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Por outro lado, silenciar essa problemática também configura um impasse para a sua
resolução. De acordo com Djamila Ribeiro, é necessário tirar uma situação da invisibilidade
para que medidas sejam pensadas. Nesse contexto, a falta de discursos que representem as
religiões de matriz africana, por exemplo, que correspondem a mais de 61% dos casos no
Brasil, nas mídias sociais, principal portal de informações atualmente, faz com que essa prática
se acomode, visto que a falta de engajamento no assunto faz com que a condenação dos
praticantes deste crime não seja realidade na maioria dos casos.
Portanto, é imprescindível que medidas sejam tomadas para mudar esse cenário, cabendo ao
Ministério das Comunicações que promova debates e propagandas televisivos acerca do
assunto, de modo a trazer à tona essa inconveniência e inspirar os cidadãos a trabalharem
juntos para mitigá-la. Paralelamente, a instauração de políticas rigorosas faz-se necessária,
obrigando o Senado Federal do Brasil a efetuar uma reforma nas leis relacionadas aos crimes
de intolerância religiosa, tornando a pena inafiançável e estabelecendo uma reclusão de cinco
a dez anos, de forma a cumprir com o seu papel e devidamente condenar os culpados. Dessa
forma, a cidadania pode tornar a sua convivência social mais satisfatória e pacífica,
contrariando o regime francês e evitando que períodos como esse voltem a acontecer.