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1. Velocidade instantânea1
A posição de um corpo oscila pendurado por uma mola é dado por x = A sin(ωt), em que A e ω são constantes
dada por A = 5, 0cm e ω = 0, 715 rad/s .
a) Faça o gráfico de x × t no intervalo de 0 a 36 s e calcule a inclinação da curva em t = 0 para ter a velocidade
nesse instante.
b) Calcule a velocidade média para uma série de intervalos que principiam , cada qual em t = 0 e terminam em
t = 6, 3, 2, 1, 0.5, 0.25 s.
c) Determine dx/dt e calcule a velocidade do instante t = 0.
Solução
a)
5
x(t)
4
3
2
1
0
-1
-2
-3
-4
-5
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36
aproximando
7
x(t)
reta tangente
6
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4 2.6 2.8 3 3.2 3.4 3.6 3.8 4
Note que em t = 1, 4 s a reta tangente está aproximadamente 5, 0 cm. Portanto temos que o coeficiente angular
da reta será
5, 0
a= = 3, 6
1, 4
1
portanto, podemos associar o coeficiente angular da reta o módulo da velocidade, que é aproximadamente 3, 6
cm/s.
dx(t) d(sin(ωt)
=A = Aω cos(ωt)
dt dt
em t = 0
dx(t) dx(t)
= Aω → vinst = = 5.0, 715 = 3, 6
dt dt
Essa é a velocidade instantânea no ponto t = 0. Esse é o procedimento exato, porém perceba que, mesmo para
as aproximações utilizadas nos itens anteriores conseguimos resultados razoáveis.
2. Lançamento vertical2
Uma bola é arremessada para cima com velocidade inicial de 20 m/s. Pergunta-se:
a) Quanto tempo a bola fica no ar?
b) Qual a maior altura atingida pela bola?
c) Em que instante a bola está a 15 m de altura?
Solução
2
Como a bola sai de y = 0 e volta a y = 0. Pelo sistema de coordenadas mostrado na figura, sabemos que y0 = 0,
logo
1
0 = v0 t + at2
2
2
considerando v0 = 20m/s e g = 10m/s na direção −ŷ, obtemos a seguinte equação:
10 2
0 = 20t − t
2
20t = 5t2
20
t= = 4s
5
Portanto a bola fica no ar por 4s.
b)Vamos calcular o tempo tr que a bola leva para alcançar a altura máxima. No ponto mais alto temos que
v = 0, portanto, considerando um movimento uniformemente variado
v = v0 + at
2
considerando v0 = 20m/s e a = g = 10m/s na direção −ŷ:
0 = 20 − 10tr
tr = 2s
sabemos agora o tempo que a bola levou para alcançar a altura máxima, podemos portanto encontrar o seu
deslocamento através da equação do deslocamento
1
y = y0 + v0 t + at2
2
2
substituindo v0 = 20m/s, y0 = 0, a = g = 10m/s na direção −ŷ e t = tr = 2s
10
y = 20.2 − .4 = 20m
2
c) Podemos utilizar a equação de movimento retilíneo uniformemente variado para calcular
1
y = y0 + v0 t + at2
2
2
considerando y = 15m, v0 = 20m/s, y0 = 0 e a = g = 10m/s na direção −ŷ
10 2
15 = 20t − t
2
5t2 − 20t + 15 = 0
t2 − 4t + 3 = 0
temos portanto que resolver a equação de segundo grau e obter 2 soluções
√
−b ± b2 − 4ac
tida,volta =
2a
p √
−(−4) − (−4)2 − 4.3 4− 2
tida = = = 1, 3
2 2
essa é a primeira solução, porém durante o retorno da bola, ela também passa por 15m.
p √
−(−4) + (−4)2 − 4.3 4+ 2
tvolta = = = 2, 7
2 2
3
3. Aceleração constante3
Uma bala, a 350 m/s atinge um poste de madeira e nele penetra uma distância de 12 cm antes de parar. Pergunta-se:
a) Qual a aceleração média? assuma que essa seja constante
b) Quanto tempo a bala leva até parar?
Solução
v = v0 + at
considerando v = 0 e v0 = 350m/s
−350
t=
a
utilizando a equação do deslocamento da bala e substituindo o tempo que encontramos na equação acima, temos
1
x = x0 + v0 t + at2
2
1
x − x0 = v0 t + at2
2
1
∆x = v0 t + at2
2
2
350 1 −350
0, 12 = −350. + a
a 2 a
(350)2 1 350 2
0, 12 + =
a 2 a
1
0, 12a + (350)2 = (350)2
2
1
0, 12a = (350)2 − (350)2
2
1
0, 12a = − (350)2
2
1 2
a=− (350)2 = −510416 = −5.105 m/s
0, 24
b)Podemos utilizar a expressão calculada no item anterior
350
t=
a
2
como a foi calculada no item anterior como a = 5.105 m/s
4
350 −5
t= .10 = 7.10−4 s
5, 1
Solução
2
a)Para a pedra 1, temos que y0 é a altura do rochedo, v0 = 0 e a = g = 10m/s . A equação de movimento da
pedra 1 é dada por
1
y1 (t) = y0 + v0 t + at2
2
y1 (t1 ) = y0 − 5t21
2
Para a pedra 2, temos y0 é a altura do rochedo, v0 = 32m/s na direção −ŷ, a = g = 10m/s e existe uma relação
entre o tempo da pedra 1 e da pedra 2, ou seja t2 = t1 − 1, 6. A equação de movimento da pedra 2 é dada por
1
y2 (t) = y0 + v0 t + at22
2
2
y2 (t2 ) = y0 − 32(t2 ) − 5 (t2 )
substituindo t2 = t1 + 1, 6
2
y2 (t1 − 1, 6) = y0 − 32(t1 − 1, 6) − 5 (t1 − 1, 6)
y1 (t1 ) = y2 (t1 − 1, 6)
5
y0 − 5t21 = y0 − 5t21 + 16t1 + 32.1, 6 − 5.1, 62
0 = y0 − 5t21
y0 = 5(2.4)2 = 29m
5. Movimento em 2 dimensões5
A velocidade ~v de uma partícula que se move em um plano xy é dada por ~v = (6, 0t − 4, 0t2 )î + 8, 0ĵ, com ~v em
m/s e t em segundos.
a) Qual a aceleração no instante t = 3s?
b) Em que instante (se for possível) a aceleração é nula?
c) Em que instante (se for possível) a velocidade escalar da partícula é igual a 10m/s?
Solução
a)Vamos utilizar o conceito de aceleração instantânea
d~v
~a =
dt
~a = (−8, 0t + 6, 0) î
em t = 3
~a = −18, 0î
b)Para aceleração nula
~0 = (−8, 0t + 6, 0) î
−8, 0t + 6, 0 = 0
6, 0
t= = 0, 75s
8, 0
c) Retomando a velocidade
p
|~v | = (6, 0t − 4, 0t2 )2 + 8, 02
Como a velocidade escalar deve ser 10m/s, ou seja, |~v | = 10m/s, temos que
6
p
10 = (6, 0t − 4, 0t2 )2 + 8, 02
36 = (6, 0t − 4, 0t2 )2
extraindo a raiz de ambos os lados da igualdade
±6, 0 = 6, 0t − 4, 0t2
temos portanto 2 equações do segundo grau, uma com sinal +, e outra com sinal. Vamos resolver estas equações,
reescrevendo
4, 0t2 − 6, 0t ± 6, 0 =
temos como 1 solução
√
−b ± b2 − 4ac
x1,2 =
2a
p
6, 0 ± (36, 0) − 4.4, 0(±6, 0)
t1,2 =
8, 0
p
6, 0 ± (36, 0) ∓ 96, 0)
t1,2 =
8, 0
Observe que dentro da raiz, se considerarmos o sinal de −, vamos obter uma raiz negativa, ou seja, essa solução
será complexa. Como queremos apenas soluções reais (as grandezas que possuem significado físico são números
reais), vamos considerar apenas o sinal +
p
6, 0 ± (36, 0) + 96, 0)
t1,2 =
8, 0
√
t = 6,0+ (36,0)+96,0) = −0, 6s
1
√ 8,0
t = 6,0− (36,0)+96,0) = 2, 2s
2 8,0
Analisando as duas soluções, observamos que uma possui tempo negativo e outra positivo. Se considerarmos
que o movimento começou em t = 0s, a partícula atingira a velocidade de 10m/s em 2, 2s.
Solução
7
a)A componente ~ry será dada por
r~y = r. sin(θ(t))ŷ
Como o modulo r é constante no movimento circular, temos que o módulo de ry será máximo quando sin(θ(t))
for máximo, ou seja,
π
com n ∈ Z ∗
θ=n 2
θ = n (π) com n ∈ Z
c) Novamente, para obter a componente da velocidade, basta derivar a componente do vetor velocidade, lem-
brando que v = r. dθ
dt
2
dv~y d cos(θ(t)) d cos(θ(t)) dθ dθ d cos(θ(t)) dθ dθ d cos(θ(t))
a~y = =v ŷ = v ŷ = r ŷ = r ŷ = −a sin(θ(t))ŷ
dt dt dθ dt dt dθ dt dt dθ
Pelos mesmos motivos explicados no item a, temos que o módulo do vetor será máximo quando sin(θ(t)) for
máximo, ou seja
π
com n ∈ Z ∗
θ=n 2
Referencias:
1. Exercício 25, cap. 2, Física para cientistas e engenheiros, P. A. Tipler, v. 1, 4ed., LTC editora S. A., 1999
2. Exercício 57, cap. 2, Física para cientistas e engenheiros, P. A. Tipler, v. 1, 4ed., LTC editora S. A., 1999
3. Exercício 59, cap. 2, Física para cientistas e engenheiros, P. A. Tipler, v. 1, 4ed., LTC editora S. A., 1999
4. Exercício 12, cap. 4, Fundamentos de Física; Resnick, Halliday, Walker, v. 1, 8ed., LTC editora S. A., 2009
5. Exercício 11 cap. 4, Fundamentos de Física; Resnick, Halliday, Walker, v. 1, 8ed., LTC editora S. A., 2009