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Para a tradução simultânea PORTUGUÊS

(em expressão brasileira)


Castelgandolfo, 30 de março de 2013

Emmaus no encontro dos Brancos gen 2 fem:

Esclarecimentos sobre o Movimento Gen


e sobre o Movimento Jovens por um Mundo Unido
perguntas e respostas

[As gen cantam: “Sabe onde estamos...”]

Gen: Estamos aqui, Emmaus, somos 72 gen de toda a Itália, da Europa, algumas da Ásia e
da América Latina.
[…]

Emmaus: Caríssimas gen, estou muito contente por estar aqui com vocês, muito, muito
contente! Este momento especial da Páscoa, com todas as coisas belas que vivemos na
Semana Santa […].
Eu queria muito vir. Eu queria, porque sentia a necessidade de fazer um balanço
sobre o Movimento Gen, sobre os jovens e disse que tenho que fazê-lo com eles. Não posso
fazê-lo sozinha. Não posso sentar numa escrivaninha e escrever algumas ideias. Vocês
entendem que não é a mesma coisa? Se construímos juntas este momento e vemos tudo
juntas, eu creio que depois terá uma repercussão em todos. Vocês aqui são poucas e
representam algumas e não todas as regiões do mundo. Vocês são somente as gen e não
estão presentes os gen. Não está presente Juventude Nova, os jovens ao largo, mas eu tenho
certeza de que, se o que eu vou dizer for compreendido, construindo este momento juntas,
chegará ao mundo inteiro.
É por isso que eu queria muito vir e peço que construam comigo este momento. Não
é só ouvir um belo ajornamento: “Emmaus vai nos contar coisas belas!”. Não, “agora

1.
Emmaus vai vir e juntas vamos ver que passos Deus nos pede neste momento”. E à medida
que falamos, vamos dando esses passos. Não vamos esperar amanhã para isso. Vamos dá-los
agora, neste momento.

O Genfest: um
Então, o que me impulsionou a vir aqui? Em primeiro lugar, o Genfest. Eu acho
momento
Obra que praticamente todas vocês estavam presentes, não só as gen da Hungria. Seja
como for, todas seguiram tudo pela Internet ou de alguma forma. Vocês viveram pelo
Genfest. Vivemos pelo Genfest. Digo com consciência que “vivemos”, porque não foram os
gen e as gen que fizeram o Genfest e nós o apreciamos. Vocês sabem que todos nos
empenhamos em primeira pessoa: o Centro da Obra, os adultos; todos aqueles que puderam
fazer alguma coisa, procuraram fazer, porque nós sentíamos que era um momento Obra, não
um momento gen, mas um momento da Obra.
E os resultados confirmaram essa impressão, porque a potência do Genfest, o
entusiasmo com que conseguimos envolver as autoridades civis na Hungria, as pessoas que
passavam pelas ruas, os sacerdotes, os religiosos, os jovens, os jovens que colaboravam na
acolhida, aquele entusiasmo não era fruto de um momento passageiro, mas daquilo que
tínhamos vivido juntos.

Uma Depois do Genfest tive a impressão de que foi dado um salto no sentido de
experiência
de "viver em fazer as coisas juntos, isto é, em construir juntos alguma coisa. Juntos não significa
conjunto"
somente os gen e as gen. Sim, antes de tudo eles eram os protagonistas principais,
aqueles que organizaram tudo, convidaram os próprios amigos sem medo, que falaram no
rádio, lançaram a notícia amplamente. Os gen e as gen em primeiro lugar, mas não sozinhos,
não sozinhos. Envolveram primeiramente muitos amigos e jovens, mas também envolveram
os adultos, envolveram toda a Obra. Eu senti que foi uma experiência tão forte de conjunto
que não podíamos mais voltar atrás.
Por isso, quando fizemos o encontro das unidades arco-íris, vocês sabem que eu disse
aquela frase, que vocês ouviram, de trabalhar em equipe. Não devemos mais voltar atrás.
Partimos com este trabalho em equipe e vi as várias experiências que os gen e as gen, os

2.
Jovens por um Mundo unido fizeram nas regiões, chegaram até mim as notícias, recebi os
relatórios.
Ao mesmo tempo, constatei – é mesmo uma ponta –, eu constatei que existe ainda
uma certa distinção, uma separação. Eu ouvi uma gen dizer: “Nós fizemos isso e éramos
somente as gen. Os Jovens por um Mundo unido não estavam presentes”. “Nós” e “eles”. Ou
um jovem por um Mundo Unido diz: “Nós fizemos esta atividade, os gen não estavam
presentes. Estavam empenhados em outra coisa, em uma Jornada de Formação!”
E me parecia que se olhassem como duas realidades diferentes. Então: são diferentes
ou são a mesma coisa? Ambas as coisas: são diferentes e são a mesma coisa.
Isto é, o que é o Movimento Gen senão, como Chiara sempre disse, a segunda
Geração do Movimento dos Focolares? A segunda geração não são somente os gen e as gen
da unidade, mas toda a parte juvenil do Movimento dos Focolares, toda a parte jovem da
Obra. Os gen e as gen das unidades, pré-unidades, os jovens por um Mundo Unido, os gen's,
os genre, os jovens das paróquias, todos aqueles que, de alguma forma, foram tocados pelo
Ideal e estão envolvidos na realização do mundo unido. Também isso distingue um jovem do
Ideal de um jovem que não é do Ideal. Um jovem do Ideal quer fazer alguma coisa para
realizar o mundo unido, do jeito que pode, como sabe, com as pessoas que conhece, mas
quer, quer fazer alguma coisa. Não é um jovem que diz: “Ah, que belo seria se existisse o
mundo unido! Quando se realizar, eu estarei ali!” Mas é um jovem que diz: “Oh, que belo se
o mundo unido existisse! O que eu posso fazer?” e se empenha em primeira linha.

Movimento Alguns se empenham mais, isto é, estão dispostos a tudo, a fazer qualquer
gen e Jovens
por um sacrifício, ficar na Escola Gen por seis meses, a perder uma prova, mas não
Mundo Unido
perder um congresso. É um empenho mais radical, mais sólido, mais importante.
Estes são os gen e as gen. Os outros dizem: “Eu devo preparar as provas, senão meus pais
depois não me mandam... Dessa vez não posso vir. Porém, não abro mão do meu desejo de
viver por um mundo unido. Não posso fazer isso, mas outra coisa sim”.

Mesmo
objetivo que se
Por isso existe este denominador comum que é o desejo de fazer alguma coisa
realiza com
modalidades
diferentes 3.
pelo mundo unido, pela fraternidade universal – chamem como quiserem -, para realizar o
sonho de Jesus: “Que todos sejam um”, mas o objetivo é este, o objetivo de todos. Este
objetivo depois se realiza de modos diferentes: um será um jovem por um mundo unido,
outro será um gen, outro um gen's, outro um jovem do Movimento diocesano que anima os
grupos da paróquia. As modalidades são várias. Porém o objetivo é igual para todos, é igual.

Outra coisa que é igual: a vocação única para construir Jesus no meio.
A mesma Também esta é igual. Isto é, um jovem por um mundo unido, depois que conhece um
vocação
pouco mais, tem vontade de fazer algo em unidade com os outros e não sozinho. De
fato, ele começa a fazer parte de um Movimento, se bem que seja de amplo alcance, mas é o
Movimento de Jovens por um mundo unido. Já está inserido em algo que o leva a viver uma
experiência de unidade. É como a experiência de unidade que a unidade arco-íris faz ou a
unidade gen? Não, existem medidas diferentes, empenhos e medidas diferentes. Porém, o
fruto é Jesus no meio, o fruto é igual de um lado e de outro.
Isso é muito importante, porque senão é difícil dizer: como faço?
Eu falo da cultura da confiança. Vocês já escutaram isso muitas vezes. Como podemos
confiar em alguém que conheceu há pouco o Ideal, que ainda não fez uma experiência
profunda? Como eu posso fazer? Já sou gen há anos, vivo na unidade, sei o que quer dizer,
como posso confiar nesse jovem que quer organizar alguma coisa com os seus amigos da
universidade, porém não sabe o quê?
Eu confio porque se é um Jovem por um mundo unido, pelo menos ele sabe que para
fazer algo bom, válido, é necessário colocar Jesus no meio, isto é, é preciso construir algo em
unidade. E se ele comunica isso, é justamente porque o deseja, mas não basta esperar que
ele comunique.

Esclarecimentos Então, aonde vamos parar? Vamos parar no regulamento. A um certo


sobre o
regulamento gen
momento eu pensei: “Mas por que existem ainda estas... Será que existe algo no
regulamento... que deve ser revisto?” O que são os regulamentos? São o modo, a
linha para aplicar nas várias vocações e realidades da Obra. O fundamento dos Estatutos

4.
Gerais de tudo é: a norma das normas, o amor recíproco, que gera a presença de Jesus no
meio. Depois, como um gen realiza isso? Como o faz um voluntário? Como o faz alguém de
Famílias Novas? Isso está no regulamento. Vocês sabem isso. Não devo dar uma aula sobre
os regulamentos.
Porém, fui olhar o regulamento de vocês, porque eu disse: é verdade que os
regulamentos – justamente porque dizem concretamente como se deve viver este grande
Ideal da fraternidade universal, do mundo unido – estão vinculados a um tempo, a um
momento da história e a história caminha, vai para frente. Então, é claro que um
regulamento não pode ser eterno, é claro que um regulamento de vez em quando deve ser
revisto segundo a luz da história, segundo os passos que foram dados. Vamos lê-los e dizer:
bem esta norma deveria ser modificada hoje, pode ser. Agora eu não quero dizer: mudem o
regulamento. Porém, é para dizer como se faz em geral.
Observando bem, alguém poderia dizer: isso era bom há 30 anos; agora seria preciso
acrescentar isso, que há trinta anos não existia. Agora tem a internet. Estamos em streaming
com não sei quantas pessoas, para dizer. No regulamento gen não está escrito isso, mas está
escrito que usam todos os meios. Então, tudo bem! Um meio novo que nasce não está
excluído do regulamento. Porém, muitas coisas deveriam ser inseridas ou ajeitadas.
Conseguimos rever o regulamento? Temos tempo para isso? Depois de tê-los revisado, a
quem devemos mostrar? São coisas complicadas.
Então, para não enfrentar essas coisas complicadas, não porque não queremos
enfrentá-las, mas porque precisaria de tempo, eu disse: não é necessário mudar o
regulamento. É necessário entender o que existe por baixo daquelas palavras e interpretá-lo
hoje. Não sei se ficou claro para todos, também para aquelas que não são de língua italiana
ou é difícil acompanhar? Tudo bem?

Os e as gen
são a alma dos Eu me pergunto, por exemplo: no regulamento gen está escrito... Eu fui ver,
jovens por um
mundo unido naturalmente, porque queria falar com vocês sobre isso. Então eu disse: veja que
belo! Está escrito: “As gen 2 e os gen 2 – artigo 7 – são as principais animadoras e
animadores do Movimento Jovens por um mundo unido, no qual encontram o seu

5.
específico campo de ação realizando plenamente o seu ser gen”.
Eu gosto disso, gosto, porque os principais animadores e animadoras, o que significa?
São a alma. Animadores e animadoras vêm da palavra alma, alma de quê? A alma de um
corpo. Qual é o corpo? O corpo é o Movimento Jovens por um mundo unido. Mas vocês
imaginam a alma de um lado e o corpo do outro? Não existe. O corpo sem a alma é um
cadáver. Não é mais um corpo. Portanto, a alma quer dizer isso, animadores e animadoras.
Então isso: perfeito. Eu diria também hoje a mesma coisa: “Os principais
animadores... onde encontram o seu campo específico de ação”. Específico significa,
particular, isto é, que não é o único, não é o único. Por exemplo, se tem uma gen que
trabalha num instituto para pessoas idosas, o seu campo de ação são também as pessoas
idosas; não é que pode dizer: “Eu vou trabalhar com Juventude Nova e as pessoas idosas não
me servem”. Ou uma gen que trabalha num ambiente de diálogo inter-religioso, por
exemplo, a sua vida gen deve se manifestar também no relacionamento de diálogo com
outras pessoas, talvez com um rabino, com pessoas que não são os Jovens por um mundo
unido. Porém, o específico campo de ação, aquele onde, se elas não atuarem ali, outros não
saberiam como fazer, é aquele dos Jovens por um mundo unido. Portanto, entendem que é
muito importante.
É aquilo que eu disse no outro encontro. Não podem dividir a vida e dizer: “Aqui vivo
a vida gen e aqui vivo o resto”. Um gen é sempre um gen em qualquer situação se encontre e
deve viver aquela situação como gen. O que isso quer dizer? Com o Ideal, com a revolução
arco-íris, com as leis do amor, as leis do dado do amor. Essas coisas devem ser vividas no dia
a dia, momento por momento. Não só quando a unidade arco-íris se encontra.
O que é o encontro da unidade arco-íris? É reencontrar-se, reabastecer-se, retomar as
forças, comunicar as experiências. Por que comunicá-las? Para colocá-las à luz de Jesus no
meio e do seu fogo. Portanto, além de enriquecer a todos, quando comunicamos as
experiências, entendemos se ela foi bem sucedida ou se podia ser melhor, se tivesse sido
feita de outra maneira. Procuramos ver como corrigir o alvo, digamos. Não sei, se obtivemos
aquilo que queríamos ou não. O que deu errado? Falar sobre isso com Jesus no meio, suscita
todas essas coisas salutares. Porém, depois chega. Depois, trabalhamos, vivemos, vivemos

6.
na universidade e nos campos do esporte, ali onde estamos, se vive como gen. Isso é
importante: viver como gen. Eu já disse isso às unidades arco-íris. Estamos repassando
algumas coisas.
Depois eu fui ver o que a unidade gen 2 faz. Fazem muitas coisas importantes,
logicamente. A unidade arco-íris, as suas funções. Todas vocês são brancos das unidades e
não só da unidade arco-íris. Porém, eu diria: não façam diferenças, porque o que significa ser
de uma unidade gen? Na unidade arco-íris e em todas as unidades gen se deve viver as
cores. Também na pré-unidade se começa a viver as cores. Todas as unidades têm esta
função.

As funções da Eu vi que no programa de vocês se falará da função do Branco gen. Uma das
unidade arco-
íris funções do Branco é garantir a unidade nas unidades. Eu me pergunto: coitada, como
é que ela sozinha consegue garantir a unidade. Sozinha ela consegue? Eu acho que
não. Ninguém é capaz de garantir a unidade sozinha. Eu não sou. […]
Então, o que é? O que significa garantir a unidade? Fazer com que exista o amor
recíproco entre todas, se não existe, fazer alguma coisa para estabelecer este amor
recíproco, para ajudar as outras se houver necessidade de perdão ou de uma maior
compreensão, ajudá-las, porque todas podem garantir a unidade, não só o Branco – coitada
– sozinha. Toda a unidade arco-íris garante a presença de Jesus no meio com os
relacionamentos, não de modo abstrato, mas construindo relacionamentos profundos,
As funções a verdadeiros, de Jesus para Jesus. Vendo no outro Jesus, amando-se reciprocamente. Eu
serem
realizadas "de não devo repetir isso, porque vocês já sabem.
comum
acordo"…
Falando das tarefas da unidade arco-íris, se diz: “As funções da unidade arco-íris a
serem desempenhadas com o acordo da responsável da região e da assistente regional
são...”, e está aqui um elenco. Vamos ver este elenco depois num ponto específico. Mas isso
já me parece um pouco estreito. “As funções da unidade arco-íris a serem desempenhadas
com o acordo da responsável da região e da assistente regional”. O que quer dizer este “com
o acordo”? Quer dizer que eu devo perguntar se a responsável da região está de acordo? E

7.
esperar, porque talvez eu não consiga falar hoje com ela, porque ela hoje está pensando nas
voluntárias ou está pensando em preparar a Mariápolis ou deve encontrar o cardeal ou
chegaram os Conselheiros de Roma e estão fazendo o encontro com os conselheiros de
Roma, por isso não conseguirei vê-la. Não importa, vou falar com a assistente gen, vou falar
com a assistente gen. Não, hoje ela tem o Conselho regional. Deve ir ao Conselho regional.
Hoje de manhã, ela trabalha, dá aulas, de manhã tem que dar aula, à tarde ela deve corrigir
uma porção de deveres, etc., etc. E podem continuar com o elenco.
No fim, para que ela esteja de acordo sobre como realizar essas tarefas, acaba que
não faço nada, que fico parada esperando este acordo. Eu digo: está errado, o regulamento
neste sentido deve ser corrigido? Talvez não. O que quer dizer “estar de acordo”? Muitas
vezes nós paramos diante desta palavra, pensando: se eu não consigo obter um sim, não
posso fazer nada. Não é verdade, não é assim, porque Jesus confia em cada um de nós e
coloca em cada um de nós aquela palavra, aquela inspiração, aquela sugestão ligada a uma
sua graça particular para vivê-la.

As duas
condições para Você sente dentro que seria bom promover uma ação para as crianças... Não deve
estar "de esperar. Deve procurar atuar logo, fazer alguma coisa. Se você sentiu isso dentro, que é
acordo" …
uma sugestão de Jesus e vem do amor, por amor aos outros, e que caminha na direção
do mundo unido, você pode estar certíssima de que a responsável estará de acordo, que
a assistente gen estará de acordo. Deve ter estas condições: que seja algo movido pelo amor
e que vá na direção do mundo unido, que não seja outra coisa, mas que caminhe naquela
direção. Deve estar certa. E você tem esta certeza pelo fato de que escutou a voz de Jesus
dentro e Jesus não pode enganar. Depois você se confronta com as outras gen da unidade,
coloquem-se de acordo para fazer isso e assim constroem Jesus no meio e Jesus no meio não
engana e dá confiança de que, só pelo fato de você ser uma gen, Jesus está em você, mas
toda a Obra está em você. Não devem pensar: “Mas depois o que me dirão?” Pode ser que
eu erre. Pode ser que aconteça alguma coisa e me dirão: “Mas que ideia você teve!” Tudo
bem! Quantas vezes elas erraram, também a responsável da região errou e alguém lhe disse:
“Mas que ideia?” A Obra não para diante de um erro.

8.
Como o Papa está dizendo nestes dias: Deus não se cansa de perdoar. Somos nós que
nos cansamos. Se erramos... é melhor errar por amor do que não amar; é melhor errar por
amor do que não amar. É sempre melhor fazer alguma coisa e depois ser corrigida do que
ficar sem fazer nada ou não se mexer, esperando que alguém diga: “Pode fazer”. Não
esperem.
Esta é a primeira coisa. Pensem que este “acordo” com a responsável da região e com
a assistente regional já é um fato. E pensem que, se não existe, dirão para vocês, isto é,
alguém com certeza irá dizer: “Mas o que você fez? Acho que esta decisão que tomaram não
era aquela justa.” Então, com liberdade digam os motivos daquela decisão e se disserem que
é melhor parar, parem, no sentido de que não devemos ser cabeça dura e estar apegados ao
que nós queremos fazer. Porém, não parar antes, no caso parar depois, é melhor.
É um discurso claro? Sim.
Então, o regulamento diz o que a unidade arco-íris faz: promove a vida gen, tudo
bem, certamente; constitui as unidades gen, pede para que uma unidade gen siga as pré-
unidades em formação, etc.
No ponto e) Antes diz: “Promover, de acordo com o Centro Gen 2 mundial...” Também
nesse caso: não devem escrever para a Gabriella e depois esperar uma resposta dela. Não é
verdade, Gabriella? Podem promover sem o seu acordo? Já existe um acordo de máxima em
relação a tudo. Se é por amor, se vivido no amor e com o objetivo do mundo unido. Então,
vocês têm a permissão da Gabriella, já de acordo! Já estão de acordo.

Colaborar com “Promover, de acordo com o Centro Gen 2 mundial, atividades para objetivos
os Jovens por
um mundo especiais que exigem uma ação unitária da parte de todas as gen 2 – claro – da
unido
região”.
E diz: “Colaborar com a secretaria mundial do Movimento Jovens por um mundo
unido nas suas atividades”. Parece-me um pouco leve este “colaborar”; acho que está em
contradição com o que dissemos antes. Vocês lembram da alma, animadores, animadoras, e
o corpo. Imaginem se a alma e o corpo disserem: “Em que nós podemos colaborar?”, se devo
raciocinar sobre esta colaboração. Sabem, se pensa numa colaboração entre duas pessoas ou

9.
dois grupos ou duas entidades que procuram realizar o mesmo objetivo, encontram um
objetivo pelo qual viver juntos e dizem: “Você faz isso e eu faço aquilo”. Ou: “Eu chego até
aqui, depois você continua”. É sempre alguma coisa de duas realidades que se encontram,
mas não duas realidades que estão compenetradas uma na outra. Colaborar, a palavra
“colaborar” quer dizer “trabalhar juntos”, “trabalhar com”. Eu posso colaborar, “trabalhar
com” de alguma forma, com muitas pessoas. Mas se eu penso no relacionamento entre os
gen e os Jovens por um mundo unido, diria que é muito mais que colaborar, a meu ver, é
mesmo viver juntos. Portanto, também animar, solicitar. Se vocês veem que os jovens não
fazem nada, façam vocês, ou se veem que os jovens se movem, vão com eles. Fazer juntos,
viver juntos esta realidade.
Eu acho que é este o sentido desta palavra “colaborar” neste artigo, por quê? Porque
é preciso pensar que está ligado ao fato de que os gen são os principais animadores e as gen
são as animadoras principais.
Ligado a isso, por que nós colaboramos? Porque somos as animadoras principais. Não
é uma colaboração externa, mas significa animar, isto é, dar vida, animar quer dizer dar vida,
dar a nossa vida gen no Movimento dos Jovens por um mundo unido. Viver as coisas juntos.
O que acham? Estão de acordo?

Todas: Sim!

Emmaus: É um passo a ser dado! (aplausos)


As gen 2 vivem Depois diz: “Se lhes for pedido, estar a serviço das gen 3”. Se pedirem? As gen
para as gen 3
3 devem chegar e pedir: “Por favor, você pode estar a meu serviço?” Ou a
responsável da região: “Por favor, você quer fazer este serviço às gen 3?” Mas é normal que
as gen 2 estejam a serviço das gen 3. Não só, é normal que uma gen 2 esteja a serviço da
Obra. Deu a vida para isso, para construir isso, é normal. Também das gen 3, mas não só.
Na outra vez eu lhes disse que me maravilhei em ver poucas gen 2, quando estive no
encontro das gen 3, porque eu disse: se as gen 3 não vivem com as gen 2, é claro que,
quando chega o momento de passar para as gen 2, não querem, porque não as conhecem,

10.
não sabem quem são, não têm aquele relacionamento com elas que mostra que é uma coisa
bela, que é um crescimento, uma passagem da vida, uma história que continua. Elas dizem:
“Quem são aquelas? Então vou pensar. Quem sabe?” E depois pensam e não passam ou vão
para outro lado, por falta dessa convivência, de viver juntas essas coisas.
Não esperem que alguém lhes peça. Esqueçam dessa palavra “se lhes for pedido” e
digam: “As gen 2 devem viver pelas gen 3 com todo o coração, com toda a alma”, caso
contrário, morrerão, vocês acabariam. Se nós, adultos, não vivermos para os jovens, vamos
morrer. E assim cada geração deve viver pela outra geração, necessariamente, senão morre,
senão passa o tempo e envelhecemos e vamos nos recordar: “Você se lembra de como era
bom quando estávamos em Castelgandolfo... Será que ainda fazem esses encontros?” Que
tristeza! Nem quero pensar nisso. Seria muito triste, muito trágico. Mas não é assim, porque
temos um ideal grande demais, que passa para além das gerações, das dificuldades, das
barreiras, e somos responsáveis de vivê-lo.
Por curiosidade fui ver o regulamento dos gen 3 e do Movimento juvenil pela
unidade e vi que ali a diferença é menor. Se sente mais que é uma única coisa: os gen 3 e o
Movimento juvenil pela unidade quanto aos regulamentos, não digo na vida, porque
também em vocês se sente a vida. Mas estamos falando dos regulamentos. Eu disse: por que
conseguiram escrever melhor isso dos gen 3 e o Movimento juvenil. Creio que é porque os
responsáveis são os mesmos. Quando enfrentaram o regulamento do Movimento Juvenil
pela unidade e o regulamento das gen 3 e dos gen 3, quando escreveram os regulamentos,
eram as mesmas pessoas que os observavam. Por isso é lógico que tinham na alma a mesma
vivacidade, esta mesma força, porque eram as mesmas pessoas que se ocupavam.
Ultimamente eu disse: talvez seja bom fazer de vez em quando uma troca: mandar o
responsável dos voluntários para o diálogo inter-religioso, o responsável do diálogo inter-
religioso para os gen 3, o responsável dos gen 3 com... para que cada um sinta os outros,
para que ninguém fique fechado no próprio particular. O particular é importante, porque
Deus nos confia uma coisa e devemos responder a Deus sobre aquilo, mas isso está inserido
em algo maior. A Obra é grande. É preciso ocupar-se de tudo, sentir que todos estão
presentes. Então, notei isso.

11.
Vocês podem me dizer: vamos resolver, basta que os responsáveis sejam os mesmos
para os gen e Jovens por um mundo unido. Assim estamos tranquilos. Não, eu digo não, eu
digo não, porque digo que a multiplicação – dou um exemplo matemático –, a multiplicação
serve para potencializar. Se eu tenho 3 e 5 digo: 3 vezes 5 é igual a 15. 15 é mais do que 3 e
do que 5, é mais forte do que 3 e do que 5. A divisão serve para diminuir a potência, porque
se eu faço 15 dividido por 3 é igual a 5. Porém, 3 e 5 são menos fortes do que 15. A
multiplicação dos encarregados deve servir para potencializar. Ao invés de dois são quatro,
mas esses quatro devem viajar juntos. Assim se reforçam um ao outro. Assim Jesus no meio
é mais operativo, mais pleno, maior, porque trabalham juntos.
Se, ao invés, estes quatro disserem: bem, façamos dois e dois. Vocês se ocupam deles
e nós nos ocupamos dos outros e não temos nada a ver, dividem a potência, isto é, o
Movimento gen perde a força e perdem a força ambos os Movimentos, porque aquilo que
deveria potencializar se torna uma separação, e a separação quer dizer divisão, quer dizer
dividir, diminuir, não aumentar. Lembrem-se que multiplicar é mais importante do que dividir
neste caso.

Promover o
trabalhar Eu queria lhes dizer isso. Eu sei que vocês já vivem tudo isso. Num certo sentido, eu
"juntos" venho para abater uma porta aberta. Mas queria lhes dizer: estejamos atentas, porque
poderíamos escorregar e voltar para trás, porque é mais fácil; entre nós, gen, nos
entendemos e se os jovens vieram, quem sabe... Existem muitos motivos e eu entendo.
Porém, devemos estar na linha de frente e lutar para manter esta posição que ganhamos
com o trabalho do Genfest e não só. Através de tudo o que estamos vivendo e ir para frente
nesta direção. Promover cada vez mais este trabalhar juntos, este ser a alma e o corpo
unidos, este viver uns pelos outros.

Gen e jovens por


um mundo E escutem tudo aquilo já dito: a pirâmide invertida, tudo o que quiserem pode entrar
unido devem neste discurso, mas neste momento me interessa isso: quem são vocês, quem é o
trabalhar juntos
Movimento dos Jovens por um mundo unido. São duas realidades distintas? Sim,
certamente, com empenhos diferentes. Um é um Movimento de amplo alcance e outro

12.
é de gente mais comprometida, que dá a vida por este Movimento. São diferentes; porém,
no mundo devem trabalhar juntos, devem viver pela mesma realidade e juntos.
A palavra de ordem é “em equipe” ou “juntos” ou “o serviço”. Peguem a palavra que
quiserem, não me importa, as palavras são secundárias, me importa a realidade. Eu queria
muito dizer isso a vocês. Pensei: devo dizer aos gen e às gen para que estejam atentos em
não voltar para trás após essa coisa tão bela que vivemos. Esperava em ter um momento
assim com vocês e podia fazer isso somente com vocês, somente com as gen que são
responsáveis, que construímos juntos, trabalhamos juntos, vemos juntas onde pode se
encontrar o perigo e juntas corremos para nos proteger, juntas, e os outros conosco.

Experiência de
Portugal Repito que já sei que existem muitos sinais disso. Fiquei muito feliz em conhecer a
atividade de Portugal […] Aquela apresentação feita à Comissão Europeia. Eu gostei
muito daquilo, porque senti essas gen e os gen, os Jovens por um mundo unido empenhados
juntos para apresentar à Comissão europeia local, de Portugal, e às autoridades o seu
projeto, o United World Project, ligado ao Genfest. Gostei muito quando eu li este relatório.
Depois dos discursos políticos de outras personalidades – porque era no contexto de um
encontro sobre a cidadania europeia, que falava dos problemas da Europa –, e depois desses
discursos tão decepcionantes, tão céticos de gente que dizia que não se deve acreditar em
ninguém, que não tem solução, que Europa que nada, nada de Eurolândia, agora é o Chipre,
isso e aquilo. Tudo negativo, tudo negativo. Os gen falaram da “Regra de ouro”; convidaram
todos a viver a “regra de ouro”, pela fraternidade universal. Toda a sala se transformou.
Olharam para esses jovens como uma esperança, quase como uma certeza. Não era algo que
devia acontecer, mas que já existe e que é maior ainda do que a ideia da Europa. Eles
entenderam bem que não era só para a unidade da Europa, mas era para a unidade do
mundo.
O empenho de ajudá-los para que isso chegasse à ONU, etc., era um estímulo, era
ainda mais do que aquilo que queriam. Ficaram muito tocados. Isso foi feito pelos gen e
Jovens por um mundo unido de Portugal. Isso era para dizer algo grande, mas ontem recebi
outra notícia da Mariápolis Arco-íris, “Chamar a primavera”, e pensaram, em relação à parte

13.
em que Chiara fala de Jesus abandonado quotidiano, do morrer pela própria gente, em
relação àquele escrito, disseram: olhemos ao nosso redor, e viram o problema de crianças
que não eram acompanhadas, dos idosos abandonados nas casas de repouso, sem
companhia, pessoas que circulavam ao redor da Mariápolis e que não sabiam o que é.
Pensaram em reunir as três realidades, ajudando uns aos outros. Envolveram idosos,
crianças, educadores, educadoras, etc. num mesmo projeto. E foi um sucesso.
Eles me escreveram antes de fazê-lo: “Chegamos ao dia de hoje e vamos ver o que vai
acontecer”. Esperavam que viessem 10 pessoas, mas os inscritos já eram 140. Por quê?
Porque se uniram. Então é esta a multiplicação. É este o valor do “vezes” que frutifica muito
mais. Para mim, foi uma belíssima experiência e como esta quem sabe quantas outras, cada
uma poderia contar, quem sabe quantas...
Dou os parabéns a Gabriella e aos que ajudaram a fazer o programa, a todo o Centro
Gen, porque lendo-o, eu disse: realmente é belo, porque parte do amplo, no primeiro dia se
falou de Sophia, no segundo de uma coisa mais restrita: os Jovens por um mundo unido,
quem são eles, o que Chiara disse sobre eles. Terceiro dia: vamos ver a unidade gen. Cada
vez mais restrito, cada vez mais. E amanhã a Obra em especial. Me parecia uma bela
convergência no programa.
Ontem vocês viveram esta experiência de Igreja com o Papa1 e foi muito belo
participar. Amanhã vocês viverão outras coisas. É quase como uma Escola sem chamar de
Escola, mas é uma experiência concreta de coisas importantes. Depois vocês vão falar da
função do branco. Falem tendo este olhar. Não só como algo que diz respeito às gen, às
unidades arco-íris, mas nunca se esqueçam da meta. Eu, branco gen, tenho a
responsabilidade de fazer com que as gen sejam assim, por quê? “Para”. Depois que fiz isso
para que serve? Para dizer que eu fiz bem a minha parte? Ou para dizer que as gen estão
contentes? Não, serve para viver o “para”, serve para o mundo unido e da parte das gen e
dos gen, de modo especial viver para os Jovens por um mundo unido.
Simplesmente assim, vocês estão de acordo? (aplausos)
[…]

1 Foram à Via Sacra no Coliseu de Roma.

14.
Quando Chiara no início lançou e disse: “Jovens do mundo inteiro, unam-se”. Ela não
disse: “Alguns jovens se unam para compor as unidades gen”. Ela disse: “Jovens do mundo
inteiro, unam-se”. Depois, quando todos se unirem, alguns farão algo especial em vista desta
unidade. Esses são os gen e as gen, e antes de tudo Chiara. Com Chiara vamos em frente
seguros, pensando que ela ajuda do Céu e vendo os frutos da sua ajuda... porque tudo o que
acontece, acontece por causa dela, porque existem os gen e as gen que chegaram lá e que
não podem mais sair do seio do Pai. Nós estamos sempre: “Sabe onde estamos?”. No Pai.
Podemos não estar lá em algum momento, mas os que estão no Paraíso, estão lá para
sempre. Chegaremos lá quando Deus assim quiser. Entretanto, devemos construir o Paraíso
na Terra. Chiara confiou de modo especial aos gen e às gen. O paraíso terrestre, este Paraíso
que é a presença de Jesus no meio e fazer da Terra este farol luminoso de muitas estrelinhas
no mundo.
Eu desejo a vocês tudo de bom. Eu falei mais de meia hora. Vocês querem me dizer
alguma coisa. Uma reação espontânea? Querem dizer uma palavra, contar alguma
experiência? Fazer uma pergunta? Aquilo que vocês quiserem.

Gen: Eu agradeço pelo fato de estarmos juntos. Tínhamos um elenco de perguntas, mas
acho que você respondeu. Não sei se as outras têm perguntas ou alguma impressão.
Para mim, esta impressão sobre o que você falou... Eu senti a comunhão, que
estamos juntas.

Emmaus: É claro que estamos juntas, claro.


Você sabem que eu tenho uma confiança máxima nas gen e nos gen, naturalmente.
Digo nas gen, porque agora estou aqui com vocês. Se estivessem aqui os gen, eu lhes teria
dito o mesmo. Uma confiança máxima em vocês. Sei que vocês têm o Ideal inteiro tal como
nós o recebemos. Eu sei que vocês podem errar, como também nós erramos. Isso não nos
impediu de ir para frente nem impedirá vocês. Por isso confio plenamente.

Gen: Eu faço uma pergunta.

15.
1. Temos medo de ser Branco gen.

Emmaus: Eu entendo muito bem!


Medo de ser
Branco gen
Gen: O que você pode dizer sobre isso?

Emmaus: Temos medo, hem? De um lado, eu gosto de saber disso, porque ter medo
significa ter também temor de Deus, isto é, pensar que é uma função importante. Isso é
verdade, é uma função importante. Porém, é preciso pensar que a importância é aquela de
ajudar as outras, de servi-las e não de ser superioras. Este discurso que fazemos da pirâmide
invertida, vale para todas as responsabilidades.

A função do
Branco é um Vocês viram que o Papa está usando estes sinais: lavar os pés desses jovens presos ou
serviço de amor de ir no meio das pessoas para cumprimentar um por um, descer do carro para
cumprimentar... Ele tem a responsabilidade que tem. Não é que a perde, fazendo estes
gestos. Não é que agindo assim, ele se torna menos responsável, mas mostra que existe um
modo diferente de exercer a responsabilidade, de viver a responsabilidade de como pensam
alguns. Diferente quer dizer o quê? Colocar-se a serviço dos outros. O branco gen se torna o
servo, a serva das outras gen. Mas ser servos neste caso é servir por amor. Alguém poderia
pensar: “Por que devo ser servo de alguém? Na minha casa eu quero ser patroa e não serva.
Por quê?” É por amor. Então, se é por amor, o serviço por amor torna-nos reis, rainhas, não
nos faz ser servas. Você serve por amor. Ao mesmo tempo, o outro que sente o seu amor,
sente que você é aquela que ajuda, que é de confiança, alguém que sabe ouvir os seus
problemas. São coisas que fazem parte do serviço, mas de um serviço de amor.
Nós devemos ter medo disso? Não, porque Jesus disse que é preciso que nos
coloquemos a serviço uns dos outros. Não é somente o branco gen que deve estar a serviço
das gen, mas cada gen deve estar a serviço das outras. Cada gen deve estar a serviço do
branco gen, porque faz parte do amor. O serviço do branco gen é talvez algo mais sutil, mais
especial, que sabe perceber aquilo que atrapalha e a pessoa não percebe. Você pode dizer:

16.
“Não diga esta palavra, porque eu percebi que, quando você diz isso, aquela outra fica meio
chateada”. Estar atenta para que circule cada vez mais a caridade entre todas.
Depois, todas as outras coisas virão de consequência, porque se existir esta caridade
entre todas as gen da unidade, da qual você é o branco – é ou será, não sei –, se existe este
amor que circula, se existe Jesus no meio, depois será Ele que fará com que esta unidade
cresça. Portanto, você não deve se preocupar, se as gen conquistam ou não, porque é Deus
quem vai pensar. Ele faz tudo, mas você deve fazer esta parte. É este o discurso para garantir
a unidade: a gen branco deve garantir a unidade, isto é, deve fazer a sua parte – porque não
pode fazer a parte das outras –, para que o amor circule. E se perguntarem a você... Ao
branco gen é pedido este serviço. Ninguém vai dizer: “Eu quero ser o branco gen” ou “eu
acho que tenho as qualidades para ser o branco gen”. Alguém poderia dizer: “Eu vi como ela
fez, eu acho que faria melhor do que ela”. Pode ser que alguém pense assim. Porém, este
não é o branco gen. O branco é uma pessoa a quem a responsável diz: “Por favor, você pode
me ajudar a fazer este serviço? É preciso ajudar esta gen a ir em frente. Você concorda em
me ajudar?”. Então, ela se coloca à disposição.
E agindo assim, hoje você é o branco gen, amanhã não é e não muda nada. Hoje você
é o branco gen da unidade arco-íris, amanhã será o branco gen de uma unidade em
formação ou não faz nenhuma dessas coisas. Vai para uma unidade gen e vive uma cor como
todas as outras. Não muda nada, porque antes você amava; depois você ama. Vivia a serviço
de todos antes. Vive a serviço de todos depois. Não muda nada. Muda aquilo que Jesus pede
a você naquele momento. Se Jesus pede naquele momento para ser branco gen, você não
pode lhe dizer: “Faço tudo, menos isso”, se Jesus lhe pede: “Eu faço também isso”. E quando
Ele pensar que é melhor que outra pessoa o faça ou é melhor que você descanse um pouco,
lhe dirá: “Agora chega, fique tranquila; outra pessoa vai fazer isso”.
Senão começam a pensar assim: “Ela é o branco gen então é a mais capaz?” Não é
verdade isso. Não é verdade! Não é que é a mais capaz. Nós sabemos que muitas vezes
alguém que não vem muito em evidência e sofre, quem sabe por qual motivo, que não pode
participar sempre, porque tem uma situação difícil na família, leva tudo mais para frente do
que aquela que faz tudo e que está sempre ali, disponível. Sabemos que os valores

17.
verdadeiros não são aqueles do fazer, de fazer muitas coisas, mas viver. O importante é viver
como branco gen e como gen sem ser branco. Somos todos brancos, porque procuramos
viver o arco-íris, procuramos vivê-lo por inteiro. (aplausos)
Quando se Diga de onde você é e o nome.
tem medo de
dar tudo a
Jesus…
Cristina: Sou Cristina de Roma.
Teria sempre outra pergunta, sempre em relação ao medo.
2. Como se faz quando se tem medo de seguir Jesus, porque Jesus pode nos pedir
muitas coisas e às vezes nós fazemos os nossos planos, mas a nossa vontade não é a sua.
Nós sabemos que a sua vontade é nos levar à verdadeira felicidade. Porém, humanamente,
nem sempre estamos dispostas a perder ou às vezes simplesmente temos medo de não
conseguir ou medo em geral de dar tudo a Jesus ou de segui-lo na sua vontade.

Emmaus: Esses medos são típicos dessa idade, porque temos muitas possibilidades
diante de nós, então ficamos incertos: mas será bom escolher isso ou depois vou me
arrepender, não vou conseguir ir até o fim... É normal. São medos normais que todos
vivemos. Eu também vivi assim quando tinha a idade de vocês.
Como fazer? Eu penso que a primeira coisa é confiar no amor de Deus. Colocar de
lado o medo e lançar-se, tendo confiança no amor. Lançar-se, confiando no amor. Porém, se
você sentir que o medo é forte demais, se acalme, repouse, pare, não decida, espere, porque
se é realmente voz de Deus, se você está disposta a dizer: “Eu tenho medo, não tenho
certeza, mas quando tiver certeza, eu gostaria de fazer aquilo que você quer”, ele depois
dará a certeza.
Eu já lhes contei que algumas vezes, também quando se trata de escolher a própria
estrada, certas vezes pensamos: “Não é verdade, não sinto, não é assim, são os outros que o
dizem, não sou eu que sinto isso”. Ao invés, chega o momento no qual não pode ser senão
assim, porque Jesus faz com que você sinta...
Lembro de uma carta que Chiara escreveu a uma gen, que agora está no focolare:
“Você não vai ver a hora de segui-lo”. O que quer dizer? Que Jesus a fará sentir isso num

18.
modo tão forte que você não terá mais dúvidas. Porém, para sentir isso forte, você deve
estar disposta a esperar senti-lo forte. Ao mesmo tempo, a continuar a amar. Não viver com
mediocridade, mas com intensidade o que Deus lhe pede para viver no momento presente,
com esta certeza: Deus é amor, não pode me enganar. Se Ele me faz sentir alguma coisa, não
é um engano. Pode ser que ainda não seja claro. Tudo bem, espero. Ele me dirá. Porém,
vivendo, não é uma espera passiva: vou esperar que Deus do céu venha me dizer o que devo
fazer. Não assim. Isso não só na escolha da vocação, mas em todas as escolhas.
Eu diria: ser sempre ativos. Eu compreendi isso, faço isso. Depois de ter feito isso,
entenderei mais outra parte: “Faço aquilo que entendi, sem esperar. Ainda não entendi
tudo”. Não importa, aquele pedacinho que você entendeu, deve fazê-lo, ok? (Aplausos)
Como ser
enamoradas do
regulamento? Gen: A minha pergunta é sobre o regulamento.
3. O que significa para nós, gen, amar este regulamento, entrar na estrutura?
Porque temos medo também do regulamento, da estrutura. Como ser apaixonada pelo
nosso regulamento?

Emmaus: Vocês não devem se apaixonar pelo regulamento. Vocês devem se apaixonar
por Jesus, não pelo regulamento. Também os Estatutos, não é que devemos nos apaixonar
pelos Estatutos e sim por Jesus.
As regras servem? São úteis? Sim, porque nos dão uma direção, uma linha, uma
orientação. Como os trilhos do trem para viajar, servem para o trem? Servem, porque sem os
trilhos o trem descarrilha, bate contra alguma coisa. São necessários. Também as regras são
necessárias, tal como o regulamento, mas para dar uma linha. Depois, como devemos
caminhar, é Jesus dentro que nos diz. Como preencher aquelas palavras do regulamento,
aquela estrutura que foi descrita no regulamento com a vida, é Jesus dentro que nos diz,
Jesus no meio, a vida.
É preciso viver, para perceber que também o regulamento tem um valor. Quando
vivemos e dizemos: “Mas agi bem ou mal? Vamos ver o que diz o regulamento”. Aí você faz
um confronto e diz: “Sim, se eu tivesse vivido este particular que o regulamento diz, não

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teria me comportado assim”. Ou: “Sim, eu acho que fiz o que o regulamento diz, embora não
o tivesse lido, mas acho que fiz bem”. Não é necessário lê-lo, certas vezes se faz um estudo
mais aprofundado sobre os artigos, se vê... Não sei, agora estudamos de modo especial a
função do branco ou amanhã podemos estudar de modo especial como um gen vive as cores
ou podemos estudar de modo especial a função do Centro Gen ou dos meios de
comunicação para os gen. Tudo isso está escrito no regulamento e podemos aprofundar,
conversando. Isso não é importante. É importante que essas coisas sejam para nós um guia,
uma orientação para viver a vida, para sermos nós mesmas. Sem nos determos nas regras,
mas sem jogá-las fora, porque, se assim fizermos, não saberemos por onde caminhar. As
regras são necessárias, mas não servem sem a vida.
Portanto, não se apaixone pelo regulamento, se apaixone por Jesus, siga Jesus, e Ele
está ali, dizendo: “Venha por esta estrada”, porque se você pegar outra estrada, corre o risco
de encontrar mais obstáculos ou aquela outra estrada está bloqueada e você deve voltar
atrás e repercorrer tudo de novo... O regulamento é como a estrada, mas para ir atrás de
Jesus e não para outra coisa.

O papel do
Branco na hora Ainda uma. De onde você é?
da verdade Gen: Sou de Portugal
4. Poderia falar do papel do Branco na hora da verdade. E a razão pela qual as gen não
fazem a hora da verdade ao branco?

Emmaus: Eu penso que a situação é um pouco delicada neste sentido: a hora da


verdade é em primeiro lugar uma hora da caridade, isto é, uma hora em que nos ajudamos a
ir em frente, nos ajudamos a corrigir algum defeito, a colocar em luz o lado positivo da vida,
do caráter, de como nos comportamos, etc. Nos ajudamos. Portanto, é um momento em que
nos ajudamos reciprocamente.
E para essa ajuda recíproca, é necessário um responsável. Neste caso, tratando-se de
uma unidade gen o responsável é o branco gen. No focolare será a responsável do focolare,
do núcleo é a responsável do núcleo, isto é, uma pessoa que seja a responsável. O que isso

20.
quer dizer? Que deve estar atenta para que não existam julgamentos, ressentimentos
pessoais: “Esta gen se comportou assim comigo, e eu não gostei. No momento da hora da
verdade ela vai ver!”
Pensar assim significa colocar-se numa atitude errada. A hora da verdade não é a
hora da vingança, não é a hora de colocar para fora algo de que não gostamos, mas é hora de
ajudar, é hora de estar à disposição do outro, de olhar o outro segundo aquilo que Deus
gostaria que ela fosse e ajudá-la. Dizer: “A hora da verdade. Neste momento, vejo esta gen e
digo: o que Jesus está pedindo para ela? O que posso fazer para que ela responda melhor
àquilo que Jesus lhe pede. Como posso lhe dizer uma palavra que a ajude a entender o que
Jesus lhe pede?” É esta a hora da verdade. Então, essa pessoa responsável, que é a
moderadora, digamos, deveria ter esta capacidade, mas não é uma capacidade humana, é
uma graça. Se a certa altura Deus lhe pede este serviço, a ajudará a ter esta atenção para que
tudo o que for dito seja amor.
O fato de ela não receber a hora da verdade das outras gen, é que, na sua posição,
de alguma forma, deve tomar decisões, deve dizer alguma coisa, deve organizar alguma
coisa. As outras poderiam aproveitar da hora da verdade para demonstrar que não ficaram
contentes, que não tiveram... E isso não está certo, não está certo, porque não é fruto do
estar prontos a dar vida, que faz nascer Jesus no meio, na unidade. Se as gen com o branco
têm um relacionamento para gerar Jesus no meio, depois não é bom que tenham o poder de
colocar em discussão aquilo que o branco fez, porque senão o branco nunca sentiria a
eficácia da sua graça, porque toda a vez que deve dizer uma palavrinha na unidade arco-íris,
que deve pedir alguma coisa ou falar de alguma coisa, fazer uma síntese daquilo que foi dito,
se pensasse: “Mas depois elas vão me dizer o contrário”, não teria a coragem de fazer mais
nada. Neste sentido.
Mas também os brancos recebem a hora da verdade, porque a farão com os outros
brancos, com o branco da unidade arco-íris. Assim também as responsáveis de focolare e de
região recebem a hora da verdade. Se é um modo para nos ajudar a ir em frente, ninguém
deve ficar sem fazê-la, porque se não a recebe, ficaria sem alguma coisa.
Podemos pensar: “Ninguém faz a hora da verdade à responsável do focolare. Quer

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dizer que ela é mais capaz?”. Não, isso não! Quer dizer que ninguém se preocupa com ela,
que ninguém a ajuda.
Também em relação ao branco, não pensem que, se vocês não a fizerem ao branco de
sua unidade, se não podem fazer-lhe a hora da verdade, ela é melhor do que vocês, porque
não recebe a hora da verdade. Digamos que é menos felizarda, porque ninguém lhe diz onde
deve melhorar. Mas isso não acontece, porque na Obra, visto que todos estamos ligados,
temos relacionamentos de unidade diferentes, se não recebemos de uma parte, recebemos
de outra, porque Jesus não deixa faltar a ninguém essas ajudas, inclusive a quem é
responsável de tudo.
A mim, Deus a faz diretamente, deixando-me entender que errei num caso, num
outro, porque digo: os outros não têm a coragem de me dizer... Eu sempre digo: “Se vocês
notarem alguma coisa, digam-me tranquilamente”. E ficaria contentíssima. Porém, entendo
que não posso entrar numa hora da verdade. Mas se alguém me escreve uma carta, dizendo:
“Não gostei daquela palavra que você disse por tal motivo”, eu não fico chateada. Fico bem
feliz em retificar e dizer: “Errei, devo estar mais atenta”.
O importante é que tudo seja amor. Não é que nós queremos fazer a hora da verdade
ao branco, porque senão ela se sentirá quem sabe o quê. Nós queremos que o branco se
santifique, que a gen a quem é confiada a unidade arco-íris cresça na sua estrada,
certamente, mas como nos preocupamos? De modos diferentes. Nós que estamos na sua
unidade nos preocupamos construindo com ela aquela unidade que lhe permite ouvir a voz
de Jesus no meio, não tanto corrigindo aquilo que ela poderia errar, mas deixando esta
função para outros. É isso, simplesmente. Não saberia mais o que dizer.
E ainda? Basta, é meio-dia, façamos o time-out? Quem faz? Uma de vocês.

Gen: Eterno Pai, unidas em nome de Jesus, por intercessão de Maria, te pedimos a paz no
mundo, de modo especial onde está duramente ameaçada. Prometemos a ti a nossa adesão
pessoal, no caminho de unidade da família humana, e que o teu amor possa ser o nosso
único instrumento de paz e de unidade. Glória ao Pai...

22.
Emmaus: Obrigada a vocês! (aplausos) Desejo uma belíssima Páscoa de
ressurreição, com todo o coração!
As funções aqui são belas! Eu soube. Com as primeiras focolarinas e focolarinos.
Estão em boa companhia.
Continuemos juntas assim como dissemos. Eu conto, posso contar com todas?

Todas: Sim!

Emmaus: Se alguém não aceita, levante a mão. E não lhe faremos a hora da verdade, se
não consegue! Mas todas querem, obrigada, tchau! (aplausos)

Traduzione fatta da Heloisa H. Pavoni, rivista da Iracema


Amaral
Ufficio Traduzioni, UTR-DS-20130330-TT-A-pt.odt

23.

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