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Santa Catarina, Lindo Parque, Zé Garoto, Brasilândia, Vila Iara, Rosane, Porto da Pedra, Boa Vista, Boaçu, Mutuaguaçú,
Mutuá, São MIguel, Centro, Estrela do Norte, Antonina, Galo Branco, Rocha, Cruzeiro do Sul, Mutuapira, Itaúna, Porto
da Rosa, Fazenda dos Mineiros.
Finalmente, deve-se destacar que os investimentos em saneamento têm um efeito
direto na redução dos gastos públicos com serviços de saúde (S.A., 2005). De acordo com
FUNASA (2005), para cada R$ 1,00 (um real) investido no setor de saneamento
economiza-se R$ 4,00 (quatro reais) na área de medicina curativa.
3 – METODOLOGIA
A metodologia utilizada no desenvolvimento do presente trabalho consistiu
essencialmente dos seguintes procedimentos: Revisão bibliográfica e Compilação das
seguintes variáveis dos Censos Demográficos de 1980, 1991 e 2000 (População residente;
População residente em domicílios particulares permanentes; Domicílios particulares
permanentes (DPP); Domicílios particulares permanentes ligados à rede geral de água;
Domicílios particulares permanentes com rede geral de esgoto; Domicílios particulares
permanentes com coleta direta de lixo; e, Domicílios particulares permanentes ligados à
fossa séptica).
Nesse ponto, vale assinalar que o Censo de 1980, não perguntava como lixo era
coletado nos domicílios. Desse modo, seria impossível obter o indicador de “Domicílios
particulares permanentes com coleta direta de lixo”.
No entanto, com a colaboração do técnico ajuda do funcionário (Engenheiro
Carlos Alberto Moreira Moscoso) da Secretaria de Planejamento da PMSG desde 1978 e
atualmente, ocupando o cargo de Coordenador de Limpeza Urbana do Município de São
Gonçalo. Pode-se equacionar esse problema, através do uso do Mapa Municipal Estatístico
(MME) do IBGE (2000) em que se encontravam demarcados os Aglomerados dos Setores
Censitários (ASCs) referentes ao período de 1980 a 2000. Assim, com as informações
pessoais fornecidas por MOSCOSO 2 (2004). Foi possível distinguir os ASCs que tinham
coleta direta de lixo e por conseguinte, estimou-se os percentuais dos DPP que dispunham
desse serviço em 1980.
Com relação ao tratamento dos dados foram utilizadas as seguintes fases:
classificação, codificação, agregação, normatização dos valores entre 0 (zero) e 1 (um)
segundo o trabalho de FEIJÓ et al (2001), preparação de cartogramas e análise dos
resultados obtidos. Nessas etapas foram utilizados os seguintes softwares: IMPS 4.1 Map
Viewer; Arcview 3.2; Excel 2000; AUTOCAD 2000; e, Access 2000.
Nessa linha de raciocínio, é importante destacar que dos 108 ASCs obtidos
anteriormente para a bacia ambiental do Rio Imboassú, um desses não poderá ser analisado,
por ser cadastrado no IBGE antes de 1980 como um Setor Censitário Especial (asilo)
(IBGE, 2000a).
É relevante, ainda, ressaltar que as espacializações das informações obtidas foram
efetuadas através da metodologia desenvolvida por AZEVEDO et al (2004).
2 Comunicação pessoal do Engenheiro Carlos Alberto Moreira Moscoso (Coordenador de Limpeza Urbana da PMSG ),
através de entrevista sobre "Estimativa do número de domicílios particulares permanentes em 1980 na região de
influência da Bacia do Imboassú que dispunham a coleta direta de lixo", na Secretaria Municipal de Infra-estrutura e
Ambiental - SEMIEUA, localizada no interior da Prefeitura Municipal de São Gonçalo, em 05/07/04.
De acordo com BRAGA (1998), Município de São Gonçalo é drenado pelos Rios
Imboassú, Aldeia, Alcântara e Bomba. Dentre esses rios, é importante destacar que o Rio
Imboassú teve uma enorme importância para o povoamento da cidade, por possuir cotas
altimétricas menores na área do seu entorno.
Ainda segundo a mesma autora, o Rio Imboassú nasce no bairro do Engenho
Pequeno, no Distrito de Sete Pontes e atravessa os Distritos de São Gonçalo (sede do
Município), Neves e Sete Pontes. Complementando essas informações, cumpre citar que o
rio possui uma área de 30,80 km2 (JICA, 1994), passando por toda a zona urbana ao norte
do município até o bairro do Boaçú e aí, desemboca no canal do Imboassú que deságua na
Baia da Guanabara (BRAGA, 1998).
A título de informação, vale mencionar que nesse rio ocorre à extração de areia
em alguns pontos do seu curso para a manutenção das casas dos moradores e/ou o
desenvolvimento da construção civil. Ainda, no alto curso desse rio são encontradas
algumas pedreiras de gnaisse e granito. Além disso, verifica-se que o rio encontra-se
canalizado e/ou retificado em alguns pontos.
Por causa desses e outros problemas, a qualidade da água dos rios da costa leste
da Baía da Guanabara, refletem uma intensa ocupação urbana da área com valores
próximos aos da costa oeste. Principalmente aqueles com vazão muito pequena como os
rios Mutondo e Bomba e o Canal do Canto do Rio, como indica a (RIO DE JANEIRO,
1998).
Já, a área de estudo (Bacia Ambiental do Rio Imboassú) detém uma extensão de
39,92 km2, localiza-se na porção noroeste do município e possuía 117.895 habitantes no
Censo Demográfico de 1980, distribuídos em 27.268 Domicílios Particulares Permanentes
(DPP) (IBGE, 2001a). Quanto ao Censo de 1991 foram recenseados 138.525 habitantes em
36.892 DPP (IBGE, 2001b). Finalmente, no Censo de 2000 foram registradas 147.488
habitantes em 43.806 DPP (IBGE, 2001c).
0 5 10 km
Figura 1 – Situação do Serviço de Abastecimento de Água por Rede Geral prestado nos
Domicílios Particulares Permanentes existentes nos Aglomerados de Setores
Censitários. Segundo os Censos Demográficos de 1981, 1991 e 2000.
Segundo SEROA et al (1994) & SEROA (2005), o valor atual per capito para
disponibilização do serviço de abastecimento de água por rede geral no país é de US$/hab
100,00. Tomando-se por base ainda, o número de moradores residentes nos DPP em 2000 e
as populações projetadas para os anos de 2005 e 2010 por ASCs que não terão esse serviço.
A partir desses dados, é possível mostrar como são calculados os custos de
implantação desse serviço (Figura 2).
Equação:
Vinst_serv US$/ASC = POPsag_asc X US$ 100,00
0 5 10 km
0 5 10 km
Os resultados obtidos mostram que a porção sul da bacia onde se encontra situada
a APA do Engenho Pequeno é a que possui o ASC com maior necessidade de investimento
no ano de 2000 e também em 2005.
ANO: 2000 ANO: 2005 ANO: 2010
0 5 10 km
Figura 5 – Custo estimado em US$ por Aglomerado de Setor Censitário (ASC), para
instalação da Rede de Captação e Canalização do Esgoto Doméstico da
população residente (ou projetada) nos Domicílios Particulares Permanentes.
Segundo os anos de 2000, 2005 e 2010.
Segundo SEROA et al (1994) & SEROA (2005), o valor atual per capito para a
instalação da estação de tratamento primário do esgoto doméstico e a sua manutenção
anual, custa por habitante US$/hab.ano 32,50. Já, o valor médio anual para a instalação e
operação da estação tratamento secundário/terciário, adicional ao tratamento primário
esgoto doméstico é de US$/hab.ano 97,50. Assim, foi possível estimar os custos de
implantação das estações de tratamento e de manutenção anual (Figura 6).
Equações:
0 5 10 km
0 5 10 km
Equações:
(1a) Estimativa da produção de resíduos sólidos urbanos por ASCs
Pper_res_clus_dia = POPres_ascs X 0,74 kg/hab.dia
1000
Onde: Pper_res_clus_dia Î valor estimativo da produção de resíduos sólidos urbanos em
toneladas por dia (Resíduos que devem ser coletados por dia); 1000 Î valor utilizado
para transformar de kg para tonelada; POPres2000_ascs Î número habitantes
residentes nos ASCs em 2000 ou 2005; e, 0,74 kg/hab.dia Î produção per capita de
resíduos sólidos por hab/dia adotada neste estudo (IBGE, 2000)
0 5 10 km
6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
IBGE. Censo Demográfico de 1980: Dados Gerais do Município de São Gonçalo. Rio
de Janeiro, IBGE/DPE, 2001a (Em CD-Rom)
____. Censo Demográfico de 1991: Dados Gerais do Município de São Gonçalo. Rio de
Janeiro, IBGE/DPE, 2001b (Em CD-Rom)
____. Censo Demográfico de 2000: Dados Gerais do Município de São Gonçalo. Rio de
Janeiro, IBGE/DPE, 2001c (Em CD-Rom)
____. Censo Demográfico de 2000: Manual da Base Operacional das Pesquisas
Populacionais. Rio de Janeiro, IBGE/DGC, 2001d (Em CD-Rom)
____. Censo Demográfico de 2000: Manual do recenseador CD 1.09. Rio de Janeiro:
IBGE/DPE. 2000a. 151 p.
____. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de Janeiro, IBGE/CDDI, v. 13, p.
403-8. 2000b (Em CD-Rom).
____. Mapa Municipal Estatístico do Município de São Gonçalo do Censo 2000. Rio de
Janeiro, IBGE/CDDI, 2000c
____. Manual de Delimitação dos Setores Censitários de 2000 - XI Recenseamento
Geral do Brasil. Rio de Janeiro, IBGE/DPE, 2000d (Em CD-Rom)
____. Tabelas de Compatibilidade dos Setores Censitários dos Censos Demográficos
(2000, 1991 e 1980) e da Contagem da População de 1996. Rio de Janeiro, IBGE/DPE,
2000e (Em CD-Rom).
____. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB/2000. Rio de Janeiro,
IBGE/DPE, 2002. (Em CD-Rom).
RIO DE JANEIRO, (Estado). Secretaria de Estado de Meio Ambiente. Qualidade de Água
da Baía de Guanabara 1990/1997. Rio de Janeiro: Fundação Estadual de Engenharia do
meio Ambiente/Programa de Despoluição da Baía da Guanabara/Programas Ambientais
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RUTKOWSKI, E. Bacia Ambiental: unidade de gestão das águas. Rio de Janeiro: BIO, v.,
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JICA. The Study on Recuperation of the Guanabara Bay Ecosystem. V., n. 2. jun. 1994
OLIVEIRA, Italmar Santos. O Programa de Despoluição da Baía da Guanabara
(PDBG) no Município de São Gonçalo: uma avaliação. Rio de Janeiro, 2000. 42 p.
Monografia (Especialização Análise Ambiental e Gestão do Território). IBGE/ENCE
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S.A.. Incorporação da coleta, tratamento e disposição do esgoto sanitário na agenda
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Brasília/DF). Disponível em: < http://www.esgotoevida.org.br>. Acesso em 20 maio 2005
SEROA DA MOTTA, R. Custos dos serviços de saneamento básico. Enviado pelo autor
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TEIXEIRA, Telma Paes de Barros & LIMA, Eliana Beatriz Nunes Rondon. Determinação
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