Fonte: Google Imagens

ESTUDOS SOBRE A
CULTURA TECTÔNICA
ANÁLISE PROJETUAL: TEORIA E VIVÊNCIA

DOCENTES: BEATRIZ LEMOS E FILIPE VALENTIM

ASTON GABRIEL,GABRIELLY ROBERTO E THAMIRES BANDEIRA

QUEM FOI KENNETH
FRAMPTON?

Kenneth Frampton é um arquiteto britânico, crítico,

historiador e professor de Arquitetura na Graduate School
of Architecture and Planning, Columbia University, New
York.

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 O interesse no assunto da tectônica, está intimamente relacionado a sua crítica a respeito da produção arquitetônica no
Modernismo e PósModernismo, expressas em seu manifesto “Towards a critical regionalism: six points for a architecture
of resistance” de 1983.

TECTÔNICA EM TRÊS OCASIÕES:

1983 1990 1995

Towards a critical Rappel à l’ordre: The case for the Studies in tectonic culture
regionalism: Six points for an tectonic
architecture of resistance

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TE C T ÔN I C A
1. A palavra “tectônica” deriva de uma adaptação latina (tectonicus) do
grego tektonikós(τεκτονικός) — “construtor” ou “carpinteiro”

É definida como a “arte da construção”, a tectônica é uma forma de abordagem do

edifício pelo entendimento das junções e da materialidade, revelando a cultura local da
construção, estando ligada ao saber fazer, resultante da criatividade ao lidar com as
diversas possibilidades de materiais e técnicas construtivas (FRAMPTON, 1995;
CANTALICE, 2015; BALBI, 2018).
.

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O conceito da tectônica pode ser entendido a partir dessa ótica filosófica que liga construção, herança cultural e
intelecto humano. Dessa forma, a intenção da tectônica é relacionar a arquitetura com o saber‑fazer e com as técnicas
construtivas, que são normalmente passadas de geração para geração pelos mestres de obras, empreiteiros e técnicos
da construção.

como essência da arquitetura o caráter tectônico pode se expressar de diferentes modos

a partir das inúmeras possibilidades de interações;

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 Fonte: Google Imagens

HOTEL TAMBAÚ
ARQUITETO: SERGIO

BERMNARDES

ANO DO PROJETO: 1966

LOCALIZAÇÃO: PRAIA DE

TAMBAÚ, JOÃO PESSOA,

BRASIL

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Foi construído nas areias da praia de Tambaú, zona leste, litoral de João Pessoa, inaugurado na década de
1970. Seu formato arredondado chama a atenção de quem passa e se tornou um dos símbolos e cartões
postais cidade. São ao todo 173 apartamentos, quase todos com uma vista: ou para o mar ou para os jardins
internos
Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens Fonte: Google Imagens

FACHADA FRONTAL ÁREA DA PISCINA APARTAMENTOS

COM VISTA PARA O

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JARDIM
Os parâmetros analíticos da tectônica decorrentes dos nexos entre os elementos materiais e a expressividade da
estrutura formal arquitetônica são identificados em três níveis de relações: (1) relação sítio/ estrutura formal
arquitetônica, (2) relação sistema resistente/ estrutura formal arquitetônica e (3) relação elementos de vedação/
estrutura formal arquitetônico.

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RELAÇÃO SÍTIO/ ESTRUTURA FORMAL ARQUITETÔNICA

Observa características naturais do solo;

O edifício, em sua estrutura formal circular se acomoda à forma;

Banco de areia onde foi implantado o Hotel, com vista do bate estacas à época da construção (à dir.) Hotel Tambaú logo

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após sua Inauguração (1971). Fonte: Acervo SUPLAN e Acervo de Humberto Madruga, respectivamente.

RELAÇÃO SISTEMA RESISTENTE/ ESTRUTURA FORMAL

ARQUITETÔNICA
O uso de pilotis
A utilização de grandes coberturas;
Introdução do plano estrutural contínuo como as cascas de concreto armado

Pilotis sustentam o hotel e, ao mesmo Diagrama do estrutural do Hotel Tambaú Estrutura e casca

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tempo, deixam o pavimento térreo livre Aristóteles Cordeiro [LM+P/UFPB]
 RELAÇÃO ELEMENTOS DE VEDAÇÃO/ ESTRUTURA

FORMAL ARQUITETÔNICO.
O talude constitui o elemento de vedação dessa porção do anel externo do hotel;
tijolos aparentes maciços utilizados como elemento de vedação
Painéis de elementos vazados cerâmicos que concedem, além da leveza e transparência, uma estética que remete à
renda produzida por artesãos da região;

Hotel Tambaú [SUPLAN Superintendência Paineis de cobogó cerâmicos e Fechamentos internos em tijolos cerâmicos maciços à vista,ambiente da recepção do hotel,

11
de obras do plano de desenvolvimento da logo após sua inauguração.
Paraíba Foto de Germana Rocha (2010) e acervo do Hotel Tambaú, respectivamente
 O elemento de vedação do “porão de pedras” em placas de concreto vazadas juntamente com as empenas e a
estrutura porta;

Vistas externas da porção Leste do hotel: na maré alta (à esq.) e na maré baixa (à dir.).
Fonte: Fotos de Germana Rocha (2010)

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 CONSIDERAÇÕES

Ao analisar a tectônica do Hotel Tambaú, pode -se concluir que, uma forma arquitetônica inusitada é alcançada
através da expressividade de materiais e técnicas construtivas simples e convencionais;

Na relação entre o sítio e a estrutura formal arquitetônica, pode -se considerar que a obra surge de modo imperativo
e imponente ao contexto urbano transformando o lugar;

A análise do caráter tectônico do Hotel Tambaú revela o recurso à lógica construtiva como um dos determinantes da
dimensão estética da arquitetura, o que aponta para a persistência da ênfase desse caráter tectônico na arquitetura;

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 REFERÊNCIAS

FRAMPTON, Kenneth. Towards a critical regionalism: Six points for an architecture of resistance. In: FOSTER, Hal (Dir.).
The anti-aesthetic: Essays on postmodern culture. Port Townsend (Washington): Bay Press, 1983, p. 16-30.

______. K. História Critica da Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1997.470.p.

______. K. Towards a Critical Regionalism: Six Points for an Architecture of Resistence. In: Labour, Work and Architecture
: Collected Essays on Arquitecture and Design. Phaidon Press Limited, 2002, p.76-89.

______. K. Rappel à l’ordre: The case for the tectonic. In: Labour, Work and Architecture: Collected Essays on
Arquitecture and Design. Phaidon Press Limited, 2002, p. 91-103.

VITRUVIUS. Hotel Tambaú. Disponível em: https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/18.206/6627. acesso em:

6.set.2022

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OBRIGADO