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INSTITUTO EDUCACIONAL MARIA DO SOCORRO

GLEYSLA MONALIZA DA SILVA PEREIRA


GIOVANNA MARIA AMARO DE SÁ PEREIRA
MILENA ARAÚJO GOMES
PIETRO CANDEIA DA SILVA

CONFLITOS NA EUROPA:
Conflito entre Armênia e Azerbaijão, Conflito Basco, Guerra do Kosovo e Conflito
entre Rússia e Ucrânia

Patos
2023
GLEYSLA MONALIZA DA SILVA PEREIRA
GIOVANNA MARIA AMARO DE SÁ PEREIRA
MILENA ARAÚJO GOMES
PIETRO CANDEIA DA SILVA

CONFLITOS NA EUROPA:
Conflito entre Armênia e Azerbaijão, Conflito Basco, Guerra do Kosovo e Conflito
entre Rússia e Ucrânia

Trabalho apresentado para avaliação e


obtenção de nota do 2º Bimestre, da
Disciplina de geografia, do Instituto
Educacional Maria do Socorro

Professora Raícia Pereira Bezerra


9º ano A .

Patos
2023
2

Sumário
INTRODUÇÃO 3

DESENVOLVIMENTO 4

CONFLITO ENTRE ARMÊNIA E AZERBAIJÃO 4

ONDE ACONTECE O CONFLITO? 4


ORIGENS DO CONFLITO DURANTE O PERÍODO SOVIÉTICO 5
CESSAR-FOGO APÓS 4 ANOS DE GUERRA 6
A ENERGIA QUE MOVE ALIANÇAS 7
ACONTECIMENTOS RECENTES 8
CONFLITO BASCO 9

A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA 9


FIM DA ETA 10
ATENTADOS 11
GUERRA DE KOSOVO 13

GUERA ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA 15

CONCLUSÃO 17

BIOGRAFIA 18

ANEXO 19
3

INTRODUÇÃO

O presente trabalho é sobre alguns dos conflitos que acontecem e já


aconteceram em territórios do continente europeu. Conflitos que ocorreram por
motivos sociais, econômicos, diferença étnica, políticos, territoriais, religiosos,
entre outros.

São objetivos desse trabalho apresentar as causas, as motivações, os


principais acontecimentos, os participantes e as consequências dos seguintes
conflitos: Guerra do Kosovo, Conflito Basco, conflitos entre Armênia e
Azerbaijão, Guerra entre Rússia e Ucrânia.

Através dessa análise, busca-se oferecer uma compreensão mais profunda


dos desafios enfrentados pelo continente europeu em relação aos conflitos
regionais
4

DESENVOLVIMENTO

CONFLITO ENTRE ARMÊNIA E AZERBAIJÃO


Entender o conflito entre Armênia e Azerbaijão sobre o controle da
região de Nagorno-Karabakh é, acima de tudo, entender como a geopolítica
funciona na prática e quais as suas consequências para a população. O
conflito, que teve seu auge no início dos anos 90 com o fim da União Soviética,
voltou a sofrer uma escalada no ano de 2020. Armênios e Azeris, com apoio
turco e russo, disputam uma histórica região montanhosa.

Os motivos dessa guerra, porém, vão além de questões territoriais, já


que o Cáucaso é peça-chave na questão energética. Mas onde exatamente
esse conflito acontece? Quem são os povos envolvidos? Por que Rússia e
Turquia estão interessadas nesse conflito?

ONDE ACONTECE O CONFLITO?


Armênia e Azerbaijão fazem parte do que já foi conhecida como
Transcaucásia, região que liga a Rússia ao norte do Oriente Médio e que hoje
é denominada Cáucaso do Sul. A localidade é historicamente conhecida por
ser um território multiétnico, abrigando ao longo do tempo, inclusive, os
impérios Persa, Otomano e Russo. Não por acaso, o local é popularmente
conhecido como a esquina do mundo.

E quando pensamos no conflito entre eles, destaca-se a região de


Nagorno-Karabakh, situada entre Armênia e Azerbaijão, e que vem sendo alvo
de disputas que remontam, pelo menos, ao tempo em que ambos territórios
faziam parte do Império Russo. O nome que essa região leva, por exemplo, é
reflexo do seu aspecto multiétnico. A palavra de origem túrquica Karabakh tem
como significado “jardim negro”, enquanto que a palavra Nagorno, que tem
origem russa, significa “alto”, ou “montanhoso”. Nagorno-Karabakh, portanto,
pode ser compreendida como uma região montanhosa dentro do território de
Karabakh.

Dentro desse conflito, destacam-se duas etnias: os armênios e os azeris.


Enquanto os armênios são, em sua maioria, historicamente uma população
5

cristã, os azeris – população de etnia túrquica – são majoritariamente


islâmicos. Entretanto, não se pode atribuir ao conflito causas puramente
religiosas ou étnicas. Como veremos logo mais, ele foi fruto de um conjunto de
acontecimentos ao longo da história.

ORIGENS DO CONFLITO DURANTE O PERÍODO SOVIÉTICO

Por se tratar de uma região multiétnica, a definição de fronteiras por


muito tempo foi – e ainda é – assunto delicado. Desde o início do século XX,
quando territórios que hoje conhecemos como Armênia, Geórgia e Azerbaijão
ainda pertenciam ao Império Russo, demarcações territoriais eram um
problema. Porém, por estarem sujeitos às ordens do império a situação era
controlada. Foi só com a Revolução Russa de 1917 que, dissolvido o império
que controlava a região, os povos da Transcaucásia tiveram a oportunidade de
se tornarem independentes, o que aconteceu no ano seguinte.

Porém, essa independência adquirida se traduziu em mais um impasse.


Sem um governo superior que fizesse o papel exercido pelo Império Russo – o
de controlar as negociações -, ambos Armênia e Azerbaijão reivindicaram o
território de Karabakh. Embora não tenha sido um período extenso (1918 a
1922), foi durante essa época que as populações azeris e armênia passaram a
ocupar aquela região de maneira específica. Enquanto os azeris localizavam-
se, em sua maioria, no território plano daquela área, os armênios
majoritariamente ocupavam a região montanhosa: o “Alto Carabaque”
(Nagorno-Karabakh).

Entretanto, já em 1922 mais uma vez um Governo centralizaria o poder


naquela região do Cáucaso. Com o surgimento da União Soviética, Armênia e
Azerbaijão se tornaram então repúblicas soviéticas e, nesse contexto, as
disputas na região seriam controladas novamente. Inclusive, foi sob a
administração soviética naquela localidade que foram demarcados os territórios
ocupados por ambos países atualmente.

A região e Karabakh foi então alocada dentro das fronteiras azerbaijanas


por Stalin, quando este fazia parte do chamado Comissariado do Povo para as
Nacionalidades, instituição que lidava com povos de nacionalidades não-
6

russas. Porém, a maioria étnica daquela região ainda era armênia.


Posteriormente, a região de Nagorno-Karabakh foi denominada uma oblast –
isto é, uma região autônoma, mas ainda sujeita às ordens de Moscou -, porém,
ainda dentro da República Soviética do Azerbaijão.

CESSAR-FOGO APÓS 4 ANOS DE GUERRA


Com o fim da União Soviética no ano de 1991, as Repúblicas Soviéticas
da Armênia e do Azerbaijão tornaram-se independentes. A população armênia
que ocupava a região montanhosa, por sua vez, viu naquela ocasião a
oportunidade de conseguir a sua independência. A ação foi apoiada por
Yerevan (capital da Armênia) e rejeitada pelo Governo azerbaijano. Um
plebiscito foi convocado e, com abstenção dos azeris, a maioria votou a favor
pela criação da República de Nagorno-Karabakh, que, mais tarde, passou a se
chamar República de Artsakh.

Os conflitos por Nagorno-Karabakh reacenderam e, entre 1991 e 1994,


estima-se que mais de 30 mil armênios e azeris tenham morrido. A guerra
iniciada só foi freada quando, em maio de 1994, foi assinado um cessar-fogo
pelos Governos envolvidos nos combates.

Contudo, mesmo após terem assinado um cessar-fogo, conflitos de


menor magnitude continuaram a ocorrer na região, o que com o passar do
tempo gerou propostas para resolução do conflito. Uma das mais notáveis foi
aquela desenvolvida pelo Grupo de Minsk, criado pela OSCE (Organização
pela Segurança e Cooperação Europeia), onde, dentro de alguns tópicos, é
feita a seguinte proposta:

 Retorno dos territórios em torno de Nagorno-Karabakh ao controle do


Azerbaijão;

 Um status provisório para Nagorno-Karabakh fornecendo garantias de


segurança e autogoverno;

 Um corredor ligando a Armênia a Nagorno-Karabakh;

 O direito de todas as pessoas deslocadas internamente e refugiados de


retornar aos seus antigos locais de residência;
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 garantias de segurança internacional que incluiriam uma operação de


manutenção da paz.

Contudo, ambos os países não aceitaram os termos propostos por


acreditarem que estariam sofrendo desvantagens. De um lado, o Governo de
Baku (capital do Azerbaijão) defende as leis que determinam a sua soberania
na região de Nagorno-Karabakh. De outro, Yerevan e Artsakh acreditam que o
território pertence historicamente ao povo armênio. É um fato que escaramuças
– isto é, pequenos conflitos – eventualmente ocorrem na região,
desrespeitando, desta forma, o documento assinado.

A ENERGIA QUE MOVE ALIANÇAS


Essa influência exercida pelo país de Vladimir Putin busca, sobretudo,
manter sua soberania em um aspecto financeiramente importante para o país:
a exportação de gás natural.

A Rússia é, há muito tempo, um dos principais exportadores de gás


natural da Europa. De acordo com dados do IBP (Instituto Brasileiro de
Petróleo e gás), em 2018 o país foi o segundo maior exportador de gás natural,
atrás apenas dos Estados Unidos. O Azerbaijão, por sua vez, é peça-chave no
mercado energético. Além de ser um dos maiores produtores de petróleo e
gás natural da região, existe uma importante rede de oleodutos que
atravessam o território azerbaijano em direção à Turquia, país que há um
tempo vem aumentando o seu protagonismo no cenário energético.

O apoio russo e turco, portanto, possui objetivos próprios que vão além
da disputa por Nagorno-Karabakh. Utilizando de fatores como etnia e religião,
Turquia e Rússia envolvem-se em questões como essa mirando maior
influência e projeção de poder naquela região que é de interesse mútuo, o que
se traduz em medidas práticas tomadas pelos Governos.

O atual presidente turco Recep Tayyip Erdoğan se apoia no chamado


neo-otomanismo. Essa política externa, que faz alusão ao histórico império,
tem como principal objetivo gerar maior protagonismo e aumentar a influência
da potência na região. Uma das formas de colocar essa política externa em
prática é, portanto, o apoio militar fornecido ao Azerbaijão.
8

Já a Rússia, que tem o mesmo objetivo de projetar seu poder no


Cáucaso, embora possua boa relação com o Azerbaijão, interfere no conflito ao
lado da Armênia. O país faz parte da Organização do Tratado de Segurança
Coletiva (CSTO), aliança militar que reúne alguma das ex-repúblicas soviéticas.
Além de ser considerado um dos principais negociadores entre os países, a
Rússia mantém uma base militar na Armênia como forma de exercer influência
no território.

ACONTECIMENTOS RECENTES
É verdade que desde 1994 existe um cessar-fogo assinado entre
Armênia e Azerbaijão, contudo, constantemente o documento é desrespeitado
e conflitos ocorrem nas fronteiras. Este ano, porém, as ofensivas foram mais
violentas e até mesmo fora da região de Nagorno-Karabakh, o que é incomum
de acordo com o histórico do conflito.

Até o momento, estima-se que aproximadamente 5 mil pessoas foram


vítimas dos confrontos que tiveram início nesse ano de 2020, porém, existe
certa dificuldade na apuração exata desses números, já que existe uma batalha
de narrativas que permeia esse conflito. Da mesma forma que o Azerbaijão
tende a não reconhecer o número de mortos declarado pelo Governo Armênio,
este não concorda com os números apresentados pelo Governo azeri.

Um exemplo desta batalha de narrativas é contada por Filipe Figueiredo,


do Podcast Xadrez Verbal. Filipe conta que, de acordo com o Governo de
Artsakh – ex-república de Nagorno-Karabakh – no dia 27 de setembro de 2020
hostilidades tiveram início às 8 da manhã após um ataque azeri na região.
Contudo, o governo azerbaijano contradiz afirmando que, duas horas antes,
ataques haviam sido efetuados por integrantes de Artsakh.

O território disputado por Armênia e Azerbaijão pode ser considerado


pequeno se comparado com outros confrontos, porém, não se trata apenas de
Nagorno-Karabakh. Diariamente o cenário se transforma, já que pontos
estratégicos são conquistados e perdidos por ambos os lados. E a participação
de potências como Rússia, Turquia e até mesmo Israel gera preocupação
nessa nova escalada dos conflitos, podendo ocasionar em combates cada vez
mais violentos.hbhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
9

CONFLITO BASCO

O País Basco – que, na verdade, não é um país – configura-se,


atualmente, como uma das regiões autônomas da Espanha, ocupando uma
área de 20 mil quilômetros quadrados, onde vivem mais de 3 milhões de
habitantes. Os bascos ocupam a Península Ibérica há mais de 5 mil anos,
resistindo a diversas invasões (inclusive a dos Romanos) e preservando os
seus costumes ao longo do tempo, mesmo com a dominação posterior
exercida pelos povos bárbaros. Atualmente, o idioma dessa nação é o mais
antigo dentre os atualmente utilizados na Europa.

Além de ocupar parte do território espanhol, em sua porção norte, os


bascos também habitam parte do sul da França, onde a convivência é mais
pacífica, em razão do fato de apenas 10% daquilo que seria propriamente o
país dos bascos se localizar em território francês.

Os bascos passaram a ser parte do território da Espanha a partir do


século XV, tendo sua divisão com a França solucionada no século XVII. Apesar
disso, os bascos conquistaram, ao longo do tempo, uma relativa autonomia,
diferentemente, até então, das demais etnias localizadas no território espanhol.

A LUTA PELA INDEPENDÊNCIA


O período de maiores instabilidades na região começou na década de
1930, num período de ascensão de governos totalitários na Europa. A
Espanha, governada pelo socialista Francisco Largo Caballero, sofreu
duramente pelas tentativas de Francisco Franco, representante do fascismo
espanhol, em assumir o poder. Neste período de instabilidade, explode a
Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

Durante a Guerra Civil Espanhola, não se podia falar ‘basco’ e este povo
perdeu toda a autonomia política e direitos econômicos. Muitos bascos foram
presos ou mortos. Franco ordenou ainda bombardeio à Guernica, uma cidade
basca, em 1937 e milhares de civis morreram. Para lembrar o fato para a
eternidade, Picasso pintou seu famoso “Guernica” para demonstrar o horror da
guerra. Quando Franco morreu em 1975, os bascos receberam grande parte
da sua autonomia de novo, mas isso não satisfez seu povo.
10

Em retaliação a tais práticas, surge um grupo nacionalista denominado


ETA (Euskadi ta Askatsuna ou Pátria Basca e Liberdade), que tinha como
objetivo resistir às restrições impostas pelo ditador, preservando assim a
cultura do País Basco.

Com o fim da ditadura, o País Basco conquistou, novamente, uma


relativa autonomia, com Parlamento próprio e um sistema tributário
independente. O ETA, até então apoiado pela população, costumava agir
promovendo atentados urbanos às autoridades do governo e até mesmo à
sociedade civil. Os atentados têm como objetivo pressionar o governo
Espanhol e Francês a ceder o território para a instauração da nação basca.

Em 1998, o ETA declarou que iria recuar dos atentados terroristas em


prol de uma negociação com os governos espanhol e francês, porém, já em
1999, os atentados recomeçaram. O assassinato de Ernest Lhuch, ex-ministro
da saúde, destaca-se por ter levado cerca de um milhão de pessoas para as
ruas de Madrid para protestar contra o grupo terrorista.

FIM DA ETA
Em 4 de maio de 2018, personalidades do mundo inteiro reuniram-se na
Villa Arnaga, em Cambo-les-Bains, França, para uma conferência internacional
dedicada a promover a paz no País Basco. Os participantes foram recebidos
nesse cenário de cartão-postal por Jean-René Etchegaray, presidente (pela
União dos Democratas e Independentes, UDI) da comunidade de aglomeração
do País Basco, e pelo advogado sul-africano Brian Currin. Gerry Adams, ex-
líder do partido nacionalista irlandês Sinn Féin, estava ao lado de Jonathan
Powell, chefe de gabinete do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, durante as
negociações com o Exército Republicano Irlandês (IRA) no final da década de
1990, e de Michel Camdessus, ex-diretor-geral do FMI. Todos vieram renovar
seu apoio ao processo de abandono da luta armada iniciado em outubro de
2011 no Palácio de Aiete, em San Sebastián. Eles avaliam o avanço do
Euskadi Ta Askatasuna (ETA – “País Basco e Liberdade”, em basco), que
acabava de anunciar sua dissolução final pela voz do esquivo e histórico
militante Josu Urrutikoetxea.
11

A decisão foi tomada após um longo debate interno. Dos 1.077 militantes
que participaram da consulta, 997 votaram a favor da dissolução: "A ETA
deseja encerrar um ciclo no conflito entre o País Basco e os Estados,
caracterizado pelo uso de violência política […]. A ETA nasceu do povo e agora
se dissolve nele”, diz seu último comunicado, do dia 3 de maio de 2018.

ATENTADOS
Diante da situação do povo basco, muitos atentados foram realizados ao
longo da história, dentre eles destacam-se:

 1959: ano de fundação do ETA, nesse período acontecia na Espanha a


ditadura do governo de Francisco Franco.

 1968: essa data marcou a primeira ação do Grupo ETA, promovendo um


atentado ao Chefe de Polícia da capital do país basco chamada de San
Sebastian.

 1973: nesse ano o ETA realizou um atentado para o Primeiro-Ministro


Luis Carrero Blanco, que morreu em um carro bomba na cidade
espanhola de Madri.

 1980: ano de realização de muitos atos terroristas que resultou na morte


de centenas de pessoas.

 1995: nesse ano o grupo ETA realizou um ataque terrorista ao líder do


Partido (PP), José Maria Aznar, recém eleito primeiro-ministro, no
entanto, ele conseguiu sair ileso graças à blindagem de seu carro.

 1997: nesse ano, importantes políticos e policiais foram assassinados.


No mesmo ano houve um movimento de manifestação no centro de
Madri, no Plaza Del Sol, que conseguiu atingir um contingente de
1.000.000 de pessoas, todos contrários às ações do grupo separatista.

 Em setembro de 1998 o grupo ETA anunciou que iria recuar com os


atentados de forma unilateral.
12

 Em novembro de 1999, ano seguinte ao anúncio da trégua dos


atentados, eles voltaram a dizer que a partir de 3 de dezembro a trégua
teria fim.

 Em 2000 morreram 23 pessoas pelas ações do grupo ETA, inclusive o


presidente da Seção Militar da Suprema Corte, General José Francisco
Guerol, e o ex-ministro da Saúde Ernest Lhuch. A morte do ex-ministro
levou cerca de 1.000.000 de pessoas às ruas para manifestar contra o
atentado.
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GUERRA DO KOSOVO
A Guerra do Kosovo foi o primeiro conflito armado envolvendo a OTAN
desde a sua fundação e a maior crise humanitária ocorrida na Europa desde o
fim da Segunda Guerra Mundial. Ela ocorreu na antiga Iugoslávia, em março de
1999 e foi protagonizada pelos kosovares de origem albanesa e muçulmana,
que representavam uma composição étnica e religiosa diferente da maioria da
Iugoslávia, e pelos sérvios cristãos do país. De um lado, estava a província de
Kosovo lutando pela sua independência, e do outro, estava o presidente
iugoslavo, Slobodan Milosevic, que não queria aceitar tal decisão kosovar.

Iniciou-se uma guerrilha separatista denominada Exército de Libertação


do Kosovo (ELK) buscando promover ações contra os sérvios e retomar a
condição de região autônoma. Milosevic reagiu de forma violenta enviando
tropas com a ordem de aniquilar por completo a rebelião dos kosovares, em
uma tentativa de limpeza étnica, com massacres em número considerável de
civis inocentes e devastações de áreas urbanas e agrícolas. Em represália,
vários sérvios residentes em Kosovo passaram a ser perseguidos pela
população local, intensificando ainda mais os conflitos e provocando um
verdadeiro caos. Diante dos ferozes ataques comandados pelo presidente da
Iugoslávia, a ONU enviou suas tropas para os Balcãs a fim de colocar um
ponto final nas ações militares.

Após negociações, bloqueios econômicos e tentativas de acordos


pacíficos, a OTAN interferiu de vez na guerra desrespeitando a soberania
iugoslava e kosovar sobre a região, e como consequência, lançou intensos
bombardeios na região por 78 dias utilizando um moderno aparato bélico,
tendo em vista que ela gastou US$ 64 milhões por dia de conflito. Dessa forma,
Milosevic se viu obrigado a se render aceitando o acordo de Rambouillet, que
propunha autonomia administrativa e cultural para a província de Kosovo, mas
sem independência.

Um ano depois, o líder sérvio foi preso e entregue ao Tribunal de Haia,


para ser julgado por crimes cometidos na guerra e contra a humanidade em si
14

por aproximadamente uma quantia de US$ 1,300 milhões. Ele faleceu em


março de 2006 na prisão, sendo vítima de parada cardíaca.

Com a entrada das tropas da OTAN em Kosovo, foi instaurado um


governo provisório, sob a tutela da ONU. A maioria dos soldados do exército
iugoslavo deixou a província, e ao mesmo tempo em que refugiados de origem
albanesa iniciaram retorno ao território, cerca de 200 mil sérvios fugiram para a
Sérvia por temerem represálias. Desde então, Kosovo passou a ser uma região
protegida pelas duas principais organizações e continuou lutando pelos seus
direitos e reconhecimento como nação independente. Após anos depois, em
fevereiro de 2008 foi aprovada (por 109 votos a zero) a declaração de
independência do Kosovo, mesmo que tal atitude não tenha sido aceita pela
Sérvia, alegando que o país nunca reconheceria tal independência.

Tal episódio dividiu o mundo. Os Estados Unidos e parte da


Comunidade Europeia apoiam Kosovo, mas a Rússia e a Espanha – aliadas
históricas da Sérvia - apoiam o outro lado, pois temem que o exemplo
separatista kosovar estimule grupos separatistas em seus próprios territórios.
Vale ressaltar que esses fatos podem provocar consequências negativas no
âmbito político, social e econômico entre os países vizinhos, fortalecendo as
rivalidades étnicas na região.
15

CONFLITO ENTRE RÚSSIA E UCRÂNIA


O marco inicial da guerra entre Ucrânia e Rússia ocorreu no dia 24 de
fevereiro de 2022, com a invasão russa ao território ucraniano. Por meio de
ataques terrestres e aéreos, a Rússia deu início ao que chamou de “operação
militar especial”. Esse conflito parece não existir um fim.

As tensões entre os dois países, no entanto, vêm de longa data. Desde


a sua independência na década de 1990, a Ucrânia busca aproximações com
nações ocidentais, como a entrada na Organização do Tratado do Atlântico
Norte (Otan), aliança militar formada por 30 países.

Esses movimentos descontentaram a Rússia. Em 2014, o país já havia


invadido a Crimeia, península no Sul da Ucrânia, com o objetivo de anexá-la ao
seu território. A área tem posicionamento estratégico, tanto para o comércio
quanto para as atividades militares.

Em 2022, o avanço da Otan no Leste europeu foi usado como


justificativa para um novo ataque russo, que acabou culminando no conflito que
dura até hoje. Segundo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a presença da
aliança na região se caracteriza como um risco à segurança de seu país.

Em contrapartida, os ucranianos acreditam que a guerra está sendo


usada pelos russos como uma forma de restabelecer a zona de controle e
influência que a antiga União Soviética exercia na região.

Mais de um ano se passou e ainda não há previsão para o término da


guerra entre Ucrânia e Rússia. Embora o presidente ucraniano Volodymyr
Zelensky tenha afirmado que fará o possível para o fim do conflito em 2023,
análises indicam que os confrontos devem se estender por mais alguns meses
ou até anos.

Inúmeras batalhas foram travadas desde fevereiro de 2022, deixando


mortes e destruição pelo caminho. A estimativa da Organização das Nações
Unidas (ONU), divulgada em abril, é de que 8.500 civis perderam a vida e
outros 14 mil ficaram feridos na guerra.
16

Além de violência e destruição, a guerra provocou consequências para a


economia local e global. A Rússia era uma das principais fornecedoras
mundiais de gás e petróleo até o início do conflito. Descontentes com a
invasão, diversas nações aplicaram sanções contra o país, obrigando os
russos a encontrarem novos parceiros para seus negócios.

Com o corte nas relações comerciais com a Rússia, a demanda mundial


por petróleo e gás aumentou, o que fez os preços aumentarem. O resultado foi
o impacto direto no bolso da população, especialmente os residentes da
Europa, que tiveram que gastar mais com esses itens e perderam poder de
compra em função da alta na inflação.
17

CONCLUSÃO

. Nesse trabalho abordamos sobre alguns conflitos que aconteceram na


Europa e podemos concluir que as guerras ou outros conflitos podem ocorrer
por vários motivos, do conflito entre Armênia e Azerbaijão (falar o(s) motivo(s)),
do conflito basco a busca pela independência de um povo, a guerra do Kosovo
(falar o(s) motivo(s)) e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia (falar o(s)
motivo(s)).

No final, a guerra só trás desunião entre povos diferentes, até mesmo


entre um mesmo povo, a morte de milhões de pessoas, entre muitos civis,
muitas vezes a destruição de cidades, moradias, (citem mais coisas), etc.

Este trabalho foi importante para o conhecimento e o aprofundamento


desde tema, pois fez nos compreender melhor sobre esses conflitos, como,
onde e por que aconteceram.
18

BIBLIOGRAFIA

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/povo-basco.htm

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/movimentos-separatistas-espanha-
bascos-catalaes.htm

https://blogdoenem.com.br/conflitos-do-pais-basco/ 

https://diplomatique.org.br/no-pais-basco-a-luta-pela-paz/

https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/balcas---conflitos-etnicos-as-
guerras-da-bosnia-e-de-kosovo.htm

https://memoria.ebc.com.br/noticias/internacional/2015/06/ha-16-anos-
terminava-guerra-do-kosovo

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/a-independencia-kosovo.htm

https://blog.cresol.com.br/resumo-do-primeiro-ano-da-guerra-entre-russia-e-
ucrania

https://www.politize.com.br/conflito-armenia-e-azerbaijao-entenda/
19

ANEXOS

Mapa do País Basco

FONTE:https://aparenciadoespaco.blogspot.com/2017/05/pais-basco.html 

Guernica, de Pablo Picasso, 1937.

FONTE: https://blogdoenem.com.br/conflitos-do-pais-basco/
20

Manifestação contra o grupo ETA em Madrid.

FONTE: https://blogdoenem.com.br/conflitos-do-pais-basco/

Bandeira do país Basco

FONTE:https://pt.wikipedia.org/wiki/
Bandeira_da_Comunidade_Autónoma_do_País_Basco 

Membros da ETA

FONTE:https://aparenciadoespaco.blogspot.com/2017/05/pais-basco.html 
21

FONTE: https://www.politize.com.br/conflito-armenia-e-azerbaijao-entenda/

FONTE: https://www.politize.com.br/conflito-armenia-e-azerbaijao-entenda/
22

Albaneses que viviam no Kosovo fogem pela fronteira com Albânia, em 29 de


março de 1999 /Santiago Lyon/AP

FONTE: https://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-acervo/post/guerra-do-kosovo-
20-anos-depois-tensao-nos-balcas-expoe-feridas-abertas.html

Casas de Drenica, ao norte de Pristina, capital do Kosovo, foram incendiadas


por forças sérvias dois dias antes de intervenção da Otan | Oleg
Popov/REUTERS

FONTE: https://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-acervo/post/guerra-do-kosovo-
20-anos-depois-tensao-nos-balcas-expoe-feridas-abertas.html
23

Página do GLOBO de 27 de março de 1999 | Acervo O GLOBO

FONTE: https://blogs.oglobo.globo.com/blog-do-acervo/post/guerra-do-kosovo-
20-anos-depois-tensao-nos-balcas-expoe-feridas-abertas.html

Militares em campo de batalha

FONTE: https://blog.cresol.com.br/resumo-do-primeiro-ano-da-guerra-entre-
russia-e-ucrania

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