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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE FÍSICA
Depto de Física da Terra e do Meio Ambiente

FISD36 – Física Geral Teórica I

Energia, Trabalho e Potência

Profa. Maria Zucchi


Profo. Edson Marques Fh
Trabalho e Energia Cinética
Até o momento, temos analisado o movimento usando conceitos como posição,
velocidade, aceleração e força. Contudo, alguns tipos de movimento são difíceis
de descrever usando as lei de Newton diretamente.

Trabalho e Energia quantidades físicas (escalares) associadas à partículas


e sistemas de partículas

corpo ou partícula
Sistema conjunto de corpos ou partículas
região do espaço
tamanho e forma variável

Bauer
Profa Maria Zucchi

A Energia e o Mundo
Envolve algumas questões: a produção, consumo, eficiência, recursos energéticos
e políticas energéticas nacionais e globais.

Bauer
Profa Maria Zucchi

Energia de combustíveis fósseis

Combustíveis fósseis: Carvão, petróleo e gás


natural. A queima de hidrocarbonetos com
oxigênio produz energia em grande escala.
Recurso não renovável.
Poluição: emissão de dióxido de carbono.

Energia solar
Bauer
Recurso “infinito”. Não poluente. Células solares.

Bauer
Balanço de Radiação Solar na Superfície

SP RJ

Fonte: Oliveira et al. (2002) Fonte: Marques Filho et al. (2016)

SSA

Fonte: Cotrim et al. (2021)


Balanço de Radiação Solar na Superfície
verão inverno

SP

RJ

SSA
Fontes “renováveis” de energia
Eólica, Hidroeléctrica, Geotérmica e Biomassa (plantas, animais)

Bauer

Bauer mundo 37%


http://www.mme.gov.br/documents
Profa Maria Zucchi

Energia de reações nucleares


Reações nucleares podem liberar altíssimas energia:

• Físsão de núcleos pesados


(urânio 233 e 235, plutônio 239)
Problema: Lixo radioativo que precisa ser armazenado
a longo prazo

• Fusão de hidrogênio
http://www.cnen.gov.br/
Vantagens: não poluente
Recurso praticamente infinito, mas ainda não viável.
Físsão
Fusão

http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu

http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu
Energia Nuclear no Brasil

http://www.cnen.gov.br/

Reator Nuclear do tipo Angra 2

Esquema de um reator de potência do tipo


PWR (Pressurized Water Reactor)
http://www.cnen.gov.br/images/CIN/P
DFs/Tahuata_Fundamentos.pdf

http://www.cnen.gov.br/images/CIN/P
DFs/Tahuata_Fundamentos.pdf
Profa Maria Zucchi

Trabalho
Definição:
Trabalho é definido como a energia transferida para um objeto
ou transferida de um objeto, causada pela ação de uma força.

O trabalho positivo é definido como aquele que transfere


energia ao objeto, e o trabalho negativo é o que transfere
energia do objeto.

Esta definição de trabalho é válida para todos os tipos de energia, mas também para a
energia cinética em particular
Trabalho
Considere uma partícula (sistema) que realiza um deslocamento ∆𝒓 ao longo de
uma linha reta quando está sob a ação de uma força constante 𝑭 que faz um ângulo 𝜽
com o plano
F

𝜽 F cos𝜽

∆𝒓

O trabalho W realizado por um agente exercendo uma força constante 𝑭 sobre o sistema:

𝑾 = 𝑭 ∆𝒓 𝒄𝒐𝒔𝜽

Observações:
a) Uma força não realiza trabalho sobre um sistema se a partícula não se mover;
b) Quando a força aplicada é perpendicular ao deslocamento, W é nulo (cos 90°= 0)
Trabalho

Se a partícula em movimento está sob influência de várias forças Wtotal


realizado é a soma do trabalho feito por cada uma das forças

𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑭𝟏 ∆𝒓𝟏 + 𝑭𝟐 ∆𝒓𝟐 + 𝑭𝟑 ∆𝒓𝟑 + ⋯ + 𝑭𝒏 ∆𝒓𝒏

Como modelamos o sistema como uma partícula, se ele se move todas as partes do sistema
sofrem o mesmo deslocamento:

𝑾𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = ෍ 𝑭𝒊 ∆𝒓
𝒊=𝟏
Caso unidimensional
Trabalho realizado por uma força constante para o movimento unidimensional

O vetor força F e o vetor


deslocamento x podem apontar
no mesmo sentido(trabalho
positivo) ou em sentidos opostos
(trabalho negativo)

Em 1 D e força constante o Trabalho é a área do retângulo com:


largura = deslocamento e altura = força
Exemplo
Um objeto de 102 kg está inicialmente movendo-se em linha reta com velocidade de
53 m/s. Se ele sofre uma desaceleração de 2 m/s2 até ficar imóvel, responda:
a) A intensidade da força utilizada;
b) A distância percorrida;
c) O trabalho realizado pela força de desaceleração.
Trabalho realizado por força variável
Dividindo o intervalo de x0 a x em diversos intervalos menores
com largura x, Em cada um dos pequenos intervalos entre xi e
xi+1 podemos aproximar a força de uma constante e, portanto, o
trabalho como sendo a área do retângulo

Obtem-se uma aproximação do trabalho total fazendo a soma de


todos os retângulos:

Fazendo a largura dos retângulos individuais menor ou x→ 0.

O trabalho é a integral da força do intervalo do deslocamento


Trabalho realizado por força variável

O resultado anterior é correto para o caso de movimento em uma dimensão.


Se o movimento se der em duas ou mais dimensões, temos que combinar o produto
escalar com a integração.

(Esta é a expressão mais geral do trabalho realizado por uma força!)

Em componentes Cartesianas, isto resulta em três integrações


Dicas de integração

Todas as integrais indefinidas tem uma constante aditiva, c


Integrais definidas são obtidas inserindo limites superiores e inferiores no resultado
da integral indefinida e obtendo a diferença
Integração é o processo inverso à diferenciação

Algumas integrais
Polinômios (n  1)

Funções trigonométricas:

Exponenciais:
Exemplo
Determine o trabalho realizado por uma força 𝐹Ԧ = 2𝑥𝑖Ƹ + 3𝑗Ƹ 𝑁,
com x em m, exercida sobre uma partícula enquanto ela se
move da posição inicial 𝑟𝑖 = 2𝑖Ƹ + 3𝑗Ƹ 𝑚, até a posição final
𝑟𝑓 = −4𝑖Ƹ − 3𝑗Ƹ 𝑚
Energia cinética
Energia contida no movimento de um objeto. Por definição:

Unidade de energia cinética:

Esta unidade de energia recebeu seu nome, Joule (J), em homenagem ao físico britânico
James Joule (1818-1889)

Unidade de energia e conversão útil: 1 J = 1 N.m


Exemplos de energia cinética
Um carro de massa 1310 kg conduzido à 24,6 m/s:

Bauer
A massa da Terra é de 6·1024 kg, e ela orbita ao redor do sol com velocidade de 30.000 m/s:

Uma bola de tênis de massa 0,142 kg arremessada a 35,8 m/s tem energia cinética:

Um elétron (me = 9,1·10-31 kg) movendo-se com velocidade escalar de 1,3·106 m/s (= 0,4%
da velocidade da luz):
Exemplo: queda de um objeto

Um objeto de massa = 2,40 kg é abandonado (v0 = 0 m/s) o de uma


altura de 1,30 m e cai no chão. Qual é sua energia cinética logo
antes do impacto?

Para determinar a energia cinética precisamos determinar a velocidade do objeto logo antes do
impacto:

y0
Fg

No caso da queda do objeto, a energia cinética é uma função da altura (linearmente dependente da
altura) da qual o objeto foi jogado: K=mg(y0-y).
A força gravitacional, Fg = mg, acelerou o vaso durante a queda livre aumentando a sua energia
cinética.
Objeto que desliza uma distância r em um plano inclinado
Sem atrito
Incluindo o ângulo
Energia cinética
 = 90º -
Aceleração:

(novamente v0=0)
Bauer

Neste caso, o trabalho (=variação da energia cinética) feito no objeto (vaso) pela
força gravitacional é:

Nos limites:
 = 0 (força e deslocamento paralelos): o resultado é igual ao caso da queda de um objeto.
 = 90° (força ⊥ ao deslocamento): não há aceleração → não há mudança na energia
cinética → não há trabalho realizado pela força gravitacional sobre o objeto.
Teorema do trabalho e energia cinética

A energia de um sistema é uma medida da sua habilidade em


realizar trabalho.
Formas de energia:
➢ Energia Cinética associada ao movimento
➢ Energia Potencial associada a configuração de um sistema, tal
como a distância de separação entre dois corpos que se atraem
➢ Energia Térmica associada ao movimento aleatório de
átomos/moléculas dentro de um sistema (implica na modificação
da temperatura)
➢ Energia Eletromagnética (radiação solar)
➢ Ondas mecânicas (ondas de som)
Teorema do trabalho e energia cinética
Quando forças realizam trabalho sobre uma partícula, ocorre uma
mudança na energia associada com o movimento desta partícula.
Considere um balanço de forças constantes que age sobre uma
partícula em movimento ao longo do eixo x:
Teorema do trabalho e energia cinética

Quando é realizado trabalho sobre um sistema e a única mudança


ocorre em sua velocidade escalar, o trabalho realizado pela força
resultante é igual a mudança na energia cinética do sistema.
Profa Maria Zucchi

Exemplo:
Um bloco de 6 kg, inicialmente em repouso, é puxado para direita ao
longo de uma superfície plana sem atrito por uma força horizontal F
constante e igual a 12 N. Encontre a velocidade escalar do bloco após
um deslocamento de 3m.
Conservação de Energia (força de atrito)
Sistema não isolado Interagem ou são influenciados pelos arredores

No Teorema Trabalho-Energia a interação é trabalho feito pela força externa,


que modifica a energia cinética.

Como a energia do sistema muda, o trabalho tem o efeito de transferir


energia entre o sistema e a vizinhança.

W+ energia é transferida para o sistema


W - energia é transferida para o sistema
Conservação de Energia (força de atrito)
Agora, quando consideramos as influências da força de atrito...

O trabalho realizado pelo atrito sobre o bloco é negativo, pois a energia é


transferida para a superfície. Porém, K da superfície não aumenta! (violação
do Teorema). O que ocorre é um aumento na energia interna do sistema.

∆𝐸𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = ∆𝐾 + ∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎
Onde

∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 𝑓𝑘 d

Obs.: O modelo da partícula considera o deslocamento do ponto de


aplicação da força. Porém, devemos ter em mente que a força de atrito
é espalhada por toda área de contato!
Exemplo:
Considere o exemplo anterior, só que para uma superfície com atrito,
com coeficiente de atrito cinético igual a 0,15.
Energia Potencial Gravitacional
Considere um agente externo levantando um corpo de massa m de uma altura inicial
ya, acima do solo, até uma altura final yb. Supondo que esse levantamento seja
realizado lentamente, sem aceleração, de forma que a força de levantamento possa ser
considerada igual ao peso do corpo.

O trabalho realizado pelo agente externo sobre o sistema será:


𝑊 = 𝐹.Ԧ 𝑑Ԧ = 𝑚𝑔 𝑑 = 𝑚𝑔 𝑗Ƹ 𝑦𝑏 − 𝑦𝑎 𝑗Ƹ = 𝑚𝑔𝑦𝑏 − 𝑚𝑔𝑦𝑎
ou seja a diferença entre os valores inicial e final.
A energia transferida é definida como a energia potencial
gravitacional
Superfície 𝑈𝑔 = 𝑚𝑔𝑦 = 𝑚𝑔ℎ
Energia Potencial Gravitacional
Em um sistema isolado não ocorre transferência de energia através da fronteira.
Então, considere o mesmo corpo de massa m levantado de uma altura ya para yb
O trabalho realizado sobre o objeto quando ele retorna (cai) a sua posição
inicial sob única influência da força gravitacional, será:
𝑊 = − 𝑚𝑔 𝑗Ƹ 𝑦𝑎 − 𝑦𝑏 𝑗Ƹ = − 𝑚𝑔𝑦𝑎 − 𝑚𝑔𝑦𝑏 = − 𝑈𝑔𝑓 − 𝑈𝑔𝑖
𝑊 = −∆𝑈𝑔
Como o corpo é a única parte do sistema em movimento
∆𝐾𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 = ∆𝐾
Logo,
𝑊 = ∆𝐾 → ∆𝐾 = −∆𝑈𝑔 → ∆𝐾 + ∆𝑈𝑔 = 0
Superfície

Como A energia mecânica de um sistema é definida como


𝐸𝑚𝑒𝑐 = 𝐾 + 𝑈
Para um sistema isolado
∆𝐸𝑚𝑒𝑐 = ∆𝐾 + ∆𝑈 = 0 Conservação de Energia Mecânica
Exemplo: halterofilismo
Em Sydney o atleta Ronny Weller levantou 257,5 kg na
competição de “arremesso”. Presumindo que ele tenha levantado
a massa a uma altura de 1,83 m e a mantido lá, qual foi o
trabalho realizado neste processo?

O trabalho foi

WF = Wg(subida) = mgh =
= (257,5 kg).(9,81 m/s2).(1,83 m) =
=4,62 kJ

Nota:
O trabalho para abaixar foi então:
WF = -Wg(descida) = -mgh = -4,62 kJ. Erguendo: WF=Wg(subida)=mgh
Abaixando: WF=-Wg(descida)=-mgh
Uso de polias para o levantamento

A força necessária para puxar uma massa m para cima com o uso de polias é metade
do peso

Trabalho realizado por T2:

No entanto, os deslocamentos são diferentes:

Obtemos o trabalho realizado por T1:

Trabalho idêntico com ou sem o uso de polias!


Energia potencial elástica
𝐹𝑠 = 0 Estado relaxado
𝑥=0 (equilíbrio)

𝐹𝑠 > 0 Força restauradora


𝑥<0

𝐹𝑠 < 0
Força restauradora
𝑥>0

A energia potencial elástica pode ser considerada como a energia armazenada ao se


deformar uma mola. A força elástica ou força exercida pela mola é proporcional à distância
que ela é puxada ou esticada:

A constante k é chamada de constante elástica e o sinal de menos aparece porque a força é no sentido
oposto ao deslocamento. Esta lei é a lei de Hooke.
Energia potencial elástica
Então, o trabalho para mudar a posição de uma massa em uma mola da posição x0
(relaxada) para x é:
𝑥𝑓 𝑥𝑓
𝑊 = න 𝐹𝑠 𝑑𝑥 = න −𝑘𝑥 𝑑𝑥
𝑥𝑖 𝑥𝑖
1 2 1 2
𝑊 = 𝑘𝑥𝑖 − 𝑘𝑥𝑓
2 2

Obs.: O trabalho realizado pela força da mola Fs é nulo quando o bloco se desloca entre
quaisquer dois locais simétricos.

Considere agora o trabalho feito por um agente externo sobre o bloco quando a mola é
esticada lentamente de xo para xmax. Neste caso

𝑥𝑚𝑎𝑥 𝑥𝑚𝑎𝑥
1 2
𝐹𝑒𝑥𝑡 = −𝐹𝑆 → 𝑊 = න −𝐹𝑠 𝑑𝑥 = න 𝑘𝑥 𝑑𝑥 = 𝑘𝑥𝑚𝑎𝑥
0 𝑜 2
Exemplo: compressão de uma mola
Uma mola sem massa sobre uma superfície horizontal lisa é comprimida por
uma força de 63,5 N, o que resulta em uma compressão de 4,35 cm em
relação ao equilíbrio. Então uma bola de aço de massa 0,075 kg é
colocada em frente à mola, que é liberada. Qual é a velocidade da bola
de aço quando é arremessada pela mola?

Determinando a constante elástica k da mola:

sendo x0 = 0 e x = 0.0435 m o trabalho:

Quando a mola é liberada, ela realiza 2,76 J de trabalho na bola de aço. Pelo Teorema do trabalho
e energia cinética: a energia cinética da bola de aço quando ela passa de x0 é de K = 2.76 J.
Portanto:
Forças conservativas
Não ocorre a ransformação de energia mecânica em energia interna entre os membros
do sistema.
∆𝐸𝑚𝑒𝑐 = ∆𝐾 + ∆𝑈 = 0

A energia potencial de um corpo representa a capacidade deste em produzir energia


cinéticq ou transformar essa energia em outro tipo.

Forças não conservativas


Causa a transformação da energia mecânica em energia interna dentro do sistema,
como por exemplo, a força de atrito. Quando deslocamos um corpo sobre uma superfície
com atrito, a força de atrito realiza um trabalho negativo sobre o corpo. Quando
retornamos este corpo a sua posição inicial, a força de atrito muda o sentido e o trabalho
continua negativo.
Aumento da energia interna diminuição de K
Para um sistema isolado

∆𝐸𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 = ∆𝐸𝑚𝑒𝑐 + ∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = ∆𝐾 + ∆𝑈 + ∆𝐸𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 0


Exemplos
Uma bola de massa m é liberada de uma altura h acima da superfície.
Determine a velocidade escalar da bolda quando ela alcançar uma
altura y acima da superfície, com y<h. E se em h a velocidade da bola
for vi.
Exemplos
Um pendulo consiste de uma esfera de massa m presa a um fio de
comprimento L, fixado verticalmente. A esfera é puxada para o lado
esquerdo até fazer um ângulo 𝜃0 com o eixo vertical e então liberada do
repouso. Quando a esfera passa pelo ponto inferior do arco, determine: a)
a velocidade da esfera; b) a tensão do fio.
Potência
Qualquer carro pode chegar ao limite de velocidade, mas alguns
carros chegam lá mais rápido! Por quê?
Eles têm potência; e potência custa dinheiro.

Definição física de potência:


Potência = taxa temporal com que o trabalho é feito.

Potência média:
Unidade de potência
Análise das unidades:

A potência recebeu sua própria unidade, o Watt (W)

Note que: W em itálico: símbolo físico de energia;


W não itálico: símbolo da unidade de potência
Conversão: 1 W = 1 J/s  1 J = 1 Ws

Unidade de energia útil e bastante comum:

Unidades de potência que não são do SI (mas amplamente usadas para carros)
Potência para uma força constante
Trabalho para uma força constante

Diferencial:
(porque F=constante)

De acordo com a definição de potência:

ou:
Exemplo: aceleração de um carro
Um carro de massa 1.714 kg pode atingir uma velocidade de 26,8
m/s em 7,1 s. Qual é a potência média necessária para realizar
isso?
A energia cinética do carro é

Teorema do trabalho e energia cinética:

Potência média necessária para chegar a 26,8 m/s em 7,1 s:

Isto é realista? Não! 116 hp não são suficientes para realizar esta aceleração em um carro de massa 1714kg. São necessários
no mínimo 180 hp (este Aztek tem 185 hp).Por quê? Um motor que não seja perfeitamente eficiente não será capaz de produzir o
máximo de hp em todas as rpm; energia é perdida devido ao atrito e à resistência
Potência para manter um carro em movimento
Um carro viaja a 26,8 m/s em uma estrada plana. O carro tem um
coeficiente de arrasto de 0,33 e uma área frontal de 2,2 m2. Qual
a potência necessária para que o carro mantenha a sua velocidade
escalar? Considere a densidade do ar igual a 1,29 kg/m3.
Podemos escrever a potência como

A força aqui é a de resistência do ar

Podemos combinar estas equações para obter

Então a potência necessária para superar a resistência do ar é de


Uma partícula segue uma trajetória dada em função do tempo pelo
vetor posição r=2ti+3t2j (SI). Uma das forças que atuam sobre a
partícula é dada por: F=2i+1,5j. a) Determine a potência
instantânea; b) Determine o trabalho realizado por esta força no
intervalo de tempo de t=0 até t=2s.
Considere uma certa mola que não obedece a lei de Hooke. Uma das extremidades da
mola é mantida fixa. Para manter a mola comprimida ou esticada de uma distância x, é
necessário aplicar uma força na extremidade livre da mola ao longo do eixo Ox a
força em Newtons é dada por FX = Kx − Ax2 + Bx3. Onde: K = 100 N/m, A = 600 N/m2 e B = 1600 N/m3 .
a) Qual o trabalho necessário esticar essa mola 0,1 m a partir do seu comprimento
sem deformação?
b) Qual o trabalho necessário para comprimir essa mola 0,1 m a partir do seu
comprimento sem deformação?
c) É mais fácil comprimir ou esticar a mola? Justifique.
Exemplo
Um elevador de 650 kg parte do repouso. Ele sobe durante 3.00 s com aceleração
constante até alcançar sua velocidade escalar de operação de 1,75 m=s.
a) Qual a potência média do motor do elevador durante esse período?
b) Como se compara essa potência com a potência do motor quando o elevador está em
movimento à velocidade de operação?
Resumo: energia cinética
Definição:

(nota: K não pode nunca ser negativo!)

Unidade de energia:

1 J = 1 kg m2 s-2

Teorema do trabalho e energia cinética:


Resumo: trabalho
Trabalho para força
constante - 1d Casos 3d mais gerais

Trabalho para força constante - 3d Trabalho realizado contra a


gravidade
Wg = mgh

Trabalho que muda o comprimento de


Trabalho realizado por força
uma mola
variável, caso 1d
Resumo: potência
Definição de potência como a
taxa temporal com que o Unidades de potência
trabalho é feito:

Unidade comum de energia

Potência média em um intervalo


de tempo t
Potência para força constante

Unidades de potência (SI)


1 W = 1 J/s
Referências
Fundamentos de Física - Vol. 1 - Mecânica
David Halliday, Robert Resnick e Jearl Walker

Physics for Scientists and Engineers


Raymond A. Serway,Jr. Jewett and John W.

Física para Universitários: Mecânica


por Wolfgang Bauer, Gary D. Westfall, Helio Dias

Notas de aula - Módulo VI - FISD36 Física Geral e


Teórica I - Alanna Dutra, Edvaldo Suzarthe e
Reynam Pestana

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