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O6/06/2022

CÁUCASO
MARIA, SULIANO E JEOVANA
"Cáucaso e Caucásia (em russo Кавказ (Kavkaz), em turco Kafkas e em georgiano
(K'avk'asia), são nomes dados a uma região da Europa oriental e da Ásia ocidental,
entre o mar Negro e o mar Cáspio, que inclui a cordilheira do mesmo nome e as
planícies adjacentes.
Aquela região marca uma das fronteiras entre a Europa e a Ásia, fazendo com que
alguns de seus países sejam considerados transcontinentais, como a Turquia, cujos
territórios se dividem numa porção geograficamente europeia e outra asiática. A
região é dividida em duas partes: uma norte e outra sul, respectivamente,
Ciscaucásia e Transcaucásia.
Mapa político do Cáucaso.
Na região há jazidas de metais não ferrosos e reservas de petróleo (Azerbaijão e
regiões de Maikop e de Grózni).

EXPLORAÇÃO

A. Explorado pelos navegadores gregos de Mileto, no século VIII a.C., o litoral do


mar Negro é repleto de várias colônias. No Cáucaso misturam-se influências
persas, partas e romanas. Ponto de contato entre as civilizações bizantina e
árabe durante a Idade Média, o Cáucaso caiu sob administração dos turcos
seljúcidas no século XI, e, no século XIII, sofreu as invasões mongóis. Entre o
século XI e o meio do século XIII, uma brilhante civilização prosperou nos reinos
da Armênia e da Geórgia. Após a tomada de Constantinopla em 1453, a região
ficou isolada do mundo cristão e passou ao controle otomano no século XVI.
PENETRAÇÃO DA RÚSSIA
B. A penetração russa no Cáucaso começou na mesma época, mas a russificação
tornou-se efetiva somente no final do século XVIII; após a anexação da Geórgia
(1801), a guerra contra a Pérsia e o Império Otomano (1805–1829) permite aos
russos a conquista da região de Erevan. A dura resistência das tribos das
montanhas teve fim somente com a rendição, em 1859, do chefe muçulmano
Chamyl. Os territórios caucasianos, onde haviam sido criadas em 1917 as
repúblicas socialistas da Geórgia, da Armênia e do Azerbaijão, foram, de julho de
1942 a janeiro de 1943, o teatro de uma vasta ofensiva alemã, cujo objetivo era o
controle dos campos petrolíferos de Baku. Do fim da Segunda Guerra Mundial ao
desmantelamento da União Soviética (URSS), os países do Cáucaso seguiram a
história da URSS.
CONFLITO NA OSSÉTIA DO
SUL,GEÓRGIA
ANA VALENTIN E BOROMELLO
A Ossétia do Sul integrou durante a Guerra Fria a União das Repúblicas Socialistas e
Soviéticas. Como integrante dos países do Leste Europeu, foi adepta
do socialismo durante o período bipolarizado do mundo.
Com a decadência da União Soviética e do Socialismo na década de 1980, ambos
guinaram para o final. Em 1989, após a queda do Muro de Berlim, a Ossétia do Sul
declarou sua independência em relação à União Soviética.
Mais grave que a declaração de independência à União Soviética, foi a declaração
semelhante em relação à Geórgia.
A Ossétia do Sul era uma região reconhecida por vários países como integrante do
território da Geórgia. Mas, aproveitando o rompimento com a União Soviética, a Ossétia
do Sul também declarou independência à República Socialista Soviética Georgiana. A
postura da Ossétia do Sul gerou um conflito imediato com a Geórgia que se estendeu por
três meses. Em 1990, Ossétia do Sul e Geórgia geram novo conflito, só que desta vez
mais extenso. O novo embate se prolongou até 1992, só chegou ao fim porque Ossétia do
Sul, Geórgia e Rússia acertaram a criação de uma força de paz.
Assim, desde a queda da União Soviética, Ossétia do Sul representou uma região tensão
no Leste Europeu por causa do interesse da Geórgia em continuar com a soberania do
local. Em abril de 2008, o tenso clima da região se acentuou. A Geórgia argumentou que
a Ossétia do Sul havia derrubado um avião tripulado em seu território. Várias acusações
e provocações se seguiram de ambos os lados, a Rússia interveio e negou os
acontecimentos, mas a instabilidade era latente.
A Guerra da Ossétia do Sul começou em agosto de 2008 como fruto do crescente clima
de tensão na região. A Geórgia se empenhou em reconquistar a soberania na região,
sobretudo porque esta cresceu em importância estratégica na rota do transporte
energético. Com a guerra em vigência, a Rússia passou a apoiar a Ossétia do Sul e
os Estados Unidos apoiaram aGeórgia, embora os estadunidenses negassem qualquer
ligação com o conflito.
A capital da Ossétia do Sul foi palco de vários tiroteios e bombardeios no mês de agosto
de 2008. A Geórgia investiu numa ofensiva que representou uma declaração de guerra. A
comunidade internacional se pronunciou contra o conflito. A Organização das Nações
Unidas tentou encerrar a guerra, mas não obteve êxito. A tensão era tamanha que a
Rússia recusou um pedido de cessar-fogo dos georgianos no dia 11 de agosto, pois
alegaram que mesmo com um pedido de trégua a Geórgia continuava usando força
militar.
Só no final do mês de agosto, no dia 26, que a Rússia decidiu reconhecer Ossétia do Sul e
também Abecásia como regiões independentes. Em resposta, a Geórgia rompeu as
relações diplomáticas com Moscou e, passado o conflito, a tensão ganhou mais espaço
para crescer entre os países da região.
Fontes:

2
https://web.archive.org/web/20090923105355/http://meridiano47.info:80/2008/08
/31/guerra-na-ossetia-do-sul-a-georgia-como-foco-de-conflito-entre-a-russia-e-o-
ocidente-por-rodrigo-wiese-randig/
http://resistir.info/russia/ossetia_08ago08.html
http://www.marxist.com/guerra-ossetia-do-sul.htm
http://igniteapparel.wordpress.com/2008/08/08/war-breaks-out-in-russia-us-urges-

A tensão na região cresce ao mesmo tempo que o aumento dos nacionalismos georgiano
e osseta, em 1989. Anteriormente, com a exceção do conflito de 1920, as duas
comunidades conviveram pacificamente com um alto grau de interação e uma alta taxa
de casamentos inter-étnicos.

O monumento às vítimas do conflito georgiano-osseta em Tskhinvali, em 2003.

No mesmo ano, a influente Frente Popular da Ossétia do Sul (Ademon Nykhas) convoca
para a unificação com a Ossétia do Norte, a fim de defender a autonomia da Ossétia. Em
10 de Novembro de 1989, o Soviete Supremo da Ossétia do Sul votou a favor da
unificação com a Ossétia do Norte, uma unidade da República Federativa Socialista da
Rússia. No dia seguinte, o parlamento da Geórgia revogou a decisão e aboliu a autonomia
da Ossétia do Sul. Além disso, o parlamento autorizou a supressão de jornais e
manifestações.
Um conflito armado ocorre após a proclamação da independência da Ossétia do Sul
quando a Geórgia decidiu recuperar o controle da região. Na noite de 5 para 6 de janeiro
de 1991, a Geórgia cerca Tskhinvali com morteiros e, em seguida, apresenta uma força
policial, acusada de matar muitos civis,[7] este dia é muitas vezes referido como o "Natal
Sangrento" na Ossétia.[8] Confrontada com a resistência das milícias da Ossétia, as
forças georgianas deixam a região.[9]
Em 1 de fevereiro de 1991, a Geórgia impôs um bloqueio econômico a Ossétia do Sul. Em
todo o ano de 1991, o conflito armado entre Geórgia e Ossétia do Sul apoiada pela Rússia
e voluntários da Ossétia do Norte continua. Muitos sulistas se refugiam na Ossétia do
Norte e no resto da Geórgia.
A guerra entre janeiro de 1991 e meados de 1992 causa cerca de 2.000 mortos do
lado georgiano e mais de 800 do lado da Ossétia[10] com a secessão da região da
Geórgia.
Em 24 de junho de 1992, a Geórgia representada por Eduard Shevardnadze e a Rússia
representada por Boris Yeltsin assinaram um tratado para acabar com o conflito,
conhecido como Acordo de Sochi. Em conformidade com o presente Tratado, as forças
das tropas de manutenção da paz composta por russos, ossetas e georgianos são
introduzidas na Ossétia do Sul a partir de 14 de julho de 1992. A Rússia reconhece a
inviolabilidade das fronteiras da Geórgia, enquanto uma comissão trilateral para decidir
sobre o estatuto desta região é criada.

Guerra na Ossétia do Sul de 2008

artigo principal: Guerra na Ossétia do Sul em 2008

Avanço das tropas russas e georgianas

3
Agosto de 2008, Tskhinvali, após o ataque georgiano. O letreiro diz: "ensino
secundário № 6 ".

A tensão na região, que se acumulava durante meses ,[14] e o desejo, de acordo com
alguns analistas,[19] da Geórgia em terminar rapidamente com a independência de
facto das repúblicas separatistas da Abcásia e da Ossétia do Sul, a fim aderir à OTAN,
desencadeou na noite de 7 a 8 de agosto 2008, uma guerra com a Ossétia do Sul e forças
de paz russas, que velavam pela paz na região. Durante os dias anteriores a guerra,
Tskhinvali ficou sob atiradores georgianos. Parte da população da cidade foi evacuada
para a Rússia.
Os primeiros confrontos eclodiram quando o presidente georgiano, Mikheil Saakashvili,
ordenou que seu exército retomasse o controle do enclave da Ossétia independente de
facto desde 1992, mas descrito pela Geórgia como rebelde e pertencente de jure ao seu
território.[20] Em conformidade com os acordos a paz que puseram fim à Guerra Civil
Georgiana, estavam presentes na república separatista as forças de paz russas. Estas
tropas tomaram armas do lado da Ossétia desencadeando logo após combates, e novas
divisões do exército russo cruzaram a fronteira internacional o que constitui, de acordo
com a Geórgia, uma declaração de guerra implícita contra seu país. No mesmo campo
que forças russas e da Ossétia do Sul participaram a república separatista da Abecásia,
tanto na Ossétia do Sul, através do envio de voluntários para lutar contra os georgianos,
como na própria Abecásia.

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