Você está na página 1de 21

IMPUNIDADE LEGALIZADA

NASCIMENTO, Tânia Alves do1.


Instituto Goiano de Direito (IGD) – Goiânia, GO.

RESUMO
O presente trabalho tem como finalidade a ampliação do conceito sobre a
responsabilidade penal em relação a jovens que comentem crimes graves e sem
remorso algum continuam na vida do crime respaldados pela legislação E.C.A.
Estatuto que impede a real aplicação das leis penais sob um grupo privilegiado de
criminosos, usando como respaldo a incapacidade intelectual apenas na esfera
penal, pois a mesma incapacidade intelectual vista com grande importância na
esfera civil nos casos de emancipação, dando espaço para que no Brasil haja dois
tribunais, duas leis, uma para quem completa 18 anos e outra para os que estão
abaixo dos 18 volto a ressaltar que essa corrente de filosófica é praticada apenas
na esfera penal, fragilização e corrompendo o sistema penal, como consequência
não reabilitando crianças e adolescentes que podem ser reeducados e reinseridos
na sociedade novamente com intuito de se tornar um bom cidadão, mas o que é
relatado todos os dias nos jornais em matérias que envolve os jovens criminosos é
que os mesmo se vangloriam do sistema existe no país e informam que vão voltar
a matar, a estuprar, a roubar e não mais por ser recrutados por maiores e sim por
gostarem da fama de bad boy, assassinos e chefes de algum grupo meliante, do
outro lado estão cidadãos condenados a morrer na mãos de menores
"intelectualmente incapazes", mas extremante armados, violentos e sem um pingo
de piedade ou remorso sobre os atos que irão praticar e atos praticados no passado,
não está faltando apenas acesso à educação no Brasil, está faltando punição,
enquanto isso, pais, mães, filhos, estudantes são assassinados brutalmente "por
crianças e jovens" maldosamente inconsequentes, e nada, absolutamente nada é
feito com o intuito de amenizar a perda dessas famílias, de filhos que ficaram órfãos,
de irmão que viram seus irmãos serem assassinados, esposas e maridos que
perderam seus companheiros, por causa de um estatuto que se sobrepõe ao código
penal e a vida humana.
Os primeiros passos para que haja possibilidade de reduzir a criminalidade no Brasil
é o incentivo a programas que obriguem esses jovem a conviver com a realidade
das consequências que podem gerar com esse comportamento destrutivo, como
cadeias educativas, na qual o menor que ainda não cometeu crimes graves ficará
ali internado apreendendo uma profissão, estudando e com obrigação de tirar notas

1
Bacharel em Direito pela Universidade Salgado de Oliveira, pós-graduada em Perícia Criminal pela
INCURS. Goiânia. E-mail: tanianovembro@gmail.com
2

boas, para que no fim da sua internação possa voltar ao seio social como um
cidadão capaz de obedecer as leis e ter compaixão com seus iguais.
No entanto para os que já praticaram crimes graves e hediondos não mais em falar
em reintegração a sociedade, e sim em punibilidade, esse devem ser emancipados
criminalmente e cumprir pena em cadeia comum, pelo fato da história se repetir,
são criminosos que foram recrutados por criminosos e que conviviam diariamente
sem temor algum de serem punidos, pelo contrário queriam agradar para "subir de
cargo", se pede ter convencia criminosa fora da cadeia, pode sim ter convencia no
cumprimento de pena dentro da cadeia.

Palavra-chave: Emancipação penal; Reeducação; Punibilidade; Estatuto da


criança e adolescente (ECA).

1. INTRODUÇÃO

Para que a criminalidade seja combatida com eficácia no Brasil, é necessário


que além de projetos e propostas para recuperação de uma juventude
marginalizada para falta de lei e excesso de liberdade somada ao assédio moral
afim de recrutar jovens que ainda tem chance de ter uma vida descente através do
estudo e do trabalho, saiam do papel e sejam colocadas em práticas, é necessário
que os jovens na medidas das suas desigualdade sejam selecionados e colocados
em lugares distintos de outros jovens que praticaram crimes graves, e não são
recuperáveis por ter comportamento psicopata, como demostrado no trabalho que
se segue.

2. EMANCIPAÇÃO PENAL O DEVER DE PUNIR DO ESTADO

Existe uma corrente muito forte no Brasil que busca defender que toda e
qualquer pessoa que comete crimes contra a vida, a sexualidade, tráfico, crimes
análogos a hediondos e hediondos devem ser encarcerados, devem cumprir
pena caso seja condenado, essa corrente é composta por cidadãos cansados da
impunidade legislativa e judiciaria que se manifesta nas ruas todas as vezes que
são assaltadas e/ou tem algum conhecido morto pela mãos de marginais
3

principalmente menores de idade que não cumprem sequer um anos de


internamento, cientistas, doutrinadores e estudiosos sobre psicopatia como a
psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva, o psiquiatra Guido Artugo alertam sobre
a personalidade, a periculosidade de muito assassinos que são menores e não tem
recuperação por manifestar essa tendência criminosa ainda na infância, que são
especialistas em psicopatia, portanto seguindo esses especialistas uma parte
desses indivíduos não são capazes de ser reinseridos na sociedade por não possuir
características que possa conviver com outro indivíduo sem que o considere uma
presa, e também existe uma casta de indivíduos que apesar de não serem
classificados como psicopatas, não se importam em cometer crimes bárbaros e
assassinatos pelo fato do Brasil estar passando um uma onda de descriminalização
de todo e qualquer comportamento criminoso, colocando a sociedade capitalista
como criadores de delinquentes, portanto merecedora dos crimes cometidos contra
ela por supostamente exibir seu patrimônio, esse argumento é utilizado
principalmente quando o delinquência é praticada por jovens que se veem impunes
de seus atos cruéis por estar amparados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente,
que deveria ser considerado uma conquista, mas em inúmeros casos é usado como
escudo de proteção contra aplicação da justiça e real interesse dos Direitos
Humanos, pois o direito à liberdade não pode ser sobrepor ao direito a vida, e é
para isso que existem as leis penais, apesar de alguns doutrinadores como o Dr.
Paulo Queiroz defender que o direito penal não foi criado para punir, essa visão
todos os dias é rebatida pela população indignada como o excesso de benefícios
concedidos a criminosos, e fica a pergunta: Se o direito penal não tem a finalidade
de punir, por que ele existe? Por que em seus vários artigos e incisos estão
presentes a perda da liberdade, o encarceramento, e principalmente o tempo de
cumprimento de pena? Negar que o Direito penal existe para punir é o mesmo que
criar um Frankenstein jurídico, leis que não podem ser aplicadas por causa de
requisitos bastantes discutíveis como a idade e não a capacidade intelectual,
misturando jovens que podem sim ser recuperados com criminosos por profissão e
indivíduos que nunca vão olhar outro indivíduo com compaixão, pois eles são a
evolução e o resto da sociedade são presas inferiores, pensamento em geral dos
4

psicopatas.

No quadro abaixo está especificado as diversas modalidades de emancipação


civil, o que causa estranheza é que apenas no civil não é discutido a intelectualidade
do indivíduo e sem se praticou ou não atos ilícitos puníveis na esfera civil.

Direito Civil: A emancipação é a forma pela qual uma pessoa que ainda não atingiu
a maioridade deixa de ser considerada relativamente incapaz e torna-se capaz para
praticar os atos da vida civil sem a tutela dos pais, o artigo 5º do Código Civil prevê
4 modalidades de emancipação legal:

A. Emancipação pelo casamento.

B. Emancipação pelo exercício de emprego público efetivo:

C. Emancipação pela colação de grau em curso de ensino superior:

D. Emancipação pela existência de economia própria do menor relativamente


incapaz.

Nesses casos legislação e o Jurídico são omissos no sentindo de punir caso


ocorra ato ilícito, na esfera civil o menor de idade emancipado não é visto mais como
criança e sim como um adulto empreendedor, ou um pai de família que precisa
cumprir com suas obrigações (pensão alimentícia...) ou um devedor do que pode
perder seus bens materiais caso tenha dívidas que possam confiscar seus bens e
em nenhum artigo da Constituição permite dois pesos e duas medidas, portanto o
Código Civil e o Código penal devem seguir a mesmas linha de raciocínio no quesito
emancipação, é inconstitucional emancipar apenas para alguns casos e não para
outros, uma vez emancipado, não legal ao ponto de vista jurídico e legislativo afim
que é adulto para constituir família e pagar impostos mais é criança no quando
“responde” por homicídio, Vejamos abaixo:

Nesses casos que o emancipado civil é visto como um indivíduo totalmente


capaz de arcar com as consequências dos atos praticados, pois o que os classifica
como “adulto” é economia própria, conclusão de curso superior, aquisição de
5

matrimonio, etc.; e quando se volta ao questionar essa mesma capacidade na


esfera penal o que impera é a questão da idade do delinquente desclassificando
direitos como a vida, o direito de resposta, o devido processo legal que deve
amparar também quem teve a vida ceifada de forma bruta por indivíduos que na
esfera civil são considerados capazes, mas na espera penal a suposta
intelectualidade para entendimento de um assassinato é discutível a fim de proteger
ações que a própria legislação caso seja maior de idade.

Pela Pirâmide de Kelsen a Constituição Federal está acima do Código Penal


e Civil, mas ambos estão no mesmo âmbito jurídico, ou seja, não existe hierarquia
quanto a legalidade de ambas as leis, portanto uma não pode anular a outra ou ter
importância desiguais ou outros em casos específicos, principalmente quando se
trata de direito à vida.

A seguir os crimes praticados por menores de 18 anos e que são classificados


como indivíduos perversos, publicada na Revista AH Aventuras na Historia por
Victoria Gearini em 08/02/2020:

PEQUENAS MENTES PERVERSAS: 5 ASSASSINATOS COMETIDOS POR


MENORES DE IDADE
Conheça a história de jovens psicopatas que praticaram crimes hediondos

Victória Gearini publicado em 08/02/2020, às 20h40

1. Sem internet: o insólito caso de Hughstan Schilicker

Hughstan Schilicker / Crédito: Divulgação


6

Hughstan Schilicker, na época com 15 anos, matou seu pai de forma brutal, em
fevereiro de 2008. O adolescente morava com sua família na cidade de Mesa,
no Arizona. Pouco antes de cometer o crime, o jovem publicou no MySpace que
gostaria de matar seu próprio pai, Ted. Ao descobrir sobre a postagem, Ted
proibiu o filho de usar a internet e excluiu o perfil da rede social.

Como represália, Hughstan afirmou a polícia que pretendia se matar na frente


de seu pai, mas seu plano fugiu do controle e decidiu, de última hora, atirar em
Ted. O adolescente foi indiciado por homicídio e permanecerá sem internet na
cadeia.

2. A Matemática de sangue: o massacre de Barry Dale Loukaitis

Quando tinha 14 anos, o jovem Barry Dale Loukaitis não gostava de Matemática.
Em 1996, o adolescente foi para a escola localizada na cidade de Moses Lake,
em Washington. Um dia, Barry se vestiu de caubói e levou um rifle e dois
revólveres para a aula de álgebra, onde atirou contra seus colegas de sala,
ferindo gravemente uma aluna e matando dois estudantes.

Barry Dale Loukaitis / Crédito: Divulgação

Sem saber o que fazer, Barry atirou, ainda, contra sua professora, Leona Claires.
No final do massacre, o garoto disse: “Isso é muito melhor que álgebra, não é
mesmo?”, em referência a obra Fúria, de Stephen King. O criminoso foi preso e
condenado a duas prisões perpétuas, contabilizando mais de 205 anos.
3. Seisaku Nakamura: o sádico serial killer da Segunda Guerra Mundial
7

Seisaku Nakamura / Crédito: Divulgação

Surdo e tímido, Seisaku Nakamura não teve uma vida fácil, pois teria sido
torturado na infância pela sua própria família. Bom aluno, o garoto era obcecado
por filmes japoneses violentos. Aos 14 anos, tentou estuprar duas mulheres e,
sem êxito, as matou. Além disso, chegou a matar mais de 10 pessoas, entre elas
o seu próprio irmão, em 1941.

Para não gerar pânico, em plena Segunda Guerra Mundial, as autoridades


omitiram diversos de seus crimes. Portanto, estima-se que estes números sejam
muito maiores. Em 1942, Seisaku foi preso e seu pai se suicidou. Um depois, o
criminoso foi condenado à morte por enforcamento.

4. Robert Thompson e Jon. Venables: o brutal crime cometido contra um


bebê

Robert Thompson / Crédito: Divulgação

No dia 12 de fevereiro de 1993, James Bulger, na época com dois anos, foi
sequestrado por outras duas crianças, Robert Thompson e Jon Venables, ambos
com 10 anos de idade. Os garotos torturam James por horas, jogaram tinta azul
em seu corpo, o espancaram e introduziram objetos em sua boca e ânus. Robert
Thompson e Jon Venables arremessaram, ainda, uma barra de ferro na cabeça
do bebê.

Jon Venables / Crédito: Divulgação


8

Os assassinos colocaram o corpo de James nos trilhos de uma estação


ferroviária. Graças às câmeras de segurança do shopping onde James foi
sequestrado, as autoridades encontraram os autores do crime. Em 1993, foram
condenados a 15 anos de prisão. Em 2001, o governo europeu decidiu que
estavam aptos a voltarem para a sociedade e hoje vivem com outros nomes e
protegidos pela justiça.
5. Mary Bell: a assassina mirim

Nascida na Inglaterra, em 1957, Mary Flora Bell era filha de Betty, uma usuária
de drogas, que por diversas vezes drogou a criança e tinha o hábito de esfregar
o rosto da menina em sua própria urina. Além disso, Mary era obrigada por sua
mãe a fazer sexo oral em homens, em troca de dinheiro, com apenas 5 anos de
idade.

Mary Flora Bell / Crédito: Divulgação

Estas agressões acarretaram fortes traumas psicológicos, levando a psicopata


mirim a cometer diversos crimes aos 11 anos. Martin Brown, de três anos, foi
estrangulado até a morte por Mary. No mesmo dia do crime, a garota e sua
melhor amiga, Norma Bell, escreveram um bilhete assinando a autoria do crime.
Após outros assassinatos, Mary foi condenada à prisão e atualmente, em
liberdade, vive sob outro nome

Em todos os casos citados a cima os menores de 16 anos foram considerados


nos E.U.A pelas leis como responsável por seus atos e seus danos causado, nesse
sentindo o houve regressão punitiva no Brasil justamente com a sanção do Estatuto
da Criança e do Adolescente que atropelou o código penal e processo penal,
impedindo que a sua real finalidade o dever de punir do Estado, para o real alcance
9

de se reintegrar à sociedade aqueles que merecerem. No entanto quase não


existem investimentos em programas de reintegração com eficácia no Brasil, no
presente momento, tudo é proibido, trabalho forçado a fim de ressarcir os
prejudicados é contra os direitos humanos, e assim pessoas que tiveram seus
direitos violados se veem órfãos pela falta de amparo do governo que tem sim
obrigação de zelar pelo bem estar da sociedade impedindo que o cidadão
contribuinte seja violado onde quer que esteja, portanto a mesma constituição que
diz protege a vida está sendo interpretada de forma tão ambígua, distorcida e ampla
nas questões penais, ou seja o menor de 16 é responsável por tudo, menos quando
ele se comporta como um delinquente pois se mata, estupra, rouba, pratica
qualquer crime, a lei penal diz que este é insuficientemente capaz de entender suas
ações, colocando crianças malcriadas que roubaram revistinhas na banca com
delinquentes irrecuperáveis, colocando a culpa na sociedade e na economia,
quando o verdadeiro culpado é O ESTADO E SUAS LEIS, que além de não investir
na educação, não investe em construir locais separados para ambos delinquentes,
expondo a perigo e violência os possíveis recuperáveis.

Como recuperar indivíduos que praticaram pequenos delitos por estar em crise
com sua transição infantil para a fase adulta (adolescência), se no Brasil todos os
níveis de comporto ilícito é tratado como ato ilícito, podendo apenas ser aplicada as
sanções previstas no E.C.A a qual a pior seria a internação, internação esse que
todos os níveis de delinquentes ficam juntos no mesmo espaço, fertilizando a Teoria
do Fruto da Arvore podre, que a pesar de se tratar do termos de provas, pode ser
mencionada neste contexto literalmente em caso concreto pelo fato que as facções
e gangues surgem de líderes que sabem como induzir mentes a pratica de crime,
no morro podemos citar o aviãozinho, que conforme cresce vai ganhando abertura
dentro da gangue ou das facções, toda vez que o aviãozinho é apreendido e nada
acontece juridicamente a ele, podendo no máximo ficar internado, este vai recrutar
outras crianças e adolescente que se não tivesse tido contato com esse menor, não
teriam entrado para a vida do crime.

Nesse caso específico não está sendo abordado nenhuma forma de


10

psicopatia, mas sim um garoto que foi recrutado para o crime porque essa é a única
realidade conhecida, ou por sua índole perversa que ao invés de recuperar
contamina os outros” frutos” saudáveis e recuperáveis, e n a outra ponta estão as
verdadeiras vítimas da sociedade, das leis, do estado e do governo que em
momento algum amparar a vítima e seus familiares, os documentos anexados a
este têm a pauta de abri a visão em realmente endurecer as leis penais ou tapando
o sol com a peneira, fingindo se importar com as crianças, jovens e com a sociedade
que é obrigada a conviver com tudo isso.

Em pleno século XXI, na Era da modernidade, onde as informações correm o


mundo em milésimos de segundos o Brasil por cauda da tecnologia avançada os
legisladores continuem apegados a conceitos errôneos sobre capacidade
intelectual de um delinquente relacionado a sua idade.

No Brasil existem vários Projetos de emancipação para fins penais tais como:
COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA SUGESTÃO Nº 123, DE 2017
Sugere a apresentação de projeto de lei que institui a emancipação penal do maior
de 16 (dezesseis) anos. Autor: INSTITUTO NACIONAL ELOGÍSTICA REVERSA
Relator: Deputado LINCOLN PORTELA, CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO
DE LEI COMPLEMENTAR N. º 89, DE 2015 (Do Sr. Pompoe de Mattos).

O projeto de lei pioneiro no Brasil é do advogado Ari Friedenbach.

Em 30/05/2015 o advogado Ari Friedenbach, pai de Liana garota de 16 anos


que foi sequestrada junto com seu namorado Felipe Café, onde ambos foram
torturados e brutamente assassinas, a sociedade se perguntava, quem vai amparar
esses pais? A resposta é ninguém.

Para Dr. Ari Friedenbach reduzir a maioridade penal só deslocaria o problema.

Segundo depoimento dele em entrevista: "Os governos deveriam criar


unidades punitivas e reeducativas ao mesmo tempo. E crimes cometidos na
adolescência têm de reaparecer na ficha de criminosos adultos, em vez de sumir.
11

ARI FRIEDENBACH

Em 2003, por uma tragédia, minha vida mudou de forma drástica. Minha
filha Liana, então com 16 anos, foi estuprada e assassinada por um menor
de idade, conhecido por “Champinha”, e sua quadrilha. O choque e a dor
me deixaram amortecido, sem rumo, dominado por raiva e vontade de
vingança. Após o crime, passei semanas dormindo à base de
medicamento. Buscava uma explicação. O tempo me fez rever os
conceitos mais radicais e me fez entender que eu tinha uma missão: fazer
algo para que a Justiça fosse mais severa e outras tragédias pudessem
ser evitadas. Apoiar a simples redução da maioridade penal me pareceu
uma solução imediata e simples. Mas não era esse o caminho. (ÉPOCA,
2015).

Deve ser discutido a constitucionalidade de alguns artigos do E.C.A quando


esse continua negando a capacidade entendimento de qualquer indivíduo com mais
de 10 anos de idade sobre crimes praticados por eles, é imoral apegar-se ao
discurso que a maturidade emocional somente é alcançada ao completar 18 anos,
ponto onde o delinquente começa a entender de fato sobre o que é certo fazer, o
que não é certo fazer em uma sociedade civil com regras, direito e deveres para
todos, somente assim a máquina chamada sistema social pode continuar
funcionando. O legislativo e o judiciário esqueceram dos cidadãos que fazem a
máquina funcionar, a economia girar, esqueceram que seus salários são pagos por
aqueles que estão em conformidade com a lei, esqueceram que beneficiar atos
criminosos cometidos por alguns, esqueceram que a cada 04 anos são eleitos para
tutelar a segurança e a vida da população e não expolas a marginalidade
defendendo supostas incapacidades neurológicas alcançadas apenas ao se
completar 18 anos, se esse pensamento fosse legitimo qual seria o papel da família
e da escola na educação da criança e adolescente se eles só terão maturidade de
raciocínio após completar 18 anos, e como um clique de mágica conseguem
entender tudo que é certo e errado.

2.1. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO JUVENIL

A Emancipação para fins penais está dando certo em outros lugares do


mundo, como E.U.A , onde a violência realmente é punida e os tratamentos rígidos
são aplicados antes que o adolescente seja realmente emancipado para fins penais,
esses jovens são expostos a realidade de passar a vida inteira ou parte dela
12

encarcerados e esse ponto do programa é crucial para a recuperação, pois muitos


desses jovens percebem que aquela realidade pode se torna a realidade deles e
que a vida no crime não é glorioso, esse programa de televisão muito criticado por
uns e defendendo por outros parece realmente recuperam jovens delinquentes.

Nos E.U.A na cidade de Maryland, existe um programa de recuperação


disponibilizado pela justiça a reabilitação de infratores juvenis, esse programa
denominado “ Tratamento de Choque” determina que adolescente reincidentes em
delitos criminais passem uma temporada de 24 horas ou mais dentro de uma
penitenciária convivendo com criminosos que são selecionados para mostrar para
aqueles jovens que o caminho do crime não compensa, que estraga a vida dele, da
sua família e da famílias de terceiros vítimas de seus atos.

Nesse programa os adolescentes têm acesso a informações passadas


diretamente de presos que talvez nunca mais voltem para o seio social, porque
ignoraram a legislação do seu país, achando que ficariam impunes e que a vida no
crime era gloriosa, e atualmente se arrependem, pois deixaram pais, filhos, amigos,
emprego para traz.

2.2. REALIDADE CARCERAIRIA

Essas crianças e adolescente são informada que dentro do presidio existe um


código ditado pelo mais fortes e que eles devem respeitar para não serem punidos
lá dentro, esse código inicia nas informações de como devem se comportar para
que sejam respeitados dentro do presidio, informações como rir é conotação sexual,
olhar fixo para outro detento é desafia-lo, os mais antigos ditam as regras que
devem ser seguidas para que se tenha ordem dentro do presidio, toda essa
informação tem impacto positivo para esses jovens que percebem que não querem
esse tipo de vida, pois sabem que dentro do presidio a realidade é outra e bem mais
dura que na escola, e que a última os proporciona uma vida mais digna em todos
os sentidos.

Nos E.U.A ao completar 16 anos, o adolescente pode votar, dirigir, responder


por crimes, ser interrogado por policial sem a presença dos pais, fumar, não ter que
13

notificar os pais sobre uma possível gravidez, seja são tratados como pessoas
maduras que conseguem discernir os atos praticados, portanto capazes de
responder processo e ser presos. Nos primeiros dias após a experiência, foi
constatado que a maioria das crianças e adolescentes são despertados a reverem
suas condutas e começar um novo caminho de mudança, pois o medo daquele
mundo expostos a criminosos que imitam lhes vem à tona.

Esse programa tem vários adeptos incluindo jovens que passaram pelo
programa.
Número:
3,7 milhões
Audiência da primeira temporada nos EUA

Trajetória de sucesso
Devido à audiência estável, o programa finalizou, na última quinta-feira,
a sexta temporada. São três anos no ar, com uma média de dois ciclos
por ano.
Chegando lá
No Brasil, Tratamento de choque está no meio da quinta temporada.

Se o público se divide…
As mães dos adolescentes se mostram satisfeitas ao fim de cada
episódio. A maioria deles volta repensando a própria conduta e
demonstra maior consideração com a família, segundo os depoimentos
delas.
Matéria publicada pelo jornalista, professor Sergio Henrique da Silva
Pereira no site JUSBRASIL

2.2.1. APLICAÇÃO PENAL EM PAIS DE PRIMEIRO MUNDO

O mundo usa os dois parâmetros n tentativa de diminuir a criminalidade, o


Brasil é um dos poucos países que abraça a ideia de que todo delinquente é
incapacitado por não ter completado 18 anos de idade, no entanto a imaturidade
não pode e não deve servi de muleta para que o legislativo aceite pena de morte no
Brasil paralela praticada por um grupo privilegiado por uma estatuto que nesse
sentindo fere a Constituição e o Código penal, pois entende-se na prática que no
Brasil matar é permitido sem consequências penais efetivas, desde que seja menor
de idade.
14

O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ESTA MESNMO


CUMPRINDO SEU RPOPROSITO QUE É A PROTEÇÃO DA CRIANÇA E DO
AOLESCENTE CONVIVENDO COM A MARGINALIDADE?

É de suma importância ressaltar que o Estatuto da Infância e da Adolescência


está abaixo hierarquicamente da Constituição e do Código penal e que no artigo 5°
que reza em vários incisos, que todos brasileiros são iguais independente de raça,
cor credo, protege a vida da pessoa humana, nessa linha de raciocínio a vida e
adultos não vale menos que a do adolescente, portanto não pode se valer da idade
para cometer crimes.

O Brasil precisa de mudanças na legislação penal, não adianta aumentar ou


reduzi a idade se não existe um plano governamental de recuperação dos infratores,
sejam jovens ou adultos, pois o delinquente adulto é o jovem que não foi
recuperado, porque o sistema persiste em não funcionar, colocando a culpa apenas
na idade do delinquente e na sociedade.

Vejamos como funciona a maior idade penal em outros país:

Argélia, Bolívia, Bulgária, Canadá, Costa Rica, El Salvador, Espanha, Equador


e Holanda adotam a maioridade penal a partir 12 anos de idade, Estônia, Holanda,
Irlanda, Peru, Venezuela adotam a maior idade penal a partir dos 13 anos.

Apesar de o E.C.A (Estatuto da criança e do adolescente) ter função


educacional e punitiva em casos mais graves, desde sua sanção vem sendo
interpretado de forma errônea resultando em pouca eficácia no quesito recuperação
e reintrodução social tanto da criança quando do adolescente.

É importante pautar que o Brasil é um país soberano e a Constituição


Brasileira é uma das formas de reconhecimento dessa soberania, não podendo
portanto legislação estrangeiras ter maior peso que Constituição Brasileira, da
mesma forma que transformar crimes em delitos é um erro de interpretação
legislativa gravíssimo, pois se assim for tanto no anterior quanto neste, o Brasil não
teria soberania pois leis, tratados internacionais e estatutos romperiam a soberania
15

do Brasil, e o poder de legislar estaria extremamente comprometido.

DIREITOS DE TODO E QUALQUER CIDADÃO BRASILEIRO


INDEPENDENNTE DA IDADE.

No Preâmbulo da Constituição Brasileira está expressamente escrito que:

"Nós representantes do povo brasileiro reunidos em Assembleia Nacional


Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o
desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade
fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das
controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da
República Federativa do Brasil".

Cabe ressaltar que um dos principais direitos constitucionais a ser tutelado é


a vida, e na constituição não fala que a vida de uns é relativamente importante se
for cessada por menores de 18 anos, ao qual é utilizado o termo inimputável ou
semi-imputável, não está escrito em nenhum artigo da na Constituição de 1988 que
alguns crime deixariam de ser crimes e se tornariam delitos caso praticados por
determinados brasileiros, esse é um erro que deve ser sanado para que a
Constituição seja respeita, o direito à vida que é uma cláusula pétrea seja
realmente tutelado, pois a Constituição é bastante clara ao tutelar o direito à vida,
seja ela do feto ao idoso sem distinção, pois não sendo assim abrir-se a presunção
de duas castas de brasileiros, aqueles que tem o direito de matar e os que tem
obrigação de deixar-se ser assassinados.

O artigo 5° da Constituição é incisivo no quesito proteção DA VIDA HUMANA,


16

essa não pode em hipótese alguma ser subjugada em relação a outras vidas.

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:

I - Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos


desta Constituição;

III - Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou


degradante;

Como pode ser observado em nenhum momento há distinção entre adultos,


crianças e adolescente, a Constituição também é explicita em tutelar o direito à vida
quando em seu inciso III proíbe tortura, tratamento desumano ou degradante há
qualquer pessoa que esteja residindo ou em trânsito no Brasil, nesse sentindo e em
que momento o homicídio deixa de ser tortura? Assalto a mão armada que pode
resultar em morte é uma prática pacífica? Estupro de mulheres, crianças e
adolescentes deixaram de ser tortura pelo fato de ter sido praticados por indivíduos
que estão em território brasileiro, portanto sujeitos a legislação penal brasileira,
deixou de ser crime e tortura pois o autor não completou 18 anos de idade,
qualquer crime mesmo tipificado erroneamente como delito em certas ocasiões são
sim torturas cabíveis de punição com prisão, em nenhum inciso, parágrafo ou
alínea do artigo 5° permite que essa condutas sejam praticadas ou legitimadas
caso o indivíduo praticante de tal ato seja menor de 18 anos.

OMISSÃO SOBRE CRIMINALIDADE JUVENIL E AS FORMAS DE PUNIR


NO BRASIL.

Existe uma tentativa no Brasil de omitir a criminalidade juvenil transformando


em transgressão apelidada juridicamente de infração penal, deve observar que
crimes hediondos, estupros, assassinatos, tráficos e outros tantos crimes não há de
se falar em incapacidade de entendimento ou mesmo de imaturidade, pois a
17

imaturidade psicológica não afeta a cognição intelectual em relação a saber o que


é certo ou errado e principalmente o que ser cruel, pra ser cruel é necessário
capacidade total da atividade cerebral para que o indivíduo sinta prazer na dor, o
que é características de psicopatas, eles possuem disfunção que afeta a
capacidade de compreensão ao sentimento de piedade, empatia e compaixão por
outras pessoas, mas em nenhum momento qualquer cientista , estudioso ou
especialistas em comportamento criminosos associados a psicopatia detectou
nesses indivíduos uma redução intelectual evidente, sabe-se apenas que são assim
desde o nascimento, seu ego possui altos níveis de egoísmo, que os tornam
excelentes manipuladores, com fortes tendências à criminalidade e dificuldade de
convívio normal com a sociedade.

PSICOPATAS NÃO TEM IDADE SÃO ASSASSINOS NATOS.

Sendo assim é impossível não concordar que psicopatas são dotados de


racionalidade e consciência sob suas práticas, portanto, entendedores dos atos
praticados por si. Deste modo, há um equívoco entre a distinção do conceito de
psicopatia, que não deve ser enquadrado apenas como uma doença psiquiátrica e
sim como um comportamento predatório de caça e caçador.

Deve salientar que qualquer indivíduo que tenha capacidade de matar por
matar é um psicopata, e a maior parte dos doutrinadores, especialistas na área
afirmam categoricamente que eles já nascem assim, não é doença, e não tem
tratamento eficaz, devendo ser estes retirados do seio da sociedade, portanto a
Emancipação Penal serviria para separar o joio do trigo, não pode o legislativo com
o poder da caneta deixa que jovens recuperáveis sejam usados como arma na mãos
de jovens que não tem recuperação social por nascerem com a alma negra, ou seja
não tem remorso do dano que causam aos outros, pois são criminosos por natureza,
portanto não podem se valer do Estatuto da Criança e do Adolescente para ficar
impunes até completar a maioridade no sistema brasileiro.

O Estatuto da Criança e do Adolescente é uma conquista da sociedade


contemporânea com intuito de proteger os mesmos, e que proteção seria esta
18

quando o próprio legislador mistura todos os níveis delinques de diversas infrações


em mesmo local? É o mesmo que colocá-los todos os criminosos na mesma cela
de adultos, uns mais cruéis que os outros, portanto não haverá possibilidade de
recuperação social nem em adultos muitos menos com crianças e adolesces.

Esse sistema de perdoar toda e qualquer conduta do adolescente vem


transformando a sociedade em caos completo, havendo sim necessidade de uma
legislação mais justa e uma reforma imediata do Estatuto da Criança e do
Adolescente se o intuito for mesmo protegê-los.

CONSIDERAÇÃO FINAIS

Para que haja a real recuperação de indivíduos delinquente juvenis no Brasil


além do investimento em educação devem ser implantado programas que mostrem
a esses jovens a consequência de atos praticados em inconformidade com a lei e
que eles não são imunes a punibilidade, programas esses que os coloquem a
realidade das famílias que perderam um ente querido por atos impensados, porém
devastadores.

Não basta apenas investir em educação se continuar a evasão escolar e o


Estado for conivente com um governo paralelo que recruta jovens para a vida do
crime prometendo gloria, status e fortuna, se tudo isso vier do sofrimento do cidadão
que paga impostos e obedecer às leis.

É necessário investir não só em educação, mas também é importante que o


dever de punir do Estado não seja podado por uma onda filosófica de
desencarceramento de indivíduos muitas vezes reincidentes e que mesmo
cumprindo pena, debocham das leis e confessam que ao voltarem as ruas
alcançando novamente a liberdade, vão continuar cometendo crime.
19

REFERENCIAS

AMORIM, Carlos. Comando Vermelho: a história do crime organizado. São


Paulo: Best Seller, 2011.

BRASIL. COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA. Sugestão nº 123, de


2017. Sugere a apresentação de projeto de lei que institui a emancipação penal do
maior de 16 (dezesseis) anos. Brasília, 2017. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=167103
5#:~:text=Altera%20o%20artigo%20228%20da,o%20instituto%20da%20emancipa
%C3%A7%C3%A3o%20penal.&text=O%20menor%20de%20dezoito%20anos,aco
rdo%20com%20a%20legisla%C3%A7%C3%A3o%20penal. Acesso em: 28 set.
2021.

BRASIL. Projeto de lei complementar n.º 89, de 2015. Cria o instituto da


emancipação penal, estabelece o procedimento correlato e dá outras
providências. Brasília, 2015. Disponível em:
https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=1EF63
4365A5D1355F85A890AF2F80972.proposicoesWebExterno2?codteor=1348626&f
ilename=Avulso+-
PLP+89/2015https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jses
sionid=1EF634365A5D1355F85A890AF2F80972.proposicoesWebExterno2?codte
or=1348626&filename=Avulso+-PLP+89/2015. Acesso em: 25 set. 2021.
BRASIL. Vade Mecum penal: Constituição Federal; Código Penal; Código de
Processo Penal; lesgislação selecionada. 6. ed. São Paulo: Saraiva Jur, 2021.

ERIKSON, Thomas. Cercado De Psicopatas: como evitar ser explorado pelos


outros no trabalho e na vida pessoal. São Paulo: Intrínseca, 2021.

FIGUEIRA, Ângela. Caráter de uma pessoa se forma especialmente até os 5


anos de idade. Univiçosa, Viçosa, MG, jun. 2013. Disponível em:
https://www.univicosa.com.br/uninoticias/acervo/9aeccb33-36bc-4368-bc19-
772d311a73f1. Acesso em 01 out. 2021.
FRIEDENBACH, Ari. Reduzir a maioridade penal só deslocaria o problema.
Época, maio. 2015. Disponível em:
https://epoca.oglobo.globo.com/ideias/noticia/2015/05/ari-friedenbach-reduzir-
maioridade-penal-so-deslocaria-o-problema.html. Acesso em: 01 out. 2021.
GARRIDO, Vicente. O psicopata: um camaleão na sociedade atual. São Paulo:
Paulinas, 2005.
20

HARE, Robert D. Sem consciência: o mundo perturbador dos psicopatas que


vivem entre nós. Porto Alegre: Artmed, 2013.

MANSO, Bruno Paes; DIAS, Camila Nunes. A Guerra: a ascensão do PCC e o


mundo do crime no Brasil. São Paulo: Todavia, 2018.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos


Humanos, 1948. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/declaracao-
universal-dos-direitos-humanos. Acesso em: 12 out. 2021.

REALITY show mostra rotina de jovens infratores obrigados a passar um dia na


prisão. Dm Divirta-se mais, abr. 2014. Disponível em:
http://df.divirtasemais.com.br/app/noticia/tv/2014/04/27/noticia_tv,148851/reality-
show-mostra-rotina-de-jovens-infratores-obrigados-a-passar-um.shtml. Acesso
em: 30 set. 2021.
VARELLA, Drauzio. Carcereiros. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

ZYLBERKAN, Mariana. “O tempo não cura a dor. Eu choro até hoje”, diz pai de
Liana Friedenbach. Veja, dez. 2013. Disponível em:
https://veja.abril.com.br/brasil/o-tempo-nao-cura-a-dor-eu-choro-ate-hoje-diz-pai-
de-liana-friedenbach/. Acesso em: 30 set. 2021.
21

DEDICATÓRIA

Este material cientifico é dedicado ao meu pai Antônio Alves do Nascimento e tio
Orisval Alves que foram brutalmente assassinados em 28/07/2011 por menores
delinquentes de classe média, que invadiram a padaria e fizeram clientes reféns,
torturaram meu pai Antônio Alves do Nascimento, tio e tia Oreslinda Alves que por
pouco não teve o mesmo destino, pois viu seus dois irmãos serem assassinados e
durante todo o tempo também era xingada e ameaçada de morte, tudo isso porque
queriam praticar um “assalto” que resultou em mortes e devastação de várias
famílias, a da minha avó Maria que ficou no meio de dois caixões e enterrou dois
filhos, da minha tia Oreslinda, o Gilberto que além de irmão de ambos eram sócios
na panificadora, os fregueses ficaram em cárcere privado, a da minha família que
perdeu ancora que segurava o barco da vida, e especialmente a mim que faço
tratamento contra leucemia linfoide aguda desde 1996 e perdi meu companheiro de
batalha, uma pessoa que nunca me deixou ir ao médico sozinha, mesmo após a
maior idade, sempre fez questão de me acompanharem todos os procedimentos
médicos, que me carregou no colo quando não podia em decorrência da medicação,
que varava noite me vigiando ao dormir, tudo isso por causa de marginais que não
se importam com a vida alheia amparados por legislação frouxa e a todas a famílias
vítimas do descaso legislativo e jurídico ao tutelar esses delinquentes, nós culpamos
sim essa legislação frouxa chamada E.C.A que deferia proteger crianças e
adolescentes e não amparar assassinos por causa da sua idade.

Você também pode gostar