Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EXPLOSIVOS
EXPLOSIVOS
- Procedimentos Executivos de Manuseio, Transporte e Utilização
de Explosivos e Acessórios de detonação.
- Anexos Importantes
Engenharia de Explosivos e Vibrações
PROCEDIMENTOS
EXECUTIVOS DE
MANUSEIO,TRANSPORTE E
UTILIZAÇÃO DE EXPLOSIVOS
E ACESSÓRIOS DE
DETONAÇÃO
Engenharia de Explosivos e Vibrações
PRIMEIRA PARTE
PROCEDIMENTOS GERAIS
1 – OBJETIVO
2 – APLICAÇÃO
3 – RESPONSABILIDADES
4 – DESCRICAO DO PROCEDIMENTO
5 – MANUSEIO DE EXPLOSIVOS
6 – DEPÓSITOS
7 – PLANO DE DESMONTE
8 – REFERÊNCIAS
1
Engenharia de Explosivos e Vibrações
1 – OBJETIVO
2 – APLICAÇÃO
Este procedimento se aplica nos serviços de projeto e execução das escavações em rochas
na obra da ............................................................ em .....................................................
3 – RESPONSABILIDADES
4 – DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
A fiscalização dos produtos controlados será feita pelo Eng. Responsável .....................
..................................... e pelos órgãos externos competentes, visando a manutenção da
segurança interna e a tranqüilidade pública, em obediência integral a todas as leis Federais,
Municipais e Estaduais que não colidam com o preceito no inciso VII do art. 8 º da Constituição da
República Federativa do Brasil e as normas do Decreto nº 24602.
2
Engenharia de Explosivos e Vibrações
4.1 – PESSOAL
4.2 – MATERIAIS
Explosivos encartuchados;
Explosivos Granulados;
Conjunto de Estopim / Espoletas (1,20 m – com tempo de dois minutos e trinta
segundos);
Cordel Detonante NP10 e NP 05.
Espoletas tipo Tubo de Choque – Linha silênciosa.
4.3 – EQUIPAMENTOS
Carreta de perfuração;
Compressor Pneumatic 760 PCM;
Caminhonete 4x4;
Caminhão Paiol – Transporte de Explosivos e Acessórios (Paiol Móvel).
Nome do fabricante;
Nome do produto;
Peso líquido;
3
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Validade do produto;
Data de fabricação;
Indicações de perigo conforme normas da ONU.
5 – MANUSEIO DE EXPLOSIVOS
4
Engenharia de Explosivos e Vibrações
5
Engenharia de Explosivos e Vibrações
6 – DEPÓSITO
Será proibido fumar ou praticar ato suscetível de produzir fogo no paiol móvel de
explosivos, bem como é proibido guardar quaisquer materiais combustíveis ou inflamáveis em
locais próximos ao veículo. A iluminação à noite deve ser feita com luz indireta, por meio de
refletores suspensos em pontos convenientes, fora ou a distâncias seguras caso ocorra descarga
elétrica.
6
Engenharia de Explosivos e Vibrações
O veículo que funcionará como paiol móvel será equipado com aparelhos de segurança
contra possíveis incêndios, sendo os mesmos de manejo rápido e eficientes, dispondo de meios
de combate a fogo, com água em quantidade e com pressão suficiente aos fins a que se destina.
Manter a área onde o paiol móvel estiver estacionado devidamente isolado e constar placas
de sinalização contando os dizeres: “PROIBIDO FUMAR” e “ CUIDADO EXPLOSIVOS”, que
possam ser visualizadas por todos que tenham acesso.
O terreno em que o veículo a que será utilizado como paiol móvel será estacionado deverá
ser devidamente sinalizado e isolado adequadamente em todo o seu perímetro a fim de evitar que
pessoas não autorizadas permaneçam na área de segurança possibilitando o regime de ordem
interna, indispensável à segurança das instalações.
O paiol móvel deve ser acessível aos meios comuns de transporte e identificação, quanto a:
Indicação de área;
Finalidade do mesmo;
Quantidade e espécie de produtos armazenados.
A altura máxima de empilhamento será de 2,00 m, com distância mínima de 0,70 m do teto.
Os explosivos serão armazenados em separados dos acessórios, para isto o paiol móvel será
dotado de caixa especial para transporte e armazenamento, conforme norma do Ministério do
Exército.
Os lotes de produtos serão controlados para que não ocorra de nenhum produto tenha sua
data de validade vencida.
7
Engenharia de Explosivos e Vibrações
7 – PLANO DE DESMONTE
Materiais utilizados:
Explosivos Encartuchados e Granulado;
Cordel Detonante;
Conjunto Estopim / Espoleta;
Espoletas Simples e de Retardo
Plano de desmonte:
Malha de perfuração;
Afastamento – ......... m;
Espaçamento – ........ m;
Consumo de Produtos por furo;
Explosivo Encartuchado ........ x ........ – ......... Kg;
Explosivo Granulado – ............. Kg;
Cordel Detonante NP 10 e NP-05 – no furo e na superfície;
Metragem Perfurada – ....... m por furo em média;
Amarração a ser utilizada será ........... furos com a utilização de
retardos de .......... ms, portanto, ........... kg por espera;
Razão de carga por metro cúbico de rocha desmontada, que deverá
ser estipulada de acordo com as normas vigentes devendo ser
tomada como padrão aquela estipulada pelo seviço de sismografia
contratada para a obra.
Segurança:
Serão utilizados equipamentos de segurança individuais e coletivos
devidamente aprovados pelo INMETRO e órgãos competentes;
8
Engenharia de Explosivos e Vibrações
8 – REFERËNCIAS
9
Engenharia de Explosivos e Vibrações
SEGUNDA PARTE
SEGURANÇA E MANUSEIO COM EXPLOSIVOS
1 – PLANO DE FOGO
2 – CARREGAMENTO
4 – ISOLAMENTOS DA ÁREA
6 – PLANO DE EMERGËNCIA
8 - ESCLARECIMENTOS GERAIS
10
Engenharia de Explosivos e Vibrações
1 – PLANO DE FOGO
11
Engenharia de Explosivos e Vibrações
SISTEMAS DE INICIAÇÃO
1.09 – Os sistemas de iniciação devem sempre ser compatíveis com o explosivo utilizado.
1.10 – Quando utilizar retardos não elétricos no furo, o tempo, de retardo das espoletas
deve ser o maior possível, a fim de permitir que o maior número de espoletas estejam
ativadas.
1.11 – O uso de dois pontos de iniciação em cada coluna de explosivos é recomendado,
visto que é possível uma interrupção na carga.
1.12 – Onde existir o risco de cortes, todo sistema de iniciação não elétrico na superfície
deve ser redundante ou com dois caminhos de detonação.
1.13 – Iniciadores de iniciação devem ser aqueles indicados pelo Assistente Técnico como
o mínimo a ser utilizado.
PRODUTOS
1.14 – Explosivos só devem ser utilizados sob as condições para as quais foi destinado.
Considerações sobre temperatura, sensibilidade a iniciação, resistência à água e pressão
hidrostática, etc., devem ser feitas quando se escolhe o explosivo. Princípios de aplicação
apropriados devem ser considerados primeiramente ao invés de custos, para situações
específicas.
1.15 – A equipe de carregamento deve constantemente inspecionar os produtos para
localizar danos, vazamentos ou anormalidades antes do carregamento. Nunca utilize um
produto suspeito.
1.16 - Leve sempre uma quantidade maior de explosivo para prevenir–se de circunstancias
imprevistas, tais como maior número de furos, etc.
1.17 – O planejamento de uma detonação deve prever o tempo disponível para as
atividades detonação, número e experiência dos cabos de fogo e ajudantes. Sempre
permita um tempo extra para imprevistos.
1.18 – Toda máquina detonadora deve ser revisada periodicamente por pessoa qualificada
e os registros devem ser comunicados ao Supervisor.
1.19 – Toda máquina detonadora deverá ser testada pelo encarregado antes da detonação.
1.20 – Toda máquina detonadora com mau funcionamento deve ter uma placa “FORA DE
SERVIÇO” e reparada imediatamente.
1.21 – Todo galvanomêtro e multímetro utilizado nas detonações devem ser testado e
ajustado periodicamente. Os equipamentos com mau funcionamento devem ter uma placa
“FORA DE SERVIÇO” e serem reparados imediatamente.
12
Engenharia de Explosivos e Vibrações
1.22 – Quando possível, deve ter uma boa coordenação entre o encarregado da detonação
e a equipe de perfuração.
1.23 – Deve–se consultar a previsão do tempo antes do início das atividades de
carregamento.
1.24 – A área de detonação deve ser evacuada se uma tempestade elétrica se aproximar
durante o tempo que o explosivo estiver no local de carregamento.
2 – CARREGAMENTO
- Capacetes;
- Botas;
- Óculos de segurança quando utilizando explosivo bombeado.
- Luvas;
- Protetores auriculares;
- Botas de borracha de cano alto;
- Capas de chuva;
- Cinto de segurança.
2.02 – A equipe de detonação deve ter disponível todas as ferramentas necessárias para
manusear explosivos com segurança. A seguir uma lista de sugestões:
2.03 – O encarregado reunirá a equipe para uma reunião de segurança antes do início do
carregamento, falando os seguintes tópicos:
- Identificar o encarregado;
- Revisão da previsão do tempo;
- Breve descrição dos parâmetros do carregamento. 13
Engenharia de Explosivos e Vibrações
2.04 – O local a ser carregado deve ser revisto pelo encarregado e o pessoal do
carregamento antes do início das atividades, com ênfase em:
2.05 - Relâmpagos e raios são causas potenciais de ignição prematura para qualquer
sistema de iniciação e produtos explosivos.
2.06 – Todo funcionário novo ou sem experiência deve trabalhar sob a supervisão direta do
encarregado.
2.07 – É recomendado que todo material explosivo levado ao campo, seja inventariado e
conferido quando retornar aos paióis o excedente. Isto evitará desvio de material.
2.08 – A escorva deve ser feita somente no momento do carregamento.
2.09 – Coloque pelo menos mais uma escorva na coluna, próximo ao tampão. Somente um
iniciador não é recomendado.
2.10 – Nunca solte um cartucho rígido de explosivo sobre um iniciador. O primeiro cartucho
deve ser colocado cuidadosamente.
2.11 – A coluna de explosivo deve ter seu carregamento cuidadosamente acompanhado
para assegurar que a quantidade exata de explosivo será utilizada.
2.12 – Nunca preencha as eventuais cavernas com explosivos. Preencha com material
inerte e escorve novamente o furo acima da caverna.
2.13 – Escorve novamente o furo se houver suspeita de interrupção de carga.
2.14 – Escorve novamente o furo se houver suspeita de danos ao sistema de iniciação.
2.15 – Quando for necessário movimentar veículos perto da área sendo carregada, o
encarregado deve acompanhar o movimento. Extremo cuidado deve ser tomado para
não danificar explosivos encartuchados, fios, tubos, de choque ou cordel detonante
por pessoas ou equipamentos.
2.16 – O motorista de qualquer veículo de carregamento de explosivo deve sinalizar
qualquer movimento do veículo. Alarme de marcha à ré deve ser instalado em todo
veículo de transporte de explosivo.
14
Engenharia de Explosivos e Vibrações
2.23 – Nunca perfure um furo próximo a outro já carregado, quando existir a possibilidade
de intercessão.
2.24 – Toda equipe de carregamento deve auxiliar o encarregado a evacuar a área
carregada, isolando–a no caso de aproximação de uma tempestade ou condição
adversa.
3.01 – O iniciador não elétrico ou máquina detonadora deve ser matinda em área segura
até imediatamente antes do momento de uso.
3.02 – O encarregado ou alguém designado por ele, que seja qualificado, irá proceder a
ligação do sistema de iniciação.
3.03 – todos não envolvidos na ligação do sistema de iniciação devem ficar fora da área
durante a operação.
3.04 – Utilize comprimentos de fios ou tubos de choque suficientes para permitir uma
ligação segura.
3.05 – Nunca inicie as ligações antes que todos os furos estejam carregados e tamponados.
3.06 - Depois da operação de carregamento completada, o encarregado deve conferir e
reconferir todas as ligações.
15
Engenharia de Explosivos e Vibrações
3.07 - Toda conexão elétrica deve ser isolada do solo com fita isolante ou outro método
apropriado.
3.08 - Quando detonado eletricamente, nunca exceda a capacidade da máquina
detonadora ou fonte de energia.
4 – ISOLAMENTO DA ÁREA
4.01 – O encarregado deve sugerir que toda a equipe e o pessoal da mina faça uma revisão
do isolamento da área e do plano de emergência. Este plano deverá conter:
16
Engenharia de Explosivos e Vibrações
4.02 – O refúgio para o cabo de fogo deve estar localizado fora do alcance de um ultra
lançamento. O Responsável Técnico e o cabo de fogo são as únicas pessoas autorizadas a
permanecerem na área de isolamento. As posições mais favoráveis são:
4.03 – A proteção para o cabo de fogo deve ser bem feita. Carros, caminhonetes,
caminhões ou outro veículo não são apropriados para proteção.
Refúgio com teto e pelo menos três lados fechados deve ser
fornecido. A entrada do refúgio deve suportar o impacto de uma
rocha pesada vinda do fogo.
4.04 – O cabo de fogo deve se comunicar com o encarregado, com o responsável pelo
isolamento e com os guardas para conferir a situação do isolamento antes de insira a
detonação.
4.05 – Todas as pessoas responsáveis pela guarda da área isolada devem ser treinadas
para suas funções.
4.07 – É recomendado que os guardas usem roupas fluorescentes, bandeirolas, avisos e
rádio.
4.08 – O cabo de fogo deve observar, de sua posição, toda área isolada antes de iniciar a
detonação.
4.09 – Para aumentar a segurança da área de isolamento, criar posto de observação com
contato via rádio com o cabo de fogo.
4.10 – O cabo de fogo deve resistir à tentação de observar a detonação.
5.01 – Esperar pelo menos 30 minutos após uma falha de iniciação elétrica ou não elétrica.
O isolamento área deve ser mantido durante o tempo de espera.
5.02 – O cabo de fogo deve:
17
Engenharia de Explosivos e Vibrações
5.03 – Uma completa inspeção deve ser feita para avaliar o sucesso da re–detonação .
5.04 – Todo explosivo não detonado deve ser recuperado e destruído de maneira
apropriada.
5.05 – Se houver suspeita de explosivo falhado na pilha de fragmentos, o supervisor de
operação deve ser comunicado e alertado.
5.06 – Um plano para recuperação de explosivos falhados deve ser elaborado e
comunicados aos responsáveis.
5.07 – Antes de re-detonar o fogo, aumentar a área de isolamento para o caso da re-
detonação provocar um ultralançamento.
6 – PLANO DE EMERGÊNCIA
6.01 – É recomendado que pelo menos um membro da equipe de detonação seja treinado
em procedimentos de primeiros socorros.
6.02 – Uma lista de procedimentos de emergência deve estar disponível para a equipe no
caso de emergência médica.
6.03 – Toda operação deve desenvolver um procedimento de notificação para contato com
supervisores e familiares em caso de emergência.
Daremos aqui algumas noções de desmontes realizados com o objetivo de se obter faces
as mais planas e estáveis normalmente empregados como acabamento de taludes finais de
mineração ou obras civis, ou ainda no controle de vibrações.
A resistência mecânica das rochas que compõem estas faces é fator determinante da
qualidade final das faces geradas. Rochas muito fraturadas ou pouco consistentes dificilmente
fornecem superfícies de desmonte regulares. Já rochas maciças ou formações sedimentares
horizontalizadas e pouco deformadas fornecem belos planos de acabamento.
8 - ESCLARECIMENTOS GERAIS
1 – Usaremos material tipo brita 01 para tamponar os furos após serem carregados com os
explosivos.
2 – Adotaremos 1,50 m como comprimento mínimo de tampão a ser realizado nas
perfurações. A variação para maior deverá ocorrer de acordo com as necessidades encontradas
no campo.
4 - O transporte e armazenamento dos explosivos e acessórios será realizado com a
utilização de caminhão da transportadora Transnondas Ltda, empresa devidamente habilitada pelo
Ministério do Exército.
6 – Será adotado sinalização sonora (sirene) antes das detonações devendo ser usado o
seguinte critério:
- 01 toque longo quando estiver evacuando a área de segurança;
- 02 toques longo após a equipe de segurança ter autorizado a iniciação da
detonação;
19
Engenharia de Explosivos e Vibrações
20
Engenharia de Explosivos e Vibrações
MANUAL BÁSICO DE
UTILIZAÇÃO
DE EXPLOSIVOS
Engenharia de Explosivos e Vibrações
MANUAL BÁSICO
DE UTILIZAÇÃO
DE EXPLOSIVOS
Engenharia de Explosivos e Vibrações
– Conceito
O conceito a céu aberto corresponde ao conjunto de operações que se verificam na superfície, com
a finalidade de lavrar uma pedreira (rochas) ou mina (minerais metálicos ou não metálicos).
- Desmonte em Bancadas
É o método mais utilizado em detonações a céu aberto, aplicável tanto á mineração quanto aos
ramos da construção civil:
Terminologia
Carga de Fundo: é uma carga reforçada, necessária no fundo do furo onde a rocha é mais
presa;
Carga de Coluna: é a carga acima a de fundo: não precisa ser tão concentrada quanto a de
fundo já que a rocha desta região não é tão presa;
Tampão: parte superior do furo que não é carregado com explosivos, mas sim com terra,
pedrisco (mais aconselhável) ou outro material socado cuidadosamente que tem a finalidade de evitar
que os gases provenientes da detonação escapem pela boca do furo, diminuindo a ação do explosivo;
Legenda
(T) Tampão
( A) Afastamento
(E) Espaçamento
Detonação Secundária
A detonação secundária corresponde à operação de desmonte realizada, normalmente, logo após a
detonação principal, visando a fragmentação dos grandes blocos ou “matacos” que apareceram devido
à formação irregular das rochas. Tem por objetivo facilitar a remoção do material detonado e sua
introdução no britador. O Desmonte do repé recebe também a denominação de detonação secundária,
quer seja feito separadamente, quer seja detonado juntamente com o fogo principal.
Bloco Perfurado
Neste método perfura–se o bloco geralmente com um martelete pneumático manual, e carrega-se
o furo com carga suficiente para produzir a fragmentação desejada.
A utilização de espoleta comum e estopim é, provavelmente mais barata, mas envolve certos
riscos, entre os quais, a tendência dos homens demorarem na área do fogo, antes de procurar abrigo.
João de Barro
Neste método, o explosivo em quantidade suficiente para romper o “mataco”, deve ser
posicionado na superfície do bloco. Quando detonado o explosivo é emitida uma onda de
choque, que resulta na ruptura do “mataco”.
“Buraco de Cobra”
Utilizado quando o macacão se encontra principalmente enterrado. É feito um furo junto ao
“mataco”, com tamanho suficiente para a inserção do explosivo, de tal forma que o mesmo fique em
contato com o bloco. O cartucho escorva deve ser o último a ser introduzido, completando o
preenchimento do furo com um tampão de terra muito bem socado. A carga é de ordem de um a dois
cartuchos de 1 “x 8”, para cada 30cm de espessura do “mataco”, medido entre a carga e o ponto
oposto a ela.
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Fogo de Repé
Algumas vezes em função de deficiências da detonação primária, o arranque da rocha no nível da
praça não se dá por completo originando assim algumas saliências também chamadas “peitos” que
necessitam ser removidos por detonação posterior, denominado Fogo de Repé. Para a detonação de
repé utilizam–se marteletes de 1”, com furos que ultrapassem 0,30 m o nível da praça e malha
quadrada de perfuração, com afastamento de no máximo 80% do comprimento do furo.
Escavações de Valas
É muito freqüente nas obras rodoviárias, a necessidade de escavar valas em rocha para a
implantação de drenagem profunda nos cortes. Outros serviços de engenharia civil poderão exigir a
escavação de valas em rocha, como, por exemplo, a construção de adutoras de água potável, coletoras
de esgoto, etc.
Em se tratando de valas estreitas, isto é, com até 1 m de largura no fundo, duas linhas de furos
paralelas distantes de 0,15 a 0,30 m das bordas das paredes laterais da vala, são suficientes. Essas
perfurações poderão estar dispostas uma em frente à outra ou alternadas, ou ainda, inclinadas em
direção à face livre da vala.
As perfurações deverão prolongar–se de 0,30 a 0,50 m abaixo do nível do fundo da vala. Em casos
de rochas muito duras pode–se utilizar sub-furação maior, de até 0,90 m. São geralmente obtidos bons
resultados com dinamites de força 40% e gelatinas com força de 40% a 60%, ambos os casos
possuindo parte de nitrato de amônia na composição. A razão de carregamento é alta e situa – se entre
3
0,500 Kg/m . E 2,00 Kg/m , dependendo das condições da rocha. No quadro fornecemos alguns
valores para o estabelecimento da malha de fogo inicial.
Profundidade da Vala (m) Profundidade do Furo (m) Valor máximo do afastamento (m)
O diâmetro das perfurações é de 7/8”(22mm) para as perfuratrizes manuais, nas montadas sobre
1 1
carreta ou trator devem ser de 1 / ” a 2 / ”. Existe no mercado um equipamento dotado de duas
2 2
perfuratrizes e dois mastros de avanço montados sobre um trator de esteiras, que permite a perfuração
simultânea de dois furos, sendo de grande utilidade no desmonte de valas. As articulações dos braços
aos mastros de avanço possibilitam executar os furos necessários ao desmonte concluído.
Segurança
Visando um maior desenvolvimento tecnológico no setor de Segurança com Explosivos, passamos a
discorrer sobre as operações a serem executadas nos trabalhos com explosivos, sejam eles desmontes
de rochas, transportes, etc.
Plano de Fogo
Um plano de fogo deve ser simples, mas completo, devido ao risco de erro. Um profundo
conhecimento e entendimento dos requisitos de um fogo são essenciais para a segurança e o sucesso
deste plano. Se o Blaster não for experiente, um assistente técnico deve ser consultado.
Quando se projetam detonações com alta Razão de Carregamento, deve ser conhecido o risco de
ultralançamento e tomadas às ações de controle.
Os explosivos só devem ser utilizados sob as condições para as quais foram destinados
(temperatura, sensibilidade à iniciação, resistência à água e pressão hidrostática, etc.).
Planejamento
Nele prevemos o tempo disponível para as atividades de detonação, número e experiência dos
cabos de fogo e ajudantes, e imprevistos com um tempo extra.
Quando possível, deve–se ter uma boa coordenação entre o encarregado da detonação e a equipe
de perfuração.
A área de detonação deve ser evacuada se uma tempestade elétrica se aproximar durante o tempo
que o explosivo estiver no local do carregamento.
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Carregamento
Quanto ao carregamento a equipe deve estar com os EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual)
corretos, tais como:
• Capacete,
• Protetor Auricular,
• Óculos de segurança,
• Cinto de segurança,
• Luvas,
• Capa,
• Corda.
A equipe de detonação deve ter à sua disposição todas as ferramentas necessárias para manusear
explosivos com segurança. A seguir uma lista de sugestões:
O encarregado deve reunir a equipe para discutir sobre segurança antes do início do carregamento,
abordando sobre os seguintes tópicos:
• Identificar o encarregado;
• Delegar responsabilidades;
O local a ser carregado deve ser revisto pelo encarregado e o pessoal do carregamento, enfatizando
os seguintes itens:
Relâmpagos e raios são causas potenciais de ignição prematura para qualquer sistema de iniciação
e produtos explosivos.
Todo funcionário novo, ou sem experiência deve trabalhar sob a supervisão direta do encarregado.
Todos os funcionários não envolvidos na ligação do sistema devem ficar de fora da área durante a
operação e nunca assistindo a mesma.
Isolamento da Área
O encarregado deve sugerir que toda a equipe e o pessoal da mina façam revisão do isolamento da
área e do plano de emergência. Neste plano devemos:
Designar os pontos de guarda e assegurar que todos os guardas saibam onde é seu posto,
descrevendo suas autoridades;
Engenharia de Explosivos e Vibrações
2. Detonação;
3. Liberação da área.
A proteção para o cabo de fogo deve ser bem feita. Carros, caminhonetes, caminhões ou outro
veículo não são apropriados para proteção. O refúgio deve ter pelo menos: telhado e três lados
fechados, com entrada ao fogo; deve suportar o impacto de uma rocha pesada vinda do fogo (deve ser
feito em locais onde se permita a construção – pedreiras ou mineradoras).
O cabo de fogo deve se comunicar com o encarregado, com o responsável pelo isolamento e com
os guardas para conferir a situação do isolamento antes de iniciar a detonação, a qual deve ser
efetuada preferencialmente no final do expediente.
Todas as pessoas responsáveis pela guarda da área isolada devem ser treinadas para suas funções.
O cabo de fogo deve observar de sua posição, toda a área isolada antes de iniciar a detonação.
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Para aumentar a segurança da área de isolamento, criar postos de observação com contato via
rádio com o cabo de fogo.
b) nas minerações subterrâneas, o retorno à área de fogo poderá ser abreviado por:
- ventilação adequada;
c) o tempo de espera para a área de fogo depende se a detonação foi feita a céu aberto, ou em
subsolo.
Aspectos Legais
A atividade mineradora encontra – se associada ao uso de explosivos industriais objetivando a
desagregação do material rochoso para aproveitamento comercial ou a simples remoção para alguma
obra de engenharia.
O manuseio do explosivo desde a sua estocagem, o transporte, carregamento e detonação
implicam em grandes ricos, conseqüentes da alta periculosidade de que são providos.
Estes riscos são representados pelos danos físicos ou materiais que podem ocasionar a terceiros, os
quais ao verem–se prejudicados recorrerão com predominância a um órgão policial e, posteriormente, a
uma ação indenizatória (civil).
Normalmente, a ação penal recairá sobre o responsável técnico (engenheiro e Blaster) e a ação civil
no contratante (em geral, a empresa); assim, cumpre destacar a responsabilidade penal do engenheiro
ou Blaster, pois, o mesmo será incurso no crime de natureza culposa caracterizado por negligência,
imprudência ou imperícia.
Com isto, e em havendo um inquérito policial, poderão se requerer provas técnicas ou periciais que
materializem o fato delituoso; neste momento, surge o perito, profissional com conhecimentos, isenção
e habilitado a buscar vestígios do fato e relacioná–los sempre sob a ótica científica, procurando buscar
a verdade irrefutável.
Registros
Art. 40 – As pessoas físicas ou jurídicas, registradas ou não, que operem com produtos
controlados pelo Exército, estão sujeitas à fiscalização, ao controle e as penalidades previstas neste
Regulamento e na legislação complementar em vigor.
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Art. 41 – O Registro será formalizado pela emissão do TR ou CR, que terá validade fixada em
até três anos, a contar da data de sua concessão ou revalidação, podendo ser renovado a critério da
autoridade competente, por iniciativa do interessado.
Art. 44 – O Registro somente dará direito ao que nele estiver consignado e só poderá ser
cancelado pela autoridade militar que o concedeu.
Aspectos Ambientais
A lei 6938 que estabelece a política nacional de meio ambiente foi promulgada em 1981.
Nela estão os fundamentos que regem a proteção ambiental em nosso país.
A resolução CONAMA 001/86 regulamentou a lei 6938 definindo os empreendimentos que
necessitam de licenciamento ambiental. Dentre eles estão todas as atividades de mineração, incluídos
os minerais da Classe II – de emprego direto na construção civil como pedreiras e atividades afins.
Cabe aos órgãos públicos competentes dos estados a fiscalização e execução das políticas
ambientais, definidas pelo artigo 225 parágrafo segundo da Constituição de 1988; do decreto 97.632
de 10 de abril de 1989, e das resoluções CONAMA 009/90 que estabelecem normas e ações para obter
– se o licenciamento ambiental para o setor mineral.
Os estudos exigidos por estas legislações de impacto ambiental – EIA, e os relatórios destes
estudos – RIMAs são acompanhados das propostas atenuantes e de controle destes impactos através
dos Planos de Controle Ambiental – PCA.
Assim, qualquer novo empreendimento no Setor Mineral; como pedreiras, minerações, obras civis;
estão obrigadas a obter o licenciamento ambiental.
Ressalta – se que para as atividades que já operavam à época, (decreto 97.632) em abril de 1989 e
que continuam em operação há também a necessidade de obterem o licenciamento ambiental.
Existem três tipos de licença ambiental, a saber:
- Que fenômenos ambientais danosos ao meio ambiente e ao tecido social são gerados pelo
desmonte de rocha?
Atenção especial deve ser dada, nos relatórios e planos de Controle Ambiental,
aos níveis de impacto de ar, vibrações, bem como a ocorrência de
ultralançamentos.
Engenharia de Explosivos e Vibrações
MANUAL DE UTILIZAÇÃO
DE EXPLOSIVOS
EM EXPLORAÇÕES
A CÉU ABERTO
Engenharia de Explosivos e Vibrações
EXECUÇÃO
DO
DESMONTE
DE ROCHA
Engenharia de Explosivos e Vibrações
BANCADAS:
AFASTAMENTO (V):
Distância entre a face da bancada e a linha de furos, e entre duas linhas de furos.
prático Vp:
ESPAÇAMENTO (E) :
(linhas múltiplas)
Vp = Vt – 0,05 H
Até definir-se o espaçamento ideal, nas primeiras bancadas fazer E = k · v , sendo k entre 1 e 1,3
. Aumentar depois, conforme observação dos resultados.
INCLINAÇÃO DA FACE:
Vantagens:
reduz sobrefuração no pé da bancada, economia de explosivos, face mais segura.
Desvantagens:
maior possibilidade de desvios, cuidado no embocamento reduz produção
.
ALTURA DA BANCADA:
Depende:
Do equipamento:
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Do comprimento da haste:
Do acesso às bancadas:
Todos os elementos e critérios vistos até aqui são dados para o planejamento das
bancadas, para a definição de sua geometria final. O critério final de aprovação
para um projeto -normalmente a escolha do menor custo aliado à maior produção -
pode ser influenciado por fatores muito variados: equipamento de perfuração
disponível, tipo e dimensões das brocas, o plano de fissuramento das rochas, que
será visto adiante, pode produzir alteração na relação espaçamento x afastamento,
a presença de construções civis nas proximidades pode limitar o tamanho ou a
inclinação das faces(lançamento de pedras), a geologia e topografia locais exigem
adaptações, etc.
TAMPÃO é a parte superior do furo, cheia com areia seca, pó de pedra ou argila.
Geralmente tem extensão V, e ocasionalmente Vp. A existência do tampão
aumenta o poder destrutivo da explosão (fogo).
Engenharia de Explosivos e Vibrações
CARGA DE FUNDO:
CARGA DE COLUNA:
(Um experimento utilizando a carga de coluna como tampão para a detonação da carga de fundo,
realizada microsegundos antes da detonação principal resultou em tal poder destrutivo que não
pode ser aproveitada a brita resultante: havia se transformado quase totalmente em pó de pedra,
e com lançamentos a distâncias excessivas)
Ou
Engenharia de Explosivos e Vibrações
25 0 0 0 0 25
(milisegundos)
Em detonações que precisam ser limitadas, para que a vibração não atinja locais
indesejados, e quando se quer a superfície das faces bem definida, utilizam-se
esperas ou retardos . Pneus acorrentados sobre a bancada também reduzem
arremessos.
( milisegundos )
Engenharia de Explosivos e Vibrações
abaixo.
(momentos de explosão)
perfuração específica. f = H1 / ( V . E . H )
3
(m / m )
Engenharia de Explosivos e Vibrações
MALHA ALONGADA
Detonar pelo menos duas linhas de furos de cada vez e não usar retardos na
mesma linha;
OTIMIZAÇÂO
DE
DESMONTE
DE
ROCHA
Engenharia de Explosivos e Vibrações
São estes os itens de controle importantes para o conhecimento da situação real dos
desmontes de rocha por explosivos:
1) PERFURAÇÃO:
Diâmetro dos furos Medição com paquímetro e posterior Redução na razão de carga
ajuste da malha ou da razão de carga dificultando a fragmentação,
(Redução devido ao desgaste dos lançamento e arranque do pé.
bits)
Desvio quanto ao paralelismo entre Medidores de desvio - Boretrack Geração de repés e matacos
furos
Desvio quanto a inclinação dos furos Medidores de desvio - Boretrack Geração de repés e matacos.
2) CARREGAMENTO :
Presença de água Medição com trena, limpeza dos furos Desensibilização dos granulados ou
Anfo, dificuldade de colocar a carga
(Soprar ou bombear). de fundo, perda de sensibilidade e
propagação da onda explosiva.
3) DETONAÇÃO :
Seleção correta do explosivo Medição de VOD, e volume gasoso. Baixo VOD em compactos
compromete a fragmentação, baixo
volume gasoso compromete a
fragmentação e lançamento.
Seleção correta dos acessórios Medição tempos de retardo Alta dispersão dos tempos ou falhas
comprometem a segurança,
lançamento, fragmentação e
arranque do pé da bancada.
Engenharia de Explosivos e Vibrações
4) GEOLOGIA :
Portanto para alguns destes ajustes, por talvez não pudermos contar com ferramentas de
análise de processos, teremos de fazer pelo método da observação e experiência de
campo, o que vai tornar o diagnóstico dos problemas muito mais demorado, e em alguns
casos provocando até a desistência do minerador.
Os itens acima são os principais para uma verificação da operação de desmonte de rocha
com explosivos, onde a principal importância é a competência do profissional a ser
contratado (Consultor, Empresa, Profissional Liberal ou Funcionário). Este elemento
capacitado, deverá permanecer um tempo maior na área de atuação a fim de poder
adquirir conhecimento suficiente para agilizar as mudanças necessárias.
PLANO DE FOGO
BÁSICO
CÉU ABERTO
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Desmonte de Rochas
Operações Mineiras e Construção Civil
Elementos do Carregamento
O explosivo não deve ser carregado até a parte superior do furo; a parte que
fica sem carregar deve ser preenchida com material inerte (areia, argila, solo
etc.) chamada tampão.
2
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Até os dias de hoje, a perfuração e o desmonte não têm tido influência grande
na seleção da altura da bancada. A altura de futuras bancadas deve ser
definida somente depois de serem considerados os seguintes pontos:
Em minas a céu aberto e obras civis, uma porcentagem alta de bancadas são
de 5, 10 e 15 metros de altura. Estas são alturas de bancadas “fáceis” para
trabalhar. Mas a probabilidade da altura de bancada ótima ser um múltiplo de
5 é pequena.
3
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Para uma dada área de bloco para o desmonte, o número de desmonte por
ano será aproximadamente 17% menor. O período de tempo necessário
para evacuação da área de desmonte , espera para a detonação e a volta
para a área após o sinal de liberação é improdutivo, e esse tempo perdido
diminuirá em cerca de 17%.
4
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Talvez haja uma maior necessidade por furos inclinados na linha da frente
do desmonte (novamente um planejamento adequado, preveria um
diâmetro de furo suficientemente grande para prevenir esta necessidade);
Ocorrerão casos para os quais as vantagens resultantes têm maior peso que as
vantagens decorrentes da utilização de bancadas mais altas. Em outros casos,
as desvantagens superarão as vantagens.
5
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Diâmetro da Perfuração
Explosivos
6
Engenharia de Explosivos e Vibrações
De um modo em geral, quanto mais dura for a rocha, maior deve ser a
velocidade e a força do explosivo, embora para as rochas muito fragmentadas
uma velocidade baixa seja preferível.
Na escolha do explosivo deverão ser levados em consideração os seguintes
fatores :
Presença de água ;
custo (final).
Além disso, quanto mais potente for um explosivo, maior será o afastamento e
o espaçamento para uma dada razão de carregamento e portanto, menor será
a quantidade de furos necessários. Assim, na maior parte dos casos compensa
utilizar um alto explosivo, mesmo que seja mais caro, pela economia de
perfuração que ele pode proporcionar, entre outros motivos.
T = A0,7
8
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Importância da Perfuração
Para compensar o desvio dos furos ás vezes é necessário furar com menor
espaçamento o que resulta em maior custo. Um problema particular causado
por um furo com desvio é a possibilidade de encontrar-se com um outro já
perfurado.
O resultado de um desmonte com vários furos e bem planejado não pode ser
copiado pela detonação, de maneira individual ou aleatória, do mesmo número
de furos.
A fragmentação não pode ser melhorada sem que haja alguma alteração na
malha, no tipo de explosivo ou em alguma outra variável para aumentar a
energia de explosão por metro cúbico de rocha;
Para uma rocha frágil, elástica e homogênea, um pequeno retardo entre furos
é normalmente apropriado, enquanto que uma rocha porosa, plástica e muito
fissurada requer mais tempo entre as detonações de furos adjacentes,
tendendo a maximar o deslocamento frontal às custas da fragmentação e de
níveis de vibração. Retardos longos tendem a fazer com que cada furo trabalhe
independentemente, reduzindo a interação positiva.
11
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Em um desmonte de multi-linhas simples com uma única face livre, todos furos
podem ser iniciados simultaneamente. Neste evento, furos da linha de frente
teriam um afastamento limitado e produziriam uma certa quantidade de
fragmentação, deslocamento para frente, vibração do terreno, etc.. Entretanto,
todos os furos atrás da linha da frente teriam uma performance efetivamente
menor por causa do confinamento lateral excessivo na hora da detonação.
Essas cargas tenderiam para crateras para cima, com efeito mais pronunciado
em direção à linha de trás, consequentemente, fragmentação e deslocamento
para frente ficariam em desvantagem, enquanto ultra-quebra, níveis de
vibração do terreno e sobrepressão atmosférica aumentariam. A pilha de
fragmentos resultante tornar-se-ia progressivamente mais difícil para escavar
na direção dos lados e para trás, onde a rocha deve estar virtualmente imóvel
na direção do pé.
Um desmonte de multi-linhas pode ser detonado para uma face livre em uma
seqüência linha-a-linha pela introdução de um retardo entre a detonação de
sucessivas linhas. Se este intervalo de retardo é adequado, a performance
global do desmonte talvez aumente significadamente por causa do alívio
progressivo da rocha sob influência do furo. Isto assegura que cada linha de
furos tenha um face livre subvertical efetiva que possa ser atingida, porque a
linha precedente já se fragmentou e deslocou a sua rocha envolvente.
12
Engenharia de Explosivos e Vibrações
O retardo entre linhas ótimo para uma aplicação específica não pode ser
calculado através de princípios básicos. Em qualquer situação, alguma
experimentação é recomendada.
13
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Para uma rocha frágil, elástica e bastante fissurada, um retardo entre linhas
relativamente curto é normalmente apropriado. Uma rocha porosa, densa,
plástica, homogênea exige mais tempo para a movimentação da rocha
envolvente. Retardos longos facilitam o deslocamento para frente e liberação
do material fragmentado. Retardos curtos tendem a restringir o movimento
lateral (com possibilidade de furos “roubados”), a reduzir a escavabilidade e
causar vibrações de terreno mais elevadas.
retardos entre linhas mais longos, que são freqüentemente essenciais para a
otimização da performance do desmonte de rocha.
A razão 4:1
Quando um único retardo no furo é usado, ele deve ser de 3 a 5 vezes mais
longo que o retardo de superfície. Uma relação entre o retardo no furo e o
retardo superfície nesta faixa proporciona equilíbrio prático entre dois fatores
conflitantes.
Resultados consistentes podem ser obtidos pelo uso de retardos nos furos que
apresentam tempos de esperas 4 vezes maiores do que os dos retardos de
superfície mais longos. Uma taxa menor pode ser aceitável em condições
favoráveis (onde as detonações se direcionam para uma extremidade livre e
com um baixo fator de energia e colunas de tamponamento longas). Sob
condições severas, no entanto, uma taxa maior deve ser escolhida para
aumentar a frente de detonação entre o sistema de retardo de superfície e a
detonação subsequente das cargas (como em rochas maciças e resistentes
com fator de alta energia em um desmonte de rebaixamento sem face livre).
A seleção do retardo no furo para um furo de diâmetro de 114 mm em uma
rocha bastante resistente é ilustrado pelo seguinte exemplo:
Portanto o retardo adotado para o furo (in hole delay) no plano de fogo será de
:
4 x 42 = 168 ms
15
Engenharia de Explosivos e Vibrações
A detonação furo a furo pode ser obtida pelo uso de espoletas no furo. No
entanto, a faixa disponível de retardos no furo é limitada e, por isso, é raro de
se ver grandes desmontes a céu aberto sendo detonados com sequenciamento
controlado por retardos nos furos. Na prática a iniciação furo a furo é
normalmente obtida pelo uso de um sistema de retardo de superfície para
controlar o sequenciamento da detonação.
Como estimativa inicial, a carga de explosivo deve ser aplicada a razão de 200
a 500 g/m² de parede de rocha a pré-fissurar, sendo os valores mais baixos
válidos para rochas elásticas e/ou compactas e os mais altos para as situações
inversas. Em função do valor adotado para a carga explosiva por m² e da
razão linear em (kg/m linear), pode-se estabelecer o espaçamento entre os
furos do pré-fissuramento.
Quanto a iniciação dos furos, podemos dizer que esta deve ser
necessariamente instantânea para reforçar a combinação dos esforços
mecânicos gerados em cada furo.
17
Engenharia de Explosivos e Vibrações
Se está não atingir um valor razoável, vamos modificando o plano de fogo até
obtermos uma razão de carregamento correta. A seguir são apresentados os
valores aproximados da razão de carregamento para diversos tipos de rochas,
são eles :
18
Engenharia de Explosivos e Vibrações
19
PLANO DE FOGO - A CÉU ABERTO
Introdução
Desmonte em banco
Aplicações
As aplicações mais importantes são: escavação de obras públicas e mineração a céu aberto.
Diâmetro da perfuração
Altura do banco
A escolha da altura de bancada é uma decisão que deve ser tomada levando-se em consideração
questões de ordem técnica e econômica, a saber:
a) as condições de estabilidade da rocha que compõe o maciço e a segurança nas operações de
escavação;
b) o volume de produção desejado, o qual determinará o tipo e o porte dos equipamentos de
perfuração, carregamento e transporte;
c) a maximização da eficiência no custo total de perfuração e desmonte.
1
1º CASO 2º CASO
60 m
15 m
10 m
Conforme se observa, no primeiro caso onde a altura de bancada escolhida foi de 10 m, seriam
necessárias 6 bancadas para se atingir os 60 m de profundidade. Já no segundo caso, com
bancadas de 15 m de altura, seriam necessárias apenas 4 bancadas para se atingir os mesmos 60
m. Ou seja, uma economia de 33 % em número de bancadas.
Consideremos agora, que os seguintes itens de custo são iguais ou aproximadamente iguais tanto
para a bancada de 10 m quanto para a bancada de 15 m:
a) a metragem de tampão, por exemplo 1,5 m , a qual é responsável pela maior parte dos fogos
secundários de uma detonação por ser a porção do furo não carregada com explosivos;
b) a metragem de subfuração, a qual não contribui com nenhum acréscimo para o volume de
material detonado;
c) o consumo de acessórios utilizados na ligação dos furos na superfície superior da bancada;
d) a mão-de-obra utilizada no carregamento dos fogos de uma das bancadas;
a) o período de tempo necessário para evacuação, espera e retorno às áreas detonadas, durante
o qual as operações de lavra devem ser suspensas.
Fica claro que todos os itens listados acima, sofreriam uma redução de 33 % se optássemos pelo
segundo caso no exemplo da figura 11.
Todavia, ao adotarmos bancadas mais altas nos deparamos com alguns inconvenientes, os quais
podem ou não anular e até suplantar o peso das vantagens obtidas:
a) a precisão da perfuração torna-se cada vez menor a medida que cresce a coluna de hastes de
perfuração, gerando desvios indesejáveis que comprometem seriamente os resultados de
fragmentação e arranque do pé da bancada;
2
b) devido aos mesmos desvios, há sempre um risco de acidentes com ultra-lançamento;
c) a velocidade de perfuração efetiva cai com o aumento da profundidade perfurada, tanto pela
diminuição na velocidade de avanço como pelo aumento no ciclo de introdução e remoção
das hastes;
d) a altura da pilha de material detonado aumenta, demandando equipamentos de carga de maior
porte, ou causando aumento no ciclo de carregamento e submetendo os equipamentos a um
maior desgaste;
e) há um ligeiro aumento na razão de carga.
PÁ CARREGADEIRA: H = 5 a 15 (m)
Em alguns casos a altura do banco está limitada pela geologia do jazimento, por imperativos do
controle da diluição do minério, por questões de vibração do terreno durante os desmontes e por
razões de segurança.
Granulometria exigida
b) Material estéril que vai para a pilha de deposição controlada, dependerá da capacidade da
caçamba do equipamento de carregamento:
Observação: O tamanho ótimo do bloco é, normalmente, aquele cuja relação com a dimensão da
caçamba do equipamento de carregamento se encontra entre 1/6 e 1/8.
c) Material para o porto e barragens: granulometria que vai deste 0,5 t a 12 t por bloco.
3
VARIÁVEIS GEOMÉTRICAS DE UM PLANO DE FOGO
sendo:
a) Afastamento (A) - É a menor distância que vai do furo à face livre da bancada ou a menor
distância de uma linha de furos a outra. De todas as dimensões do plano de fogo essa é a mais
crítica.
4
AFASTAMENTO MUITO PEQUENO - A rocha é lançada a uma considerável distância da
face. Os níveis de pulsos de ar são altos e a fragmentação poderá ser excessivamente fina.
A 0,01232 e 1,5 x De
r
5
sendo: Hb = altura do banco, em metros.
- os furos são detonados com retardados, a seguinte expressão pode ser usada:
(Hb 7 A )
E
8
E = 2xA
- os furos são detonados com retardados, a seguinte expressão pode ser usada:
E = 1,4 x A
O espaçamento nunca deve ser menor que o afastamento, caso contrário, o número de matacões
será excessivo.
Observação: as Malhas Alongadas possuem elevada relação E/A, geralmente acima de 1,75.
São indicadas para rochas friáveis/macias.
S = 0,3 A
6
aumenta com a inclinação, entretanto, a subperfuração (S) diminui com esta. Para calcular
(Hf) utiliza-se a seguinte expressão:
Hb
Hf 1 xS
cos 100
e) TAMPÃO (T) - É a parte superior do furo que não é carregada com explosivos, mas sim
com terra, areia ou outro material inerte bem socado a fim de confinar os gases do explosivo.
O ótimo tamanho do material do tampão (OT) apresenta um diâmetro médio (D) de 0,05 vezes
o diâmetro do furo, isto é:
OT = D / 20
O material do tampão deve ser angular para funcionar apropriadamente. Detritos de perfuração
devem ser evitados.
O adequado confinamento é necessário para que a carga do explosivo funcione adequadamente e
emita o máxima de energia, bem como para o controle da sobrepressão atmosférica e o
ultralançamento dos fragmentos rochosos. A altura do tampão pode ser calculada pela seguinte
expressão:
T = 0,7 A
f) VOLUME DE ROCHA POR FURO (V) - O volume de rocha por furo é obtido
multiplicando-se a altura da bancada (Hb) pelo afastamento (A) e pelo espaçamento (E):
V = (Hb /cos) x A x E
Hf
PE
V
7
h) CÁLCULO DAS CARGAS
de 2
RL x e
4000
A carga de fundo é uma carga reforçada, necessária no fundo do furo onda a rocha é mais presa.
Alguns autores sugerem que Hcf deve ser um valor entre 30 a 40% da altura da carga de
explosivos (Hc). A tendência, a depender dos resultados dos desmonte, é de reduzi-la cada vez
mais para diminuir os custos com explosivos.
Carga de coluna é a carga acima da de fundo; não precisa ser tão concentrada quando a de
fundo, já que a rocha desta região não é tão presa.
A altura da carga de coluna é igual a altura total da carga (Hc) menos a altura da carga de fundo
(Hcf):
Hcc = Hc - Hcf
CT = CF + CC
CT
RC ( Kg / m3 )
V
8
Engenharia de Explosivos e Vibrações
ANEXOS
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO LOGÍSTICO
(D Log / 2000)
Art. 3° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
___________________________________________________________________________________________________________________________________
Quartel General do Exército, Bloco “H”, 4º Andar – DFPC - SMU, Brasília – DF, CEP 70.630-901
Tel (61) 415-6902/415-5139// Fax (61) 415-5669 // E-mail: dfpc@dlog.eb.mil.br
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO LOGÍSTICO
NARAExAc
ACESSÓRIOS
DFPC
OUTUBRO 2005
ÍNDICE
Artigos
CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1º ao 6º
CAPÍTULO II DOS REGISTROS 7º ao 10
CAPÍTULO III DA FABRICAÇÃO 11 ao 14
CAPÍTULO IV DA IMPORTAÇÃO 15 ao 18
CAPÍTULO V DA EXPEDIÇÃO E DA VENDA 19 e 20
CAPÍTULO VI DAS EMBALAGENS E DA MARCAÇÃO OU ROTULAGEM 21 ao 23
CAPÍTULO VII DO ARMAZENAMENTO 24 ao 29
CAPÍTULO VIII DO TRÁFEGO E DO TRANSPORTE 30 ao 38
CAPÍTULO IX DA UTILIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TERCEIROS 39 ao 45
CAPÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 46 ao 49
ANEXOS:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º Os explosivos e seus acessórios são produtos de interesse militar cujas atividades de
fabricação, utilização, armazenamento, importação, exportação, desembaraço alfandegário, tráfego e
comércio estão sujeitas ao controle do Exército, de acordo com o Anexo I (Relação de Produtos
Controlados pelo Exército), combinado com o art. 10, ambos do Regulamento para a Fiscalização de
Produtos Controlados (R-105), aprovado pelo Decreto nº 3.665, de 20 de novembro de 2000.
Art. 3º Para efeito destas Normas e sua adequada aplicação, é adotada a seguinte
nomenclatura genérica:
III - explosivos tipo DINAMITE: são todos os que contém nitroglicerina em sua
composição, sendo os que exigem maior cuidado em seu manuseio e utilização, devido à sua elevada
sensibilidade;
VII - cargas moldadas: explosivos com formato fixo, pré-definido, de acordo com um
molde inicial; o tipo mais comum possui um orifício cônico em seu corpo, destinado a concentrar a
energia da explosão em uma direção específica; o funcionamento destes dispositivos é baseado no efeito
Monroe ou "Carga Oca", muito utilizado em munições para perfuração de blindagens;
XI - cordel detonante: tubo flexível preenchido com nitropenta, RDX ou HMX, destinado
a transmitir a detonação do ponto de iniciação até à carga explosiva; seu tipo mais comum é o NP 10, ou
seja, que possui 10 g de nitropenta/RDX por metro linear;
XII - sistema iniciador não elétrico: conjunto de espoleta de retardo e tubo flexível oco
com revestimento interno de película de mistura explosiva ou pirotécnica, suficiente para transmitir a
onda de choque ou de calor, sem danificar o tubo;
XIII - sistema iniciador elétrico: conjunto de espoleta acoplada a um circuito elétrico com
o mesmo efeito de uma espoleta comum, mas acionado por corrente elétrica;
XVII - estopins: são tubos flexíveis preenchidos com pólvora negra destinados a transmitir
chama para iniciação de espoletas; quando comercializados em pedaços, acoplados a uma espoleta, são
denominados "espoletados"; podem ser hidráulicos ou comuns, conforme sejam capazes ou não,
respectivamente, de transmitir chama dentro d’água;
XXII - Unidade Fixa de Apoio (UFA): tanque de Emulsão Base que se destina a
abastecer as UMB e UMA; e
XXIII - Depósitos Rústicos Móveis: conforme definidos no parágrafo único do art. 125 do
R-105, são construções especiais, desmontáveis ou não, que permitem o deslocamento de um ponto a
outro do terreno, acompanhando a mudança do local dos trabalhos de demolição industrial ou prospecção.
Art. 5º Cordel Detonante, Estopim e Sistemas de Iniciação Não-Elétricos devem ter sua
dotação estabelecida em metros, especificando-se o tipo de conteúdo explosivo e seu peso líquido.
Art. 6º Para efeito de enquadramento dos itens do art. 3º no Anexo I do R-105, deve ser
obedecido o seguinte:
CAPÍTULO II
DO REGISTRO
§ 1º A fabricação de explosivos, mesmo que seja para consumo próprio, sujeita a pessoa
jurídica à obtenção de TR.
Art. 9º. As UMB de Emulsão, Emulsão Base e/ou explosivo tipo ANFO necessitam de
registro para operar e devem ser apostiladas ao TR do fabricante, podendo ser empregadas em qualquer
parte do território nacional.
Art. 10. O cancelamento do registro antes do término de sua validade, quando feito a
pedido de seu portador, mediante requerimento encaminhado de acordo com o inciso I do art. 50 do R-
105, deve ser comunicado ao interessado pela autoridade que o cancelou.
CAPÍTULO III
DA FABRICAÇÃO
Art. 13. Os explosivos tipo Emulsão Bombeada só devem ser sensibilizados no momento
de sua aplicação e na presença do responsável técnico pela fabricação, técnico em mineração ou “bláster”
de 1ª categoria (cabo de fogo), com vínculo empregatício com a empresa portadora do TR.
Art. 14. Quando uma UMB prestar serviços para uma única empresa em área de mineração
fechada, na qual estiver instalada também a sua UFF ou UFA, fica caracterizada a ausência de tráfego,
não havendo necessidade de guias para que circule no interior da referida área.
Parágrafo único. Essa condição não isenta a empresa de cumprir a legislação fiscal.
(Fl 7 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)
CAPÍTULO IV
DA IMPORTAÇÃO
Art. 15. A importação de explosivos e/ou acessórios está sujeita à licença prévia do
Exército, na forma prevista no Capítulo II (Importação), do Título VI (Fiscalização do Comércio
Exterior), do R-105.
Art. 16. As pessoas jurídicas que importam explosivos, acessórios e/ou seus insumos,
devem entregar aos SFPC/RM onde estiverem registradas, semanalmente, por meio eletrônico, o mapa de
importação de explosivos e acessórios (Anexo A), contendo:
I - produto
II - país de origem;
V - estoque; e
VI - número do CII.
Art. 18. Os produtores de explosivos que importarem nitrato de amônio deverão fornecer
apenas o mapa previsto na Portaria nº 019 - DLog, de 6 de dezembro de 2002 (NARANA).
CAPÍTULO V
DA EXPEDIÇÃO E DA VENDA
Art. 19. Com exceção dos casos previstos no capítulo VII do Título IV do R-105, os
fabricantes, importadores e distribuidores de explosivos e/ou seus acessórios, somente podem vender o
produto para pessoas físicas ou jurídicas registradas no Exército e de acordo com as condições estipuladas
nos registros.
§ 2º Os dados incluídos neste banco, devem ser nele mantidos por 10 (dez) anos e, findo
este prazo, devem ser enviados eletronicamente à DFPC.
CAPÍTULO VI
DAS EMBALAGENS E DA MARCAÇÃO OU ROTULAGEM
Art. 22. Os produtos devem ser identificados dentro das embalagens, de forma a facilitar a
rastreabilidade, como se segue:
IV- reforçadores e cargas moldadas: inscrição do nome do fabricante, número do lote, data
de fabricação e telefone de emergência.
Art. 23. As embalagens utilizadas devem ser destruídas por combustão pelo usuário final,
desde que sejam obedecidos os procedimentos de segurança determinados pelo art 224 do R-105, sem
necessidade de autorização prévia do comandante da RM, em face do inciso V do art 221 daquele mesmo
regulamento.
CAPÍTULO VII
DO ARMAZENAMENTO
Art. 24. O armazenamento conjunto de tipos diferentes de explosivos deve ser realizado
mediante seu grupo de compatibilidade, de acordo com a tabela e as definições do Anexo E.
Parágrafo único. Os SFPC podem, a seu critério e de acordo com cada caso, diminuir o
prazo máximo de armazenamento supramencionado.
Art. 26. Podem ser utilizados como depósitos rústicos móveis, desde que tenham sido
aprovados e registrados, após vistoria feita pelo respectivo SFPC, os seguintes meios:
III - caminhões com carroceria fechada, tipo baú, com caixa de segurança ou
compartimento de segurança, especiais para acessórios de explosivos;
Parágrafo único. Os depósitos rústicos móveis devem ter afixada, em local visível, cópia da
apostila que autorizou o seu funcionamento, além de atender às prescrições estabelecidas na ITA 18/99 -
DFPC.
(Fl 10 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)
Art. 27. Os depósitos rústicos móveis podem ser empregados para armazenar grandes
quantidades de explosivos e/ou de acessórios nas condições do art. 26 destas Normas, se o consumo local
justificar essa condição e houver renovação total do estoque a cada 15 (quinze) dias corridos, no máximo,
observando-se, ainda, o limite imposto pelo art. 25.
Art. 28. Os cofres desmontáveis podem ser montados sobre eixos simples, com rodas, para
facilitar seu embarque em caminhão, ou sobre chassis rodoviários tipo reboque ou semi-reboque que
possibilitem seu deslocamento, vazios, por rodovia.
Art. 29. O local escolhido para instalação do depósito rústico móvel deve estar protegido
contra descargas elétricas.
CAPÍTULO VIII
DO TRÁFEGO E DO TRANSPORTE
Art. 31. As GT, uma para cada Nota Fiscal, podem ser obtidas com antecedência, ainda
sem especificar a Nota Fiscal, o que deverá ser feito por ocasião da expedição da mercadoria.
Parágrafo único. No caso de emprego da Guia de Tráfego Eletrônica (GTE) não deve haver
antecedência, sendo essencial o lançamento do número da Nota Fiscal.
Art. 32. As GT para as unidades móveis contratadas para prestação de serviços só são
lançadas ou visadas se a empresa contratante, devidamente registrada no Exército, tiver a utilização de
explosivos, bombeáveis ou derramáveis, apostilada a seu Registro.
Parágrafo único. As UMB necessitam de uma GT para cada cliente e na GT de envio dos
produtos deve constar local para inserção das sobras, não havendo necessidade de fazer GT para o retorno
dos produtos.
Art. 33. O transporte conjunto de tipos diferentes de explosivos deve ser realizado
mediante seu grupo de compatibilidade, de acordo com a tabela do Anexo E.
Art. 34. O transporte de acessórios iniciadores pode ser realizado na mesma viatura, com
carroceria aberta ou fechada, carregada com explosivos, desde que observadas as seguintes condições:
VI - a chapa de aço da caixa de segurança deve ter uma espessura mínima de 4,8 mm em
aço AISI 1020;
VII - a caixa de segurança deve ser colocada na carroceria aberta ou fechada, em local de
fácil acesso (conforme as Figuras nº 4 e 5 do Anexo D);
XI - além das prescrições gerais para o transporte rodoviário (Acordo Mercosul - Dec nº
1.797, de 25 de janeiro de 1996), devem ser tomadas as seguintes precauções:
e) a carga de explosivos deve ser acondicionada dentro dos limites da carroceria, disposta e
fixada de forma a facilitar a inspeção e suportar os riscos de transporte, descarregamento e transbordo;
f) a carga de explosivos deve ser coberta com encerado impermeável, não podendo
ultrapassar a altura da carroceria;
em primeiro lugar, e colocadas em local afastado daquele onde serão manuseados os explosivos;
j) nos casos de avarias, as viaturas não podem ser rebocadas e o motorista deve retirar o
veículo da via, quando possível, e dar ciência do acontecido à autoridade de trânsito mais próxima,
informando o local, as quantidades e o risco dos materiais transportados; em seguida, a carga deve ser
transferida, devendo ser colocada sinalização na via, durante esta operação;
l) em caso de acidente com viatura carregada a primeira providência deve ser a retirada das
embalagens com acessórios iniciadores e, a seguir, o restante da carga explosiva, que deve ser colocada
separada e distante, no mínimo, 60 (sessenta) metros de outros veículos ou habitações; e
Art. 35. Todos os veículos de transporte de explosivos e/ou acessórios devem possuir
telefone celular, rádio privativo e sistema de rastreamento em tempo real.
Art. 37. O transporte de explosivos deve ser realizado de forma contínua, restringindo-se às
paradas estritamente necessárias, na forma estabelecida pela Resolução 0420/2004 – ANTT.
Art. 38. A distância máxima a ser percorrida em uma única jornada pelos veículos que
transportam explosivos ou munições é de 600 (seiscentos) quilômetros, podendo ser conduzidas por um
único motorista.
§ 1º A jornada diária poderá ser ampliada para distâncias maiores que 600 (seiscentos)
quilômetros, caso a empresa transportadora possua ponto de apoio com localização adequada, onde
haverá troca de motorista, ou caso o veículo conte com dois motoristas.
§ 2º Os motoristas devem ter instrução sobre a natureza dos produtos, seus riscos e as
medidas de emergência a serem adotadas para proteger o público, em caso de acidente.
CAPÍTULO IX
DA UTILIZAÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TERCEIROS
Art. 39. As empresas que utilizam explosivos e/ou seus acessórios devem remeter
mensalmente, por meio eletrônico, aos SFPC/RM onde estão registradas, bem como aos SFPC/RM da
área onde estiverem atuando, um mapa de utilização contendo os tipos e respectivas quantidades
utilizadas.
Art. 40. Durante a execução de qualquer operação de detonação a céu aberto com projeção
de estilhaços, seu alcance não deve ultrapassar a área perigosa estabelecida pela Secretaria de Segurança
Pública da Unidade Federativa e/ou Prefeitura respectiva.
Art. 41. Para obtenção de autorização para prestação de serviços de detonação a terceiros, a
empresa deve apresentar ao SFPC/RM da área de execução dos serviços a documentação constante do
Anexo G, com pelo menos 72 (setenta e duas) horas de antecedência do seu início previsto.
§ 1º. O despacho deve ser exarado no anverso do requerimento constante do Anexo F, cuja
1ª via é devolvida ao requerente.
(Fl 13 das Normas Administrativas Relativas às Atividades com Explosivos e seus Acessórios NARAExAc)
§ 2º. A autorização é válida até o dia indicado no requerimento como sendo o do término
do período previsto para sua execução.
§ 3º. Se um serviço autorizado não for executado, a autorização correspondente deve ser
devolvida ao SFPC/RM que a expediu, tão logo haja a definição quanto ao seu cancelamento.
I - pelo SFPC/RM da área onde está sediada a prestadora de serviços, quando esta resolver
empregar explosivos e acessórios de explosivos que já tenha em estoque ou adquiri-los de outras
empresas situadas na mesma área de circunscrição; e
II- pelo SFPC/RM da área onde será prestado o serviço, quando a prestadora de serviço
estiver estabelecida em outra RM, mas decidir pela aquisição dos explosivos e acessórios de explosivos
de empresas localizadas na área desta RM.
Art. 43. Caso a empresa prestadora de serviço esteja habilitada a emitir GTE, essa deve
entregar a relação de GTE emitidas na RM onde estiver registrada, no menor prazo possível.
Art. 44. Quando uma empresa desistir de executar serviço já autorizado e o material
explosivo correspondente já tiver sido levado para o local de emprego, o retorno do mesmo ao depósitos
de origem deve ser feito com nova GT.
CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 47. O exercício de qualquer atividade com explosivos em desacordo com o disposto
nestas Normas, sujeita o infrator às penalidades previstas no art. 247 do R-105, além de outras penas
previstas na legislação brasileira.
Art. 48. Todos os explosivos e acessórios devem atender aos Regulamentos e Normas
Técnicas do Centro Tecnológico do Exército, estando sujeitos à avaliação técnica e obtenção de
conformidade.
Art. 49. Os casos não previstos nestas Normas serão apreciados e solucionados pelo
Departamento Logístico.
ANEXO A
ENDEREÇO: ...........................................................................
_________________________________________
Responsável pela empresa
(nome completo, CPF e função)
ANEXO B
MODELO DE INSCRIÇÕES NAS EMBALAGENS INDIVIDUAIS
EXPLOSIVO 1.5 D
PERIGO 0082
04.120.318/0001 - 35 - CNPJ
Peso Bruto: 50 kg
Peso Líquido: 43 kg
CRQ nº 004342518
ANEXO B - continuação
RÓTULOS DE RISCO E DE SEGURANÇA
EXPLOSIVO
EXPLOSIVO
EXPLOSIVO EXPLOSIVO
Observações:
1. Tais painéis têm a forma de um quadrado, apoiado sobre um de seus vértices.
2. O painel tem o fundo na cor laranja, o símbolo de uma bomba explodindo, na cor
preta, e os algarismos de identificação das subclasses de risco. No caso de painéis com outras
dimensões, devem ser mantidas as respectivas proporcionalidade entre as partes.
FIGURA 1
FIGURA 2
ANEXO D
a. Vista em corte frontal da tampa
FIGURA 3
Figura 4
Figura 5
ANEXO E
GRUPOS DE COMPATIBILIDADE
DE ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE - TABELA DE CLASSIFICAÇÃO
Grupos A B C D E F G H J K L N S
A X Z
B Z X Z Z Z Z Z X X
C Z X X X Z Z X X
D Z X X X Z Z X X
E Z X X X Z Z X X
F Z Z Z Z X Z Z X
G Z Z Z Z Z X Z X
H X X
J X X
K Z
L
N X X X X Z Z X X
S X X X X X X X X X X
h. Declaro que a empresa tomará todos os cuidados que forem necessários para garantir a
segurança de pessoas e evitar danos a bens patrimoniais, públicos e privados, inclusive
quanto ao isolamento do local de fogo, responsabilizando-se por eventuais danos que
venham a causar a terceiros e que remetera ao SFPC local, antes de efetuar as detonações
e para fins de uma eventual fiscalização, cópia da autorização recebida.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local e data
Nome e assinatura.-
OBSERVAÇÕES
1. No campo “Dados do beneficiário ” informar
a. Se for empresa registrada no Exército Brasileiro:
- nome;
- endereço completo; e
- nº do CR e validade
Observações:
1) No caso de serviços para empresas não registradas no Exército Brasileiro, a cópia do
TR ou CR da contratante será substituída pela cópia do CNPJ/MF e no caso de serviços prestados
para pessoas físicas, pela cópia da carteira de identidade ou do CPF.
2) No caso de serviços para órgãos públicos, isentos de registro, deverá ser apresentado o
contrato de prestação de serviço ou do resultado da licitação.
NRM -16 – Operações com Explosivos e Acessórios
16.1 Generalidades
16.1.2 O transporte e utilização de material explosivo devem ser efetuados por pessoal devidamente
treinado, respeitando-se as Normas do Departamento de Fiscalização de Produtos Controlados do
Ministério da Defesa e legislação que as complemente.
16.1.3 O plano de fogo da mina deve ser elaborado por profissional legalmente habilitado.
16.1.4 A execução do plano de fogo, operações de detonação e atividades correlatas devem ser
supervisionadas ou executadas pelo técnico responsável ou pelo bláster legalmente registrado.
a) ordenar a retirada dos paióis, o transporte e o descarregamento dos explosivos e acessórios nas
quantidades necessárias ao posto de trabalho a que se destinam;
c) orientar a conexão dos furos carregados com o sistema de iniciação e a seqüência de fogo;
f) certificar-se de que não haja mais pessoas na frente de desmonte e áreas de risco antes de
proceder a detonação;
g) iniciar todas as detonações na área da mina, que devem ser precedidas de avisos escritos e
sonoros, de comunicação e de interdição das vias de acesso à área de risco;
16.1.5 O técnico responsável, bláster ou qualquer outro trabalhador deve informar imediatamente ao
responsável pela mina o desaparecimento de explosivos e acessórios, por menor que seja a quantidade,
para que sejam tomadas as providências no sentido de informar às autoridades competentes nos termos
da legislação vigente.
16.1.6 O manuseio de explosivos e acessórios é privativo de pessoal habilitado, conforme legislação em
vigor.
16.1.7 É proibido detonar utilizando-se rede elétrica em desacordo com a orientação dos fabricantes e
as normas técnicas vigentes.
16.2.1 O consumo de explosivos deve ser controlado por intermédio dos mapas previstos na
regulamentação vigente do Ministério da Defesa.
16.2.2 Os explosivos e acessórios não devem estar em contato com qualquer material que possa gerar
faíscas, fagulhas ou centelhas.
16.2.3 O transporte de explosivos e acessórios deve ser realizado por veículo dotado de proteção que
impeça o contato de partes metálicas com explosivos e acessórios e atenda à regulamentação vigente
do Ministério da Defesa e observadas as recomendações do fabricante.
16.2.3.1 O carregamento e descarregamento de explosivos e acessórios deve ser feito com o veículo
desligado e travado.
16.2.6 O transporte manual de explosivos e acessórios deve ser feito utilizando recipientes
apropriados.
16.2.7 O operador de guincho deve ser previamente comunicado de todo transporte de explosivos e
acessórios no interior dos poços e planos inclinados.
16.2.9 Antes do início dos trabalhos de carregamento de furos no subsolo, o técnico responsável ou
bláster deve verificar:
a) a existência de contenção, conforme o plano de lavra;
b) a limpeza dos furos;
c) a existência da ventilação e sua proteção;
d) se todas as pessoas não envolvidas no processo já foram retiradas do local da detonação,
interditando o acesso
e) a existência e funcionamento de aspersor de água em frentes de desenvolvimento para lavagem de
gases e deposição da poeira durante e após a detonação.
16.2.10 Apenas ferramentas que não originem faíscas, fagulhas ou centelhas devem ser usadas para
abrir recipientes de material explosivo ou para fazer furos nos cartuchos de explosivos.
16.2.11 No carregamento dos furos é permitido somente o uso de socadores de madeira, plástico ou
cobre.
16.2.14 A fixação da espoleta no pavio deve ser feita com instrumento específico.
16.2.15 É proibido utilizar fósforos, isqueiros, chama exposta ou qualquer outro instrumento gerador de
faíscas, fagulhas ou centelhas durante o manuseio e transporte de explosivos e acessórios.
16.2.16 Os fios condutores utilizados nas detonações por descarga elétrica devem possuir as seguintes
características:
16.2.17 Em minas com baixa umidade relativa do ar, sujeitas ao acúmulo de eletricidade estática, o
técnico responsável ou bláster deve usar anel de aterramento ou outro dispositivo similar
durante a atividade de montagem do circuito e detonação elétrica.
16.2.18 É proibida a detonação a céu aberto em condições de baixo nível de iluminação ou quando
ocorrerem descargas elétricas atmosféricas.
16.2.18.1 Caso a frente esteja parcial ou totalmente carregada a área deve ser imediatamente
evacuada.
16.3 Armazenagem
16.3.2 Os paióis de explosivos ou acessórios no subsolo não devem estar localizados junto a galerias
de acesso de pessoal e de ventilação principal da mina.
16.3.3 Nos acessos aos paióis de explosivos ou acessórios devem estar disponíveis dispositivos de
combate a incêndios.
16.3.4 O acesso aos paióis de explosivos ou acessórios só deve ser liberado a pessoal devidamente
qualificado, treinado e autorizado ou acompanhado de pessoa que atenda a estas qualificações.
a) Conter no máximo a quantidade a ser utilizada num período de 5 (cinco) dias de trabalho;
b) ser protegidos de impactos acidentais;
c) ser trancados sob guarda de técnico responsável ou bláster;
d) ser independentes, separados e sinalizados;
e) ser sinalizados na planta da mina indicando-se sua capacidade e
f) ser livres de umidade excessiva e onde a ventilação possibilite manter a temperatura adequada e
minimizar o arraste de gases para as frentes de trabalho em caso de acidente.
16.3.6 Em todos os paióis de explosivos ou acessórios devem ser anotados os estoques semanais e
movimentações de materiais, sendo que os registros devem ser examinados e conferidos
periodicamente pelo bláster e pelo responsável pela mina.
16.3.8 Os explosivos e acessórios não usados devem retornar imediatamente aos respectivos locais de
armazenamento.
16.3.10 No subsolo, dentro de paióis de explosivos ou acessórios e a menos de 25,00 m (vinte e cinco
metros) dos mesmos o sistema de contenção deve ser constituído, preferencialmente, de material
incombustível e não podendo existir deposição de qualquer outro material.
16.3.11 Os explosivos e acessórios devem ser estocado sem suas embalagens originais ou em
recipientes apropriados e sobre material não metálico, resistente e livre de umidade.
16.3.12 Os paióis de explosivos ou acessórios devem ser sinalizados com placas de advertência
contendo a menção “EXPLOSIVOS”, em locais visíveis nas proximidades e nas portas de
acesso aos mesmos, sem prejuízo das demais sinalizações previstas em normas vigentes.
16.4 Desmonte de Rocha com Uso de Explosivos
16.4.1 Em cada mina, onde seja necessário o desmonte de rocha com uso de explosivos, deve estar
disponível plano de fogo no qual conste:
16.4.3 Na interligação de duas frentes em subsolo devem ser observados os seguintes critérios:
a) retirada total do pessoal das duas frentes quando da detonação de cada frente;
b) detonação não simultânea das frentes;
c) estabelecer a distância mínima de segurança para a paralisação de uma das frentes e
d) o técnico responsável ou bláster deve certificar-se que não haja fogos falhados em ambas as frentes.
16.4.4 O retorno à frente detonada só é permitido com autorização do responsável pela área e após
verificação da existência das seguintes condições:
a) dissipação dos gases e poeiras, observando-se o tempo mínimo determinado pelo projeto de
ventilação e plano de fogo;
b) confirmação das condições de estabilidade da área e
c) marcação e eliminação de fogos falhados.
16.4.5.1 A retirada de fogos falhados deve ser executada pelo técnico responsável ou bláster ou,
sob sua orientação, por trabalhador qualificado e treinado.
16.4.6 A retirada de fogos falhados só pode ser realizada através de dispositivo que não produza
faíscas, fagulhas ou centelhas.
16.4.7 Os explosivos e acessórios de fogos falhados devem ser recolhidos a seus respectivos
depósitos, após retirada imediata da escorva entre eles.
16.4.8 É proibido o aproveitamento de restos de furos falhados na fase de perfuração.
16.4.9 Para os trabalhos de aprofundamento de poços e rampas devem ser atendidos os seguintes
requisitos adicionais:
a) o transporte dos explosivos e acessórios para o local do desmonte só deve ocorrer separadamente
e após ter sido retirado todo o pessoal não autorizado;
b) antes da conexão das espoletas elétricas com o fio condutor devem ser desligadas todas as
instalações elétricas no poço ou rampa;
c) antes da religação é necessário verificar se as instalações estão intactas;
d) a detonação só deve ser acionada da superfície ou de níveis intermediários e
e) os operadores de poços e rampas devem ser devidamente informados do início do carregamento.
16.4.10 Em minas a céu aberto, próximas de habitações, vilas, fábricas, redes de energia, minas
subterrâneas, construções subterrâneas e obras civis, tais como pontes, oleodutos, gasodutos,
minerodutos, subestações de energia elétrica, além de outras obras de interesse público devem
ser definidos perímetros de segurança e métodos de monitoramento e apresentados no Plano
de Lavra ou quando exigidos, a critério do Departamento Nacional de Produção Mineral -
DNPM.
16.4.12 Não deve ocorrer lançamentos de fragmentos de rocha além dos limites de segurança da mina.
16.4.13 As detonações devem ser limitadas a um mínimo de horários determinados, conhecidos dos
trabalhadores e da vizinhança da mina.
16.4.15 Deve ser realizado estudo para o ajuste do plano de fogo de modo a atender aos limites do
item 16.4.14 observando os seguintes critérios técnicos:
Onde
RESUMO
A qualidade da fragmentação da rocha por explosivos é extremamente dependente da
qualidade da perfuração. Desvios ocorridos durante a perfuração dos furos, malhas irregulares,
inexistência de um estudo de caracterização do maciço rochoso, o não controle dos parâmetros
operacionais da perfuratriz ( vazão do ar de limpeza do furo, taxa de penetração, afiação das
brocas etc.), comprometem a qualidade da fragmentação da rocha devido a inadequada
distribuição da carga explosiva dentro do maciço rochoso, podendo até, em situações mais
graves, comprometer a segurança das instalações e equipamentos, dos profissionais e da
vizinhança.
ABSTRACT
The quality of rock fragmentation is extremely dependent on the quality of drilling. Borehole
deviation, irregular pattern, absence of rock mass characterization study, no drilling operational
control (air flow requirements, penetration rate, regrinding etc.) compromise the quality of rock
fragmentation due an inadequate explosive charge distribution into the rock mass, which may
cause, in extremely situation, unsafe conditions to workers, installations, equipment and
neighbors.
This paper discusses several techniques utilized to control rock drilling problems: Quarryman,
Laser Profile, GPS, drill monitoring instrumentation through DMS – Drill Management System on
line, guide tube and new features of drilling equipment.
A perfuração das rochas, dentro do campo dos desmontes, é a primeira operação que se
realiza e tem como finalidade abrir uns furos, com a distribuição e geometria adequada dentro
dos maciços para alojar as cargas de explosivos e acessórios iniciadores.
Para se obter uma boa fragmentação da rocha, um bom controle da parede do banco e do piso,
um mínimo impacto ambiental, e a inexistência do ultralançamento de fragmentos rochosos, e
um menor custo, é fundamental uma boa supervisão da perfuração da rocha, onde os seguintes
aspectos devem ser verificados:
- a presença de vazios e mudanças na litolotogia maciço rochoso;
- as irregularidades (sobreescavação pela ação dos explosivos e/ou equipamentos de
carregamento) na face da bancada;
- se as profundidade dos furos foram executadas conforme planejado;
- a marcação da malha;
- o tempo gasto na perfuração de cada furo;
- os desvios ocorridos durante a perfuração;
- as condições de estabilidade dos bancos para que a perfuratriz opere com segurança.
Os responsáveis pela perfuração da rochas dispõem dos seguintes recursos: Quarryman, Laser
Profile, GPS, tubos e bits guias, monitoramento dos parâmetros de perfuração por sensores e
pelo DMS- Drill Management System on line, que, se bem utilizados, contribuem
significativamente para uma melhor qualidade da perfuração e consequentemente para a
otimização do desmonte de rocha por explosivos.
Considerações iniciais
A técnica de caracterização do maciço rochoso a partir do monitoramento por sensores do
equipamento de perfuração é capaz de fornecer as seguintes características da rocha:
Resistência da rocha em psi ou MPa;
Índice de qualidade da rocha (RQI), que representa o grau de fraturamento do maciço.
Escritório -mina
Perfuratriz
Pressão de Ar da Broca
(Compressor de Ar)
Torque de Rotação:
Amperagem (motor elétrico)
Pressão (sistema hidráulico)
Rotação (RPM)
Profundidade do furo
Taxa de Penetração
sendo:
e = energia específica de perfuração (psi);
T = torque (lbf x pés)
rpm = rotações por minuto;
A = área do furo (pol2)
Tp = taxa de penetração (m/h);
Pp = Pressão de pull down (lbf/pol2);
Fp
Onde: Fp : Força de Pull Down
Fr 2 Fr : Força de Rotação
Figura 4
Modelo de Energia de Perfuração
Tabela 1
Resistência da rocha calculada a partir dos parâmetros de perfuração
A seguir são apresentados alguns dados obtidos na mina de minério de ferro de Carajás,
localizada no Estado do Pará. Os dados são monitorados pelo sistema “DMS – Drill
Management System”, da Modular Mining System. Este sistema de sensores monitora a
perfuratriz em tempo real e envia os dados para a central de informática da mina. A partir
dessas informações são calculadas as resistências das rochas e definida a sua classificação e
litologia.
Figura 5
Interpretação da litologia a partir do monitoramento da perfuratriz
80,00
70,00
60,00
50,00
40,00
30,00
20,00
10,00
0,00
31 54 77 ,00 23 46 69 ,92 ,15 ,38 ,62 ,85 ,08 ,31
0, 1, 2, 4 5, 6, 7, 8 10 11 12 13 15 16
Profundidade (m )
2.500,00
140,00
Taxa de Penetração (m/h)
120,00
2.000,00
100,00
1.500,00
80,00
1.000,00
60,00
500,00
40,00 Fogo: 62/99-021
Fogo: 62/99-021 FuroFuro
02 02
20,00
10.000,00
0,00
2.500,00
9.000,00
0,00
x m) (psi)
,1 ,15
,3 ,38
,6 62
,8 85
,0 08
,3 31
1
4
77 ,77
00 00
23 23
46 46
69 9
92 2
31 ,3
54 ,5
7, 7,6
8, 8,9
12 12,
13 13,
15 15,
16 16,
4, 4,
5, 5,
6, 6,
8.000,00
10 10
11 11
0, 0
1, 1
2, 2
2.000,00
5
1
(ft Down
7.000,00 Profundidade (m )
6.000,00
1.500,00 Profundidade (m )
de Pull
5.000,00
Torque
4.000,00
1.000,00
3.000,00
Pressão
2.000,00
500,00
1.000,00
0,00
0,00
111 5
112 8
622
855
088
311
31
54
77
00
23
110 2
15
38
0,31
1,54
2,77
4,00
5,23
,446
,669
,92
0,,1
1,,3
2,,6
3,,8
5,,0
6,,3
9
0,
1,
2,
4,
5,
66,
77,
88,
113
115
116
Profundidade(m
Profundidade (m) )
Fogo: 62/99-021 Furo 02
80.000,00
70.000,00
60.000,00
Resistência (psi)
50.000,00
40.000,00
30.000,00
20.000,00
10.000,00
0,00
31 ,54 ,77 ,00 ,23 ,46 ,69 ,92 ,15 ,38 ,62 ,85 ,08 ,31
0, 1 2 4 5 6 7 8 10 11 12 13 15 16
Profundidade (m )
6
Classificação da Rocha
0
31 54 77 00 23 46 69 92 ,15 ,38 ,62 ,85 ,08 ,3
1
0, 1, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 10 11 12 13 15 16
Profundidade (m )
0
10,46
11,38
12,31
13,23
14,15
15,08
16,00
16,92
0,31
1,23
2,15
3,08
4,00
4,92
5,85
6,77
7,69
8,62
9,54
Profundidade (m )
Considerações iniciais
A tecnologia de GPS – Global Positioning Systems pode ser aplicada em atividades como
levantamento de dados, despacho de caminhões e navegação de veículos e equipamentos.
Para obter a alta precisão, acuracia a níveis de cm, requerido para levantamentos e navegação
de veículos e equipamentos, GPS de alta precisão é requerido.
O plano de fogo pode ser executado com uma determinada razão de carregamento a qual foi
calculada corretamente em função do afastamento, do espaçamento e da profundidade do furo.
Entretanto, se a perfuração não é corretamente executada de acordo com o planejado,
ocorrendo desvios na inclinação dos furos e dos comprimentos das variáveis geométricas,
especialmente quando a face do banco encontra-se irregular devido à ação da escavadeira ou
pelo efeito da sobrescavação do desmonte anterior, resultando em cargas de explosivos muito
próximas ou afastadas da face do banco, os seguintes problemas poderão ser gerados: alto
nível de vibração do terreno, pulso de ar, excessiva ou má fragmentação da rocha e
ultralançamento dos fragmentos rochosos.
Os desvios ocorridos durante a perfuração nos comprimentos das variáveis geométricas e no
ângulo de inclinação dos furos foram verificados através dos equipamentos BoreTrak e o
“Quarryman”. O “BoreTrak”, figura 8, é uma espécie de sonda que determina a inclinação do
furo, o afastamento real a cada um metro, medindo também a profundidade dos furos e os
espaçamentos entre eles. O “Quarryman”, figura 9, faz uma leitura a laser, permitindo
determinar as coordenadas tridimensionais de pontos que caracterizem o banco com seus
respectivos furos e o plano de sua face.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAI – Blasting Analysis International Inc. (2000) High Tech Seminar, USA.
Hendricks, C. & Peck, J. (s.d.) Application of GPS and Equipment Monitoring Technology to
Blasting Operation in Surface Mining. Montreal: Aquila Mining Systems, , 130 p.
Karanam, U.M & Misra, B. (1998) Principles of Rock Drilling. Rotterdam: A . A . Balkema,
261 p.
Peck, J. & Vynne (1993) Current Status and Future Trends of Monitoring Tecnhology for Rotary
Blasthole Drill in Coal Mines. Washington : 95 th Annual General meeting of CIM, 27 p.
Vynne, J. (s.d.) Drill Monitoring Developments and the Utilization of the Drill Data. Washington:
Thunderbird Mining Systems, 10 p.
Richards, M. (1997), Practical Results of Using GPS on Mining Drills and Shovels in the
Production Environment,. Logan Lake, Canadá: Highland Valley Copper, , 14 p.
Chimica Edile
do Brasil Ltda.
apresenta
FRACT.AG
2
ARGAMASSA EXPANSIVA
NÃO EXPLOSIVA
PARA CORTES DE MÁRMORES, GRANITOS,
CONCRETOS E DEMOLIÇÕES EM GERAL.
O FRACT.AG® é produzido em 6 (seis) diferentes tipos de composição química, para adaptar o uso em função da
temperatura externa.
USO DO FRACT.AG® EM PÓ
O tempo de reação do FRACT.AG® é de duas a oito horas, que varia em função dos seguintes fatores:
- temperatura ambiente
- diâmetro e distância entre os furos (minas)
- dureza e resistência do material a ser cortado ou demolido
- tipo de FRACT.AG®
O trabalho com o FRACT.AG® não é submetido a interrupções, necessárias quando se usam os explosivos,
resultando em um aumento de produção e diminuição de mão-de-obra. Além
disso, o FRACT.AG® não requer o uso de máquinas ou de mão-de-obra
especializada.
Um dos aspectos mais interessantes do uso do FRACT.AG® na extração de
pedras ornamentais como mármores, granitos, etc., ou pedras preciosas como
diamantes, é a sensível diminuição nos custos de produção. Tal redução
baseia-se no total aproveitamento da matéria prima, devido ao fato que o
corte ocorre sempre na linha que une o centro dos furos (minas) onde foi
colocado o FRACT.AG® , não sendo alterada por falhas naturais da bancada
(prancha) e o processo não causa microfissuras na superfície do corte,
eliminando a perda de material.
É evidente portanto a grande vantagem econômica do uso do FRACT.AG® .
O FRACT.AG® è a solução ideal em todos os casos de demolição em que o
uso de explosivos, por razões de segurança , não podem ser utilizados e a única alternativa seria o uso de sistemas
mecânicos tradicionais, que são muitos caros e requerem muitas horas de trabalho.
O FRACT.AG® não é perigoso, não polui, não explode, e portanto não produz detritos, não levanta poeira e não
faz barulho algum.
Para se utilizar o FRACT.AG® não é necessário nenhum tipo de autorização, como no caso dos explosivos, e não
requer nenhum cuidado para o seu armazenamento, exceto aqueles típicos de qualquer cimento e principalmente de
evitar o contato com a água ou a umidade.
5
PREPARAÇÃO DA ROCHA PARA O CORTE
** Neste caso o furo (mina) deve ser mais curto alguns centímetros
para evitar perda de produto pelo fundo.
Muito importante :
Nas primeiras vezes que se usa o FRACT.AG® e quando
se deve fazer furos (minas) maiores consultar o revendedor.
Nas primeiras horas após a colocação do FRACT.AG®, não aproximar o rosto dos furos (minas) pois,
existe a remota possibilidade de expulsão violenta do pó que pode queimar os olhos, se as condições de
uso e manuseio não forem respeitadas.
Não se deve tampar os furos (minas).
Não se deve colocar FRACT.AG® em
garrafas ou recipientes muito estreitos pois,
por causa da reação, podem estourar.
Quando estiver colocando FRACT.AG®
nos furos (minas) e começar a chover cobrir
imediatamente com um plástico os furos
(minas).
Nos furos (minas) que tenham
rachaduras, para ano desperdiçar o
produto, deve-se utilizar um saco de
polietileno ou o FRACT.AG® em cartuchos.
6
GRAMIL
Granitos e Mármores Ltda.
SIGMA do Brasil
“ Aumentamos o
aproveitamento na extração “ Com a argamassa expansiva
das pedras e agilizamos o FRACT.AG conseguimos um
trabalho, inclusive, com maior volume de produção
diminuição da mão de obra”. aliado a uma menor geração
de rejeitos, além de melhorar
Estriel Vargas substancialmente a
Supervisor de Extração segurança dos trabalhadores
com a menor utilização de
SANTO explosivos”.
ANTÔNIO
Serraria Atílio Travaglia
Proprietário
“ Estou deixando de lado o
maçarico para usar
FRACT.AG. Obtivemos
economia de 60%
comparando com o que a
empresa gastava
anteriormente.”
Rodrigo Scaramussa
Proprietário
ESSA É A SOLUÇÃO
Argamassa expansiva para cortes de granitos, mármores e demolições em geral.
Não oferece risco, não explode, não produz detritos, nem trincas ou microfissuras.
ANTES
- DISTÃNCIA MÁXIMA
ENTRE OS FUROS ERA
DE 10 CM.
HOJE
- DISTÂNCIA ENTRE
OS FUROS
DE 30 CM
HOJE
Antes
Com a argamassa expansiva FRACT.AG foi possível retirar pranchas com 150 m3, pranchas
estas que ao retira-las com cunhas de pressão nos traziam as seguintes perdas :
Depois
Após termos utilizado a argamassa expansiva FRACT.AG pode-se dizer com clareza que o
quadro acima inverteu-se :
Alto Mutum Km. 29,5 do Município de Baixo Guandu – Espírito santo, Caixa Postal 22 CEP 29730-000
Tel/Fax: +55-027-721-5977
9
ABERTURA DE TÚNEIS
Método A
d
Diâmetro das perfurações 30 – 50 mm
d: distância entre o centro das perfurações o o o o o
20 – 30 cm. o
As perfurações devem ser realizadas de modo de
o o o o o o o o
iniciar a ruptura da parede criando-se uma valeta o o o o o o o o o o d
central.
Para isso é necessário dar as perfurações
o o o o o o o o o o
da seção central a demolir um ângulo o o o o o o o o o o
4m
aprox. 45 – 60%.
A medida que nos afastamos do centro
o o o o o o o o o o
o ângulo aumenta progressivamente até 90% o o o o o o o o o o
o o o o o o o o o o
o o o o o o o o o o
o o o o o o o o o o
45º a 50º 4m
ABERTURA DE TÚNEIS
Método B d
o o o o o o
Diâmetro das perfurações 30 – 50 mm o o o o o o o o
d: distância entre o centro das perfurações o o o o o o o o o o d
20 – 30 cm.
o o o o o o o o o o
o P r i meir a ser i e d e p er f ur açõ e s o o o o o o o o o o
4m
a s er e m p r ee nc h id a s co m F R ACT . AG
o o o o o o o o o o
Se g u nd a s ér i e d e p er f ur açõ e s ho r i zo nt ai s
o o o o o o o o o o
o a s er e m p r ee nc h id a s co m F R ACT . AG d ep o i s
d e 4 a 6 h s ap ó s a p r i me ir a sér ie
o o o o o o o o o o
As p er f ur a çõ e s r e s ta nt e s d e ver ão se r
o o o o o o o o o o
o p r ee nc h id a s
co m F R ACT . AG até co m p let ar - se a
d i me n são p r ee st ab el ec id a d o t ú ne l
o o o o o o o o o o
4m
DESMONTE DE
ESCAVAÇÃO
FRENTE ROCHOSA
(2)
d (1)
ESQUEMA PARA
ABERTURA DE As perfurações realizam-se a distância entre si de
30 cm com perfurações de 34 mm de diâmetro.
VALETAS As perfurações devem realizar-se com uma
inclinação de aproximadamente 60º exceto as
indicadas no eixo central.
1ª ETAPA
NÃO PREENCHER
O FURO CENTRAL
2ª ETAPA
11
CONCRETO ARMADO
NãoNN
Para um diâmetro de perfurações de 40 mm. a distância entre o centro
das mesmas será aprox. 20 cm. dependendo do grau da armação
CONCRETO
(Não armado)
4m
2m
1m
DEMOLIÇÃO DE
PILOTIS
Vista lateral Vista superior
0.5 m 0.50 m
0.30 m
diâmetro das mesmas de 34 mm
1.8 m
ferros da armadura
eixo coluna
serie de perfurações
as perfurações se
carregam com cartuchos
d
ferro
Inicia-se carregando as series de perfurações radiais para eliminar a cobertura dos ferros
e sucessivamente demole-se a coluna mediante a carga da perfuração central de 150 mm
FRACT.AG
13
a argamassa DE QUALIDADE
A única que não falha !
El CRAS:
Es un AGENTE DEMOLEDOR NO EXPLOSIVO pulverulento y de color grisáceo,
siendo su componente base Cal inorgánica.
El CRAS:
Mezclado con el porcentaje adecuado de agua (agua fresca, que nunca supere los
l0°- l2ºC en verano) provoca por reacción química de alto poder, una enorme tensión
expansiva, superior a las 7.000 T/m2, debiendo indicar que generalmente son
suficientes de 1.500 a 3.000 T/m2, para demoler todo tipo de roca y hormigón.
El CRAS:
Produce la rotura de una forma SEGURA. PRECISA y SIN VIBRACION
SIN EXPLOSION. SIN RUIDO DE MARTILLEO NI TEMBLOR, SIN GASES, SIN
CHISPAS, SIN PROBLEMAS DE ACCESIBILIDAD, SIN CONTAMINACION Nl
ATENTADOS ECOLOGICOS.
Además no paraliza ningún trabajo en la obra.
¿QUÉ ES EL CRAS ?
El CRAS:
Es efectivo en espacios abiertos, espacios reducidos e incluso cerrados, en zonas de
difícil acceso, en zonas de riesgo explosivo o inflamable, así mismo es muy efectivo en
demoliciones submarinas.
El CRAS:
No produce daños en los ecosistemas, tanto en la fauna como en la flora, resultando un
recurso insustituible en demoliciones submarinas.
El CRAS:
No precisa permisos por lo que el demoledor CRAS puede ser utilizado por cualquiera y
donde quiera.
El CRAS:
No requiere ningún esfuerzo o fatiga física en su utilización, en contra de las actuales
máquinas convencionales y resulta agradable en su manejo.
El CRAS:
Es la alternativa definitiva al explosivo convencional, pues además de más seguro resulta
en muchos trabajos, más económico que el explosivo.
¿CÓMO SE APLICA EL CRAS?
A Fract-Ag é uma massa que possui um alto poder de expansão para demolições e cortes de rochas e betões; a
Fract-Ag age em função do seu próprio inchamento, exercitando nas paredes dos furos que a contém uma força
superior a 8.000 t/m², provocando o aparecimento das fissuras.
A Fract-Ag é um produto altamente ecológico, pois não produz gases e não deixa resíduos nocivos.
O campo de ação da Fract-Ag é praticamente ilimitado: serve para romper, cortar e demolir rochas, betões e
cimentos armados, naquelas situações onde, por razões de segurança, o uso de explosivo não é possível.
Em qualquer formação rochosa, manufacto de cimento ou cimento armado, estruturas de tijolos, para a execução
dos seguintes trabalhos:
Escavação de fundações
Aplainamento de rochas para construção de estradas
Escavação de trincheiras para o posicionamento de conducto
Escavações subterrâneas
Escavações marítimas, mesmo submarinas
Eliminação de blocos de pedra
Demolição de pilastras, torres, paredes, bermas etc de cimento ou de cimento armado
Demolição de fundações
Demolição de quebra-mares
Demolição de obras de tijolo ou refratários
Demolições limitadas de rochas ou estruturas de cimento onde as obras adjacentes não podem ser danificadas
pelas vibrações geradas pelos explosivos
Presplitting de formações rochosas, com a criação de blocos isolados que, portanto, podem ser demolidos com
maior facilidade
Corte de blocos de mármore, de uma maneira mais econômica do que o corte com serra helicoidal
Escavação ou demolição de formações rochosas ou manufactos de cimento, onde o uso de explosivos
demonstra-se antieconômico por causa das perdas de tempos de operação, devidas às precauções requisitas para
o transporte, o armazenamento e a manipulação de explosivos, e ao respeito das regulamentações de segurança
pública
Página 1 de 5
Conheça nossas Soluções – Solicite nossos catálogos para maiores detalhes: FRACT-AG
Fios Diamantados Máquinas a Fio Diamantado, Teares a Fio Diamantado Moto-Serras para
Massa Expansiva para
para cortes de Perfuratrizes, Sondas e para mármore, granito, mármore, ardósia e
demolições e cortes de
rochas e concretos Acessórios para jazidas quartzito e ardósia aluguel
rochas e concretos
Matriz: R. Alice Terrayama, 99, Olhos D’Água, Belo Horizonte, MG, CEP: 30.390-090 - TeleFax: 31-3288-1320 - Email: gramac@prover.com.br
Como se usa a Fract-Ag ?
A Fract-Ag é um pó que, antes do uso, deve ser misturado com água na proporção de 30% em peso. Toma-se um
recipiente com capacidade suficiente, adiciona-se a quantidade de água necessária (1,5 litros para a embalagem
inteira de 5 kg) e depois, lentamente e sempre sob agitação, adiciona-se o pó, fazendo-se a mistura até alcançar uma
pasta cremosa, fluída e sem grumos (caroços); adiciona-se a pasta nos furos antecipadamente preparados dentro de
um intervalo de tempo de 5/15 minutos.
Os furos horizontais devem ser inclinados para que a Fract-Ag entre com facilidade. Os furos não devem ser
tapados e, somente em caso de chuva, devem ser cobertos com um material impermeável.
Não deve haver água dentro dos furos; em caso de grandes infiltrações, ou onde existirem fendas que não permitam
o enchimento do furo, aconselha-se a colocar dentro do furo um pequeno saco de PVC e, depois, encher este
último.
A distância entre furos varia em função do diâmetro dos mesmos (de Ø 32 mm a Ø 50 mm) e do tipo de material a
demolir ou a cortar.
Todos podem usa-la e em qualquer situação, pois a Fract-Ag é segura, silenciosa e absolutamente não perigosa, não
provoca arremessos de detritos, levantamento de poeiras, formações de gases ou qualquer tipo de vibração. Para
usar a Fract-Ag não é necessário nenhuma licença, como acontece, ao contrário, para o uso de explosivos. A ação
de demolição ou de corte da Fract-Ag pode ser interrompida a qualquer momento; basta retirar o produto inserido
no furo com uma nova perfuração do mesmo, diferenciando assim dos explosivos.
Não existe problemas particulares para a conservação da Fract-Ag desde que os recipientes não sejam violados e
que estes sejam conservados em lugares secos. Para a Fract-Ag, não existe problemas quanto as descargas elétricas
ou correntes estáticas.
Não aproxime o rosto dos furos nas primeiras 3 horas, pois existe a possibilidade (remota) da expulsão violenta de
poeiras se as condições de uso não tiverem sido respeitadas. Não coloque a Fract-Ag já misturada em recipientes
estreitos ou que tenham a boca mais estreita do que o fundo, não o coloque em recipientes de vidro tipo garrafas,
frascos, etc. Caso a Fract-Ag respingue nos olhos, lave-os imediatamente com água e procure um médico. A Fract-
Ag é um produto alcalino; seu pH é de aproximadamente 13.
Página 2 de 5
Conheça nossas Soluções – Solicite nossos catálogos para maiores detalhes: FRACT-AG
Fios Diamantados Máquinas a Fio Diamantado, Teares a Fio Diamantado Moto-Serras para
Massa Expansiva para
para cortes de Perfuratrizes, Sondas e para mármore, granito, mármore, ardósia e
demolições e cortes de
rochas e concretos Acessórios para jazidas quartzito e ardósia aluguel
rochas e concretos
Matriz: R. Alice Terrayama, 99, Olhos D’Água, Belo Horizonte, MG, CEP: 30.390-090 - TeleFax: 31-3288-1320 - Email: gramac@prover.com.br
Observações para o uso da Fract-Ag
A distância ente os furos, para rochas e betão não armado deve ser de 40/80 cm e 20/30 cm para o betão armado,
variando em função do diâmetro do furo.
Para os furos com diâmetro menor, a distância deve ser menor (exemplo: Ø 32 = 30cm – Ø 35 = 40 cm – Ø 40 = 50
cm).
Para utilizar a Fract-Ag da melhor forma e para obter os resultados desejados, aconselha-se a efetuar alguns testes
antes de utiliza-la em grandes quantidades.
Os furos com diâmetros grandes e mais próximos aceleram os tempos de ruptura. Para o uso da Fract-Ag em
materiais muito absorventes, como o cimento, deve-se primeiro umedecer os furos antes de colocar a argamassa,
certificado-se de que não tenha permanecido água dentro do furo.
Consumo estimado de Fract-Ag – pó para 1ml de furo:
Ø 30 32 34 38 40 45 50
Kg. ml 1,1 1,3 1,5 1,8 2,0 2,6 3,0
Alguns Exemplos de
Perfuração
Página 3 de 5
Conheça nossas Soluções – Solicite nossos catálogos para maiores detalhes: FRACT-AG
Fios Diamantados Máquinas a Fio Diamantado, Teares a Fio Diamantado Moto-Serras para
Massa Expansiva para
para cortes de Perfuratrizes, Sondas e para mármore, granito, mármore, ardósia e
demolições e cortes de
rochas e concretos Acessórios para jazidas quartzito e ardósia aluguel
rochas e concretos
Matriz: R. Alice Terrayama, 99, Olhos D’Água, Belo Horizonte, MG, CEP: 30.390-090 - TeleFax: 31-3288-1320 - Email: gramac@prover.com.br
Fract-Ag “ C ” (Cartuchos)
Descrição
A Fract-Ag “ C ” foi estudada para resolver uma série de problemas relativos ao uso da argamassa demolidora.
Atualmente existem no comércio 4 tipos de Fract-Ag “ C ”
Vantagens
Não precisa de mistura e isso elimina a possibilidade de erros na quantidade de água, porque absorve sozinho
aquela necessária. Pode ser utilizado em qualquer posição sem atenções especiais (orifícios no teto e horizontais).
A reação é mais rápida, então destrói ou corta num menor tempo.
Embalagens
Ø 28 x 22 cm contendo 200 gramas de Fract-Ag, para utilizar em orifícios de Ø 32 / 34, embaladas em caixas
contendo 100 cartuchos, úteis para aproximadamente 14 / 16 ml. de furos.
Uso
Abrir a embalagem selada contendo os cartuchos só pouco antes do uso. Mergulhar os cartuchos que deverão ser
usados num recipiente contendo água limpa na temperatura exigida (veja o tipo da Fract-Ag escolhida) por
aproximadamente 2 a 3 minutos. Introduzir os cartuchos molhados no orifícios, um por vez, constipando-os com
um bastão de modo que os faça aderir perfeitamente nas paredes; chegando no último cartucho, se este vazar, é
possível retirá-lo, pegar com as duas mãos, dividindo-o em duas partes, as quais serão usadas para completar o
enchimento de 2 orifícios.
Além dos equipamentos normais para a movimentação dos blocos, este sistema necessita de:
A) Instalação de serra helicoidal ou diamantada para o corte de base para o plano. O corte poderá ser das
dimensões desejadas quer como superfície, quer como altura.
B) Compressor com respectivo perfurador e brocas de diâmetro 28/30/32/34 mm.
C) Máquinas para ensaio de sondagem ou outro sistema para o posicionamento da serra para o corte da base.
O Seccionamento dos blocos é feito por meio da execução de furos em toda a altura do bloco até encontrar o corte,
com uma distância entre os furos de cerca de 20 cm. Nos furos, introduz-se uma pequena quantidade de papel
Página 4 de 5
Conheça nossas Soluções – Solicite nossos catálogos para maiores detalhes: FRACT-AG
Fios Diamantados Máquinas a Fio Diamantado, Teares a Fio Diamantado Moto-Serras para
Massa Expansiva para
para cortes de Perfuratrizes, Sondas e para mármore, granito, mármore, ardósia e
demolições e cortes de
rochas e concretos Acessórios para jazidas quartzito e ardósia aluguel
rochas e concretos
Matriz: R. Alice Terrayama, 99, Olhos D’Água, Belo Horizonte, MG, CEP: 30.390-090 - TeleFax: 31-3288-1320 - Email: gramac@prover.com.br
molhado, que deverá ser empurrado até o fundo com um bastão ou com a própria ponta da broca, afim de impedir
que a massa saia pelo corte. Os furos alternados, um sim e um não (depois de alguns testes, poderão ser dois vazios
e um cheio), são enchidos com a massa expansiva Fract-Ag depois que esta foi misturada com a quantidade de água
correta.
Nesta altura, será necessário esperar 6 a 12 horas para que o bloco se destaque. A força de impulsão é constante e
uniforme em toda a altura do bloco; portanto, mesmo se defeituoso, este será impulsionado sem rachaduras
estranhas.
Para além dos equipamentos normais de movimentação de blocos, este sistema necessita de:
A) Serra de corrente (lâmina de 150 ou 300 cm) para destacar o degrau da base.
B) Compressor com respectivo perfurador e brocas de diâmetro 28/30/32/34 mm.
Faz-se o seccionamento dos blocos e todas as outras operações como indicado para o sistema de planos.
Para além dos equipamentos normais de movimentação de blocos, este sistema, o mais econômico, necessita de:
A) Compressor com respectivo perfurador e brocas de diâmetro 28/30/32/34 mm.
O seccionamento dos blocos é feito da mesma maneira dos sistema descritos anteriormente, enquanto para o
destaque da base, faz-se furos horizontais da profundidade necessária, afastados entre si de 10 cm, e enche-se os
mesmos com cartuchos de Fract-Ag – “ C ”.
Estes furos horizontais também podem ser enchidos alternadamente, um sim e um não, dependendo da resistência
do material que deverá ser extraído.
Página 5 de 5
Conheça nossas Soluções – Solicite nossos catálogos para maiores detalhes: FRACT-AG
Fios Diamantados Máquinas a Fio Diamantado, Teares a Fio Diamantado Moto-Serras para
Massa Expansiva para
para cortes de Perfuratrizes, Sondas e para mármore, granito, mármore, ardósia e
demolições e cortes de
rochas e concretos Acessórios para jazidas quartzito e ardósia aluguel
rochas e concretos
Matriz: R. Alice Terrayama, 99, Olhos D’Água, Belo Horizonte, MG, CEP: 30.390-090 - TeleFax: 31-3288-1320 - Email: gramac@prover.com.br
(Nuevo Plasma)
Sistema para quebrar rocas utilizando la Cápsula
“Una revolución en el rompimiento de rocas
macizas con baja vibración”
1. Nombre del método explosivo: Método para quebrar rocas REM (Mezcla
Metálica de Expansión Rápida)
2. Nombre químico de la mezcla: Mezcla Metálica de Expansión Rápida
3. Nombre del Producto:
4. Principio de la Reacción Química
La cual está compuesta de metal y sal metálica, comienza una reacción
termoquímica ocasionada por la energía de una chispa eléctrica de alto
voltaje en un espacio restringido. En este momento, se generan rápidamente
súper elevadas temperaturas y energía expansiva térmica por la gran
elevación de la presión. Si se asegura un espacio para la expansión debida
a la reacción térmica expansiva anteriormente mencionada, la energía
expansiva se reduce abruptamente y se pierde. Entonces, la reacción
exotérmica no puede ocurrir.
5. Características Técnicas
Cápsula C.S.KIM
Presión expansiva (atm)
※ Explicación de las características del gráfico de cambio de la presión
expansiva.