A proposta da redução da maioridade penal no Brasil visa a
diminuição da idade mínima com que um cidadão possa ir para a prisão em casos de crimes hediondos. Em 2015 a câmara aprovou a PEC 171/93, porém até os dias atuais o julgamento pelo Senado Federal ainda é aguardado. Por mais que esse projeto possa afetar jovens em condições de vulnerabilidade visto que o sistema prisional é precário, ainda sim, grande parte da população aprova a mudança.
A redução da maioridade penal afeta principalmente jovens em
condições sociais vulneráveis. A tendência é que jovens negros, pobres e moradores das periferias das grandes cidades brasileiras sejam afetados pela redução. Esse já é o perfil predominante dos presos no Brasil. DATAFOLHA: Cerca de 87% dos brasileiros apoiam a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.
A redução da maioridade penal tem sido um tema muito
debatido no Brasil nos últimos anos. Há quem defenda que jovens a partir dos 16 anos deveriam ser responsabilizados criminalmente como adultos, enquanto outros argumentam que isso seria um retrocesso no sistema penal brasileiro e poderia agravar ainda mais o problema da violência juvenil. É importante considerar que a Constituição brasileira estabelece que menores de 18 anos são penalmente inimputáveis, ou seja, não podem ser condenados criminalmente como adultos. Essa é uma medida de proteção aos jovens, levando em conta que muitos deles ainda estão em fase de desenvolvimento físico e psicológico, e que uma punição severa poderia prejudicar ainda mais sua reintegração à sociedade. Por outro lado, há quem argumente que a redução da maioridade penal seria uma forma de combater a impunidade, especialmente em casos de crimes graves como homicídios e estupros cometidos por adolescentes. Essa perspectiva, no entanto, ignora o fato de que muitos jovens são envolvidos em atividades criminosas por conta de uma série de fatores sociais, como pobreza, exclusão e falta de oportunidades de educação e emprego. Além disso, é importante ressaltar que a redução da maioridade penal não resolveria o problema da violência juvenil no Brasil. Ao contrário, poderia agravá-lo ainda mais, uma vez que os jovens seriam encarcerados em presídios superlotados, sem acesso a medidas de ressocialização adequadas. Isso poderia gerar um ciclo vicioso de reincidência criminal e perpetuar a violência em nossa sociedade. Diante desses argumentos, é importante considerar outras alternativas para combater a violência juvenil, como investimentos em políticas sociais que promovam a inclusão e a educação dos jovens, além de medidas de ressocialização para aqueles que cometem atos infracionais. É necessário também que o Estado assuma sua responsabilidade em garantir a segurança da população, combatendo a impunidade e a corrupção, e investindo em políticas públicas de prevenção à violência. Em suma, a redução da maioridade penal no Brasil é um tema complexo e polêmico, que exige um debate amplo e aprofundado, levando em conta as implicações sociais e jurídicas da medida. É fundamental buscar soluções que promovam a justiça e a segurança, sem comprometer os direitos e a integridade dos jovens brasileiros
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