Você está na página 1de 4

1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CAROLINE DE FÁTIMA BATISTA

Narrativa autobiográfica

POÇOS DE CALDAS – MG
2022

CAROLINE DE FÁTIMA BATISTA


2

Psicologia da Educação para a Educação de Jovens e Adultos

Trabalho apresentado como requisito parcial


para aprovação na disciplina Psicologia da
Educação para a Educação de Jovens e
Adultos do Núcleo Formativo III, Licenciatura
em Pedagogia, sob orientação do Prof.
Fábio, Universidade do Estado de Minas
Gerais, Unidade Poços de Caldas.
Orientador: Prof.Fábio Riemenschneider

POÇOS DE CALDAS
2022
3

DESENVOLVIMENTO

Quando eu era pequena sempre fui muito sozinha, filha única até os meus 5 anos
depois que tudo mudou. Até minha irmã nascer eu só tinha meus primos homens
por parte de pai para brincar e dois anos mais velhos também, por parte de mãe
eu tinha duas primas, uma ficou grávida muito cedo e a outra cuidava de mim
quando minha mãe precisava. Eu sei que muito dessa minha trajetória entre as
famílias me formou para caminhos diferentes, com a família paterna eu nunca
senti uma ligação singela nem nada semelhante, já com a família materna sempre
fui mais acolhida e mais querida.
Nesse meio tempo entre minha irmã nascer e acontecimentos escolares, eu era
apaixonada por tudo que estava atual na época, mesmo meus pais ganhando
menos do que o salário da época eles tentavam ao máximo me dar tudo do bom e
do melhor. Nessa época um brinquedo que me marcou até nos dias me faz
lembrar o valor de tudo era uma “Hello Kit” que vinha em uma caixa cilíndrica com
todos os acessórios.
Na época de Sandy e Junior, eu era muito fã, estava obcecada pela famosa meia
listrada da cantora, suas músicas era as interessantíssimas do momento. Lembro
das apresentações em festas juninas com a canção da “Maria Chiquinha”. Nunca
fui de ler vários livros, eu gostava e gosto de fazer, agir e movimentar, porém em
todo o meu caminho escolar e pessoal li três livros que me transformaram: A
culpa é das estrelas, O Guarani, Um estudo em vermelho.
Cada um desses livros deixou um pedaço fundamental em mim, O Guarani me fez
compreender o amor entre raças, como foi a dominação dos senhores de terras
para com seus filho (como também na novela Sinhámoça); Um estudo em
vermelho da coletânea de Sherlock Holmes, me mostrou a como ser mais
atenciosa, que na vida existem alguns desafios que vão exigir muito da nossa
sabedoria; A culpa é das estrelas, até hoje me traz a sensação de amor
incondicional, compaixão, humor, dor e sofrimento, todas elas juntas em um único
mix de sensações e emoções, o livro que me trouxe mais para perto da vida real e
do cotidianos de muitos, me emociono toda vez que leio e vejo o filme, que é
ótimo (pode ser clichê, mas o livro é muito melhor que o filme).
Em todo meu caminho fiz teatros dentro da igreja, sobre Paixão de Cristo, Dia dos
Pais e outras comemorações. Eu adorava me sentia viva, as músicas que nos
4

tocavam em fases mais rebeldes eram a mais pura calmaria, fiz parte do coral
também por 2 anos aproximadamente. Minha família é quase toda a minha
referência musical, são muito ecléticos até hoje e eu aproveito todas as festas, a
dança do quadrado foi a febre do momento a uns dez doze anos, amava.
Meus desenhos preferidos sempre eram voltados a fazer o bem de uma maneira
bem criativa e agitada, eram eles: Três Espiãs Demais, Jack Chan, Junifer Lee,
Clube das Winx, todos tinham um vilão e o objetivo de vencer o mal, eu gosto
deles até hoje. Cada um na sua singularidade, mas todos especiais cada um da
sua maneira.
Como todo mundo tem alguns traços, alguns enfoques que se desprenderam eu
simplesmente amo cozinhar. Cozinhar se resume a terapia, desde pequena por
não me sentir parte da sociedade, me sentir fora do padrão, ser uma menina
gordinha no meio de tantas outras que não são, isso foi bem triste, eu não sabia
contar e nem falar sobre. Ficar na terapia dentro da cozinha, motivou mais ainda a
achar que o meu “fora do padrão” era normal, uma gorda gostar de cozinhar para
comer mais ainda. Hoje eu me aceito parcialmente, estou nesse processo de
mudança própria, aceitar quem eu sou e que isso está tudo bem.
Depois dos quinze anos eu criei uma paixão pelo filme “Footloose”, edição de
2011. Ele me trouxe na época tudo que eu queria viver, uma paixão avassaladora,
emoções a flor da pele, riscos da vida real e o mais importante, muita dança. A
dança na minha vida por parte familiar é a maneira leve de nos comunicarmos,
ainda mais por amarmos festas. A partir daí esse filme até hoje é o meu preferido,
ainda não consegui outro que me deixasse tão bem é tão relaxada, uma relação
diferente, porém reconfortante.

Você também pode gostar