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343, de 2006:
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad
Art. 3º O Sisnad tem a finalidade de articular, integrar, organizar e coordenar as atividades
relacionadas com:
I - A prevenção do uso indevido, a atenção e a reinserção social de usuários e dependentes de
drogas;
II - A repressão da produção não autorizada e do tráfico ilícito de drogas.
Mas afinal, será que o combate às drogas veio para beneficiar ou não a sociedade?
Muitos estudos apontam um aumento no índice de violência, essa violência se torna
maior do que a própria violência que o estado visa combater. Isso ocorre porque é
uma forma legitimada de controle e justificada pela sua finalidade, que é a
prevenção e repressão do uso e da produção não autorizada. Por consequência
desse combate violento, cada vez mais existe uma fortificação do tráfico, que lida
com a repressão, muitas vezes ilegítima da polícia, com mais violência.
O Brasil é um estado democrático de direito como está prescrito na constituição de
88, por isso existem diversas leis e princípios que defendem a dignidade humana e a
humanização. A partir do momento que as forças policiais fogem do que está contido
na carta magna, se torna uma força de coerção ilegítima. O que é mostrado em
diversas reportagens que abordam sobre o uso indevido da força policial, a morte de
pessoas muitas vezes inocentes, entre outras situações.
Um exemplo muito importante de ser citado foi a chacina que ocorreu na favela do
jacarezinho, no estado do RJ. Uma operação que teve como finalidade o combate
ao tráfico de drogas, ficou conhecida como a operação policial que teve o maior
números de mortes da história do município, foram 28 vítimas. Entre esses cidadãos
que perderam a vida, pode-se analisar a seletividade e os padrões dos policiais,
sendo todas as vítimas jovens, negros, homens e pobres. Contudo, mesmo com as
estatísticas e as comprovações de abusos de poder, quando se trata dos direitos
fundamentais, como exemplo o direito à vida, a maioria dos policiais envolvidos
saem impune dessas situações. O assunto de menor repercussão nessas situações
é a forma que a polícia agiu, se a forma da abordagem realmente foi lícita ou ilícita.
O que realmente é discutido é sobre o cidadão, se ele era ou não traficante, e que
em muitas das vezes morre sem ao menos estar fazendo algo ilícito, mas por
abordagens ilícitas e abusos de poder dos próprios defensores da ordem.
É possível observar a militarização da vida cotidiana, sendo o combate às drogas
uma forma ideológica de política para mascarar a opressão policial, que como em
uma guerra, trata em diversas situações a população como inimigos. Tendo como
principal foco, a população pobre e negra, que sofre com diversos desrespeitos
quando se trata das garantias previstas pela Constituição, sendo alvos de ações
violentas da polícia, justificadas pelo combate das drogas.
https://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2021/03/30/a-guerra-as-drogas-e-o-motor-
oculto-do-tragico-fracasso-brasileiro.htm
https://www.conjur.com.br/2021-mai-16/maronna-abreu-guerra-drogas-massacre-
jacarezinho
https://journals.openedition.org/polis/21039?lang=pt
https://ponte.org/letalidade-policial-no-brasil-tem-a-marca-da-proibicao-das-drogas-
afirma-delegado/
https://ponte.org/a-guerra-as-drogas-legitima-a-violencia-policial/
https://www.researchgate.net/profile/Maria-Paula-Santos-2/publication/
352974704_Uma_Linha_de_Pesquisas_sobre_Politicas_de_Drogas_no_Ipea/links/
61097bf21ca20f6f86fcaf9d/Uma-Linha-de-Pesquisas-sobre-Politicas-de-Drogas-no-
Ipea.pdf
http://repositorio.fdv.br:8080/bitstream/fdv/1029/1/6830-21680-3-PB.pdf
https://www.scielo.br/j/rap/a/xV4vjS9GbnS4SBGNQSssHwn/?lang=pt