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Patologias Nas Estruturas em Concreto
Patologias Nas Estruturas em Concreto
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NOSSA HISTÓRIA
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SUMÁRIO
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Referências .................................................................. Erro! Indicador não definido.
1. INTRODUÇÃO
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O desenvolvimento da tecnologia e dos materiais permitiram nos últimos anos
cada vez mais a existência de obras esbeltas, leves e de rápida construção.
Esta nova realidade acabou por resultar, em parte das vezes, em obras
construídas com menores rigores no controle de serviços e materiais (THOMAZ,
1989).
Consequentemente, uma parte dos edifícios passaram a apresentar um
desempenho insatisfatório, quer fosse resultante de um erro de projeto, de execução
ou ainda por falta de manutenção.
As edificações possuem características relacionadas ao seu uso, que devem
se manter ao longo de sua vida útil para que possam continuar em serviço. Neste
contexto, surgiu a necessidade de consolidar e ampliar os conhecimentos na área de
manifestações patológicas (LICHTENSTEIN, 1986).
A saber, a patologia das construções se dedica ao estudo de anomalias ou
problemas que prejudicam o desempenho das edificações (SILVA, 2011).
Assim, a palavra patologia tem origem grega (phatos = doença, logia = estudo),
como o próprio nome já diz, trata-se da ciência que estuda e tenta explicar, a
ocorrência de tudo que se relaciona com a degradação de algo, e é muito utilizada em
variadas áreas da ciência.
No ramo da engenharia civil, a patologia visa tanto o diagnóstico e seu
correspondente tratamento, quanto à prevenção. Afinal, a ruína de uma edificação,
dependendo do seu porte, pode ocasionar na perda de inúmeras vidas, assim como
numa perda financeira altíssima.
Portanto, ao realizar vistorias periódicas e manutenções é possível que isso
seja evitado (SILVA, 2011).
Sabe-se que problemas nas estruturas podem ser causados por agentes de
deterioração de diferentes naturezas, como agentes mecânicos, eletromagnéticos,
térmicos, químicos e biológicos (LICHTENSTEIN, 1986).
São exemplos de agentes mecânicos recorrentes em edificações, sobrecarga
de utilização e recalque do solo.
Os agentes eletromagnéticos podem ser radiação solar e corrente parasita. Já
um agente térmico muito comum é o choque térmico, devido à mudança brusca de
temperatura.
Os agentes químicos existem diversos, como a umidade do ar, precipitação e
matérias inertes (poeira).
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Por fim os agentes biológicos, que são bactérias, fungos e plantas domésticas
(LICHTENSTEIN, 1986).
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2. CONCEITO DE PATOLOGIA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
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atividades, como a implantação da obra, escoramento, formas, posicionamento,
qualidade das armaduras e concretagem, desde a sua fabricação até a cura.
Botelho (1996) afirma que: [...] a ocorrência de problemas patológicos cuja
origem está na etapa de execução é devida, basicamente, ao processo de produção
que é em muito prejudicado por refletir de imediato os problemas socioeconômicos,
que provocam baixa qualidade técnica dos trabalhadores menos qualificados, como
os serventes e os meio-oficiais, e mesmo do pessoal com alguma qualificação
profissional (BOTELHO 1996, p.43).
Também é valido ressaltar que a maioria dos materiais e componentes tem sua
qualidade e forma de aplicação normatizada.
Entretanto, o sistema de controle tem-se mostrado bastante falho, e o método
para a fiscalização e aceitação dos materiais normalmente não é aplicado,
demonstrando a fragilidade e a má organização da indústria da construção. Com tudo
isso, as patologias podem ocorrer numa estrutura tanto na fase de construção como
durante o período de pós entrega e uso.
As condições apresentadas por uma estrutura que favoreça o aparecimento
dessas manifestações patológicas são de responsabilidade do projetista, enquanto
que o construtor responderá pelas falhas construtivas por inconformidade em relação
ao projeto, com as normas de execução ou com a escolha de material inadequado.
Porém, toda estrutura necessita de manutenção durante sua vida útil e a má
conservação também é um fator para o surgimento de patologias, sendo então o
usuário responsável pela durabilidade dessa estrutura.
A figura 1 mostra os resultados de estudo de Fortes (1994) sobre a distribuição
da origem de problemas patológicos conforme as etapas desde o projeto até o uso de
estruturas de concreto armado.
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Figura 1 - Fatores de problemas patológicos segundo Fortes (1994),
modificado.
A figura 2 apresenta resultados relacionados com incidências e origens de
manifestações patológicas, segundo estudo de Piancastelli (2014).
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3. PATOLOGIA GERADA NA ETAPA DE CONCEPÇÃO DA ESTRUTURA
(PROJETO)
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4. PATOLOGIA GERADA NA FASE DE EXECUÇÃO DA ESTRUTURA
(CONSTRUÇÃO)
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5. PATOLOGIA GERADA NA FASE DE UTILIZAÇÃO DA ESTRUTURA
(MANUTENÇÃO)
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6. PRINCIPAIS PROCESSOS DE DEGRADAÇÃO
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Além de diminuir a resistência da estrutura, facilitam a entrada de agentes
agressivos danificadores, principalmente quando o concreto e a armadura ficam
expostos devido ao impacto das solicitações.
As estruturas normalmente afetadas são: guarda-corpos, guarda-rodas de
viadutos, pilares de garagem e fundações.
Em pilares de garagem pode-se adotar como medida preventiva fazendo
revestimento de borracha até certa altura para protegê-lo contra o choque de veículos
Este tipo de deterioração ocorre em regiões de clima frio, onde existem ciclos
frequentes de congelamento e degelo, requerendo altos gastos para reparo e
substituição.
As causas da deterioração podem ser relacionadas à complexa microestrutura
do concreto, bem como das condições ambientais, em particular do número de ciclos
de gelo degelo, da velocidade de congelamento e da temperatura mínima atingida.
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Se o congelamento ocorrer após o endurecimento do concreto, a expansão
devido ao congelamento da água resultará em perdas significativas de resistência.
Quando o concreto endurecido é exposto a baixas temperaturas, a água retida nos
poros capilares congela e expande.
Ao descongelar, há um acréscimo expansivo nos poros, causando uma pressão
de dilatação que provoca fissuração do concreto, e consequentemente a sua
deterioração.
A degradação do concreto pode também ocorrer pela aplicação de sais de
degelo, como os cloretos de cálcio e de sódio, que em contato com o concreto
promove um agravamento da degradação em função dos mecanismos de corrosão
das armaduras.
A aplicação do sal produz uma diminuição da temperatura na superfície do
concreto causando um choque térmico, além de tensões internas que podem provocar
fissuras devido à diferença de temperatura entre a superfície e o interior do concreto.
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A permeabilidade do concreto, a taxa de aumento da temperatura e o tamanho
da peça são significantes porque controlam o desenvolvimento de pressões internas
dos produtos gasosos de decomposição.
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a) Deterioração por sais Segundo Souza (1998), a ação do hidrogênio pode
contribuir para a deterioração do concreto.
O hidróxido de cálcio – Ca (OH2) - geralmente está presente na pasta de
cimento endurecida, em uma elevada quantidade, sendo solúvel em água e capaz de
reagir com sais dissolvidos, como cloretos e nitratos, além de trocas de cátions entre
os sais e a própria base.
b) Deterioração por ação de ácidos Concretos quando expostos a soluções
ácidas, sofrem severas deteriorações devido ao caráter básico da pasta de
cimento. Porém, concretos de baixa permeabilidade quando expostos à ação
de ácidos fracos, podem resistir, principalmente se a exposição for ocasional.
Os ácidos reagem com o hidróxido de cálcio da pasta de cimento, produzindo
água e sais de cálcio, podendo ser facilmente lixiviados, caso sejam solúveis,
aumentando a permeabilidade e a porosidade da pasta.
c) Deterioração por ataque de sulfatos
O ataque ao concreto produzido por sulfatos é devido a sua ação expansiva,
que pode gerar tensões capazes de fissurá-lo.
Os sulfatos podem estar nos agregados, na água de amassamento ou no
próprio cimento.
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Sua presença é comum em áreas de operação de minas e indústrias químicas.
Todos os sulfatos reagem com a pasta de cimento hidratado, sendo potencialmente
prejudicial ao concreto.
O ataque por sulfato gera uma perda progressiva de resistência e de massa,
devido à deterioração na coesão dos produtos de hidratação do cimento.
Porém, pode-se aumentar a sua resistência baixando a permeabilidade do
concreto, através da redução do fator água/cimento ou pelo emprego de cimentos com
adições pozolânicas.
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A água pura age prejudicialmente no concreto através da lixiviação/hidrólise de
componentes da pasta do cimento endurecido.
Quando entra em contato com a pasta do cimento, a água tende a hidrolisar ou
dissolver os componentes que contém cálcio.
Nesse tipo de ataque, ocorre a percolação de água pura em concretos
fissurados ou com alta permeabilidade, resultando na dissolução da pasta de cimento
(ANDRADE e SILVA, 2005).
Além da perda de resistência, a lixiviação do hidróxido de cálcio pode ser
indesejável por razões estéticas. Porém, a dissolução pela água é tanto maior quanto
mais pura ela for, ou seja, quanto menos carbonato de cálcio e de magnésio ela
contém, mais fraca é a sua dureza.
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Segundo Cascudo (1997), o processo de carbonatação se inicia na superfície
do concreto, formando uma frente de avanço do processo, que separa duas zonas
com pH muito diferentes: uma com pH menor que 9 (carbonatada) e outra com pH
maior que 12 (não carbonatada).
Esta frente é chamada de frente de carborbonatação e deve ser mensurada
com relação à espessura de concreto de cobrimento da armadura.
Conforme Figueiredo (1994) há vários fatores que influenciam na carbonatação
do concreto, tais como:
a) Concentração de CO2: para concretos de elevadas relações de água/cimento, a
velocidade da carbonatação aumenta quando o ambiente possui uma maior
concentração de CO2.
b) Umidade Relativa (UR) do ambiente: segundo Guimatrães (1997) a umidade
relativa do ar é um fator relevante na difusão do CO2, pois vai determinar a quantidade
de umidade nos poros do concreto.
Assim sendo, em condições de umidade relativa muito alta ou estruturas
submersas, os poros se apresentam saturados.
Por outro lado, para que o processo ocorra, é preciso que haja um mínimo de água
nos poros, caso contrário, a baixa umidade impossibilitará a carbonatação.
c) Relação água/cimento: este fator está relacionado com a quantidade e tamanho
dos poros do concreto endurecido.
Quanto maior a relação água/cimento, maior será a porosidade e a
permeabilidade de um concreto, aumentando assim a penetração de CO2 para o
interior do material.
d) Condições de cura: quanto maior o tempo de cura, maior será o grau de hidratação
do cimento, diminuindo a porosidade e a permeabilidade, minimizando os efeitos da
carbonatação nos concretos.
A comprovação das áreas carbonatadas pode ser feito através de indicadores
de pH a base de fenolftaleína e timolftaleina.
Com o uso da fenolftaleina, as regiões mais alcalinas adquirem cor violeta,
enquanto as menos alcalinas são incolores.
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Já a timolftaleina adquire cor azul para regiões mais alcalinas, enquanto as
menos alcalinas ficam incolores (SILVA, 1995).
Determinação da frente de carbonatação deve ser realizada em uma fratura
fresca de concreto, pois as superfícies expostas carbonatam rapidamente.
O modelo da raiz quadrada do tempo é usado para representar a penetração
de CO2 através da rede de poros do concreto.
Foi inicialmente apresentado no Japão por Uchida e Hamada (1928), citados
por Richardson (2002), sendo representado através da equação:
x = k√t onde:
x = profundidade de carbonatação (cm);
k = coeficiente de carbonatação (cm/ano); e
t = tempo (anos)
A constante k depende de muitos fatores relacionados com a qualidade e
resistência do concreto, da concentração de CO2 no ambiente, das condições de
exposição da estrutura, entre outros fatores.
Conhecendo k, pode-se determinar a velocidade de avanço da frente de
carbonatação e o tempo em que demorará para chegar até a armadura, caso já não
tenha alcançado.
i) Biodeterioração do concreto
A biodeterioração é a mudança indesejável nas propriedades do material,
devido à ação de microrganismos, e pode levar a produção de ácidos, ocasionando
uma dissolução dos compostos hidratados do cimento, particularmente o hidróxido de
cálcio, além dos silicatos de cálcio hidratados.
Tal problema leva à deterioração por ações químicas e à corrosão de
armaduras.
Os microrganismos podem atuar sobre o concreto em ações deletérias contra
os agregados e a pasta de cimento, interferindo em sua estética, reduzindo a sua
durabilidade comprometendo a sua integridade. Tal mecanismo ocorre em túneis e
galerias de esgoto, pois são ambientes ácidos com um pH baixo e muito agressivos
às estruturas.
As principais causas de degradação do concreto por ação bacteriológica são: -
concreto de resistência inadequada;
- Cobrimento insuficiente das armaduras;
- Má aeração das tubulações e/ou galerias;
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- Ausência de proteção e
- Rupturas localizadas pela ação de cargas excessivas ou recalques.
Como essa ação resulta de microrganismos vivos, os fatores ligados à
manutenção da vida dos agentes envolvidos são determinantes para que o processo
de biodeterioração se estabeleça.
Assim, uma estratégia de prevenção desse problema deve incluir uma
avaliação das condições ambientais em conjunto com a suscetibilidade dos materiais
componentes da estrutura.
Além disso, devem-se conhecer as características da obra, condições físicas e
químicas do material e do meio ambiente, possíveis fontes de nutrientes, assim como
a inter-relação com a população de microrganismos existentes.
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A corrosão de armaduras pode se apresentar de diversas formas: corrosão
generalizada, por pite e fissurante.
Segundo Cascudo (1997), a corrosão generalizada ocorre devido a uma perda
generalizada da película de passivação, resultante da frente de carbonatação no
concreto e/ou presença excessiva de cloretos.
A corrosão por pite é um tipo de corrosão localizada, no qual há formação de
pontos de desgaste definidos na superfície metálica, os quais evoluem aprofundando-
se, podendo causar a ruptura pontual da barra.
Já a corrosão sob tensão é outro tipo de corrosão localizada, a qual se dá com
uma tensão de tração na armadura, podendo dar origem à propagação de fissuras na
estrutura do aço.
A corrosão é a transformação de um material, geralmente metálico, por ação
química ou eletroquímica do meio em que se encontra.
Esse fenômeno de natureza expansiva leva ao surgimento de elevadas tensões
de tração no concreto, ocasionando a fissuração e posteriormente o lascamento do
cobrimento do material.
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7. PRINCIPAIS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NAS ESTRUTURAS DE
CONCRETO
7.1 Ninhos de concretagem/segregação do concreto
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Tais fissuras apresentam uma morfologia em forma de mapa ou pele de
crocodilo que se cortam formando ângulos aproximadamente retos.
As fissuras aparecem entre trinta minutos a seis horas após o endurecimento
do concreto.
Para minimizar os casos de fissuras por dessecação superficial deve-se
proteger a superfície do elemento, após a concretagem, da radiação solar e da ação
do vento, e iniciar a cura logo após o adensamento do concreto.
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7.5 Fissuras devido ao detalhamento insuficiente do projeto e falhas de
execução
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7.7 Fissuras devido a recalques de fundações
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8. ETAPAS DE RECUPERAÇÃO
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recoberta pelo concreto velho, isso dá início a uma pilha de corrosão eletroquímica
por diferença de material.
Isso ocorre, pois, a parte posterior atuará como ânodo e a parte recuperada
fará o papel de cátodo, desencadeando assim um processo de corrosão ainda mais
rápido que originalmente. ”
Já conforme Souza e Ripper (1998), para melhor aderência do novo concreto,
à superfície interna do corte deve ter suas arestas arredondadas e na forma de um
talude de 1:3.
Finalizado o corte a superfície do concreto deve passar por uma sequência de
limpeza, que são: jateamento de areia, jateamento de ar comprimido e jateamento de
água.
Porém, devem-se observar certos fatores no momento do corte, tais como:
- Remover completamente os agentes nocivos à estrutura, ou seja, o resquício por
mais imperceptível que seja de uma película oxidada, promove a retomada do
processo contaminante, comprometendo assim o trabalho realizado;
- A retirada em demasia do concreto é contra a segurança da estrutura e
antieconômica, pois está se removendo camadas de concreto sadio.
e) Demolição
A demolição geralmente é projetada em função do porte e tipo da estrutura a
demolir, assim como dos aspectos condicionantes locais. Podem ser usados martelos
demolidores, explosivos, agentes demolidores expansivos ou ainda a hidro demolição.
Muitas vezes, devido a grandeza dos danos ou riscos ou ainda, devido a
mudanças de destinação ou uso de uma estrutura, faz-se necessária a demolição total
ou parcial.
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Nas fissuras passivas, além desta proteção, tem-se o objetivo de garantir que
a peça volte a trabalhar como um todo, empregando-se material resistente, como a
nata do cimento Portland ou resina epoxídica.
Em fissuras menores que 0,1 mm, procede-se a injeção das fissuras sob baixa
pressão.
Para fissuras maiores, porém pouco profundas, pode-se fazer o enchimento
por gravidade.
Após o preenchimento das fissuras é feita a selagem que prevê a vedação dos
bordos, com o objetivo de arrematar a injeção, protegendo a própria resina. Para
fissuras maiores que 30 mm, a selagem é feita como uma vedação de junta.
Esta técnica tem melhor desempenho quando as fissuras acontecem em linhas
isoladas e por deficiências localizadas de capacidade resistente.
Os reparos semi-profundos são aqueles com profundidade entre 2,0 e 5,0 cm,
normalmente atingindo a armadura (SOUZA e RIPPER, 1998).
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Geralmente requer a montagem de formas com cachimbos e a verificação da
necessidade de escoramentos.
A recuperação da seção pode ser feita com graute de base mineral com
retração compensada e alta resistência mecânica, com cura úmida.
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9. ALTERNATIVAS PARA REPAROS EM PROCESSOS CORROSIVOS
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catódica e técnicas de impregnação do concreto por polímeros ou inibidores de
corrosão.
É muito importante utilizar técnicas adequadas e materiais que não segreguem
durante a aplicação.
Qualquer segregação dos componentes do material de reparo provoca uma
alteração das suas propriedades físicas e reduz a possibilidade de se obter a primeira
premissa quando do início dos estudos: restaurar a estrutura o mais próximo possível
do especificado no projeto original.
Finalmente, cabe lembrar que, antes de qualquer recuperação, devem ser
identificadas e sanadas as causas.
Caso isso não seja observado, pode ocorrer corrosão em outros locais por
haver criado mais descontinuidade na estrutura, além das que originalmente existiam.
A importância da patologia das construções ficou bastante clara em relação
Patologia em Estruturas de Concreto ao olhar crítico que o profissional adquire depois
de aprofundar o conhecimento nesta área, como se nenhuma manifestação patológica
passasse despercebida mais.
Bem como no quesito da prevenção, de se estudar as causas e consequências
dessas manifestações a fim de se evitar a ocorrência.
Afinal, os danos podem ser irreversíveis e até ocasionar no colapso estrutural.
É preferível prevenir a ter que reparar algum dano posteriormente, o que gera
retrabalho e gastos não planejados no orçamento.
Obras ficaram paradas deixadas à ação do tempo, sem um mínimo de cuidado
ou manutenção ao saber que ficariam paradas por tanto tempo.
Portanto, é válido que se intensifique a qualificação dos engenheiros civis
dessa área a fim de que as vistorias técnicas periódicas se tornem uma ação
recorrente para as práticas de prevenção.
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REFERÊNCIAS
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