que
já sabem, o método do projeto pode ser uma forma de os alunos aprenderem coisas
novas. A maioria dos produtos exigirá que os alunos usem o conhecimento prévio e
adicionem novos conhecimentos e habilidades;
- Permitir que os alunos projetem algumas partes do projeto. Inclua atividades
projetadas para os alunos planejarem uma estratégia, a fim de alcançar os objetivos
específicos do projeto. Essas estratégias podem ser debatidas e criticadas
construtivamente pelo restante da turma ou dentro do mesmo grupo de projetos;
- Incorporar habilidades da comunidade no projeto. Há muitas maneiras de os
alunos contribuírem com suas comunidades enquanto aprendem sobre tópicos
acadêmicos tradicionais.

Um dos passos mais importantes para a preparação de projetos é o


planejamento de um projeto, definindo as metas ou objetivos que os alunos devem
alcançar, bem como o aprendizado que os psicopedagogos querem que eles façam.
Os objetivos serão muito numerosos se corresponderem a um projeto semestral, e
muito específicos se cobrirem um único tópico ou unidade. Os alunos através do
AOP conseguem desenvolver as seguintes capacidades:
- Eles aumentam seus conhecimentos e habilidades no conteúdo curricular
(interdisciplinar);
- Eles aperfeiçoam suas habilidades de pesquisa;
- Eles melhoram suas habilidades cognitivas;
- Participam de projetos para aprender a assumir responsabilidades individuais
e coletivas;
- Eles aprendem a usar tecnologia;
- Realizam autoavaliação e coavaliação pelos pares. Eles aprendem a valorizar
seu trabalho e o dos outros de maneira objetiva;

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- Eles desenvolvem um portifólio (conjunto de trabalhos desenvolvidos ao longo


do projeto);
- Aprendem a se comprometer com um projeto.

Outro elemento no desenvolvimen to de projetos é a definição dos produtos,


que são construções, apresentações e exposições feitas durante o projeto. Quanto a
este ponto, é importante levar em consideração o seguinte:
- Os alunos devem entender, sintetizar e aplicar os critérios estabelecidos para
a preparação e entrega do produto. Bons produtos obrigam os alunos a demonstrar
em profundidade que entenderam os conceitos e princípios centrais do assunto e /
ou da disciplina.
- Os resultados do projeto devem exemplificar situações reais. Isso pode ser
alcançado escolhendo atividades que reflitam as situações reais relacionadas ao
projeto.
- Os produtos devem ser relevantes e interessantes para os alunos.

Em resumo, esta metodologia permite que, quando o aluno deve aprender


algo, tenha clareza sobre os propósitos perseguidos, bem como sobre as atividades
intelectuais e recursos mais adequados para o desenvolvimento do projeto.

Aprendizagem por meio de casos


Esse método permite que os alunos desenvolvam habilidades em um contexto
real, que envolve situações profissionais reais que promovem o trabalho em equipe,
o desenvolvimento de habilidades e atitudes no local de trabalho.
A principal característica é a análise completa de um fato, problema ou evento
real com o objetivo de gerar hipóteses, soluções alternativas e conhecer os
diferentes procedimentos para enfrentar uma situação.
Um caso representa situações complexas da vida real levantadas de forma
narrativa, baseadas em dados que se revelam essenciais para o processo de
análise. Eles constituem uma boa oportunidade para os alunos colocarem em prática
habilidades que também são n ecessárias na vida real, por exemplo: observação,

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escuta, diagnóstico, tomada de decisão e participação em processos de grupo


orientados para a colaboração.
A abordagem de um caso é sempre uma oportunidade de aprendizado
significativa e transcendente na medida em que aqueles que participam de sua
análise conseguem se envolver e se engajar na discussão do caso e no processo
grupal de reflexão. Sob essa modalidade, os alunos conseguem desenvolver
habilidades como a análise, síntese e avaliação das informações. Ela também
permite o desenvolvimento de pensamento crítico, do trabalho em equipe e de
tomada de decisões, bem como outras atitudes e valores como inovação e
criatividade.
Esta estratégia pedagógica consiste em fornecer uma série de casos que
representam situações problemáticas da vida real, para que os alunos os enfrentem
através de análise e estudo, na medida em que se preparam para a busca de
soluções, é assim que eles treinam os alunos no desenvolvimento de soluções
válidas para possíveis problemas complexos que podem surgir na realidade futura, e
ao mesmo tempo os capacita a pensar e contrastar suas conclusões com as
conclusões dos outros, a aceitá-las e expressar suas próprias sugestões, bem como
a aprender a trabalhar de forma colaborativa e tomar decisões em equipe.

Dentro da abordagem dos casos, três modelos são classificados, segundo


Ferreira (2008):
- Modelo focado na análise de casos (casos que foram estudados e resolvidos
por equipes de especialistas). Esse modelo busca conhecer e compreender os
processos diagnósticos e de intervenção realizados, bem como os recursos
utilizados, as técnicas utilizadas e os resultados obtidos pelos programas de
intervenção propostos. Por meio desse modelo, pretende-se, basicamente, que os
alunos e/ou profissionais em formação conheçam, analisem e valorizem os
processos de intervenção elaborados por especialistas na resolução de casos
concretos. Além disso, soluções alternativas tomadas na situação em estudo podem
ser estudadas.
- O modelo visa ensinar a aplicar os princípios legais estabelecidos e normas
para casos particulares, de modo que os alunos os exercem na seleção e aplicação

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dos princípios apropriados para cada situação. Ele também procura desenvolver um
pensamento dedutivo, através da atenção preferencial à norma, às referências
objetivas e pretende-se que a resposta correta à situação seja encontrada. Este é o
modelo desenvolvido preferencialmente no campo do direito.

Figura 7 – Modelos

Princípios Resolução
Análise de Casos
Legais de Situações
Fonte: Elaborado pela autora (2019)

- O modelo que busca a formação na resolução de situações que, requerendo


a consideração de um arcabouço teórico e a aplicação de suas prescrições práticas
à resolução de certos problemas, exigem que a singularidade e a complexidade de
contextos específicos sejam abordadas, também destaca o respeito pela
subjetividade pessoal e a necessidade de abordar as interações que ocorrem no
cenário que está sendo estudado. Consequentemente, nas situações apresentadas
(dinâmicas, sujeitas a mudanças) a "resposta correta" não é dada, pois elas exigem
que o professor esteja aberto a diversas soluções.

Figura 8 – Modelo de Aprendizagem por Estudo de Caso

Fonte: Freitas e Campos, 2018.

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Os casos que são apresentados aos alunos podem ser focados na simulação,
nas descrições da prática, na geração de propostas para a tomada de decisão, na
análise crítica da tomada de decisão e na resolução de problemas. Para concluir,
afirma-se que este método de trabalho docente em sala de aula permite estabelecer
uma orientação pedagógica centrada na aprendizagem, em que os alunos
conseguem desenvolver habilidades cognitivas, competências colaborativas de
trabalho, liderança e criatividade, qualidades indispensáveis do profissional do
século 21.

Aprendizagem colaborativa
É uma abordagem educacional que promove a interação entre os alunos e a
organização na sala de aula, na qual os alunos são responsáveis por seu
aprendizado e pelo de seus colegas em uma estratégia de corresponsabilidade para
atingir as metas e incentivos do grupo.
Essa metodologia de ensino permite e estimula o desenvolvimento de uma
interdependência positiva entre os alunos, ou seja, de uma consciência de que só é
possível atingir objetivos individuais de aprendizagem se os outros colegas de tu rma
atingem os deles. Neste sentido, ajuda e apoio mútuo são fornecidos no
cumprimento de tarefas e trabalho, enquanto compartilham suas habilidades
interpessoais, tais como confiança mútua, comun icação, assertividade, resolução de
problemas e integração como uma equipe de trabalho compartilhado. Tudo isso
permitirá aos alunos uma preparação para enfrentar os desafios trabalhistas atuais
que envolvem a integração de grupos de trabalho.
O mais importante na formação de grupos de trabalho colaborativo é monitorar
a interdependência positiva, a responsabilidade individual, a interação promotora, o
uso apropriado de habilidades sociais e, mais importante, o processo de formação
de um grupo de trabalho, o que implica a construção de uma identidade de grupo
baseada em objetivos e tarefas claramente definidos.
A base pedagógica desta modalidade de ensino é a aprendizagem cooperativa,
o estabelecimento de papéis de cada um dos participantes no processo de
integração do grupo, a capacidade dos alunos de se comunicarem com seus pares,
para esclarecer, questionar, contrastar, fazer julgamentos. Em suma, compartilhar

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valores e interagir e, assim, conseguir integrar ou construir processos de


aprendizagem significativos.
No processo de construção da identidade das pessoas, um importante
processo psicológico é a socialização, que é baseada na aprendizagem contínua em
interação com os outros, sendo este elemento também considerado imprescindível
em um dos 4 pilares da educação: “Aprender a conviver” (Delors, 1996); isto é, o
processo de formação das pessoas é adquirido no cotidiano dos processos de
interação social.
Com base nessas premissas, um dos grandes desafios da formação das
pessoas no processo de ensino-aprendizagem será refletido quando os professores
não se preocuparem porque o aluno aprende, mas porque "os alunos ou o grupo
aprendem juntos".
Pode-se dizer que a aprendizagem colaborativa ou cooperativa é o uso
instrucional de pequenos grupos, de tal forma que os alunos trabalham juntos para
maximizar sua própria aprendizagem e a dos outros. Os alunos trabalham
colaborando. Este tipo de trabalho não se opõe ao trabalho individual, uma vez que
pode ser observado como uma estratégia complementar de aprendizagem que
fortalece o desenvolvimento geral do aluno.
Os métodos de aprendizagem colaborativa compartilham a ideia de que os
alunos trabalham juntos para aprender e são responsáveis pelo aprendizado de
seus colegas, bem como pelos seus. Tudo isso traz uma renovação dos papéis
associados aos professores e alunos, objeto deste trabalho. Essa renovação
também afeta os desenvolvedores de programas educacionais. As ferramentas
colaborativas devem enfatizar aspectos como raciocínio e autoaprendizagem e
aprendizado em grupo.

O papel que os estudantes assumem neste processo de aprendizagem em


grupo são:
- Responsabilidade pela aprendizagem: os alunos se encarregam de sua
própria aprendizagem e são autorregulados. Eles definem objetivos de
aprendizagem e problemas que são significativos para eles, entendem que

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atividades específicas se relacionam com seus objetivos e usam padrões de


excelência para avaliar o quão bem eles alcançaram esses objetivos.
- Motivação pela aprendizagem: os estudantes comprometidos encontram
prazer e entusiasmo na aprendizagem. Eles têm uma paixão para resolver
problemas e entender idéias e conceitos. Para esses alunos, o aprendizado é
intrinsecamente motivador.
- Colaboração: os alunos entendem que a aprendizagem é social. Eles estão
"abertos" para ouvir as idéias dos outros, para articulá-las efetivamente, ter empatia
pelos outros e ter uma mente aberta para se reconciliar com idéias contraditórias ou
opostas. Eles têm a capacidade de identificar os pontos fortes dos outros.
- Estratégia: os alunos desenvolvem e refinam continuamente o aprendizado e
as estratégias para resolver problemas. Essa capacidade de aprender a aprender
(metacognição) inclui a construção de modelos mentais efetivos de conhecimento e
recursos, mesmo quando os modelos podem ser baseados em informações
complexas e mutáveis. Esses tipos de alunos são capazes de aplicar e transformar o
conhecimento para resolver problemas criativamente e são capazes de fazer
conexões em diferentes níveis.

O papel do professor nesta metodologia de ensino, em primeiro lugar, é


"convidar" os alunos a definir os objetivos específicos dentro do assunto a ser
ensinado, oferecendo opções para atividades e tarefas que atraem a atenção dos
alunos, incentivando os alunos a avaliar o que aprenderam. Assim, os professores
incentivam os alunos a usar seus próprios conhecimentos, garantindo que eles
compartilhem seus conhecimentos e estratégias de aprendizado, tratando os outros
com grande respeito e focando em altos níveis de compreensão. Eles aju dam os
alunos a ouvir opiniões diversas, a apoiar qualquer crítica de um assunto com
evidências, a se engajar em pensamento crítico e criativo e a participar de di álogos
abertos e significativos.
Finalmente, afirma-se que a esta luz, qualquer inovação pedagógica do
professor envolve o desenvolvimento de trabalho em equipe ou colaborativo,
permitindo o desenvolvimento de habilidades cognitivas, habilidades sociais e

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habilidades de comunicação, aspectos básicos para o desenvolvimento profissional


no contexto atual.

Aprendizagem Contextual
É um método de ensino que consiste na aprendizagem dos alunos no contexto
das experiências de vida. Trata-se de aprender fazendo, partilhar e interagir com os
seus pares, e com a aplicação do conhecimento em novas situações. São
apresentadas cinco estratégias de aprendizagem contextual:
- Relação: consiste em aprender no contexto de experiências de vida ou
conhecimento preexistente, quando o professor utiliza a estratégia de conectar um
novo conceito com algo que é conhecido ou familiar aos alunos. Neste sentido,
quando o professor relaciona uma experiência conhecida com a definição de uma
razão, os alunos podem ver imediatamente a relevância do seu conhecimento
prévio.
- Experimentação: consiste em aprender no contexto de exploração,
descoberta e invenção. Concretamente, é aprender fazendo. Também é chamado
de aprendizado através da experiência. Os exemplos mais frequentes a serem
desenvolvidos em sala de aula são o uso de atividades manipuladoras, atividades de
resolução de problemas ou atividades de laboratório.
- Aplicação: consiste em conceitos de aprendizagem no contexto da sua
implementação, isto é, quando os professores motivam os alunos através da
concepção de tarefas desafiadoras a necessidade de aprender conceitos na
atribuição de tarefas realistas e relevantes, em que lhes são colocadas situações de
vida cotidiana que demonstram a utilidade dos conceitos acadêmicos em uma das
áreas da vida da pessoa.
- Cooperação: consiste em aprender através da organização de pequenos
grupos que permite aos alunos desenvolver sua capacidade de compartilhar e
interagir sob a abordagem de aprendizagem colaborativa ou cooperativa,
mencionada anteriormente.
- Transferência: consiste em aprender no contexto da aplicação do
conhecimento para empregá-lo em novos contextos ou em novas situações, bem
como na facilidade de poder explicá-lo a seus pares ou a outras pessoas.

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Essas estratégias de ensino contextual baseiam-se na crença de que os alunos


aprendem melhor quando adquirem conhecimento por meio da exploração e do
aprendizado ativo. Essas estratégias fazem uso de atividades práticas ou manuais,
incentivando os alunos a pensar e explicar seu raciocínio em vez de memorizar e
recitar informações, e ajudar os alunos a ver conexões entre tópicos e conceitos em
vez de apresentá-los isoladamente (construtivismo de Piaget, Vigostky e Dewey).
Em conclusão, reafirmar o conceito de aprendizagem contextual é reconhecer
que o aprendizado é um processo complexo e multifacetado, que a aprendizagem
ocorre somente quando o aluno processa a nova informação e conhecimento de tal
forma que dá sentido aos seus referenciais e entende-se que ocorre em estreita
relação com a experiência real. Assim, ele baseia-se em motivar os alunos a
relacionar conhecimento com utilidade e aplicação na vida cotidiana.
Logo, afirma-se que cada um desses modelos pedagógicos revisados acima
tem uma sólida base conceitual no construtivismo e nas abordagens metodológicas,
técnicas, assim como em recursos interessantes para o ensino superior que são
novas formas de desenvolvimento de propostas curriculares flexíveis, pois permitem
a aquisição de um conjunto de estratégias cognitivas e metacognitivas que
favorecem o potencial desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
Além disso, os novos papéis do professor, as novas formas de avaliação, bem
como as novas tecnologias e ambientes de aprendizagem são enfatizados.
Especificamente sobre o professor, destaca-se na profissão um sentido humanista
profundo reconhecido como facilitador no comprometido com uma melhor
compreensão dos seus alunos e as bases conceituais da aprendizagem e do
desenvolvimento de projetos de inovação.
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
PBL: um Novo modelo de Aprendizagem - FGV/EESP
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yHmdKTDoSX0
Central de Cases ESPM: o uso de casos para ensino no processo de
aprendizagem
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3N1S1BeoSiA
Vídeo 5 EDUCADORES - Aprendizagem Cooperativa
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hjMSgpR-DfE

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mec ânicos , i ncl usiv e fo toc ópias o u
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CAPÍTULO 3 - INDISCIPLINA NA ESCOLA À LUZ DA PSICOPEDAGOGIA

3.1 CONCEITOS E APLICAÇÕES SOBRE A INDISCIPLINA

O estudo da autorregulação e disciplina escolar contribui para o


desenvolvimento acadêmico. Há também uma melhora nas relações interpessoais e
na família, o que favorece a comunicação, o trabalho em equipe, a resolução de
problemas e a adaptação.
Foi realizada uma investigação descritiva e explicativa, pela qual são obtidas
conclusões sobre as consequências produzidas pelo manejo inadequado da
autorregulação e seu envolvimento direto na indisciplina escolar. A indisciplina
gerada causa problemas no processo de ensino-aprendizagem, a partir de uma
abordagem global da organização e de sua dinâmica, reverberando na socialização,
na aplicação de valores e na inteligência emocional. Consequentemente, pode-se
deduzir que, quando as atividades que favorecem a criatividade e a imaginação são
insuficientes, o pensamento crítico é diminuído, o que é um fator atenuante na
autorregulação.
A autorregulação, por não ser fortalecida, limita o desenvolvimento do
pensamento, das emoções, do autocontrole, da autodisciplina e do impacto no
desempenho escolar inadequado. Para Miranda (2010), a autorregulação é uma
parte importante do desenvolvimento social do ser humano. Por isso, é estimulada
desde os primeiros períodos de crescimento, facilitando a reflexão e a compreensão.
A autorregulação direciona o comportamento através de motivações que
fomentam as relações sociais, as mesmas que contribuem para o desenvolvimento
da personalidade. A autorregulação das emoções conduz à disciplina que contribui
para a atenção, o pensamento e a memória, e integra os conhecimentos adquiridos
com novos conhecimentos para alcançar uma aprendizagem significativa e
aumentar as concepções sociocognitivas da motivação, nas quais as atribuições são
explicações que a pessoa entrega a si e aos outros sobre seus sucessos, fracassos
e causas que motivaram certos resultados, o que afeta seu comportamento presente
e futuro, uma resposta que depende da experiência e da informação que o aluno
tem, o mesmo que favorece a autoestima para um melhor autoconhecimento, uma

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adequada avaliação e aceitação e de acordo, alcançar um planejamento consistente


e realização de ações e metas em atividades específicas.
Disciplina é o centro do trabalho do professor para realizar atividades que
promovam ordem, eficiência e a aplicação de valores como responsabilidade e
respeito. Essas ações beneficiam o ensino-aprendizagem e a promoção do interesse
em atingir objetivos de aprendizagem e relações interpessoais, apoiando o aprendiz
no domínio de si para adequar o seu comportamento às demandas de trabalho e à
convivência da vida, escola, trabalho, apresentando objetivos a fim de identificar as
consequências causadas por manipulação indevida de autorregulação, também visa
determinar a importância da disciplina escolar na sala de aula dos calouros de
bacharelado geral unificado e preparar um relatório que detalhe a relação entre a
autorregulação variável independente e a variável dependente da disciplina escolar
dos alunos do primeiro bacharelado geral unificado.
A autorregulação da aprendizagem articula duas dimensões psicológicas
diferentes em torno da aprendizagem: a dimensão cognitiva e a dimensão
motivacional. O primeiro tem a ver com o tratamento que é dado à informação e o
segundo com o envolvimento pessoal. Em relação ao primeiro, os fatores mais
diretamente envolvidos com a autorregulação da aprendizagem são o pensamento
estratégico e a metacognição. Em relação ao segundo, um dos aspectos afetivos
mais claramente envolvidos com a autorregulação é a autoeficácia.
O pensamento estratégico, entendido como o planejamento organizado de
tarefas para atingir um objetivo, é fundamental para o aprendizado da matemática e
a resolução de problemas. Estudos indicam que alunos com menos sucesso não
aplicam estratégias cognitivas suficientes durante a aprendizagem. Salienta-se que,
embora todos os alunos possuam algum grau de pensamento estratégico, o
desempenho autorregulado deve responder à aplicação da motivação, para
fortalecer a expressão, constituindo-se em um estímulo significativo no
desenvolvimento do comportamento.
Miranda (2010) destaca que no espaço de motivação, processos afetivos são
destacados através de experiências que energizam o comportamento no processo
de autorregulação: planejamento, execução e controle das emoções, em que a
capacidade de desenvolver metas está ligada a processos metacognitivos

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relacionados com representações cognitivas internas, buscando oportunidades para


realização de necessidades e próprios motivos, que normalizam o comportamento
para construção social, que dominam o trabalho em grupo para alcançar as metas
de aprendizagem, caracterizadas pela objetividade, traduzindo os objetivos
aspirações concretas que integram as aspirações priorizadas, desenvolvidas na
consciência, através do esclarecimento e conhecimento elemen to essencial no
desenvolvimento da aprendizagem autorregulada.
Miranda (2011) infere que o baixo efeito significativo da interação entre o tipo
de escola e o curso sobre a utilização de estratégias são usadas para fortalecer a
autoeficácia causando um declínio e um empobrecimento deste tipo de estratégia
para avanço nas escolas e, ao contrário, um aumento no público; e uma diminuição
pronunciada das estratégias metacognitivas nos centros combinados, enquanto no
público não há diferenças no curso.

Figura 7 – Metacognição

Eficácia

Estratégia

Fortalecimento

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

Os efeitos inter e sobre o tipo de centro e sexo sobre as estratégias para a


redução do estresse são refletidas nos homen s das escolas privadas e têm uma
maior utilização destas estratégias neste público, enquanto há diferenças
significativas entre as mulheres em ambos os tipos de centro. A ferramenta
fundamental do professor é a disciplina escolar para dar realização à aprendizagem,
ao desempenho acadêmico do aluno como facilitador em um quadro de ação e
interação para uma boa convivência em um grupo.

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A disciplina é um hábito interno que facilita cada pessoa a cumprir as


obrigações que contribuem para o bem comum. Aqui se enfatiza o impacto de uma
intervenção na autorregulação da aprendizagem, onde estas atuam na compreensão
de textos e estratégias de autorregulação da aprendizagem com alunos do ensino
médio, com dois componentes: aprendizagem estratégica e ensino estratégico.
Por outro lado, os objetivos e metas formam uma fase conclusiva no
mecanismo autorregulador, que pertence ao planejamento e gestão da atividade,
que promova a eficácia no controle das ações e a escolha adequada dos
procedimentos que permitirão sua execução e, em geral, influenciam a qualidade do
processo e seus resultados.
A autorregulamentação da aprendizagem escolar para adolescentes visa
desenvolver as habilidades de análise e definição de objetivos, planejamento e
avaliação de tarefas de aprendizagem e resolução de problemas. Através da
autorregulação, o desenvolvimento da autonomia e autorregulação da aprendizagem
é possível, o que favorece a aquisição de conteúdos conceituais, atitudinais e
processuais, bem como as estratégias cognitivas e metacognitivas devem ser
ensinadas em conjunto para alcançar competências que favoreçam dinamicamente
uma formação baseada na resolução de tarefas, maximizando a participação e
autorregulação dos alunos, para promover a aprendizagem autorregulada.
A aprendizagem autorregulada pode ser promovida através da combinação de
fatores cognitivos, metacognitivos e motivacionais em u m contexto apropriado de
ensino como resultado da evolução e do desenvolvimento de processos afetivo-
emocionais. Além disso, ela contribui para o desenvolvimento da estabilidade
emocional na área intrapessoal, propondo objetivos na vida para promover empatia
e habilidades sociais, sendo o ser humano capaz de conhecer e até mesmo
controlar emoções para tomar decisões que fortaleçam a vida pessoal e profissional.
No campo educacional, por sua vez, cada membro da comunidade educativa
está sujeito a vários problemas, muito mais se eles não têm estabilidade cognitiva.
Para chegar a uma estabilidade em qualquer problema presente, eles devem fazer
uso da autorregulação, em que cada um deles deve ter motivação e superação de
cada um dos problemas exigidos pelo contexto educacional.

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A disciplina escolar é essencial para uma boa comunicação e socialização


entre professores e alunos facilitando o processo de ensino-aprendizagem,
contribuindo para a coordenação de tarefas: atenção, motivação e concentração.
Explorando essas áreas, um ambiente harmonioso será criado, onde o aluno
tem um desempenho acadêmico de excelência, usando todos os seus recursos e
métodos para alcançar seu potencial na disciplina em sala de aula. A escola, tida
como autocontrole para ajustar a conduta às exigências do trabalho e da
coexistência da vida escolar, não como um sistema de punições ou sanções
aplicadas aos estudantes que alteram o desenvolvimento normal das atividades
escolares com um comportamento negativo.
A disciplina é um hábito interno que torna mais fácil para cada pessoa cumprir
suas obrigações e sua contribuição para o bem comum. Assim entendida, a
disciplina é autocontrole, capacidade de atualizar a liberdade pessoal; isto é, a
possibilidade de agir livremente superando as condições internas ou externas que
surgem na vida cotidiana e de servir aos outros.
Os modelos teóricos que estudam a autorregulação estão in cluídos no conceito
de interação de tarefas, metas, estratégias, resultados, feedback, conhecimento e
crenças. Analisa-se que um aprendiz autorregulado analisa os requisitos da tarefa,
estabelece objetivos de aprendizagem, define as estratégias adequadas para atingir
os objetivos, selecionando, adaptando e até inventando estratégias que
correspondam às demandas da tarefa, monitora os resultados associados às
estratégias utilizadas, faz avaliações sobre o desempenho das tarefas e sobre a
eficácia das estratégias. Em outras palavras, ele faz ajustes nas formas de aprender
com base no sucesso de seus esforços, registrados através de feedback interno e
externo, se necessário, modificando metas, estratégias ou ambos.
A autorregulação traduz-se em reconhecer as influências de uma variedade de
saberes e crenças motivacionais, conhecimento do aluno sobre si mesmo, crenças
epistemológicas, conhecimento do domínio. O conhecimento da tarefa e o
conhecimento das estratégias trabalham em colaboração com os pares e podem se
beneficiar nas interações com os professores.
No humor, para elucidar a dinâmica dos mecanismos subjacentes à
temperamento fácil como um fator de proteção numa primeira abordagem, é

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importante conhecer os processos intrínsecos que fazem a autorregulação,


entendida como parte de temperamento e de fatores extrínsecos que a influenciam.
A abordagem de aprendizagem autorregulada assume uma nova concepção de
processos de ensino-aprendizagem, uma vez que a autorregulação na
aprendizagem depende em grande parte do conhecimento metacognitivo da pessoa
e inclui suas possibilidades, limitações e motivações.
Ele enfatiza os requisitos para atingir o objetivo, uma vez que é baseado no
conhecimento adquirido, os erros cometidos e a sequência desenvolvida. De nossa
perspectiva, nós adicionamos um elemento essencial definido pelos mecanismos de
compromisso subjacentes aos processos de aprendizagem que resultaram na
hipótese da falta de regulação do ensino e autoaprendizagem, como uma regulação
variável explicativa do desempenho acadêmico deficiente de universitários,
associado a processos inadequados de aprendizagem e ensino. A autorregulação
no adolescente ajuda a avaliar cada uma das oportunidades que lhe são
apresentadas para ajudá-lo a realizar seus sonhos e superar cada um dos
desapontamentos por não atingir seus objetivos.

Figura 8 – Autorregulação

Avaliar

Objetivar Dispor

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

O adolescente obtém um bem-estar social dentro e fora das demandas que


estão imersas no contexto educacional e social. Podemos dizer também que a
qualidade das relações sociais começa com autocontrole, motivação, inteligência
intrapessoal com o apoio dos pais fortalecendo cada pessoa, quer um adolescente
ou adulto; ou seja, se há um alto autocontrole em cada um dos estudantes, eles
terão sucesso em habilidades sociais, íntimas e familiares, conseguindo assim
estabilidade em suas emoções.

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O aluno na adolescência adota uma abordagem motivacional em si. Ele


identificará uma série de pontos fortes, combinação de objetivos, expectativas de
autoeficácia e aprendizado acadêmico orientado para o desempenho e alunos
combinando metas a cumprir com as expectativas levantadas tanto em seu aluno
quanto em sua vida profissional. A regulação da emoção é uma parte essencial aos
estudantes quando for estabelecida em cada um deles para sustentar a estabilidade
motivacional com esforço e persistência para atingir cada um dos seus objetivos em
qualquer contexto ou situação que o exija. O desajustamento social gerado pela
baixa autorregulação resultará em um descompasso nas habilidades sociocognitivas
que incluem habilidades sociais e familiares.
Tal desajustamento é desvantajoso no desenvolvimento do contexto
educacional, dificultando a competência de comunicação, o pensamento pró-social,
o autocontrole emocional, os valores e a resolução de conflitos. Em se tratando do
autoemocional e temperamental, como um compêndio de variáveis emocionais,
comportamentais e cognitivas, se destaca evidências consistentes na infância e
adolescência.
Alcançar a autorregulação máxima será considerado como satisfazer um bem-
estar social equilibrado, melhorando a qualidade de vida de adolescentes, mu dan do
a maneira como vemos cada um dos conflitos presentes em cada um dos
estudantes, seja econômico, social ou psicológico, assim assumindo com otimismo e
se concentrando em algo que os leve a ter um pensamento emocional duradouro e
estável.
No contexto educacional, os professores são os principais emissores do
ensino, e devem possuir uma inteligência emocional estável para que o aluno possa
receber esse bem-estar corretamente. Se melhorarmos o ambiente de sala de aula
para uma participação mais ativa de cada um dos alunos, resultados positivos são
obtidos nos processos superiores de cada um deles. Os aspectos que devem ser
melhorados são: imitação, memória, pensamento, linguagem e tomada de decisão
que estão imersos na comunidade.
Logo, o desenvolvimento do adolescente é baseado na autorregulação do
comportamento porque enfatiza a satisfação de objetivos de aprendizagem a serem
alcançados e até mesmo nossa responsabilidade que atua nas diversas áreas,

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aceitando as regras já estabelecidas por cada grupo. O apoio à autonomia favorece


a participação desde a tomada de decisão até o cumprimento das responsabilidades
adquiridas.
Segue-se que entre as consequências causadas por manipulação indevida de
autorregulação, destaca-se um comportamento inadequado, como falta de
compreensão, controle suficiente sobre a aprendizagem e afeta desempenho
acadêmico durante a execução de atividades, tarefas que limitam o pensamento
criativo, a autossuficiência, e condiciona a resolução de problemas em diferentes
contextos.
Estabelece-se que a maioria dos psicopedagogos consideram que é importante
manter a disciplina escolar no ambiente de aprendizagem, para alcançar o
desenvolvimento nas áreas cognitiva, motivacional e comportamental; sendo que a
indisciplina dificulta a interação no processo de ensino-aprendizagem, a partir de
uma abordagem global de organização e dinâmica; reverberando na socialização a
aplicação de valores e inteligência emocional.
Conclui-se que o desempenho de atividades que favoreçam a criatividade, a
imaginação e o pensamento crítico, na capacidade de regular emoções é
insuficiente; conhecimento insuficiente favorece os relacionamentos interpessoais no
autocontrole; em conformidade com os padrões básicos.
Quanto à autorregulação, não sendo fortalecida, restringe o desenvolvimento
do pensamento, de emoções, do autocontrole desfavorecendo a autodisciplina e
aumentando o desempenho escolar inadequado, levando a problemas, conflitos,
onde os impulsos negativos surgem quando há comportamento impróprio.

3.2 TEORIAS PSICOLÓGICAS

Deve-se notar que não há teoria e modelo que permita a abordagem disciplinar
em sala de aula e que seja verdadeiramente única, apropriada para todos. O
trabalho da disciplina pode ser vista ao longo de um contínuo trabalho daqueles qu e
defendem que não há um controle, bem como àqueles que são a favor de um
controle total, no qual a aplicação da contingência é essencial.

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Modelo sociocognitivo
As expectativas de eficácia pessoal ou autoeficácia é um fator central nos
processos motivacionais e de aprendizagem que regulam o desempenho de tarefas.
O indivíduo precisa continuamente tomar decisões sobre qual curso de ação seguir,
quanto esforço investir e por quanto tempo continuar com esses esforços. O
conceito de autoeficácia refere-se às crenças ou opiniões de um indivíduo sobre
suas habilidades e recursos para organizar e realizar determinadas ações que lhes
permitam atingir um determinado nível de desempenho.
Neste caso particular, é o julgamento emitido pelo professor sobre sua própria
capacidade de atingir um certo nível de execução em relação ao manuseio da
disciplina. As fontes de informação a partir das quais os níveis de autoeficácia são
aprendidos ou variados são os seguintes:
- Realizações de execução ou resultados de desempenho.
- Aprendizagem vicária (ou observacional). As estratégias psicológicas para o
trabalho da disciplina em sala de aula são fornecidas pelas fontes de informação de
autoeficácia que incluem:
a. Automodelado: é um procedimento em que o indivíduo se observa como
modelo, realizando o comportamento objetivo da maneira desejada. No mesmo, as
práticas de sucesso são recompensadas e os erros são corrigidos, obtendo
exemplos do comportamento atual do su jeito em situações da vida real. As etapas
incluídas nesta estratégia são: instrução verbal sobre o procedimento; observação e
registro escrito de comportamento inadequado e comportamento apropriado de
acordo com o que é perseguido e praticado.
b. Apresentação de desempenho: consiste na demonstração do
comportamento desejado, resultante da prática. É uma maneira eficaz de fornecer
um teste de realidade de uma maneira rápida que forneça experiências corretivas
para a mudança.
c. Sugestão e exortação verbal: fornece afirmações positivas e repetitivas
relacionadas ao manejo de situações rotineiras. É uma estratégia que consiste em
motivar ou encorajar a pessoa a realizar um determinado comportamento ou
atividade. Com isto, ela é encorajada a executar o que é desejado.

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d. Verbalizações de registro e processo cognitivo resultante da formação de


autoeficácia: consiste em descrever no papel os pensamentos que surgem
espontaneamente na pessoa sobre a sua autoeficácia para lidar com situações
específicas. A eficácia do professor influencia as atividades, esforços e persistência
dos professores com os alunos.

Professores com baixa efetividade evitam planejar atividades que possam


exceder suas habilidades, não perseveram com alunos que têm dificuldades, pouco
fazem para encontrar materiais e não revisam o conteúdo, para que os alunos
entendam melhor. Professores com alta eficiência elaboram atividades exigentes,
ajudam os alunos a progredir e persistir com aqueles que têm problemas. Esses
efeitos motivacionais aumentam as conquistas dos alunos e também a autoeficácia
dos professores, pois comunicam que podem ajudá-los.
A alta autoeficácia oferece maior probabilidade de ter um ambiente de sala de
aula positivo, que apoia as ideias de seus alunos e atende às suas necessidades.

Modelo comportamental
O modelo comportamental propõe obter respostas antes dos estímulos
apresentados de acordo com cada situação específica. As consequências e os
comportamentos são dados, apresentando o estímulo como um gerador destes para
guiar o comportamento sistematicamente em direção a respostas cada vez mais
adequadas, baseadas em técnicas de modificação de comportamento. Ou seja, o
aluno modifica o comportamento com base em um plano previamente estabelecido.
O professor, ao trabalhar com essa abordagem, deve esclarecer
consequências do comportamento negativo, reforçar ou recompensar a resposta
adequada, identificar as fontes primárias de reforço que tiveram sucesso na família,
escola ou faculdade e propor ou negociar regras e limites claramente definidos. Para
uma instituição com o modelo comportamental, é possível propor metas claras, para
que todos os esforços sejam direcionados para a sua realização, não só pelo diretor,
mas como uma visão geral de toda a equipe. Isso favorece a coesão do grupo, a
integração e a realização de objetivos comuns.
Entre as estratégias para modificar o comportamento pode se mencionar:

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1. Reforço: é a consequência (estímulo) que segue uma resposta e aumenta a


probabilidade de sua ocorrência. Pode ser:
• Reforço positivo: qualquer coisa cuja presença, após uma resposta,
aumenta a probabilidade de repetição. Três classes podem ser consideradas:
- Social: geralmente essas interações são consideradas como louvor,
concordância e expressões de afeição ou aprovação.
- Tangível: eles compreendem uma grande variedade de objetos.
- Intrínsecos: são recebidos pelo desempenho da atividade.
• Reforço negativo: tudo o que é evitado ou suprimido e aumenta a
probabilidade de que o comportamento se repita permite o desaparecimento do
estímulo.

2. Programas de reforço:
• Contínuo: o reforço é administrado cada vez que o comportamento é emitido.
É o programa mais indicado para a aquisição de um comportamento.
• Intermitente ou parcial: o reforço é apresentado de forma seletiva ou dosada,
permitindo manter habilidades ou comportamentos e pode ser:
- Intervalo: é baseado no tempo que decorre entre o reforço do comportamento
e este, por sua vez, pode ser variável ou fixo.
- Razão: é baseado no número de vezes que o comportamento entre reforços é
repetido e isso pode ser fixo ou variável.

3. Moldagem: para condicionar respostas complexas, respostas parciais são


gradualmente reforçadas, fragmentos de comportamento que compõem o
comportamento final. Aproximações sucessivas são então reforçadas para moldar a
resposta completa.
Para isso, é importante especificar claramente o comportamento a ser
trabalhado (determinar antecedentes e reforços), uma vez que esta é a base para
planejar a intervenção, avaliar os resultados e, se necessário, modificar o plano.

4. Saciedade: é repetir um comportamento até que a pessoa se canse de fazê-


lo.

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Figura 9 – Saciedade

Repertir Comportamentos Cansaço

Fonte: Elaborado pela autora (2019)

5. Custo da resposta: um reforçador é perdido para um comportamento


indesejável.

6. Punição: estímulo, evento ou consequência que segue uma resposta e


devido à sua natureza aversiva diminui a probabilidade de tal resposta. Deve ser
destacado que antes de punir comportamentos inadequados, o professor deve saber
se existe um comportamento alternativo adequado no repertório comportamental da
pessoa enquanto elimina comportamentos inadequados.
As características de ser lembrado para fazer mudanças no comportamento
através da punição são:
• Especificar as regras antes de ocorrer a situação;
• Não ameaçar ou impedir, mas para realizar o resultado no primeiro tempo e
cada vez que o comportamento ocorra de forma indesejável;
• Aplica-se imediatamente após um comportamento indesejável;
• A consequência deve ser agressiva o suficiente para a pessoa abandonar o
comportamento indesejável antes de receber a consequência;

7. Análise comportamental aplicada: aplicação de princípios


comportamentais à compreensão e modificação do comportamento. Para isso, a
medida inicial do comportamento é feita, a intervenção é realizada, a intervenção é
interrompida para ver se o comportamento retorna ao nível inicial e, em caso
afirmativo, o plano é modificado e a intervenção é executada novamente. Os
professores podem fazer o seguinte:

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• Especificar claramente o comportamento que precisa ser modifi cado e


observar seu nível atual;
• Planejar uma intervenção específica por meio de antecedentes,
consequências ou ambos;
• Manter o registro dos resultados e, se necessário, modificar o plano.

8. Autodireção: contribuir para que o aluno alcance o controle de sua


aprendizagem usando os princípios da aprendizagem comportamental.

O professor deve encorajar os alunos a:


• Estabelecer metas claras e específicas com desempenho estabelecido e
alcançáveis;
• Comunicar essas metas, faça contratos e acordos. Ter uma pessoa que
cumpra a função de controle;
• Acompanhar o progresso;
• Avaliação do progresso.

Modelo humanista: abordagem centrada na pessoa de Carl Rogers


considerada como não-diretiva que cria uma abordagem centrada na pessoa, cujas
técnicas básicas exigem uma forma cuidadosa para ouvir os pensamentos e
sentimentos de uma pessoa.
O cliente então tem a opção de adicionar algo ao feedback, se ele quiser, ou
esclarecer para si mesmo o que ele quis dizer. O conceito-chave é que há
crescimento em um clima de aceitação, afeto, empatia, que não julga e permite que
o sujeito penetre em seus pensamentos e sentimentos em uma atmosfera de
liberdade para resolver seus próprios problemas.
Para isso, o professor deve ser treinado na capacidade de ouvir e deve ser
capaz de entender o significado da mensagem do aluno. Em relação ao conceito de
limites se fala sobre punir uma criança que é se desesperar e torná-la inculta, torna-
se hostil, rancorosa e uma prisioneira de vingança. Na disciplina, o que gera ódio
deve ser evitado, o que gera autoestima deve ser buscado. Nesse modelo, é
necessário estabelecer limites para o comportamento, mas nunca para sentimentos.

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Todos os sentimentos devem ser aceitos, por mais ruins ou destrutivos que
sejam, e limites devem ser colocados nas ações ou comportamentos que possam
resultar de tais sentimentos. Abraham Maslow criou uma hierarquia de necessidades
humanas. É um modelo de desenvolvimento que sugere que o crescimento ocorre
quando existe um ambiente que o suporta.
Maslow, o criador da pirâmide, destaca que a mesma é composta de:
necessidades fisiológicas, segurança, amor e pertença, respeito, estima e
autorrealização. Problemas de disciplina são considerados como resultado de o
estudante ser detido/barrado em um nível de necessidades (por exemplo, afeto e
relevância), enquanto a escola exige que ele valorize os outros (como respeito e
estima).
Em nível geral, a concepção humanista baseia-se em que a pessoa como um
ser com potencialidades, forças, valores, atitudes e limitações que lhe permitem
desenvolver-se positivamente. Ela assume um conceito de pessoa com muitas
possibilidades para crescer e amadurecer, a única coisa que precisa é ter a
oportunidade; e leva em conta a liberdade pessoal, dando maior importância à
motivação intrínseca. O fato de acreditar nos jovens e em seus potenciais e recursos
é uma mudança de paradigma que possibilita trabalhar com mais sucesso no
sistema educacional.
A ideia parte do pressuposto das necessidades do corpo discente e aproximá-
las das expectativas individuais do grupo e do professor. Quando as necessidades
são satisfeitas, a motivação da pessoa não para, pelo contrário, aumenta para
alcançar maiores realizações, ou seja, quanto mais sucesso você obtiver de seus
esforços para conhecer e compreender, mais se esforçará para obter mais
conhecimento e compreensão. No modelo humanista, o professor deve analisar,
junto com os alunos, quais medidas devem ser aplicadas e com que finalidade.
Esta negociação exige do professor uma atitude de maturidade e abertura para
que os alunos assumam maior responsabilidade na determinação e no cumprimen to
de seus padrões. De acordo com essa abordagem, o professor deve comunicar
facilmente seus pensamentos aos alunos; implementar estratégias, que são
estabelecidas por consenso; facilitar a possibilidade de chegar a acordos com os

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alunos; mostrar compreensão e promover formas de ajudar as necessidades dos


alunos.

Abordagem Eficaz de Treinamento de Professores (M.E.T)


Esta é a abordagem de Thomas Gordon para disciplinar, colocando a ênfase
na comunicação como algo de importância primordial. Gordon considera que seu
método é democrático. Ele sugere que a principal razão pela qual o professor gasta
tanto tempo na disciplina é porque ele usa métodos repressivos baseados no poder.
Esses métodos incluem, ameaça de punição, aplicação de punições e insultos
verbais e culpa, e convidam os alunos à resistência, rebelião e vingança. As
alternativas propostas são fornecer aos professores um modelo de comunicação que
inclua:
• A escuta ativa: é um processo que exige que uma pessoa ouça atentamente o
que a outra pessoa expressa (incluindo a comunicação não verbal) e, em seguida,
repetir a mensagem que deverá ser entendida. A ênfase está em refletir os
sentimentos do aluno e não o conteúdo. O objetivo é ouvir ativamente, é mostrar
empatia e compreensão para o aluno que experimenta um problema e, através
deste processo, ajudá-lo a encontrar sua própria solução.
• Mensagens I: Gordon sugere que quando o comportamento de um aluno tem
um efeito real e tangível na capacidade de o professor funcionar, ele tem o
problema. Os problemas devem, através do professor ser resolvidos com as
mensagens.

Algumas diretrizes para uma mensagem eficaz seriam: uma descrição do


comportamento do aluno que faz com que o professor tenha um problema, que
efeito concreto e tangível ele tem sobre o professor e como ele faz o aluno se sentir.

As características de uma mensagem de acordo com Gordon são:


a) querer mudar;
b) uma avaliação mínima;
c) não prejudicar as relações. Uma automensagem requer a vontade do
professor de compartilhar seus verdadeiros sentimentos.

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Alguns professores se sentem vulneráveis ao dar a mensagem pessoal porqu e


ela é exposta a seus alunos:
• Propriedades de problemas e negociação. Quando tanto o professor como o
aluno ou grupo de alunos entram em conflito, o problema pertence a ambos, antes
do qual um processo de negociação deve ser realizado a fim de encontrar entre eles
a solução aceitável para ambas as partes. Tal processo envolveria os seguin tes
passos:
a) definir o problema;
b) gerar possíveis soluções;
c) a avaliação;
d) decidir a melhor solução;
e) determinar a forma de aplicar a decisão; e
f) verificar como resolveu o problema.

Muito se fala sobre a disciplina, mas o mais importante é que se deve ser
conhecido sobre isso. A disciplina desempenha um papel preponderante na melhoria
da relação professor-aluno e vice-versa. É importante que os professores promovam
uma disciplina consciente, ou seja, aquela em que o aprendiz, como o centro do
processo, esteja consciente em todos os momentos, que ele é responsável pelo
sucesso de sua própria aprendizagem e seja capaz de gerar iniciativas tendentes a
organizar, dirigir e repensar o processo de aprendizagem permanentemente. Esse é
um processo de aprendizagem que estimula atitudes de autocontrole no aluno.
O professor deve avaliar as diferentes teorias sobre a disciplina, pois fornece
ferramentas para criar um clima agradável que torne satisfatório o trabalho nas
instituições de ensino, da mesma forma que deve buscar estratégias para que a
disciplina contribua para o funcionamento da escola. O aluno não precisa de
controles externos para aprender, mas está ciente de que precisa desenvolver
habilidades para um aprendizado autônomo e independente, e requer apenas uma
orientação geral para desenvolver seu próprio processo.
Em cada um dos aspectos acima mencionados, a conceitualização da
disciplina não deve ser vista como um problema, mas como uma maneira de

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desenvolver novas estratégias de aprendizagem, on de tanto o educador quanto o


educando se respeitam e se engajam no processo de aprendizagem.
A aprendizagem assim concebida é um encontro interessante, por isso a
disciplina para aprender não é um problema, mas mais uma possibilidade de
conseguir aprendizagem, desafiadora e significativa, que abre janelas para o
interessante mundo do conhecimento.
Logo, trata-se de incentivar o desenvolvimento das possibilidades que as
pessoas têm de aprender a desenvolver formas de autogoverno e o uso de
autoridade a partir de uma visão consensual. É a busca autônoma e permanente de
formas, metodologias e estratégias que favoreçam o processo individual e o grupo
de apropriação do conhecimento como um ato agradável e desafiador, no qual o
principal interessado deve ser o próprio aluno.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

GUIMARÃES, M. R.; VILHENA, D. D. A.; GUIMARÃES, R. Q. Relação do


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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como vimos, a psicopedagogia é a disciplina que é responsável por abordar o


comportamento das pessoas, bem como lidar com fenômenos psíquicos. O principal
objetivo da psicopedagogia é melhorar o sistema educacional, proporcionando
ajustes nos métodos de ensino, como nos pedagógicos, que intervêm no
desenvolvimento da educação.
É por isso que a Psicopedagogia se concentra nos alunos e em seu ambiente,
já que o ambiente é fundamental para o sucesso do processo. A principal missão
desta especialidade é o desenvolvimento satisfatório da pessoa no campo
educacional. Foi em meados do século XX que a Psicopedagogia se desenvolveu
como disciplina científica, com uma abordagem interdisciplinar que combina
conhecimentos de educação e saúde mental. Através de seus métodos, o potencial
cognitivo e social da pessoa é estudado para melhorar o desenvolvimento de su as
atividades.
Vimos que a Psicopedagogia está intimamente ligada com outras disciplinas da
psicologia e também é uma área de grande influência sobre temas como educação
especial, política educacional, terapias educacionais e elaboração de currículo, entre
outros. Esta disciplina alcança avanços notáveis em todas as idades. Seu trabalho
vai além de abordar problemas de aprendizagem, mas também permite desenvolver
métodos e ferramentas que ajudem as pessoas a aprimorar suas habilidades.
Logo, o profissional especializado em psicologia educacional é conhecido como
psicopedagogo e tem em suas mãos a complexa tarefa de instruir e incentivar os
alunos no processo de aprendizagem, bem como identificar problemas e
diagnosticá-los, visando desenvolver um plano de estudos personalizado para
superá-los e chegar satisfatoriamente aos objetivos educacionais.

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