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Comunidade Bíblica Peniel Fundada pelo Pr.

Geraldo Guimarães

TEMA - O AMOR PATERNAL DE DEUS


TEXTO: Lucas 15:11-32 - E disse: Um certo homem tinha dois filhos; 12
- E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me
pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. 13 - E, poucos dias depois, o
filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e
ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. 14 - E, havendo
ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a
padecer necessidades. 15 - E foi, e chegou-se a um dos cidadãos
daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar
porcos. 16 - E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os
porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. 17 - E, tornando em si,
disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu
aqui pereço de fome! 18 - Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-
lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; 19 - Já não sou digno de
ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. 20 - E,
levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o
seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao
pescoço e o beijou. 21 - E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e
perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. 22 - Mas o pai
disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e
ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés; 23 - E trazei o bezerro
cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos; 24 - Porque este meu
filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E
começaram a alegrar-se. 25 - E o seu filho mais velho estava no
campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as
danças. 26 - E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era
aquilo. 27 - E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro
cevado, porque o recebeu são e salvo. 28 - Mas ele se indignou, e não
queria entrar. 29 - E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo
ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca
transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para
alegrar-me com os meus amigos; 30 - Vindo, porém, este teu filho, que
desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro
cevado. 31 - E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as
minhas coisas são tuas; 32 - Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos,
porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e
achou-se.

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Introdução
Há uma tendência, ás vezes, quando se ministra sobre a parábola do filho pródigo,
enfatizar o procedimento dos dois irmãos, não atentando, para a dor e a alegria
do coração do Pai. Dor quando o Pai vê o filho indo embora, levando
consigo os bens repartidos fora do tempo, deixando no Seu coração a dor profunda
do sentimento de rejeição à Sua paternidade. Alegria, quando o filho,
mesmo derrotada e destruída, volta aos braços do Pai.

A parábola do filho pródigo nos apresenta dois retratos falados, distintos, e com
uma profunda lição para a nossa vida espiritual, tendo como enfoque principal
o grande e imensurável amor paternal de Deus.

Há que distancia você está de Deus? Qual tem sido suas escolhas
diante de Deus?

I - Atitudes do filho:
1 - “Pai, da-me a parte dos bens que me pertence...” (v.12)
Os laços do lar paterno já haviam se soltado do coração daquele filho. O
seu pedido exprime o desejo do homem em proclamar- se independente e
que não quer servir ao pai. Nenhum homem pode ser independente de Deus.
Ele pediu ao PAI algo que não lhe podia ser dado, porque uma herança só se dá
após a morte. Logo depois que ele pediu a herança, permanece na casa do Pai por
algum tempo (Vs13), tendo assim oportunidade de refletir e voltar atrás
na sua decisão.

Deus sempre deixa a escolha de obedecê-lo ou não, a critério, é decisão do


homem.

Deuteronômio 30:19 - Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas


contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a
maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência,

Deus está dizendo a cada um de nós “Eis que hoje eu ponho diante de vós a
benção e a maldição.”

O filho pródigo tomou uma decisão, a de viver independente de seu pai


“de Deus”.

“...Dá-me a parte da fazenda que me pertence”

Os laços do lar já haviam se soltado do coração daquele jovem, retratando assim a


sua imaturidade. As vezes fazemos pedidos a Deus fora do proposito d’Ele

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para nossa vida. – “porque pedis mal, para o gastardes em vosso


deleites”(Tg04:03)

2 - “partiu para uma terra distante” (vs13):


Entende-se com a esfera onde não há comunhão com Deus

Hebreus 3:12 - Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um


coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo.

Viveu dissolutamente, não dando valor aos bens recebidos. Foi envolvido
pelos prazeres do mundo, gastando tudo o que possuía. Longe da casa do PAI,
todos os bens são devorados. Longe da casa do Pai, os valores morais,
éticos e espirituais são destruídos.

3 - Desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente v13


Sendo senhor de suas escolhas e decisões, aquele rapaz quando se viu sem recursos,
o coração estava tão afastado do Pai, que preferiu buscar ajuda de um
cidadão daquela terra, terminando assim sendo jogado na lama para
cuidar de porcos, animal considerado imundo para os judeus. Esta era a
maior humilhação que poderia passar um jovem judeu.

4 - Longe da casa do pai, a ruína financeira bate à porta.


Longe da casa do pai, a humilhação e a vergonha batem à porta. Após
gastar tudo que tinha, chega a um estado deplorável, faltando-lhe o pão de
cada dia. Nessa situação o filho sente: Frio (a cobertura espiritual); saudades
(a falta do abraço do Pai); fome (o pão de cada dia que representa a Palavra de
Deus), sede (convívio Presença de Deus em sua vida) e as falta de forças
(preenchimento do Espírito Santo) havia um vazio no seu coração, mas o
reconhecimento e arrependimento chega em tempo na vida daquele jovem
que lembrasse da Casa do pai.

5 - Reconhecimento e Arrependimento
A semente plantada na base familiar não estava morta. Aqui começa o
caminho de volta, por mais horrível que fosse a sua condição, havia
uma esperança.

(Diga: Deus é amor, Deus é a minha esperança).


Ele estava longe do Pai “de Deus”, mas o Pai não estava longe dele.

Deus se utiliza das consequências de nossas escolhas e nos mostra que é possível
fazer o caminho de volta e abandonar o erro. “E caindo em si”, este

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verdadeiro despertar vem aqui acompanhado de um sentimento puro, de


dentro do coração, que pede perdão, que sabe que pecou contra o céu e
contra o pai, e que humildemente não se juga mais digno de ser o filho, mas um
empregado. Não tem nada mais a ver com qualquer busca de satisfação
ou realizações mundanas tomando assim consciência do erro, reconhecendo o
seu pecado e tomando a decisão de voltar a casa do Pai.

II - O retorno a casa do Pai


a) Toma a decisão correta de voltar ao lar paterno - Levantar-
me-ei, e irei ter com meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e
diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. (vs18 – 19)
A que distancia você está de Deus? O que te tornas longe da presença do
Pai? Que pecados impedem a sua comunhão com Deus? O Pai quer
tratar as nossa emoções, as nossa feridas, que fazer de nós uma nova CRIAÇÃO.

b) Age imediatamente - Ele não espera as circunstâncias -


Levantar- me -ei, e irei ter com o meu Pai (Vs18) ele decide mudar o
rumo da sua vida.

c) “Estando ele ainda longe, seu pai o viu, e encheu-se de


compaixão”(vs20). O Pai sempre vê o filho, mesmo quando
este está longe. Os olhos de Deus estão sobre o homem, até mesmo
quando está longe dos seus caminhos. O pai vai ao encontro do filho,
não com repreensão, mas com profundo amor. Deus perdoa o pecador
quando há verdadeiro arrependimento. Deus não esquece de você

"Lembre-se disso, ó Jacó, pois você é meu servo, ó Israel. Eu o fiz, você
é meu servo; ó Israel, eu não o esquecerei. Como se fossem uma
nuvem, varri para longe suas ofensas; como se fossem a neblina da
manhã, os seus pecados. Volte para mim, pois eu o resgatei. " Isaías
44:21,22

Deus marcou este encontro com você, não foi para repreende-lo e sim
para demonstrar o seu amor a sua fidelidade para contigo. O Senhor
não olha as transgressões, Ele quer você de volta aos seus caminhos.

d) Confissão - Confessar que é um pecador. “pequei contra o céu e


perante ti...”(vs18) Para haver perdão é necessário haver
arrependimento e confissão este é o primeiro passo para a salvação.
Arrependimento é a tristeza pelo pecado cometido; é mudança de
mente e coração.

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O que encobre as suas transgressões, nunca prosperará, mas o que as


confessa e deixa, alcançará misericórdia Pv28:13.

III - O perdão e a restituição


Houve uma festa na casa do Pai pelo filho que voltou arrependido. A ele
é restituída vestes novas, uma nova aparência, volta a dignidade de filho
(mudança plena do homem interior). O Pai restitui o filho com novas vestes
simbolizando justificação, uma nova aparência, dignidade e respeito. A sua
vida foi restaurada e restituída a dignidade (vestes novas), a autoridade
(através do anel que é colocado em seu dedo), a confiança (sandália nos pés- um
ministério maior). Aquele Pai, sempre acreditou que seu filho iria voltar. Ele
manda matar o novilho que estava reservado para uma ocasião
especial. VOCÊ É ESPECIAL PARA DEUS.

Conclusão
É necessário um genuíno arrependimento para que o Espírito Santo
opere uma mudança real em sua vida.

Arrependimento não é remorso e sim dor profunda de ter ofendido a


Deus. ARREPENDA-SE E CLAME PELO PERDÃO DO PAI.

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