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Disciplina de Desenho de construcao civil I

ESCOLA SUPERIOR TÉCNICA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS
Campus de Lhanguene, Av. de Moçambique, Km 1,

Tel: +258 21 402161, Fax: +258 21 402161, Maputo

CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE EDUCAÇÃO VISUAL

DISCIPLINA: DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL I

Docente da cadeira Arquitecto Ernesto Pedro Nhiuane


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1. INTRODUÇÃO AO DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL.

A palavra projecto significa intento, desígnio, empreendimento, plano geral de edificação.

Na construção civil, para alcançar o objetivo, que é a edificação em pleno estado de uso e
funcionalidade, se faz a utilização de vários tipos de projetos:

 Projeto Arquitetônico;

 Projetos Complementares:

 Hidráulico;

 Estrutural;

 Elétrico;

 Prevenção Contra Incêndios;

 Projeto Topográfico.

Além dos projectos citados, é de grande importância outros elementos utilizados para
complementação destes projetcos como a memoria descritiva e justificativa, o orçamento, um
cronograma fiscal/financeiro, um caderno de encargos e o diário da obra, por exemplo.

Estes conjuntos de elementos citados, juntamente com o projeto de produção, que também se
utiliza destes elementos, formam o projeto da edificação.

2. Estudo de documentos normativos para obras publicas

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 Posturas urbanas

 Instruções para elaboração de projectos arquitrctonicos

 Contrato para elaboração de projectos de arquitectura

 Manual de fiscalização de obra

 Regulamento para edificações urbanas

 Regulamento de betão armado

 Quadro Mocambicano

 Regulamento para instalações hidro- sanitário

 Licença de construção

NB. Todos estes documentos consta do anexo

3. SÍMBOLOS USADOS EM PROJETOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

3.1. FUNDAÇÕES

São desenhadas em função dos materiais e sua disposição geral, com dimensões
aproximadas, se houver, pois seu detalhamento é função do projecto estrutural

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3.2. PISO/ CONTRA-PISO

Normalmente identifica-se apenas a espessura do contra-piso com espessura


aproximada a 10cm, através de duas linhas paralelas.

A terra ou aterro são indicadas através de hachura inclinada.

O contra piso ocorre alinhado com a viga baldrame das parede.

3.3 PAREDES

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4. Nos cortes, as paredes podem aparecer seccionadas ou em vista. No caso de paredes


seccionadas, a representação é semelhante ao desenho em planta baixa.

3.4 PORTAS

5. São desenhadas representando-se sempre a folha da esquadria, com linhas


auxiliares, se necessário, procurando especificar o movimento da folha e o espaço
ocupado.

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3.5 JANELAS

6. São representadas através de uma convecção genérica, sem dar margem a uma
maior interpretação quanto ao número de caixilhos ou funcionamento da esquadria.

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7. MATÉRIAS E ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO

8. ESTUDO DE ESCALAS DE DESENHO

8.1. ESCALAS

Através do desenho arquitectónico o arquitecto o desenhador gera os documentos


necessários para as construções. Esses são reproduzidos em ‘’pranchas”, isto é, folhas de
papel com dimensões de papel com dimensões padronizadas, por norma técnica. Desta
forma se tivermos que desenhar em ESCALA. As escalas são encontradas em réguas
próprias, chamadas escalimetros.

Assim, a ESCALA é a relação que indica a proporção entre cada medida do


desenho e sua dimensão real no objecto

Um dos factores que determina a escala de um desenho e a necessidade de detalhe


da informação. Normalmente, na etapa de projecto executivo, quanto elemento menores e
cheios de detalhes da construção estão sendo desenhados para serem executados, como
por exemplo as esquadrias (portas, janelas etc.) normalmente as

Desenhamos em escalas mais próximas do tamanho real. Outro factor que


influencia a escolha da escala é o tamanho do projecto. Edifícios muito longos ou grandes
extensões urbanizadas em geral são desenhadas a escalas de 1:500 ou 1:1000. Isto
visando não fragmentar o projecto. O que quando ocorre, dificulta às vezes a sua

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compreensão. A escolha da escala geralmente determina também o tamanho da prancha


que se vai usar.

Com a prática do desenho, a escolha da escala certa se torna um exercício


extremamente simples, à medida que a produção dos desenhos acontece

Ex. A escala gráfica corresponde a 1:50 é representada por segmentos iguais de


2cm,pois 1metro /50=0,02 = 2cm

8.2 ESCALA RECOMENDADAS

Escala 1:1, 1:2, 1:5, 1:10 – Detalhamento em geral;

Escala 1:20 e 1:25 – Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros


compartimentos.

Escala 1:50 – é a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas, cortes e
alçados de projectos arquiectónico

Escalas 1:75 – juntamento com a de 1:25, ‘é utilizada apenas em desenho de


presentação que não necessita de ir a obra- maior dificuldade de proporção

Escalas 1:100 – opção para plantas, cortes e alçados quando é inviável o uso de
1:50, plantas de situação e paisagismo, também para desenhos de estudo que necessitam
de muitos detalhes

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9. DIMENSIONAMENTO/ COTAGEM – COLOCAÇÃO DE COTAS NO


DESENHO

Cotas são números que correspondem às medidas reais no desenho. As cotas


indicadas nos desenhos determinam a distância entre dois pontos, que pode que pode ser
a distância entre duas paredes, a largura de um vão de porta ou janela, a altura de um
degrau de escada. O pé direito de um pavimento, etc. a ausência das dimensões provocará
dúvidas para quem executa, e na dificuldade de saná-las, normalmente o responsável pela
obra, extrai do desenho, a informação, medindo com instrumentos de medida.

É a forma pela qual passamos nos desenhos, as informações referentes às


dimensões de projecto. São normalmente dadas em centímetros.

As áreas podem e devem ser dadas em metros quadrados. Assim é necessário,


procurar sempre informar através de uma nota no desenho as unidades utilizadas, como
por exemplo: cotas em centímetros e as áreas em metros quadrados.

COTAS GERAIS

Os desenhos de arquitectura, bem como todos desenhos técnicos, devem ter as


suas medidas indicadas correctamennte.

a) As linhas de cota devem estar sempre fora de desenho, salvo em


casos de impossibilidade;

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b) A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da


construção, sendo que a primeira linha deve ficar aafastada 25 mm do ultimo
elemento a ser cotada e as seguintes devem afastar-se umas das outras 10mm

c) As linhas de chamadas devem parar de 2 a 3 mm do ponto


dimensionada

d) As cifras (números) devem ter 3mm de altura, e o espaco entre elas


e a linha de cota deve ser de 1,5mm

e) Enquanto a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura,


colocar a cota ao lado, indicando seu local exacto com uma linha

f) As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas.

g) Nos cortes, somente marcar cotas verticais

h) Evitar a duplicação de cotas

i) Todas as dimensões totais devem ser identificadas

j) As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do


desenho

k) As linhas de cota não devem se cruzar

l) Identificar pelo menos três linhas de cota, como mostrado na figura


abaixo

 subdivisao de paredes e esquadrias

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 Cotas das pecas e paredes

 Cotas totais extremas

10. CONCEITO DE PLANTA, ALÇADO E CORTE

10.1 PLANTA DE PISO

É o nome que se dá ao desenho de uma construção feita, em geral, a partir do


corte horizontal à altura de 1,5m a partir da base. É um diagrama dos relacionamentos
entre, espaços e outros aspectos físicos em um nível de uma estrutura. Nela devem

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estar detalhadas em escala as medidas das paredes (comprimento e espessura), portas,


janelas, o nome de cada ambiente e seu respectivo nível.

A partir da planta de piso são feitos os lançamentos dos demais elementos dos
projecto complementares (instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, telefônicas,
prevenção e combate a incêndio, sistema de proteção a descargas atmosféricas (spda),
sonorização, segurança, assim como o cálculo estrutural e de fundações de uma obra).

O desenho da planta de piso só será considerada completa se, além da


representação gráfica dos elementos, contiver todos os indicativos necessários, dentre
os quais as cotas (dimensões).

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COBERTURA

11. Na arquitetura, o termo cobertura é utilizado para referir-se a uma estrutura sobre o
telhado de um edifício

PLANTA DE COBERTURA

Representação gráfica da vista ortogonal principal superior de uma edificação, ou

vistas aéreas dum telhado, acrescida de informações do sistema de escoamento

pluvial

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PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

Representação da vista ortogonal superior esquemática, abrangendo o terreno e o seu


interior, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da
construcao dentro do terreno para o qual esta projectada.

Planta de situação vista ortogonal superior esquemática com abrangência de toda a


zona que envolve o terreno onde será edificada a construção projectada, com a

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finalidade de identificar o formato, as dimensões do lote e amarração deste no


quarteirão em que se localiza

Exemplo

PLANTA DE MOILIARIO

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ALCADOS

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CORTES

São os desenhos em quem são indicadas as dimensões verticais. Neles


encontramos o resultado da intersecção do plano vertical com o volume. A posição do
plano depende do interesse de visualização. Recomenda-se sempre passá-lo pelas áreas
molhadas (banheiros e cozinhas), pelas escadas e poços dos elevadores. Pode sofrer
desvios, sempre dentro do mesmo compartimento, para possibilitar a apresentação das
informações mais pertinentes. Podem ser transversais (planos de corte na menor
dimensão da edificação) ou longitudinais ( na maior dimensão).o sentido da observação
depende do interesse da visualização e interpretação

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ETAPAS PARA DESENHO DO CORTE

1. Colocar o papel transparente sobre a planta, observando o sentido do corte já


marcado na planta baixa.

2. Desenhar a linha do terreno

3. Marcar a cota do piso dos ambientes “cortados” e traçar

4. Marcar o pé direito e traçar

5. Desenhar as paredes externas

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6. Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar o contra-piso

7. Desenhara cobertura ou o telhado

8. Desenhar as paredes internas, cortadas pelo plano

9. Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano

10. Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte

11. Denominar os ambientes em corte

12. Colocar a indicção de níveis

13. Colocar linhas de coa e cotar o desenho

12. CONCEITO DE PROJETO ARQUITETÓNICO; TIPOS E FASES PARA


SUA ELABORAÇÃO

CONCEITO PROJECTO DE ARQUITECTURA


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Os projectos são guias ou instruções que detalham quais são os passos a seguir para
alcançar um determinado objectivo. Um projecto, desta forma, recolhe ideias e acções
que se interrelacionam com um propósito. Arquitectónico, por sua vez, está relacionado
com a arquitectura (a ciência dedicada ao design e à construção de edifícios).

Um projecto arquitectónico (ou projectos de arquitectura), por conseguinte, é um


conjunto de informações e diagramas que permitem detalhar, em algum tipo de apoio,
como será uma obra que se queira levar a cabo. Estes projectos incluem gráficos,
esquemas, planos e informações que se apresentam em formato físico e/ou digital.
Também podem compreender maquetes e outros tipos de representações.

O projecto de arquitetura é o processo pelo qual uma construção é concebida e


também a sua representação final. É considerada a parte escrita de um projecto.
Projetco Arquitetônico é o conjunto de desenhos técnicos e documentação
relacionada assinada e aprovada por Arquitetco, Engenheiro e Órgão Responsável
dependendo de qual função o Projecto em questão terá.

O conjunto é compostoa na maioria das vezes porpor seguentes peça: Implantação


da Construção, Planta Baixa de todos os Pavimentos, Cortes da Construção,
Elevações e Detalhes.

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Para chegar-se aos desenhos técnicos há um grande estudo sobre o projecto em


questão, os arquitetos precisam “entrevistar” seus clientes para saber o que eles
precisam, gostam e podem ter, esta etapa é conhecida pelo termo inglês BRIEFING,
onde pode-se apenas conversar ou aplicar questionários. Depois desta etapa deve-se
apresentar croquis das ideias, sendo sempre acompanhados pelos clientes,
posteriormente com a aprovação dos croquis apresenta-se um ante-projeto ou pré-
projeto em desenho técnico (a mão ou impresso), obviamente depois disso o projeto
completo, podendo ter a presença de algumas perspectivas ou maquetes físicas ou
eletrônicas para melhor compreensão. A apresentação de maquete não é obrigatória,
mas é sempre muito bom para um melhor resultado e noção de volumetria. Após o
cliente aprovar tudo, apresenta-se à Prefeitura os desenhos necessários e dá-se
entrada na aprovação para iniciar as obras no canteiro, para isso é necessária
emissão de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) pelo arquiteto e assinatura
do mesmo.

O desenho de arquitectura manifesta-se como um conjunto de símbolos que


expressam uma linguagem, estabelecida entre o emissor (o desenhador ou
projectista) e o receptor ( o leitor do projecto).é através dele que o arquitecto
transmite as suas intenções arquitectonica e construtivas.

Assim, o projecto arquitectonico é composto por diversos documentos, entre eles as


plantas, os cortes e as fachadas (alçados). Neles encontram-se as informações sob
forma de desenhos, que são fundamentais para a perfeita compreensão de volume
criado com suas compartimentações. Nas plantas visualiza-se o que acontece nos
planos horizontais, enquanto nos cortes o que acontece nos planos verticais. Assim,
a partir de cruzamento das informações contidas nesses documentos, o volume
poderá ser construído. para isso, devem ser indicadas todas as dimensões,

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designações, áreas, pés direitos, níveis etc. As linhas devem estar bem
diferenciadas, em função das suas propriedades e os textos claros e correctos.

ETAPAS PARA ELABORAÇÃO UM O PROJETCO ARQUITECTONICO.

As atividades técnicas de elaboração de projectos de edificações deverão ser


conduzidas em etapas sucessivas pelo Contratante e pelo autor do projecto, sendo no
mínimo, as seguintes :

a) Levantamento de Dados

b) Programa de Necessidades

c) Estudo de Viabilidade;

d) Partido Arquitectónico

e) Estudo Preliminar;

f) Anteprojecto;

g) Projecto Executivo

a) Levantamento de dados

Nesta etapa o órgão solicitante deve fornecer informações relativas ao terreno


onde se pretende implantar a obra, incluindo planeamento urbano, registros cadastrais,

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leis, consulta de viabilidade e códigos municipais, distritais serviços públicos,


vizinhanças e condições ambientais, da área onde será implantada a edificação.

Verificar se a actividade prevista para a edificação depende de licenciamento de


órgão competentes, principalmente quanto à elaboração de Estudo de Impacto Ambiental.

O licenciamento prévio poderá impor condições e limites a serem obedecidos na


elaboração do projecto executivo que, uma vez concluído, será apresentado para a
obtenção de Licença

b) Programa de Necessidades

Determinação da entidade a ser instalada na edificação, de sua estrutura


organizacional, de seus usuários, equipamentos e fluxos de funcionamento, e relação dos
espaços necessários para a realização das atividades pertinentes à sua estrutura
organizacional, seus lay outs, respectivos dimensionamento e características.

c) Estudo de Viabilidade

Consiste na elaboração de análises e avaliações para selecção e recomendação de


alternativas de concepção da edificação, seus limites, seus elementos, instalações e
componentes.

d) Partido arquitectónico

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Intenção formal de configuração e resolução da edificação a ser executada,


baseada em condicionantes e determinantes obtidos pela análise dos dados e do programa
de intervenção pretendido. São factores condicionantes e determinantes, entre outros, o
contexto onde a obra está inserida, a legislação regulamentadora, a complexidade e o
rigor do programa de necessidades, a representatividade a ser atendida, a disponibilidade
financeira definida pelo solicitante, os meios construtivos disponíveis, os sistemas de
modulação e padronização da construção existentes.

e) Estudo Preliminar

Começa com uma entrevista com o cliente e futuros usuários da edificação,


visando detectar suas necessidades espaciais e preferências. Compreende visitas ao local,
para averiguações de medidas, inserção urbana, vizinhos, insolação, etc. e, se necessário,
visitas à Prefeitura Municipal para conhecimento da legislação local. Visa determinar a
viabilidade do programa e do partido a ser adotado, através de estudos volumétricos e
esquemáticos.

Será desenvolvido a partir da análise e consolidação do Programa de


Necessidades e deverá caracterizar o organograma de espaços, actividades e fluxograma
operacional.

Consiste na definição gráfica da implantação e do partido arquitectónico através


de plantas, cortes e fachadas em escala livre, compreendendo:

 A implantação da edificação ou conjunto de edificações e seu


relacionamento com o local escolhido, acessos, estacionamentos e outros,
inclusive expansões possíveis;

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 A explicitação do sistema construtivo e dos materiais empregados;

 Os esquemas de zoneamento do conjunto de atividades, as circulações e


organização volumétrica;

 O número de edificações, suas destinações e locações aproximadas;

 O número de pavimentos;

 Os esquemas de infra-estrutura de serviços;

 lay out organização e dimensionamento de espaços internos.

f) Anteprojecto

Solução geral do projeto com a definição clara dos ambientes e a implantação da


edificação no terreno. É representado através de planta baixa mobiliada e cotada, cortes
esquemáticos, fachada e volumetria, de acordo com o estudo preliminar elaborado.

Esta etapa consiste na elaboração e representação técnica da solução apresentada


e aprovada no Estudo Preliminar, pelos técnicos analistas. Apresentará a concepção da
estrutura, das instalações em geral, e de todos os componentes do projecto arquitetônicos.

Deverão estar graficamente representados:

 Discriminação em plantas, cortes e fachadas, em escalas não menores que 1:100,


de todos os pavimentos da edificação e seus espaços, com indicação dos
materiais deconstrução, acabamentos e dimensões, principalmente de escadas
/rampas, sanitários e locais especiais;

 Ocação da edificação ou conjunto de edificações e seus acessos de pedestres e

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veículos;

 Definição de todo o espaço externo e seu tratamento: muros, rampas,


escadas, estacionamentos, calçadas e outros, sempre com as dimensões e
locações relativas;

 Indicação do movimento de terra, com demonstração de áreas de corte e


aterro;

 Memoria descritiva e justificativa.

g) Projecto Executivo

O Projeto Executivo apresenta, definitivamente, a arquitetura da edificação,

Esta etapa consiste na representação completa do projecto de Arquitetura, que


deverá conter, de forma clara e precisa, todos os detalhes construtivos e indicações
necessárias à perfeita interpretação dos elementos para a execução dos serviços e obras,
incluindo a memoria descritiva e justificativa e o mapa de quantidade detalhado.

O Projecto Executivo deverá estar representado graficamente por desenhos de


plantas, cortes (mínimo de quatro), fachadas (todas) e ampliações de áreas molhadas ou
especiais, em escala conveniente, e em tamanho de papel que permita fácil manuseio na
obra. Os detalhes de elementos da edificação e de seus componentes construtivos poderão
ser apresentados em cadernos anexos onde conste sua representação gráfica, de
conformidade com a Norma NBR 6492 - Representação de Projetos de Arquitetura.

Deverão estar graficamente representados:

a) A implantação do edifício, onde constem:


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 A orientação da planta com a indicação do Norte verdadeiro ou magnético


e as geratrizes da implantação;

 A representação do terreno, com as características planialtimétricas,


compreendendo medidas e ângulos dos lados e curvas de nível, e
localização de árvores, postes, hidrantes e outros elementos construídos,
existentes;

 As áreas de corte e aterro, com a localização e indicação da inclinação de


taludes e arrimos;

 Os RN do levantamento topográfico;

 As paredes externas das edificações, cotados em relação à referência


preestabelecida e bem identificada;

 As cotas de nível do terreno das edificações e dos pontos significativos das


áreas externas (calçadas, acessos, patamares, rampas e outros);

 A localização de todos os elementos externos, como: acessos, pátios,


canteiros, estacionamentos, portões, rampas, iluminação externa,
drenagem e demais componentes necessários à organização e planeamento
dos espaços externos, visando uma paisagem construída e humanizada.

b) O edifício compreendendo:

 Plantas de todos os pavimentos, com áreas e medidas internas de todos os


compartimentos, espessura de paredes, materiais e tipos de acabamento, e
indicações de cortes, elevações, ampliações e detalhes;

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 Dimensões relativas de todas as aberturas, vãos de portas e janelas, altura


dos peitoris e sentido de abertura;

 Escoamento das águas, a posição das calhas, condutores e beirais,


reservatórios, “domus”, rufos e demais e elementos, inclusive tipo de
impermeabilização, juntas de dilatação, aberturas para equipamentos
(como ar condicionado), sempre com indicação de material e demais
informações necessárias;

 Cortes (mínimo de quatro) das edificações onde fiquem demonstrados o


“pé direito” dos compartimentos, alturas das paredes, altura de
platibandas, cotas de nível de escadas e patamares, cotas de piso acabado,
tudo sempre com indicação clara dos respectivos materiais de execução e
acabamento;

 Impermeabilização de paredes e outros elementos de proteção contra a


umidade;

 Ampliação, se for o caso, de áreas molhadas ou especiais, com indicação


de equipamentos e aparelhos hidráulicos sanitários, indicando seu tipo e
detalhes necessários;

 Esquadrias, indicando o material componente, o tipo de vidro, fechaduras,


fechos, dobradiças, o acabamento e o movimento das peças, sejam
horizontais ou verticais;

 Todos os detalhes que se fizerem necessários para a perfeita compreensão


da obra a executar, tais como: coberturas, peças de concreto aparente,
escadas, armários, divisórias e todos os arremates necessários;

 Todas os alçados

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c) A documentação técnica, onde deverão ser apresentados:

 Memoria descritivoa / justificativo, com especificações


técnicas detalhadas dos materiais a serem empregados, - planilha com
quantitativo, especificada e detalhada.

Prazos de entrega

A definição dos prazos será fornecida pela contratante, que deverá


fornecer um cronograma, como o do exemplo abaixo:

 O prazo de entrega do estudo preliminar será contado a partir da data da

ordem de serviço.

 Os prazos seguintes serão contados a partir da data de entrega formal da


etapa anterior.

 O prazo final de entrega dos projetos será contado a partir da data da

aprovação final do projeto.

13. ELABORAÇÃO DE UM PROJETO UNIFAMILIAR EM UM PISO

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Termo de referencia

Elaborar um projecto arquitectoni

14. Elaboração de um projeto unifamiliar em mais dois pisos

Termo de referencia

ROTEIRO PARA DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ARQUITETURA


DA EDIFICAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

A palavra projetcos significa, genericamente, intento, desígnio, empreendimento


e, em acepção, um conjunto de acções, caracterizadas e quantificadas, necessárias à
concretização de um objetivo. Embora este sentido se aplique a diversos campos de
actividade, em cada um deles o projecto se materializa de forma específica.

O objetivo principal do Projecto de Arquitetura da Edificaçãoé a Execução da


Obra idealizada pelo arquiteto.

Essa obra deve se adequar aos contextos naturais e culturais em que se insere e
responde às necessidades do clientee futuros usuáriosdo edifício.

As exigências do cliente e utentes se exprimem através do programa de


necessidades que define metodicamente o objectivo do projecto.

3. CONTEÚDO ABRANGÊNCIA

3.1. Serviços Incluídos

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O presente documento roteiriza o serviço de Projeto de Arquitetura da


Edificaçãoinclusa a

coordenação/compatibilização dos projetos complementares listados nas letras Ee


Fdo item 3.2,abaixo.

3.2. Serviços Excluídos

Além do Projeto de Arquitetura da Edificaçãoo arquiteto está técnica e


legalmente habilitado àrealização de

outros serviços, excluídos do presente roteiro, entre os quais;

a) pesquisas, elaboração de programa de necessidades e similares;

b) levantamento arquitetônicos, urbanísticos, topográficos e geológicos


(sondagens);

c) estudos de viabilidade (técnico – legal) arquitetônica, planos diretores


urbanísticos e similares;

d) projeto de reforma, revitalização e restauração de edificações;

e) projetos de reparo, conservação/manutenção e limpeza de edificações;

f) projetos complementares de estrutura instalação hidrosanitárias (água quente e


fria, esgotos e águas pluviais),

de gás, de proteção contra incêndio e de coleta de lixo, instalações elétricas e


telefônicas, confortoambiental,

acústica, sonorização e luminotécnica, instalações de ar condicionado e exaustão


mecânica, entre outros;

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g) Projetos de paisagismo, arquitetura de interiores, decoração, mobiliário e


comunicação visual;

h) Projetos de desenho urbano, loteamentos, remembramento / de terrenos e


similares;

i) Planos urbanísticos;

j) Estudos da viabilidade econômico – financeira, estimativas de custos,


Orçamento e similares;

l)Vistorias / perícias, laudos / pareceres, assessoria / consultoria e similares;

m) Fiscalização (técnica) de projetos (realizados porterceiros), em nome do


cliente;

n)Gerenciamento (técnico,administrativo e financeiro) de projetos (realizados por


terceiros), em nomedo cliente;

o) Fiscalização de execução de obras (realizadas por terceiros) ou fiscalização da


construção / construtor,

montagem/montador, fabricação/fabricante em nome do cliente;

p) Gerenciamento da execução de obras (realizadas por terceiros) ou fiscalização


técnica, administrativa e

financeira da construção/construtor, montagem/montador, fabricação/fabricante,


em nome do cliente;

q)Execução de obras (construção/montagem/fabricação).

4. DOCUMENTOS RELACIONADOS

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Os procedimentos, definições e serviços incluídos neste documento, configuram o


parâmetro – Base para a

fixação dos honorários profissionais, conforme recomendado nas “Condições de


Contratação e Remuneraçãodo

Projeto de Arquitetura da Edificação”.

Os valores ali fixados não remuneram os serviços excluídos(item 3.2) e os


produtos finais/serviços opcionais

(item 5.4) deste documento-roteiro.

5. DEFINIÇÕES

5.1. Gerais

a) obra: espaço/objeto a ser construído, fabricado ou montado;

b) projeto: conjunto de desenhos e documentos técnicos necessários à construção,


fabricação ou montagem da

obra; 1ª etapa de realização da mesma;

c) execução:conjunto de ações técnicas, baseadas no projeto, necessárias à


construção, fabricação ou

montagem da obra; 2ª etapa de realização da mesma;

d) arquiteto: técnico contratado, responsável pelo projeto e/ou execução da obra;

e) cliente: pessoa física ou jurídica contratante dos serviços do arquiteto;

f) usuário:cada um daquele que utilizarão a obra projetada e/ou executada pelo


arquiteto. Em alguns casos

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cliente e usuários coincidem;

g) programa de necessidades:documento que exprime as exigências do cliente e as


necessidades dos futuros

usuários da obra. Em geral, descreve sua função, atividades que irá abrigar,
dimensionamento e padrõesde

qualidade assim como especifica prazos e recursos disponíveis para a execução. A


elaboração desse

programa deve, necessariamente, proceder o início do projeto, podendo


entretanto, ser complementado ao

longo de seu desenvolvimento.

5.2. Fases De Projeto

O projeto de arquitetura da edificação compreende as fases de Estudo Preliminar,


Anteprojetoe/ou Projeto de

Aprovação, projeto de Execução e Assistência à Execução da Obraque se


caracterizam como blocos

sucessivos de coleta de informações, desenvolvimento de estudos/serviços


técnicos e emissão de produtos finais,

objetivando, ao término de cada um deles:

a) avaliar a compatibilidade do projeto com o programade necessidades, em


especial no que se refere a:

•funcionalidade;

•dimensionamentos e padrões de qualidade;

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•custos e prazos de execução da obra;

b) providenciar, em tempo hábil, as reformulações necessárias à concretização


dos objetivos estabelecidosno

programa de necessidades, evitando-se posteriores modificações que venham a


onerar o custo do projeto

e/ou da execução da obra;

c) construir o conjunto de informações necessárias ao desenvolvimento da fase


subsequente.

OEstudo Preliminar constitui a configuração inicial da solução arquitetônica


proposta para a obra (partido),

considerando as principais exigências contidas no programa de necessidades.


Deve receber a aprovação

preliminar do cliente.

O Anteprojetoconstitui a configuração final da solução arquitetônica proposta


para a obra, considerando todas as

exigências contidas no programa de necessidades e o Estudo Preliminaraprovado


pelo cliente. Deve receber a

aprovação final do cliente.

O Projeto de Aprovaçãoé uma sub-fase ao anteprojeto, desenvolvida, conforme o


caso anterior, concomitante

ou posteriormente a ele. Constitui a configuração técnico-jurídica da solução


arquitetônica proposta para a obra

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considerando as exigências contidas no programa de necessidade, o Estudo


preliminar ou Anteprojeto aprovado pelo cliente e as normas técnicas de apresentação
erepresentação gráfica emanadas dos órgãos públicos(em especial, Prefeitura Municipal,
concessionárias de serviços públicos e Corpo de Bombeiro). Nos casos especiais em que
não haja necessidade de aprovação do, projeto pelos poderes públicos esta sub-fase deixa
de existir.

O Projeto da Execuçãoé o conjunto de documentos técnicos (memoriais,


desenhos e especificações)

necessárias à licitação e/ou execução (construção,montagem, fabricação) da obra.


Constitui a configuração

desenvolvida e detalhada do Anteprojeto aprovado pelo cliente.

A Assistência à Execução da Obraé fase complementar de projetoque se


desenvolve concomitantemente à

execução da obra, não se confundindo com os serviços listados nas letras O, Pe


Qno item 3.2.Os serviços

correspondentes a esta fase estão discriminados no item 6.4.

A cada fase do projeto de Arquitetura da Edificaçãocorrespondem fases


correspondentes dos projetos

complementares listados no item 3.2.letras Ee F. A


coordenação/compatibilização desses cabe ao arquitetos,

sendo considerada serviços incluídosno presente documento.

Dependendo da complexidade da obra e do acordo prévio entre arquiteto e cliente,


o Projeto de Arquitetura da

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Edificação poderá ser complementado pelos serviços listados no item 3.2.

5.3. Informações necessárias ao desenvolvimento do projeto

Para dar início a cada fase do projeto o arquiteto necessita de um conjunto de


informaçõestécnicas (dados,

desenhos e documentos) imprescindíveis ao desenvolvimento da mesma. Parte


dessas informações é fornecida

pelo cliente, parte pesquisada pelo arquiteto, conforme especificado no item 6.

5.4. Produtos finais/serviços básicos e opcionais

Ao longo e/ou ao término de cada fasede projeto o arquiteto desenvolve


estudos/serviçostécnicos e emite e

fornece ao cliente produtos finais(desenhos, documentos e especificações) que


caracterizam a solução

arquitetônica proposta para a obra.

Produtos finais/serviços básicossão aqueles indispensáveis à definição do projeto.

Produtos finais/serviços opcionaissão aqueles que esclarecem, ilustram, elucidam


e complementam o projeto.

Os honorários fixados nas “Condições de Contrataçãoe Remuneração do Projeto


de Arquitetura da Edificação”

não incluem a prestação/emissão desses serviços/produtos, devendo sua contração


ser objeto de acordo àparte.

6. ROTEIRO BÁSICO

6.1.Estudo Preliminar

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6.1.1.Informações

6.1.1.a.A cargo do cliente

a) programa de Necessidades, especificando:

•objetivo do cliente e finalidades da obra;

•prazos e recursos disponíveis para o projeto e a execução;

•características funcionais da obra, em especial:

-atividade que irá abrigar;

-compartimentação e dimensionamento preliminares;

-escala de proximidades espaciais;

-população fixa e variável (por compartimento);

-fluxos (de pessoas, veículos, materiais)

•mobiliário, instalações e equipamentos básicos (por compartimento);

•padrões de construção e acabamento;

•recursos técnicos disponíveis para a execução: materiais, mão–de-obra, sistemas


construtivos;

•modalidade de contratação de execução e porte do


construtor/montador/fabricante.

b) Informações sobre o terreno e seu entorno, em especial:

•Escrituras;

•Levantamento topográfico plani-altimétrico detalhado, em escala adequada,


indicando os limites do terreno

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(dimensões lineares e angulares), as construções vizinhas e internas ao terreno, o


arruamento e as calçadas

limítrofes, os acidentes naturais (rochas, cursos d’água, etc.), a vegetação


existente (locação e especificação

de árvores e massas arbustivas) e o Norte verdadeiro;

•Levantamento arquitetônico detalhado, em escala adequada, de construções


porventura existentes no interior

do terreno;

•Sondagem geológica a dados sobre drenagem visando subsidiar a concepção


estrutural e o projeto de

fundações da obra.

6.1.1.b. A Cargo do Arquiteto

a) programa de necessidades:

•revisão e eventual complementação.

b) informações sobre o terreno e seu entorno, em especial:

•documento cadastrais (projetos de alinhamento e loteamento, levantamentos


aerofotogramétricos e outros);

•fotos do terreno e seu entorno;

•dados geo-climáticos e ambientais locais, em especial, temperaturas,


pluviosidades, insolação, regimede

ventos e marés (para terrenos a beira-mar) e níveisde população sonora, do ar, do


solo e das águas);

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•dados urbanísticos do entorno do terreno, em especial, uso e ocupação do solo,


padrões arquitetônicose

urbanísticos, infra-estrutura disponível, tendências de desenvolvimento e planos


governamentais para aárea

e, condições de tráfego e estacionamento.

c) legislação arquitetônica e urbanística (municipal, estadual e federal) pertinente,


em especial:

•restrições de uso;

•taxas de ocupação e coeficientes de aproveitamento;

•gabaritos;

•alinhamentos, recuos e afastamentos;

•número de vagas de garagem;

•exigências relativas a tipos específicos de edificação e outras exigências


arquitetônicas das Prefeituras

Municipais, Corpo de Bombeiros, Concessionárias de Serviços Públicos,


Ministérios da Marinha, Aeronáutica,

Trabalho e Saúde e Órgãos de Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio


Histórico, entre outros.

6.1.2. Produtos Finais / Serviços Básicos:

• memorial: descreve e justifica a solução arquitetônica proposta relacionando-a


ao Programa de necessidade,

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às características do terreno e seu entorno, à legislação arquitetônica e urbanística


pertinentes e/oua outros

fatores determinantes na definição do partido adotado;

• planta de situação: representa a implantação da obra no terreno indicado, em


especial, acessos, posição e

orientação da(s) edificação (ões) e principais, elementos arquitetônicos


(estacionamentos, piscinas, quadras

esportivas, castelos d’água e/ou outros), recuos e afastamentos, cotas e níveis


principais e quadro, geral de

áreas (totais, por setor, pavimento e/ou bloco, úteis e/ou construídas, conforme o
caso);

• plantas e cortes gerais:representam a compartimentação interna da obra


indicando, em especial, a

localização, inter-relacionamento e pré-dimensionamento de ambientes,


circulações (verticais e horizontais) e

acesso;

• fachadas principais:representam a configuração externa da obra indicando seus


principais elementos, em

especial esquadrias;

• coordenação dos estudos preliminares complementares.

6.1.3 Produtos Finais / Serviços Opcionais:

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• perspectivas e/ou maquete de massas:representam a configuração espacial


global da obra, sua

implantação no terreno e relacionamento com o entorno construído;

• desenhos promocionais: perspectivas adicionais (internas e/ou externas) e


plantas e/ou humanizadas (com

indicação de mobiliário e equipamentos básicos), entre outros;

• especificação preliminar dos principais materiais eacabamentos;

• estudos preliminares complementares: de Estrutura, Instalações, paisagismo


e/ou Arquitetura de Interiores,

entre outros listados no item 3.2, letras Fe G;

• estimativa preliminar de custos: baseada, em geral, nos custos correntes do


metro quadrado da

construção, custos globais dos serviços ou critérioequivalente, consideradas as


características da obra.

6.2. Anteprojeto

6.2.1. informações:

a) Todas as informações listadas no item 6.1.1;

b) Os Estudos Preliminares aprovados pelo cliente.

6.2.2. Produtos Finais / Serviços Básico.

• Plantas de situação:define a implantação da obra no terreno locando e


dimensionado em especial, a(s)

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edificação(ões), acessos, áreas livres e demais elementos arquitetônicos. Indica


afastamentos, recuos,

investiduras, área “non aedificandi” e servidões, cotas gerais e níveis de


assentamento, áreas totais e/ou

parcial, úteis e/ou construídas, conforme a necessidade;

• plantas baixas: definem, no plano horizontal, a compartimentação indicando a


designação, localização, inter-relacionamento e dimensionamento finais (cotas, níveis
acabados e áreas) de todos os pavimentos,

ambientes, circulações e acessos. Representam a estrutura, alvenarias, tetos


rebaixados, revestimentos,

esquadrias (com sistema de abertura), conjuntos sanitários e equipamentos fixos;

• planta(s) de cobertura:define(m) sua configuração arquitetônica indicandoa


localização e dimensionamento

finais (cotas e níveis acabados) de todos os seus elementos. Representa(m),


conforme o caso, telhados,

lajes, terraços, lanternins, domus, calhas, caixas d’água e equipamentos fixos;

• cortes gerais:definem, no plano vertical, a compartimentação interna da obra e a


configuração arquitetônica

da cobertura indicando a designação, localização, inter-relacionamento e


dimensionamento finais (alturas e

níveis acabados) de pavimentos, ambientes, circulações e elementos


arquitetônicos significativos.

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Representam a estrutura, alvenarias, tetos rebaixados, revestimentos, esquadrias


(com sistema de abertura)

e, conforme o caso, telhados, lanternins, “sheds”, domus, calhas, caixas d’água e


equipamentos fixos;

• fachadas:definem a configuração externa da obra indicando todos os seus


elementos, em especial, os

acessos. Representam a estrutura, alvenarias, revestimentos externos, esquadrias


(com sistema de abertura)

e conforme o caso, muros, grades, telhados, marquises, toldos, letreiros e outros


componentes arquitetônico

significativos;

• especificações: definem os principais materiais e acabamentos, em especial,


revestimentos de fachadas e

pisos, paredes e tetos de todos compartimentos. A critério do arquiteto, porém ser


apresentadas sob diversas

formas, por exemplo:

a) grafadas nos próprios desenhos (plantas, cortes e fachadas);

b) em um quadro geral de materiais e acabamentos e/ou;

c) sob a forma de texto (memorial de especificações);

• coordenação dos anteprojetos complementares

6.2.3. Produtos Finais / Serviços Opcionais:

•maquete;

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•perspectivas;

• anteprojetos complementares de Estrutura, Instalações, Paisagismo e/ou


Arquitetura de Interiores, entre

outros listados no item 3.2., letras Fe G;

• orçamento estimativo: baseado nos Anteprojetos de Arquitetura e


complementares, pré-dimensiona

quantidades e custos de materiais e serviços (mão-de-obra) necessários à


realização da obra.

6.3. Projeto(s) de Aprovação

6.3.1. Informações:

a) todas as informações listadas no item 6.1.1;

b) os estudos preliminares aprovados pelo cliente, caso o Projeto de Aprovação


seja desenvolvido anteriorou

concomitantemente ao Anteprojeto; ou (ver a definição de PA, no item 5.2.)

Os anteprojetos aprovados pelo cliente, caso o Projeto de Aprovação seja


desenvolvido posteriormente ao

Anteprojeto.

c) as normas de apresentação e representação gráfica emanadas dos órgãos


públicos.

6.3.2. Produtos Finais / Serviços Básicos:

Variáveis caso a caso, conforme as exigências dos órgãos públicos e


concessionárias envolvidos. Inclui-se com

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serviços básicos a coordenação dos Projetos de Aprovação complementares.

6.3.3. Produtos Finais / Serviços Opcionais:

•projetos de aprovação de estrutura, instalações e outros, quando exigidos;

•revisão do projeto de aprovação, conforme o executado (as built legal); ver item
6.5.3.

6.4. Projeto de Execução

6.4.1. Informações:

a) todas as informações listadas no item 6.1.1.;

b) os anteprojetos aprovados pelo cliente e os projetos de aprovação aprovados


pelos órgãos públicos; ou

(ver item 5.2.)

Os anteprojetos aprovados pelo cliente, nos casos especiais em que não haja
necessidade de aprovação de

projetos pelos poderes públicos.

6.4.2. Produtos Finais / Serviços Básicos:

• planta de situação / locação:define detalhadamente a implantação da obra no


terreno locando e

dimensionando todos os elementos arquitetônicos, emespecial, edificação(ões),


acessos, vias, áreas livres,

muros, piscinas, quadras e/ou outros, variáveis caso a caso.

Indica afastamentos, cotas gerais e parciais e níveis de assentamento;

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• plantas baixas (ou de alvenaria):definem detalhadamente, no plano horizontal, a


compartimentação interna

da obra indicando a designação, localização, inter-relacionamento e


dimensionamento (cotas e níveis

acabados e/ou em osso) de todos os pavimentos, ambientes, circulações, acessos e


vãos (em especial, de

esquadrias).

Representam a estrutura, alvenarias (em osso ou acabadas), tetos rebaixados,


forros, enchimentos e,

conforme o caso, revestimentos, esquadrias (com sistema de abertura), conjuntos


sanitários, equipamentos

fixos, de elementos dos projetos complementares, emespecial, de instalações


(tomadas, pontos de luz,

shafts, prumadas, etc.). Indicam todos os elementosespecificados e/ou detalhados


em outros

documentos/desenhos:

• planta(s) de cobertura:define(m) detalhadamente sua configuração arquitetônica


indicando a localização e

dimensionamento (cotas e níveis acabados e/ou em osso) de todos os seus


elementos. Representa(m),

conforme o caso,telhados, lajes, terraços, lanternins, domus, calhas, caixas d’água


e equipamentos fixos.

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Indicam todos os elementos especificados e/ou detalhados em outros


documentos/desenhos;

• cortes gerais e/ou parciais:definem detalhadamente, no plano vertical, a


compartimentação interna da obra

e a configuração arquitetônica da cobertura indicando a designação, localização,


inter-relacionamento e

dimensionamento (alturas e níveis acabados e/ou em osso) de todos os


pavimentos, ambientes, circulações,

vãos e outros elementos arquitetônicos significativos.

Representam a estrutura, alvenarias (em osso ou acabados), tetos rebaixados,


forros, enchimentos e,

conforme o caso, revestimentos, esquadrias (com sistema de abertura), conjuntos


sanitários, telhados,

lanternins, “sheds”, domus, calhas, caixas d’água, equipamentos fixos e


elementos dos projetos

complementares (ar-condicionado e exaustão, por exemplo). Indicam todos os


elementos especificados e/ou

detalhados em outros documentos/desenhos.

• Fachadas:definem detalhadamente a configuração externa da obra indicando


todos os seus elementos.

Representam a estrutura, alvenarias, revestimentos externos (com paginação),


esquadrias (com sistemas de

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abertura) e, conforme o caso,muros, grades, telhados, marquises, toldos, letreiros


e outros componentes

arquitetônicos significativos. Indicam todos os elementos especificados e/ou


detalhados em outros

documentos/desenhos;

• Plantas de teto refletido: quando necessárias, definem detalhadamente a


paginação de tetos rebaixados e

forros indicados os seus elementos. Representam, conforme o caso, a estrutura


(pilares e vigamento)

alvenarias e elementos dos projetos complementares (luminárias, aerofusos e


“sprinklers”, por exemplo).

• Plantas de piso:quando necessárias, definem detalhadamente a paginação de


pavimentações e pisos

elevados indicando todos o seus elementos. Representam, conforme o caso, a


estrutura (pilares), alvenarias

e elementos dos projetos complementares (tomadas depiso e raios, por exemplo.

• Elevações;quando necessárias, definem detalhadamente a paginação de


revestimentos de paredes

indicando todos os seus elementos. Representam, conforme o caso, a estrutura


(vigas e lajes), alvenarias,

esquadrias e elementos dos projetos complementares (quadros de luz, por


exemplo).

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• Detalhes: desenvolvem e complementam as informações contidas nos


desenhos acima relacionadas.

Representam em plantas, cortes, elevações e/ou perspectivas, definindo-os, todos


os elementos

arquitetônicos necessários à execução da obra. Em geral, compreendem:

-ampliações de compartimentos, em especial, banheiros, cozinhas, lavanderias,


saunas, áreas molhadas.

-detalhes de construção, fabricação e/ou montagem de:

-quadras, pistas e campos de esportes;

-piscinas, lagos e fontes;

-muros, jardineiras, bancos e outros elementos paisagísticos;

-escadas e rampas;

-painéis de elementos vazados (cobogós), tijolos devidros e alvenarias especiais;

-revestimentos e pavimentações;

-impermeabilizações e proteções (térmicas, acústicas, etc.);

-bancas e bancadas;

-soleiras, peitoris, chapins, rodapés e outros arremates;

-telhados (estrutura e telhamento);

-domus, lanternis e “sheds”;

-esquadrias;

-balcões, armários, estantes, prateleiras, guichês e vitrines;

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-forros, lambris e divisórias;

-grades, gradis e portões;

-guardas-corpos e corrimãos.

Em projetos mais complexos, alguns detalhes são objeto de projetos especiais, por
exemplo:

-cozinhas industriais e lavanderias automatizadas (mobiliário, equipamento e


instalações especiais);

-muros, jardineiras, lagos e campos esportivos (paisagismo) ;

-proteção térmo-acústicas (conforto ambiental, acústica);

-revestimentos internos (arquitetura de interiores).

Conforme a natureza dos materiais especificados, osdetalhes são, em geral,


agrupados em seções, a saber:

-detalhes gerais (em concreto, alvenaria, argamassa, mármores e granitos,


materiais cerâmicos, plásticos

e borrachas, produtos sintéticos e outros;

-detalhes de carpintaria e marcenaria (madeira);

-detalhes de serralheria (ferro, alumínio e outros metais);

-detalhes de vidraçaria.

Conforme o grau de industrialização dos componentes, os detalhes podem ser:

-executivos

-esquemáticos

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Neste último caso, os detalhes executivos são elaborados pelo fabricante do


componente e aprovados pelo

arquiteto; por exemplo:

-esquadrias de alumínio

-forros industrializados

• especificações: definem detalhadamente todo os materiais, acabamentos e


normas para a execução de

serviços, necessários à execução da obra. Em geral são apresentadas:

a) detalhadamente, em um caderno de encargos composto de:

-normas de contratação da execução da obra (direitos e deveres do cliente, fiscal


ou gerente; do arquiteto

e do executor);

-especificação de serviços (normas de execução)

-coordenação dos projetos de execução complementares.

6.5.3. Produtos Finais / Serviços Opcionais:

• plantas e/ou cortes de terraplanagem;

• anteprojetos complementaresde estrutura, instalações, paisagismo e/ou


arquitetura de interiores, entre

outros listados no item 3.2, letras Fe G;

• orçamento: define detalhadamente quantidade e custos de todos os materiais e


serviços (mão-de-obra)

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necessários à execução da obra.

6.5. Assistência à Execução da Obra

6.5.1. Informações:

a) todas as informações listadas no item 6.1.1;

b) os projetos de execução.

6.5.2. Produtos Finais / Serviços Básicos:

•visitas ao canteiro de obras e/ou participação em reuniões técnicas visando o


esclarecimento de dúvidas

sobre o projeto e/ou sua eventual complementação;

•exame, para aprovação, de componentes manufaturados;

•substituição de desenhos e especificações, em casode necessidade: falta de


produtos no mercado, falência

de fabricantes, retirada de produtos de linha ou outras situações excepcionais;

•revisão do projeto de execução (apenas os desenhosgerais – plantas de situação,


baixas e de cobertura,

cortes e fachadas, excluído o detalhamento) conforme o executado (“as buit”


executivo), objetivando sua

atualização arquitetônica para fins de cadastro e manutenção, ao término da


construção ou montagem da

obra.

6.5.3. Produtos Finais / Serviços Opcionais:

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•revisão do projeto de aprovação, conforme o executado (“as built” legal),


objetivando sua regularização junto

aos órgãos públicos, ao término da construção, fabricação ou montagem da obra.

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