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Introdução

A Administração Pública (de qualquer dos Poderes do Estado) edita atos


jurídicos, ou exprime sua vontade, e esta é capaz de produzir os efeitos jurídicos que
tenham por finalidade adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos.
Sendo a manifestação de vontade e o efeito dela decorrente submisso ao direito público,
tem-se o ato administrativo. Os atos da Administração não compreendem apenas os atos
administrativos, mas também os atos jurídicos regidos pelo direito privado (doação,
compra e venda, emissão de títulos de crédito) e que podem ser praticados pela
Administração Pública, ainda que primariamente sejam também submissos ao regime
jurídico administrativo.

O presente trabalho debruça-se em torno do Acto Administrativo, que serve de


2º trabalho na cadeira de Direito Administrativo, cursos de Licenciatura em
Administração Pública, 3º Ano, no Centro de Recursos de Gurué. Em concernente a
elaboração do mesmo usaram-se vários artigos publicados na internet, livros, e entre
outros, no que culminou a uma pesquisa bibliográfica.

Objetivos

Objectivo Geral

 Analisar o impacto do Acto Administrativo na Administração Pública

Objectivos Específicos

 Conceituar o acto administrativo;


 Identificar os elementos essenciais do acto administrativo;
 Explicar as condições de existência do acto administrativo;
 Classificar os actos administrativos;
 Explicar a extinção do acto administrativo.
Acto Administrativo

Segundo Ramalho (2007, p. 2), afirma que:

“Em finais do século XIX, surgiu em França a figura do acto


administrativo como acto executório, aquele que dizia respeito às
decisões da administração que tinha a força própria de auto execução.
O conceito surge primeiro em França com Maurice Hourriou que
restringiu o acto administrativo às decisões executórias da
Administração”.

Depois Surge na Alemanha, com Otto Mayer que desenvolve o conceito com
base no modelo da sentença judicial. Já em Portugal, surge a teoria do acto
administrativo com Marcelo Caetano, muito influenciado pelo sistema francês.

O conceito de acto administrativo passa então por ser a decisão que regula o
caso concreto e que tem força executória própria. Esta definição tem vindo a evoluir
pouco e mantém-se ao longo dos tempos segundo a definição de Marcello Caetano.

Segundo Madrid (1956, p. 278), afirma que “A noção de acto administrativo


designa um ato jurídico de natureza específica que determina o sentido em que a regra
de direito deve aplicar-se a regra individual”.

O acto administrativo é uma consequência da submissão da administração ao


direito, ainda surgido para qualificar aquelas atuações da administração pública excluída
da fiscalização dos tribunais”.

“Nem todos atos praticados pela Administração são administrativos. Serão


apenas aqueles em que ela usa processos de poder público. Atos de Administração não
se identificam com os atos administrativos. É uma expressão mais longa” (Dalloz,
1958).

Segundo Sousa (2006, p. 67), enfatiza que “Em dado momento tem considerado
que a administração pratica atos de direitos privados, ainda que a distinção entre gestão
pública e gestão privada dos serviços públicos tenha muito mais importância para os
contratos em que a administração intervém do que para os atos unilaterais que ela é
produzida a produzir”.
Conceito de atos Administrativos

Segundo Fonseca (2014, p. 45), afirma que “atos Administrativo são atos
jurídicos praticados, segundo o direito administrativo, por intermédio de seus agentes,
no exercício de suas competências funcional capaz de produzir efeitos com fins
públicos”.

Actos administrativos são a exteriorização da vontade da administração (ou de


seus delegatório), que produz efeitos jurídicos, sob regime jurídico de direito público.

“O acto administrativo é uma estatuicao autoritária, relativa ao caso concreto,


praticado por um órgão de administração no uso de poderes administrativos e que visa
produzir efeitos jurídicos, externos, positivos e negativos” (Fonseca, 2014)

Fonseca (2014, 48), afirma que:

“Acto administrativo é a declaração do Estado ou quem lhe faça as


vezes pode ser praticado pelo poder legislativo, poder executivo e
poder legislativo, expedida em nível inferior a lei a título de cumpri-la
(distingue o acto administrativo da lei), sub regime de direito público
(distingue o acto administrativo do acto de direito privado) e sujeita ao
controle de legalidade por órgão jurisdicional (distingue o acto
administrativo do acto jurisdicional)”

Segundo Ramalho (2007, p. 123), afirma que “o acto administrativo é a decisão


que regula o caso concreto e que tem força executória própria. Segundo a lei do
procedimento administrativo de Moçambique (2011), o acto administrativo é a decisão
do órgão da administração que ao abrigo das normas de direito público visem produzir
efeitos jurídicos numa situação individual e concreta”.

Exemplo de actos administrativos

 Homologação do resultado final do concurso;


 Nomeação em cargo público;
 Exoneração do servidor;
 Adjudicação de objeto de licitação;
 Multa por estacionamento indevido
Funções complementares do acto administrativo

 Implementar as competências materiais estatais (fonte e instrumentos);


 Permitir o controlo da actividade administrativa (Limites).

Requisitos de validade (ou de formação) de actos administrativos

Segundo Ramalho (2007, p. 125), afirma que “requisitos são as exigências que a
lei formula em relação a cada um dos elementos do acto administrativo, para várias de
legalidade e do interesse público ou dos direitos subjetivos e interesses legítimos dos
particulares”.

“O exame de acto administrativo revela nitidamente a existência de cinco


requisitos necessários a sua formação a saber: competência, finalidade, forma, motivo e
objecto, Ramalho (2007), acrescenta mais um requisito “o sujeito” como sendo mais um
dos requisitos da estrutura para a formação do acto administrativo” (Fonseca, 2014).

Sejeito

Segundo Ramalho (2007, p. 17), afirma que “Constitui-se como sujeito do acto
administrativo o autor ou o destinatário, ou seja o acto administrativo relaciona-se a dois
sujeitos: a administração pública e um particular e por vezes pessoas colectivas
públicas”.

Competências

“Para a prática do ato administrativo a competência é a condição primária de sua


validade. Nenhum acto discricionário ou vinculado pode ser idealizado validamente sem
que o gente disponha o poder legal para pratica-lo” (Fonseca, 2014).

Segundo Fonseca (2014, p. 137), afirma que “entende-se como competência


Administrativa o poder atribuído ao agente da administração para o desempenho
específico das suas funções. A competência resulta da lei e por ela é delimitada”.

Finalidade

Segundo Fonseca (2014, p. 138), afirma que “a finalidade a ser buscada por um
agente público quando prática um acto administrativo é aquela que a lei indica, explícita
ou implicitamente, não cabe ao administrador escolher outra, ou substituir a indicada na
norma Administrativa”.

“O acto administrativo deve ter por finalidade sempre o interesse público. A


finalidade é assim, elemento vinculado de todo acto administrativo, descricionario ou
regrado porque o direito positivo não admite acto administrativo sem finalidade pública
ou desviado de sua finalidade específica” (Fonseca, 2014).

Forma

“É o revestimento exteriorizador do acto administrativo, a vontade da


administração exige procedimentos especiais forma e legal, ou seja por escrito.
Enquanto que a vontade dos particulares pode manifestar-se livremente, a da
administração exige procedimentos especiais e de forma legal para que se expresse
validamente. Todo a acto administrativo é em princípio formal” (Fonseca, 2014).

Objeto

“O objeto identifica-se com o conteúdo do acto, através do qual a administração


manifesta seu poder e sua vontade ou atesta simplesmente situações preexistentes. O
acto administrativo deve ter Objecto lícito, possível e de interesse formal da
administração pública” (Fonseca, 2014).

Motivo

Segundo Fonseca (2014, p. 140), diz que “O motivo ou causa é a situação de


direito ou de fato que determina ou autoriza o acto administrativo. O motivo como
elemento integrante da perfeição do acto pode vir expresso em lei como pode ser
deixado ao critério de administrador. No primeiro caso será um elemento vinculado, no
Segundo discricionário, quanto a sua exigência ou valoração”

Mérito do acto Administrativo

O conceito de mérito Administrativo poderá ser assinada a sua presença toda vez
que a administração decidir ou atuar valorando internamente as consequências ou
vantagem do acto.
“O mérito Administrativo consubstancia-se portanto na valoração dos motivos e
das escolhas do objecto do acto, feita pela administração incumbida de sua prática
quando autorizada a decidir, sobre a convivência, oportunidade e justiça a realizar”
(Fonseca, 2014).

Com efeitos, nos atos vinculados onde não faculdade de opção do administrador,
mas unicamente a possibilidade de verificação dos pressupostos de direito e de facto
que condicionam os processos administrativos, não há falar em méritos visto que toda
actuação do executivo se resume no entendimento das imposições legais” (Fonseca,
2014).

Segundo Fonseca (2014, p. 141), afirma que “Em tais casos a conduta do
administrador confunde -se com o do Juiz na lei, diversamente o que ocorre nos atos
discricionários em além dos elementos sempre vinculados (competências, forma e
finalidade), outros existem (motivos e Objecto), em relação aos quais a administração
decide livremente e sem possibilidade de correção judicial, salvo quando seu proceder
caracterizar excesso ou desvio de poder”.

“ que convém reter é que o mérito Administrativo tem sido próprio e diversos do
mérito processual e só abrange os elementos não vinculados do acto da administração,
ou seja aquele que admitem uma valoração da eficiência, oportunidade, convivência e
justiça” (Fonseca, 2014).

No mais ainda que se trate, de poder discricionário da administração o acto pode


ser revisto e anulado pelo judiciário desde que sob o rótulo do mérito Administrativo se
aninhe qualquer ilegalidade resultante de abuso ou desvio de poder.

Fonseca (2014), afirma que:

“Assim são inválidos os atos administrativos que desentendam os


pressupostos legais e regulamentares da sua edição ou os princípios da
administração especialmente nos casos de incompetência da pessoa
jurídica, órgão ou agente de que emane; omissão de formalidades ou
procedimentos essenciais, impropriedade de objetos, impropriedade
ou inexistência do motivo ou de direito, desvio de poder, falta ou
insuficiência de motivação”.

Teoria dos motivos determinantes


“Teoria dos motivos determinantes relaciona-se com o motivo de acto
administrativo é aquela que prende o administrador no momento da execução do ato aos
motivos que ele alegou no momento da sua edição, sujeitando-se na demonstração da
sua ocorrência de tal modo que se inexistente ou falsos implica a sua nulidade”
(Fonseca, 2014)

Segundo Fonseca (2014, p. 142), enfatiza que:

“Pela motivação, o administrador público justifica as suas ações


Administrativas indicando os fatos que enseja o ato e os preceitos
jurídicos que autorizam a sua prática.so está certo em actos
administrativos, oriundos de poder discricionário, a justificação será
dispensável, bastando apenas evidenciar a competência do exercício
desse poder e a conformação do acto com o interesse público, que é o
pressupostos de toda atividade administrativa”.

“A teoria dos motivos determinantes funda-se na consideração de que os actos


administrativos quando tiverem sua prática motivada ficam vinculadas aos motivos
expostos para todos os efeitos jurídicos” (Fonseca, 2014).

“Mesmos actos discricionário, se forem motivados, ficam vinculadas a esses


motivos como causa determinante do seu de seu cometimento e se sujeitam ao
confronto da existência e legalidade dos motivos indicados. Havendo desconformidade
entre os motivos determinantes e a realidade, o acto é inválido” (Fonseca, 2014).

Atributos

“Os atos administrativos como emanação do poder público, trazem em si certos


atributos que os distinguem dos actos jurídicos privados e lhes emprestam
características próprias e condições peculiar de actuação” (Fonseca, 2014, p. 145).

Temos de destinguir a esse propósito as características comuns a todos os actos


administrativos das características específicas mais importantes de acto administrativo
que é o acto definitivos e executório. As características comuns dos actos
administrativos são:

 Subordinação a lei: nos termos do princípio da legalidade, o acto


administrativo tem de ser em tudo conforme a lei, sob pena de igualdade.
Os atos administrativos qualquer que seja, sua categoria ou espécie,
nascem com presunção da legalidade, independentemente de normas que
a estabeleça.
 Presunção de legalidade: é o efeito positivo do princípio da legalidade.
Todo o acto administrativo porque emana de uma autoridade de um
órgão de administração e porque é exercício de um poder público
regulado pela lei, presume-se até decisão em contrário do tribunal
competente.
 Imperatividade: é uma consequência da características anterior. Por vir
de quem é e por ser o que é, por se presumir conforme a legalidade
vigente, o ato administrativo goza de imperatividade, isto é, o seu
conteúdo é obrigatório para todos aqueles, em relação aos quais o acto
seja eficaz e normalmente tanto para os funcionários públicos que lhes
hajam de lhe dar execução como para os particulares que tenham de
atacar.
 Revogabilidade: o acto administrativo é por natureza revogável pela
administração. Porque a sua função é prosseguir o interesse público e
este é eminentemente variável. O acto administrativo é por essência
revogável, o que permite a administração ir modificando os termos em
que os problemas da sua competência vão sendo resolvidos, de harmonia
com as exigências mutáveis do interesse público.
 Sanabilidade: o acto ilegal é suscetível de curso contencioso, e se for
anulado, pode ser anulado pelo tribunal administrativo, mais se ninguém
recorrer dentro dos prazos legais, a ilegalidade fica sanada e o acto
convida-se.
 Autoridade: Consequências do poder de decisão unilateral da
administração que se traduz na obrigatoriedade do acto administrativo
para todos aqueles relativamente a quem ela produza os seus efeitos.

Para além destes princípios, importa salientar três principais características


específicas do acto administrativo definitivo e executivo:

 Condição necessária de uso da força: a administração não pode fazer


uso da força sem primeiro ter adquirido a legalidade necessária para o
efeito, praticando um acto definitivo e executório. Sem acto definitivo e
executório prévio, não é possível recorrer ao uso da força.
 Possibilidade de execução forçada: o acto definitivo e executório, se
não for acatado ou cumprido pelos particulares, pode em princípio ser-
lhe-á imposta pela administração por meios coativos. É uma
consequência do privilégio de execução prévia.
 Impugnabilidade contenciosa: o definitivo e executório é suscetível de
recursos contenciosos, no qual os interessados podem alegar a
ilegalidade do ato e pedir a respectiva anulação. Por via de regra, os actos
que não estejam definitivos e executório não são susceptíveis de recursos
contencioso perante os tribunais administrativos.

Tipologia dos actos administrativos

Segundo Fonseca (2014), afirma que “os actos administrativos quanto a


tipologia classificam -se em dois grandes grupos: actos primários e actos secundários”:

Actos Primários

“São aqueles que versam pela primeira vez sobre uma determinada situação da
vida. Dentro dos actos primários, há que distinguir atos impositivos, atos permissivos e
meros actos administrativos” (Fonseca, 2014).

Actos impositivos:

São aqueles que impõem alguém uma determinada conduta e sujeição, a


determinados efeitos jurídicos. Há que distinguir quatro espécies:

 Actos de comando: aqueles que impõem a um particular a adopção de


uma conduta positiva ou negativa. Assim, se impõem uma conduta
positiva chama-se ordem e se impõem uma conduta negativa chama-se
proibição.
 Acto punitivo: são aqueles que impõem uma sanção a alguém;
 Atos ablativos: são aqueles que impõem o sacrifício de um dinheiro;
 Juízos: são os actos pelos quais um órgão da administração qualifica
segundo critérios de justiça, pessoas, coisas, ou actos submetidos a sua
apreciação.
Actos Permissivos

Segundo Fonseca (2014), afirma que “São aqueles que possibilitam a alguém a
adopção de um conduta ou omissão de um comportamento que de outro modo lhe
estariam vedados”. Estes destribuem-se por dois grandes grupos:

Actos que conferem ou ampliam vantagem:

 A autorização: é o acto pelo qual um órgão da administração permite a


alguém o exercício de um direito ou de uma competência preexistentes.
 A licença: é o acto pelo qual um órgão da administração atribuí alguém o
ato de exercer uma actividade que é por lei relativamente proibida.
 A subvenção: é o acto pelo qual um órgão da administração atribuí ao
particular uma quantia em dinheiro destinada a custear a prossecução de
um interesse público destinado.
 A conceção: é o acto pelo qual um órgão da administração transfere para
a entidade privada o exercício de uma atividade pública que o
concessionário desempenhará por sua conta e riscos, mas no interesse
geral.
 A delegação: é o acto pelo qual um órgão da administração normalmente
competente em uma determinada matéria, permite de acordo com a lei
que outro órgão ou agente pratiquem actos administrativos sobre a
mesma matéria.
 A admissão: é um acto pelo qual um órgão da administração investe um
particular numa determinada categoria legal de que decorre certos
direitos e deveres.

Actos que eliminam ou reduzem encargos

 A dispensa: é o acto administrativo que permitem a alguém nos termos


da lei o não cumprimento de uma obrigação geral seja em atenção
interesse público, seja como forma de procurar garantir o respeito pelo
princípio da imparcialidade da administração pública.
 A renúncia: que consiste no acto pelo qual, um órgão da administração
se despoja da titularidade de um direitos legalmente disponível.

Meros atos da administração


São actos que não traduzem uma afirmação de vontade, mas apenas simples
declarações de conhecimento ou de inteligência. Segundo Fonseca (2014, p. 146),
destacam-se duas:

 Declaração de conhecimento: “são actos pelos quais um órgão da


administração exprime oficialmente o conhecimento que tem de certos
fatos ou situações. É o caso principalmente das participações,
certificados, certidões, atestados, informações prestadas ao público”
(Fonseca, 2014).
 Actos opinativos: são actos pelos quais um órgão da administração
emite o seu ponto de vista acerca de uma questão técnica ou jurídica.
Segundo Fonseca (2014), há que distinguir três modalidades:
 As informações burocráticas;
 As recomendações;
 Os pareceres.

Actos secundários

“Os actos secundários por seu turno são aqueles que versam sobre um acto
primária anteriormente praticado e indiretamente a situação real subjacente ao acto
primário: tem por objecto um acto primário preexistentes, ou então versam sobre uma
situação que já tinha sido regulada através de um acto primário” (Fonseca, 2014). Os
atos secundários destinguem-se em três categorias:

 Actos interativo: aqueles que visem completar actos administrativos


anteriores: são classificados em cinco categorias nomeadamente:
 A homologação: é ato administrativo que absorve os
fundamentos e conclusão de uma proposta ou de um parecer
apresentado por outro órgão.
 A aprovação: é o acto pelo qual um órgão da administração
exprime a sua concordância com um acto definitivo praticado por
outro órgão Administrativo e lhe confere executoriedade.
 O visto: não é um acto substancialmente diferente da aprovação.
A única diferença que existe é que a aprovação é praticada por
um órgão ativo e o visto é praticada por um órgão de controle.
 A confirmação: é o acto administrativo pelo qual o órgão da
administração reitera e mantem em vigor um acto administrativo
anterior.
 A ratificação confirmativa: é o acto pelo qual o órgão
normalmente competente para dispor sobre certa matéria exprime
a sua concordância relativamente aos actos já praticados, em
circunstâncias extraordinária, por um órgão excepcionalmente
competente.

Classificação do acto Administrativo

Segundo Fonseca (2014, p. 148), enfatiza que “a classificação dos actos


administrativos não é uniforme em relação aos publicista, dada a diversidade de
critérios que podem ser adotados para seu enquadramento em espécie ou categorias
afins”.

Quanto ao destinatário

Quanto ao destinatário, os atos administrativos podem ser gerais ou individuais.

 Actos Administrativo gerais ou regulamentares: são aqueles expedidos


sem destinatário determinados, com finalidade normativa, alcançando
todos os sujeitos Se encontrem na mesma situação de facto abrangida por
seus preceitos.
As características dos atos gerias é que elas prevalecem, sobre os actos
individuais, ainda que provindo de mesma autoridade. Assim um decreto
individual não pode contrariar um decreto geral ou regulamentar em
vigor.
 Actos administrativos individuais: “ todos aqueles que se dirigem a
destinatários certos, criando-lhes situações jurídicas particular. São atos
individuais ou decretos de desapropriação, de nomeação, de exoneração,
assim como os autorgas de licenças, permissão e autorização e outros
mais que conferem um direito ou impõem um encargo a determinado ou
servidor” (Fonseca, 2014).

Quanto a formação, ao autor ou ainda sujeitos

Segundo Fonseca (2014, p. 149), afirma que “as decisões são todos atos
administrativos que mantenham a solução de um determinado caso concreto”.

“Chama-se atos simples aqueles que provém de um só ato administrativo, atos


compostos aqueles que provém de uma manifestação de vontade sendo um principal e
uma secundária) e actos complexos são aqueles em que cujo a feitura intervém dois ou
mais órgãos administrativos” (Fonseca, 2014, p. 149)

Quanto aos efeitos

 Alcance ou dentição: “estes podem ser atos internos aqueles cujo efeitos
jurídicos se produzem no interior da pessoa coletiva cujo o órgão
praticou; são atos externos aqueles cujos os efeitos jurídicos se protegem
na esfera jurídica de outros sujeitos de direitos diferentes daqueles que
praticou os actos” (Fonseca, 2014).
Considera-se atos positivos aqueles que produzem uma alteração da
ordem jurídica.

São actos negativos aqueles que consistem na recusa de introduzir uma


alteração na ordem jurídica.
São actos declarativos aquele que se limitam a verificar a existência ou a
reconhecer a validade de direito ou situações jurídicas persistentes.

Quanto ao objeto

Quanto ao seu objeto, os atos podem ser de império, de gestão ou de expediente.

 De império: será o ato que retratar supremacia do interesse público,


expressando o poder de coerção do Poder Público (é chamado de “ato de
autoridade”, resultante da potestade).
 De gestão: é o ato de administração de bens e de serviços da
Administração, sem qualquer coerção sobre os administrados, e bem
assim os puramente negociais, quando convergem os interesses da
Administração e do particular.
 De expediente: é o ato de rotina interna e quase sempre preparatório de
outros atos ou componente de um procedimento.

Quanto ao seu regimento, ou liberdade

Segundo Fonseca (2014), enfatiza que “Quanto ao seu regimento, ou liberdade


da Administração para decidir, os atos podem ser vinculados e discricionários,
conforme preveja a lei que admita certa margem de liberdade ou não para o
administrador”.

Prevendo a opção pela melhor escolha do administrador, será discricionário;


fixando de forma objetiva, sem possibilidade de escolhas, temos um ato vinculado. O
ato que impõe a aposentadoria compulsória é vinculado (a lei contempla expressamente
a sua ocorrência); já a nomeação de determinado servidor para uma função de confiança
é discricionária (a lei fixa que a possibilidade, a oportunidade e a conveniência serão
examinadas pelo administrador).

“Assim, sempre que a lei expressamente prever se o ato pode ser praticado,
como será editado e quando deverá sê-lo, tem-se o ato vinculado; se a lei, porém, fixa se
o ato pode ser praticado e como o será, deixando a oportunidade e conveniência
(quando) ao juízo do administrador, tem-se o ato discricionário” (Fonseca, 2014).

Quanto a composição de Vontade

Quanto à composição da vontade, os atos podem ser simples, complexos e


compostos.

 Simples, quando provêm de única manifestação de vontade (simples


singulares de um único agente; simples compostos de várias vontades
provenientes do mesmo órgão, comissões e conselhos).
 Complexos, sempre que há conjugação de vontades de mais de um órgão
(nomeação do procurador-geral da justiça pelo governador, por
exemplo).
 Compostos, sempre que a eficácia do ato somente é obtida pela
ratificação ordenada por outro agente que não aquele que exteriorizou
inicialmente a vontade do Poder Público (ratificação, visto).

Extinção dos Administrativo

As formas de extinção dependem da natureza, espécie ou efeitos jurídicos do ato


administrativo, divergindo a doutrina quanto à terminologia empregada. No entanto,
concorrem, ao menos, seis formas usuais de extinção ante:

 O exaurimento dos efeitos do ato administrativo;


 A revogação do ato;
 A anulação (ou invalidação):
 A cassação;
 A caducidade;
 Contraposição;
 A renúncia.

A extinção pelo cumprimento dos efeitos é usual, normal ou natural (vencido o


prazo, cumprida a ordem, extinto estará o ato).

A revogação é a extinção ordenada por razões de mérito, pela apuração da


oportunidade e conveniência (não convém ao interesse público a manutenção do ato).

A anulação deriva da constatação de ilegalidade praticada (o agente não é o


competente; a finalidade é diversa da estatuída em lei; os motivos são inexistentes).

A cassação pressupõe o descumprimento de obrigações fixadas no ato por seu


destinatário ou beneficiário direto (como as licenças).

A caducidade é consequência de nova norma cujos efeitos sejam contrários aos


decorrentes do ato (por exemplo, autorização de uso de bem público conferida a
posteriormente proibida em lei).

A contraposição é a extinção ordenada por ato cujos efeitos são contrapostos ao


primeiro (a extinção dos efeitos do ato de nomeação pela subsequência demissão do
servidor). A renúncia decorre da manifestação de vontade do beneficiário do ato
(autorização para uso de bem público).

Anulação e a Revogação

Segundo Araújo (2012, p. 189), afirma que “(A anulação e a revogação


constituem as principais formas de extinção dos atos administrativos, operando
relevantes efeitos jurídicos. A anulação (ou invalidação) é obrigatória (constitui, em
princípio, dever) sempre que a ilegalidade atinge a finalidade, os motivos e o objeto do
ato administrativo”.

“A revogação, porque fundada na conveniência e oportunidade, ou seja, depende


de ato discricionário, não pode incidir sobre atos vinculados, atos que já exauriram os
seus efeitos, atos meramente enunciativos e atos procedimentais ou componentes do
processo administrativo” (2012, p. 189).

Conclusão

Em jeito de conclusão o acto Administrativo é bastante importante para o


Direito Administrativo já que este serve para regular a Administração e as suas
principais características são a subordinação à lei, a presunção da legalidade, a
imperatividade, a revogabilidade, a sanabilidade, a autoridade, a condição necessária do
uso da força e a impugnabilidade contenciosa.

Aos actos Administrativo são atos jurídicos praticados, segundo o direito


administrativo, por intermédio de seus agentes, no exercício de suas competências
funcional capaz de produzir efeitos com fins públicos.

O conceito de acto administrativo passa então por ser a decisão que regula o
caso concreto e que tem força executória própria. Esta definição tem vindo a evoluir
pouco e mantém-se ao longo dos tempos segundo a definição de Marcello Caetano.

Quanto a classificação dos atos administrativos, relaciona-se aqui a


classificação fundamental: Quanto aos seus destinatários, os atos podem ser gerais e
individuais, conforme tenham ou não destinatários específicos, determinados. Quanto ao
alcance de seus efeitos, ou aos seus efeitos, os atos podem ser internos e externos,
conforme os produzam dentro ou fora da Administração. Quanto ao seu objeto, os atos
podem ser de império, de gestão ou de expediente. De império será o ato que retratar
supremacia do interesse público, expressando o poder de coerção do Poder Público (é
chamado de “ato de autoridade”, resultante da potestade)

Referência bibliográfica

1. Fonseca, A. S. (2014). Actos Administrativos. São Paulo


2. Ramalho, F. R. (2007). Actos Administrativos: conceito, estrutura,
Objecto e conteúdo. Porto
3. Sousa, A. F. (2006). Direito Administrativo em geral. Porto

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