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ANÁLISE DE IMPACTO
REGULATÓRIO
NORMA REGULAMENTADORA N° 35
TRABALHO EM ALTURA
MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA
Secretaria de Trabalho
Subsecretaria de Inspeção do Trabalho
Brasília, 2022
1
EXPEDIENTE
MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA
José Carlos Oliveira
SECRETARIA EXECUTIVA
Bruno Silva Dalcolmo
SECRETARIA DE TRABALHO
Luís Felipe Batista de Oliveira
Prefácio
pela SIT tem como fim último o aprimoramento da qualidade regulatória no Brasil,
em 04 e 05 de junho de 2019, uma agenda regulatória para revisão das NR. Nessa
publicação da Portaria SIT nº 787, de 2018, como acima mencionado, houve a revisão
todas as demais.
O processo desta AIR vem contribuir para que a revisão do texto normativo da
capítulo VII da Portaria MTP nº 672, de 2021, e pelo Decreto n° 10.411, de 30 de junho
de 2020.
4
Sumário
Prefácio ............................................................................................................ 2
I. Sumário executivo ....................................................................................... 9
Capítulo II - Problema Regulatório ......................................................... 12
II. Identificação do problema regulatório .................................................. 13
II.1 Introdução ......................................................................................... 13
II.2 Contexto histórico da regulamentação da NR 35 ........................ 14
II.3 Acidentes de Trabalho ................................................................... 19
II.4 Principais não conformidades identificadas pela Inspeção do
Trabalho................................................................................................... 24
II.5 Caracterização do problema regulatório .................................... 27
III. Identificação dos agentes afetados pelo problema regulatório ..... 32
IV. Identificação da fundamentação legal .................................................. 40
V. Definição dos objetivos a serem alcançados ........................................ 44
VI. Descrição das alternativas possíveis ao enfrentamento do problema
regulatório identificado ........................................................................ 47
VII. Exposição dos possíveis impactos das alternativas identificadas .. 48
VIII. Considerações referentes às informações e às manifestações
recebidas para a AIR em eventuais processos de participação social.
................................................................................................................. 57
IX. Mapeamento da experiência internacional quanto às medidas
adotadas para a resolução do problema regulatório identificado. 63
Estados Unidos ...................................................................................... 63
Reino Unido ........................................................................................... 65
Canadá .................................................................................................... 66
X. Identificação e definição dos efeitos e riscos decorrentes da edição,
da alteração ou da revogação do ato normativo .............................. 68
XI. Comparação das alternativas consideradas para a resolução do
problema regulatório identificado ...................................................... 72
5
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – ACIDENTES POR QUEDA - BRASIL 2016-2020 ........................................... 19
TABELA 2 – ACIDENTES FATAIS ....................................................................................... 20
TABELA 3 – ACIDENTES FATAIS POR QUEDA POR ATIVIDADE ECONÔMICA .............. 21
TABELA 4 – ACIDENTES POR QUEDA POR ATIVIDADE ECONÔMICA ........................... 21
TABELA 5 – ACIDENTES FATAIS POR QUEDA POR CBO ................................................ 22
TABELA 6 – ACIDENTES TOTAIS POR QUEDA POR CBO................................................ 22
TABELA 7 – ACIDENTES FATAIS POR QUEDA POR FATO GERADOR ............................ 23
TABELA 8 – IMPACTO DA NR 35 ...................................................................................... 23
TABELA 9 – AUTOS DE INFRAÇÃO NR 35. ...................................................................... 26
TABELA 10 – AUTOS DE INFRAÇÃO NR 35 POR ATIVIDADE ECONÔMICA................... 26
TABELA 11 – QUANTIDADE DE TRABALHADORES POR GRUPAMENTO DE
ATIVIDADES ECONÔMICAS E SEÇÃO DA CNAE 2.0 - ANO 2019 ................................... 34
TABELA 12 – ESTABELECIMENTOS E VÍNCULOS ATIVOS .............................................. 37
TABELA 13 – ALTERNATIVA NORMATIVA: REVISÃO DA NR 35 ..................................... 49
TABELA 14 – ALTERNATIVAS NÃO NORMATIVAS: FISCALIZAÇÃO COM FOCO NO
TRABALHO EM ALTURA; PLANO DE COMUNICAÇÃO SOBRE A NR 35 ........................ 51
TABELA 15 – ALTERNATIVA NORMATIVA + ALTERNATIVAS NÃO NORMATIVAS ......... 53
TABELA 16 – CLASSIFICAÇÃO DOS NÍVEIS DE IMPACTO ............................................... 55
TABELA 17 – NÍVEL DE CONTRIBUIÇÃO DAS ALTERNATIVAS. ...................................... 56
TABELA 18 – TEMAS DAS CONTRIBUIÇÃO DA CONSULTA PÚBLICA. .......................... 61
TABELA 19 – RISCOS E POSSÍVEIS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO ....................................... 71
TABELA 20 – ESCALA DE COMPARAÇÃO AHP ................................................................ 74
TABELA 21 – CRITÉRIOS ................................................................................................... 75
TABELA 22 – TABELA DE COMPARAÇÃO DE CRITÉRIOS ............................................... 76
TABELA 23 –MATRIZ DE COMPARAÇÃO DE CRITÉRIOS ................................................ 76
TABELA 24 – NORMALIZAÇÃO DA MATRIZ – PRIMEIRA ETAPA .................................... 77
TABELA 25 – NORMALIZAÇÃO DA MATRIZ – SEGUNDA ETAPA ................................... 77
TABELA 26 – CÁLCULO DO VETOR DE PRIORIDADE ..................................................... 78
TABELA 27 – TABELA MATRIZ COMPARATIVA DE CRITÉRIOS ....................................... 78
TABELA 28 – TABELA DE PESOS DE CADA UM DOS CRITÉRIOS ................................... 79
TABELA 29 – CÁLCULO DE VALOR PRINCIPAL DE EIGEN .............................................. 79
TABELA 30 – ÍNDICE DE CONSISTÊNCIA ALEATÓRIA..................................................... 81
TABELA 31 – ALTERNATIVAS ............................................................................................ 82
TABELA 32 – TABELA DE COMPARAÇÃO: ALTERNATIVAS X PROTEÇÃO À SAÚDE E À
VIDA ................................................................................................................................... 82
TABELA 33 – TABELA DE MATRIZ COMPARATIVA DE ALTERNATIVAS COM O
CRITÉRIO: PROTEÇÃO À SAÚDE E À VIDA....................................................................... 83
TABELA 34 – PESOS DE CADA UMA DAS ALTERNATIVAS PARA O CRITÉRIO
PROTEÇÃO À SAÚDE E À VIDA......................................................................................... 83
TABELA 35 – TABELA DE COMPARAÇÃO: ALTERNATIVAS X CUSTOS........................... 84
7
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – ÁRVORE DO PROBLEMA .............................................................................. 14
FIGURA 2 – QUANTIDADE DE TRABALHADORES (CELETISTAS E OUTROS VÍNCULOS)
EXCLUÍDOS ESTATUTÁRIOS, POR UF – ANO 2019......................................................... 33
FIGURA 3 – QUANTIDADE DE TRABALHADORES POR SEXO - ANO DE 2019 .............. 35
FIGURA 4 – QUANTIDADE DE TRABALHADORES POR FAIXA ETÁRIA – ANO 2019 ..... 35
FIGURA 5 – TRABALHADORES POR GRAU DE INSTRUÇÃO – ANO 2019 ..................... 36
9
I. Sumário executivo
sugerida.
ser analisado sob o prisma das políticas públicas necessárias para sua
empresas.
regulatório?
normativas.
NORMATIVAS
requisitos de proteção.
NÃO NORMATIVAS
da NR 35.
quê?
II.1 Introdução
em evidências.
atualizações;
trabalho em altura;
demonstrado na Figura 1.
altura precisaria contemplar a mais variada gama de atividades. Não poderia ficar
setor. Por isso, a presente Norma Regulamentadora foi elaborada pensando nos
variadas atividades.
risco, quer seja pela execução do trabalho de outra forma, por medidas que
consequências, quando o risco de queda com diferenças de níveis não puder ser
Um dos principais pontos abordados foram os acidentes ocorridos nas duas últimas
nova NR.
Esta proposta de texto foi encaminhada para consulta pública, pela Portaria
O Grupo de Trabalho Tripartite – GTT foi constituído pela Portaria SIT n.º 275,
pela NR 35, foi estabelecido um prazo diferenciado para a entrada em vigor dos
dispositivos normativos. Desta forma, todos os itens, com exceção dos itens do
Capítulo 3 e do item 6.4, cujos prazos foram de 12 meses, entraram em vigor seis
anexos estabelecendo condições específicas. Nesta esteira, foi elaborada pela CNTT
proposta de inclusão do Anexo I – Acesso por Cordas, que foi submetido com
abril de 2014, com vigência imediata, porém foi concedido prazo de seis meses para
os subitens 2.1, alínea “b”, e 3.2, prorrogado posteriormente por três meses
de 22 de setembro de 2016, que também alterou o item 35.5, que passou a vigorar
com o título “Sistemas de Proteção contra quedas”. Quanto ao rito, o texto básico
para esta alteração foi elaborado pela CNTT, posto em consulta pública por 60 dias,
conforme Portaria SIT n.º 490, de 15 de maio de 2015, que foi prorrogada por 30 dias,
18
consenso quanto a todos dispositivos, exceto quanto à alínea “b” do subitem 3.2 do
Anexo II.
revisão da NR 01, conforme Portaria SEPRT n° 915, de 30 de julho de 2019, cujo texto
05 de junho de 2019.
foram produzidas duas publicações, uma direcionada à servir como guia orientativo
empreendedores.
1
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-
regulamentadoras/GUIA_DE_BOAS_PRATICAS_PARA_TRABALHO_EM_ALTURAS_NAS_ATIVIDADES_PO
RTURIAS.pdf
2
https://www.sectordialogues.org/projetos/trabalho-em-altura
3
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-
trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-
regulamentadoras/CARTILHA_SEGURANCA_EM_MANUTENCAO_DE_FACHADAS.pdf
19
Acidentes Fatais por Queda com Diferença de Nível por Fator Situação Geradora
Excluído Trajeto- Brasil 2011-2017
posto de trabalho.
TABELA 8 – IMPACTO DA NR 35
24
redução dos óbidos por queda, comparou-se os dados do ano de 2007 com o ano
ano de 2007 com a taxa do ano de 2015 (um ano após a criação do Anexo de Acesso
por Cordas e dois anos após entrada em vigor da norma completa), verifica-se uma
tendo por base legal a Constituição Federal (art. 21, XXIV), o Título VII da CLT, a
pelas unidades descentralizadas, que, por sua vez, também utilizam dados para
Trabalho (SFIT), no qual são registrados todos os dados das ações fiscais, tais como
saúde do trabalhador.
26
foi mais autuada, recebendo mais de 5 mil autos de infração com base no
descumprimento da NR 35.
identificado:
28
aprovado por consenso em junho de 2019, durante a 97ª Reunião Ordinária da CTPP.
revisões da NR 07, NR 09 e NR 17, por serem as normas gerais mais impactadas pela
revisão da NR 01.
integradora do processo.
normativa seguiu a abordagem adotada pelo PDCA (Plan, Do, Check and Act),
organização.
e saúde no trabalho.
controle dos riscos ocupacionais, este articulado com ações de saúde, de análise de
nos locais inspecionados foram a realização de trabalho em altura sem análise prévia
saúde do trabalhador.
possui sumário que oriente a leitura da norma, assim como não delimita seu objetivo
no trabalho em altura.
proteção.
dos trabalhadores do setor ao risco de queda com diferença de níveis sem a devida
ineficiente.
atividades.
32
com dados sobre os estabelecimentos e trabalhadores dos setores com maior índice
Importante salientar, contudo, que se deve ter especial atenção aos seguintes
seleção limitada, isto é, um levantamento que inclua atores muito impactados, mas
exclua alguns outros que, apesar de não tão impactados, podem ter uma atuação
mais afetados têm interesses mais fortes e, portanto, se destacam mais do que
não está vinculada a nenhum setor econômico específico e tem como objetivo
mas antes são presentes nas mais variadas setores da economia, o que significa uma
Dados da RAIS de 2019 apontam que cerca de 30% dos trabalhadores estão
20.907.820;
44% 26.646.391;
56%
Homem Mulher
Fonte: RAIS.
12.000.000 11.095.523
10.000.000
8.000.000 6.692.458
6.233.302 6.500.958
6.000.000
4.000.000
2.171.165
2.000.000
278.713
0
Até 17 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 59 60 ou mais
Fonte: RAIS.
20.000.000
15.000.000
10.893.819
10.000.000
4.266.375 3.769.976
5.000.000 2.842.273 1.958.089
162.626
0
Fonte: RAIS.
classificados como “construção de edifícios” chega a 18% do total, com mais de 20%
do total de trabalhadores.
afetados pelo problema principal desta análise, pois, por força de lei, devem
proceder análise prévia de risco e das condições de saúde dos trabalhadores para
que as atividades em altura, com risco de queda, sejam executadas com a devida
principal desta análise, pois são eles que estão expostos aos diversos tipos de
1988, em seu art. 7º, inc. XXII, estabelece que são direitos dos trabalhadores urbanos
e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, a redução dos
no art. 200.
trabalho.
trabalhista.
Artigo 4
.................
42
Artigo 8
assumidos, foi instituída, por meio da Portaria SSST nº 2, de 10 de abril de 1996, pelo
segurança no trabalho.
tal Comissão foi reestruturada por meio do Decreto nº 9.944, de 30 de julho de 2019,
no trabalho. Destarte, fica claro, conforme Convenção nº 155 da OIT, que o processo
mediante CTPP, resultando nas Portarias que criem ou alterem normas de segurança
e saúde no trabalho.
44
objetivos específicos:
trabalho em altura.
um todo.
PDCA (Plan, Do, Check and Act), largamente utilizada nos sistemas de gestão.
do período que a norma foi mantida sem nenhuma atualização de seu conteúdo.
no Plano Plurianual (PPA) 2020-2023. O PPA em questão foi instituído pela Lei nº
análise:
trabalho; e
tratar o problema.
NÃO AÇÃO
NORMATIVAS
NÃO NORMATIVAS
35.
consideradas acima.
coleta, mas também para sua validação. Cumpre destacar que, independentemente
Cabe destacar que a alternativa de não ação não é referida neste capítulo, pois
no Capítulo II.
também.
• Empregadores;
• Trabalhadores;
• Inspeção do Trabalho;
• Profissionais de SST; e
• Sociedade.
Nas Tabelas 13 a 15, é possível verificar a síntese dos impactos mais relevantes
Economia resultante da
desburocratização,
simplificação e redução
da insegurança jurídica,
resultado da
harmonização;
Aumento da
produtividade;
Aumento da eficiência de
mercado; Custos de conformidade
Empregadores
legal.
Integração do
gerenciamento de riscos
ocupacionais e do
Programa de
Gerenciamento de Riscos;
Implementação de um
sistema eficiente de
gestão de segurança e
saúde para o trabalho em
altura.
Redução dos acidentes e
doenças relacionadas ao
trabalho em altura;
Condições adequadas de
Trabalhadores
trabalho;
Integração ao
gerenciamento de riscos
ocupacionais.
Harmonização com as
demais normas Custos relacionados a
Inspeção do Trabalho regulamentadoras de treinamento do corpo
caráter geral; fiscal.
51
Harmonização com a
Portaria MTP nº 972, de
2021.
Clareza sobre os
requisitos da norma e
maior segurança devido à
Profissionais de
harmonização;
segurança e saúde no
trabalho
Maior efetividade na
aplicação da norma.
Redução de custos
previdenciários, sociais e
Outros setores do Sistema Único de
governamentais (Saúde Saúde (SUS), devidos à
e Previdência) redução dos acidentes e
doenças relacionadas ao
trabalho em altura.
Redução dos acidentes e
doenças relacionadas ao
trabalho;
Qualidade de vida no
trabalho;
Sociedade
Aumento da eficiência de
mercado;
Redução de custos
previdenciários, sociais e
do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Clareza sobre os
requisitos de aplicação da
NR 35; Custos relacionados a
treinamento do corpo
Orientação sobre as fiscal;
regras de interpretação e
conduta da Inspeção do
Inspeção do Trabalho Maior contencioso
Trabalho em relação à NR
administativo com os
35; administrados.
Aumento da
produtividade;
Custos de conformidade
Aumento da eficiência de
legal.
Empregadores mercado;
Integração do
gerenciamento de riscos
ocupacionais e do PGR;
Implementação de um
sistema eficiente de
gestão de segurança e
saúde para o trabalho em
altura.
Aumento da
conscientização sobre a
Trabalhadores percepção dos riscos e
sobre medidas de
prevenção;
54
Condições adequadas de
trabalho;
Integração ao
gerenciamento de riscos
ocupacionais dos
estabelecimentos.
Harmonização com as
demais normas gerais;
Clareza sobre os
requisitos de aplicação da Custos relacionados a
treinamento do corpo
NR 35;
fiscal.
Orientação sobre as
Maior contencioso
Inspeção do Trabalho regras de interpretação e administrativo com os
conduta da Inspeção do administrados.
Trabalho em relação à NR
35; Custos com ações de
divulgação.
Atuação focada para
prevenir acidentes
relacionados ao trabalho
em altura.
Clareza sobre os
requisitos da norma e
maior segurança devido à
Profissionais de SST harmonização;
Maior efetividade na
aplicação da norma.
55
Redução de custos
previdenciários, sociais e
Outros setores do Sistema Único de
governamentais (Saúde Saúde (SUS), devidos à
e Previdência) redução dos acidentes e
doenças relacionadas ao
trabalho em altura.
Redução dos acidentes e
doenças relacionadas ao
trabalho;
Qualidade de vida no
trabalho;
Sociedade
Aumento da eficiência de
mercado;
Redução de custos
previdenciários, sociais e
do Sistema Único de
Saúde (SUS).
objetivos propostos. Para tanto, conforme evidenciado na Tabela 16, utilizou-se uma
Com base nos impactos relatados nas Tabelas 14 a 15, pode-se verificar a
alternativa que, no saldo geral, possui mais impactos positivos. Na Tabela 17, de
elimina-se a maioria dos impactos negativos, resultando num conjunto de ações com
facultativa, nos termos do Decreto n° 10.411, de 2020, em que o próprio inciso VIII
deixa dúvidas ao mencionar que “o relatório de AIR poderá ser objeto de participação
disponível em https://www.gov.br/participamaisbrasil/tomada-publica-de-
contribuições recebidas.
58
suas causas, sua extensão ou magnitude, sua evolução no futuro e suas possíveis
civil.
parte se referia a temas específicos da norma. Ainda que o objetivo da TPS não seja
momento posterior, caso esta alternativa venha a ser implementada para a solução
AIR.
Dentre eles, pode-se citar o tema referente a escadas que, conforme exposto
Número de
Temas
Contribuições
Supervisão do Trabalho em Altura e 96
Procedimentos
Capacitação e treinamento 55
Escadas 53
Harmonização, atualização e Normas 52
técnicas
Análise de Risco e Planejamento do TA 41
EPI e dispositivos de Ancoragem 36
Inspeção de Segurança 21
Acesso por cordas 19
Implementação da Norma, Guias e 15
Manuais
Inaptidão para o TA 7
62
contribuições recebidas.
Estados Unidos
houve 291 quedas fatais por diferença de nível na construção em 2013, de um total
de 828 fatalidades.
4
U.S. Department of Labor - Occupational Safety and Health Administration OSHA 3146-05R 2015
5
A Subpart M, Title 29 Code of Federal Regulations (CFR) Subpart M - Fall Protection, 29 CFR
1926.500, 29 CFR 1926.501, 29 CFR 1926.502, and 29 CFR 1926.503.
64
queda para todo trabalho executado a 6 pés (1,80m) ou mais acima de um nível
e integridade estrutural para apoiar com segurança os trabalhadores. Uma vez que
pés (1,80m) ou mais acima de um nível inferior. Por outro lado, o sistema de proteção
também deverá ser utilizado para trabalho em alturas inferiores se a atividade for
desengordurantes ou ácido.
Reino Unido
semelhantes. Há poucas mortes devido a quedas de baixa altura (low falls), mas
esse tipo de acidente representa cerca de 60% do número total de quedas, com as
acidentes. A construção civil apresenta a maior taxa de acidentes por low falls.
diferença de nível e de onde o trabalhador possa cair e sofrer alguma lesão, mesmo
se for no mesmo nível do chão. Isso inclui também o trabalho em locais em que o
acesso ou a saída possam levar à queda. Assim, diferente do Brasil e dos EUA, a
norma do Reino Unido não especifica a diferença de nível que deve existir para que
Além disso, a Norma Britânica estabelece que todo empregador deve garantir
uma maneira que seja, na medida do possível, segura, e que seu planejamento inclua
6
Health and Safety Executive. United Kingdom Legislation. Falls from height: prevention and risk control
effectiveness. United Kingdom; 2003
66
resgate, bem como deve ser garantido que o trabalho somente seja executado
Canadá
Safety (CCOHS)7, existem quatorze jurisdições - uma federal, dez provinciais e três
territoriais, cada uma com sua própria legislação de saúde e segurança ocupacional.
apresenta risco de queda de três metros ou mais, devendo, dessa forma, utilizar
7
Canadian Centre of Occupational Health and Safety. Fall Protection - Fall Protection Plan (General). 2018.
https://www.ccohs.ca/oshanswers/hsprograms/fall%20protection_general.html
67
atores envolvidos.
alguns conceitos expostos na ANBT NBR ISO 31000 – Gestão de Riscos - Diretrizes:
algum perigo.
materialize.
complexo como a revisão da norma, não seria possível adotar a estratégia de evitar
alterações das normas de segurança e saúde no trabalho, tendo em vista que pode
70
órgãos estatais.
Capítulo XII desta análise. Cabe destacar que, além das medidas de mitigação, esses
Nível do
Risco Possíveis medidas de mitigação
risco
Aprofundamento do diálogo social;
a) Risco de não obtenção de
ALTO Estímulo à busca do consenso no
consenso no diálogo social
processo de participação tripartite.
Plano de comunicação;
NÃO AÇÃO
NORMATIVAS
proteção.
NÃO NORMATIVAS
tratar o problema.
regulatório:
NÃO AÇÃO
ALTERNATIVA NORMATIVA
sendo que cada um deles possui suas vantagens e desvantagens. Sendo assim, não
existe um único método correto, que possa ser mais bem aplicado em todas as
proporcional.
Entre as diversas técnicas de AMC que podem ser utilizadas para identificação
Cumpre destacar que o AHP é uma técnica para a comparação dos impactos
das opções regulatórias que auxilia o tomador de decisão a lidar com problemas
complexos em um contexto com muitas incertezas, sendo uma alternativa viável aos
complexas.
relação a cada critério. Para tanto, utiliza-se a Tabela 20 que mostra a escala de
INTENSIDADE
DEFINIÇÃO
Escala numérica Escala qualitativa
75
XI.2 Critérios
alternativa em avaliação.
TABELA 21 – CRITÉRIOS
Critérios
• PROTEÇÃO À SAÚDE E À VIDA
• CUSTOS
• SEGURANÇA JURÍDICA
76
legítima. Uma importante condição da segurança jurídica está na relativa certeza que
los por meio da comparação, dois a dois, dentro da escala de comparação, conforme
Custos 1/7 1 1
Uma vez atribuídos pesos a cada critério, deve-se normalizar a tabela. Isso é
feito por meio da divisão de cada peso atribuído aos critérios pelo somatório dos
Proteção à
Segurança
Objetivo saúde e à Custos
jurídica
vida
Proteção
à saúde e 1 7 5
à vida
Custos 1/7 1 1
Segurança
1/5 1 1
jurídica
Total 1,34 9 7
1/9 =
Custos (1/7)/1,34 = 0,1066 1/7 = 0,1429
0,1111
78
apresenta os pesos relativos entre os critérios e é obtido pela média aritmética dos
Vetor de
Prioridade
Objetivo Cálculo do Vetor (Média de
Cada
Linha)
Proteção
0,746
à saúde e (0,7463 + 0,7778 + 0,7143) / 3 = 0,746
(74,6%)
à vida
Segurança 0,134
(0,1493 + 0,1111 + 0,1429) / 3 = 0,134
jurídica (13,4%)
Proteção à
Segurança
Objetivo saúde e à Custos Prioridade
jurídica
vida
Proteção à saúde e
1 5 7 0,746
à vida
Segurança jurídica 1/5 1 1 0,134
Custos 1/7 1 1 0,120
79
que o critério de Proteção à saúde e à vida é o critério principal com maior peso
pretendem alcançar.
Critérios Pesos
Proteção à saúde e à vida 74,6%
Segurança jurídica 13,4%
Custos 12%
a tomada de decisão.
preferível que C3, seria inconsistente afirmar que C3 é mais preferível que C1. Assim,
Proteção à
Saúde e à
Objetivo Vida Custos Segurança Jurídica Prioridades
Proteção à Saúde e à Vida 1,00 7,00 5,00 0,746
Custos 0,143 1,00 1,00 0,120
Segurança Jurídica 0,200 1,00 1,00 0,134
3,0241
[ (1 x 0,746) + (7 x 0,120) + (5 x 0,134) ] / 0,746
3,0048
[(1/7 x 0,746) + (1 x 0,120) + (1 x 0,134)] / 0,120
[(1/5 x 0,746) + (1 x 0,120) + (1 x 0,134)] / 0,134 3,0090
Assim, uma vez encontrado o valor principal de Eigen (λMáx), basta aplicar os
Por sua vez, para verificar se o valor encontrado do índice de consistência (CI)
é adequado, Saaty propôs uma taxa de consistência (CR), que é determinada pela
qualquer matriz de comparação seja menor ou igual a 0,10 (10%), o que seria
matriz. Dessa forma, uma vez encontrado valores maiores que 0,10, deve-se revisar
a matriz de critérios.
que o RI é estabelecido pelo valor de 0,58 (valor de RI obtido para matrizes com
de Critérios obtivemos uma taxa de consistência (CR) igual a 0,011, portanto, menor
se em relação aos critérios. Da mesma forma que foi realizada para a priorização dos
critérios estabelecidos.
TABELA 31 – ALTERNATIVAS
Alternativas
ALTERNATIVA 1 Normativa + Não Normativa
ALTERNATIVA 2 Normativa
ALTERNATIVA 3 Não Normativa
ALTERNATIVA 4 Não Ação
ordenação das alternativas por meio da comparação, duas a duas, dentro da escala
de comparação.
critério estudado.
Comparativa acima foi (CR) igual a 0,077, portanto, menor que 0,10,
ordenação das alternativas por meio da comparação, duas a duas, dentro da escala
de comparação.
Alternativa
7 5 1 1/3
3 0,291
Alternativa
9 7 3 1
4 0,574
alternativas.
Custos
Alternativas Pesos
Normativa + Não Normativa 4,4%
Normativa 9%
Não Normativa 29,1%
Não Ação 57,4%
CR 0,062
se tratando dos benefícios diretos e indiretos deste atendimento legal, nem tão
repercussões.
e regulamentares.
acima foi (CR) igual a 0,062, portanto, menor que 0,10, enquadrando-se como uma
ordenação das alternativas por meio da comparação, duas a duas, dentro da escala
de comparação.
Segurança jurídica
Alternativas Pesos
Normativa + Não Normativa 38,3%
Normativa 45,2%
Não Normativa 7,4%
Não Ação 7,4%
CR 0,006
acima foi (CR) igual a 0,006, portanto, menor que 0,10, constituindo-se, assim, numa
XI.4 Conclusão
PROTEÇÃO À
SEGURANÇA
SAÚDE E À CUSTOS
JURÍDICA
VIDA
PRIORIDADE
Pesos 0,746 0,134 0,120 FINAL
Normativa + Não
0,632 0,383 0,044 52,8%
Normativa
Normativa 0,227 0,452 0,090 24,1%
Não Normativa 0,097 0,074 0,291 11,7%
Não Ação 0,044 0,074 0,574 11,2%
Prioridade Global
Alternativas Pesos
Normativa + Não Normativa 52,8%
Normativa 24,1%
Não Normativa 11,7%
Não Ação 11,2%
seguintes medidas:
requisitos de proteção.
XIII. Referências
br/assuntos/previdencia-social/saude-e-seguranca-do-trabalhador/dados-de-
em 17/01/2022.
br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-
Protection in Construction.
https://www.osha.gov/sites/default/files/publications/OSHA3146.pdf Acesso em
17/01/2022.
93
regulations 2005.
https://www.legislation.gov.uk/uksi/2005/735/pdfs/uksi_20050735_en.pdf. Acesso
em 17/01/2022.
UNITED KINGDOM. HEALTH AND SAFETY EXECUTIVE. Falls from height: prevention
https://www.ccohs.ca/oshanswers/hsprograms/fall%20protection_general.html
Acesso em 17/01/2022.
DESPACHO Nº 374/2022/STRAB/SEPRT-ME
Processo nº 19966.101100/2021-13
1. Trata-se de aviso de consulta pública para dar publicidade à proposta de texto técnico com
escopo de revisar a Norma Regulamentadora nº 35 (NR 35) - Trabalho em altura.
2. Verifica-se que foi assinado e publicado o Aviso de Consulta Pública, conforme Despacho
Decisório nº 61 (23661616), sem que se tenha decidido pela adoção da alternativa indicada no relatório da AIR
da NR 35, a qual conclui pela necessidade de "revisar a NR 35 para a eliminação de conflito normativo com
as NR 01, 07 e demais NR atualizadas recentemente, bem como a eliminação de lacunas nos requisitos de
proteção".
3. Dessa forma, é relevante que seja tomada a decisão pela revisão da norma previamente à
publicação do aviso de consulta pública com o novo texto proposto para a NR 35.
4. Por esta razão, e de forma a evitar questionamentos futuros, esta Secretaria retirou do Portal
Gov.br o acesso à consulta pública e solicita que o aviso seja republicado após a tomada de decisão pela adoção
da alternativa indicada no relatório da AIR da NR 35.
5. Para tanto, encaminham-se a minuta de Despacho (23823651), com a proposta de decisão pela
adoção da alternativa indicada no relatório da AIR, e a minuta de Despacho (23823668), tornando sem efeito o
Aviso de Consulta Pública nº 2/2022, de 30 de março de 2022, publicado na página 127 da Seção 3 do Diário
Oficial da União de 4 de abril de 2022, e submetendo à nova consulta a proposta de NR 35.
Processo nº 19966.101100/2021-13