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Efésios 5: 18-21

A epístola se divide em duas seções principais.


Nos capítulos de 1 a 3, Paulo explica aos efésios que, por causa da união com
Cristo, eles são o corpo dele. Nos capítulos de 4 a 6, ele explica como os
crentes devem viver (“andar”) no mundo.
No texto em apresso Paulo orienta os cristãos a serem cheios do Espírito
Santo e que isso não é uma opção; é uma ordem.
Não ser cheio do Espírito Santo é uma desobediência a um
mandamento divino. Muitos crentes têm o Espírito Santo, mas não estão
cheios dEle.
Uma coisa é ser habitado pelo Espírito; outra, é transbordar do Espírito.
A expressa vontade de Deus para nós é a de uma vida abundante, produzida
pela plenitude do Espírito.
O apóstolo Paulo, em sua carta aos Efésios 5.18-21, fala desse glorioso tema.
1- SER CHEIO DO ESPÍRITO É UM MANDAMENTO, E NÃO UMA
OPÇÃO (EF 5.18)-
O apóstolo Paulo dá uma ordem expressa: "Enchei-vos...". E da expressa
vontade de Deus que você seja cheio do Espírito Santo.
Ele não apenas quer que você seja cheio do Espírito, mas ordena você a sê-
lo.
não é uma proposta alternativa, uma opção, mas um mandamento de Deus.
Não ser cheio do Espírito Santo é pecado.
Certa feita, um diácono da Igreja Batista do Sul, dos Estados Unidos, procurou
Billy Graham para falar-lhe acerca da necessidade de disciplinar um diácono
por causa de embriaguez. O evangelista veterano perguntou se algum
diácono daquela igreja já havia sido disciplinado por não ser cheio do Espírito
Santo. É logico que o diácono foi tratado pela embriagues , mas Billy Graham
quis chamar a atenção do outro diácono que o não encher-se do Espirito Santo
também é pecado.
Temos a tendência de ver a transgressão apenas na embriaguez, e não na
falta da plenitude do Espírito.
A conclusão lógica é que, se recebemos a ordem de ser cheios do Espírito,
estamos pecando se não formos.
Paulo condenou a embriaguez e também a ausência da plenitude do Espírito
Santo.
Não ser cheio do Espírito Santo é um pecado, um ato de desobediência a um
mandamento de Deus.
Como crentes em Cristo, não podemos nos acomodar a uma vida infrutífera.
Se não estivermos cheios do Espírito Santo, estaremos cheios de nós mesmos
ou até mesmo cheios de pecado.
A ordem para ser cheio do Espírito Santo não é dirigida apenas aos líderes da
igreja, mas a todos os crentes.
Esse privilégio não é apenas para alguns. Não existem classes privilegiadas e
especiais na igreja. Todos somos iguais. Todos somos santuários da
habitação De Deus.
A ordem para ser cheio do Espírito é válida para todos os cristãos em qualquer
época e em qualquer lugar. Não há exceções.
Todos devemos ser cheios do Espírito Santo. o verbo está na forma plural.
Essa ordem é endereçada à totalidade da comunidade crista.
Todos nós, devemos encher-nos do Espírito Santo. A plenitude do Espírito
Santo não é um privilégio elitista, mas, sim, uma possibilidade para todo o
povo de Deus.
A experiência da plenitude do Espírito Santo não deve ser encarada como
excepcional nem como prerrogativa de alguns poucos privilegiados.
Nas palavras do profeta Joel, a promessa do derramamento do Espírito rompe
as barreiras social, etária e sexual (Jl 2.28,29).
Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne;
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos,
os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as
servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. Jl. 2: 28-29
2- SER CHEIO DO ESPÍRITO DEVE SER UMA EXPERIÊNCIA CONTÍNUA
NA VIDA DO CRENTE (EF 5.18) –
O verbo usado pelo apostolo Paulo está no presente contínuo.
Isso significa que devemos ser cheios todos os dias.
No grego há dois tipos de imperativo:
1) Imperativo aoristo — que descreve uma ação única. Exemplo: em João 2.7,
Jesus disse “Enchei de água as talhas”.
O imperativo é aoristo, visto que as talhas deviam ser enchidas uma só vez;
2) Imperativo presente contínuo — descreve uma ação contínua. Exemplo:
em Efésios 5.18, quando Paulo nos diz “Enchei-vos do
Espírito”, é imperativo presente, o que subentende que devemos continuar a
nos encher.
A plenitude do Espírito não é uma experiência de uma vez para sempre que
nunca podemos perder, mas, sim, um privilégio que deve ser continuamente
renovado pela submissão à vontade de Deus. Fomos selados de uma vez por
todas, mas temos a necessidade diária de enchimento.
A plenitude de ontem não serve para hoje.
Todo dia, precisamos buscar um novo enchimento do Espírito.
As vitórias de ontem não são suficientes para triunfarmos hoje.
O fato de termos sido usados por Deus ontem não nos garante que seremos
usados hoje. Precisamos depender de Deus todos os dias, andar com Deus
todos os dias e buscar a plenitude do Espírito Santo todos os dias.
3- SER CHEIO DO ESPÍRITO DEVE SER DEMONSTRADA PELA VIDA (EF 5
19-21)-
O apóstolo Paulo lista algumas virtudes que são evidenciadas na vida de uma
pessoa cheia do Espírito:
a) Em primeiro lugar, uma pessoa cheia do Espírito Santo tem
comunhão com os irmãos (Ef 5.19)
Paulo diz: “Falando entre vós com salmos”. Esse texto nos fala de comunhão
cristã.
O crente cheio do Espírito não vive resmungando, reclamando da sorte,
criando intrigas, cheio de amargura, inveja e ressentimento; sua comunicação
é só de edificação espiritual para a vida do irmão.
O enchimento do Espírito é remédio de Deus para toda sorte de divisão na
igreja.
A falta de comunhão na igreja é carnalidade e infantilidade espiritual (I
Coríntios 3.1-3).
E eu, irmãos não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais,
como a criancinhas em Cristo. Leite vos dei por alimento, e não comida
sólida, porque não a podíeis suportar; nem ainda agora podeis; porquanto
ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja e contendas, não sois
porventura carnais, e não estais andando segundo os homens? 1Co. 3: 1-
3
O crente cheio do Espírito Santo edifica o irmão, sendo bênção em sua vida.
Onde o Espírito Santo reina, aí há comunhão entre os irmãos.
No entanto, onde há brigas, contendas e disputas, aí não há o domínio do
Espírito.
A comunicação harmoniosa é um sinal evidente da plenitude do Espírito
Santo.
b) Em segundo lugar, uma pessoa cheia do Espírito Santo adora a Deus
com fervor {E( 5.19)
Uma pessoa cheia do Espírito Santo é adoradora. Ela se deleita em Deus e
demonstra prazer em cantar louvores a Ele.
Diz Paulo: “Cantando [...] hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando ao
Senhor no coração”.
Aqui, o cântico não é entre vós, mas, sim, ao Senhor.
Não é adoração fria, formal e sem entusiasmo.
O crente cheio do Espírito adora a Deus com entusiasmo e abundante alegria.
Ele usa sua mente, emoção e vontade para adorar a Deus.
John Stott diz que, sem dúvida, os cristãos cheios do Espírito têm um cântico
de alegria no coração, e uma celebração jubilosa dos atos poderosos de Deus.
Onde reina o Espírito Santo, em vez de apatia espiritual, há louvor
e adoração.
c) Em terceiro lugar, uma pessoa cheia do Espírito Santo agradece a
Deus em todas as circunstâncias (Ef 5.20)
Gratidão, e não murmuração, é a atitude de um crente cheio do Espírito
Santo.
Paulo prossegue: E sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome
de nosso Senhor Jesus Cristo”.
O crente cheio do Espírito não está cheio de queixas e murmuração, mas de
gratidão.
Embora o texto diga que devemos sempre dar graças por tudo, é necessário
interpretar corretamente esse versículo.
Não podemos dar graças por tudo, como pelo mal moral.
O “tudo” pelo qual devemos dar graças a Deus deve ser qualificado pelo seu
contexto, a saber, “a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Nossas ações de graças devem ser por tudo que é consistente com a amorosa
paternidade de Deus e com a revelação de si mesmo que nos concedeu em
Jesus Cristo.
Dar graças pelo mal moral é insensatez e blasfêmia.
Naturalmente, os filhos de Deus aprendem a não discutir com o Senhor nos
momentos de sofrimento, mas, sim, a confiar nele e, na verdade, dar-lhe
graças por sua amorosa providência.
Mas isso é louvar a Deus por ser Deus, e não o louvar pelo mal.
O mal é uma abominação para o Senhor, e não podemos louvá-lo nem lhe dar
graças por aquilo que ele abomina.
d) Em quarto lugar, uma pessoa cheia do Espírito Santo se submete
aos irmãos por amor (Ef 5.21)
Por fim, o apóstolo Paulo diz: “Sujeitando-vos uns aos outros no temor de
Cristo”.
Onde o Espírito reina, não há espaço para altivez e soberba.
A marca de uma pessoa cheia do Espírito Santo é a humildade com que está
disposta a servir ao outro e se submeter por amor.
Uma pessoa cheia do Espírito não pode ser arrogante nem soberba.
Os que são cheios do Espírito Santo têm o caráter de Cristo, são mansos e
humildes de coração.
Em Cristo, devemos ser submissos uns aos outros.
A autoridade nunca deve ser exercida de modo egoísta, mas, sim, sempre em
prol dos outros para cujo benefício foi outorgada.
Que sejamos uma igreja compromissada a viver nessa busca constante de ser
cheios do Espírito Santo.

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