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1 INICIANDO
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Preparação de revistas científicas - teoria e prática
Po
funções, dentre as quais merece destaque a função comunicati-
va. Sua importância reside na possibilidade de transformar. os
resultados das atividades ccientíficas locais em fenômenos com-
partilhados. Isto é, graças à comunicação da ciência, é possível À
compartilhar conhecimentos com a sociedade como um todo, 1
proporcionando a inserção ccultural, ssocial, política e econômica é
dos conhecimentos recém-gerados. ]
À este respeito, Le Coadic (2004) ressalta como função princi- 4
pal da comunicação a possibilidade de assegurar o intercâmbio de
informações acerca das pesquisas em andamento, mediante a interação
entre os investigadores de temáticas similares. É a mesma linha de
pensamento de Meadows (1999, p.vii), para quem a comunicação é
parte integrante do processo de pesquisa científica, uma vez que a
“[...] comunicação situa-se no próprio coração da ciência.”
O contato entre os pesquisadores via comunicação cientí-
fica é o fundamento do sistema de comunicação científica, que,
como visto, no capítulo anterior comporta categorizações dis-
tintas a depender dos teóricos proponentes, mas, de modo geral,
integra a comunicação formal (processo escrito) e a comunicação
informal (processo oral), cujos elementos, (como também descri-
tos por Célia R. S. Barbalho no capítulo 5), diferem quanto à
audiência, ao formato, ao suporte e à função. Logo, a comunicação
científica compreende elementos distintos (exemplo: eventos
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=prints: modelo da comunicação científica em transição
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Preparação de revistas científicas - teoria e prática
ma adotada para validar a observância das normas pelos pesquisa- dade de.
dores é a mesma para validar o valor epistêmico das investigações, dades cie
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E-prints: modelo da comunicação científica em transição
|
m especial Graças aos artigos científicos ali contidos, a ciência se constrói,
abilidade o que reforça | Packer (2001), para quem a ã ciência que existe é a
ciência publicada.
eai mer
jocientífi-
1estrutura 2.2 A crise do modelo clássico
car O siste-
mo ocorre . No entanto, o modelo clássico de comunicação científica
a ativida- atravessa uma crise séria, atribuída a fatores diversos. Entre eles,
| evitando, citam-se três: alto custo das assinaturas dos periódicos; papel
ao e guer- das revistas científicas; avanço das TIC.
ssegurado Em relação ao valor das assinaturas, destaca-se, de início,
IS à socie- um fato histórico relacionado com as revistas científicas impres-
poisa for- sas: a explosão bibliográfica, a internacionalização e a necessi-
s pesquisa- dade de alcançar um público em expansão faz com que as socie-
estigações, dades científicas busquem, parcerias com editores comerciais, para
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Preparação de revistas científicas - teoria é prática
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E-prints: modelo da comunicação científica em transição
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CAPÍTULO 7
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA DE
RevisTAS CIENTÍFICAS COM SUPORTE
DO ProTocoLO OAI
Miguel Ángel Márdero ARELLANO
Doutorando em Ciência da Informação,
Universidade de Brasília
Consultor e pesquisador do Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia
Sueli Mara Soares Pinto FERREIRA
Doutora em Ciências da Comunicação,
sub-área Ciência da Informação
Coordenadora da Rede de Informação em
Ciências da Comunicação dos Países de Língua Portuguesa
Sônia Elisa CAREGNATO
Professora Doutora em Ciência da Informação
Professora da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul
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Editoração eletrônica de revistas científicas com suporte do protocolo OAI
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teoria e prática
Preparação de revistas científicas —
icadas em fascículos.
revisão por pares, além de serem publ
intermédio de assina-
O acesso a seu conteúdo é pago, tanto por
a várias opções de
turas individuais como de licenças de acesso
pacotes, por meio de distribuidores e editores especializados.
exemplo típico de
O ScienceDirect, da Elsevier, constitui
de negociação, dando
serviço de informação oferecido por esse tipo
de um mil e 800 perió-
opções de licenças que podem incluir mais
do, que dentre outros
dicos, acrescentando-se, a título de aden
ão estão O ProQuest
grandes provedores de serviços de informaç
raldinsight.com) eo
(www.proquest.com), O Emerald (www.eme
área de comunicação,
Ovid (www.ovid.com). Especificamente na
estão Communication
entre as revistas disponibilizadas desta forma
s, em nome da
Theory, editada pela Oxford University Pres
€ Journal of Commu-
International Communication Association,
nication Inquiry, da Sage Publications.
icar somente as
No caso do ScienceDirect, deixou de publ
oferecer acesso tam-
revistas da Elsevier no meio eletrônico para
me descrito em
bém a publicações de outros editores. Confor
, o ScienceDirect evo-
seu site, desde o seu lançamento, em 1997
exclusivos da Elsevier,
tuiu de uma base de dados contendo títulos
o um dos maiores
disponíveis na web, para se consolidar com
ratura científica, técni-
provedores do mundo, em termos de lite
ca e médica.
es agregam va-
Sem dúvida, com esta medida, os provedor
realização de bus-
lor às revistas, oferecendo a possibilidade de
gral, criando links
cas em grandes bases de dados de texto inte
umento e / ou a
que conduzem a outros pontos do mesmo doc
antigos e cumprin-
recursos externos, digitalizando os volumes
o por Mabe (2001).
do a tarefa de arquivamento, como detalhad
é que, frequen-
O problema com as licenças em pacotes
pelo acesso à revistas
temente, as bibliotecas acabam pagando
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Editoração eletrônica de revistas científicas com suporte do protocolo OAI
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Preparação de revistas científicas — teoria e prática
Mesmo rotineira, sobretudo no caso da editoração em grandes de
editoras, muitos autores tendem
e
a ignorar Os Eefeitos aadessa trans-
coa niree aaa
ferência, talvez porque na cultura dos i impressos não existissem pai
tantas oportunidades de reprodução aliadasà tradição de não
remuneração desse tipo de trabalho. Com o avanço das
tecnologias de informação e de comunicação, os produtores lim
passam, agora, a reivindicar o direito de ter os seus artigos re-. co.
produzidos em sites pessoais ou institucionais ou, ainda, depositá-
o
ot
204
CAPÍTULO 5
PerróbiCO CIENTÍFICO: PARÂMETROS
PARA AVALIAÇÃO DE (QUALIDADE
Célia Regina Simonetti BARBALHO
Doutora em Comunicação e Semiótica
Professora da Universidade Federal do Amazonas
1 INICIANDO
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qualidade
Periódico científico: parâmetros para avaliação de
desta-
que permeia o espaço da editoração científica. Portanto,
de qualida-
cam-se as vantagens de se observar e seguir critérios
zam esses
de, além de identificar os organismos que utili
parâmetros e reiterar as suas finalidades.
2 COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
oção
A comunicação científica é entendida como a prom
determinada
de intercâmbio de informações entre membros de
isas efetiva-
de comunidade, a qual divulga os resultados de pesqu
contexto
lho das de acordo com regras definidas e controladas pelo
comunicação
cie- onde está inserida. Para Meadows (1999, p. vii), a
ela tão vital
“[...] situa-se no próprio coração da ciência. É para
ne- toia pesquisa, pois a esta não caber reivi
a própr
quan ndicar com
não houve sido analisada e
legitimidade este nome enquanto
was
q
comunicada.”
jato aceita pelos pares. Isto exige, necessariamente, que seja
produzidos
que A este respeito, ao apontar os tipos de comunicação
pela ciência, Mueller (2000) afirma que variam em:
s;
formato — relatórios, artigos, livros, palestras e outro
re- suporte — papel, meio eletrônico, fita de vídeo etc.;
rem audiências — entre pares, para estudantes, para O públi-
co em geral, entre outros;
etc.
bli- função — informar, observar reações, registrar autoria
rer-
nais Por certo, o conhecimento científico pode ser comunicado
rendo à co-
lhes via diversas modalidades e diferentes suportes, recor
afirma que os
pais municação oral, escrita e digital. Meadows (1999)
utili-
primeiros modelos de comunicação desta natureza foram
oção de
nis- zadas desde a Antiguidade pelos gregos, tanto na prom
discutidos
debates nas academias quanto no registro de temas
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Periódico científico: parâmetros para avaliação de qualidade
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