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Engenharia de Explosivos e Vibrações

EXPLOSIVOS
EXPLOSIVOS
- Procedimentos Executivos de Manuseio, Transporte e Utilização
de Explosivos e Acessórios de detonação.

- Manual Básico de Utilização de Explosivos.

- Manual de Utilização de Explosivos em Explorações a Céu


Aberto.

- Otimização de Desmonte de Rochas.

- Anexos Importantes
Engenharia de Explosivos e Vibrações

PROCEDIMENTOS
EXECUTIVOS DE
MANUSEIO,TRANSPORTE E
UTILIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS
E ACESSÓRIOS DE
DETONAÇÃO
Engenharia de Explosivos e Vibrações

PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS DE MANUSEIO, TRANSPORTE E UTILIZAÇÃO DE


EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS DE DETONAÇÃO

PRIMEIRA PARTE
PROCEDIMENTOS GERAIS

1 – OBJETIVO

2 – APLICAÇÃO

3 – RESPONSABILIDADES

4 – DESCRICAO DO PROCEDIMENTO

5 – MANUSEIO DE EXPLOSIVOS

6 – DEPÓSITOS

7 – PLANO DE DESMONTE

8 – REFERÊNCIAS
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1 – OBJETIVO

Este procedimento vias estabelecer a sistemática de utilização, manuseio, armazenamento


e tráfego de explosivos e acessórios de detonação nas escavações em rochas com materiais
constantes da Relação de Produtos Controlados pelo SFPC - Serviço de Fiscalização de Produtos
Controlados do Ministério do Exército.

2 – APLICAÇÃO

Este procedimento se aplica nos serviços de projeto e execução das escavações em rochas
na obra da ............................................................ em .....................................................

3 – RESPONSABILIDADES

A supervisão da produção e a garantia da qualidade são responsabilidade da Contratante,


sendo o controle da execução, manuseio e transporte de responsabilidade da Contratada.

4 – DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO

A fiscalização dos produtos controlados será feita pelo Eng. Responsável .....................
..................................... e pelos órgãos externos competentes, visando a manutenção da
segurança interna e a tranqüilidade pública, em obediência integral a todas as leis Federais,
Municipais e Estaduais que não colidam com o preceito no inciso VII do art. 8 º da Constituição da
República Federativa do Brasil e as normas do Decreto nº 24602.

A ........................... para aplicação e manuseio de material controlado (explosivos), usará o


Certificado de Registro do Ministério do Exército nº ............... – SFPC – ........... RM, com validade
para três anos para aquisição, consumo e armazenamento de produtos controlados pelo Ministério
do Exército, de acordo com o capitulo VII do R – 105.

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4.1 – PESSOAL

 Engenheiro – Responsável Técnico;


 Técnico em Mineração;
 Operadores de Perfuratriz;
 Ajudantes de Perfuração;
 Ajudantes de carregamento de fogo;
 Supervisor de Segurança (da Contratante);
 Motorista do Caminhão Paiol (Paiol Móvel).

4.2 – MATERIAIS

 Explosivos encartuchados;
 Explosivos Granulados;
 Conjunto de Estopim / Espoletas (1,20 m – com tempo de dois minutos e trinta
segundos);
 Cordel Detonante NP10 e NP 05.
 Espoletas tipo Tubo de Choque – Linha silênciosa.

4.3 – EQUIPAMENTOS

 Carreta de perfuração;
 Compressor Pneumatic 760 PCM;
 Caminhonete 4x4;
 Caminhão Paiol – Transporte de Explosivos e Acessórios (Paiol Móvel).

4.4 – TRANSPORTE DE EXPLOSIVOS

Serão emitidas Guias de Tráfego e Notas de Transferências dos produtos e providenciadas


suas autorizações no Ministério do Exército e secretaria de Segurança Pública (Policia Civil), de
acordo com os capítulos XVII, XVIII e categoria de controle de explosivos, art. 165.

As embalagens são caixas de papelão corrugadas de acordo com o Anexo 34 R – 105,


contendo no máximo em cada embalagem 25 Kg líquidos de explosivos. As embalagens terão
obrigatoriamente sobre suas faces, em caracteres bem visíveis, o seguinte:

 Nome do fabricante;
 Nome do produto;
 Peso líquido;

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 Validade do produto;
 Data de fabricação;
 Indicações de perigo conforme normas da ONU.

No transporte de produtos perigosos (Explosivos), serão obedecidas as regras de


segurança a fim de evitar tanto quanto possível acidentes, provocados por:

 Deficiência nas embalagens;


 Excesso no volume transportado;
 Distribuição inadequada dos produtos no paiol móvel;
 Condições de carga e estacionamento não adequadas as normas que regem a
operação.

Exigências que devem ser obedecidas:

 O material deve estar em bom estado e acondicionado em embalagens


dimensionadas de acordo com os regulamentos do Ministério do Exército;
 Instalar sinalização de perigo, tais como bandeirolas vermelhas, tabuletas de
aviso, fixadas em lugares visíveis nas laterais, dianteira e traseira do veículo
utilizado como paiol móvel;

 Transportar e armazenar os explosivos e acessórios separados, utilizando para


isto a caixa para transporte liberada pelo Ministério do Exército – ITA 09/1996 –
DFPC;
 O paiol móvel deverá estar equipado com dispositivos de segurança instalados
em locais de fácil acesso, manuseio simples, rápido e eficiente contra possíveis
incêndios.

5 – MANUSEIO DE EXPLOSIVOS

Quando manusearmos os explosivos adota-se os seguintes critérios:

 Pessoal devidamente treinado e credenciado pelos órgãos que regulamentam o


uso de produtos perigosos;
 Será proibido fumar, acender isqueiro, fósforo ou qualquer tipo de chama ou
centelha na área em que se manipule ou armazene explosivos e acessórios de
detonação;

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 Manter no local das aplicações um supervisor com formação técnica devidamente


treinado e habilitado para exercer as funções de coordenação dos trabalhos;
 Não permitir que pessoas estranhas ao serviço permaneça no local de
armazenamento, utilização ou tráfego de produtos perigosos, bem como, portem
cigarros, cachimbo, charuto, isqueiro ou fósforo;
 Proibir o manuseio de explosivos com ferramentas de metal que possam produzir
faíscas ou energia estática;
 Usar calçados e EPI apropriados para os serviços de desmontes em rochas com
explosivos;
 Controlar as temperaturas no interior do paiol móvel e manter os produtos
estocados observando as normas para armazenamento do Ministério do Exército,
conforme parâmetros mencionados a seguir:
 40ºc para explosivos e acessórios de detonação
 Transportar os produtos em caminhão baú protegendo – os contra umidade e a
incidência dos raios solares;
 Não permitir no local de carga, descarga e manuseio que se utilize luzes não
protegidas, fósforos, isqueiros, dispositivos e ferramentas capazes de produzir
chama ou centelha nos locais de manuseio de explosivos;
 Não permitir que carregue e descarregue produtos produtos a noite salvo se
utilizada iluminação com lanternas e luzes elétricas a distancias seguras;
 Não transportar explosivos em veículos movidos a motor de combustão interno
(Gasogênio, etc);
 Realizar vistoria nos veículos e paióis móveis antes de executar o transporte de
produtos, tais como:
 Examinar os freios;
 Estado da carroceria e dos equipamentos de segurança
extintores, maleta de primeiros socorros, instruções da ONU
para casos de acidentes, etc);

 Estacionar o paiol móvel ou veículo de transporte somente


em locais destinados a cargas perigosas e tomar as devidas
precauções tais como:
 Manter o veículo devidamente freado, calçado e seu
motor desligado;
 Não transportar pessoas estranhas, ou seja, não
fornecer carona;
 Durante o período que o veículo estiver sendo
abastecido manter o motor e sistema a elétrico
desligados;

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 Fixar aviso nas laterais, traseira e na frente do paiol


móvel e dos veículos de reabastecimento de
explosivos com dizeres: “Cuidado Explosivos”
instalar “Bandeirolas Vermelhas”;
 Em casos de acidentes isolar a área para evitar que
um a possível detonação acidental atinja maiores
proporções;
 Caso ocorra incêndio no paiol móvel ou veículo de
reabastecimento será feito o isolamento da área
evitando – se maiores riscos em residências e a
população.

6 – DEPÓSITO

O depósito móvel será constituído de um caminhão.............................................. equipado


com baú metálico de construção simples, dotado de caixa para transporte de acessórios de
detonação, portas laterais e na parte traseira, bem como, instaladas placas em locais visíveis
informando os produtos armazenados ou transportados. O local para estacionamento, do paiol
móvel deverá ser previamente escolhido de forma a se localizar em terreno firme, seco, a salvo de
inundações e não sujeito a mudanças freqüentes de temperaturas ou fortes ventos.

Devem ser aproveitados os acidentes naturais, como elevações, dobras do terreno e


vegetação alta quando da utilização do paiol móvel no campo e quando estacionado no canteiro
deve–se observar as distancias permitidas nas normas em vigência e a devida proteção por para–
raios (Norma NR 10).

O paiol móvel dever manter–se afastado de centros povoados, rodovias, ferrovias,


habitações, oleodutos, linhas de distribuição de energia elétrica, água e gás.

Será proibido fumar ou praticar ato suscetível de produzir fogo no paiol móvel de
explosivos, bem como é proibido guardar quaisquer materiais combustíveis ou inflamáveis em
locais próximos ao veículo. A iluminação à noite deve ser feita com luz indireta, por meio de
refletores suspensos em pontos convenientes, fora ou a distâncias seguras caso ocorra descarga
elétrica.

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O veículo que funcionará como paiol móvel será equipado com aparelhos de segurança
contra possíveis incêndios, sendo os mesmos de manejo rápido e eficientes, dispondo de meios
de combate a fogo, com água em quantidade e com pressão suficiente aos fins a que se destina.

Manter a área onde o paiol móvel estiver estacionado devidamente isolado e constar placas
de sinalização contando os dizeres: “PROIBIDO FUMAR” e “ CUIDADO EXPLOSIVOS”, que
possam ser visualizadas por todos que tenham acesso.

O terreno em que o veículo a que será utilizado como paiol móvel será estacionado deverá
ser devidamente sinalizado e isolado adequadamente em todo o seu perímetro a fim de evitar que
pessoas não autorizadas permaneçam na área de segurança possibilitando o regime de ordem
interna, indispensável à segurança das instalações.

Com o objetivo de facilitar a fiscalização e a vigilância, a comunicação do Setor da obra e


do local onde o caminhão será estacionado no canteiro se fará através de radio o qual ficará com
o vigilante do turno.

Manter estocadas somente as quantidades permitidas e estipuladas pelo Ministério do


Exército, como também observar as tabelas de distancias permissíveis elaboradas e liberadas
pelo referido Órgão Governamental.

O paiol móvel deve ser acessível aos meios comuns de transporte e identificação, quanto a:

 Indicação de área;
 Finalidade do mesmo;
 Quantidade e espécie de produtos armazenados.

A altura máxima de empilhamento será de 2,00 m, com distância mínima de 0,70 m do teto.
Os explosivos serão armazenados em separados dos acessórios, para isto o paiol móvel será
dotado de caixa especial para transporte e armazenamento, conforme norma do Ministério do
Exército.

Os lotes de produtos serão controlados para que não ocorra de nenhum produto tenha sua
data de validade vencida.

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7 – PLANO DE DESMONTE

O plano de desmonte a ser utilizado será elaborado pelo engenheiro supervisor e


Responsável Técnico da Contratada em conjunto com o engenheiro e o Segurança da
Contratante, visando à eliminação de quaisquer riscos às construções vizinhas, bem como às
áreas habitacionais próximas aos desmontes. Segue ao final deste trabalho um modelo dos planos
de fogo de bancada e de pré-fissuramento.

No plano de desmonte serão utilizados os parâmetros constantes no formulário em anexo e


segue as normas do manual de segurança no manuseio de produtos perigosos, devendo o
referido plano de desmonte constar os seguintes dados:

 Materiais utilizados:
 Explosivos Encartuchados e Granulado;
 Cordel Detonante;
 Conjunto Estopim / Espoleta;
 Espoletas Simples e de Retardo
 Plano de desmonte:
 Malha de perfuração;
Afastamento – ......... m;
Espaçamento – ........ m;
 Consumo de Produtos por furo;
Explosivo Encartuchado ........ x ........ – ......... Kg;
Explosivo Granulado – ............. Kg;
Cordel Detonante NP 10 e NP-05 – no furo e na superfície;
 Metragem Perfurada – ....... m por furo em média;
 Amarração a ser utilizada será ........... furos com a utilização de
retardos de .......... ms, portanto, ........... kg por espera;
 Razão de carga por metro cúbico de rocha desmontada, que deverá
ser estipulada de acordo com as normas vigentes devendo ser
tomada como padrão aquela estipulada pelo seviço de sismografia
contratada para a obra.

 Segurança:
 Serão utilizados equipamentos de segurança individuais e coletivos
devidamente aprovados pelo INMETRO e órgãos competentes;

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 Será utilizado pessoal devidamente credenciado nos órgãos do


Governo Estadual e Federal e devidamente treinados;
 O tipo e a quantidade de explosivos serão especificados
obedecendo – se as recomendações do fabricante, sendo função da
natureza e da quantidade do material a ser desmontado,
observando – se a proximidade linhas, habitações, Dutos, etc;
 Para contenção de ultralançamentos ocasionados por fragmentos de
rochas provenientes do desmonte serão feito o controle do
tamponamento e, após os carregamentos das perfurações, será
feita a cobertura da rocha a ser desmontada com material argiloso,
evitando assim todo e qualquer risco de acidente por ultra
lançamento de rocha;
 Será usado um tampão de argila ou brita de 2,0 m nos furos da
primeira linha de fogo e de 1,50 m nos furos das demais linhas;
 A Segurança da Contratante farão aviso aos habitantes das
proximidades com antecedência de 24 horas prevista de cada
explosão;
 Aos proprietários, Órgãos Públicos, Concessionárias de Redes
Elétricas, Telefônicas, Telégrafos, Adutoras, Rodovias, Ferrovias,
etc; a comunicação será feita com antecedência de 08 horas.

8 – REFERËNCIAS

 Instrução Técnica – Administrativa nº 09 / 96 - DFPC – Transportes rodoviário


Conjunto de Acessórios e Explosivos;
 Ofício nº 1025 – S / 2 – Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados – 1982;
 Regulamento de Fiscalização de Produtos Controlados (R – 105 ), aprovado pelo
Decreto nº 72998 de Março de 99;
 Manual de Segurança, Manuseio e Transporte de Explosivos Compel Explosivos
Ltda;
 Catálogos de Produtos da Orica do Brasil Ltda, Britanite Ltda e Formulários para
controle e monitoramento de produção Compel Explosivos Ltda.
 Formulários para controle e monitoramento VMA – Engenharia de Explosivos.

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PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS DE MANUSEIO, TRANSPORTE E UTILIZAÇÃO DE


EXPLOSIVOS E ACESSÓRIOS DE DETONAÇÃO

SEGUNDA PARTE
SEGURANÇA E MANUSEIO COM EXPLOSIVOS

1 – PLANO DE FOGO

2 – CARREGAMENTO

3 – LIGAÇÃO – SISTEMA DE INICIAÇÃO

4 – ISOLAMENTOS DA ÁREA

5 – PROCEDIMENTOS EM CASO DE FALHA

6 – PLANO DE EMERGËNCIA

7 – TÉCNICAS DE PRÉ-FISSURAMENTO E DESMONTE ESCULTURAL

8 - ESCLARECIMENTOS GERAIS
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1 – PLANO DE FOGO

1.01 – Os requisitos de toda detonação são SEGURANÇA E DESEMPENHO.


SEGURANÇA é a principal preocupação de um plano de fogo e nunca deve ser
comprometida.
1.02 – Para atingir detonações seguras com qualidade, deve – se projetar zero incidente
resultante de detonação prematura, falha ou ultralançamento.
1.03 – Um plano de fogo deve incorporar simplicidade. Um adicional de complexidade
deve ser balanceado com o risco de um zero.
1.04 – O diâmetro da coluna de explosivo, a geologia, a sensibilidade da área ao redor da
detonação e os requisitos de fragmentação e lançamento são fatores a serem
considerados no projeto um plano de fogo.
1.05 – Um profundo conhecimento e entendimento dos requisitos de um fogo são
essenciais para a segurança e o sucesso de um plano de fogo. Se o cabo de fogo não
for experiente com o plano de fogo ou um tipo de explosivo, um assistente técnico ou o
Responsável Técnico pela obra deverá ser consultado.
Ex. detonação em rampa, mudança de sistema de iniciação, etc.
1.06 – O movimento dos fragmentos está diretamente relacionado com a razão de
carregamento ou razão de carga. Quando maiores que o normal, a rocha tenderá a se
movimentar muito mais do que o esperado. Quando se projeta detonações com alta razão
de carregamento, deve ser reconhecidos o risco de ultralançamento e todas as ações de
controle.
1.07 – Para evitar ultralançamento, utilizar tampões mínimos iguais ou maiores que o
afastamento, ou pelo menos 24 vezes o diâmetro do furo (em polegadas).

Exemplo: diâmetro do furo = 3”


Afastamento Mínimo = 1,50 m

Tampões menores que os aqui indicados aumentarão o risco de ultralançamento na


crista. O conhecimento, experiência e familiaridade com a região permitirão redução desta
recomendação.

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SISTEMAS DE INICIAÇÃO

1.09 – Os sistemas de iniciação devem sempre ser compatíveis com o explosivo utilizado.
1.10 – Quando utilizar retardos não elétricos no furo, o tempo, de retardo das espoletas
deve ser o maior possível, a fim de permitir que o maior número de espoletas estejam
ativadas.
1.11 – O uso de dois pontos de iniciação em cada coluna de explosivos é recomendado,
visto que é possível uma interrupção na carga.
1.12 – Onde existir o risco de cortes, todo sistema de iniciação não elétrico na superfície
deve ser redundante ou com dois caminhos de detonação.

1.13 – Iniciadores de iniciação devem ser aqueles indicados pelo Assistente Técnico como
o mínimo a ser utilizado.

PRODUTOS

1.14 – Explosivos só devem ser utilizados sob as condições para as quais foi destinado.
Considerações sobre temperatura, sensibilidade a iniciação, resistência à água e pressão
hidrostática, etc., devem ser feitas quando se escolhe o explosivo. Princípios de aplicação
apropriados devem ser considerados primeiramente ao invés de custos, para situações
específicas.
1.15 – A equipe de carregamento deve constantemente inspecionar os produtos para
localizar danos, vazamentos ou anormalidades antes do carregamento. Nunca utilize um
produto suspeito.
1.16 - Leve sempre uma quantidade maior de explosivo para prevenir–se de circunstancias
imprevistas, tais como maior número de furos, etc.
1.17 – O planejamento de uma detonação deve prever o tempo disponível para as
atividades detonação, número e experiência dos cabos de fogo e ajudantes. Sempre
permita um tempo extra para imprevistos.
1.18 – Toda máquina detonadora deve ser revisada periodicamente por pessoa qualificada
e os registros devem ser comunicados ao Supervisor.
1.19 – Toda máquina detonadora deverá ser testada pelo encarregado antes da detonação.
1.20 – Toda máquina detonadora com mau funcionamento deve ter uma placa “FORA DE
SERVIÇO” e reparada imediatamente.
1.21 – Todo galvanomêtro e multímetro utilizado nas detonações devem ser testado e
ajustado periodicamente. Os equipamentos com mau funcionamento devem ter uma placa
“FORA DE SERVIÇO” e serem reparados imediatamente.

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1.22 – Quando possível, deve ter uma boa coordenação entre o encarregado da detonação
e a equipe de perfuração.
1.23 – Deve–se consultar a previsão do tempo antes do início das atividades de
carregamento.
1.24 – A área de detonação deve ser evacuada se uma tempestade elétrica se aproximar
durante o tempo que o explosivo estiver no local de carregamento.

2 – CARREGAMENTO

2.01 - Equipamentos de proteção individual:

- Capacetes;
- Botas;
- Óculos de segurança quando utilizando explosivo bombeado.

Equipamentos opcionais a serem definidos pelo Responsável Técnico:

- Luvas;
- Protetores auriculares;
- Botas de borracha de cano alto;
- Capas de chuva;
- Cinto de segurança.

2.02 – A equipe de detonação deve ter disponível todas as ferramentas necessárias para
manusear explosivos com segurança. A seguir uma lista de sugestões:

Trena, balança, canivete, furador de cartucho, espelho, nível de mão, protetor


de ouvido, lanterna, tinta fluorescente, fita isolante, sinais de tráfego, kit de
primeiros socorros e água potável sempre por perto.

2.03 – O encarregado reunirá a equipe para uma reunião de segurança antes do início do
carregamento, falando os seguintes tópicos:

- Identificar o encarregado;
- Revisão da previsão do tempo;
- Breve descrição dos parâmetros do carregamento. 13
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2.04 – O local a ser carregado deve ser revisto pelo encarregado e o pessoal do
carregamento antes do início das atividades, com ênfase em:

- Condições da face e do afastamento na crista;


- Medição da altura da bancada;
- Profundidade e condições dos furos;
- Diferença entre o projetado e o realizado (geometria);
- Diâmetro dos furos;
- Presença de blocos soltos.

ANTES DO INÍCIO DO CARREGAMENTO, TODOS OS SINAIS


E AVISOS DE SEGURANÇA DEVEM SER INSTALADOS.

2.05 - Relâmpagos e raios são causas potenciais de ignição prematura para qualquer
sistema de iniciação e produtos explosivos.
2.06 – Todo funcionário novo ou sem experiência deve trabalhar sob a supervisão direta do
encarregado.
2.07 – É recomendado que todo material explosivo levado ao campo, seja inventariado e
conferido quando retornar aos paióis o excedente. Isto evitará desvio de material.
2.08 – A escorva deve ser feita somente no momento do carregamento.
2.09 – Coloque pelo menos mais uma escorva na coluna, próximo ao tampão. Somente um
iniciador não é recomendado.
2.10 – Nunca solte um cartucho rígido de explosivo sobre um iniciador. O primeiro cartucho
deve ser colocado cuidadosamente.
2.11 – A coluna de explosivo deve ter seu carregamento cuidadosamente acompanhado
para assegurar que a quantidade exata de explosivo será utilizada.
2.12 – Nunca preencha as eventuais cavernas com explosivos. Preencha com material
inerte e escorve novamente o furo acima da caverna.
2.13 – Escorve novamente o furo se houver suspeita de interrupção de carga.
2.14 – Escorve novamente o furo se houver suspeita de danos ao sistema de iniciação.

2.15 – Quando for necessário movimentar veículos perto da área sendo carregada, o
encarregado deve acompanhar o movimento. Extremo cuidado deve ser tomado para
não danificar explosivos encartuchados, fios, tubos, de choque ou cordel detonante
por pessoas ou equipamentos.
2.16 – O motorista de qualquer veículo de carregamento de explosivo deve sinalizar
qualquer movimento do veículo. Alarme de marcha à ré deve ser instalado em todo
veículo de transporte de explosivo.

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2.17 – Não tente esgotar a água de um furo com explosivo.


2.18 – A fim de reduzir o potencial de ultralançamento, o encarregado deve dar atenção
especial a altura do tampão em todas as faces livres.
2.19 – A altura do tampão deve ser conferida pelo encarregado ou seu delegado antes do
tamponamento.
2.20 – Use o melhor material de tampão disponível. Cuidado deve ser tomado com o
sistema de iniciação para evitar danos ao tamponar.
2.21 – É recomendado que o material do tamponamento já esteja na proximidade dos
furos para evitar movimento de veículos de carga próximo a furos carregados.
2.22 – O encarregado deve:

- Continuamente monitorar as ações da equipe de carregamento quanto a


atitudes seguras e tomar ações corretivas quando necessário;
- Inspecionar todo equipamento local do carregamento;
- Antes do início do carregamento, observar o estado físico de todos os
elementos da equipe de carregamento;
- Antes do carregamento, verificar as condições de acesso de veículos ao
local, identificado pontos de risco para sua locomoção.

2.23 – Nunca perfure um furo próximo a outro já carregado, quando existir a possibilidade
de intercessão.
2.24 – Toda equipe de carregamento deve auxiliar o encarregado a evacuar a área
carregada, isolando–a no caso de aproximação de uma tempestade ou condição
adversa.

3 – SISTEMA DE INICIAÇÃO, LIGAÇÃO E REVISÃO

3.01 – O iniciador não elétrico ou máquina detonadora deve ser matinda em área segura
até imediatamente antes do momento de uso.
3.02 – O encarregado ou alguém designado por ele, que seja qualificado, irá proceder a
ligação do sistema de iniciação.
3.03 – todos não envolvidos na ligação do sistema de iniciação devem ficar fora da área
durante a operação.
3.04 – Utilize comprimentos de fios ou tubos de choque suficientes para permitir uma
ligação segura.
3.05 – Nunca inicie as ligações antes que todos os furos estejam carregados e tamponados.
3.06 - Depois da operação de carregamento completada, o encarregado deve conferir e
reconferir todas as ligações.
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3.07 - Toda conexão elétrica deve ser isolada do solo com fita isolante ou outro método
apropriado.
3.08 - Quando detonado eletricamente, nunca exceda a capacidade da máquina
detonadora ou fonte de energia.

4 – ISOLAMENTO DA ÁREA

4.01 – O encarregado deve sugerir que toda a equipe e o pessoal da mina faça uma revisão
do isolamento da área e do plano de emergência. Este plano deverá conter:

- Identificação do Responsável Técnico da obra, licenciado e qualificado,


que vai detonar o fogo, assim como de seu blaster;
- Identificar o movimento preferencial dos fragmentos;
- Identificar o refúgio (direção e distancia da detonação);
- Especificar a área limite a ser isolada;
- Designar pessoal qualificado para isolar a área;
- Especificar o sinal de isolamento da área;
- Especificar os métodos de isolamento da área;
- Designar os pontos de guarda e assegurar que todos os guardas saibam
onde é o seu posto;
- Especificar o tipo de proteção e o seu posto;
- Assegurar que todos os guardas tenham identificação visual, bandeirolas,
equipamento de proteção individual e um método de comunicação com o
cabo de fogo;
- Designar um método de comunicação para controle da área de detonação;
- Descrever a autoridade dos guardas;
- Descrever o tipo, duração e intervalo do sinal de detonação;
- Aviso de pré–detonação;
- Detonação;
- Reconhecimento da área recém–detonada;
- Liberação da área;
- Assegurar freqüência livre e silêncio no rádio durante os sinais de
detonação, a menos que haja uma razão para tal;
- Descrever o plano de emergência no caso de ferimentos decorrentes da
detonação ou outro evento;
- Descrever os procedimentos em caso de falha de explosivo ou acessório.

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Engenharia de Explosivos e Vibrações

4.02 – O refúgio para o cabo de fogo deve estar localizado fora do alcance de um ultra
lançamento. O Responsável Técnico e o cabo de fogo são as únicas pessoas autorizadas a
permanecerem na área de isolamento. As posições mais favoráveis são:

- Direção oposta ao movimento da rocha, isto é, para traz da detonação;


- Nunca em frente á faces livres;
- Nunca próximo a crista ou pé de uma bancada.

4.03 – A proteção para o cabo de fogo deve ser bem feita. Carros, caminhonetes,
caminhões ou outro veículo não são apropriados para proteção.
 Refúgio com teto e pelo menos três lados fechados deve ser
fornecido. A entrada do refúgio deve suportar o impacto de uma
rocha pesada vinda do fogo.

4.04 – O cabo de fogo deve se comunicar com o encarregado, com o responsável pelo
isolamento e com os guardas para conferir a situação do isolamento antes de insira a
detonação.
4.05 – Todas as pessoas responsáveis pela guarda da área isolada devem ser treinadas
para suas funções.
4.07 – É recomendado que os guardas usem roupas fluorescentes, bandeirolas, avisos e
rádio.
4.08 – O cabo de fogo deve observar, de sua posição, toda área isolada antes de iniciar a
detonação.
4.09 – Para aumentar a segurança da área de isolamento, criar posto de observação com
contato via rádio com o cabo de fogo.
4.10 – O cabo de fogo deve resistir à tentação de observar a detonação.

5 – PROCEDIMENTOS PARA FALHAS DE EXPLOSIVOS

5.01 – Esperar pelo menos 30 minutos após uma falha de iniciação elétrica ou não elétrica.
O isolamento área deve ser mantido durante o tempo de espera.
5.02 – O cabo de fogo deve:

- Ir até a área da falha, após o período de espera, para determinar a


extensão da falha;

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- Desenvolver um plano para correção de falha e designar somente as


pessoas necessárias para a ação corretiva;
- Registrar no relatório de fogo a posição de falha para recuperar qualquer
explosivo não detonado.

5.03 – Uma completa inspeção deve ser feita para avaliar o sucesso da re–detonação .
5.04 – Todo explosivo não detonado deve ser recuperado e destruído de maneira
apropriada.
5.05 – Se houver suspeita de explosivo falhado na pilha de fragmentos, o supervisor de
operação deve ser comunicado e alertado.
5.06 – Um plano para recuperação de explosivos falhados deve ser elaborado e
comunicados aos responsáveis.
5.07 – Antes de re-detonar o fogo, aumentar a área de isolamento para o caso da re-
detonação provocar um ultralançamento.

6 – PLANO DE EMERGÊNCIA

6.01 – É recomendado que pelo menos um membro da equipe de detonação seja treinado
em procedimentos de primeiros socorros.
6.02 – Uma lista de procedimentos de emergência deve estar disponível para a equipe no
caso de emergência médica.
6.03 – Toda operação deve desenvolver um procedimento de notificação para contato com
supervisores e familiares em caso de emergência.

7 – TÉCNICAS DE PRÉ-FISSURAMENTO E DESMONTE ESCULTURAL

Daremos aqui algumas noções de desmontes realizados com o objetivo de se obter faces
as mais planas e estáveis normalmente empregados como acabamento de taludes finais de
mineração ou obras civis, ou ainda no controle de vibrações.

A resistência mecânica das rochas que compõem estas faces é fator determinante da
qualidade final das faces geradas. Rochas muito fraturadas ou pouco consistentes dificilmente
fornecem superfícies de desmonte regulares. Já rochas maciças ou formações sedimentares
horizontalizadas e pouco deformadas fornecem belos planos de acabamento.

Devido ao pequeno espaçamento entre furos adotado nestes desmontes, e a regularidade


pretendida, a acurácia da perfuração é essencial para obtenção de bons resultados. Por isso nos
desmontes de acabamento são utilizados furos de diâmetros comumente 2 ½” . 18
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Para rochas resistentes e maciças é mais utilizada a técnica de pré-fissuramento que


consiste em se executar furos muito pouco espaçados, carregados com uma carga leve de
explosivos e detonados simultaneamente. Tais furos são executados precisamente coincidentes
com o plano que se deseja obter e detonados anteriormente à detonação dos furos do desmonte
principal localizados próximos ou a sua frente. Uma vez que os furos do pré – fissuramento são
detonados primeiramente, quando as ondas do desmonte principais atingem a face de
acabamento, já encontram aí uma superfície de separação aberta, que impede que o talude a
preservar seja danificado.

As rochas pouco consolidadas parecem fornecer resultados melhores utilizando – se a


técnica do desmonte escultural. Neste caso executa-se também uma furação precisa de furos ao
longo do plano que se deseja obter, porém com espaçamentos maiores que pré-fissuramento. A
maior diferença reside no fato de se detonarem os furos posteriormente à remoção do material do
desmonte principal.

Em ambas as técnicas, as cargas espaçadas consistem de cartuchos de 1” x 8” amarrados


a uma linha de cordel detonante, espaçados de uma a três vezes (0,60 m) o comprimento dos
cartuchos de acordo com a carga linear pretendida. Normalmente se faz o chamado
“churrasquinho”. Deve ser mantido um afastamento seguro de linha de corte à última linha do
desmonte principal, porém, esta distancia deverá ser suficientemente pequena par que se de a
separação da fatia de rocha situada entre linha de corte e o desmonte principal.

8 - ESCLARECIMENTOS GERAIS

1 – Usaremos material tipo brita 01 para tamponar os furos após serem carregados com os
explosivos.
2 – Adotaremos 1,50 m como comprimento mínimo de tampão a ser realizado nas
perfurações. A variação para maior deverá ocorrer de acordo com as necessidades encontradas
no campo.
4 - O transporte e armazenamento dos explosivos e acessórios será realizado com a
utilização de caminhão da transportadora Transnondas Ltda, empresa devidamente habilitada pelo
Ministério do Exército.
6 – Será adotado sinalização sonora (sirene) antes das detonações devendo ser usado o
seguinte critério:
- 01 toque longo quando estiver evacuando a área de segurança;
- 02 toques longo após a equipe de segurança ter autorizado a iniciação da
detonação;

19
Engenharia de Explosivos e Vibrações

- 01 toque longo para iniciar a detonação, após a autorização da equipe de


segurança para insira o desmonte;
- Salientamos que usaremos rádios transmissores no isolamento da área de
detonação durante o carregamento na hora da detonação e na liberação
da área após os desmontes.
7 – O planejamento e a comunicação eficiente são medidas que serão adotadas
veementemente ao longo da obra.

20
Engenharia de Explosivos e Vibrações

MANUAL BÁSICO DE
UTILIZAÇÃO
DE EXPLOSIVOS
Engenharia de Explosivos e Vibrações

MANUAL BÁSICO
DE UTILIZAÇÃO
DE EXPLOSIVOS
Engenharia de Explosivos e Vibrações

– Desmonte a Céu Aberto

– Conceito
O conceito a céu aberto corresponde ao conjunto de operações que se verificam na superfície, com
a finalidade de lavrar uma pedreira (rochas) ou mina (minerais metálicos ou não metálicos).

- Desmonte em Bancadas
É o método mais utilizado em detonações a céu aberto, aplicável tanto á mineração quanto aos
ramos da construção civil:

Terminologia

Bancada: forma dada ao terreno rochoso pelos fogos sucessivos e constantes,


composta de topo, praça e face;

Altura da Bancada: é a altura vertical medida do topo a praça da bancada;

Afastamento: distância entre a face da bancada e uma fileira de furos ou distância


entre duas fileiras de furos;

Profundidade do Furo: é o comprimento total perfurado que, devido á inclinação e da sub–


furação, será maior que a altura bancada;

Sub – Furação: é o comprimento perfurado abaixo da praça da bancada ou do “Greide” a ser


atingido.

Carga de Fundo: é uma carga reforçada, necessária no fundo do furo onde a rocha é mais
presa;

Carga de Coluna: é a carga acima a de fundo: não precisa ser tão concentrada quanto a de
fundo já que a rocha desta região não é tão presa;

Tampão: parte superior do furo que não é carregado com explosivos, mas sim com terra,
pedrisco (mais aconselhável) ou outro material socado cuidadosamente que tem a finalidade de evitar
que os gases provenientes da detonação escapem pela boca do furo, diminuindo a ação do explosivo;

Razão de Carregamento: é a quantidade de explosivo usada para detonar um certo volume


de rocha;

Perfuração Específica: é a relação de metros perfurados por metros cúbicos de rocha


detonada.
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Legenda

(h) Altura da Bancada

(ht) Profundidade de Perfuração

(T) Tampão

(Ccol) Carga de coluna

(Cfdo) Carga de fundo

(Sf) Sub – Furação

( A) Afastamento

(E) Espaçamento

(@) Ângulo de Inclinação


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Detonação Secundária
A detonação secundária corresponde à operação de desmonte realizada, normalmente, logo após a
detonação principal, visando a fragmentação dos grandes blocos ou “matacos” que apareceram devido
à formação irregular das rochas. Tem por objetivo facilitar a remoção do material detonado e sua
introdução no britador. O Desmonte do repé recebe também a denominação de detonação secundária,
quer seja feito separadamente, quer seja detonado juntamente com o fogo principal.

Bloco Perfurado
Neste método perfura–se o bloco geralmente com um martelete pneumático manual, e carrega-se
o furo com carga suficiente para produzir a fragmentação desejada.

A utilização de espoleta comum e estopim é, provavelmente mais barata, mas envolve certos
riscos, entre os quais, a tendência dos homens demorarem na área do fogo, antes de procurar abrigo.

João de Barro

Neste método, o explosivo em quantidade suficiente para romper o “mataco”, deve ser
posicionado na superfície do bloco. Quando detonado o explosivo é emitida uma onda de
choque, que resulta na ruptura do “mataco”.

O método João de Barro é utilizado:

a) Quando não se dispõe de material de perfuração;

b) Quando a rocha for muito dura e difícil de perfurar;

c) Para economizar tempo. É necessário que o “mataco” se encontre na superfície ou


ligeiramente enterrado.
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“Buraco de Cobra”
Utilizado quando o macacão se encontra principalmente enterrado. É feito um furo junto ao
“mataco”, com tamanho suficiente para a inserção do explosivo, de tal forma que o mesmo fique em
contato com o bloco. O cartucho escorva deve ser o último a ser introduzido, completando o
preenchimento do furo com um tampão de terra muito bem socado. A carga é de ordem de um a dois
cartuchos de 1 “x 8”, para cada 30cm de espessura do “mataco”, medido entre a carga e o ponto
oposto a ela.
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Fogo de Repé
Algumas vezes em função de deficiências da detonação primária, o arranque da rocha no nível da
praça não se dá por completo originando assim algumas saliências também chamadas “peitos” que
necessitam ser removidos por detonação posterior, denominado Fogo de Repé. Para a detonação de
repé utilizam–se marteletes de 1”, com furos que ultrapassem 0,30 m o nível da praça e malha
quadrada de perfuração, com afastamento de no máximo 80% do comprimento do furo.

Escavações de Valas
É muito freqüente nas obras rodoviárias, a necessidade de escavar valas em rocha para a
implantação de drenagem profunda nos cortes. Outros serviços de engenharia civil poderão exigir a
escavação de valas em rocha, como, por exemplo, a construção de adutoras de água potável, coletoras
de esgoto, etc.

Em se tratando de valas estreitas, isto é, com até 1 m de largura no fundo, duas linhas de furos
paralelas distantes de 0,15 a 0,30 m das bordas das paredes laterais da vala, são suficientes. Essas
perfurações poderão estar dispostas uma em frente à outra ou alternadas, ou ainda, inclinadas em
direção à face livre da vala.

As perfurações deverão prolongar–se de 0,30 a 0,50 m abaixo do nível do fundo da vala. Em casos
de rochas muito duras pode–se utilizar sub-furação maior, de até 0,90 m. São geralmente obtidos bons
resultados com dinamites de força 40% e gelatinas com força de 40% a 60%, ambos os casos
possuindo parte de nitrato de amônia na composição. A razão de carregamento é alta e situa – se entre
3
0,500 Kg/m . E 2,00 Kg/m , dependendo das condições da rocha. No quadro fornecemos alguns
valores para o estabelecimento da malha de fogo inicial.

- Elementos para a detonação de Valores

Profundidade da Vala (m) Profundidade do Furo (m) Valor máximo do afastamento (m)

0,4 0,6 0,4

0,6 0,9 0,6

0,8 1,1 0,8

1,0 1,4 0,9

1,2 1,6 0,9

1,5 1,9 0,9

2,0 2,4 0,9

2,5 3,0 0,9

3,0 3,5 0,9

3,5 4,0 0,9

4,0 4,5 0,9


Engenharia de Explosivos e Vibrações

O diâmetro das perfurações é de 7/8”(22mm) para as perfuratrizes manuais, nas montadas sobre
1 1
carreta ou trator devem ser de 1 / ” a 2 / ”. Existe no mercado um equipamento dotado de duas
2 2
perfuratrizes e dois mastros de avanço montados sobre um trator de esteiras, que permite a perfuração
simultânea de dois furos, sendo de grande utilidade no desmonte de valas. As articulações dos braços
aos mastros de avanço possibilitam executar os furos necessários ao desmonte concluído.

Segurança
Visando um maior desenvolvimento tecnológico no setor de Segurança com Explosivos, passamos a
discorrer sobre as operações a serem executadas nos trabalhos com explosivos, sejam eles desmontes
de rochas, transportes, etc.

Plano de Fogo
Um plano de fogo deve ser simples, mas completo, devido ao risco de erro. Um profundo
conhecimento e entendimento dos requisitos de um fogo são essenciais para a segurança e o sucesso
deste plano. Se o Blaster não for experiente, um assistente técnico deve ser consultado.

Quando se projetam detonações com alta Razão de Carregamento, deve ser conhecido o risco de
ultralançamento e tomadas às ações de controle.

Os explosivos só devem ser utilizados sob as condições para as quais foram destinados
(temperatura, sensibilidade à iniciação, resistência à água e pressão hidrostática, etc.).

A equipe de carregamento deve constantemente inspecionar os produtos para localizar danos,


vazamentos ou anormalidades antes do carregamento. Nunca utilize um produto suspeito.

Planejamento

Nele prevemos o tempo disponível para as atividades de detonação, número e experiência dos
cabos de fogo e ajudantes, e imprevistos com um tempo extra.
Quando possível, deve–se ter uma boa coordenação entre o encarregado da detonação e a equipe
de perfuração.

Deve–se consultar a previsão do tempo antes do início das atividades de carregamento.

A área de detonação deve ser evacuada se uma tempestade elétrica se aproximar durante o tempo
que o explosivo estiver no local do carregamento.
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Carregamento
Quanto ao carregamento a equipe deve estar com os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual)
corretos, tais como:

• Capacete,

• Protetor Auricular,

• Óculos de segurança,

• Cinto de segurança,

• Luvas,

• Capa,

• Corda.

A equipe de detonação deve ter à sua disposição todas as ferramentas necessárias para manusear
explosivos com segurança. A seguir uma lista de sugestões:

• Trena, balança, canivete, furador de cartucho, lanterna,

• Tinta fluorescente, sinais de tráfego.

• Kit de primeiros socorros, água potável.

O encarregado deve reunir a equipe para discutir sobre segurança antes do início do carregamento,
abordando sobre os seguintes tópicos:

• Identificar o encarregado;

• Revisão da previsão do tempo;

• Breve descrição dos parâmetros do carregamento;

• Delegar responsabilidades;

• Revisar os potenciais de risco;

• Rever os equipamentos necessários;

• Rever a seqüência de carregamento;

• Ouvir alguma sugestão da equipe;

• Rever o plano de emergência e evacuação;

• Enfatizar Segurança e qualidade;

• Enfatizar que cada um é uma pessoa de segurança.


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O local a ser carregado deve ser revisto pelo encarregado e o pessoal do carregamento, enfatizando
os seguintes itens:

A. Condições da face e dos afastamentos na crista;

B. Profundidade e condições dos furos;

C. Medição da altura da bancada;

D. Diferença entre projeto e a execução;

E. Diâmetro dos furos;

F. Presença de blocos soltos.

Antes do início do carregamento, todos os sinais e avisos devem ser


instalados.

Relâmpagos e raios são causas potenciais de ignição prematura para qualquer sistema de iniciação
e produtos explosivos.

Todo funcionário novo, ou sem experiência deve trabalhar sob a supervisão direta do encarregado.

Todos os funcionários não envolvidos na ligação do sistema devem ficar de fora da área durante a
operação e nunca assistindo a mesma.

Isolamento da Área

O encarregado deve sugerir que toda a equipe e o pessoal da mina façam revisão do isolamento da
área e do plano de emergência. Neste plano devemos:

Identificar o cabo de fogo licenciado e qualificado que vai detonar o fogo;

Identificar o refúgio (direção e distância da detonação);

Especificar a área limite a ser isolada

Designar pessoal qualificado para isolar a área;

Especificar o sinal de isolamento da área;

Especificar os métodos de isolamento para evitar penetração durante o isolamento (deve-se


delimitar a área de risco, assim entendido como qualquer obstáculo que impeça o ingresso
de pessoas não autorizadas);

Designar os pontos de guarda e assegurar que todos os guardas saibam onde é seu posto,
descrevendo suas autoridades;
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Especificar o tipo de proteção para os guardas;

Assegurar que todos os guardas tenham identificação visual, bandeirolas, equipamentos de


proteção individual e um método de comunicação com o cabo de fogo.

Descrever o tipo, duração e intervalo do sinal de detonação:

1. Aviso de pré – detonação;

2. Detonação;

3. Liberação da área.

Assegurar freqüência livre e silêncio no rádio durante os sinais de detonação, a menos


que haja uma razão para tal (quando utilizando espoleta elétrica);

Descrever o plano de emergência no caso de ferimentos decorrentes da detonação ou


outro evento;

Descrever os procedimentos em caso de falha de explosivo ou acessório.

O refúgio para o cabo de fogo deve estar localizado fora do alcance de um


ultralançamento.

O cabo de fogo é a única pessoa autorizada a permanecer na área de isolamento.

As posições mais favoráveis são:

• Direção oposta ao movimento da rocha (para trás da detonação);

• Nunca em frente a faces livres;

• Nunca próximo de crista ou pé de uma bancada.

A proteção para o cabo de fogo deve ser bem feita. Carros, caminhonetes, caminhões ou outro
veículo não são apropriados para proteção. O refúgio deve ter pelo menos: telhado e três lados
fechados, com entrada ao fogo; deve suportar o impacto de uma rocha pesada vinda do fogo (deve ser
feito em locais onde se permita a construção – pedreiras ou mineradoras).

O cabo de fogo deve se comunicar com o encarregado, com o responsável pelo isolamento e com
os guardas para conferir a situação do isolamento antes de iniciar a detonação, a qual deve ser
efetuada preferencialmente no final do expediente.

Todas as pessoas responsáveis pela guarda da área isolada devem ser treinadas para suas funções.

É recomendada que os guardas usem roupas fluorescentes, bandeirolas, avisos e rádio.

O cabo de fogo deve observar de sua posição, toda a área isolada antes de iniciar a detonação.
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Para aumentar a segurança da área de isolamento, criar postos de observação com contato via
rádio com o cabo de fogo.

Medidas de Segurança Após o Fogo


a) nenhuma pessoa deverá ser autorizada a retornar à área de fogo antes que todos os gases tóxicos
tenham sido dissipados

b) nas minerações subterrâneas, o retorno à área de fogo poderá ser abreviado por:

- ventilação adequada;

- molhando–se com água a pilha de material desmontado;

c) o tempo de espera para a área de fogo depende se a detonação foi feita a céu aberto, ou em
subsolo.

Na verificação do resultado do desmonte, deve – se aguardar entre 10 e 20 minutos e é feita


primeiramente pelo responsável (blaster). Este, após a inspeção, liberará a área para continuidade dos
serviços.

Aspectos Legais
A atividade mineradora encontra – se associada ao uso de explosivos industriais objetivando a
desagregação do material rochoso para aproveitamento comercial ou a simples remoção para alguma
obra de engenharia.
O manuseio do explosivo desde a sua estocagem, o transporte, carregamento e detonação
implicam em grandes ricos, conseqüentes da alta periculosidade de que são providos.
Estes riscos são representados pelos danos físicos ou materiais que podem ocasionar a terceiros, os
quais ao verem–se prejudicados recorrerão com predominância a um órgão policial e, posteriormente, a
uma ação indenizatória (civil).
Normalmente, a ação penal recairá sobre o responsável técnico (engenheiro e Blaster) e a ação civil
no contratante (em geral, a empresa); assim, cumpre destacar a responsabilidade penal do engenheiro
ou Blaster, pois, o mesmo será incurso no crime de natureza culposa caracterizado por negligência,
imprudência ou imperícia.
Com isto, e em havendo um inquérito policial, poderão se requerer provas técnicas ou periciais que
materializem o fato delituoso; neste momento, surge o perito, profissional com conhecimentos, isenção
e habilitado a buscar vestígios do fato e relacioná–los sempre sob a ótica científica, procurando buscar
a verdade irrefutável.

Registros

Art. 40 – As pessoas físicas ou jurídicas, registradas ou não, que operem com produtos
controlados pelo Exército, estão sujeitas à fiscalização, ao controle e as penalidades previstas neste
Regulamento e na legislação complementar em vigor.
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Art. 41 – O Registro será formalizado pela emissão do TR ou CR, que terá validade fixada em
até três anos, a contar da data de sua concessão ou revalidação, podendo ser renovado a critério da
autoridade competente, por iniciativa do interessado.
Art. 44 – O Registro somente dará direito ao que nele estiver consignado e só poderá ser
cancelado pela autoridade militar que o concedeu.

Aspectos Ambientais

A lei 6938 que estabelece a política nacional de meio ambiente foi promulgada em 1981.
Nela estão os fundamentos que regem a proteção ambiental em nosso país.
A resolução CONAMA 001/86 regulamentou a lei 6938 definindo os empreendimentos que
necessitam de licenciamento ambiental. Dentre eles estão todas as atividades de mineração, incluídos
os minerais da Classe II – de emprego direto na construção civil como pedreiras e atividades afins.
Cabe aos órgãos públicos competentes dos estados a fiscalização e execução das políticas
ambientais, definidas pelo artigo 225 parágrafo segundo da Constituição de 1988; do decreto 97.632
de 10 de abril de 1989, e das resoluções CONAMA 009/90 que estabelecem normas e ações para obter
– se o licenciamento ambiental para o setor mineral.
Os estudos exigidos por estas legislações de impacto ambiental – EIA, e os relatórios destes
estudos – RIMAs são acompanhados das propostas atenuantes e de controle destes impactos através
dos Planos de Controle Ambiental – PCA.
Assim, qualquer novo empreendimento no Setor Mineral; como pedreiras, minerações, obras civis;
estão obrigadas a obter o licenciamento ambiental.
Ressalta – se que para as atividades que já operavam à época, (decreto 97.632) em abril de 1989 e
que continuam em operação há também a necessidade de obterem o licenciamento ambiental.
Existem três tipos de licença ambiental, a saber:

- LICENÇA PRÉVIA (LP)

- LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)

- LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO)

No que se refere à utilização de explosivos, na fase de lavra dos empreendimentos mineiros, em


obra civis, em serviços que empreguem explosivos e que, pela natureza de sua atividade, o órgão
público de fiscalização exige o licenciamento ambiental com parâmetros bem identificados:

- Que fenômenos ambientais danosos ao meio ambiente e ao tecido social são gerados pelo
desmonte de rocha?

- Quais são as medidas de controle destes fenômenos?

Atenção especial deve ser dada, nos relatórios e planos de Controle Ambiental,
aos níveis de impacto de ar, vibrações, bem como a ocorrência de
ultralançamentos.
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MANUAL DE UTILIZAÇÃO
DE EXPLOSIVOS
EM EXPLORAÇÕES
A CÉU ABERTO
Engenharia de Explosivos e Vibrações

EXECUÇÃO
DO
DESMONTE
DE ROCHA
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Perfuração, carga, detonação, remoção.

BANCADAS:

Praça, face, topo. Planejamento das bancadas.


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PLANO DE FOGO: Definição de:

diâmetro das perfurações (φ ), afastamento(Vt , Vp), espaçamento ( E),


inclinação da face, altura da bancada (H), profundidade dos furos (H1), carga de
fundo (Cf, If), carga de coluna (Cc, Ic), tampão.

DIÂMETRO DAS PERFURAÇÕES: (f )

Porque as grandezas do plano de fogo dependem de φ , e porque deve haver


compatibilidade entre as perfuratrizes e a produção, para não haver ociosidade de
equipamento, vale a regra prática:

"o valor máximo do diâmetro do furo em polegadas é igual à capacidade da caçamba do


equipamento de carga em jardas cúbicas"
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AFASTAMENTO (V):

Distância entre a face da bancada e a linha de furos, e entre duas linhas de furos.

Vale (CARÁTER PROVISÓRIO) a regra prática:

"o afastamento teórico é igual a 45 vezes o diâmetro da perfuração em mm."

Devido à desvios por desalinhamento das perfurações, define-se o afastamento

prático Vp:

ESPAÇAMENTO (E) :

Vp =Vt – 0,02 H (linha singela)

(linhas múltiplas)
Vp = Vt – 0,05 H

Até definir-se o espaçamento ideal, nas primeiras bancadas fazer E = k · v , sendo k entre 1 e 1,3
. Aumentar depois, conforme observação dos resultados.

INCLINAÇÃO DA FACE:

Geralmente de 10 a 25 º com a vertical, a inclinação ideal deve ser verificada experimentalmente.


Importante conferir o paralelismo dos furos antes da carga para evitar faces irregulares.
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Vantagens:
reduz sobrefuração no pé da bancada, economia de explosivos, face mais segura.

Desvantagens:
maior possibilidade de desvios, cuidado no embocamento reduz produção

.
ALTURA DA BANCADA:

Evitar bancadas muito altas(> 20 m), preferível escalonar em menor altura.

Quanto maior a altura, maior a potência necessária ao equipamento de perfuração.

Depende:

Do equipamento:
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Da necessidade de afiação da coroa:

conforme a necessidade , que é medida em metros de perfuração, definem-se


alturas que sejam divisores exatos daqueles, e substituir as coroas em número fixo
de furos.

Do comprimento da haste:

definir como múltiplos inteiros do comprimento da haste.

Das peculiaridades geológicas :

atravessar fraturas pode travar a broca, e perdê-la.

Do acesso às bancadas:

a topografia local pode alterar a escolha da altura.


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PROFUNDIDADE (H) DE PERFURAÇÃO:

É função da altura da bancada. Em bancadas verticais, perfura-se H +0,3V, e em


bancadas inclinadas, H+0,2 V , para evitar o repé.

Fórmulas simplificadas, para as inclinações mais comuns:


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Todos os elementos e critérios vistos até aqui são dados para o planejamento das
bancadas, para a definição de sua geometria final. O critério final de aprovação
para um projeto -normalmente a escolha do menor custo aliado à maior produção -
pode ser influenciado por fatores muito variados: equipamento de perfuração
disponível, tipo e dimensões das brocas, o plano de fissuramento das rochas, que
será visto adiante, pode produzir alteração na relação espaçamento x afastamento,
a presença de construções civis nas proximidades pode limitar o tamanho ou a
inclinação das faces(lançamento de pedras), a geologia e topografia locais exigem
adaptações, etc.

CARGAS: EXTENSÃO E CONCENTRAÇÃO

Extensão (I) é o comprimento da carga em metros. É função da altura de furo e do


afastamento.

Concentração (C) é a quantidade de explosivo por metro, expressa em g/m.


Também é chamada Razão Linear de Carregamento.

TAMPÃO é a parte superior do furo, cheia com areia seca, pó de pedra ou argila.
Geralmente tem extensão V, e ocasionalmente Vp. A existência do tampão
aumenta o poder destrutivo da explosão (fogo).
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CARGA DE FUNDO:

Tem a maior concentração de explosivo, distribuído por igual na extensão 1,3 V.


Deve ter concentração Cf em g/m igual ao quadrado do diâmetro do furo em mm.
Quando detonadas várias linhas de fogo, as mais distantes da face tem
quantidade maior de explosivo, para conseguir empurrar o material das primeiras
linhas.
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CARGA DE COLUNA:

Concentração Cc de 40 a 50 % da carga de fundo, distribuída na extensão Ic = H1


- 2,3 V. A distribuição é conseguida por espaçadores de material inerte.

(Um experimento utilizando a carga de coluna como tampão para a detonação da carga de fundo,
realizada microsegundos antes da detonação principal resultou em tal poder destrutivo que não
pode ser aproveitada a brita resultante: havia se transformado quase totalmente em pó de pedra,
e com lançamentos a distâncias excessivas)

SEQÜÊNCIA DE FOGO: Seqüência cronológica das explosões. Seqüência de fogo


instantâneo: (em milisegundos)

zero zero zero zero

Ou
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25 0 0 0 0 25

(milisegundos)

Em detonações que precisam ser limitadas, para que a vibração não atinja locais
indesejados, e quando se quer a superfície das faces bem definida, utilizam-se
esperas ou retardos . Pneus acorrentados sobre a bancada também reduzem
arremessos.

zero 25 50 75 100 125

( milisegundos )
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Nas detonações de linhas múltiplas, o esquema mais comum é apresentado

abaixo.

(momentos de explosão)

Maiores detalhes serão vistos adiante, no assunto "fogo". Alguns objetivos


especiais a alcançar provocaram a criação de esquemas de detonação mais
sofisticados.

CONSUMO DE EXPLOSIVOS – RAZÃO DE CARREGAMENTO


3
A razão de carregamento é expressa em quilos de explosivo por m de rocha (em
geral, detonada, medida no transporte).
3
Consumo de explosivo por m de rocha, medida no corte
Engenharia de Explosivos e Vibrações

É possível reduzir o consumo de explosivos diminuindo a malha (espaçamento e


afastamento), o que implica aumentar a quantidade de metros perfurados. É
preciso verificar a configuração de menor custo.

PRODUÇÃO POR METRO DE PERFURAÇÃO

Cada furo produz um volume de rocha

detonada dado por v = V× E× H (mesmo

com bancada inclinada).

A produção por metro linear de perfuração


3
será P = V . E . H / H1 (m / m ) onde H1 é

a metragem do furo, e o número de metros


3
de perfuração por m de rocha será a

perfuração específica. f = H1 / ( V . E . H )
3
(m / m )
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MALHA ALONGADA

Embora já se tenha aconselhado utilizar e = k × v (k entre 1 e 1,3) para as


primeiras experiências, já se deduziu teoricamente, e comprovou-se pela prática,
que valores altos na relação e/v ( < 8) produzem boas fragmentações, se:

Quando a rocha tem planos de estratificação, executar o desmonte paralelamente à


direção desses planos e usar k=8; se não for possível, não ultrapassar k=3;

Detonar pelo menos duas linhas de furos de cada vez e não usar retardos na
mesma linha;

Locar os furos corretamente, evitar desvios no alinhamento de cada furo,


para evitar lançamentos indesejáveis.
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OTIMIZAÇÂO
DE
DESMONTE
DE
ROCHA
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Otimização de desmonte de rocha:

Observa-se nos desmontes atuais um grande número de variáveis implicante no resultado


dos mesmos, que geram elevação dos custos. Obviamente todos os esforços
tecnológicos devem se concentrar no controle de variáveis através de ferramentas
estatísticas (CEP – Controle Estatístico de Processo). Porém no processo de desmonte
de rocha o estabelecimento de itens de controle quase sempre não é viável
economicamente devido à utilização de aparelhos sofisticados e caros que requerem um
tempo para análise e correção maiores do que o dinamismo das operações.

São estes os itens de controle importantes para o conhecimento da situação real dos
desmontes de rocha por explosivos:

1) PERFURAÇÃO:

VARIÁVEIS CONTROLE CONSEQUÊNCIA


NEGATIVA

Diâmetro dos furos Medição com paquímetro e posterior Redução na razão de carga
ajuste da malha ou da razão de carga dificultando a fragmentação,
(Redução devido ao desgaste dos lançamento e arranque do pé.
bits)

Desvio quanto ao paralelismo entre Medidores de desvio - Boretrack Geração de repés e matacos
furos

Desvio quanto a inclinação dos furos Medidores de desvio - Boretrack Geração de repés e matacos.

Excesso de subfuração Medidores de desvio - Boretrack Aumento do custo de perfuração;


maior consumo de explosivos,
localização errônea da carga de
fundo gerando repés e dificuldades
na perfuração futura.
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2) CARREGAMENTO :

VARIÁVEIS CONTROLE CONSEQUÊNCIA


NEGATIVA

Presença de água Medição com trena, limpeza dos furos Desensibilização dos granulados ou
Anfo, dificuldade de colocar a carga
(Soprar ou bombear). de fundo, perda de sensibilidade e
propagação da onda explosiva.

Entupimentos Medição com trena,, verificação Falta de carga explosiva.


visual e auditiva.

Mão de Obra Supervisão e treinamento Erro de dimensionamentos e falhas

3) DETONAÇÃO :

VARIÁVEIS CONTROLE CONSEQUÊNCIA


NEGATIVA

Seleção correta do explosivo Medição de VOD, e volume gasoso. Baixo VOD em compactos
compromete a fragmentação, baixo
volume gasoso compromete a
fragmentação e lançamento.

Seleção correta dos acessórios Medição tempos de retardo Alta dispersão dos tempos ou falhas
comprometem a segurança,
lançamento, fragmentação e
arranque do pé da bancada.
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4) GEOLOGIA :

VARIÁVEIS CONTROLE CONSEQUÊNCIA


NEGATIVA

Fraturas na rocha Perfilamento da perfuração, câmaras Perda de gases e ultralançamentos.


de filmagem. Geração de blocos.

Plano de estratificação e mergulho Verificação visual e ajustes na Dificuldades de fragmentação e


inclinação dos furos e direção da arranque do pé. Predominância de
(Grau de fraturamento) detonação, software Wipjoint blocos pré-formados.

Portanto para alguns destes ajustes, por talvez não pudermos contar com ferramentas de
análise de processos, teremos de fazer pelo método da observação e experiência de
campo, o que vai tornar o diagnóstico dos problemas muito mais demorado, e em alguns
casos provocando até a desistência do minerador.

Os itens acima são os principais para uma verificação da operação de desmonte de rocha
com explosivos, onde a principal importância é a competência do profissional a ser
contratado (Consultor, Empresa, Profissional Liberal ou Funcionário). Este elemento
capacitado, deverá permanecer um tempo maior na área de atuação a fim de poder
adquirir conhecimento suficiente para agilizar as mudanças necessárias.

É importante salientar também que as alterações ou mudanças só começarão a surgir


efeito após a correção dos estragos já causados a rocha remanescente. Estas mudanças
ou alterações não deverão ocorrer todas de uma só vez. Por isso haverá de ser dado um
tempo ao profissional que estiver atuando no local, pois muitas vezes estas correções são
extremamente difíceis de fazer uma vez que todo o maciço pode estar afetado.
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PLANO DE FOGO
BÁSICO
CÉU ABERTO
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Desmonte de Rochas
Operações Mineiras e Construção Civil

Lavra á Céu Aberto

Elementos de uma Bancada

O desmonte de rochas a céu aberto com explosivos é realizado através do


sistema chamado de bancada. Numa bancada nós temos dois planos
horizontais e um plano vertical ou inclinado, limitando a rocha a ser
desmontada. O plano horizontal superior é o topo da bancada, o horizontal
inferior é a praça e o plano vertical ou inclinado é a face. O encontro da face
com a praça é o pé da bancada. Se fica alguma porção de rocha junto à face e
acima do plano da praça, esta porção chama-se repé.

Elementos de uma Perfuração

Os furos para o explosivo são realizados paralelamente à face, em uma ou


mais fileiras. A distância de uma fileira (linha) à face ou entre duas fileiras é
denominada afastamento.

Se os furos forem inclinados, devemos distinguir entre o afastamento real,


visto que esse é medido perpendicularmente a face, e o afastamento aparente,
que é medido horizontalmente, no topo da bancada. A distância entre os furos
em uma mesma fileira é o espaçamento.

O comprimento total dos furos é a profundidade de perfuráção. O comprimento


dos furos abaixo do plano da praça é a subperfuração. A diferença de nível
entre o plano do topo da bancada e a praça, é denominada altura da bancada.
Se os furos forem verticais, a altura da bancada mais a subperfuração será
igual a profundidade dos furos. Se os furos forem inclinados, a profundidade
será um pouco maior que esta soma.
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Elementos do Carregamento

A carga explosiva às vezes fica mais concentrada na parte do fundo do furo, ou


então usa-se aí um explosivo mais denso e com maior força, uma vez que o
fundo do furo é a região mais difícil de se obter o arranque. Esta parcela da
carga é chamada de carga de fundo; o restante do explosivo constitui a carga
de coluna.

O explosivo não deve ser carregado até a parte superior do furo; a parte que
fica sem carregar deve ser preenchida com material inerte (areia, argila, solo
etc.) chamada tampão.

Elementos de um Plano de Fogo

Um plano de fogo, para ficar bem caracterizado, precisa indicar os seguintes


valores: afastamento, espaçamento, altura da bancada, subperfuração (se
houver), inclinação dos furos (com estes dados fica definida a profundidade de
perfuração), diâmetro da perfuração, disposição dos furos (se uma fileira ou
mais), quantia aproximada de furos (em cada fogo), tipo de explosivo
(diâmetro, comprimento, força, velocidade de detonação e peso específico),
peso do explosivo em cada furo (com isto ficam caracterizadas a altura da
coluna de explosivos e do tampão), razão de carregamento (dada em g/m3 ou
g/t), tipo de acessórios utilizados, seqüência de detonação dos furos, plano de
fogo (esquema de ligação), além de outros eventualmente necessários.

Conhecendo-se a densidade do explosivo e a altura da coluna obtêm-se o peso


do explosivo em cada furo. Se dividirmos o peso de explosivo de cada furo pela
quantidade de rocha arrancada por furo, teremos a razão de carregamento,
que pode ser dada em g/m3 ou g/t.

Altura e Inclinação da Bancada

A altura da bancada normalmente varia entre 3 e 18 metros. A seleção da


altura da bancada é influenciada por:

 Regulamentação prevista por lei (bancadas excessivamente altas são


inseguras e, portanto não permitidas);

 Propriedades geomecânicas do maciço rochoso;

2
Engenharia de Explosivos e Vibrações

 Tipo e tamanho dos equipamentos de escavação;

 Necessidade do controle de inclinação;

 Necessidade de maximar a eficiência no custo total de perfuração e


desmonte.

Até os dias de hoje, a perfuração e o desmonte não têm tido influência grande
na seleção da altura da bancada. A altura de futuras bancadas deve ser
definida somente depois de serem considerados os seguintes pontos:

 Um aumento na altura da bancada provoca redução da perfuração


específica (expressa em m/m³ ou m/t), dos custos de perfuração, do
consumo e dos custos de escorvas e iniciadores, da mão de obra para
preparar o fogo e de todo o ciclo de mineração;

 Diâmetro de furo ótimo aumenta com a altura da bancada. A tabela 9


mostra a influência da altura da bancada na escolha do diâmetro ótimo de
perfuração. Em geral, um aumento do diâmetro provoca uma redução no
custo de perfuração;

 Para furos verticais de um dado diâmetro, a carga da linha da frente torna-


se excessiva para bancadas mais altas que uma certa altura. Os furos de
diâmetro pequeno perfurados em bancadas altas precisam ser inclinados
pelo menos na linha da frente;

 A perfuração torna-se mais crítica em bancadas mais altas (desvio de furo).

Em minas a céu aberto e obras civis, uma porcentagem alta de bancadas são
de 5, 10 e 15 metros de altura. Estas são alturas de bancadas “fáceis” para
trabalhar. Mas a probabilidade da altura de bancada ótima ser um múltiplo de
5 é pequena.

Considera-se uma nova cava de grande porte com planos operacionais de


desmonte em bancadas de 10 metros para uma profundidade final de 240
metros. Se a altura da bancada for aumentada de 10 para 12 metros, as
seguintes vantagens serão obtidas:

 O número de bancadas diminuirá de 24 para 20. O ciclo de mineração será


reduzido em aproximadamente 17%;

3
Engenharia de Explosivos e Vibrações

 Para um dado diâmetro de furo, a subperfuração será reduzida em


aproximadamente 17% e a metragem perfurada por ano em cerca de 2%;

 Perfuratrizes passarão uma maior parte de seu tempo perfurando. O


movimento de um furo para o próximo tomará uma parte menor de tempo
do deslocamento da perfuratrizes;

 O consumo e o custo de escorvas será reduzido em cerca de 17%;

 O custo dos iniciadores será reduzido em aproximadamente 15%;

 O custo da mão-de-obra para preparação da escorva, carregamento,


tamponamento, amarração, supervisão e iniciação do fogo diminuirá em
cerca de 17%;

 A rocha ao redor da coluna de tamponamento, que a origem da maior


quantidade de matacões diminuirá em aproximadamente 17%. Por este
motivo, a fragmentação global será mais fina, e os custo de escavação,
transporte e britagem serão menores;

 Para uma dada área de bloco para o desmonte, o número de desmonte por
ano será aproximadamente 17% menor. O período de tempo necessário
para evacuação da área de desmonte , espera para a detonação e a volta
para a área após o sinal de liberação é improdutivo, e esse tempo perdido
diminuirá em cerca de 17%.

As desvantagens de bancadas mais altas incluem os seguintes fatores:

 O controle de inclinação seja mais difícil. No entanto esta dificuldade


possivelmente poderia ser minimizada obtendo-se um maior controle sobre
o deslocamento do material desmontado ou pela escavação do minério
desmontado ou pela escavação do minério em duas bancadas iguais, cada
qual com uma altura de 6 metros;

 Talvez torne necessário substituir a perfuração de avanço simples por uma


de avanço duplo. Neste caso, furos em terrenos com presença de água
podem ser perdidos quando adiciona-se a segunda haste de perfuração
(salienta-se que com planejamento adequado a perfuratriz escolhida seria
capaz de perfurar os furos mais profundos em um único lance);

4
Engenharia de Explosivos e Vibrações

 Talvez haja uma maior necessidade por furos inclinados na linha da frente
do desmonte (novamente um planejamento adequado, preveria um
diâmetro de furo suficientemente grande para prevenir esta necessidade);

 A razão de carregamento aumentaria 8%.

Ocorrerão casos para os quais as vantagens resultantes têm maior peso que as
vantagens decorrentes da utilização de bancadas mais altas. Em outros casos,
as desvantagens superarão as vantagens.

Altura da Bancada Diâmetro Ótimo do


(m) Furo
(mm)
3 76
4 89
5 102
6 127
7 152
8 165
9 200
10 229
11 251
12 270
13 279
14 311
15 349
16 381
17 381
Tabela 9 – Efeito da altura da bancada no diâmetro do furo ótimo

Diâmetros menores serão necessários que os indicados acima quando


ocorrerem as seguintes situações:

 Quando o controle de inclinação requer a perfuração de furos em malha


menor;

 Quando a rocha é resistente e maciça e é difícil obter uma fragmentação


fina;

 Quando o equipamento de escavação ou de britagem for pequeno.

5
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Os furos verticais são bastante utilizados, principalmente porque são os mais


simples de fazer. No entanto, os furos inclinados são teoricamente os mais
adequados, visto que quando aumentamos a inclinação da bancada e
consequentemente dos furos, uma parcela maior das ondas de choque passam
a refletir-se na face livre melhorando o rendimento da detonação, essa
situação é verificada por alguns itens, são eles:

 Considerável aumento da fragmentação na parte correspondente ao tampão


e melhor estabilidade da face da bancada;

 Melhor arranque do pé da bancada;

 Diminuição da ultra-quebra (overbreak) e dos níveis de vibração.

Entretanto, os furos devem ser conduzidos na inclinação certa, para que o


afastamento na parte do fundo permaneça regular. Em geral, a inclinação
máxima adotada é de 30º em relação a vertical, sendo 10º a 20º uma
inclinação adequada.

Diâmetro da Perfuração

Deve ser escolhido conforme o tipo de operação e do equipamento de


perfuração. A compra de um equipamento de perfuração é feita entre longos
períodos de tempo, mas a perfuração da rocha é executada com muita
freqüência.

Entre as vantagens de trabalhar com maior diâmetro, estão a produção da


rocha por metro perfurado (proporcional ao quadrado do diâmetro da
perfuração), e o maior rendiíento obtido nas detonações primárias.

O custo de perfuração cresce com o aumento do diâmetro do furo. No entanto


o custo total da operação é menor com furos de grande diâmetro (desde que a
perfuratriz não esteja operando no limite superior de sua faixa de diâmetros
em rochas resistentes e duras).

Explosivos

O tipo de explosivo deve ser escolhido em função das suas características e do


tipo de rocha a ser desmontada.

6
Engenharia de Explosivos e Vibrações

De um modo em geral, quanto mais dura for a rocha, maior deve ser a
velocidade e a força do explosivo, embora para as rochas muito fragmentadas
uma velocidade baixa seja preferível.
Na escolha do explosivo deverão ser levados em consideração os seguintes
fatores :

 Dureza da rocha (dura, média, branda);

 Dureza da rocha (dura, média, branda);

 Tipo de rocha ( ígnea, metamórfica, sedimentar ) ;

 Presença de água ;

 Natureza da rocha ( homogênea, fraturada ) ;

 região a que se destina ( carga de fundo, carga de coluna );

 diâmetro dos furos;

 custo (final).

Além disso, quanto mais potente for um explosivo, maior será o afastamento e
o espaçamento para uma dada razão de carregamento e portanto, menor será
a quantidade de furos necessários. Assim, na maior parte dos casos compensa
utilizar um alto explosivo, mesmo que seja mais caro, pela economia de
perfuração que ele pode proporcionar, entre outros motivos.

O diâmetro adequado para o explosivo está relacionado com o diâmetro da


perfuração, de maneira que o explosivo deve entrar sem esforço e sem folga
excessiva, pois quanto mais íntimo o contato entre o explosivo e a rocha, tanto
melhor o rendimento da detonação. Tal problema não ocorre com os
explosivos bombeados.

Afastamento e Elementos Relacionados

A dimensão do afastamento pode ser determinada aproximadamente fixando-


se 1 m (um metro) de afastamento para cada polegada de diâmetro do furo. O
espaçamento pode ser tomado como 1,3 vezes o afastamento. Esta é a relação
que pode ser empregada em uma fase inicial das operações de perfuração e
desmonte. A subperfuração se houver, costuma ser igual 0,3 vezes o
7
Engenharia de Explosivos e Vibrações

afastamento. A prática demonstra que este valor é suficiente para evitar o


repé e manter a praça no mesmo plano horizontal.

Se multiplicarmos o afastamento pelo espaçamento e pela altura da bancada


(ou pelo comprimento do furo acima do pé, no caso de furos inclinados),
teremos o volume de rocha compacta extraída por cada furo. O volume de
rocha depois de britada é aproximadamente 1,5 vezes o volume de rocha
compacta.

Se soubermos qual deve ser a produção diária de rocha compacta, dividimos


esta produção pelo volume extraído por furo, teremos a quantidade diária
necessária de furos. A quantidade de furos em cada fogo deve ser fixada tendo
em vista vários fatores. Se de cada vez forem detonados poucos furos, a
quantidade de detonações vai aumentar, com diminuição no rendimento do
carregamento e com mais paralisações no trabalho da mina. Por outro lado,
detonações muito grandes podem trazer problemas como ruído e vibrações
excessivas, necessidade de maior frente de trabalho (ou de detonações com
maior número de fileiras de furos), entre outros.

Tampão (furos verticais)

Em geral, dimensiona-se igual ao afastamento. Para um tampão menor, o


explosivo que esta na parte superior do furo tenderá a sair por onde a
resistência oferecida é menor, ou seja, pela “boca do furo”. Quando o tampão
é insuficiente, os gases do explosivo, ao saírem por este tampão tendem a
arrancar pedras que são lançadas a grande distância. Se o tampão for muito
maior que o afastamento, a parte superior do material irá ficar pouco
fragmentada.

A prática tem mostrado que o tampão T, calculado através da fórmula :

T = A0,7

onde A é o afastamento em metros, esse dimensionamento é considerado


seguro, para diâmetros de até 4”, quando
feito com brita 1.

A profundidade de perfuração menos a altura do tampão no dá a altura da


coluna de explosivos. Se for utilizado um explosivo mais denso na parte do
fundo, esta carga deve ter uma altura de 1,3 vezes o afastamento.

8
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Importância da Perfuração

A retilinidade do furo de uma perfuração varia, dependendo do tipo e natureza


da rocha, do método e do equipamento de perfuração utilizados.

Na perfuração horizontal ou inclinada, o peso da coluna de perfuração pode


concorrer para o desvio do furo. Ao perfurar furos profundos para a detonação,
o furo deve ser tão reto quanto possível para que os explosivos sejam
distribuídos corretamente, para se obter o resultado desejado.

Para compensar o desvio dos furos ás vezes é necessário furar com menor
espaçamento o que resulta em maior custo. Um problema particular causado
por um furo com desvio é a possibilidade de encontrar-se com um outro já
perfurado.

A probabilidade do equipamento se prender é grande e a detonação pode não


ser executada adequadamente. A retilinidade dos furos pode ser melhorada
usando diferentes tipos de equipamentos guia, como por exemplo os bits guia,
hastes guia, luvas guia.
É necessário portanto grande precisão nessas tarefas, já que os testes
mostram que 50% dos desvios de furos podem ser atribuídos a mau
alinhamento da lança e imperícia no emboque.

A estabilidade do furo é outra necessidade da perfuração, ou seja, o furo


deve permanecer aberto enquanto estiver sendo utilizado, seja para
carregamento de explosivos, ou outros fins. Em certa condições, por exemplo,
quando a perfuração é realizada em material “solto” ou rocha (que tendem a
desmoronar e tapar o furo), torna-se essencial estabilizar-se o furo com tubos
ou mangueiras de revestimento.

Seqüência de Iniciação e Disposição dos Retardos

O resultado de qualquer desmonte de produção com diversos furos depende


muito das interações entre os furos. A seqüência na qual os furos são iniciados
e o intervalo de tempo entre as detonações sucessivas tem uma maior
influência na performance total do desmonte.

Um plano de fogo insatisfatório (até o ponto do esquema de iniciação) não


pode ser corrigido por meio de um bom esquema de iniciação. A performance
dos desmontes somente pode ser otimizada quando as cargas são detonadas
em uma seqüência controlada, em intervalos de tempo adequadamente
espaçados.
9
Engenharia de Explosivos e Vibrações

O resultado de um desmonte com vários furos e bem planejado não pode ser
copiado pela detonação, de maneira individual ou aleatória, do mesmo número
de furos.

A distribuição ótima de retardos para um desmonte depende de muitos fatores,


entre os quais podem ser citados:

 Propriedades do maciço rochoso (resistência, módulo de Young, densidade,


porosidade, estrutura, etc.);

 Geometria do desmonte (afastamento, espaçamento, altura da bancada,


disponibilidade de faces livres etc.);

 Diâmetro, inclinação e comprimento do furo;

 Tipo e comprimento do tamponamento;

 Características do explosivo, grau de acoplamento, “decking”, etc.;

 Sistemas de iniciação (retardos superficiais ou no furo, tipo de linhas


descendentes no “downlines”, etc.;

 Tipo e localização da escorva (iniciador);

 Restrições ambientais (nível e freqüência da vibração de terreno e da


sobrepressão atmosférica);

 Resultados desejados (fragmentação, deslocamento da pilha de fragmentos


e o seu perfil, etc.).

Não é possível determinar a distribuição ótima de retardos em princípio, mas o


monitoramento, análise e interpretação dos desmontes têm levado a um
melhor entendimento dos mecanismos e importância da interação entre os
furos.

Retardo entre Furos (Inter - Hole Delay)

O tempo de retardo entre furos adjacentes em uma linha perfurada é


usualmente referido como retardo “entre furos”. Detonar uma única linha de
furos com o retardo entre furos ótimo produz os seguintes resultados:
10
Engenharia de Explosivos e Vibrações

 A fragmentação não pode ser melhorada sem que haja alguma alteração na
malha, no tipo de explosivo ou em alguma outra variável para aumentar a
energia de explosão por metro cúbico de rocha;

 O deslocamento para frente é sempre um pouco menor que aquele para um


desmonte instantâneo em uma única linha, mas o deslocamento e o perfil
da pilha de fragmentos pode ser alterado pela mudança de retardo entre
furos;

 A ultra quebra ou overbrak é similar àquela produzida por um desmonte


com uma linha por vez, e um perfil da parede lisa pode ser obtido pela
manipulação de retardo entre furos;

 Níveis de vibração do terreno e de sobrepressão atmosférica podem ser


mantidos próximos ou iguais ao do nível de desmonte com furo-único. Se
necessário, a energia pode ser canalizada para uma banda de freqüência
mais apropriada.

Na prática, é provável que exista alguma interação entre fragmentação,


deslocamento e níveis de vibração. O equilíbrio apropriado para cada situação
somente pode ser alcançado pelo uso de retardo entre furos ótimo, e alguma
experimentação é normalmente necessária.

Para uma rocha frágil, elástica e homogênea, um pequeno retardo entre furos
é normalmente apropriado, enquanto que uma rocha porosa, plástica e muito
fissurada requer mais tempo entre as detonações de furos adjacentes,
tendendo a maximar o deslocamento frontal às custas da fragmentação e de
níveis de vibração. Retardos longos tendem a fazer com que cada furo trabalhe
independentemente, reduzindo a interação positiva.

Os resultados de uma grande faixa de condições indica que o retardo entre


furos ótimo para o desmonte convencional normalmente se encontra entre 3 e
7 ms por metro de espaçamento do furo (quando medida ao longo de uma
linha ou escalonado).
O retardo ótimo para cada situação é influenciado pelas propriedades da rocha,
pela geometria de detonação e pelos resultados esperados, mas um valor 5
ms/m de espaçamento é normalmente um bom ponto de partida.

Retardo entre Linhas

11
Engenharia de Explosivos e Vibrações

O retardo entre a iniciação de furos dependentes ou linhas efetivas sucessivas


de furo é normalmente chamado de “retardo entre linhas “. O tempo de
retardo entre linhas tem uma maior influência sobre os resultados de qualquer
desmonte com diversas linhas. Em muitas situações, o retardo entre linhas é
tão importante quanto o retardo entre furos no controle da performance global
do desmonte.

Em um plano de fogo de multi-linhas, é conveniente, que as cargas adjacentes


às faces livres tenham um afastamento controlável de rocha para quebrar.
Entretanto, todos os furos nas linhas subsequentes dependem das cargas
detonadas anteriormente para criar novas

faces livres durante o desmonte. Cargas com excessivo afastamento lateral


tendem para crateras na direção do colar, suas únicas alternativas de face
livre. Furos que estão sujeitos a este tipo de confinamento lateral não têm
performance eficiente, e o resultado global do desmonte é não é satisfatório.

Em um desmonte de multi-linhas simples com uma única face livre, todos furos
podem ser iniciados simultaneamente. Neste evento, furos da linha de frente
teriam um afastamento limitado e produziriam uma certa quantidade de
fragmentação, deslocamento para frente, vibração do terreno, etc.. Entretanto,
todos os furos atrás da linha da frente teriam uma performance efetivamente
menor por causa do confinamento lateral excessivo na hora da detonação.
Essas cargas tenderiam para crateras para cima, com efeito mais pronunciado
em direção à linha de trás, consequentemente, fragmentação e deslocamento
para frente ficariam em desvantagem, enquanto ultra-quebra, níveis de
vibração do terreno e sobrepressão atmosférica aumentariam. A pilha de
fragmentos resultante tornar-se-ia progressivamente mais difícil para escavar
na direção dos lados e para trás, onde a rocha deve estar virtualmente imóvel
na direção do pé.

Um desmonte de multi-linhas pode ser detonado para uma face livre em uma
seqüência linha-a-linha pela introdução de um retardo entre a detonação de
sucessivas linhas. Se este intervalo de retardo é adequado, a performance
global do desmonte talvez aumente significadamente por causa do alívio
progressivo da rocha sob influência do furo. Isto assegura que cada linha de
furos tenha um face livre subvertical efetiva que possa ser atingida, porque a
linha precedente já se fragmentou e deslocou a sua rocha envolvente.

12
Engenharia de Explosivos e Vibrações

No entanto, se o intervalo de retardo entre as linhas sucessivas não for


suficiente para proporcionar um alívio apropriado, as linhas a serem detonadas
posteriormente tornam-se progressivamente mais “amontoadas”.
Consequentemente, a performance do desmonte não será a melhor, e os
resultados tenderão a se deteriorar na direção da linha de trás.

O retardo entre linhas ótimo afeta a performance do desmonte das seguintes


formas:

 A escavabilidade é melhorada, particularmente na região do pé dos furos,


na direção oposta à face livre. O retardo entre linhas ótimo assegura que
cada furo tenha uma face livre para quebrar. Isto ocorre porque o furo
detonado previamente quebra a rocha envolvente e o libera antes que o
furo dependente detone. Este alívio progressivo da rocha envolvente, influi
na quantidade de rocha acima do tamanho especificado produzida, embora
a fragmentação seja influenciada freqüentemente mais pelo retardo entre
furos do que pelo retardo entre linhas;

 O movimento lateral e o perfil da pilha de material desmontado podem ser


otimizados pela manipulação de retardos entre linhas e entre furos;

 O overbreak na parte de trás e nas laterais do desmonte é minimizado


porque o movimento para a frente é criado contanto com um retardo
adequado entre a detonação dos furos dependentes;

 Vibrações de terreno e sobrepressão atmosférica são controlados


atmosférica são controlados e podem freqüentemente ser mantidos a níveis
similares àqueles produzidos por uma detonação de um furo único. Isto é
um resultado direto do alívio progressivo da rocha envolvente que promove
um movimento lateral e minimiza a elevação, formação de crateras e
ejeção do tampão. Detonações subsequentes provavelmente são também
menos barulhentas porque a ultra-quebra reduzida significa que a rocha
envolvente nas linhas de frente contém fraturamentos mínimos decorrentes
da detonação anterior. Retardos entre linhas e entre furos adaptados
corretamente podem também permitir que a energia sísmica possa ser
canalizada para bandas de freqüência apropriada.

O retardo entre linhas ótimo para uma aplicação específica não pode ser
calculado através de princípios básicos. Em qualquer situação, alguma
experimentação é recomendada.

13
Engenharia de Explosivos e Vibrações

No entanto os resultados de uma ampla gama de condições indicam que o


retardo entre linhas ótimo para um desmonte convencional está normalmente
na faixa de 10 a 20 ms/m de afastamento efetivo (medidas entre os furos
dependentes ou linhas sucessivas). O retardo entre linhas ótimo para cada
situação é fortemente influenciado pelas propriedades da rocha, pela
geometria do desmonte e pelo resultado desejado, mas uma sugestão de 15
ms/m é normalmente um bom ponto de partida.

Para uma rocha frágil, elástica e bastante fissurada, um retardo entre linhas
relativamente curto é normalmente apropriado. Uma rocha porosa, densa,
plástica, homogênea exige mais tempo para a movimentação da rocha
envolvente. Retardos longos facilitam o deslocamento para frente e liberação
do material fragmentado. Retardos curtos tendem a restringir o movimento
lateral (com possibilidade de furos “roubados”), a reduzir a escavabilidade e
causar vibrações de terreno mais elevadas.

Retardo no Furo (in-hole delay)

Quando um sistema de retardos de superfície é usado para detonar


instantaneamente, por exemplo, linhas de cordéis nos furos sem retardos, um
furo detona imediatamente após a sua linha de cordel ter sido iniciada. Isto irá
fragmentar o maciço rochoso circundante e causará o movimento do terreno
que poderá danificar ou cortar linhas-tronco e as linhas do furo não detonadas
nas redondezas. A probabilidade disto ocorrer é mais alta onde são usados
retardos de superfície relativamente longos entre furos adjacentes, e em
muitas situações o tempo máximo de retardo praticável é limitado pela
necessidade de prevenir excessivas falhas no fogo que ocorrem por sua causa.
Em rochas maciças, na qual fatores de alta energia e tamponamentos curtos
são usados, o retardo ótimo pode ser bem mais curto do que o exigido para a
performance ótima do desmonte. Como uma recomendação geral, o retardo
máximo entre furos não deve exãeder 6 ms/m de espaçamento efetivo dos
furos para evitar cortes das linhas que descem nos furos, a menos que os
retardos de furos sejam usados.

Os retardos no furo fornecem um intervalo de tempo entre a iniciação de cada


linha interna do furo e a detonação da carga explosiva correspondente. A
provisão dos tempos de retardo adequados assegura que o sinal de iniciação
alcance a(s) espoleta(s) dentro de cada carga antes que ela ou cargas
adjacentes comecem a quebrar o maciço rochoso circundante. Isto minimiza a
probabilidade de que as linhas dos furos sejam danificadas fisicamente ou
truncadas pelo movimento do terreno durante a detonação, e permite o uso de
14
Engenharia de Explosivos e Vibrações

retardos entre linhas mais longos, que são freqüentemente essenciais para a
otimização da performance do desmonte de rocha.

A razão 4:1

Quando um único retardo no furo é usado, ele deve ser de 3 a 5 vezes mais
longo que o retardo de superfície. Uma relação entre o retardo no furo e o
retardo superfície nesta faixa proporciona equilíbrio prático entre dois fatores
conflitantes.

 Proporcionando um retardo no furo suficiente para evitar truncamento da


linha de cordel do furo na superfície, devido ao movimento do terreno
durante a detonação. Se retardos de superfície forem usados sem retardos
no furo (ou seja, a taxa é zero), há um risco grande de cortes;

 Proporcionando um sequenciamento confiável dos furos. Se um retardo no


furo extremamente longo for usado com retardos de superfície curtos, as
variações no tempo de detonação das espoletas de retardos no furo
(dispersão) podem ser comparadas com o tempo da superfície. Uma taxa
mais alta aumenta a probabilidade do furo detonar fora da seqüência.

Resultados consistentes podem ser obtidos pelo uso de retardos nos furos que
apresentam tempos de esperas 4 vezes maiores do que os dos retardos de
superfície mais longos. Uma taxa menor pode ser aceitável em condições
favoráveis (onde as detonações se direcionam para uma extremidade livre e
com um baixo fator de energia e colunas de tamponamento longas). Sob
condições severas, no entanto, uma taxa maior deve ser escolhida para
aumentar a frente de detonação entre o sistema de retardo de superfície e a
detonação subsequente das cargas (como em rochas maciças e resistentes
com fator de alta energia em um desmonte de rebaixamento sem face livre).
A seleção do retardo no furo para um furo de diâmetro de 114 mm em uma
rocha bastante resistente é ilustrado pelo seguinte exemplo:

Retardos de Superfície (experimental)

Entre linhas = 42 ms; Entre furos = 17 ms

Portanto o retardo adotado para o furo (in hole delay) no plano de fogo será de
:

4 x 42 = 168 ms

15
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Uma espoleta não elétrica de 175 ms (espera 7; 7 x 25 ms = 175 ms) seria


apropriada. Para escorvas duplas deve-se usar um retardo de 175 ms na
escorva do fundo e um retardo de 200 ms na escorva de segurança colocada
no meio da coluna explosivo ou no topo.

Iniciação Furo a Furo

A detonação furo a furo pode ser obtida pelo uso de espoletas no furo. No
entanto, a faixa disponível de retardos no furo é limitada e, por isso, é raro de
se ver grandes desmontes a céu aberto sendo detonados com sequenciamento
controlado por retardos nos furos. Na prática a iniciação furo a furo é
normalmente obtida pelo uso de um sistema de retardo de superfície para
controlar o sequenciamento da detonação.

Se retardos entre linhas relativamente longos ou retardos entre furos são


necessários para produzir os resultados desejados, uma combinação de
retardos de superfície e do (dentro) furo serão exigidos para evitar cortes da
linha do furo causados pelo movimento do terreno durante a detonação.
Quando este sistema de combinação é usado, cada furo contém normalmente
o mesmo retardo. Os tempos de retardo entre linhas são controlados pelo
sistema de iniciação de superfície, enquanto que o retardo no furo proporciona
um fator de segurança contra truncamentos potenciais de linhas-tronco e
linhas de furo causados pelo movimento do terreno durante a detonação.

Desmontes Especiais a Céu Aberto

Pré - Corte ou Pré-Fissuramento

Também conhecida como técnica de corte prévio ou “pré-splitting”. É um tipo


de detonação especial que se caracteriza pela abertura de uma fenda em um
maciço rochoso para, desta forma, separar a parte que vai ser detonada e
removida daquela remanescente da escavação. Essa técnica, pode-se dizer,
nasceu a partir do trabalho de S. Paine e H. E. Clarck e, 1957/58 junto ao
Projeto Niagara.

Consiste na detonação de uma linha de furos paralelos e coplanares ao longo


da superfície de corte que se quer criar, com carga explosiva controlada para
causar o mínimo possível de abalos e/ou trincamentos no maciço rochoso. Com
isto, de um lado temos a rocha a ser desmontada posteriormente em
melhores condições de propagação da energia do explosivo, e do outro lado a
rocha remanescente com um mínimo de trincamento que conferir-lhe-á boas
condições de estabilidade.
16
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Basicamente temos que aplicar, através da detonação instantânea das cargas


explosivas, esforços com intensidade tal que a resultante de compressão seja
menor que a resistência a compressão da rocha mas que a resultante de
tração seja maior que a resistência a tração desta rocha.

A perfuração para o pré-fissuramento deve ser de preferência executada por


equipamento pesado para garantir o perfeito paralelismo entre furos, condição
fundamental para o total aparecimento da fenda de corte, e em diâmetro de 2
1/2” ou 3” para assegurar razoável separação entre as cargas explosivas (que
normalmente possuem diâmetro de 1”) e as paredes do furo.

O Explosivo empregado neste tipo de detonação deve ser necessariamente de


baixa expansão gasosa, para, desta forma, evitar pelo escape de gases o
aparecimento excessivo de trincas em direções outras que não a desejada.

Como estimativa inicial, a carga de explosivo deve ser aplicada a razão de 200
a 500 g/m² de parede de rocha a pré-fissurar, sendo os valores mais baixos
válidos para rochas elásticas e/ou compactas e os mais altos para as situações
inversas. Em função do valor adotado para a carga explosiva por m² e da
razão linear em (kg/m linear), pode-se estabelecer o espaçamento entre os
furos do pré-fissuramento.

Para uma razão linear de carga de 120 g/m linear:

Aplicando 200 g/m² - Espaçamento de 0,60 m

Aplicando 500 g/m² - Espaçamento de 0,25 m

Quanto a iniciação dos furos, podemos dizer que esta deve ser
necessariamente instantânea para reforçar a combinação dos esforços
mecânicos gerados em cada furo.

Caso haja limitação da carga por espera, face a problema de controle de


vibrações, pode-se empregar retardos (para cordel detonante ou linha
silenciosa), com a restrição de que onde estes forem aplicados deveremos
executar mais um furo descarregado entre os dois carregados que detonarão
defasados no tempo.

Outra observação é que para pré-fissuramentos altos (maiores que 10 m) seja


executada uma subfuração de mais ou menos 0,30 m, com emprego de
emulsão encartuchada na dimensão de 2” x 12”.

17
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Fogo de Acabamento ou Smooth Blasting

O objetivo básico no fogo de acabamento, muitas vezes definido como fogo


cuidadoso, é o mesmo que o citado na técnica de pré-corte (pré-splitting), ou
seja, criar uma superfície bem acabada, com um mínimo de trincamento na
rocha remanescente para lhe conferir boas condições de estabilidade.

A diferença é que na técnica de Smooth Blasting a detonação de acabamento


de talude é feita no final da escavação do maciço.

Consiste fundamentalmente em uma detonação instantânea, com carga


controlada, aproveitando ao máximo a combinação dos esforços mecânicos
gerados em cada furo para abrir uma fenda plana e bem definida e ao
mesmo tempo movimentar a massa de rocha em frente a esta.

Os critérios para dimensionar este tipo de detonação são os mesmos dos já


apresentados no caso das detonações em bancadas a céu aberto, com
restrições tais como: detonação instantânea de somente uma linha de furos,
afastamento dos furos a face livre (reduzido em relação aos valores normais
para evitar o aparecimento da ultra-quebra nï topo da bancada ou o
fissuramento excessivo ao longo da “meia cana” dos furos), aplicação de
explosivos de baixa velocidade de detonação e baixa expansão gasosa, em
cartuchos de bitola tal que não preencha mais do que 70% da seção
transversal do furo e com razão de carregamento de cerca de 200 a 300 g/m³
para rochas compactas e ao mesmo tempo entre 200 e 500 g/m² de parede a
acabar.

Ajuste de Razão de Carregamento

Verificamos se a razão de carregamento calculada está de acordo com os


valores adequados, e concluímos se o plano de fogo está bem feito ou não. Se
a razão de carregamento estiver acima do necessário, é preciso aumentar o
afastamento; se estiver muito baixa, diminuímos o afastamento. Modificamos
então os demais valores e calculamos novamente a razão de carregamento.

Se está não atingir um valor razoável, vamos modificando o plano de fogo até
obtermos uma razão de carregamento correta. A seguir são apresentados os
valores aproximados da razão de carregamento para diversos tipos de rochas,
são eles :

18
Engenharia de Explosivos e Vibrações

Rocha Razão de Carregamento


(g/m3)
Granito e Gnaisse 600 a 800
Basalto 270 a 500
Rocha Decomposta 250 a 340
Rochas Sedimentares 140 a 210
Arenito e Folhelo 200 a 300
Hematita Compacta 110 a 135
Calcário 100 a 140

19
PLANO DE FOGO - A CÉU ABERTO

Introdução

A partir da década de 50 foram desenvolvidas um grande número de fórmulas e métodos de


determinação das variáveis geométricas: afastamento, espaçamento, subperfuração etc. Estas
fórmulas utilizavam um ou vários grupos de parâmetros: diâmetro do furo, características dos
explosivos e dos maciços rochosos etc.
Não obstante, devido a grande heterogeneidade das rochas, o método de cálculo do plano de fogo
deve basear-se em um processo contínuo de ensaios e análises que constituem o ajuste por
tentativa.
As regras simples permitem uma primeira aproximação do desenho geométrico dos desmontes e o
cálculo das cargas. É óbvio que em cada caso, depois das provas e análises dos resultados
iniciais, será necessário ajustar os esquemas e cargas de explosivos, os tempos de retardos até
obter um grau de fragmentação, um controle estrutural e ambiental satisfatórios.

Desmonte em banco

Aplicações
As aplicações mais importantes são: escavação de obras públicas e mineração a céu aberto.

Diâmetro da perfuração

A eleição do diâmetro de perfuração depende da produção horária, do ritmo de escavação, da


altura da bancada e da resistência da rocha.
Uma produção elevada requer furos maiores. A produção não aumenta linearmente em relação ao
diâmetro do furo, mas praticamente de uma forma quadrática, o que depende da capacidade dos
diferentes equipamentos de perfuração.
Com regra prática pode-se dizer que a altura, em metros, econômico de uma bancada deverá ser
entre 2 a 5 vezes o diâmetro do furo em polegadas. Utilizando essa regra, também um diâmetro
razoável de um furo em relação à altura da bancada pode ser estimado.

Altura do banco

A escolha da altura de bancada é uma decisão que deve ser tomada levando-se em consideração
questões de ordem técnica e econômica, a saber:
a) as condições de estabilidade da rocha que compõe o maciço e a segurança nas operações de
escavação;
b) o volume de produção desejado, o qual determinará o tipo e o porte dos equipamentos de
perfuração, carregamento e transporte;
c) a maximização da eficiência no custo total de perfuração e desmonte.

Principalmente quando se considera a redução dos custos de perfuração e desmonte há uma


tendência mundial por se trabalhar com bancadas altas. Para se entender melhor o porque disto,
consideremos o exemplo de uma mineração em bancadas cuja cava tenha 60 metros de
profundidade conforme a figura 12 (JOÃO CARLOS, 1998).

1
1º CASO 2º CASO

60 m

15 m
10 m

Figura 12 - Comparativo entre a utilização de bancadas de diferentes alturas para se vencer


o mesmo desnível.

Conforme se observa, no primeiro caso onde a altura de bancada escolhida foi de 10 m, seriam
necessárias 6 bancadas para se atingir os 60 m de profundidade. Já no segundo caso, com
bancadas de 15 m de altura, seriam necessárias apenas 4 bancadas para se atingir os mesmos 60
m. Ou seja, uma economia de 33 % em número de bancadas.

Consideremos agora, que os seguintes itens de custo são iguais ou aproximadamente iguais tanto
para a bancada de 10 m quanto para a bancada de 15 m:

a) a metragem de tampão, por exemplo 1,5 m , a qual é responsável pela maior parte dos fogos
secundários de uma detonação por ser a porção do furo não carregada com explosivos;
b) a metragem de subfuração, a qual não contribui com nenhum acréscimo para o volume de
material detonado;
c) o consumo de acessórios utilizados na ligação dos furos na superfície superior da bancada;
d) a mão-de-obra utilizada no carregamento dos fogos de uma das bancadas;
a) o período de tempo necessário para evacuação, espera e retorno às áreas detonadas, durante
o qual as operações de lavra devem ser suspensas.

Fica claro que todos os itens listados acima, sofreriam uma redução de 33 % se optássemos pelo
segundo caso no exemplo da figura 11.

Todavia, ao adotarmos bancadas mais altas nos deparamos com alguns inconvenientes, os quais
podem ou não anular e até suplantar o peso das vantagens obtidas:

a) a precisão da perfuração torna-se cada vez menor a medida que cresce a coluna de hastes de
perfuração, gerando desvios indesejáveis que comprometem seriamente os resultados de
fragmentação e arranque do pé da bancada;

2
b) devido aos mesmos desvios, há sempre um risco de acidentes com ultra-lançamento;
c) a velocidade de perfuração efetiva cai com o aumento da profundidade perfurada, tanto pela
diminuição na velocidade de avanço como pelo aumento no ciclo de introdução e remoção
das hastes;
d) a altura da pilha de material detonado aumenta, demandando equipamentos de carga de maior
porte, ou causando aumento no ciclo de carregamento e submetendo os equipamentos a um
maior desgaste;
e) há um ligeiro aumento na razão de carga.

A altura do banco, também, é função do equipamento de carregamento. As dimensões


recomendadas levam em conta os alcances e características de cada grupo de máquinas. A altura
do banco pode ser determinada a partir da capacidade da caçamba do equipamento de
carregamento:

 PÁ CARREGADEIRA: H = 5 a 15 (m)

 ESCAVADEIRA HIDRÁULICA: H = 4 + 0,45cc (m)

 ESCAVADEIRA A CABO: H = 10 + 0,57(cc -6) (m)

sendo: cc = capacidade da caçamba em m3.

Em alguns casos a altura do banco está limitada pela geologia do jazimento, por imperativos do
controle da diluição do minério, por questões de vibração do terreno durante os desmontes e por
razões de segurança.

Granulometria exigida

É função do tratamento e utilização posterior do material, e em alguns casos indiretamente da


capacidade dos equipamentos de carga.
O tamanho do blocos “Tb“ se expressa por sua maior longitude, podendo apresentar os seguintes
valores:

a) Tb < 0,8AD sendo: AD = tamanho de admissão do britador;

b) Material estéril que vai para a pilha de deposição controlada, dependerá da capacidade da
caçamba do equipamento de carregamento:

Tb < 0,7 3 cc sendo: cc = capacidade da caçamba, em m3 .

Observação: O tamanho ótimo do bloco é, normalmente, aquele cuja relação com a dimensão da
caçamba do equipamento de carregamento se encontra entre 1/6 e 1/8.

c) Material para o porto e barragens: granulometria que vai deste 0,5 t a 12 t por bloco.

3
VARIÁVEIS GEOMÉTRICAS DE UM PLANO DE FOGO

A figura 13 mostra as variáveis geométricas de um plano de fogo.

Figura 13 - Variáveis geométricas de um plano de fogo.

sendo:

H = altura do banco; D = diâmetro do furo; L = longitude do furo, d = diâmetro da carga; A =


afastamento nominal; E = Espaçamento nominal; LV = longitude do desmonte; AV =
comprimento da bancada; Ae = Afastamento efetivo; Ee = espaçamento efetivo; T = tampão; S
= Subperfuração; I = longitude da carga;  = angulo de saída; v/w = grau de equilíbrio;
tr = tempo de retardo.

1 = repé; 2 = meia cana do furo; 3 = rocha saliente; 4 = sobreescavação;

5 = fenda de tração; 6 = trincamento do; 7 = cratera; 8 = carga


maciço desacoplada.

a) Afastamento (A) - É a menor distância que vai do furo à face livre da bancada ou a menor
distância de uma linha de furos a outra. De todas as dimensões do plano de fogo essa é a mais
crítica.

4
AFASTAMENTO MUITO PEQUENO - A rocha é lançada a uma considerável distância da
face. Os níveis de pulsos de ar são altos e a fragmentação poderá ser excessivamente fina.

AFASTAMENTO MUITO GRANDE - A sobreescavação (backbreak) na parede é muito


severa.

AFASTAMENTO EXCESSIVO - Grande emissão de gases dos furos contribuindo para um


ultralançamento dos fragmentos rochosos à distâncias consideráveis, crateras verticais, alto nível
de onda aérea e vibração do terreno. A fragmentação da rocha pode ser extremamente grosseira e
problemas no pé da bancada podem ocorrer.
Outras variáveis do plano de fogo são mais flexíveis e não produzirão efeitos drásticos nos
resultados tal como os produzidos pelo erro na estimativa da dimensão do afastamento.
O valor do afastamento (A) é função do diâmetro dos furos, das características das rochas e dos
tipos de explosivos utilizados. Os valores do afastamento oscilam entre 33 e 39 vezes o diâmetro
do furo, dependendo da resistência da rocha e da altura da carga de fundo. Uma formula empírica
e bastante útil para o cálculo do afastamento (A) é expressa por:

   
A  0,01232 e   1,5 x De
  r  

sendo: e = densidade do explosivo (g/cm3); r = densidade da rocha (g/cm3);


De = diâmetro do explosivo (mm).

CONSIDERAÇÕES SOBRE O DESMONTE DE ROCHAS


Um dos fatores que interferem na qualidade do desmonte de rocha é a razão entre a altura da
bancada (Hb) e o afastamento (A). A tabela 13 tece alguns comentários acerca desta relação.

Tabela 13 - Comentários a respeito da relação Hb e Afastamento (A). Fonte: (Konya, 1985)

Hb/A Fragmentação Onda Ultralança- Vibração Comentários


aérea Mento
1 Ruim Severa Severo severa Quebra para trás. Não detonar.
Recalcular o plano de fogo.
2 Regular Regular Regular Regular Recalcular, se possível.
3 Boa Boa Bom Boa Bom controle e boa fragmentação
4 Excelente Excelente Excelente excelente Não há aumento em benefícios
para Hb/A > 4.
Se Hb/A > 4  A bancada é considerada alta.
Se Hb /A < 4  A bancada é considerada baixa.

b) ESPAÇAMENTO (E) - É a distância entre dois furos de uma mesma fila.


No caso de bancada baixa (Hb/A<4) dois casos devem ser observados:
- os furos de uma linha são iniciados instantaneamente, a seguinte expressão pode ser usada:

E  0,33 Hb 2A 

5
sendo: Hb = altura do banco, em metros.

- os furos são detonados com retardados, a seguinte expressão pode ser usada:

(Hb  7 A )
E 
8

No caso de bancada alta (Hb/A>4) dois casos devem ser observados:


- os furos são iniciados instantaneamente, a seguinte expressão pode ser usada:

E = 2xA

- os furos são detonados com retardados, a seguinte expressão pode ser usada:

E = 1,4 x A

O espaçamento nunca deve ser menor que o afastamento, caso contrário, o número de matacões
será excessivo.
Observação: as Malhas Alongadas possuem elevada relação E/A, geralmente acima de 1,75.
São indicadas para rochas friáveis/macias.

c) SUBPERFURAÇÃO (S) - É o comprimento perfurado abaixo da praça da bancada ou do


greide a ser atingido. A necessidade da subperfuração, decorre do engasgamento da rocha no
pé da bancada. Caso não seja observada esta subperfuração, a base não será arrancada
segundo um angulo de 90 e o pé da bancada não permanecerá horizontal, mas formará o que
é conhecido como “repé”. O repé exigirá perfurações secundárias de acabamento,
grandemente onerosa e de alto riscos para os operários e os equipamentos.

S = 0,3 A

d) PROFUNDIDADE DO FURO (Hf ) - É o comprimento total perfurado que, devido a


inclinação e a subperfuração (S), será maior que a altura da bancada. O comprimento do furo

6
aumenta com a inclinação, entretanto, a subperfuração (S) diminui com esta. Para calcular
(Hf) utiliza-se a seguinte expressão:

Hb   
Hf   1  xS
cos   100 

e) TAMPÃO (T) - É a parte superior do furo que não é carregada com explosivos, mas sim
com terra, areia ou outro material inerte bem socado a fim de confinar os gases do explosivo.
O ótimo tamanho do material do tampão (OT) apresenta um diâmetro médio (D) de 0,05 vezes
o diâmetro do furo, isto é:

OT = D / 20

O material do tampão deve ser angular para funcionar apropriadamente. Detritos de perfuração
devem ser evitados.
O adequado confinamento é necessário para que a carga do explosivo funcione adequadamente e
emita o máxima de energia, bem como para o controle da sobrepressão atmosférica e o
ultralançamento dos fragmentos rochosos. A altura do tampão pode ser calculada pela seguinte
expressão:

T = 0,7 A

T < A  risco de ultralançamento da superfície mais alta aumenta.


T > A  produzirá mais matacões, entretanto o lançamento será menor ou eliminado.

f) VOLUME DE ROCHA POR FURO (V) - O volume de rocha por furo é obtido
multiplicando-se a altura da bancada (Hb) pelo afastamento (A) e pelo espaçamento (E):

V = (Hb /cos) x A x E

g) PERFURAÇÃO ESPECÍFICA (PE) - É a relação entre a quantidade de metros


perfurados por furo e o volume de rocha por furo (V), isto é:

Hf
PE 
V

7
h) CÁLCULO DAS CARGAS

Razão Linear de Carregamento (RL)

 de 2
RL  x e
4000

onde: de = diâmetro do explosivo (mm);


e = densidade do explosivo (g/cm3).

Altura da carga de fundo (Hcf )

A carga de fundo é uma carga reforçada, necessária no fundo do furo onda a rocha é mais presa.
Alguns autores sugerem que Hcf deve ser um valor entre 30 a 40% da altura da carga de
explosivos (Hc). A tendência, a depender dos resultados dos desmonte, é de reduzi-la cada vez
mais para diminuir os custos com explosivos.

Hcf = 0,3 x Hc = 0,3 x (Hf - T)

Altura da carga de coluna (Hcc )

Carga de coluna é a carga acima da de fundo; não precisa ser tão concentrada quando a de
fundo, já que a rocha desta região não é tão presa.
A altura da carga de coluna é igual a altura total da carga (Hc) menos a altura da carga de fundo
(Hcf):
Hcc = Hc - Hcf

Carga Total (CT)


A carga total será a soma da carga de fundo mais a de coluna:

CT = CF + CC

h) RAZÃO DE CARREGAMENTO (RC)

CT
RC  ( Kg / m3 )
V

8
Engenharia de Explosivos e Vibrações

ANEXOS
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO LOGÍSTICO
(D Log / 2000)

PORTARIA Nº 18-D LOG, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2005.

Aprova as Normas Administrativas Relativas às


Atividades com Explosivos e seus Acessórios

O CHEFE DO DEPARTAMENTO LOGÍSTICO, no uso das atribuições


constantes do inciso IX do art. 11 do Capítulo IV do Regulamento do Departamento Logístico
(R128), aprovado pela Portaria n° 201, de 2 de maio de 2001, de acordo com o inciso XV do art.
27, aprovado pelo Decreto n° 3.665, de 20 de novembro de 2000, e por proposta da Diretoria de
Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC), resolve:

Art. 1° Aprovar as Normas Administrativas Relativas às Atividades com


Explosivos e seus Acessórios , que com esta baixa.
Art. 2o Estabelecer o prazo de 180 (cento e oitenta ) dias para o efetivo
cumprimento das Normas aprovadas por este documento.

Art. 3° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.

Art. 4o Revogar a Portaria no 010 – D Log de 10 Abr 01.

___________________________________________________________________________________________________________________________________
Quartel General do Exército, Bloco “H”, 4º Andar – DFPC - SMU, Brasília – DF, CEP 70.630-901
Tel (61) 415-6902/415-5139// Fax (61) 415-5669 // E-mail: dfpc@dlog.eb.mil.br
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO LOGÍSTICO

NARAExAc

NORMAS ADMINISTRATIVAS RELATIVAS ÀS

ATIVIDADES COM EXPLOSIVOS E SEUS

ACESSÓRIOS

DFPC

OUTUBRO 2005
ÍNDICE

Artigos
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1º ao 6º
CAPÍTULO II DOS REGISTROS 7º ao 10
CAPÍTULO III DA FABRICAÇÃO 11 ao 14
CAPÍTULO IV DA IMPORTAÇÃO 15 ao 18
CAPÍTULO V DA EXPEDIÇÃO E DA VENDA 19 e 20
CAPÍTULO VI DAS EMBALAGENS E DA MARCAÇÃO OU ROTULAGEM 21 ao 23
CAPÍTULO VII DO ARMAZENAMENTO 24 ao 29
CAPÍTULO VIII DO TRÁFEGO E DO TRANSPORTE 30 ao 38
CAPÍTULO IX DA UTILIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TERCEIROS 39 ao 45
CAPÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 46 ao 49

ANEXOS:

“A” - MAPA DE IMPORTAÇÃO DE EXPLOSIVOS, ACESSÓRIOS E INSUMOS


“B” - MODELO DE INCRIÇÕES NAS EMBALAGENS
“C” - VISTA LATERAL DA POSIÇÃO DA CAIXA DE SEGURANÇA EM VIATURAS TIPO BAÚ
“D” - MODELO DE CAIXA DE SEGURANÇA
“E” - GRUPOS DE COMPATIBILIDADE
“F” - REQUERIMENTO DE SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE DETONAÇÃO
“G”- DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA À AUTORIZAÇÃO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
DE DETONAÇÃO
(Fl 3 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º As presentes Normas têm por finalidade regulamentar os procedimentos a serem


observados para a produção, importação, exportação, comércio, armazenagem, transporte e tráfego de
explosivos e seus acessórios, bem como a sua utilização, determinando procedimentos a serem adotados
pelos fabricantes, distribuidores/revendedores e usuários desses produtos.

Art. 2º Os explosivos e seus acessórios são produtos de interesse militar cujas atividades de
fabricação, utilização, armazenamento, importação, exportação, desembaraço alfandegário, tráfego e
comércio estão sujeitas ao controle do Exército, de acordo com o Anexo I (Relação de Produtos
Controlados pelo Exército), combinado com o art. 10, ambos do Regulamento para a Fiscalização de
Produtos Controlados (R-105), aprovado pelo Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000.

Art. 3º Para efeito destas Normas e sua adequada aplicação, é adotada a seguinte
nomenclatura genérica:

I - explosivos tipo ANFO: são misturas de nitrato de amônio e óleos combustíveis;

II - explosivos granulados industriais: composições explosivas, que além de nitrato de


amônio e óleo combustível, são constituídas de aditivos, tais como serragem, casca de arroz e alumínio
em pó, para correção de densidade, balanço de oxigênio, sensibilidade e potencial energético; também são
conhecidos comercialmente como granulados, pulverulentos, derramáveis ou nitrocarbonitratos;

III - explosivos tipo DINAMITE: são todos os que contém nitroglicerina em sua
composição, sendo os que exigem maior cuidado em seu manuseio e utilização, devido à sua elevada
sensibilidade;

IV - explosivos tipo EMULSÃO: são misturas de nitrato de amônio, diluído em água, e


óleos combustíveis, obtidas por meio de um agente emulsificante; contém microbolhas dispersas no
interior de sua massa, responsáveis por sua sensibilização; normalmente são sensíveis à espoleta comum
nº 8, sendo eventualmente necessário o uso de um reforçador para sua iniciação; podem ser de dois tipos:

a) explosivos tipo EMULSÃO BOMBEADA: são explosivos tipo Emulsão, a granel,


bombeados e sensibilizados diretamente no local de emprego, por meio de unidades móveis, de
fabricação ou bombeamento; e

b) explosivos tipo EMULSÃO ENCARTUCHADA: são explosivos tipo Emulsão,


embalados em cartuchos cilíndricos, normalmente de filme plástico;

V - emulsão base ou pré-emulsão: é a mistura base de explosivos tipo Emulsão


Bombeada, ainda não sensibilizada; as unidades industriais móveis de transferência e de fabricação
transportam apenas a Emulsão Base, que só é sensibilizada no momento de utilização;

VI - explosivos tipo LAMA: são misturas de nitratos, diluídos em água, e agentes


sensibilizantes, na forma de pastas; também conhecidos como “slurries” (ou, no singular, "slurry");

VII - cargas moldadas: explosivos com formato fixo, pré-definido, de acordo com um
molde inicial; o tipo mais comum possui um orifício cônico em seu corpo, destinado a concentrar a
energia da explosão em uma direção específica; o funcionamento destes dispositivos é baseado no efeito
Monroe ou "Carga Oca", muito utilizado em munições para perfuração de blindagens;

VIII - gelatina explosiva: constitui-se numa mistura de nitrocelulose e nitroglicerina


(Fl 4 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

utilizada na fabricação de explosivos tipo Dinamite; em decorrência, algumas DINAMITES são


denominadas gelatinosas ou semi-gelatinosas, conforme a quantidade de gelatina explosiva presente;

IX - explosivos plásticos: são massas maleáveis, normalmente a base de ciclonite (RDX) e


óleos aglutinantes, que podem ser moldadas de acordo com a necessidade de emprego; por sua facilidade
de iniciação (é sensível a espoleta comum nº 8), poder de destruição e praticidade, são os explosivos mais
cobiçados para fins ilícitos; também são conhecidos como cargas moldáveis;

X - espoleta comum: tubo de alumínio, contendo, em geral, uma carga de nitropenta, e


um misto de azida e estifinato de chumbo, destinado à iniciação de explosivos, sendo o tipo mais utilizado
a espoleta comum nº 8; também é conhecida como espoleta não elétrica ou pirotécnica;

XI - cordel detonante: tubo flexível preenchido com nitropenta, RDX ou HMX, destinado
a transmitir a detonação do ponto de iniciação até à carga explosiva; seu tipo mais comum é o NP 10, ou
seja, que possui 10 g de nitropenta/RDX por metro linear;

XII - sistema iniciador não elétrico: conjunto de espoleta de retardo e tubo flexível oco
com revestimento interno de película de mistura explosiva ou pirotécnica, suficiente para transmitir a
onda de choque ou de calor, sem danificar o tubo;

XIII - sistema iniciador elétrico: conjunto de espoleta acoplada a um circuito elétrico com
o mesmo efeito de uma espoleta comum, mas acionado por corrente elétrica;

XIV - sistema iniciador eletrônico: conjunto de espoleta acoplada a um circuito


eletrônico que permite a programação dos retardos e acionado por conjunto de equipamentos de
programação e detonação específicos para esse fim;

XV - reforçadores: são acessórios explosivos destinados a amplificar a onda de choque,


para permitir a iniciação de explosivos em geral não sensíveis à espoleta comum nº 8 ou cordel detonante;
normalmente são tipos específicos de cargas moldadas de TNT, nitropenta ou pentolite;

XVI - retardos: são dispositivos semelhantes a espoletas comuns, normalmente com


revestimento de corpo plástico, que proporcionam atraso controlado na propagação da onda de choque;
são empregados para a montagem de malhas em que se precisa de uma defasagem na iniciação do
explosivo em diferentes pontos, ou mesmo para detonações isoladas, proporcionando maior segurança à
operação;

XVII - estopins: são tubos flexíveis preenchidos com pólvora negra destinados a transmitir
chama para iniciação de espoletas; quando comercializados em pedaços, acoplados a uma espoleta, são
denominados "espoletados"; podem ser hidráulicos ou comuns, conforme sejam capazes ou não,
respectivamente, de transmitir chama dentro d’água;

XVIII - acessórios iniciadores: constituem-se de espoleta elétrica, espoleta pirotécnica,


espoleta eletrônica, estopim, elemento de retardo, acendedor de fricção, detonador não-elétrico, espoleta
pirotécnica montada com estopim, e conjunto iniciador montado, constituído de espoleta pirotécnica
acoplada a tubo transmissor de onda de choque ou de calor;

XIX - Unidade Móvel de Fabricação (UMF): veículo destinado a fabricação e aplicação


de explosivos tipo ANFO ou EMULSÃO e suas misturas, no próprio local de emprego;

XIX - Unidade Móvel de Bombeamento (UMB): veículo destinado ao transporte de


Emulsão Base ao local de emprego, onde é realizada a sensibilização e o bombeamento de explosivo tipo
Emulsão, bem como, à fabricação e aplicação de explosivo tipo ANFO no próprio local de emprego;
(Fl 5 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

XX - Unidade Fixa de Fabricação (UFF): instalação industrial fixa para fabricação de


Emulsão Base e/ou ANFO e suas misturas;

XXI - Unidade Móvel de Apoio (UMA): veículo destinado a abastecer as UMB;

XXII - Unidade Fixa de Apoio (UFA): tanque de Emulsão Base que se destina a
abastecer as UMB e UMA; e

XXIII - Depósitos Rústicos Móveis: conforme definidos no parágrafo único do art. 125 do
R-105, são construções especiais, desmontáveis ou não, que permitem o deslocamento de um ponto a
outro do terreno, acompanhando a mudança do local dos trabalhos de demolição industrial ou prospecção.

Art. 4º A denominação dos explosivos e seus acessórios, para fins de identificação de


embalagens, rótulos, registros, depósitos e outros itens deve ser realizada por meio da nomenclatura
genérica do art. 3º.

Parágrafo único. O nome comercial do produto poderá acompanhar sua denominação


genérica.

Art. 5º Cordel Detonante, Estopim e Sistemas de Iniciação Não-Elétricos devem ter sua
dotação estabelecida em metros, especificando-se o tipo de conteúdo explosivo e seu peso líquido.

Art. 6º Para efeito de enquadramento dos itens do art. 3º no Anexo I do R-105, deve ser
obedecido o seguinte:

I - incisos I, II, IV, V, VI, VII e VIII: explosivos (2090/1/Ex);

II - inciso III: dinamite (1650/1/Ex);

III - inciso IX: explosivo plástico (2100/1/Ex);

IV - inciso X : espoletas pirotécnicas (1930/1/AcIn);

V - inciso XI: cordel detonante (1270/1/AcEx);

VI - inciso XIII: espoleta elétrica (1900/1/AcIn);

VII - inciso XV: reforçadores (3380/1/Ex);

VIII - inciso XVII: estopins (1980/1/AcIn);

IX - incisos XII, XIII, XIV e XVIII: acessório iniciador (0030/1/AcIn); e

X - incisos XVI: acessório explosivo.

CAPÍTULO II
DO REGISTRO

Art. 7º As pessoas físicas e jurídicas que fabriquem, utilizem industrialmente, armazenem,


comercializem, importem, exportem, manuseiem e transportem explosivos e/ou acessórios estão sujeitas a
registro no Exército Brasileiro.
(Fl 6 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

Art. 8º O registro é formalizado pela emissão do Título de Registro (TR) ou Certificado de


Registro (CR), na forma prevista no R-105 e nas Normas Reguladoras da Concessão e da Revalidação de
Registros, Apostilamentos e Avaliações Técnicas de Produtos Controlados pelo Exército, aprovadas pela
Portaria no 5-DLog, de 2 de março de 2005.

§ 1º A fabricação de explosivos, mesmo que seja para consumo próprio, sujeita a pessoa
jurídica à obtenção de TR.

§ 2º No CR ou TR deve constar quais as atividade(s) com explosivos que está(ão)


autorizada(s) a ser(em) realizada(s) pela pessoa física ou jurídica da qual trata.

Art. 9º. As UMB de Emulsão, Emulsão Base e/ou explosivo tipo ANFO necessitam de
registro para operar e devem ser apostiladas ao TR do fabricante, podendo ser empregadas em qualquer
parte do território nacional.

§ 1º UMB recém-construídas podem ser temporariamente liberadas para operação pela


Região Militar (RM) correspondente, por um período de até 90 (noventa) dias, desde que o respectivo
Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) as tenha vistoriado e aprovado, enquanto tramita
na Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) seus processos de apostilamento ao TR da
empresa proprietária.

§ 2º A unidade móvel permanece registrada na RM em cuja área de responsabilidade


estiver localizada a empresa portadora do TR em que está apostilada, sendo fiscalizada pela Rede de
Fiscalização de Produtos Controlados da RM da área em que estiver operando.

Art. 10. O cancelamento do registro antes do término de sua validade, quando feito a
pedido de seu portador, mediante requerimento encaminhado de acordo com o inciso I do art. 50 do R-
105, deve ser comunicado ao interessado pela autoridade que o cancelou.

CAPÍTULO III
DA FABRICAÇÃO

Art.11. É obrigatório constar a atividade de produção de explosivos na cláusula do contrato


social em que são especificados os objetos da empresa fabricante.

Art. 12. É obrigatória a presença de responsável técnico legalmente habilitado durante


todas as atividades de fabricação de explosivos e/ou acessórios.

Art. 13. Os explosivos tipo Emulsão Bombeada só devem ser sensibilizados no momento
de sua aplicação e na presença do responsável técnico pela fabricação, técnico em mineração ou “bláster”
de 1ª categoria (cabo de fogo), com vínculo empregatício com a empresa portadora do TR.

Art. 14. Quando uma UMB prestar serviços para uma única empresa em área de mineração
fechada, na qual estiver instalada também a sua UFF ou UFA, fica caracterizada a ausência de tráfego,
não havendo necessidade de guias para que circule no interior da referida área.

Parágrafo único. Essa condição não isenta a empresa de cumprir a legislação fiscal.
(Fl 7 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

CAPÍTULO IV
DA IMPORTAÇÃO

Art. 15. A importação de explosivos e/ou acessórios está sujeita à licença prévia do
Exército, na forma prevista no Capítulo II (Importação), do Título VI (Fiscalização do Comércio
Exterior), do R-105.

§ 1º A licença prévia é concedida pela DFPC, por meio de Certificado Internacional de


Importação (CII).

§ 2º O Requerimento para obtenção do CII e o respectivo CII devem ser encaminhados à


DFPC por intermédio do SFPC da RM onde a empresa estiver registrada, salvo se a empresa possuir
autorização desta RM, quando os documentos podem ser remetidos diretamente à DFPC.

Art. 16. As pessoas jurídicas que importam explosivos, acessórios e/ou seus insumos,
devem entregar aos SFPC/RM onde estiverem registradas, semanalmente, por meio eletrônico, o mapa de
importação de explosivos e acessórios (Anexo A), contendo:

I - produto

II - país de origem;

III - quantidade importada (entrada);

IV - quantidade utilizada (saída);

V - estoque; e

VI - número do CII.

Art. 17. Só é admitida a importação de produtos que possibilitem, através da marcação de


embalagens e demais procedimentos exigidos dos fabricantes nacionais, o rastreamento dos artigos
explosivos.

Art. 18. Os produtores de explosivos que importarem nitrato de amônio deverão fornecer
apenas o mapa previsto na Portaria nº 019 - DLog, de 6 de dezembro de 2002 (NARANA).

CAPÍTULO V
DA EXPEDIÇÃO E DA VENDA

Art. 19. Com exceção dos casos previstos no capítulo VII do Título IV do R-105, os
fabricantes, importadores e distribuidores de explosivos e/ou seus acessórios, somente podem vender o
produto para pessoas físicas ou jurídicas registradas no Exército e de acordo com as condições estipuladas
nos registros.

Art. 20. Os fabricantes, importadores e distribuidores devem criar e manter um banco de


dados que assegure, no mínimo por venda efetuada, a rastreabilidade das seguintes informações:

I - número e data da Nota Fiscal, especificando produtos e suas quantidades;

II - número do CR do destinatário ou permissão especial para casos previstos no capítulo


VII do Título IV do R-105;
(Fl 8 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

III - número seqüencial e data de fabricação do(s) lote(s) de entrega;

IV - número e data da Guia de Tráfego (GT); e

V - confirmação da entrega do material, constando a data, local e o responsável pelo rece-


bimento.

§ 1º Os fabricantes, importadores e distribuidores devem disponibilizar ao Comando do


Exército, por intermédio da DFPC, o acesso em tempo real, somente na forma de leitura, ao seu banco de
dados.

§ 2º Os dados incluídos neste banco, devem ser nele mantidos por 10 (dez) anos e, findo
este prazo, devem ser enviados eletronicamente à DFPC.

§ 3º Os dados devem ser transferidos para o Comando do Exército, semestralmente, em


meio eletrônico, padrão texto (ASCII), com mecanismos de segurança na comunicação de dados.

CAPÍTULO VI
DAS EMBALAGENS E DA MARCAÇÃO OU ROTULAGEM

Art. 21. As embalagens de explosivos devem conter, no mínimo, as seguintes informações


que identifiquem o produto (Anexo B):

I - denominação genérica (art.3º destas Normas);

II - nome comercial ou marca do produto;

III - número da ONU, classificação de risco e grupo de compatibilidade, conforme previsto


no Decreto nº 1.797, de 25 Jan 96 (Acordo para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos no
Mercosul) e na Resolução ANTT nº 420, de 12 de fevereiro de 2004.

IV - inscrição de: "EXPLOSIVO - PERIGO", em caracteres bem visíveis;

V - rótulos de risco e painéis de segurança, de acordo com a NBR 7500;

VI - código de identificação contendo nº seqüencial do lote e data de fabricação;

VII - endereço, CNPJ e nome do produtor (ou do importador, no caso de produto


importado);

VIII - composição qualitativa de produtos químicos e/ou materiais;

IX - peso bruto total e peso líquido de material explosivo, em gramas ou múltiplos;

X - identificação do responsável técnico e registro no CRQ (no caso de fabricação); e

XI - etiqueta de código de barra que contenha todas as informações acima, além de


fabricante, código do produto, número do lote e data de fabricação.

Art. 22. Os produtos devem ser identificados dentro das embalagens, de forma a facilitar a
rastreabilidade, como se segue:

I - explosivos encartuchados: inscrição do nome do fabricante, número do lote, data de


(Fl 9 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

fabricação e telefone de emergência;

II - cordéis detonantes: inscrição do nome do fabricante, número do lote e data de


fabricação a cada metro;

III – espoletas elétricas e não-elétricas: inscrição do nome do fabricante, número do lote e


data de fabricação em cada peça; e

IV- reforçadores e cargas moldadas: inscrição do nome do fabricante, número do lote, data
de fabricação e telefone de emergência.

Art. 23. As embalagens utilizadas devem ser destruídas por combustão pelo usuário final,
desde que sejam obedecidos os procedimentos de segurança determinados pelo art 224 do R-105, sem
necessidade de autorização prévia do comandante da RM, em face do inciso V do art 221 daquele mesmo
regulamento.

CAPÍTULO VII
DO ARMAZENAMENTO

Art. 24. O armazenamento conjunto de tipos diferentes de explosivos deve ser realizado
mediante seu grupo de compatibilidade, de acordo com a tabela e as definições do Anexo E.

Art. 25. As pedreiras estão autorizadas a armazenar somente os explosivos e acessórios


para uso próprio e cujo consumo se dará no prazo máximo de 05 (cinco) dias corridos.

Parágrafo único. Os SFPC podem, a seu critério e de acordo com cada caso, diminuir o
prazo máximo de armazenamento supramencionado.

Art. 26. Podem ser utilizados como depósitos rústicos móveis, desde que tenham sido
aprovados e registrados, após vistoria feita pelo respectivo SFPC, os seguintes meios:

I - cofres marítimos adaptados;

II - cofres desmontáveis construídos com painéis pré-fabricados, especialmente projetados


para essa finalidade;

III - caminhões com carroceria fechada, tipo baú, com caixa de segurança ou
compartimento de segurança, especiais para acessórios de explosivos;

IV - reboques ou semi-reboques com carroceria fechada, tipo baú, adaptados;

V - pavilhões desmontáveis constituídos de painéis de compensado tipo naval, com miolo


maciço composto de madeira industrialmente tratada, revestido com camadas de isolante térmico e
reforçado internamente com placas de aço, com cobertura de telhas que forneça pouca resistência a uma
possível explosão; e

VI - outros, sugeridos pelo interessado e aprovados após consulta formulada ao órgão de


fiscalização e controle do Comando do Exército.

Parágrafo único. Os depósitos rústicos móveis devem ter afixada, em local visível, cópia da
apostila que autorizou o seu funcionamento, além de atender às prescrições estabelecidas na ITA 18/99 -
DFPC.
(Fl 10 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

Art. 27. Os depósitos rústicos móveis podem ser empregados para armazenar grandes
quantidades de explosivos e/ou de acessórios nas condições do art. 26 destas Normas, se o consumo local
justificar essa condição e houver renovação total do estoque a cada 15 (quinze) dias corridos, no máximo,
observando-se, ainda, o limite imposto pelo art. 25.

Art. 28. Os cofres desmontáveis podem ser montados sobre eixos simples, com rodas, para
facilitar seu embarque em caminhão, ou sobre chassis rodoviários tipo reboque ou semi-reboque que
possibilitem seu deslocamento, vazios, por rodovia.

Art. 29. O local escolhido para instalação do depósito rústico móvel deve estar protegido
contra descargas elétricas.

CAPÍTULO VIII
DO TRÁFEGO E DO TRANSPORTE

Art. 30. Os explosivos e seus acessórios devem trafegar sempre acompanhados de GT e da


Nota Fiscal da venda do produto, qualquer que seja o seu destino, exceto nas condições do art. 14.

Art. 31. As GT, uma para cada Nota Fiscal, podem ser obtidas com antecedência, ainda
sem especificar a Nota Fiscal, o que deverá ser feito por ocasião da expedição da mercadoria.

Parágrafo único. No caso de emprego da Guia de Tráfego Eletrônica (GTE) não deve haver
antecedência, sendo essencial o lançamento do número da Nota Fiscal.

Art. 32. As GT para as unidades móveis contratadas para prestação de serviços só são
lançadas ou visadas se a empresa contratante, devidamente registrada no Exército, tiver a utilização de
explosivos, bombeáveis ou derramáveis, apostilada a seu Registro.

Parágrafo único. As UMB necessitam de uma GT para cada cliente e na GT de envio dos
produtos deve constar local para inserção das sobras, não havendo necessidade de fazer GT para o retorno
dos produtos.

Art. 33. O transporte conjunto de tipos diferentes de explosivos deve ser realizado
mediante seu grupo de compatibilidade, de acordo com a tabela do Anexo E.

Art. 34. O transporte de acessórios iniciadores pode ser realizado na mesma viatura, com
carroceria aberta ou fechada, carregada com explosivos, desde que observadas as seguintes condições:

I - os acessórios iniciadores sejam transportados em um recinto com isolamento térmico e


blindado que pode ser o compartimento de segurança da viatura ou uma caixa de segurança;

II - com caminhão de carroceria fechada, o transporte pode ser feito no compartimento de


segurança, se houver, ou na caixa de segurança;

III - o compartimento de segurança é a seção da carroceria fechada mais próxima à cabina


do motorista, devendo possuir um acesso exclusivo pela lateral da carroceria (conforme a Figura nº 1 do
Anexo C);

IV - o compartimento de segurança deve possuir uma blindagem em chapa de aço com


espessura suficiente para orientar a onda de choque, no caso de uma explosão, para a área superior da
viatura e, revestimento interno de madeira, preferencialmente compensado naval, para evitar o atrito
(conforme a Figura nº 1 do Anexo C);
(Fl 11 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

V - a caixa de segurança deve possuir uma blindagem em chapa de aço, um revestimento


térmico (com espessura de, no mínimo, 10 mm), um revestimento interno em madeira e uma proteção
blindada compatível com o volume de acessórios iniciadores transportados (conforme a Figura nº 3 do
Anexo D);

VI - a chapa de aço da caixa de segurança deve ter uma espessura mínima de 4,8 mm em
aço AISI 1020;

VII - a caixa de segurança deve ser colocada na carroceria aberta ou fechada, em local de
fácil acesso (conforme as Figuras nº 4 e 5 do Anexo D);

VIII - os acessórios iniciadores devem estar acondicionados em embalagens adequadas,


sem risco de atrito ou choque, dentro das caixas blindadas, não sendo permitida a presença de nenhum
material em cima da caixa de segurança;

IX - o volume ocupado pelas espoletas dentro das caixas ou compartimento de segurança


não pode ultrapassar 50% de seu volume útil;

X - no caso de UMB, o cordel detonante e os demais acessórios de explosivos e


reforçadores devem ser transportados em caixa blindada separada da caixa de segurança destinada aos
acessórios iniciadores, devendo ficar em lados opostos da viatura;

XI - além das prescrições gerais para o transporte rodoviário (Acordo Mercosul - Dec nº
1.797, de 25 de janeiro de 1996), devem ser tomadas as seguintes precauções:

a) antes do início do deslocamento, as viaturas destinadas ao transporte de explosivos e de


acessórios iniciadores devem ser vistoriadas pela empresa responsável pelo transporte, a fim de verificar
se os seus circuitos elétricos, freios, tanques de combustível, carroceria e extintores de incêndio
apresentam condições satisfatórias de segurança;

b) os motoristas, além das qualificações e habilitações previstas na legislação de trânsito,


devem receber, em órgão credenciado para tal, treinamento específico para o transporte de produtos
perigosos, segundo programa aprovado pelo Conselho Nacional de Trânsito;

c) é proibido o transporte de pessoas na carroceria das viaturas que transportem explosivos


e acessórios iniciadores;

d) durante as operações de carga e descarga, as viaturas devem estar freadas, calçadas e


com o motor desligado;

e) a carga de explosivos deve ser acondicionada dentro dos limites da carroceria, disposta e
fixada de forma a facilitar a inspeção e suportar os riscos de transporte, descarregamento e transbordo;

f) a carga de explosivos deve ser coberta com encerado impermeável, não podendo
ultrapassar a altura da carroceria;

g) a carga de explosivos e o conteúdo da caixa de segurança devem ser inspecionados


durante as paradas, as quais devem ocorrer em locais afastados de habitações;

h) no desembarque, os explosivos e/ou acessórios iniciadores não podem ser empilhados


nas proximidades dos canos de escape da viatura;

i) no desembarque, as embalagens com acessórios iniciadores devem ser desembarcadas


(Fl 12 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

em primeiro lugar, e colocadas em local afastado daquele onde serão manuseados os explosivos;

j) nos casos de avarias, as viaturas não podem ser rebocadas e o motorista deve retirar o
veículo da via, quando possível, e dar ciência do acontecido à autoridade de trânsito mais próxima,
informando o local, as quantidades e o risco dos materiais transportados; em seguida, a carga deve ser
transferida, devendo ser colocada sinalização na via, durante esta operação;

l) em caso de acidente com viatura carregada a primeira providência deve ser a retirada das
embalagens com acessórios iniciadores e, a seguir, o restante da carga explosiva, que deve ser colocada
separada e distante, no mínimo, 60 (sessenta) metros de outros veículos ou habitações; e

m) em caso de incêndio em viatura carregada deve ser interrompido o trânsito na via e


isolado o local.

Art. 35. Todos os veículos de transporte de explosivos e/ou acessórios devem possuir
telefone celular, rádio privativo e sistema de rastreamento em tempo real.

Art. 36. Durante os deslocamentos, as unidades móveis devem obedecer às prescrições


sobre transporte rodoviário de produtos perigosos, constantes do R-105, bem como as emanadas do
Ministério dos Transportes.

Art. 37. O transporte de explosivos deve ser realizado de forma contínua, restringindo-se às
paradas estritamente necessárias, na forma estabelecida pela Resolução 0420/2004 – ANTT.

Art. 38. A distância máxima a ser percorrida em uma única jornada pelos veículos que
transportam explosivos ou munições é de 600 (seiscentos) quilômetros, podendo ser conduzidas por um
único motorista.

§ 1º A jornada diária poderá ser ampliada para distâncias maiores que 600 (seiscentos)
quilômetros, caso a empresa transportadora possua ponto de apoio com localização adequada, onde
haverá troca de motorista, ou caso o veículo conte com dois motoristas.

§ 2º Os motoristas devem ter instrução sobre a natureza dos produtos, seus riscos e as
medidas de emergência a serem adotadas para proteger o público, em caso de acidente.

CAPÍTULO IX
DA UTILIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TERCEIROS

Art. 39. As empresas que utilizam explosivos e/ou seus acessórios devem remeter
mensalmente, por meio eletrônico, aos SFPC/RM onde estão registradas, bem como aos SFPC/RM da
área onde estiverem atuando, um mapa de utilização contendo os tipos e respectivas quantidades
utilizadas.

Art. 40. Durante a execução de qualquer operação de detonação a céu aberto com projeção
de estilhaços, seu alcance não deve ultrapassar a área perigosa estabelecida pela Secretaria de Segurança
Pública da Unidade Federativa e/ou Prefeitura respectiva.

Art. 41. Para obtenção de autorização para prestação de serviços de detonação a terceiros, a
empresa deve apresentar ao SFPC/RM da área de execução dos serviços a documentação constante do
Anexo G, com pelo menos 72 (setenta e duas) horas de antecedência do seu início previsto.

§ 1º. O despacho deve ser exarado no anverso do requerimento constante do Anexo F, cuja
1ª via é devolvida ao requerente.
(Fl 13 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)

§ 2º. A autorização é válida até o dia indicado no requerimento como sendo o do término
do período previsto para sua execução.

§ 3º. Se um serviço autorizado não for executado, a autorização correspondente deve ser
devolvida ao SFPC/RM que a expediu, tão logo haja a definição quanto ao seu cancelamento.

Art. 42. A GT dos explosivos e acessórios de explosivos a serem utilizados em prestações


de serviço a terceiros é expedida:

I - pelo SFPC/RM da área onde está sediada a prestadora de serviços, quando esta resolver
empregar explosivos e acessórios de explosivos que já tenha em estoque ou adquiri-los de outras
empresas situadas na mesma área de circunscrição; e

II- pelo SFPC/RM da área onde será prestado o serviço, quando a prestadora de serviço
estiver estabelecida em outra RM, mas decidir pela aquisição dos explosivos e acessórios de explosivos
de empresas localizadas na área desta RM.

Art. 43. Caso a empresa prestadora de serviço esteja habilitada a emitir GTE, essa deve
entregar a relação de GTE emitidas na RM onde estiver registrada, no menor prazo possível.

Art. 44. Quando uma empresa desistir de executar serviço já autorizado e o material
explosivo correspondente já tiver sido levado para o local de emprego, o retorno do mesmo ao depósitos
de origem deve ser feito com nova GT.

Art. 45. As prestadoras de serviços de detonação devem apresentar mensalmente ao


SFPC/RM o Mapa de Estocagem de Produtos Controlados (Anexo XXIV do R-105), acompanhado de
cópia das GT e Notas Fiscais correspondentes a cada serviço realizado, caso o serviço perdure por mais
de 2 (dois) meses.

CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 46. Havendo extravio, roubo ou furto de explosivos ou acessórios, o proprietário ou


responsável deve registrar o fato imediatamente no órgão policial competente, encaminhando cópia do
Boletim de Ocorrência à RM da área do ocorrido.

Art. 47. O exercício de qualquer atividade com explosivos em desacordo com o disposto
nestas Normas, sujeita o infrator às penalidades previstas no art. 247 do R-105, além de outras penas
previstas na legislação brasileira.

Art. 48. Todos os explosivos e acessórios devem atender aos Regulamentos e Normas
Técnicas do Centro Tecnológico do Exército, estando sujeitos à avaliação técnica e obtenção de
conformidade.

Art. 49. Os casos não previstos nestas Normas serão apreciados e solucionados pelo
Departamento Logístico.
ANEXO A

MAPA DE IMPORTAÇÃO DE EXPLOSIVOS, ACESSÓRIOS E INSUMOS

EMPRESA PRODUTORA: ...............................................

ENDEREÇO: ...........................................................................

REGISTRO NO EXÉRCITO: ...................................................

PRODUTOS IMPORTADOS NO PEDIDO DE ...............À................. DO ANO DE ....................

PRODUTO Nº DO CII DATA DO ORIGEM ENTRADA SAÍDA ESTOQUE


IMPORTADO DESEMBA- (PAÍS) (kg) (kg) (kg)
RAÇO
ALFANDE-
GÁRIO

....... (cidade) ........, ......... (Estado), ............ (data) ...........

_________________________________________
Responsável pela empresa
(nome completo, CPF e função)
ANEXO B
MODELO DE INSCRIÇÕES NAS EMBALAGENS INDIVIDUAIS

EXPLOSIVO TIPO ANFO - denominação genérica

MULTI MIX GRANULADO - nome comercial

nitrato de amônio, serragem, - composição


alumínio em pó e óleo queimado qualitativa

EXPLOSIVO 1.5 D
PERIGO 0082

inscrições de: classificação de risco,


"PERIGO" grupo de compatibilidade
"EXPLOSIVO" e número da ONU

ETIQUETA DA EMBALAGEM COLETIVA

rua São Januário, nº 23 Rio de Janeiro - endereço

04.120.318/0001 - 35 - CNPJ

NITREX Indústria e Comércio Ltda - fabricante

Peso Bruto: 50 kg

Peso Líquido: 43 kg

Guia de Tráfego: percurso

029 Rio de Janeiro - São Paulo

responsável técnico: João Mendonça

CRQ nº 004342518
ANEXO B - continuação
RÓTULOS DE RISCO E DE SEGURANÇA

EXPLOSIVO
EXPLOSIVO

(Nº 1) (Nº 1.4)


Símbolo: Subclasses 1.1, 1.2 e 1.3 Subclasse 1.4

EXPLOSIVO EXPLOSIVO

(Nº 1.5) (Nº 1.6)


Subclasse 1.5 Subclasse 1.6
(*) Local para indicação do grupo de compatibilidade

(* *) Local para os algarismos identificadores das Subclasses: 1.1 , 1.2 e 1.3

Observações:
1. Tais painéis têm a forma de um quadrado, apoiado sobre um de seus vértices.

2. O painel tem o fundo na cor laranja, o símbolo de uma bomba explodindo, na cor
preta, e os algarismos de identificação das subclasses de risco. No caso de painéis com outras
dimensões, devem ser mantidas as respectivas proporcionalidade entre as partes.

3. Os detalhes construtivos de tais símbolos constam da NBR 7500 - Símbolos de


Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenagem de Materiais.
ANEXO C

VISTA LATERAL DA POSIÇÃO DA CAIXA DE SEGURANÇA


EM VIATURAS TIPO BAÚ

FIGURA 1

FIGURA 2
ANEXO D
a. Vista em corte frontal da tampa

Chapa de compensado 6mm


CAIXA
isolante térmico

Chapa de aço AISI 1020 DE


b. Vista em corte frontal da caixa

Chapa de compensado 6mm


SEGURANÇA
isolante térmico

Chapa de aço AISI 1020

FIGURA 3

Figura 4

Figura 5
ANEXO E
GRUPOS DE COMPATIBILIDADE
DE ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE - TABELA DE CLASSIFICAÇÃO

GRUPO DESCRIÇÃO DO PRODUTO E EXEMPLO


Descrição:
Substância explosiva primária ( iniciadores )
Exemplo:
A
Azida de chumbo úmida, estifinato de chumbo úmido, fulminato de mer-
cúrio úmido, tetrazeno úmido, ciclonite (RDX) seca e nitropenta (PETN)
nitropenta seca.
Descrição:
Artigo contendo substância explosiva primária e não contendo dois ou
mais dispositivos de segurança eficazes. ( engenhos iniciadores )
B
Exemplo:
Detonadores, espoletas comuns, espoletas de armas pequenas e espoletas
de granadas.
Descrição:
Substância explosiva propelente ou outra substância explosiva deflagrante
ou artigo contendo tal substância explosiva.
C
Exemplo:
Propelentes de base simples, dupla, tripla, composites, propelentes sólidos
de foguetes e munição com projéteis inertes.
Descrição:
Substância explosiva detonante secundária ou pólvora negra ou artigo con-
tendo uma substância explosiva detonante secundária, em qualquer caso
sem meios de iniciação e sem carga propelente ou ainda, artigo contendo
uma substância explosiva primária e contendo dois ou mais dispositivos de
D segurança eficazes.
Exemplo:
Pólvora negra, altos explosivos, munições contendo altos explosivos sem
carga propelentes e dispositivos de iniciação, trinitrotolueno (TNT), com-
posição B, RDX ou PETN úmidos, bombas projéteis, Bombas embaladas
em contêiner (CBU), cargas de profundidade e cabeças de torpedo.
Descrição:
Artigo contendo uma substância explosiva detonante secundária, sem mei-
os próprios de iniciação, com uma carga propelente ( exceto se contiver
E
um líquido ou gel inflamável ou líquido hipergólico ).
Exemplo:
Munições de artilharia, foguetes e mísseis.
Descrição:
Artigo contendo uma substância explosiva detonante secundária, com seus
F meios próprios de iniciação, com uma carga propelente ( exceto se conti-
ver um líquido ou gel inflamável ou líquido hipergólico ) ou sem carga
propelente.
ANEXO E - CONTINUAÇÃO
Descrição:
Substância pirotécnica ou artigo contendo uma substância pirotécnica ou
artigo contendo tanto uma substância explosiva quanto uma iluminante,
incendiária, lacrimogênea ou fumígena (exceto engenhos acionáveis por
água e aqueles contendo fósforo branco, fosfetos, substância pirofórica,
G um líquido ou gel inflamável ou líquidos hipergólicos).
Exemplo:
Fogos de artifício, dispositivos de iluminação, incendiários, fumígenos (
inclusive com hexacloroetano HC ), sinalizadores, munição incendiária, i-
luminativa, fumígena, lacrimogênea.
Descrição:
Artigo contendo substância explosiva e fósforo branco.
H Exemplo:
Fósforo branco (WP), fósforo branco plastificado (PWP), outras munições
contendo material pirofórico.
Descrição:
Artigo contendo uma substância explosiva e um líquido ou gel inflamável.
Exemplo:
J
Munição incendiária com carga de líquido ou gel inflamável ( exceto as
que são espontaneamente inflamáveis quando expostas ao ar ou à água ),
dispositivos explosivos combustível-ar (FAE).
Descrição:
Artigo contendo substância explosiva e um agente químico tóxico.
K
Exemplo:
Munições de guerra química.
Descrição:
Substância explosiva ou artigo contendo uma substância explosiva e apre-
sentando um risco especial ( caso, por exemplo, da ativação por água ou
devido à presença de líquidos hipergólicos, fosfetos ou substância pirofóri-
L
ca), que exija isolamento para cada tipo de substância.
Exemplo:
Munição danificada ou suspeita de qualquer outro grupo, trietilalumínio
(TEA).
Descrição:
Artigo contendo apenas substâncias detonantes extremamente insensíveis.
N
Exemplo:
Bombas e cabeças de guerra.
Descrição:
Substância ou artigo concebido ou embalado de forma tal que quaisquer
efeitos decorrentes de funcionamento acidental fiquem confinados dentro
da embalagem, a menos que esta tenha sido danificada pelo fogo, caso em
S que todos os efeitos de explosão ou projeção são limitados, de modo a não
impedir ou prejudicar significativamente o combate ao fogo ou outros es-
forços de contenção da emergências nas imediações da embalagem.
Exemplo:
Baterias térmicas.
ANEXO E - CONTINUAÇÃO

QUADRO DE COMPATIBILIDADE DE ARMAZENAMENTO

Grupos A B C D E F G H J K L N S
A X Z
B Z X Z Z Z Z Z X X
C Z X X X Z Z X X
D Z X X X Z Z X X
E Z X X X Z Z X X
F Z Z Z Z X Z Z X
G Z Z Z Z Z X Z X
H X X
J X X
K Z
L
N X X X X Z Z X X
S X X X X X X X X X X

X – combinações permitidas para armazenamento e transporte.


Z – possível combinação em casos excepcionais até o limite de 500 kg
Qualquer outra combinação é proibida.
ANEXO F
REQUERIMENTO DE SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PRESTAÇÃO DE
SERVIÇO DE DETONAÇÃO

Exmo Sr Comandante da _______ª Região Militar

(Impresso com 16 espaços simples)

................(Nome da Empresa)................CR Nr........................., estabelecida em.......(endereço


completo, nº do telefone nº do telefax, e-mail)...... representada, neste ato, por seu...... (proprietário,
sócio ou diretor, procurador, etc. )..................... ( nome )................. vem, pelo presente, requerer à V
Exa. autorização para realizar prestação de serviços de detonação, de acordo com as condições
discriminadas a seguir:
a. Dados do beneficiário:
b. Natureza da empreitada:
c. Programação prevista:
d. Local onde será prestado o serviço:
e. Local do armazenamento:
f. Quantidade de produtos controlados a serem utilizados:

Nomenclatura do produto (Anexo Denominação usual Quantidade (m, Procedência


1, do R-105 ) peça,kg)

g. Responsável pelo fogo (técnico inscrito no CREA ou CRQ, ou bláster):

h. Declaro que a empresa tomará todos os cuidados que forem necessários para garantir a
segurança de pessoas e evitar danos a bens patrimoniais, públicos e privados, inclusive
quanto ao isolamento do local de fogo, responsabilizando-se por eventuais danos que
venham a causar a terceiros e que remetera ao SFPC local, antes de efetuar as detonações
e para fins de uma eventual fiscalização, cópia da autorização recebida.

i. Declaro que as informações prestadas são a expressão da verdade, responsabilizando-me


pessoalmente pelas mesmas nos termos da legislação penal, civil e de fiscalização de
produtos controlados.

Nestes termos,
Pede deferimento
Local e data
Nome e assinatura.-

OBSERVAÇÕES
1. No campo “Dados do beneficiário ” informar
a. Se for empresa registrada no Exército Brasileiro:
- nome;
- endereço completo; e
- nº do CR e validade

b. Se for empresa não registrada no Exército brasileiro:


- nome:
- endereço completo; e
- nº do CNPJ/MF

c. Se for pessoa física:


- nome:
- endereço completo;
- nº da carteira de identidade;e
- nº do CPF/MF

2. No campo “Natureza da empreitada ” informar o tipo de serviço a ser feito:


- extração de minério;
- auxílio a obra de construção civil em área urbana;
- auxílio a obras de construção civil em área rural;
- auxílio a obras de construção de galerias pluviais e/ou rede de esgotos; ou
- outro ( discriminar )

3. No campo “programação prevista” informar:


a. No caso de pequeno serviço, o dia e a hora em que será feita a detonação.
b. No caso de serviço de duração prolongada, as datas previstas para o início e término do
mesmo.

4. No campo “Local onde será prestado o serviço” informar:


- endereço completo, se a detonação for em área publica; e
- nome da localidade, vias de acesso, pontos de referência e outros dados que possibilitem sua fácil
localização, se a detonação for em área rural.

5. No campo “local de armazenamento” informar:


- se o material está ou será armazenado nos depósitos fixos da empresa, ou em depósitos
móveis, no próprio local da obra.

6 No quadro do item “f. quantidades de produtos controlados a serem utilizadas”.


a. No campo “nomenclatura do produto”, lançar, para cada produto, a categoria de controle o
número de ordem e grupo a que pertence.
Exemplos, considerando os produtos controlados que são normalmente utilizados na prestação
de serviços de detonação:
- dinamite ( 1/1680/EX )
- cordel detonante ( 1/1300/Ac Ex )
- espoleta pirotécnica (espoleta comum) ( 1/1950/Ac In )
- estopim ( 1/2000/Ac In )
- reforçadores ( 1/3410/EX )
- pólvora ( 1/3350/EX ).
b. No campo “Denominação usual”, lançar o nome pelo qual o produto é usualmente
conhecido e também, se desejar, entre parênteses, o seu nome comercial ou de fantasia, tais
como:
- reforçador; e
- espoleta de retardo
c. A denominação “Dinamite” engloba os explosivos nitroglicerinados e os do tipo amoniacal.
Assim sendo, podem ser lançados como dinamite os seguintes tipos de explosivo:
- dinamite nitroglicerinada;
- dinamite tipo emulsão, encartuchada;
- dinamite tipo emulsão, bambeável; e
- dinamite nitrocarbonitrato.

d. No campo “Procedência”, informar o número do CR do fornecedor onde o material será


adquirido ou se ele será retirado dos depósitos da empresa, quando o tiver em estoque, para emprego
imediato.

7. Quando o serviço de detonação for realizado e áreas urbanas ou de risco, a assinatura do


responsável pelo fogo, prevista na letra “g” deste Anexo, deve ser substituída pela identificação da
Anotação de Responsabilidade Técnica, emitida pelo órgão competente.
ANEXO G
RELAÇÃO DE DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA SOLICITAÇÃO DE
AUTORIZAÇÃO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE DETONAÇÃO

I - requerimento em duas vias (Anexo F);


II - cópia do Certificado de Registro ou Título de Registro das firmas contratante e
contratada;
III - cópia do contrato de prestação de serviços ou carta-compromisso entre a contratante e a
contratada;
IV - comprovante do pagamento da taxa de autorização para desmontes industriais;
V - comprovante, quando a prestação de serviços for para fins de exploração mineral, de
que a contratante está autorizada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério
de Minas Energia (DNPM) a executar trabalho de lavra na área considerada;
VI - cópia dos documentos expedidos pela Prefeitura Municipal e órgãos competente da
Secretaria Estadual de Segurança Publica, declarando que não há impedimento algum para a
realização do serviço ou definindo medidas especiais de segurança a serem adotadas, quando o
local onde será feita a detonação estiver situado em área urbana:

Observações:
1) No caso de serviços para empresas não registradas no Exército Brasileiro, a cópia do
TR ou CR da contratante será substituída pela cópia do CNPJ/MF e no caso de serviços prestados
para pessoas físicas, pela cópia da carteira de identidade ou do CPF.
2) No caso de serviços para órgãos públicos, isentos de registro, deverá ser apresentado o
contrato de prestação de serviço ou do resultado da licitação.
NRM -16 – Operações com Explosivos e Acessórios

16.1 Generalidades

16.1.1 Todas as operações envolvendo explosivos e acessórios devem observar as recomendações de


segurança do fabricante, sem prejuízo do contido nas Normas Reguladoras de Mineração – NRM.

16.1.2 O transporte e utilização de material explosivo devem ser efetuados por pessoal devidamente
treinado, respeitando-se as Normas do Departamento de Fiscalização de Produtos Controlados do
Ministério da Defesa e legislação que as complemente.

16.1.3 O plano de fogo da mina deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado.

16.1.4 A execução do plano de fogo, operações de detonação e atividades correlatas devem ser
supervisionadas ou executadas pelo técnico responsável ou pelo bláster legalmente registrado.

16.1.4.1 Ao técnico responsável ou bláster compete:

a) ordenar a retirada dos paióis, o transporte e o descarregamento dos explosivos e acessórios nas
quantidades necessárias ao posto de trabalho a que se destinam;

b) orientar e supervisionar o carregamento dos furos, verificando a quantidade carregada;

c) orientar a conexão dos furos carregados com o sistema de iniciação e a seqüência de fogo;

d) executar as medidas de concentração gasosa, antes e durante o carregamento dos furos, em


frentes de trabalho sujeitas a emanações de gases explosivos, respeitando o limite constante no
subitem 8.1.12.1 da NRM-08;

e) certificar-se do adequado funcionamento da ventilação auxiliar e da aspersão de água nas frentes


em desenvolvimento;

f) certificar-se de que não haja mais pessoas na frente de desmonte e áreas de risco antes de
proceder a detonação;

g) iniciar todas as detonações na área da mina, que devem ser precedidas de avisos escritos e
sonoros, de comunicação e de interdição das vias de acesso à área de risco;

h) certificar-se da inexistência de fogos falhados e, se houver, adotar as providências previstas no


subitem 16.4.5;

i) comunicar ao responsável pela área ou frente de serviço o encerramento das atividades de


detonação.

16.1.5 O técnico responsável, bláster ou qualquer outro trabalhador deve informar imediatamente ao
responsável pela mina o desaparecimento de explosivos e acessórios, por menor que seja a quantidade,
para que sejam tomadas as providências no sentido de informar às autoridades competentes nos termos
da legislação vigente.
16.1.6 O manuseio de explosivos e acessórios é privativo de pessoal habilitado, conforme legislação em
vigor.

16.1.7 É proibido detonar utilizando-se rede elétrica em desacordo com a orientação dos fabricantes e
as normas técnicas vigentes.

16.1.8 Em minas subterrâneas só é permitido o uso de explosivos de segurança.

16.1.8.1 Em minas grisutosas só é permitido o uso de explosivos anti-grisutosos.

16.1.8.2 Em minas com emanações comprovadas de gases inflamáveis ou explosivos só é permitido o


uso de explosivos adequados à estas condições.

16.1.9 Em minas grisutosas é obrigatória a aplicação de tamponamento com material inerte.

16.2 Transporte e Manuseio

16.2.1 O consumo de explosivos deve ser controlado por intermédio dos mapas previstos na
regulamentação vigente do Ministério da Defesa.

16.2.2 Os explosivos e acessórios não devem estar em contato com qualquer material que possa gerar
faíscas, fagulhas ou centelhas.

16.2.3 O transporte de explosivos e acessórios deve ser realizado por veículo dotado de proteção que
impeça o contato de partes metálicas com explosivos e acessórios e atenda à regulamentação vigente
do Ministério da Defesa e observadas as recomendações do fabricante.

16.2.3.1 O carregamento e descarregamento de explosivos e acessórios deve ser feito com o veículo
desligado e travado.

16.2.4 Os trabalhadores envolvidos no transporte de explosivos e acessórios devem receber


treinamento específico para realizar sua atividade.

16.2.5 É proibido o transporte de explosivos e cordéis detonantes simultaneamente com acessórios,


outros materiais e pessoas estranhas à atividade.

16.2.6 O transporte manual de explosivos e acessórios deve ser feito utilizando recipientes
apropriados.

16.2.7 O operador de guincho deve ser previamente comunicado de todo transporte de explosivos e
acessórios no interior dos poços e planos inclinados.

16.2.8 Os explosivos comprometidos em seu estado de conservação ou oriundos de fogos falhados


devem ser destruídos conforme regulamentação vigente do Ministério da Defesa e instruções do
fabricante.

16.2.9 Antes do início dos trabalhos de carregamento de furos no subsolo, o técnico responsável ou
bláster deve verificar:
a) a existência de contenção, conforme o plano de lavra;
b) a limpeza dos furos;
c) a existência da ventilação e sua proteção;
d) se todas as pessoas não envolvidas no processo já foram retiradas do local da detonação,
interditando o acesso
e) a existência e funcionamento de aspersor de água em frentes de desenvolvimento para lavagem de
gases e deposição da poeira durante e após a detonação.

16.2.10 Apenas ferramentas que não originem faíscas, fagulhas ou centelhas devem ser usadas para
abrir recipientes de material explosivo ou para fazer furos nos cartuchos de explosivos.

16.2.11 No carregamento dos furos é permitido somente o uso de socadores de madeira, plástico ou
cobre.

16.2.12 Os instrumentos e equipamentos utilizados para detonação elétrica e medição de resistências


devem ser inspecionados e calibrados periodicamente, mantendo-se o registro da última
inspeção.

16.2.13 É proibida a escorva de explosivos fora da frente de trabalho.

16.2.14 A fixação da espoleta no pavio deve ser feita com instrumento específico.

16.2.15 É proibido utilizar fósforos, isqueiros, chama exposta ou qualquer outro instrumento gerador de
faíscas, fagulhas ou centelhas durante o manuseio e transporte de explosivos e acessórios.

16.2.15.1 É proibido fumar

16.2.16 Os fios condutores utilizados nas detonações por descarga elétrica devem possuir as seguintes
características:

a) ser de cobre ou ferro galvanizado;


b) estar isolados;
c) possuir resistividade elétrica abaixo da estabelecida para o circuito;
d) não conter emendas;
e) ser mantidos em curto-circuito até sua conexão aos detonadores;
f) ser conectados ao equipamento de detonação pelo técnico responsável ou bláster e somente após a
retirada do pessoal da frente de detonação e
g) possuir comprimento adequado que possibilite uma distância segura para o técnico responsável ou
bláster.

16.2.17 Em minas com baixa umidade relativa do ar, sujeitas ao acúmulo de eletricidade estática, o
técnico responsável ou bláster deve usar anel de aterramento ou outro dispositivo similar
durante a atividade de montagem do circuito e detonação elétrica.

16.2.18 É proibida a detonação a céu aberto em condições de baixo nível de iluminação ou quando
ocorrerem descargas elétricas atmosféricas.

16.2.18.1 Caso a frente esteja parcial ou totalmente carregada a área deve ser imediatamente
evacuada.
16.3 Armazenagem

16.3.1 A localização, construção e manutenção dos paióis e armazenagem de explosivos e acessórios


devem estar de acordo com a regulamentação vigente do Ministério da Defesa.

16.3.2 Os paióis de explosivos ou acessórios no subsolo não devem estar localizados junto a galerias
de acesso de pessoal e de ventilação principal da mina.

16.3.3 Nos acessos aos paióis de explosivos ou acessórios devem estar disponíveis dispositivos de
combate a incêndios.

16.3.4 O acesso aos paióis de explosivos ou acessórios só deve ser liberado a pessoal devidamente
qualificado, treinado e autorizado ou acompanhado de pessoa que atenda a estas qualificações.

16.3.5 Os locais de armazenamento de explosivos ou acessórios no subsolo devem:

a) Conter no máximo a quantidade a ser utilizada num período de 5 (cinco) dias de trabalho;
b) ser protegidos de impactos acidentais;
c) ser trancados sob guarda de técnico responsável ou bláster;
d) ser independentes, separados e sinalizados;
e) ser sinalizados na planta da mina indicando-se sua capacidade e
f) ser livres de umidade excessiva e onde a ventilação possibilite manter a temperatura adequada e
minimizar o arraste de gases para as frentes de trabalho em caso de acidente.

16.3.6 Em todos os paióis de explosivos ou acessórios devem ser anotados os estoques semanais e
movimentações de materiais, sendo que os registros devem ser examinados e conferidos
periodicamente pelo bláster e pelo responsável pela mina.

16.3.6.1 Os registros de estocagem e movimentações de materiais devem estar disponíveis para a


fiscalização.

16.3.7 É proibida a estocagem de explosivos e acessórios fora de locais apropriados.

16.3.8 Os explosivos e acessórios não usados devem retornar imediatamente aos respectivos locais de
armazenamento.

16.3.9 A menos de 20,00 m (vinte metros) de armazenamento de explosivos ou acessórios só é


permitido o acesso de pessoas que trabalhem naquela área para execução de manutenção das galerias
e de trabalho nos paióis.

16.3.10 No subsolo, dentro de paióis de explosivos ou acessórios e a menos de 25,00 m (vinte e cinco
metros) dos mesmos o sistema de contenção deve ser constituído, preferencialmente, de material
incombustível e não podendo existir deposição de qualquer outro material.

16.3.11 Os explosivos e acessórios devem ser estocado sem suas embalagens originais ou em
recipientes apropriados e sobre material não metálico, resistente e livre de umidade.

16.3.12 Os paióis de explosivos ou acessórios devem ser sinalizados com placas de advertência
contendo a menção “EXPLOSIVOS”, em locais visíveis nas proximidades e nas portas de
acesso aos mesmos, sem prejuízo das demais sinalizações previstas em normas vigentes.
16.4 Desmonte de Rocha com Uso de Explosivos

16.4.1 Em cada mina, onde seja necessário o desmonte de rocha com uso de explosivos, deve estar
disponível plano de fogo no qual conste:

a) disposição e profundidade dos furos;


b) quantidade de explosivos;
c) tipos de explosivos e acessórios utilizados; d)seqüência das detonações;
e )razão de carregamento;
f) volume desmontado e
g) tempo mínimo de retorno após a detonação.

16.4.2 O desmonte com uso de explosivos deve obedecer as seguintes condições:

a ) ser precedido do acionamento de sirene;


b) a área de risco deve ser evacuada e devidamente vigiada;
c) horários de fogo previamente definidos e consignado sem placas visíveis na entrada de acesso às
áreas da mina;
d) dispor de abrigo para uso eventual daqueles que acionam a detonação e
e) seguir as normas técnicas vigentes e as instruções do fabricante.

16.4.3 Na interligação de duas frentes em subsolo devem ser observados os seguintes critérios:

a) retirada total do pessoal das duas frentes quando da detonação de cada frente;
b) detonação não simultânea das frentes;
c) estabelecer a distância mínima de segurança para a paralisação de uma das frentes e
d) o técnico responsável ou bláster deve certificar-se que não haja fogos falhados em ambas as frentes.

16.4.4 O retorno à frente detonada só é permitido com autorização do responsável pela área e após
verificação da existência das seguintes condições:

a) dissipação dos gases e poeiras, observando-se o tempo mínimo determinado pelo projeto de
ventilação e plano de fogo;
b) confirmação das condições de estabilidade da área e
c) marcação e eliminação de fogos falhados.

16.4.5 Na constatação ou suspeita de fogos falhados no material detonado, após o retorno às


atividades, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) os trabalhos devem ser interrompidos imediatamente;


b) o local deve ser evacuado e
c) informado o técnico responsável ou bláster para adoção das providências cabíveis.

16.4.5.1 A retirada de fogos falhados deve ser executada pelo técnico responsável ou bláster ou,
sob sua orientação, por trabalhador qualificado e treinado.

16.4.6 A retirada de fogos falhados só pode ser realizada através de dispositivo que não produza
faíscas, fagulhas ou centelhas.

16.4.7 Os explosivos e acessórios de fogos falhados devem ser recolhidos a seus respectivos
depósitos, após retirada imediata da escorva entre eles.
16.4.8 É proibido o aproveitamento de restos de furos falhados na fase de perfuração.

16.4.9 Para os trabalhos de aprofundamento de poços e rampas devem ser atendidos os seguintes
requisitos adicionais:

a) o transporte dos explosivos e acessórios para o local do desmonte só deve ocorrer separadamente
e após ter sido retirado todo o pessoal não autorizado;
b) antes da conexão das espoletas elétricas com o fio condutor devem ser desligadas todas as
instalações elétricas no poço ou rampa;
c) antes da religação é necessário verificar se as instalações estão intactas;
d) a detonação só deve ser acionada da superfície ou de níveis intermediários e
e) os operadores de poços e rampas devem ser devidamente informados do início do carregamento.

16.4.10 Em minas a céu aberto, próximas de habitações, vilas, fábricas, redes de energia, minas
subterrâneas, construções subterrâneas e obras civis, tais como pontes, oleodutos, gasodutos,
minerodutos, subestações de energia elétrica, além de outras obras de interesse público devem
ser definidos perímetros de segurança e métodos de monitoramento e apresentados no Plano
de Lavra ou quando exigidos, a critério do Departamento Nacional de Produção Mineral -
DNPM.

16.4.11 Definidos os perímetros de segurança e respectivos métodos de monitoramento, os mesmos


podem ser alterados mediante avaliação técnica, que comprove as possíveis mudanças, sem
danos às estruturas passíveis de influência da atividade, submetidos à apreciação do DNPM.

16.4.12 Não deve ocorrer lançamentos de fragmentos de rocha além dos limites de segurança da mina.

16.4.12.1 Devem ser adotadas técnicas e medidas de segurança no planejamento e execução do


desmonte de rocha com o uso de explosivos.

16.4.13 As detonações devem ser limitadas a um mínimo de horários determinados, conhecidos dos
trabalhadores e da vizinhança da mina.

16.4.14 O monitoramento de vibrações no solo e o ruído no ar decorrentes de detonações deve ser


realizado nas obras civis próximas ao local de detonação e manter-se dentro dos seguintes
limites máximos:

a) velocidade de vibração de partícula: 15 mm/s - componente vertical ; e


b) sobrepressão sonora: 128 dB (A).

16.4.15 Deve ser realizado estudo para o ajuste do plano de fogo de modo a atender aos limites do
item 16.4.14 observando os seguintes critérios técnicos:

a) determinação da relação empírica entre a velocidade de partícula e a distância escalonada;


b) as distâncias graduadas são definidas pela função (D/Q)½; onde D é a distância radial ao ponto de
detonação e Q é o peso da carga máxima por espera;
c) a velocidade de partícula máxima Vp é relacionada com a distância escalonada pela seguinte
relação:
Vp=k (D/Q½)-b

Onde

Vp = velocidade de partícula de pico


D = distância da detonação ao ponto de medição
Q = carga máxima por espera (peso)
K = fator do local B= fator do local K e b são constantes que devem ser determinadas por medições em
cada local de desmonte em particular.

16.4.15 Em minas com emanações comprovadas de gases inflamáveis ou explosivos só é permitido o


uso de explosivos adequados a esta condição.
OTIMIZAÇÃO DA FRAGMENTAÇÃO ATRAVÉS DO CONTROLE DA PERFURAÇÃO
DA ROCHA

Valdir C. Silva, Professor Adjunto do Departamento de Engenharia de Minas da Escola de


Minas da UFOP, valdir@degeo.ufop.br
Juarez Lopes de Morais, mestrando do programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral da
Escola de Minas da UFOP, blasting@ouropreto.feop.com.br

RESUMO
A qualidade da fragmentação da rocha por explosivos é extremamente dependente da
qualidade da perfuração. Desvios ocorridos durante a perfuração dos furos, malhas irregulares,
inexistência de um estudo de caracterização do maciço rochoso, o não controle dos parâmetros
operacionais da perfuratriz ( vazão do ar de limpeza do furo, taxa de penetração, afiação das
brocas etc.), comprometem a qualidade da fragmentação da rocha devido a inadequada
distribuição da carga explosiva dentro do maciço rochoso, podendo até, em situações mais
graves, comprometer a segurança das instalações e equipamentos, dos profissionais e da
vizinhança.

Este trabalho discute diversas técnicas utilizadas no controle da perfuração da rocha:


Quarryman, Laser Profile, GPS, hastes e bits guias, monitoramento dos parâmetros de
perfuração por sensores e pelo DMS- Drill Management System on line, recursos das novas
perfuratrizes.

Palavras Chaves: perfuração, desmonte de rochas, carga explosiva, fragmentação.

ABSTRACT
The quality of rock fragmentation is extremely dependent on the quality of drilling. Borehole
deviation, irregular pattern, absence of rock mass characterization study, no drilling operational
control (air flow requirements, penetration rate, regrinding etc.) compromise the quality of rock
fragmentation due an inadequate explosive charge distribution into the rock mass, which may
cause, in extremely situation, unsafe conditions to workers, installations, equipment and
neighbors.
This paper discusses several techniques utilized to control rock drilling problems: Quarryman,
Laser Profile, GPS, drill monitoring instrumentation through DMS – Drill Management System on
line, guide tube and new features of drilling equipment.

Key words: Drilling, blasting, explosive charge, fragmentation.


INTRODUÇÃO

A perfuração das rochas, dentro do campo dos desmontes, é a primeira operação que se
realiza e tem como finalidade abrir uns furos, com a distribuição e geometria adequada dentro
dos maciços para alojar as cargas de explosivos e acessórios iniciadores.
Para se obter uma boa fragmentação da rocha, um bom controle da parede do banco e do piso,
um mínimo impacto ambiental, e a inexistência do ultralançamento de fragmentos rochosos, e
um menor custo, é fundamental uma boa supervisão da perfuração da rocha, onde os seguintes
aspectos devem ser verificados:
- a presença de vazios e mudanças na litolotogia maciço rochoso;
- as irregularidades (sobreescavação pela ação dos explosivos e/ou equipamentos de
carregamento) na face da bancada;
- se as profundidade dos furos foram executadas conforme planejado;
- a marcação da malha;
- o tempo gasto na perfuração de cada furo;
- os desvios ocorridos durante a perfuração;
- as condições de estabilidade dos bancos para que a perfuratriz opere com segurança.

Os responsáveis pela perfuração da rochas dispõem dos seguintes recursos: Quarryman, Laser
Profile, GPS, tubos e bits guias, monitoramento dos parâmetros de perfuração por sensores e
pelo DMS- Drill Management System on line, que, se bem utilizados, contribuem
significativamente para uma melhor qualidade da perfuração e consequentemente para a
otimização do desmonte de rocha por explosivos.

CARACTERIZAÇÃO DO MACIÇO ROCHOSO ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DOS


PARÂMETROS DE PERFURAÇÃO

Considerações iniciais
A técnica de caracterização do maciço rochoso a partir do monitoramento por sensores do
equipamento de perfuração é capaz de fornecer as seguintes características da rocha:
 Resistência da rocha em psi ou MPa;
 Índice de qualidade da rocha (RQI), que representa o grau de fraturamento do maciço.

A resistência da rocha é obtida através da energia de perfuração, que é calculada em função


dos dados de sensores instalados no equipamento de perfuração. O índice de qualidade da
rocha (RQI) é obtido a partir da vibração da cabeça rotativa. Esta vibração está relacionada com
o grau de fraturamento do maciço. Quanto maior o valor da vibração, maior o grau de
fraturamento do maciço. As principais informações monitoradas são:
 pressão de pull down (psi);
 pressão de rotação (psi);
 taxa de penetração (m/h);
 amperagem do motor de rotação (A);
 rotações por minuto da broca (rpm);
 pressão de ar da broca (psi);
 profundidade do furo (m);
 vibração da cabeça rotativa (mm/s).
Esta caracterização do maciço está sendo utilizada, principalmente, na otimização do processo
de desmonte de rochas com explosivos. O conhecimento geológico da mina é de fundamental
importância para o sucesso de um plano de fogo. A partir de um bom detalhamento do maciço
rochoso é possível definir com precisão a malha de perfuração, o tipo de explosivo e as demais
variáveis de um plano de fogo. A figura 1 mostra a integração do sistema de caracterização do
maciço rochoso com o processo de desmonte de rochas com explosivos.

Figura 1: Caracterização do maciço rochoso através do monitoramento da perfuratriz


Fonte: Morais, 1997.

Monitoramento dos parâmetros de perfuração


Os parâmetros de perfuração são monitorados por um sistema de sensores que relata, on line,
as principais informações do processo de perfuração. Estes dados são transmitidos via
comunicação modular de rádio em FSK (Frequency Shift Keejing) para o computador central
(Figura 2).
O intervalo de coleta de dados é de 6 a 31 cm de comprimento do furo, sendo monitorados os
seguintes parâmetros:
 Profundidade (Óptica Shaft Encoder): é monitorada por um sensor óptico acoplado ao
sistema de avanço da perfuratriz (corrente e roda dentada). O profundímetro emite 65
pulsos digitais por metro perfurado e fornece a profundidade instantânea do furo.
 Taxa de penetração (m/h): é calculada a partir da variação: profundidade e tempo. Fornece
a taxa de penetração, em m/h, de 6 a 31 cm perfurado.
 Pressão de pull down (psi): é monitorada por um sensor de 0 a 5.000 psi e saída de 1 a 5
VCC, instalado na linha do sistema hidráulico de pressão de pull down.
 Pressão de rotação (psi): é monitorada por um sensor de 0 a 5.000 psi e saída de 1 a 5
VCC, instalado na linha da bomba hidráulica do sistema de rotação da perfuratriz.
 Velocidade de rotação (rpm): é monitorada por um sensor magnético de rotação, instalado
na cabeça rotativa da perfuratriz, e convertida em sinal de tensão contínua por um
conversor de freqüência/tensão do medidor analógico de RPM.
 Pressão de ar na broca: é monitorada por um sensor de pressão de 0 a 200 psi e saída de
1 a 5 VCC, instalado na linha de ar entre o compressor e a broca de perfuração.
 Vibração da cabeça rotativa: é monitorada por um sensor de vibração que é instalado na
cabeça rotativa da perfuratriz. A vibração é expressa em mm/s.
Torre Repetidora

Escritório -mina

Perfuratriz

Figura 2: Campo de comunicação do sistema de monitoramento da perfuratriz


Fonte: Morais, 1997.

Todas estas informações são processadas em cartões eletrônicos e enviadas ao computador


central. A figura 3 ilustra a posição de cada sensor no equipamento de perfuração.
Pressão de Pull Down (Motor
Hidráulico)

Pressão de Ar da Broca
(Compressor de Ar)

Torque de Rotação:
 Amperagem (motor elétrico)
 Pressão (sistema hidráulico)

Rotação (RPM)

Profundidade do furo

Taxa de Penetração

Figura 3: Localização dos sensores no equipamento de perfuração


Fonte: Modular Mining System, 1997.

Modelo de energia de perfuração como critério de resistência da rocha

Para o cálculo da resistência da rocha é utilizado o modelo de energia de perfuração. Através


dos parâmetros de perfuração, descritos acima, é calculada a energia transmitida pela
perfuratriz para a rocha durante o processo de perfuração ilustrada na figura 4.

Energia específica de perfuração (e)

e = ( 2 x  x T x rpm x 60) / (A x Tp) + Pp

sendo:
e = energia específica de perfuração (psi);
T = torque (lbf x pés)
rpm = rotações por minuto;
A = área do furo (pol2)
Tp = taxa de penetração (m/h);
Pp = Pressão de pull down (lbf/pol2);

Fp


Onde: Fp : Força de Pull Down
 
Fr 2 Fr : Força de Rotação

Figura 4
Modelo de Energia de Perfuração

Classificação da resistência da rocha

Após o monitoramento dos parâmetros de perfuração, estes dados são enviados ao


computador que calcula a energia específica para cada intervalo de 6 a 31 cm, conforme a
precisão da instrumentação adotado. A energia de perfuração é utilizada como critério de
resistência da rocha. A tabela 1 mostra a classificação típica da resistência da rocha obtida a
partir da interpretação das informações da perfuratriz.

Tabela 1
Resistência da rocha calculada a partir dos parâmetros de perfuração

Tipo de Resistência da Rocha Resistência da Rocha Classificação


Rocha (psi) (MPa)
1 0 a 1000 0a7 Extremamente Macia
2 1.000 a 5.000 7 a 34 Muito Macia
3 5.000 a 10.000 34 a 69 Macia
4 10.000 a 15.000 69 a 106 Moderada
5 15.000 a 30.000 103 a 207 Dura
6 > 30.000 > 207 Muito Dura
Fonte: Morais, 1999.
Análise e apresentação de dados

A seguir são apresentados alguns dados obtidos na mina de minério de ferro de Carajás,
localizada no Estado do Pará. Os dados são monitorados pelo sistema “DMS – Drill
Management System”, da Modular Mining System. Este sistema de sensores monitora a
perfuratriz em tempo real e envia os dados para a central de informática da mina. A partir
dessas informações são calculadas as resistências das rochas e definida a sua classificação e
litologia.

Figura 5
Interpretação da litologia a partir do monitoramento da perfuratriz

Fogo: 62/99-021 Furo 02


90,00
Rotações Por Minuto (RPM)

80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
31 54 77 ,00 23 46 69 ,92 ,15 ,38 ,62 ,85 ,08 ,31
0, 1, 2, 4 5, 6, 7, 8 10 11 12 13 15 16
Profundidade (m )

Fogo: 62/99-021 Furo 02


Fogo: 62/99-021 Furo 02
3.000,00
160,00
Pressão de Rotação (psi)

2.500,00
140,00
Taxa de Penetração (m/h)

120,00
2.000,00
100,00
1.500,00
80,00
1.000,00
60,00
500,00
40,00 Fogo: 62/99-021
Fogo: 62/99-021 FuroFuro
02 02
20,00
10.000,00
0,00
2.500,00
9.000,00
0,00
x m) (psi)

,1 ,15

,3 ,38

,6 62

,8 85

,0 08

,3 31
1

4
77 ,77

00 00

23 23

46 46

69 9

92 2
31 ,3

54 ,5

7, 7,6

8, 8,9

12 12,

13 13,

15 15,

16 16,
4, 4,

5, 5,

6, 6,

8.000,00
10 10

11 11
0, 0

1, 1

2, 2

2.000,00
5

1
(ft Down

7.000,00 Profundidade (m )
6.000,00
1.500,00 Profundidade (m )
de Pull

5.000,00
Torque

4.000,00
1.000,00
3.000,00
Pressão

2.000,00
500,00
1.000,00
0,00
0,00
111 5

112 8
622

855

088

311
31

54

77

00

23

110 2
15

38
0,31

1,54

2,77

4,00

5,23

,446

,669

,92
0,,1

1,,3

2,,6

3,,8

5,,0

6,,3
9
0,

1,

2,

4,

5,

66,

77,

88,

113

115

116

Profundidade(m
Profundidade (m) )
Fogo: 62/99-021 Furo 02
80.000,00
70.000,00
60.000,00

Resistência (psi)
50.000,00
40.000,00
30.000,00
20.000,00
10.000,00
0,00
31 ,54 ,77 ,00 ,23 ,46 ,69 ,92 ,15 ,38 ,62 ,85 ,08 ,31
0, 1 2 4 5 6 7 8 10 11 12 13 15 16
Profundidade (m )

Fogo: 62/99-021 Furo 02

6
Classificação da Rocha

0
31 54 77 00 23 46 69 92 ,15 ,38 ,62 ,85 ,08 ,3
1
0, 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 10 11 12 13 15 16
Profundidade (m )

Fogo: 62/99-021 Furo 02


6

Máfica Decomposta Máfica Sã


Litologia

0
10,46
11,38
12,31
13,23
14,15
15,08
16,00
16,92
0,31
1,23
2,15
3,08
4,00
4,92
5,85
6,77
7,69
8,62
9,54

Profundidade (m )

Fonte: Morais, 1999.


SISTEMA DE NAVEGAÇÃO DE PERFURATRIZ POR GPS

Considerações iniciais

A tecnologia de GPS – Global Positioning Systems pode ser aplicada em atividades como
levantamento de dados, despacho de caminhões e navegação de veículos e equipamentos.
Para obter a alta precisão, acuracia a níveis de cm, requerido para levantamentos e navegação
de veículos e equipamentos, GPS de alta precisão é requerido.

No caso de sistema de navegação para o posicionamento da perfuratriz na malha de


perfuração recomenda-se uma precisão maior ou igual ao diâmetro do furo. A figura 6 ilustra o
sistema de GPS aplicado na mineração.

Figura 6: Sistema de GPS aplicado a mineração


Fonte: Catálogo da Modular Mining Systems, 1998.

Vantagens do posicionamento da perfuratriz por GPS

O sistema de navegação da perfuratriz por GPS substitui a marcação física do furos na


bancada. Quando a perfuração utiliza a marcação dos furos por estacas e o operador posiciona
o equipamento no furo, geralmente comete-se um erro em torno de 0,5 m ( para perfuratriz de
grande porte) na execução dos furos. Isto é parcialmente devido as condições do terreno, a
dificuldade de visão da estaca pelo operador dentro da cabine, condições de lama e neblina.
Além disso, a marcação por estacas ou similar tende a ser danificada por circulação de veículos
auxiliares, caminhões de abastecimento, equipe de manutenção etc., levando ao erro na malha
de perfuração planejada.
Desta forma, existem consideráveis vantagens na locação dos furos por computador “on-board”.
Testes na mina de cobre de Highland Valley tem mostrado que é possível alcançar uma
precisão acima de 0,1m, que significa 1/3 do diâmetro do furo. Claramente, o posicionamento
da perfuratriz por GPS oferece muitas vantagens sobre os métodos tradicionais, destacando-se
as seguintes:
 redução no levantamento de campo ( levantamento topográfico, marcação física da malha);
 não utilização da topografia para marcação da altura da bancada;
 a oportunidade de se estudar um melhor plano de fogo para o desmonte;
 maior acuracia na execução dos furos;
 é possível fazer a interação da malha de perfuração com a caracterização da rocha por
sensores;
 a oportunidade de transferir os dados dos furos diretamente para o caminhão de explosivo;
 redução na sobre/sub- perfuração;
 melhor comunicação entre operador da perfuratriz, encarregado do desmonte, engenharia e
a equipe de supervisão da mina.

A figura 7 ilustra o sistema de navegação da perfuratriz no posicionamento dos furos;

Figura 7: Sistema de navegação de perfuratriz


Fonte: Catálogo da BAI. 2000.

CONTROLE DOS DESVIOS DOS FUROS

O plano de fogo pode ser executado com uma determinada razão de carregamento a qual foi
calculada corretamente em função do afastamento, do espaçamento e da profundidade do furo.
Entretanto, se a perfuração não é corretamente executada de acordo com o planejado,
ocorrendo desvios na inclinação dos furos e dos comprimentos das variáveis geométricas,
especialmente quando a face do banco encontra-se irregular devido à ação da escavadeira ou
pelo efeito da sobrescavação do desmonte anterior, resultando em cargas de explosivos muito
próximas ou afastadas da face do banco, os seguintes problemas poderão ser gerados: alto
nível de vibração do terreno, pulso de ar, excessiva ou má fragmentação da rocha e
ultralançamento dos fragmentos rochosos.
Os desvios ocorridos durante a perfuração nos comprimentos das variáveis geométricas e no
ângulo de inclinação dos furos foram verificados através dos equipamentos BoreTrak e o
“Quarryman”. O “BoreTrak”, figura 8, é uma espécie de sonda que determina a inclinação do
furo, o afastamento real a cada um metro, medindo também a profundidade dos furos e os
espaçamentos entre eles. O “Quarryman”, figura 9, faz uma leitura a laser, permitindo
determinar as coordenadas tridimensionais de pontos que caracterizem o banco com seus
respectivos furos e o plano de sua face.

Figura 8 BoreTrak efetuando o levantamento dos desvios da perfuração


Fonte: Impressos da Geopetro (1995)

Figura 9 Equipamento Quarryman para obter a face da


bancada
Fonte: Impressos da Geopetro (1995)
HASTES E BITS GUIAS

A retilinidade de uma perfuratriz varia, dependendo do tipo e natureza da natureza, do método e


do equipamento de perfuração utilizados. Na perfuração horizontal ou inclinada, o peso da
coluna de perfuração pode concorrer para o desvio do furo. Ao perfurar furos profundos para
detonação, o furo deve ser tão reto quanto possível para que os explosivos sejam distribuídos
corretamente, para se obter o resultado desejado.
A retilinidade dos furos pode ser melhorada usando-se diferentes tipos de equipamento guia:
bits guia, haste guia, luvas guia.
Além do desvio do furo propriamente dito, o alinhamento do mesmo pode ser afetado pelo
desalinhamento da lança e pelo cuidado durante o emboque do furo.
É necessário portanto grande precisão nessas tarefas, já que os testes mostram que 50% dos
desvios podem ser atribuídos a mau alinhamento da lança e imperícia no emboque.

CONCLUSÃO

Os novos recursos disponíveis no mercado para o controle da perfuração da rocha, incluindo o


Quarryman, Laser Profile, GPS, hastes e bits guias, monitoramento dos parâmetros de
perfuração por sensores e pelo DMS- Drill Management System on line, são fundamentais para
o controle dos diversos parâmetros da perfuração da rocha. Estes contribuem significativamente
para a qualidade da fragmentação bem como para a eliminação dos problemas ambientais
gerados pelos desmontes de rochas por explosivos, otimizando a operação mineira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAI – Blasting Analysis International Inc. (2000) High Tech Seminar, USA.

Hendricks, C. & Peck, J. (s.d.) Application of GPS and Equipment Monitoring Technology to
Blasting Operation in Surface Mining. Montreal: Aquila Mining Systems, , 130 p.

Karanam, U.M & Misra, B. (1998) Principles of Rock Drilling. Rotterdam: A . A . Balkema,
261 p.

Peck, J. & Vynne (1993) Current Status and Future Trends of Monitoring Tecnhology for Rotary
Blasthole Drill in Coal Mines. Washington : 95 th Annual General meeting of CIM, 27 p.

Schunnesson, H. (1998), Rock Caracterisation Using Percussive Drilling. Luléa: International


Journal of Rock Mechanics and Mining Sciences, edição 35/6, sep., p. 711 a 725.

Vynne, J. (s.d.) Drill Monitoring Developments and the Utilization of the Drill Data. Washington:
Thunderbird Mining Systems, 10 p.

Richards, M. (1997), Practical Results of Using GPS on Mining Drills and Shovels in the
Production Environment,. Logan Lake, Canadá: Highland Valley Copper, , 14 p.
Chimica Edile
do Brasil Ltda.

apresenta
FRACT.AG
2

ARGAMASSA EXPANSIVA

NÃO EXPLOSIVA
PARA CORTES DE MÁRMORES, GRANITOS,
CONCRETOS E DEMOLIÇÕES EM GERAL.

Produto desenvolvido pela Chimica Edile SRL – Italia


Empresa Certificada ISO 9001 e SA 8000

CERTIFICADO ISO 9001 CERTIFICADO SA 8000


3
O QUE É FRACT.AG®

O FRACT.AG® é uma argamassa expansiva para a demolição


de betões, blocos de cimento, como também para o corte de
rochas de qualquer tipo.
O FRACT.AG® funciona através de reação química que
ocorre quando é misturado com uma quantidade exata de água
( 30% do peso do produto).
Esta reação causa a dilatação da mistura, que aumenta o seu
volume inicial em até 4 (quatro) vezes, aplicando uma pressão
de 8000 ton/m2 na superfície dos furos onde é colocado o
FRACT.AG®.
Esta enorme quantidade de energia desenvolvida pelo
FRACT.AG® é liberada de modo progressivo e gradual,
eliminando completamente todos os perigos e limitações que
são típicas do uso de explosivos.
O uso diário do FRACT.AG® permite desenvolver técnicas de trabalho modernas e inovadoras, com uma
diminuição drástica no volume de perda de matéria prima, como também no acúmulo de detritos no local de
trabalho, gerando com isso vantagens econômicas excepcionais.

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA EXTERNA

O FRACT.AG® é produzido em 6 (seis) diferentes tipos de composição química, para adaptar o uso em função da
temperatura externa.

- prata 60 a 70º C - Amarelo 25 a 35º C


- azul 50 a 60º C - Verde 05 a 20º C
- ouro 35 a 50°C - vermelho < 5º C

USO DO FRACT.AG® EM PÓ

1 Colocar 1,5 lt de água no recipiente onde será feita a mistura


Obs: A água não deve conter óleo ou impurezas
2 Despejar lentamente o conteúdo de um saquinho (5 Kg) de FRACT.AG®, misturando o pó com a água até
obter uma mistura fluida e homogênea
3 Despejar a mistura dentro dos furos (minas) já limpos e assoprados.
- esta operação deve ser realizada antes que se inicie a
reação química (cerca de 10/15 minutos após a
mistura)
- os furos (minas) não devem conter água nem sujeiras
- se a rocha for muito porosa ou a temperatura estiver
muito alta, umedecer os furos (minas) para abaixar a 5Kg + =
temperatura e obter as condições ideais de trabalho.
1,5 L
4

USO DO FRACT.AG® EM CARTUCHOS

1 Encher um recipiente com água


Obs: A água não deve conter óleo

2 Retirar os cartuchos de FRACT.AG® da embalagem plástica,


mergulhar em seguida no recipiente com água e esperar que absorvam
a água necessária (mais ou menos 2 minutos) e, assim que a água parar
de borbulhar, o FRACT.AG® estará pronto para o uso

3 Retirar os cartuchos do recipiente e introduzir nos furos , uma de


cada vez e pressionando de modo que o
cartucho fique bem compactado dentro do furo.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DO FRACT.AG ®

O tempo de reação do FRACT.AG® é de duas a oito horas, que varia em função dos seguintes fatores:
- temperatura ambiente
- diâmetro e distância entre os furos (minas)
- dureza e resistência do material a ser cortado ou demolido
- tipo de FRACT.AG®

Com o tipo correto de FRACT.AG® , consegue-se reduzir o


tempo para obter o corte, com a diminuição da distância entre os
furos (minas) e/ou com o aumento do diâmetro dos mesmos.

O trabalho com o FRACT.AG® não é submetido a interrupções, necessárias quando se usam os explosivos,
resultando em um aumento de produção e diminuição de mão-de-obra. Além
disso, o FRACT.AG® não requer o uso de máquinas ou de mão-de-obra
especializada.
Um dos aspectos mais interessantes do uso do FRACT.AG® na extração de
pedras ornamentais como mármores, granitos, etc., ou pedras preciosas como
diamantes, é a sensível diminuição nos custos de produção. Tal redução
baseia-se no total aproveitamento da matéria prima, devido ao fato que o
corte ocorre sempre na linha que une o centro dos furos (minas) onde foi
colocado o FRACT.AG® , não sendo alterada por falhas naturais da bancada
(prancha) e o processo não causa microfissuras na superfície do corte,
eliminando a perda de material.
É evidente portanto a grande vantagem econômica do uso do FRACT.AG® .
O FRACT.AG® è a solução ideal em todos os casos de demolição em que o
uso de explosivos, por razões de segurança , não podem ser utilizados e a única alternativa seria o uso de sistemas
mecânicos tradicionais, que são muitos caros e requerem muitas horas de trabalho.

O FRACT.AG® não é perigoso, não polui, não explode, e portanto não produz detritos, não levanta poeira e não
faz barulho algum.
Para se utilizar o FRACT.AG® não é necessário nenhum tipo de autorização, como no caso dos explosivos, e não
requer nenhum cuidado para o seu armazenamento, exceto aqueles típicos de qualquer cimento e principalmente de
evitar o contato com a água ou a umidade.
5
PREPARAÇÃO DA ROCHA PARA O CORTE

Fazer uma série de furos (minas) na bancada ao longo da linha de corte


estabelecida. A profundidade dos furos (minas) deve ser maior que a
metade da pedra no caso de demolição e igual à altura da pedra quando se
quer cortá-la **.

** Neste caso o furo (mina) deve ser mais curto alguns centímetros
para evitar perda de produto pelo fundo.

A distância entre os furos (minas) deve ser:

- 10 a 30 cm = corte de rochas ornamentais


- 30 a 60 cm = demolição de rochas
- 20 a 25 cm = demolição de concreto armado
- 40 a 50 cm = demolição de cimento

Os furos (minas) devem ter um diâmetro de 25 mm a 50


mm.
É aconselhável utilizar o FRACT.AG® em furos (minas) de
diâmetro menor possível para uma maior economia e
aproveitamento no uso do produto.

O consumo estimado de FRACT.AG® pôr metro linear è


de:

- broca de 30 mm. = 1,1 kg de FRACT.AG®


- broca de 32 mm. = 1,3 kg de FRACT.AG®
- broca de 34 mm. = 1,5 kg de FRACT.AG®
- broca de 38 mm. = 1,8 kg de FRACT.AG®
- broca de 40 mm. = 2,0 kg de FRACT.AG®
- broca de 45 mm. = 2,6 kg de FRACT.AG®
- broca de 50 mm. = 3,0 kg de FRACT.AG®

Muito importante :
Nas primeiras vezes que se usa o FRACT.AG® e quando
se deve fazer furos (minas) maiores consultar o revendedor.

CUIDADOS NO USO DO FRACT.AG®

 Nas primeiras horas após a colocação do FRACT.AG®, não aproximar o rosto dos furos (minas) pois,
existe a remota possibilidade de expulsão violenta do pó que pode queimar os olhos, se as condições de
uso e manuseio não forem respeitadas.
 Não se deve tampar os furos (minas).
 Não se deve colocar FRACT.AG® em
garrafas ou recipientes muito estreitos pois,
por causa da reação, podem estourar.
 Quando estiver colocando FRACT.AG®
nos furos (minas) e começar a chover cobrir
imediatamente com um plástico os furos
(minas).
 Nos furos (minas) que tenham
rachaduras, para ano desperdiçar o
produto, deve-se utilizar um saco de
polietileno ou o FRACT.AG® em cartuchos.
6
GRAMIL
Granitos e Mármores Ltda.
SIGMA do Brasil
“ Aumentamos o
aproveitamento na extração “ Com a argamassa expansiva
das pedras e agilizamos o FRACT.AG conseguimos um
trabalho, inclusive, com maior volume de produção
diminuição da mão de obra”. aliado a uma menor geração
de rejeitos, além de melhorar
Estriel Vargas substancialmente a
Supervisor de Extração segurança dos trabalhadores
com a menor utilização de
SANTO explosivos”.
ANTÔNIO
Serraria Atílio Travaglia
Proprietário
“ Estou deixando de lado o
maçarico para usar
FRACT.AG. Obtivemos
economia de 60%
comparando com o que a
empresa gastava
anteriormente.”

Rodrigo Scaramussa
Proprietário

ESSA É A SOLUÇÃO
Argamassa expansiva para cortes de granitos, mármores e demolições em geral.
Não oferece risco, não explode, não produz detritos, nem trincas ou microfissuras.

ALGUNS DOS CLIENTES DA ARGAMASSA EXPANSIVA FRACT.AG


 Sto. Antônio Serraria – Tel.: (028) 3531-1144 - responsável: Rodrigo Scaramussa
 Sigma do Brasil – Tel.: (028) 3521-0558 - responsável: Atílio Travaglia
 Gramil – Tel.: (028) 9987-1173 - responsável: Estriel Vargas
7

Granitos Laranjeira Ltda.

ANTES

- DISTÃNCIA MÁXIMA
ENTRE OS FUROS ERA
DE 10 CM.

- ALTURA MÁXIMA DAS


PRANCHAS ERA DE 2 metros

HOJE

- DISTÂNCIA ENTRE
OS FUROS
DE 30 CM

HOJE

- PRANCHAS COM ALTURA


DE MAIS DE 8 metros
8

Granitos Laranjeira Ltda.


Depoimento

Antes

Com a argamassa expansiva FRACT.AG foi possível retirar pranchas com 150 m3, pranchas
estas que ao retira-las com cunhas de pressão nos traziam as seguintes perdas :

- A furação – com furos de espaçamento de no máximo 12 cm


- Dinâmica – gastava-se muitas cunhas, homens e tempo para abrir o corte
- O tombo – no momento de tombar a prancha utilizava-se uma manobra muito
complicada, pois a abertura proporcionada pela cunha não deslocava a prancha
ocasionando um engavetamento.
- Quebras – caso o material tivesse um ponto de fraqueza, ao bater as cunhas a
prancha quebrava. Mesmo não tendo defeitos, sempre surgiam pequenas quebras na
base da prancha onde se perdia mais de 20 m3.
- Estética – Ao tombar as pranchas era visível a irregularidade entre minas onde
surgiam “calombos” que ocasionavam um trabalho duplo, pois aquela face teria que
ser cortada novamente

Depois

Após termos utilizado a argamassa expansiva FRACT.AG pode-se dizer com clareza que o
quadro acima inverteu-se :

- A furação – o espaçamento entre minas aumentou para 20 a 30 cm.


- Dinâmica – gasta-se 2 homens e com pouco tempo todo serviço é feito
- O tombo – o FRACT.AG ao reagir desloca a prancha por igual, evitando o
engavetamento
- Quebras – mesmo a prancha estando totalmente dividida por algum difeito natural, o
FRACT.AG desloca as partes por igual.
- Estética – caso a furação esteja correta a face cortada pelo FRACT.AG não
necessita sequer “ desbastar” , pois não há irregularidades ( calombos ) .

Lindemberg Cardoso Jr.

Alto Mutum Km. 29,5 do Município de Baixo Guandu – Espírito santo, Caixa Postal 22 CEP 29730-000
Tel/Fax: +55-027-721-5977
9

ABERTURA DE TÚNEIS
Método A
d
Diâmetro das perfurações 30 – 50 mm
d: distância entre o centro das perfurações o o o o o
20 – 30 cm. o
As perfurações devem ser realizadas de modo de
o o o o o o o o
iniciar a ruptura da parede criando-se uma valeta o o o o o o o o o o d
central.
Para isso é necessário dar as perfurações
o o o o o o o o o o
da seção central a demolir um ângulo o o o o o o o o o o

4m
aprox. 45 – 60%.
A medida que nos afastamos do centro
o o o o o o o o o o
o ângulo aumenta progressivamente até 90% o o o o o o o o o o
o o o o o o o o o o
o o o o o o o o o o
o o o o o o o o o o
45º a 50º 4m

ABERTURA DE TÚNEIS
Método B d

o o o o o o
Diâmetro das perfurações 30 – 50 mm o o o o o o o o
d: distância entre o centro das perfurações o o o o o o o o o o d
20 – 30 cm.
o o o o o o o o o o
o P r i meir a ser i e d e p er f ur açõ e s o o o o o o o o o o
4m

a s er e m p r ee nc h id a s co m F R ACT . AG
o o o o o o o o o o
Se g u nd a s ér i e d e p er f ur açõ e s ho r i zo nt ai s
o o o o o o o o o o
o a s er e m p r ee nc h id a s co m F R ACT . AG d ep o i s
d e 4 a 6 h s ap ó s a p r i me ir a sér ie
o o o o o o o o o o
As p er f ur a çõ e s r e s ta nt e s d e ver ão se r
o o o o o o o o o o
o p r ee nc h id a s
co m F R ACT . AG até co m p let ar - se a
d i me n são p r ee st ab el ec id a d o t ú ne l
o o o o o o o o o o
4m

Ab er t u r a c e ntr al r eal iz a d a med i a nt e p er f ur açõ e s ho r izo n tai s d e


d ia m. ap r o x. 2 0 0 m m. p ar a cr iar - se u ma zo na li vr e no ce n tr o d a r o c ha .
Estas perfurações centrais não deverão ser preenchidas.
Ab er t u r a s ce n tr a i s d e ap r o x. 2 m d e al t ur a.
10

DESMONTE DE
ESCAVAÇÃO
FRENTE ROCHOSA

(2)
d (1)

- diâmetro das perfurações: aprox. 34 mm.


inclinação das perfurações : paralelas a - diâmetro das perfurações: aprox. 34 mm.
superficie livre. A carga das perfurações realizam-se em
- distância entre o centro das perfurações duas ou mais fases sucessivamente.
(d): para granito 20 cm, para calcáreo 30 cm. - não preencher as perfurações centrais

ESQUEMA PARA
ABERTURA DE As perfurações realizam-se a distância entre si de
30 cm com perfurações de 34 mm de diâmetro.
VALETAS As perfurações devem realizar-se com uma
inclinação de aproximadamente 60º exceto as
indicadas no eixo central.

1ª ETAPA

NÃO PREENCHER
O FURO CENTRAL
2ª ETAPA
11

CONCRETO ARMADO

Neste tipo de aplicação é


necessário que o plano de corte
seja paralelo aos ferros
principais, de modo que se evite
que a ação do FRACT.AG se
desenvolva paralelamente aos
ferros e a eficácia do produto se
perca nos mesmos.

NãoNN
Para um diâmetro de perfurações de 40 mm. a distância entre o centro
das mesmas será aprox. 20 cm. dependendo do grau da armação

CONCRETO
(Não armado)
4m

2m

1m

Para demolir com FRACT.AG um bloco de concreto de média resistência


como Mostra o esquema, podem-se realizar perfurações de diâmetro aprox. 40 mm,
profundidade entre 60 a 80% da altura do bloco (mínima)
Distribuir as perfurações linearmente com distância aproximada entre
os centros de 40 cm. (máxima)
12

DEMOLIÇÃO DE
PILOTIS
Vista lateral Vista superior

0.5 m 0.50 m

perfurações inclinadas de 4 m com

0.30 m
diâmetro das mesmas de 34 mm

1.8 m

Método de Corte e Demolição de


Colunas com Orifício Central
Vista superior Vista transversal

ferros da armadura
eixo coluna

serie de perfurações

as perfurações se
carregam com cartuchos

d
ferro

d: diâmetro do orificio central 150 mm

Inicia-se carregando as series de perfurações radiais para eliminar a cobertura dos ferros
e sucessivamente demole-se a coluna mediante a carga da perfuração central de 150 mm
FRACT.AG
13

a argamassa DE QUALIDADE
A única que não falha !

Produzido no Brasil sob concessão da


Chimica Edile srl Italia

Chimica Edile do Brasil Ltda


Rod. Cachoeiro x Safra, BR 482 Km 6 Bairro União
Cachoeiro de Itapemirim - ES Cep 29300-970
CNPJ 04.278.054/0001-74 Insc. Estadual 082.101.20-5
Tel/Fax (28) 35116879
E-mail: fractag@chimicaedile.com.br
¿QUÉ ES EL ARGAMASSA ?

El CRAS:
Es un AGENTE DEMOLEDOR NO EXPLOSIVO pulverulento y de color grisáceo,
siendo su componente base Cal inorgánica.

El CRAS:
Mezclado con el porcentaje adecuado de agua (agua fresca, que nunca supere los
l0°- l2ºC en verano) provoca por reacción química de alto poder, una enorme tensión
expansiva, superior a las 7.000 T/m2, debiendo indicar que generalmente son
suficientes de 1.500 a 3.000 T/m2, para demoler todo tipo de roca y hormigón.

El CRAS:
Produce la rotura de una forma SEGURA. PRECISA y SIN VIBRACION
SIN EXPLOSION. SIN RUIDO DE MARTILLEO NI TEMBLOR, SIN GASES, SIN
CHISPAS, SIN PROBLEMAS DE ACCESIBILIDAD, SIN CONTAMINACION Nl
ATENTADOS ECOLOGICOS.
Además no paraliza ningún trabajo en la obra.
¿QUÉ ES EL CRAS ?

El CRAS:
Es efectivo en espacios abiertos, espacios reducidos e incluso cerrados, en zonas de
difícil acceso, en zonas de riesgo explosivo o inflamable, así mismo es muy efectivo en
demoliciones submarinas.

El CRAS:
No produce daños en los ecosistemas, tanto en la fauna como en la flora, resultando un
recurso insustituible en demoliciones submarinas.

El CRAS:
No precisa permisos por lo que el demoledor CRAS puede ser utilizado por cualquiera y
donde quiera.

El CRAS:
No requiere ningún esfuerzo o fatiga física en su utilización, en contra de las actuales
máquinas convencionales y resulta agradable en su manejo.

El CRAS:
Es la alternativa definitiva al explosivo convencional, pues además de más seguro resulta
en muchos trabajos, más económico que el explosivo.
¿CÓMO SE APLICA EL CRAS?

1- ENVASADO 2- MASA 3- CARGA


¿CÓMO SE EFECTÚA LA CARGA?
¿ CÓMO DESARROLLA ARGAMASSA SU
ACCIÓN DEMOLEDORA ?
PROCESO DE FRAGMENTACIÓN

Fuerza desarrollada ; 1.000 T/m2

Fuerza desarrollada ; 1.800 T/m2

Fuerza desarrollada ; más de 5.200 T/m2


INFORMACIÓN TÉCNICA
INFORMACIÓN TÉCNICA
INTRODUCCIÓN A LA DEMOLICIÓN
INTRODUCCIÓN A LA DEMOLICIÓN
TIPOS DE FRAGMENTACIÓN
TIPOS DE FRAGMENTACIÓN
TIPOS DE FRAGMENTACIÓN
DEMOLICIÓN DE ESTRUCTURAS DE
HORMIGÓN
DEMOLICIÓN DE ESTRUCTURAS DE
HORMIGÓN
< Perforación en hormigón armado >
< Diseño de malla de fractura (40x40cm) 6hrs. De trabajo del CRAS >
< Fractura del hormigón armado malla 40x40cm, 48hrs. De trabajo del CRAS >
< Perforación de roca de 120m3 >
< Fractura de la roca de 120m3 >
< Otra vista de la fractura de la roca de 120m3 >
< Fractura de roca de 170m3 >
< Otra vista de la roca de 170m3 >
< Fractura dirigida de la roca de 170m3, para evitar rodadas >
< Otra vista del corte dirigido a la roca de 170m3 >
< Manto de roca de 600m3 >
< Fractura del manto de roca de 600m3 >
< Extracción de la roca fracturada >
FRACT-AG

ARGAMASSA EXPANSIVA PARA


DEMOLIÇÕES E CORTES DE
ROCHAS E CIMENTOS
O que é a Fract-Ag ?

A Fract-Ag é uma massa que possui um alto poder de expansão para demolições e cortes de rochas e betões; a
Fract-Ag age em função do seu próprio inchamento, exercitando nas paredes dos furos que a contém uma força
superior a 8.000 t/m², provocando o aparecimento das fissuras.
A Fract-Ag é um produto altamente ecológico, pois não produz gases e não deixa resíduos nocivos.

Para que serve a Fract-Ag ?

O campo de ação da Fract-Ag é praticamente ilimitado: serve para romper, cortar e demolir rochas, betões e
cimentos armados, naquelas situações onde, por razões de segurança, o uso de explosivo não é possível.

Onde se pode usar a Fract-Ag ?

Em qualquer formação rochosa, manufacto de cimento ou cimento armado, estruturas de tijolos, para a execução
dos seguintes trabalhos:

 Escavação de fundações
 Aplainamento de rochas para construção de estradas
 Escavação de trincheiras para o posicionamento de conducto
 Escavações subterrâneas
 Escavações marítimas, mesmo submarinas
 Eliminação de blocos de pedra
 Demolição de pilastras, torres, paredes, bermas etc de cimento ou de cimento armado
 Demolição de fundações
 Demolição de quebra-mares
 Demolição de obras de tijolo ou refratários

A Fract-Ag é tecnicamente ideal e fonte de considerável economia em:

 Demolições limitadas de rochas ou estruturas de cimento onde as obras adjacentes não podem ser danificadas
pelas vibrações geradas pelos explosivos
 Presplitting de formações rochosas, com a criação de blocos isolados que, portanto, podem ser demolidos com
maior facilidade
 Corte de blocos de mármore, de uma maneira mais econômica do que o corte com serra helicoidal
 Escavação ou demolição de formações rochosas ou manufactos de cimento, onde o uso de explosivos
demonstra-se antieconômico por causa das perdas de tempos de operação, devidas às precauções requisitas para
o transporte, o armazenamento e a manipulação de explosivos, e ao respeito das regulamentações de segurança
pública

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Fios Diamantados Máquinas a Fio Diamantado, Teares a Fio Diamantado Moto-Serras para
Massa Expansiva para
para cortes de Perfuratrizes, Sondas e para mármore, granito, mármore, ardósia e
demolições e cortes de
rochas e concretos Acessórios para jazidas quartzito e ardósia aluguel
rochas e concretos
Matriz: R. Alice Terrayama, 99, Olhos D’Água, Belo Horizonte, MG, CEP: 30.390-090 - TeleFax: 31-3288-1320 - Email: gramac@prover.com.br
Como se usa a Fract-Ag ?

A Fract-Ag é um pó que, antes do uso, deve ser misturado com água na proporção de 30% em peso. Toma-se um
recipiente com capacidade suficiente, adiciona-se a quantidade de água necessária (1,5 litros para a embalagem
inteira de 5 kg) e depois, lentamente e sempre sob agitação, adiciona-se o pó, fazendo-se a mistura até alcançar uma
pasta cremosa, fluída e sem grumos (caroços); adiciona-se a pasta nos furos antecipadamente preparados dentro de
um intervalo de tempo de 5/15 minutos.
Os furos horizontais devem ser inclinados para que a Fract-Ag entre com facilidade. Os furos não devem ser
tapados e, somente em caso de chuva, devem ser cobertos com um material impermeável.
Não deve haver água dentro dos furos; em caso de grandes infiltrações, ou onde existirem fendas que não permitam
o enchimento do furo, aconselha-se a colocar dentro do furo um pequeno saco de PVC e, depois, encher este
último.
A distância entre furos varia em função do diâmetro dos mesmos (de Ø 32 mm a Ø 50 mm) e do tipo de material a
demolir ou a cortar.

Quem pode usar a Fract-Ag ?

Todos podem usa-la e em qualquer situação, pois a Fract-Ag é segura, silenciosa e absolutamente não perigosa, não
provoca arremessos de detritos, levantamento de poeiras, formações de gases ou qualquer tipo de vibração. Para
usar a Fract-Ag não é necessário nenhuma licença, como acontece, ao contrário, para o uso de explosivos. A ação
de demolição ou de corte da Fract-Ag pode ser interrompida a qualquer momento; basta retirar o produto inserido
no furo com uma nova perfuração do mesmo, diferenciando assim dos explosivos.

Informações várias a respeito da Fract-Ag

Não existe problemas particulares para a conservação da Fract-Ag desde que os recipientes não sejam violados e
que estes sejam conservados em lugares secos. Para a Fract-Ag, não existe problemas quanto as descargas elétricas
ou correntes estáticas.

Tipos de Fract-Ag comercializadas

São comercializadas 4 tipos de Fract-Ag:

A utilizar com temperatura menor que 5º C (<23º F);


A utilizar com temperatura entre os 5º e 20º C (23º e 68º F);
A utilizar com temperatura entre os 20º e 35º C (68º e 95º F);
A utilizar com temperatura entre os 35º e 50º C (95º e 122º F);

Normas de precauções para o uso da Fract-Ag.

Não aproxime o rosto dos furos nas primeiras 3 horas, pois existe a possibilidade (remota) da expulsão violenta de
poeiras se as condições de uso não tiverem sido respeitadas. Não coloque a Fract-Ag já misturada em recipientes
estreitos ou que tenham a boca mais estreita do que o fundo, não o coloque em recipientes de vidro tipo garrafas,
frascos, etc. Caso a Fract-Ag respingue nos olhos, lave-os imediatamente com água e procure um médico. A Fract-
Ag é um produto alcalino; seu pH é de aproximadamente 13.

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Observações para o uso da Fract-Ag

A distância ente os furos, para rochas e betão não armado deve ser de 40/80 cm e 20/30 cm para o betão armado,
variando em função do diâmetro do furo.
Para os furos com diâmetro menor, a distância deve ser menor (exemplo: Ø 32 = 30cm – Ø 35 = 40 cm – Ø 40 = 50
cm).
Para utilizar a Fract-Ag da melhor forma e para obter os resultados desejados, aconselha-se a efetuar alguns testes
antes de utiliza-la em grandes quantidades.
Os furos com diâmetros grandes e mais próximos aceleram os tempos de ruptura. Para o uso da Fract-Ag em
materiais muito absorventes, como o cimento, deve-se primeiro umedecer os furos antes de colocar a argamassa,
certificado-se de que não tenha permanecido água dentro do furo.
Consumo estimado de Fract-Ag – pó para 1ml de furo:

Ø 30 32 34 38 40 45 50
Kg. ml 1,1 1,3 1,5 1,8 2,0 2,6 3,0

Alguns Exemplos de
Perfuração

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Fract-Ag “ C ” (Cartuchos)
Descrição

A Fract-Ag “ C ” foi estudada para resolver uma série de problemas relativos ao uso da argamassa demolidora.
Atualmente existem no comércio 4 tipos de Fract-Ag “ C ”

Selo vermelho para temperaturas < 5º C;


Selo verde para temperaturas entre 5º C e 20º C;
Selo amarelo para temperaturas entre 20º C e 35º C;
Selo ouro para temperaturas entre 35º C e 50º C.

Vantagens

Não precisa de mistura e isso elimina a possibilidade de erros na quantidade de água, porque absorve sozinho
aquela necessária. Pode ser utilizado em qualquer posição sem atenções especiais (orifícios no teto e horizontais).
A reação é mais rápida, então destrói ou corta num menor tempo.

Embalagens

Ø 28 x 22 cm contendo 200 gramas de Fract-Ag, para utilizar em orifícios de Ø 32 / 34, embaladas em caixas
contendo 100 cartuchos, úteis para aproximadamente 14 / 16 ml. de furos.

Uso

Abrir a embalagem selada contendo os cartuchos só pouco antes do uso. Mergulhar os cartuchos que deverão ser
usados num recipiente contendo água limpa na temperatura exigida (veja o tipo da Fract-Ag escolhida) por
aproximadamente 2 a 3 minutos. Introduzir os cartuchos molhados no orifícios, um por vez, constipando-os com
um bastão de modo que os faça aderir perfeitamente nas paredes; chegando no último cartucho, se este vazar, é
possível retirá-lo, pegar com as duas mãos, dividindo-o em duas partes, as quais serão usadas para completar o
enchimento de 2 orifícios.

Exploração de minas de mármores com “argamassa expansiva” Fract-Ag

A lavra pode ser feita em planos ou em degraus.

Sistema por planos

Além dos equipamentos normais para a movimentação dos blocos, este sistema necessita de:
A) Instalação de serra helicoidal ou diamantada para o corte de base para o plano. O corte poderá ser das
dimensões desejadas quer como superfície, quer como altura.
B) Compressor com respectivo perfurador e brocas de diâmetro 28/30/32/34 mm.
C) Máquinas para ensaio de sondagem ou outro sistema para o posicionamento da serra para o corte da base.

O Seccionamento dos blocos é feito por meio da execução de furos em toda a altura do bloco até encontrar o corte,
com uma distância entre os furos de cerca de 20 cm. Nos furos, introduz-se uma pequena quantidade de papel
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molhado, que deverá ser empurrado até o fundo com um bastão ou com a própria ponta da broca, afim de impedir
que a massa saia pelo corte. Os furos alternados, um sim e um não (depois de alguns testes, poderão ser dois vazios
e um cheio), são enchidos com a massa expansiva Fract-Ag depois que esta foi misturada com a quantidade de água
correta.
Nesta altura, será necessário esperar 6 a 12 horas para que o bloco se destaque. A força de impulsão é constante e
uniforme em toda a altura do bloco; portanto, mesmo se defeituoso, este será impulsionado sem rachaduras
estranhas.

Sistema de degraus com serra

Para além dos equipamentos normais de movimentação de blocos, este sistema necessita de:
A) Serra de corrente (lâmina de 150 ou 300 cm) para destacar o degrau da base.
B) Compressor com respectivo perfurador e brocas de diâmetro 28/30/32/34 mm.

Faz-se o seccionamento dos blocos e todas as outras operações como indicado para o sistema de planos.

Sistema de degraus com Fract-Ag – “ C ”

Para além dos equipamentos normais de movimentação de blocos, este sistema, o mais econômico, necessita de:
A) Compressor com respectivo perfurador e brocas de diâmetro 28/30/32/34 mm.

O seccionamento dos blocos é feito da mesma maneira dos sistema descritos anteriormente, enquanto para o
destaque da base, faz-se furos horizontais da profundidade necessária, afastados entre si de 10 cm, e enche-se os
mesmos com cartuchos de Fract-Ag – “ C ”.
Estes furos horizontais também podem ser enchidos alternadamente, um sim e um não, dependendo da resistência
do material que deverá ser extraído.

ASSISTÊNCIA: “ASSISTÊNCIA TÉCNICA BRASIL”


GRAN - MAC BRASIL / CO.FI.PLAST BRASIL LTDA
Rua Alice Terrayama 99, B. Olhos D’gua
Belo Horizonte - MG - Brasil - Cep 30.390 - 090
Telefone: (31) 3288-1320
Fax: (31) 3288-1230
E-Mail: gramac@prover.com.br

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(Nuevo Plasma)
Sistema para quebrar rocas utilizando la Cápsula
“Una revolución en el rompimiento de rocas
macizas con baja vibración”

La cápsula es una sustancia nueva que marca un hito en el quebrantamiento


de rocas. Con un permiso formal para su fabricación, no requiere de
permisos para su manipulación, transporte o almacenamiento por parte de las
autoridades responsables por la regulación de los explosivos.

Poca vibración – Fácil manipulación!


Poco ruido – Grata manipulación!
Pocas esquirlas (partículas de rocas) – Segura
manipulación!
Sin esfuerzo quiebra concreto y rocas.
Una sustancia no explosiva segura de usar.
Comparación entre los métodos para quebrar rocas
Método para quebrar
Método de Explosión Método para quebrar rocas
Descripción rocas por Presión
Controlada Plasma
hidráulica
Principios Utiliza la fuerza expansiva Utiliza la presión Utiliza la fuerza expansiva de los
de los gases. hidráulica sólidos.
(Oxido de nitrógeno (Mezcla metálica inorgánica de
orgánico) expansión rápida)
Activación Detonador Presión hidráulica Chispa de alto voltaje
por
Seguridad ○ Sensible al ○ En caso de quebrar ○ A salvo del calor, choques y
calentamiento, golpes y rocas duras, la posibilidad fricción
fricción. de que la manguera ○ No se puede usar para otros
○ Puede usarse con reviente debido a la propósitos malévolos que no sean
propósitos malévolos presión hidráulica es el quebrantamiento de rocas y
diferentes a los que se ha grande. concreto
destinado por su diseño
Impacto ○ se generan vibraciones, ○ No se generan ○ Muy pocas vibraciones, ruidos
ambiental esquirlas de roca y ruido vibraciones, esquirlas de y esquirlas de roca
○ Cuando la explosión roca ni ruido. ○ Cuando se enciende al aire
ocurre al aire libre ○ Los equipos libre, no se ocasiona ningún daño
ocasiona un impacto perforadores generan directo ya que no hay un estallido
directo en el ambiente ruidos intensos sino una combustión
circundante. ○ Pocas quejas ○ Pocas quejas generalizadas
○ Propensa a provocar generalizadas o cero gas toxico
quejas generalizadas.
Comparación entre los métodos para quebrar rocas

Habilidades ○ Los explosivos pueden ○ Los preparativos para ○ La manipulación no requiere de


requeridas ser manipulados quebrar las rocas son un técnico licenciado
únicamente por un difíciles debido al peso ○ La ignición por pequeñas
técnico licenciado en el del vástago quebrador. corrientes es imposible
manejo de éstos
○ Pueden ocurrir
accidentes fatales debido
a explosiones
ocasionadas por
pequeñas corrientes en el
detonador
Eficiencia ○ Dificultosa para ○ Es posible trabajar ○ Es posible trabajar cerca de
laboral y trabajar cerca de cerca de edificaciones edificaciones
económica edificaciones ○ Baja eficiencia laboral ○ Es posible organizar un
○ Es posible organizar en rocas duras y quebrantamiento planificado
un quebrantamiento erosionadas ○ Capacidad diaria de: 200-
planificado. ○ Baja velocidad de las 500m3
○ Capacidad diaria de: obras debido a la
200-500m3 perforación de grandes
hoyos
○ Capacidad diaria de
quebrantamiento: 30-60㎥
Conclusiones ○ Optima eficiencia ○ Como no hay ruido, ○ Poco ruido, vibraciones y
laboral y económica. Sin esquirlas de rocas o esquirlas.
embargo, es de esperar vibración, la seguridad es Optima seguridad en la
quejas generalizadas y óptima. Sin embargo, la manipulación.
una disminución del ritmo eficiencia laboral y Pueden prevenirse las quejas
laboral cuando se trabaja económica es muy pobre. generales en comparación con el
cerca de edificaciones. Método de Explosiones
Controladas
La eficiencia laboral y económica
es mejor que en el Método por
Presión Hidráulica.
Principio básico

1. Nombre del método explosivo: Método para quebrar rocas REM (Mezcla
Metálica de Expansión Rápida)
2. Nombre químico de la mezcla: Mezcla Metálica de Expansión Rápida
3. Nombre del Producto:
4. Principio de la Reacción Química
La cual está compuesta de metal y sal metálica, comienza una reacción
termoquímica ocasionada por la energía de una chispa eléctrica de alto
voltaje en un espacio restringido. En este momento, se generan rápidamente
súper elevadas temperaturas y energía expansiva térmica por la gran
elevación de la presión. Si se asegura un espacio para la expansión debida
a la reacción térmica expansiva anteriormente mencionada, la energía
expansiva se reduce abruptamente y se pierde. Entonces, la reacción
exotérmica no puede ocurrir.
5. Características Técnicas

① Energía requerida para la reacción: Ya que la cápsula es una sustancia


muy estable, lo que se utiliza es la energía de una chispa eléctrica de
alto voltaje, la cual se obtiene de la energía de descarga instantánea de
una corriente de alto voltaje.

② Ya que la cápsula reacciona ante altas temperaturas y presiones, la


sustancia en sí es muy estable. A diferencia de la expansión de los
gases en la reacción de sustancias orgánicas tales como explosivos, la
cápsula experimenta la reacción de expansión de sólidos de metal
inorgánico. Por lo tanto, ya que la energía se reduce rápidamente, la
presión inicial de expansión es elevada. Sin embargo, como el campo
que es influido por la expansión es pequeño, el sonido tronante y la
vibraciones ocasionadas por la ionización son pequeños y la cantidad de
esquirlas de roca es sumamente reducida.
6. Gráfico del cambio de la Presión Expansiva de la Cápsula y de Explosivos
Generales

Cápsula C.S.KIM
Presión expansiva (atm)
※ Explicación de las características del gráfico de cambio de la presión
expansiva.

① En el diagrama anterior, la presión inicial límite máxima de los explosivos


generales es aproximadamente 5,000atm. El gráfico muestra que al
mantener 10atm contra un espacio expansivo más de 500 veces mayor
que el volumen de la muestra, se generan continuamente vibraciones,
esquirlas de rocas y ruido a lo largo de todo este gran espacio, por la
difusión del gas estallado después de quebrado el objetivo deseado.

② La cápsula genera presiones súper elevadas, con una presión máxima


inicial mayor que 20,000atm. Esta presión se reduce rápidamente a la vez
que rompe el objetivo deseado. Esto indica que la generación de
vibraciones, esquirlas de rocas y ruido puede minimizarse
 Es un producto No Explosivo, que trabaja confinado, dentro de una
perforación con diámetros de:
 Cartucho plástico de 30mm (serie 200-300) y 40mm (serien 400-600).
 Granel en bolsas de 2.5, 3.0, y 5.5 pulgadas de diámetro.
 Genera una presión de expansión de 20.000 atm.
 Vibración (5m) ≤ 0.5 cm/sec (kine)
 Vibración (10m) ≤ 0.1 cm/sec (kine)
 Ruido (5m) 86db
 Ruido (10m) 80db
 Frecuencia de Vibración 400 ~ 500 Hz
 Distancia en que desaparece la vibración < 10 m
 Producción de Gas < 5%, pequeña cantidad de aire (n2, O2)
 Efecto ambiental buena compatibilidad ambiental debido a la baja
vibración, proyección y ruido son muy bajos, no se producen gases
tóxicos.
 Seguridad Rxn Temperatura bajo de 1000ºC, Rxn Presión sobre 5.000
atm.
< Antes del trabajo >
< Perforación >
< Carga de la Capsula en la perforación >
< La roca después del trabajo de fractura >
< Roca fracturada removida por maquina >
< Roca fracturada después del trabajo >
< Hormigón armado fracturado por la Capsula >
< Hormigón fracturado por la Capsula >

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