A Frente Oriental da Primeira Guerra Mundial envolveu combates entre os exércitos russos e as potências centrais da Alemanha e Áustria-Hungria na Europa Oriental. Após vitórias iniciais, os russos sofreram grandes derrotas em 1915 que os forçaram a recuar. Isso, junto com as perdas humanas e a má gestão do governo czarista, levou à Revolução Russa de 1917 e à saída da Rússia da guerra com o Tratado de Brest-Litovski em 1918.
A Frente Oriental da Primeira Guerra Mundial envolveu combates entre os exércitos russos e as potências centrais da Alemanha e Áustria-Hungria na Europa Oriental. Após vitórias iniciais, os russos sofreram grandes derrotas em 1915 que os forçaram a recuar. Isso, junto com as perdas humanas e a má gestão do governo czarista, levou à Revolução Russa de 1917 e à saída da Rússia da guerra com o Tratado de Brest-Litovski em 1918.
A Frente Oriental da Primeira Guerra Mundial envolveu combates entre os exércitos russos e as potências centrais da Alemanha e Áustria-Hungria na Europa Oriental. Após vitórias iniciais, os russos sofreram grandes derrotas em 1915 que os forçaram a recuar. Isso, junto com as perdas humanas e a má gestão do governo czarista, levou à Revolução Russa de 1917 e à saída da Rússia da guerra com o Tratado de Brest-Litovski em 1918.
A frente Oriental da Primeira Grande Guerra aconteceu principalmente na Europa Oriental e os feitos de seus respectivos países assim como na frente Ocidental, mudaram o rumo da Grande Guerra. Os russos já esperavam uma guerra desde o começo do século XX, assim como todas as outras potências, o período apelidado de Paz Armada. Em 1910, o general Yuri Danilov criou "Plano 19" que previa a invasão da Prússia Oriental, mas este plano foi criticado por acharem o Império Austro-Húngaro mais perigoso que a Alemanha. Então, ao invés de quatro exércitos invadindo o leste da Prússia, os russos decidiram enviar apenas dois exércitos para atacar os alemães, enquanto outros dois defenderiam a fronteira com os austro-húngaros que ameaçavam a Galícia. No começo da guerra, quando o exército alemão estava ocupado lutando na frente ocidental com os franceses, em 17 de agosto de 1914, o Exército Imperial Russo lançou sua invasão ao leste da Prússia, Sucedendo no teatro de operações do noroeste russo. Duas semanas mais tarde, os alemães interromperam os russos na Batalha de Tannenberg. Ao mesmo tempo, no sul, as forças imperiais russas tiveram mais sucessos, derrotando os austro-húngaros na Batalha da Galícia. Na Polônia russa, os alemães falharam em tomar Varsóvia, levando a um impasse na fronte oriental pelo final de 1914. Porém, em 1915, os exércitos da Alemanha e Áustria-Hungria começaram a avançar na Galícia e na Polônia, forçando uma grande retirada das tropas russas de várias frentes de batalha. O Grão-Duque Nicolau Nikolaevich foi então dispensado do cargo de comandante-em-chefe, com o czar Nicolau II em pessoa assumindo esta posição, o que não foi bom para o esforço de guerra russo. Os russos lançaram ataques contra os alemães em 1916, com a maioria terminando em fracasso, incluindo no do Lago Naroch e de Baranovichi. Mas alguns sucessos aconteceram, principalmente quando o general Aleksei Brusilov lançou uma grande operação militar contra o leste da Áustria-Hungria na Ofensiva Brusilov, que resultaria na maior vitória russa na guerra. Em agosto de 1916, o reino da Romênia decidiu entrar na guerra ao lado dos Aliados. A Entente prometeu aos romenos a região da Transilvânia em troca de apoio. O exército romeno conseguiu sucessos na sua invasão da Transilvânia, mas sofreram quando os alemães e austríacos contra-atacaram, com a Bulgária se juntando à Tríplice Aliança e avançando pelo sul. Enquanto isso, a situação na Rússia era ruim. Mais de quatro milhões de soldados morreram ou desapareceram em três anos de conflito, com poucas vitórias para o império, algo que fez a moral nacional despencar. Ademais, as condições e qualidades de vida caíram graças aos gastos bélicos e má gestão econômica do governo czarista. Isso levou à revolução de 1917 em que estourou uma revolta em larga escala, forçando a abdicação de Nicolau II. O Governo Provisório Russo foi formado, com Georgy Lvov como seu líder. Ele logo foi substituído por Alexander Kerensky que foi um líder eficiente, mas acabou não conseguindo estimular apoio ao governo, ao mesmo tempo que afirmou que prosseguiria com a guerra. Kerensky lançou o exército da nova República Russa numa grande ofensiva em julho, mas fracassou de novo. Isso aumentou o desgosto popular sobre o novo governo e os Bolcheviques iniciaram uma revolta contra a administração de Kerensky, culminando na Revolução de Outubro resultando na ascensão de Vladimir Lenin ao poder e a formação da República Socialista Federativa Soviética da Rússia. Os soviéticos contactaram a Alemanha e começaram a negociar um armistício. Após muita discórdia, os alemães e austro-húngaros invadiram o oeste da Rússia na Operação Faustschlag, o que forçou o novo governo soviético russo a voltar desistir da negociação e assinar o Tratado de Brest- Litovski, retirando os russos da guerra após enormes concessões territoriais feitas as Potências Centrais. Dois meses depois, em maio, a Romênia também saiu da guerra, através do Tratado de Bucareste. A assinatura do Tratado de Brest-Litovski, em 3 de março de 1918 encerrou as grandes operações militares na Frente Oriental. Contudo, a Rússia logo entrou numa sangrenta guerra civil e conflitos nos Estados menores da Europa do Leste continuaram por alguns meses. Porém, o encerramento desta fronte permitiu aos alemães moverem dezenas de divisões do leste para o oeste e lançaram a Ofensiva da Primavera contra os Aliados Ocidentais, que terminou em desastre quatro meses mais tarde. Os aliados então iniciaram a "Ofensiva dos Cem Dias", que derrotou os alemães e encerrou a guerra. Com o colapso das Potências Centrais e a assinatura do Tratado de Versalhes (1919), os tratados de Brest-Litovski e Bucareste, firmados entre a Alemanha e a Rússia Soviética e a Romênia foram considerados inválidos. A Frente Oriental acabou sendo tão sangrenta e cruel quanto a Ocidental. Além das batalhas violentas, as doenças, a falta de comida, remédios e outros bens básicos de subsistência acabaram levando a um desastre humanitário no leste da Europa. Cerca de 2 milhões de militares russos e outros 2 milhões de civis foram mortos na guerra. Quase 1,5 milhões de alemães foram mortos, feridos, capturados ou desapareceram no Fronte Oriental, junto com quase 4 milhões de súditos do Império Austro-Húngaro. Pelo menos 500 mil romenos também morreram.