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DE
REDAÇÃO
EBOOK
DICAS
E
MODELOS
DE
REDAÇÃO
PARA
O
CFO
PMBA
REDAÇÃO
#1
Tema:
Legalização
das
drogas:
uma
solução
para
o
tráfico
e
a
violência?
É
sabido
que
a
proibição
de
drogas
ilícitas
vem
alimentando
o
narcotráfico
no
Brasil,
gerando,
todos
os
anos,
milhares
de
mortes
nos
conflitos
entre
polícia
e
traficantes.
Entretanto,
seria
um
atraso
para
a
sociedade
considerar
a
legalização
das
drogas
como
solução
aos
problemas
da
violência
nas
grandes
e
pequenas
cidades,
visto
que
essa
medida
poderá
provocar
riscos
à
segurança
e
à
saúde
públicas.
É
inegável
o
fato
de
que
a
legalização
das
drogas
faria
surgir
novos
usuários,
principalmente
os
mais
jovens,
que
se
veriam
livres
para
experimentar
tais
substâncias.
Sendo
assim,
é,
de
certo
modo,
contraditória
a
legalização
do
uso
das
drogas
–
causadora
de
doenças
crônicas
–
uma
vez
que
o
governo
investe
em
programas
de
combate
ao
consumo.
Os
melhores
argumentos
dos
favoráveis
à
legalização
é
que,
com
isso,
ocorreria
uma
diminuição
considerável
dos
níveis
de
violência.
Porém,
visto
que
a
sociedade
sofre
com
os
acidentes
e
a
violência
causados
pelo
consumo
de
bebidas
alcoólicas,
os
riscos
aumentariam
drasticamente
com
os
efeitos
do
uso
das
drogas,
sobretudo
as
mais
pesadas,
como
o
crack.
Sendo
assim,
o
governo
não
deve
resolver
os
problemas
da
sociedade
sem
antes
combater
as
causas
de
outros
impasses.
Portanto,
o
que
o
Brasil
precisa
com
mais
urgência
é
o
aperfeiçoamento
de
programas
de
combate
às
drogas
–
conscientizando
a
população
de
seus
efeitos
–
e,
principalmente,
uma
maior
assistência
aos
usuários
e
ex-‐usuários,
assim
como
às
suas
famílias.
REDAÇÃO
#2
Tema:
Corrupção
Policial:
um
atentado
à
integridade
das
instituições
policiais
Infeliz
legado
dos
governos
ditatoriais,
a
corrupção
constitui
um
triste
quadro
das
polícias
brasileiras.
Formada
não
apenas
pela
extorsão,
mas
também
pela
omissão,
essa
situação
deteriorante
é
um
verdadeiro
ultraje
à
moralidade
e
à
importância
das
organizações
policiais.
Como
resultado
do
autoritário
regime
militar
que
governou
o
Brasil
por
mais
de
vinte
anos,
as
polícias
militares
apresentam,
atualmente,
um
caráter
predominantemente
fechado,
repressivo
e
intransigente.
Essa
herança
é
determinante
para
a
ocorrência
dos
atos
de
corrupção,
os
quais
têm
se
tornado
um
fenômeno
arraigado
e
permanente
nas
corporações.
Os
baixos
salários
e
as
más
condições
de
trabalho,
em
um
primeiro
momento,
são
fatores
que
podem
ser
associados
às
práticas
corruptas.
Com
efeito,
a
exigência
de
benefícios
financeiros
em
troca
de
favorecimentos
pessoais
é
o
tipo
de
corrupção
mais
habitual
entre
policiais.
Mas
não
somente:
a
desqualificação
do
serviço
prestado
à
população
–
quase
sempre
relacionada
ao
desestímulo
profissional
–
compõe
a
outra
face
da
corrupção.
Afinal,
omitir,
retardar
ou
negligenciar
atividades
essenciais
para
manutenção
da
ordem
pública
tornou-‐se
costume
de
determinados
agentes
militares.
Nesse
sentido,
a
sensação
de
impunidade
aparece
como
ponto
de
apoio
e
sustento
para
todas
essas
formas
de
corrupção.
A
condução
de
investigações
e
processos
feita
pelos
próprios
membros
dos
órgãos
policiais
propicia
a
prevalência
da
parcialidade
e
do
corporativismo.
Desmoralizante
cenário.
As
polícias
são
instituições
fundamentais
para
a
concretização
da
segurança
pública
e,
como
tais,
devem
gozar
de
íntegra
reputação.
Combater,
pois,
os
hábitos
de
corrupção
–
através
de
melhores
salários,
de
incentivos
profissionais
e
de
corregedorias
independentes
–
constitui
uma
primordial
necessidade.
REDAÇÃO
#3
Tema:
Redução
da
maioridade
penal.
Solução
para
quem?
A
redução
da
maioridade
penal
de
18
para
16
anos
tem
sido
cada
vez
mais
alvo
de
polêmicas
e
debates.
Há
impasses
quanto
à
mudança
ou
não
do
Código
Penal.
Experiências
apontam
que
tornar
adolescentes
imputáveis
não
é
a
melhor
solução
para
combater
a
criminalidade
infantil,
devido
a
muitos
fatores
sociais.
Se
apenas
prender
fosse
solucionar
os
atos
ilícitos
cometidos
por
adolescentes
e
adultos,
a
sociedade
brasileira
estaria,
relativamente,
livre
de
roubos,
de
homicídios,
da
violência,
enfim,
já
que
o
Brasil
passou
da
quarta
para
a
terceira
maior
população
carcerária
do
mundo,
segundo
a
Fundação
Getúlio
Vargas
–
FGV.
No
entanto,
essa
não
é
a
realidade
do
país,
que
possui
alto
índice
de
criminalidade.
Desse
modo,
restringir
a
liberdade
de
locomoção
dos
jovens
e
diminuir
a
maioridade
para
16
anos
não
surtirá
efeitos
positivos
para
reeducar
os
infratores,
visto
que
o
encarceramento
tem
sido
ineficaz
até
mesmo
para
ressocializar
os
adultos
já
presos.
Além
disso,
a
Constituição
Federal
de
1988
prevê,
no
Estatuto
da
Criança
e
do
Adolescente
–
ECA,
medidas
socioeducativas
adequadas
às
condições
psicossociais
dos
jovens.
Assim
sendo,
torna-‐se
desnecessária
a
alteração
do
Código
Penal
sob
o
argumento
de
que
as
instituições
que
acolhem
jovens
não
os
ressocializam.
Os
direitos
e
deveres
dos
adolescentes
já
estão
garantidos
em
lei.
O
Estado
aponta
a
consequência
e
esquece-‐se
das
causas
da
criminalidade
infanto-‐
juvenil.
Deixa
de
lado,
pois,
os
principais
fatores
que
levam
os
jovens
ao
crime:
a
falta
de
educação
básica
de
qualidade
e
a
não
inserção
social
dos
menos
favorecidos.
Diminuir
a
maioridade
penal
para
16
anos
não
é
a
solução
mais
adequada
para
coibir
atos
infracionais
cometidos
por
adolescentes.
O
aumento
da
população
carcerária
inviabiliza
a
ressocialização
dos
presos
adultos
e
também
a
dos
jovens.
Logo,
reduzir
a
maioridade
estará
sob
pena
de
os
problemas
atuais
persistirem.