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Toque da Escuridão
Touch of Darkness
DARKNESS CHOSEN 02
Bonito e poderoso, Rurik Wilder tem o poder de transformar-se em uma feroz ave de rapina.
Um dom que já causou morte e destruição, até que lhe oferecem a chance de se redimir.
Apenas uma mulher está em seu caminho.
Nas ilhas Orkney, Rurik chega a uma cova, ao mesmo tempo que a repórter Tasya Hunnicutt,
uma bela escritora, determinada a vingar-se dos assassinos que assassinaram sua família.
Assassinos, que segundo rumores, têm poderes humanos que não deveriam nunca possuir...
Durante séculos, o nome Cossaco infundiu terror no coração do povo da Ásia central, e a
família Varinski era a encarnação dos desumanos conquistadores que assassinaram, mutilaram e
violaram.
Ainda hoje, os Varinski residem nos estepes da Rússia. São conhecidos por suas habilidades de
rastreamento, demonstrando vez após vez, serem capazes de descobrir as debilidades de seus
inimigos. Eles deixam um rastro de sangue, fogo e morte aonde quer que vão. Terríveis rumores
giram em torno deles, rumores que dizem que Konstantine Varinski, fundador da tribo dos
Varinski, fez um pacto com o diabo e, é obvio, isso é totalmente certo.
Faz centenas de anos, Konstantine Varinski, um magnífico guerreiro de grande crueldade, um
homem conduzido por suas ânsias de poder, vagou pelos estepes. Em troca de sua habilidade para
dar caça a seus inimigos e matá-los, ele prometeu sua alma ao diabo. Para selar o pacto, prometeu-
lhe o ícone de sua família, uma só pintura dividida em quatro imagens da Nossa Senhora.
Para obter a peça sagrada, o coração de seu lar, ele matou a sua própria mãe…e condenou sua
alma.
Antes de morrer, ela o atraiu para si e falou em seu ouvido.
Konstantine não prestou atenção a sua profecia. Ela era, depois de tudo, uma simples mulher.
Ele não acreditou que suas agonizantes palavras tivessem o poder de trocar o futuro e até mais
importante, Konstantine não faria nada para pôr em perigo seu pacto com o diabo.
Mas embora ele não confessou a profecia que sua mãe fez, o diabo soube que Konstantine era
um mentiroso e um enganador. Ele suspeitava do engano de Konstantine, e compreendeu o poder
do sangue e a família, e as palavras moribundas de uma mãe. Assim para assegurar-se de reter os
Varinski a seus serviços, secretamente cortou uma pequena parte do centro do ícone, e a deu a uma
pobre tribo de andantes, lhes prometendo que lhes daria sorte.
Então, enquanto Konstantine bebia para celebrar o trato, em uma chama de fogo o diabo
dividiu as Madonas e as jogou por volta dos quatro limites da Terra.
Para o Konstantine Varinski e cada um dos seguintes Varinski, o diabo legou a habilidade de
trocar por vontade em um animal de caça. Não podiam ser assassinados em batalha exceto por
outro demônio, e cada homem era inusualmente idoso, mantendo-se forte como um carvalho na
velhice. por causa de sua batalha; destreza, integridade e de sua habilidade para tomar decisões,
voltaram-se ricos, respeitados e temidos na Rússia.
Através de czares, Bolcheviques, e inclusive presidentes, mantiveram seu complexo de
guerreiros, foram aonde lhes pagasse por ir, e, com sua irrepreensível ferocidade, esmagaram
revoltas e exigiram obediência.
Chamavam-se a si mesmos a Escuridão.
Só podiam engendrar varões, um problema de muita exultação para eles. Tomavam a suas
mulheres com crueldade, e em suas impecáveis casa tinham um torniquete equipado com uma
cascavel. Ali as mulheres que tinham sido impregnadas pelo negligente emparelhamento dos
Varinski depositavam a seus recém-nascidos filhos. Cada mulher fazia soar a cascavel e fugia,
deixando ao menino para que fora acolhido pelos homens Varinski em seu lar. Eles aclamavam o
nascimento de um novo demônio, e o criavam para ser um desumano guerreiro digno do nome
Varinski.
Porque nenhum Varinski jamais se apaixonou...
Até que um o fez.
Nenhum Varinski se casou...
Até que um o fez.
Nenhum Varinski jamais fugiu do quartel e daquele modo de vida...
Até que um o fez.
Pela primeira vez, rachaduras apareceram na sólida fundação do pacto com o diabo.
O céu notou.
E o inferno também.
A noite em que tudo começou
—Quero que me cubra as costas—Konstantine passou a seu irmão a garrafa e assinalou para o
acampamento do vale que havia abaixo.
— Vou agarrar a garota Cigana.
—Supõe-se que não devemos incomodar os Ciganos—Oleg tomou um comprido gole de vodca.
— Recorda? Está escrito. Qualquer mulher é nossa para foder, exceto essas Romaníes.
Konstantine mostrou seus brancos e afiados dentes no que parecia um sorriso.
—Pergunto-me por que—A família Varinski não tinha regras. Quase nenhuma regra. Podiam
fazer o que queriam—Seqüestrar, roubar, torturar, assassinar e ninguém poderia pará-los.
Mas existia uma antiga lei.
Não podiam tocar uma mulher cigana.
—Os Ciganos são asquerosos—Oleg cuspiu em direção ao acampamento, e o cuspi se evaporou
ao tocar o chão congelado. Esse outono era tão frio como os seios de uma bruxa, com uma gelidez
temprana que tinha arruinado os cultivos e posto um fio faminto no caráter de cada um.
—Pegará uma enfermidade.
—O que me importam as enfermidades? O único que me pode matar, irmão, é você.
—Não te mataria—disse apressadamente.
Oleg tinha a idade de Konstantine, e quase o mesmo tamanho: dois metros, bem musculosos,
com grandes punhos. Melhor, Oleg era um grande lutador. Mas temia à dor. Quando tinha que
lutar, o fazia, mas não gostava.
Konstantine o amava. Amava ganhar, é obvio, mas mais que isso, amava tudo o relacionado
com uma briga. Amava riscar suas estratégias enquanto estava em pé, figurando-se quem seria o
seguinte em atacar e como, calculando qual de seus inimigos era mais fácil de vencer e qual
requeria um esforço extra. A dor agia como estimulante, e o vermelho era sua cor preferida.
Aquela noite Konstantine queria mais ação. Supôs que ali haveria provavelmente quarenta
pessoas no acampamento Cigano: trinta homens e mulheres de quinze a setenta anos, e dez
meninos.
—Acaso não brigamos forte esta noite? Não nos lavamos as mãos no sangue de nossos
inimigos?
—Não eram nossos inimigos—Oleg cravou seu olhar nas fogueiras do acampamento.
— Era unicamente outro trabalho.
—Seja quem é ao que nos tenham contratado matar, é nosso inimigo—Konstantine agarrou a
garrafa e bebeu até que a vodca queimou suas tripas, e a devolveu a seu lugar. Ele não
infravalorizava os Ciganos; defendiam o seu, valoravam a garota, e mais que nada, brigavam sujo.
Apreciava isso. Também calculou que poderia lhes roubar a garota diante de seus próprios narizes.
— Estou negociando com um terrorista na Indonésia. Logo iremos a guerra. Até então—olhou
colina abaixo para o acampamento, a emoção da perseguição correndo por suas veias— Pilharei
umas quantas gatinhas Ciganas.
Oleg bateu a garrafa contra sua cabeça.
Konstantine viu as estrelas.
Fazendo uma alavanca por trás de seus joelhos, tombou-o e envolveu um cotovelo dobrado ao
redor de sua garganta.
—Se o fizer, deverá deixar o clã.
—Quem terá coragem de me jogar? —Konstantine olhou dentro dos olhos de seu irmão a
modo de desafio.—Não você, Oleg.
—Não. Eu não. Mas talvez… Talvez a lei Cigana não viesse do primeiro Konstantine…Mas
sim de seu criador.
—De sua mãe? —seus lábios se curvaram.
— Matou a sua mãe para selar o pacto com seu sangue.
—Não. Do diabo—Oleg puxou o cabelo de Konstantine.
— Alguma vez pensou nisso? Alguma vez pensou que o diabo pudesse ter sido o que pôs essa
condição no pacto?
—É obvio que o pensei. Alguma vez se perguntou por que? por que teria que dizer o diabo ao
velho Konstantine que não podia tocar as mulheres Ciganas?
—Eu…Não sei.
Konstantine relaxou sob os braços de seu irmão. Em um tom coloquial, disse:
—Viu a garota Cigana quando estava no povoado? —Esperou.— Bom, viu-a?
—Sim —Oleg era resistente a alimentar a obsessão de Konstantine, mas a entendia muito bem.
— É preciosa. Muita pequena para você, entretanto.
—Seios erguidos, cintura estreita, pequenos quadris, cabelo escuro
—Crescerá-lhe um bigode logo.
—O que me importa? Não vou ficar com ela. Mas se deu conta desses profundos e escuros
olhos que vêem tudo? Sabe por que seus olhos são assim? Porque pode ver o futuro.
Oleg baixou a guarda.
—São Ciganos. Mentem para poder tirar o dinheiro dos humanos crédulos.
—Não, escutei a sua gente falando—acreditaram que era um cão. A garota não diz a fortuna.
Tem visões. Quero que tenha meu filho.
—Um filho. Não pode ter um filho com ela. É Cigana!
Konstantine agarrou com força os pulsos de Oleg.
—Pensa bem, Oleg. Abre sua pequena e diminuta mente. Imagina um filho com meus dons e
suas visões combinados. Seria poderoso, tão poderoso que O Maligno o temeria. É por isso que não
podemos deitar com as Ciganas. Porque meu filho poderia tomar o lugar do diabo como líder do
inferno.
Oleg voltou a sentar-se, sua expressão horrorizada.
—Às vezes, Konstantine, está louco.
E depois que Oleg perdeu a oportunidade de mantê-lo agarrado, Konstantine trocou.
Onde tinha estado deitado sobre a tenra grama, havia um montão de roupa, e sobre elas se
erguia um enorme e musculoso lobo de pelagem castanha—um lobo que era Konstantine.
Oleg se debateu por recuperar o agarre, mas o lobo agarrou a mão de Oleg entre seus dentes e
mordeu até que os ossos rangeram.
—Puto govnosos! —uivou Oleg.
Konstantine o soltou. Às vezes Oleg precisava ser posto em seu lugar.
Trotando colina abaixo, entrou no acampamento. Quase a primeira, captou a essência da
garota, um corpo jovem, fresco e limpo. Manteve-se longe dos homens, querendo não meter-se em
problemas até que tivesse sua presa a vista, e que ninguém prestasse atenção, porque os lobos
viajavam de manada, e os cães isolados não eram um aporrinho. Seguiu seu olfato, e ali estava ela,
sentada com as outras meninas, escutando e falando, rindo das palhaçadas de outra que estava
fazendo um chapéu de pele, todas usando um fuso para transformar a lã em fio. Manteve-se fora da
vista da fogueira, observando.
Suas intenções eram frias e calculadas, certo; queria um filho nascido de suas vísceras. Mas o
ato seria um prazer, porque a garota era muito bonita.
Inesperadamente, algo frio correu por seu espinha.
Perigo.
Olhou a seu redor. Os homens estavam bebendo, e não se precaveram de sua presença. Oleg
não se atreveria a interferir de novo; provavelmente estaria ainda curando sua mão e
amaldiçoando-o.
Então onde estava o perigo?
Ali. No lado mais afastado da fogueira. A anciã.
Clac! Estava espantada, a intuição de uma velha bruxa com as sobrancelhas tão escuras e
grosseiramente frisadas que se podiam ver desta distância. Tinha uma dessas brandas,
protuberantes narizes de senhoroas que se curvava sobre seus lábios enrugados. O pior de tudo era
que, baixo essas rugas e o cabelo cada vez menos abundante, viu um retalho de beleza. Era como se
tivessem jogado um malefício, que causasse velhice.
Estava seguro de que seu casaco de cabelo castanho e sua imobilidade o esconderiam de olhos
humanos, até que ela olhou diretamente para ele, seus grandes óculos de molduras negras
aumentando seus atemorizados olhos. Lentamente elevou sua mão e o assinalou com seu torcido
dedo.
O silêncio caiu sobre as meninas, e todas se viraram para olhá-lo como se fossem uma só.
—Varinski —Disse, e a palavra era uma maldição.
—Não seja tola, velha. Os Varinski não nos incomodam.
—Varinski —disse a anciã de novo.
Como tinha sabido? Como o reconheceu?
Então a menina, a que tinha as visões, levantou-se com o fuso na mão.
—Irei comprovar, velha.
Era mais fácil do que esperava.
A garota começou a caminhar para ele.
Ele absorveu o lobo e voltou a ser um homem.
—Não! —Gritou a mulher com uma força surpreendente.
A garota se virou e caminhou de volta para ele.
—Está tudo bem. Tenho que pegar mais lã, de qualquer forma.
Enquanto a mulher lutava para ficar em pé, a formosa Cigana caminhou diretamente para os
braços de Konstantine. Não gritou; não lhe deu a oportunidade. Com uma mão sobre sua boca,
envolveu seu braço ao redor de sua cintura, levantou-a, e caminhou para o extremo do
acampamento. Ele estava nu. Ela levava uma saia.
Seria fácil.
Então a muito cadela usou o fuso para cravá-lo no flanco.
Ele a soltou e rugiu.
Ela gritou tanto como lhe permitiram seus pulmões, e engatinhou para escapar.
Pôde vislumbrar os surpreendidos homens chegando e jogando contra ele. Agarrando seu
braço, girou-a para ele, e quando levantou a agulha de novo, arrancou-a de sua mão e a lançou a
seus persigidores.
—Poyesh’ govna pechyonovo! — falou rindo. Agarrou o líder do grupo e o jogou com um
murro ao centro da massa de homens que corria contra ele. Lançando a pequena Cigana sobre seus
ombros, correu para escuridão.
Eles não poderiam apanhá-los, esses Romaníes. Não tinham sua velocidade, seus pulmões ou
seus instintos.
Depois de várias tentativas de golpeá-lo para fazê-lo perder o equilíbrio, a garota parou, mas
ele não cometeu o engano de acreditar que se resignou. Só estava esperando. Esperando que ele
parasse e pudesse combatê-lo com toda sua força e espírito. O fazia querer rir, essa pequena coisa
que queria apunhalá-lo com aquele artefato de mulher. Seria um prazer domá-la.
Meia hora depois, parou em um motel nos subúrbios de Poltava. Tinha um acordo com o
hospedeiro.
Ali, este mantinha uma cabana disponível para Konstantine, e ele o deixava viver.
A garota estava encolhida, tiritando de frio, e sem fôlego por ter estado batendo no ombro de
Konstantine. Empurrou-a encaminhando-a para a porta e o calor dentro da cabana. Permitiu-lhe
deslizar-se por seu corpo, e a manteve enquanto recuperava seu equilíbrio, esperando enquanto ela
o examinava.
Não se incomodou em olhá-lo de cima abaixo; apontou justo em seus genitais e os inspecionou
com indiferença.
A maioria das mulheres desmaiavam ou fazia sonoros arrulhos. Então ela escaneou o resto de
seu corpo. Seu olhar persistiu na evidência sangrenta de seu ataque com o fuso. Disse:
—Então pode ser ferido—E sorriu.
Não estava assustada. Estava furiosa, e preparada para atacar. Só media apenas um metro e
meio de estatura, contendo um valor de dois metros e meio de desafio. Não poderia ser submetida;
isso nunca funcionaria. Assim fez algo fora de seu caráter. Beijou-a.
Não soube por que. Nunca tinha beijado uma mulher antes. O coito não requeria esse tipo de
intimidade. Mas algo nessa menina o fazia querer tocar seus lábios com os seus, e não era um
homem que se privasse de seus desejos. Era um beijo luxurioso.
Esmagou sua boca contra a sua.
Ela franziu estiradamente seus lábios para repeli-lo, e ao mesmo tempo, rodeou seus braços
com seus dedos.
Então…Quando seu fôlego tocou seu rosto, as sensações o varreram. Não o reconheceu, sentia-
se como um fogo aceso em uma estufa que nunca tinha tido uma chama. Deslizou seus braços por
suas costas, procurando a fonte desse sentimento.
Ela deixou de agarrar seus braços e se manteve imóvel. Então, OH Deus, seus lábios se
abrandaram e se abriram. Era como uma ameixa amadurecida pronta para que desse um bocado, o
qual fez, a mais gentil dentada em seu exuberante lábio inferior.
Ela saltou, e quando ele a lambeu, voltou a saltar.
Sua língua tocou a sua, e tão rapidamente como um incêndio florestal, o calor rugiu fora de
controle. Seu beijo se transformou em um intercâmbio de sabores, toque, paixões, almas. Seu beijo
os consumiu, cegando-o do perigo e levando-o a loucura.
Nunca mais agarraria outra mulher. Queria ela, a Cigana. Nunca outra mulher.
Quando finalmente se apartaram, sem fôlego e assombrados, ele olhou o interior de seus
escuros olhos castanhos, e viu seu destino. Isso era pelo que devia tê-la.
Isso era pelo que o diabo a tinha proibido.
Quando falou, sua voz era rouca e cheia de paixão.
—Meu nome é Zorana.
—Zorana —repetiu. Conhecia bem a magia contida em um nome; soube, também, que ela o
tinha agradádo com uma parte de sua alma.
— Meu nome é Konstantine.
—Konstantine —Assentiu.
Agarrando sua mão, guiou-o para a cama. Para ele foi como se o universo tivesse trocado,
transformado em um lugar onde as antigas normas não eram aplicáveis, e a frescura trazia
esperança, por muito tempo apagada, agora devolvida à vida.
Estava no certo.
Mas nenhum homem desobedecia abertamente a autoridade do diabo sem temíveis
conseqüências.
Capítulo 1
Capítulo 2
Sol. Trabalhadores interinos de setenta anos. Nenhum vento. Nenhuma
insinuação de chuva, e nenhuma na conjetura.
Rurik se encontrava sobre o arco do navio—ele era um passageiro solitário—e
esperou o primeiro sinal da Ilha de Roi.
No dia anterior tinha conduzido como um louco pelas Terras baixas escocesas, as
amplas expansões de nada, interrompidas pelos campos de golfe, cidades industriais, e
fabricantes de uísque. Sua própria fadiga o tinha forçado a parar em Inverness e cair em
uma pensãodepois levantar-se cedo para conduzir para as Terras altas, a terra de
Braveheart, entrecruzando-se por diminutos caminhos de duas veredas que se torciam e
davam voltas, onde a velocidade máxima era lenta e devia parar para que cruzassem as
ovelha.
Mas inclusive esse atraso tinha sido menor. Pela tarde, tinha chegado a costa do
norte da Escócia. Parecia como se os elementos conspirassem para que chegasse a
escavação o mais cedo como fora possível.
Há algo surgindo do inferno, e o céu está desdobrando-se para baixo. E quando os
dois colidirem, tudo será diferente.
Sua mãe havia dito algo assim, mas a diferencia da estranha anciã, Zorana não
era estranha ou velha nem acostumava a fazer declarações enigmáticas, a menos que
considerar um “Carrega a lava-louça, grande lummox— não dava a luz para ter a outro
homem esperando.
Atrás dele, o primeiro oficial do navio aconselhou:
—Não chegará a ilha mais rápido por muito que pressione.
—Duncan. Ouça, como está?— Rurik sorriu e deu a mão ao curtido escocês.
— Não posso evitá-lo. Eu deveria ter estado ali todo o tempo.
—Sempre, fica aqui dia e noite e assim que dá as costas, sua equipe retira a
toalha debaixo da porcelana—Duncan se uniu com ele na barra e olhou fixamente ao
mar picado.
— Tem ideia de quantos turistas transportamos nos passados quatro dias?
—Quantos?
—Muitos para afundar o navio—sob sua barba serrada, recortada, o lábio de
Duncan se frisou com desdém.
—Se a equipe tivesse mantido suas bocas fechadas…
—Não pode conter o rumor sobre o ouro, amigo. Isto não mudou nos últimos dez
mil anos. O ouro atrai ao olhar de avaros e ambiciosos.
—Eles não tinham por que chamar um maldito grupo de imprensa—que era o que
lhe tinha engasgado—ver Kirk Hardwick em câmara, expondo seu fabuloso tesouro de
ouro e conhecimentos.
—A Hardwick realmente gosta de seu pequeno minuto de atenção e com você
indo-se, ele o teve.
—Estou seguro—A insinuação de uma sombra apareceu sobre o horizonte. A Ilha
do Roi.
—Quando digo aos turistas americanos que a ilha tem só sete milhas de largura, e
que não há carros, olham-me como se houvesse me tornado louco—os ardilosos olhos de
Duncan olhavam como a ilha tomava forma plana em um extremo, elevando-se
lentamente em um escarpado no outro.
— E os repórteres! Grasnando e carregando para baixo com câmaras, cada um
tentando dar A Freckle e Eddie uma gorjeta por levar sua bagagem.
Rurik jogou uma olhada atrás aos dois tripulantes.
—Ganharam muito?
—Gostam do dinheiro. Mas não gostam de ser tratados como estúpidos aldeãos.
—Quantos repórteres há?
—Quatro— E dois de Edimburgo, um de Londres, e um alemão de alguma agência
de notícias internacional. Bastante para escrever uma decente historia, poderá pensar,
mas ainda tenho que vê-los—Duncan olhou Rurik, apoiou-se contra o passamanes, e
cruzou seus braços sobre seu peito.
— Agora, quando essa moça de cabelo negro e rosto doce comece a escrever, então
veremos algo.
Rurik fingiu ignorância.
—Quem?
Duncan não engoliu isso.
—Sabe quem.
—Tasya?
—Não, não conheço Tasya. Refiro A Hunni.
—Tasya... Hunnicutt—Todos a chamavam Hunni, e ela respondia facilmente a
essa expressão carinhosa, à todo mundo, homens encantadores, mulheres, e meninos
igualmente. Rurik não podia usar seu apelido tão casualmente. Isto o irritava—ela o
irritava—como um grão de areia em uma almeja.
—Ah, é esse seu verdadeiro nome?—disse Duncan.— Não sabia—E um inferno
que não sabia. Ele havia o visto perfeitamente embora Rurik tinha pretendido
indiferença.
—Então ela está aqui— Rurik a veria outra vez, veria-a pela primeira vez desde
que ele tinha completado sua cuidadosa sedução e eles tinham passado a noite em
Edimburgo juntos.
—Trouxe-a esta manhã. Ela disse que teria estado aqui antes, mas estava
terminando as fotos para sua história no Egito. Ela é uma viajante, das boas.
Isso é endemoniadamente certo. Um homem teria que cravar seus pés ao piso
para mantê-la em um lugar.
—Ela não esteve aqui muito. Bem.
—A moça não foi danificada.
Nenhum dano? Rurik recordou todo muito claramente, o dano que lhe tinha feito.
O aroma de sua pele, o som de sua risada rouca, a sensação de seu corpo acalorado
contra o seu, seu sabor...
—Ela é muito entrometida para seu próprio bem.
—De um modo encantador—Mas então, sinto-me atraído por ela— Duncan pôs
sua mão a seu peito e suspirou como um garoto ferido de amor.
Rurik grampeou a barra do passamanes tão hermeticamente como pôde. Devia
fazê-lo, ou estrangularia Duncan.
Ele começou a tagarelar
—Não há nem um homem na ilha, exceto esse repórter maricas de Londres, cuja
bússola não assinale ao norte ao vê-la.
—Ela tem um rosto ossudo.
—Ela tem rosto?
A incredulidade de Duncan agarrou a Rurik por surpresa, e ele riu. Certamente,
Duncan tinha razão. por que deveria qualquer dos tipos cuidar-se do que seu rosto
parecesse?
Infelizmente para Rurik, não podia conseguir tirar o rosto da Tasya de sua
mente. Seu cabelo curto era tão negro que a luz, como no pub depois de uma difícil
jornada trabalhista e umas poucas horas bebendo, as mechas resplandeciam com as
cores e o brilho da asa de um corvo. Seus olhos cobaltos estavam rodeados por pestanas
de Snuffleupagus1, de uma espessura absurda, da cor da fuligem, e largas. Quando ela
piscava, suas pestanas abanicavam o ar, e quando olhava a Rurik, seu olhar azul
elétrico enviava uma descarga ao longo de seus nervos. E para ser justos, seu rosto não
1
Personagem da série Bairro Sésamo.
era realmente ossudo, esculpido seria uma melhor palavra, com uma ampla mandíbula
que ela usava para enfatizar suas palavras, ela a levantava quando se obstinava, girava-
a longe quando não tinha nenhuma intenção de escutar, assinalava a alguém quando
ela queria fazer um comunicado.
Quando se tratava de seu corpo... bem, de acordo, Rurik entendia por que os
caras gemiam quando tinham uma ereção e se encontravam em uma situação
embaraçosa. Ela se parecia uma deusa de filme dos anos cinqüenta, com os seios
generosos, Rurik lhe dava um C, e isso não era uma classificação, uma cintura
diminuta, uns gloriosos quadris, e boas pernas. Longas, musculadas, boas, boas, boas
pernas. Todos isso se condensava em aproximadamente um metro sessenta de ação
dinâmica.
Cobria tudo com o hábito de uma monja, nada mais deixava sair um espiono de
seu rosto, e nenhum homem a notava, exceto ele.
Assim, certamente, Duncan contradisse o pensamento nostálgico de Rurik
rapidamente com:
—E seus lábios... Ela faz um homem pensar em pecados realizados
pecaminosamente, devagar, e muito freqüentemente.
Isso descrevia perfeitamente a Tasya e seus lábios e o sexo...
—Ela é uma distração.
—Isso é o que é—Duncan ferventemente esteve de acordo.— Mas ela não usa suas
artimanhas para o mal, Rurik. Não tem feito nada a suas costas.
Rurik tinha sido injusto com seu caráter. Provavelmente. E por seus próprios
motivos. Mas quando Tasya Hunnicutt viu a escavação, não foi a paixão para ele que fez
que seus olhos azuis ficassem cinzas e intensos. Ele juraria que ela tinha mais em sua
mente o assegurar-se de conseguir boas fotos e escrever uma história.
—Ela sabe muito sobre o lugar.
—Quererá dizer que ela sabe tanto como você—disse Duncan habilmente. Deus
proiba. Rurik olhou fixamente a ilha que se aproximava.
—Ela é uma repórter, e seu patrão financia a escavação, assim que talvez seu
trabalho é saber muito— Duncan bateu no ombro de Rurik.
— Se me perguntar, diria-te que deve apontar para o Hunni e deixar de se zangar.
Rurik sacudiu sua cabeça e o fulminou com o olhar.
—Não é que outros vão a agarrar algo. É o único com alguma oportunidade.
Agora, se me desculpar, o capitão MacLean estará requerendo minha ajuda para atracar
o ferry.
Duncan se dirigiu para a ponte, abertamente. Rurik enfrentou a ilha, mas via
Tasya, e seu destino.
A Ilha de Roi tinha a forma de um antebraço ósseo, com o extremo do cotovelo
elevado fora da água. A tumba estava no lado alto, não longe dos precipícios e a trinta
metros sobre o mar.
Quando o navio atracou na ilha, pôde ver tudo com mais detalhe, o rubor da
grama no verão, umas quantas árvores, inclinados pelo vento, as praias de areia branca
sob as rochas. O lugar era um asilo para as aves; revoavam pelo ar, chorando pelas
largas migrações e curtos verões, e uma só águia real voava sobre todos eles, caçando...
Sempre caçando.
Rurik seguiu seu arco, sua alma se desesperava por elevar o vôo, para planejar
sobre as correntes de ar ascendentes até alcançar o sol, então replegar suas asas perto
de seu corpo e mergulhar-se para o oceano, o vento tão forte enchendo seus pulmões, o
regozijo afiado, penetrante, fresco.
Sem problemas, ele poderia convencer-se de que era necessário. Se ele o
permitisse simplesmente a si mesmo, poderia trocar sua forma, converter-se em uma
gigantesca ave de caça. Ele tinha poderes que nenhum homem deveria ter, dados a ele
devido a um pacto feito faz muito entre o primeiro Konstantine e o diabo. O pai de Rurik
disse que a mudança o trouxe mais perto do mal, mas Rurik o deveria usar para bem.
Isto é o que ele havia dito a si mesmo cinco anos atrás... E um homem bom tinha
morrido.
Não importava quanto tivesse saudades as alegrias do vôo, após Rurik nunca
havia tornado a fazê-lo.
Mesmo assim o poder não era algo que ele pudesse perder. Isto era uma fome que
crescia cada dia, uma ansia em sua tripa que ele mal poderia conter, e isto o fazia tudo
mais perigoso.
Agora, mais que nunca, sua visão de falcão parecia a melhor maneira de velar por
seu projeto, suas garras largas e quedas em picado combinados com o elemento
surpresa eram a defesa mais provável.
Mais importante, ele poderia dizer que os Varinski o tinham encontrado...
Eles, depois de tudo, tinham encontrado a Jasha, e isto era só questão de tempo
antes de que eles o detectassem, também. Rastrear era o que os Varinki melhor faziam,
ou isso disse seu pai.
Mas era o que sua mãe havia dito o que de verdade o atormentou... Ele se
estremeceu ao recordá-lo. Ele tinha ido casa nas Montanhas da Cascata em Washington
para celebrar em quatro de julho, com a família Wilder, seu primeiro descanso desde que
ele tinha começado o trabalho no local da escavação.
Essa noite, depois de que os foguetes tivessem terminado, os convidados partiram,
e a fogueira se extinguisse, esta visão poderosa tinha assaltado sua mãe. E sim, ela era
um Cigana, e sim, Rurik suspeitava que ela era uma psíquica. E sim, sua família inteira
era um pouco diferente da maioria das famílias americanas, seus pais tinham imigrado
de Ucrânia e tinham trocado seu nome de Varinski para Wilder porque os Varinski eram
assassinos e estavam bastante zangados com seus pais, e o clã Cigano de sua mãe
estava que subia pelas paredes, também.
Mas exceto na ocasião quando Rurik tinha oito e tinha roubado nas lojas WalMart
em Marysville um Megatron Transformador e sua mãe o tinha feito dar a volta a seus
bolsos e depois devolvê-lo antes de abandonar a loja, ele nunca tinha testemunhado
algum sinal de que Zorana fosse psíquica, até a noite do dia quatro. Seu corpo leve tinha
exsudado poder, sua voz usualmente feminina se havia posto profunda e potente. Ela
tinha olhado Rurik, e ele teria jurado que ela poderia ver as manchas sobre sua alma.
Ela tinha amaldiçoado a família com sua profecia....
Cada um de meus quatro filhos deve encontrar um dos ícones dos Varinski.
Só seu amor pode trazer as peças sagradas para casa.
A pessoa realizará o impossível. E o amado da família será corrompido pela
traição…E saltará no fogo.
O cego pode ver, e os filhos de Oleg Varinski nos encontraram. Nunca estarão a
salvo, eles farão o que seja para lhes destruir e manter o pacto intacto.
Se os Wilder não romperem o pacto com o diabo antes de sua morte, irá ao
inferno e estará separado para sempre de sua amada Zorana...
E você, meu amor. Já não é desta terra. Está morrendo...
O havia dito a seu pai, e assim que tinha terminado de falar, Konstantine caiu no
chão, esmagado sob as garras de uma estranha enfermidade que desgastava em seu
coração.
Konstantine sempre tinha sido um dos homens mais cordiais, imponentes que
Rurik se encontrou alguma vez. Vê-lo estirado sobre uma maca no Hospital sueco em
Seattle, IVs cravados em seus braços, uma separação em seu peito, tubos que corriam
em torno em seu nariz, nesse momento, Rurik entendia que o mundo tinha mudado.
Ele tinha só um tempo limitado para encontrar o ícone que salvaria a vida de seu
pai e sua alma. Se Rurik falhasse, a destruição viria por tudo o que era importante para
ele. Sua família. Seu mundo.
Talvez o mundo inteiro.
O navio tomou um giro fechado para a esquerda, dando a volta pelo final da ilha, e
ali estava, o povoado de Dunmarkie, recostado no porto e presumindo de três dúzias de
casas, um botequim, e um mercado.
As ruas estavam vazias.
Rurik se endireitou.
Como se o tivesse feito cada dia durante os últimos vinte anos, o capitão, de
maneira eficiente, aproximou o navio na plataforma. A tripulação se apressou,
assegurando suas amarras, pondo a passarela... e logo se encontraram em pé ali,
olhando inquietamente o povoado.
—Onde estão todos?—perguntou Duncan.
Rurik encontrou o olhar fixo do homem
—Algo aconteceu no lugar.
Capitulo 3
Capítulo 4
Rurik se ajoelho diante a janela da tumba, removendo as pedras uma por uma,
removendo o pó de um milhão de anos.
Concentrado em seu trabalho… E ao mesmo tempo, ao longo das bordas de sua
mente, era consciente de Tasya. Escutou os clicks de sua câmara gravando seus
movimentos. Escutando sua voz quando tomava nota de seus progressos. Filtrando o
calor de seu corpo, já que se ajoelhava junto a ele.
Não a queria aqui.
Todos os dados da investigação do líder guerreiro Clovus diziam que não tinha
tido nada melhor que fazer que ser um assassino em série medieval um canibal, um
selvagem, um valentão que queimou tudo em seu caminho a destruição da Europa, e
que obteve muito prazer no sofrimento de outros, a sociedade moderna o etiquetaria um
psicopata.
Armadilhas?
Sim, para todos, Clovus foi sem dúvida queimado no inferno, e não teria usado ali
seu saque, ele poderia haver-se assegurado o que ninguém mais pudesse ter um
momento de prazer com sua bota de cano longo.
Trabalhar aqui era mais ou menos esperar então pelo seguinte golpe para cair… E
se Rurik não tinha Tasya para cuidar poderia ser o seguinte morto deitado sobre uma
laje na igreja.
Ao mesmo tempo, regozijou-se de saber que trabalhavam juntos de novo. Ele
poderia mantê-la com vida, e de algum jeito lhe fazer pagar por fazê-lo passar por tolo.
Fazer pagar com seus lábios, corpo e mente, uma e outra vez, até que ela não tivesse
forças para ficar em pé.
Como aliviado por cada pedra longe do caminho, abrindo uma porta mais e maior
na casa dos mortos, ele manteve sua atenção sobre seu trabalho e longe da plataforma
de pedra que albergava o cofre do tesouro.
Quis estender a mão e tomá-lo mas a lição ensinada pela avareza de Hardwick não
podia ser rebaixada. E também a posição do cofre era suspeita por que pôr um tesouro
que poderia ser visto facilmente por um casual ladrão? Por que estava ali uma parede de
pedra atrás que ocultava o interior da tumba? Uma fina folha de ouro martelada cobria a
caixa, e a fechadura de cobre sustentava uma chave, esperando dar volta.
O cofre do tesouro era um sonho, e Rurik não tinha dúvidas de que havia mais
armadilhas esperando por ele.
–Espera um minuto, Rurik –Tasya se virou e entregou a câmara a Ashley.
– Recue cuidadosamente e toma fotos do projeto em seu conjunto. Quero um
marco amplo das paredes, o caminho, e o buraco de entrada.
–Correto –Ashley soava alegre de voltar parecia estar muito assustada.
Quando pôs seus dedos na seguinte pedra, Tasya estabeleceu a mão sobre a dele
e falou suavemente em seu ouvido.
–Não a tire, que esta frouxo.
Ele virou para olhar em seus olhos.
O brilhante azul se transformou solene e cinza; ela sabia algo que ele não.
–Não se sente bem. Um passo atrás, e tira ele com um pau ou um gancho de
agarre.
Que não se sente bem? Que diabos significa isso?
–Por que devo te escutar? –Por que escutar a advertência de uma mulher com
nada mais que ela e sua profissão?
A mão da Tasya apertava sobre a sua.
–Não é que eu goste de malditamente se viver ou morre. Mas não estou ansiosa
por ver outro homem gotejar sangue enquanto ele se pendura na ponta de uma espada.
–Encantador.
–Exato. Então o que tem a perder? –Seu tom sarcástico desmentia a intensidade
em seu rosto. Ela estava tão segura. Tão segura.
E enquanto ele quis despedi-la, tinha visto sua mãe, a mulher mais prosaica no
mundo, agarrada nas faces de uma poderosa profecia. Durante aquele dia fazia menos
de duas semanas, sua vida se partiu pela metade… Outra vez.
Um homem aprendia de suas experiências. Rurik não poderia afastar a Tasya do
perigo, mas poderia usar a oportunidade para descobrir mais dela, e seu passado, o
passado sobre o que nunca falava.
Movendo-se com cuidado, ele retirou sua mão da pedra. Girou sua palma dentro
da sua, e agarrou seus dedos.
–Há algo ali do que queira me dizer?
Tasya encolheu os ombros e olhou ao longe.
–Tenho uma sensação –disse ela em um tom baixo.
- Tem uma sensação sobre o Hardwick?
A pálida tez da Tasya se tornou cinza.
Aparentemente, inclusive um duro repórter conhecia o medo quando roça pelo
sobrenatural.
–Sim. Mas não pude chegar a ele a tempo.
Puxou sua mão para liberá-la, e ele a deixou. Ela evitou seu olhar, não querendo
lhe dar entrada a pergunta sobre sua intuição… Como se ele quisesse, enquanto os
repórteres e turistas olhavam com avidez, e Ashley estava atrás deles, câmara em mão,
gravando cada movimento e palavra.
–Ashley, consegue o gancho de ferro –Ele a chamou. Quando Ashley se apressou
pelo caminho para seu abrigo de armazenamento, ele riu para Tasya.
– Por fim sós –Seu fixo olhar em seus olhos, depois longe.
– Não o faça.
Ele estiro a mão… Ela o tinha abandonado, tinha deslocado sem uma palavra,
sem uma nota, sem uma chamada. Ele tinha despertado a partir de uma longa noite de
fazer amor para descobrir uma cama fria e sem nenhum sinal da mulher que ele tão
cuidadosa e astutamente, cortejou e reclamou.
Agora aqui, eles estavam cara seu rosto, sozinhos, e ela desesperadamente quis
evitar uma íntima discussão… Que doce vingança. Isto era um reatamento da
perseguição, mas desta vez ele não se aborreceu com o subterfúgio ou a sutileza. Desta
vez, ela sabia que ele estava em quente busca… E sabia que estava zangado.
Naturalmente ao ser Tasya tentou tomar o comando da situação.
-Este não é o momento, nem o lugar para falar de assuntos pessoais. Temos um
trabalho que fazer.
–Estou de acordo. Falaremos de nossos assuntos pessoais… Mais tarde –permitiu
que seu olhar vagasse da ponta de sua cabeça até a ponta de seus desalinhados sapatos
de esporte, tocando todos os pontos importantes no meio.
Ela avermelhou em um doloroso tom.
–Eu não corri.
–Como um coelho assustado –Ele espaçou as palavras, tomando cuidado em
acentuar cada sílaba.
- Te olhe. Não pode mentir sobre isso satisfatoriamente –Riu suavemente, com
uma ponta de ameaça.
– Tenho a intenção de tomar posse do que é meu.
Ela se inclinou para ele, levantando seu queixo.
–Não sou sua –Seu queixo deu um passo involuntário.
Ashley pingareou.
–Aqui está o gancho de ferro, senhor.
–Obrigado –Sem soltar o fixo olhar de Tasya, aceito o comprido poste.
–Deveria ter deixado que a armadilha saísse –Disse Tasya com ferocidade.
–Poderia você salvar o mundo e deixar-me ir ao inferno? –Ele zombou.
–De onde você se senta, prometo-te esta será uma viagem curta.
–Mas Tasya, tenho-te comigo… Aonde vá.
Eles se olharam fixamente um ao outro, desafiando-se cada um com seus corpos
e suas mentes.
–Wauu! Estas vão ser grandes fotos! –disse Ashley.
Ele ouviu o estalo do capturador. Viu Tasya dar volta e arrebatar sua câmara das
mãos de Ashley. Ele relaxou e sorriu.
–Tem razão, Ashley. Aquelas vão ser grandes fotos.
Duas horas mais tarde pelo tempo em que eles terminaram, Rurik tinha saltado
mais de três armadilhas. Com a ajuda de Ashley, Tasya tinha tomado duzentas fotos.
Tinham limpo completamente a entrada e Rurik ajudou a sustentar o cofre do tesouro
em suas mãos.
Em todo caso, a multidão ao redor tinha a tumba maior. Ele não sabia de onde
vinham eles; cada pessoa da ilha já estava aqui. Então, um helicóptero se aproximou, e
compreendeu que as pessoas da imprensa chegavam de qualquer forma que pudesse.
Tinha estado concentrando-se com muita força para notá-lo.
Concentrando-se em seu trabalho. Concentrando-se em manter segura a Tasya.
Concentrando-se em observar o sexto sentido que ela tinha estado ocultando a tais
dores.
Ela estava sensível… A que? Intenções cruéis? O resíduo do mal que rodeou o
morto Clovus e todos seus feitos?
Rurik não sabia, mas sabia que seu conhecimento não a tinha tomado de
improviso. Ela tinha estado muito conciente de sua capacidade, e isto o fez ser ainda
mais curioso sobre ela.
Quando havia ela aprendido que tinha tal presente? Que acontecimentos tinham
provocado seu instinto?
–Há uma armadilha no cofre? –perguntou ele suavemente.
–Não –Ela encontrou seu atento olhar de interrogatório.– Estou segura –Olhou
atras na tumba.
– Estamos seguros por agora. Há mais ali, mas não… De algum modo, eles estão
em silêncio. Atrás de algo, penso.
–Correto.
O sol baixava sobre o horizonte ocidental.
Reverentemente ele levou o cofre do tesouro para as sombras e entre os raios que
ainda brilhavam no final do caminho de pedra. Não o colocou sobre a terra, ajoelho-se
sobre ela.
Como se fosse um sinal, Tasya se ajoelhou em um lado e Ashley no outro.
Ele estava bem conciente em que pareciam com antigos sacerdotes que adoravam
a um deus de ouro. Olhou para Tasya.
Ela começou suas fotos reverentemente, ainda mais uma animação que fez claro
que este achado era importante e emocionante. Ela desempenhou sua parte com
perfeição, já que servia ao National Antiquities e sua desesperada necessidade por
financiar.
Ele deu volta a chave na fechadura de bronze, nunca esperando que pudesse abri-
la. Ainda enquanto os funcionamentos faziam um chiado e horrível som, o eixo da chave
se sustentava estável. Abriu a tampa sem a visível vacilação.
Ashley ofegou.
A multidão murmurou.
A câmara de Tasya pulsou quando disparo o tiro.
O conteúdo era tudo o que um arqueólogo pudesse desejar.
Eles brilharam.
Com grande cerimônia, removeu cada pedaço e colocou sobre a terra. Uma adaga
de aço com jogo de safiras em um punho de prata. Um bracelete de ouro em forma de
uma serpente com olhos de rubis. Anéis de braceletes em ouro e âmbar.
Cada vez que ele extraiu um artefato, os repórteres falaram por microfones,
tomaram imagens fixas e registraram vídeo.
Mas quando alcançou a base final de cedro do cofre, deu um toque para
assegurar-se que não existisse nenhum falso botão e nada oculto nas profundidades, e
sussurrou.
–Maldição.
“Cada um de meus quatro filhos deve encontrar um dos ícones Varinski.”
Rurik sempre soube da lenda de Varinski. Seu pai tinha contado a história, e a
seus irmãos Jasha e Adrik, e a sua irmã Firebird.
Fazia mil anos, um guerreiro brutal vagou pelos estepes russos.
Conduzido por sua ânsia de poder, o primeiro Konstantine Varinski cometeu uma
terrível negociação. Em troca da capacidade de trocar-se a vontade em um predador
insensível, prometeu sua alma, e as almas de seus descendentes. E pagou ao Diabo com
os ícones benditos Varinski e o sangue vital de sua mãe.
Cada um de seus quatros filhos deve encontrar um dos ícones Varinski.
Capítulo 5
Capítulo 6
Tasya não podia respirar. Ela não podia respirar. Não havia ar. Estava escuro. A
terra a sobrecarregava. Tinha sujeira na boca, em seus pulmões.
Toda sua vida, isto tinha sido seu pesadelo.
Que fosse enterrada viva.
Revolveu-se, desorientada, não sabendo como sair.
Então alguma coisa a agarrou. Puxando ela por seus ombros. Ela lutou, tentando
ajudar. Tentando escapar.
Algo bateu com força em sua cabeça. Sentiu que algo deslizava desesperadamente
pela testa dela. Tomou uma barra metálica e uso isso como remo. Tento gritar, mas não
podia respirar.
OH, Deus. Ia morrer. Na escuridão. Ia afogar se na escuridão.
E de repente, sua cabeça estava fora. Fora, ao ar livre. Não podia ver, seus olhos
se endureceram com a sujeira. Não podia respirar. A sujeira enchia sua boca e nariz.
Entretanto, o peso se foi de sua cabeça. Podia sentir o ar, e saborear a impressão da luz
do sol.
Alguma coisa puxou ela mais duro. Arrancando-a totalmente do túnel que tinha
sido sua tumba, e a jogou na terra.
Freneticamente, ela sacudiu seu rosto, cuspiu terra, ainda não podia respirar.
Sua cabeça estava zumbindo.
Ela estava morrendo.
—Pare –Rurik, Rurik está aqui.—Vou te ajudar.
Pôs sua boca na dela e lhe deu sua respiração.
Ampliando seus pulmões. Quando se afastou, ela tossiu. Tossiu e tossiu,
arrojando sujeira, recebendo o ar, soando o nariz… Estava viva.
Sentia-se como o inferno, mas estava viva.
Quando pôde abrir os olhos, encontrou-se em uma estreita cornija de rocha no
escarpado sobre o mar. Eram um e dez metros por debaixo do nível do chão, e ao redor
de noventa metros sobre o oceano.
Rurik sentou ao seu lado, os braços descansando sobre seus joelhos levantados,
as mãos pendurando.
Olhava fixamente por volta do mar. Sujeira condensando seu cabelo, suas
sobrancelhas, sua roupa, sua pele. A sujeira estava em seu ouvido. Um corte sobre sua
testa gotejou sangue.
Deu-lhe uma idéia de como de horrível ela devia estar.
Não se preocupou. Estava viva.
Inclinou sua cabeça contra a pedra. O ar cheirava bem, como o oceano… E a
terra. As pedras se encaixavam em suas costas, as moléstias lhe diziam que estava viva.
A sujeira enchia suas botas, pedrinhas tinham feito caminho entre os dedos de seus pés,
e isso era bom, também.
—Tem medo de altura? –Perguntou Rurik.
—Não –Muito abaixo, as ondas golpeavam as rochas.—Somente a escuridão –ele
assentiu.
— Não posso acreditar que me tenha feito sair com a mochila –Olhou para baixo.
Embora tinha esperado pelo Rurik na entrada do túnel, tinha colocado a mochila na
frente dela, apertando as correias tanto como pôde.
— A câmara –Disse.
Ele riu um pouco entre dentes.
—Veja.
— Esta bem?
Ela abriu o ziper principal de aba flexível, tirou a Nikon, e a examinou. Sua
impermeável, A prova de sujeira, de raios, a mochila acolchoada tinha chegado.
—Parece bem.
—Boa garota –Sorriu de novo.
Com ternura, guardo sua amada câmara de novo.
Tomando ele seu telefone celular do bolso, abriu-o. Caiu sujeira.
—Merda –A tela estava quebada. Sacudiu-o, empurrando falar, pôs-o em sua
orelha.
— Merda –disse de novo—, Não foi construído para entrar em uma cova –O pôs em
seu bolso.
—Tem um?
—Em minha mochila –disse vagamente—, entretanto esta desligado. Quem vai
chamar?
—Não sei, Sua mãe? Seu pai?
Ela olhava ao outro lado do oceano. Uma fina, linha de cor cinza pálida
deslizando-se até a linha do horizonte, para tragar o céu azul.
—Meus pais estão morto.
—E seu outro amante?
—Ele esta ocupado –Disse sem perder um golpe.
—Esta tentando me pôr ciumento?
—Não.
—É obvio que não. Para isso, teria que tomar cuidado.
Você realmente quer falar disto agora? Mas ela não respondeu. Ele realmente
queria falar, em qualquer momento, em todas partes. E ela queria evitar aquela
confrontação a todo custo.
Ela começou a desabotoar a mochila.
—Quer chamar a sua família? Porque quando sair nas notícias o da explosão, vão
se preocupar.
Pôs sua mão sobre a dela para detê-la.
—Eles não se preocuparão, não por alguns dias, de qualquer modo. Tenho uma
forma de aterrissar sem problemas. Não, guarda o telefone por agora.
Ela sabia porque. Apontando para cima na parte superior do escarpado,
perguntou.
—Aqui estamos em perigo?
—Não. Esses homens não sabiam que estávamos na tumba. Com certeza não nos
viram escapar.
—Sabia que a lenda era exagerada –Disse ela com satisfação.
Ele se voltou a olhá-la.
—Que lenda?
—Direi-te quando estivermos fora desta ilha.
Seus olhos se estreitaram. Ele começou a falar. Trocando seu pensamento. Falou
de qualquer modo.
—O que é que segura?
Ela apostaria que isso não era o que tinha estado a ponto de dizer. Olhou para
sua mão. Agarrava uma peça suja de metal oxidado de mais ou menos oito centinetros
de comprimento e estreito como uma espada.
—Não sei. A faca de algum rei. É como se tivesse me encontrado enquanto estava
me puxando para fora.
—Guarda-o. Examinaremo-o mais tarde.
Ela abriu o ziper do bolso de sua mochila, em um dos bolsos para a água que
nunca levava, e o guardo dentro. Rurik a olhou, e a decepção de sua boca se
transformou em uma magra linha.
—Essa faca pode ser quão único achado fique da escavação.
—Sinto muito–Pôs a mão sobre seu braço.— Sei o que significava essa tumba para
você.
Ele considerou sua mão. Olhou ela. E seus olhos eram selvagens. Quase…
aterradores, com uma chama vermelha no interior. Capturando seu fôlego. puxou sua
mão em seguida.
—Enquanto estiver viva, a tumba não é nada.
Ela tinha esperado que se pegasse contra ela, que a agarrasse, beijasse-a. Não que
dissesse isso. E em um tom grave disse.
—Já esteve em perigo antes.
—Não como este. Não por mim.
Ele podia ser tão irritante, poderoso e sedutor. Para que pusesse todas suas
defesas em alto, a fazia sentir a salvo do mundo...e em perigo com ele. Se ela cedesse
diante ele, confiasse nele, acreditasse nele, seria a maior idiota na história do mundo.
Manteve sua voz enérgica e sem bem-vinda.
—Dá-te muito crédito. Temo que sou eu quem te pôs em perigo.
Ao princípio começou a negá-lo. Depois riu em silêncio.
—Sim. Você pode fazer enfurecer a um santo. Mas não importa a quem se culpe
por isso, vou fazer tudo o que esteja em meu poder para te manter viva. –ficou em pé e
estendeu sua mão.
Ela o deixou pô-la em pé.
Deslizando seu braço ao redor de sua cintura, aproximou-a para ele e inclinou a
testa contra a sua.
—Não posso predizer o futuro, mas sei que isto acaba de começar.
Suas pestanas estavam granuladas com terra, mas seus olhos castanhos estavam
escuros, tranqüilos e pensativos e não falava da tumba ou a explosão; falava deles.
Medo. Rurik dava medo quando estava assim.
Não fisicamente medo. Nunca pensou que ele pudesse lhe fazer mal. Mas,
implacável medo.
Queria a ela, e tinha intenção de tê-la. Talvez poderia lhe explicar porque era
impossível. Talvez se confessasse seu passado, e explicasse o perigo de estar com ela, ia
espantá-lo.
Mas Rurik não parecia assustar-se facilmente e se falava dos fantasmas que a
atormentavam ele saberia. Conheceria que a fachada de repórter valente era uma farsa,
que era uma menina assustada que tremia na noite. Ele brilharia com luz nas escuras
esquinas de sua alma, e ela seria obrigada a fazer frente as lembranças e seus medos.
Então… O que passa se odiava o que via? O que aconteceria se ele ria e lhe
dissesse que crescesse? O que aconteceria se usava seus medos para manipulá-la?
O que aconteceria se ele se afastava?
Não, sabia que era melhor mantê-lo a distancia.
Como vai isto, Tasya?
Não muito bem, já que ele me sustentava contra seu corpo e observava meus
olhos como se entendesse, o comprido caminho.
Movendo-se com deliberada lentidão, desenredo-se dele.
—Olhe, necessito que retornemos aos jornalistas e os arqueólogos para subir as
fotos que tomei ontem e hoje, e enviá-los a meu chefe na National Antiquities. Não estou
muito feliz sobre levar comigo o único verdadeiro registro de suas conclusões, e eles
estarão seguros no computador da revista.
Rurik manteve o agarre por sua mão quando ela deu um passo longe.
Possivelmente porque na rocha onde estavam tinha sozinho três metros de largura.
Talvez porque não queria deixá-la ir.
—Escutei os caras que explodiram a tumba. Alguém dali atrás quer as
informações apagada. Estão bem financiados, são homens desesperados, possivelmente
ecos terroristas, e como testemunhas, temos que mentir um pouco e não ser
reconhecidos até que possamos falar com as autoridades.
Então quase lhe diz. Teria sido tão fácil lhe dar uma explicação de quem era
aqueles homens, e a verdadeira razão do por que eles tinham posto esses explosivos.
Mas então terei que dizer a Rurik o que ela tinha sido até agora, e que tinha posto
a ele e a sua amada escavação, em perigo.
Ela esperava sobre a borda da plataforma.
Tratava-se de uma comprida descida para o oceano.
Diria a ele depois.
Capítulo 7
Rurik manteve um olho em Tasya quando ela subia pelo precipício atrás dele.
Não era uma mentirosa. Não tinha medo de alturas. Não tinha medo ao que
pudesse ver, exceto a escuridão.
Ele amaria saber por que, mas agora não era o momento. Agora eles tinham que
correr. Correr longe e rápido, proteger essas fotos dos entalhes da parede, as estudar, e
possivelmente, encontrar uma maneira de não só salvar a vida de seu pai, mas também
sua alma.
–Esta é a situação –Rurik alcançou o topo do precipício. Jogou-se no chão de
terra, e se arrastou longe da borda.– Temos que descer desta ilha sem sermos vistos, e
eu me preparei para tal eventualidade.
Sobre um precipício de cem metros por cima do oceano, Tasya deixo de subir. Ela
ignorou sua mão, enquanto se movia para agarrar-se, e o olhava como se estivesse
louco.
Não lhe deu oportunidade de perguntar.
–Tenho material escondido de sobrevivência, não longe daqui.
–Seguro que o tem –Tasya terminou sua subida, e se jogou sobre a plaina terra,
também.
Tinham percorrido um comprido caminho no túnel, e agora um levantamento os
ocultou da cova de Clovus. A ilha nua, sem árvores lhes deixava pouca cobertura no
caminho; ele teria que usar os contornos da terra para deixá-los fora da vista.
Não é que nada disso importasse. Se os Varinskis viessem em busca deles, que se
encontrassem. Ele os conhecia por sua reputação. Reconhecia-os em seu sangue.
Desde o dia que nasceu, seu pai o tinha treinado para esperar problemas,
preparo-o para eles, ensino-lhe a caminhar inadvertidamente e ouvir cada som.
Constantine tinha treinado seus filhos...E a sua filha....Para a inevitável aparição
dos Varinskis. Rurik não estava surpreso porque tivessem chegado agora; só estava
surpreso de que lhes tivesse tomado tanto tempo em encontrá-los.
–Nunca ninguém nos descobriu –Tasya sacudiu sua roupa e passou seus dedos
através de seu cabelo. A sujeira choveu por toda parte.– Somos parte da terra.
Ele se maravilhou com sua ingenuidade.
Ela o olhou e ele a apanhoo o olhando.
–O que?por que me olha assim?
–Vamos –Assinalou a Tasya fora da tumba, levando-a rapidamente fora pela Ilha
de Roi, esperando que pudessem escapar antes de que fossem descobertos. Talvez
poderia comandar forçoosamente um bote? Ou um barco?
–Estive pensando sobre como descer da ilha –ela seguiu de perto seus
calcanhares– Meu ultraleve está aqui.
–Um ultraleve? –Ele se deteve tão de repente que ela quase se choca com ele, e se
virou para enfrentá-la.
– O que quer dizer com um ultraleve?
–Você sabe....Pequeno avião de asa fixa–desenhada para voar curtas distâncias a
lenta velocidade?
–Sei o que é um ultraleve –Disse ele com irritação– Por que esta aqui?
–Eu gosto de voar. É formoso aqui, e os céus estão limpos –Ela o olhava de lado.
Não queria que ele olhasse em seus olhos.
–Por que não?
–Quando o trouxe aqui?
–Enquanto foi.
–Quando começou a voar?
–Tomei lições a última vez que estive nos Estados Unidos.
Lições. Quando esteve nos Estados Unidos.
–Por que agora?
–Por que esperar?
–Onde aterrissou?–Um ultraleve. Essas condenadas coisas eram notoriamente
instáveis. Uma pessoa poderia matar-se…
–Há muita terra plaina aqui para usar como pista de aterrissagem –Estava
aborrecida.
Bem.
–De novo –Por que trouxe um ultraleve a Escócia?
–Por que o interrogatório? –estalou ela.
– O que tem de mau ter trazido um ultraleve? Muitas pessoas os desfrutam. Você
sabe, passatempo e posses!
Um passatempo. Ela pensava que voar era um passatempo.
–As pessoas desfrutam de seus ultraleves quando estão em suas casas. Mas em
uma ilha ao norte do Atlântico?
Onde se vai de visita só de vez em quando? Onde as correntes dos ventos eram
traiçoeiras e uma boa tormenta no oceano empurraria esse ultraleve até a deriva?
2
Good Morning America Notícias
–Seu papai é um sobrevivente?
–Poderia-se dizer isso.
–É por isso que vive nas montanhas em Washington? Sempre ouvi que elas
estavam cheias dela… –Mesma apanhada no ato.
–Casadores de cabeça? Sei muitos deles –Sabia muito dos Varinskis, muito—Só
seu sobrenome era Wilder.
Parecia afligida por ter perguntado.
–Mas atualmente, meus pais se moveram a Washington para evitar a suas
famílias. As famílias que não queriam que se casassem, pelo que fugiram longe –Não
diga a verdade a Tasya. Ao menos não toda— Um caso de amor.
–Com segurança, eles são a razão para acreditar no amor –Agora parecia que
Tasya queria sair correndo a toda velocidade. Sim, carinho, Eu posso falar sobre o amor,
e isso te assusta de morte… E vou descobrir por que.
Alcançaram o começo do arroio que corria pela ilha.
Os antigos tinham venerado também aqui, amontoando as pedras ao redor da
primavera, plantando uma só árvore. E estava morta agora, salvo um ramo, torcida
pelos ventos que constantemente sopravam para o oceano.
Rurik se despojou de suas botas e cinturão.
–E sobre seus pais? Disse que eles estavam mortos, mas eram um caso de amor?
–Não penso isso. Penso que era um casamento arrangado –Manteve sua boca
fechada.
–Um casamento arrangado? Nestes tempos? –Tomando seu telefone celular morto
do bolso, deixou-o cair em uma bota.
– Eles não nasceram nos Estados Unidos –Tasya realmente mantinha a
informação privada. Por sorte para ele, estava entretido.
—Mas se amaram? –Caminhou para o arroio.
–Não o recordo. Morreram faz muito tempo –O olhou, franzindo o cenho.
Sem vacilação, ele se reclinou. No claro, a água fria fluiu sobre ele, enquanto se
despojava da sujeira que tinha trabalhado a sua maneira em cada greta. Limpou seu
cheiro, também—Se por acaso a esquadrilha de bomba Varinskis fosse bastante
inteligente para buscá-los, não os rastreariam facilmente.
Quando saiu da água, sacudiu sua cabeça como um cão, orvalhando água por
todos lados.
–Para que fez isso? –Tasya perguntou em um tom que claramente lhe disse que já
tinha perguntado várias vezes.
Ele a olhou.
–A pergunta não é para que fiz isso? É, por que não o esta fazendo? –Ele estava
em pé e saio, enquanto limpava a água de seu rosto, espremendo o pior de sua roupa.
Ela observo o céu.
A linha fina de cor cinza tinha dado alcance ao azul, e o sol murchou. A brisa deu
de chutes, não tinham muito tempo antes de que a tormenta do verão escocês lhes
roubasse o calor.
Ajoelhando-se, empurrou sua mão na água, e fez uma careta pelo frio. O olhou de
novo.
Ele se referiu a si mesmo.
–Limpo.
Ela tirou suas botas e cinturão, e com grande cuidado pôs sua mochila ao lado.
–Muito bem –E tomando uma respiração profunda, inundou-se.
Estava exatamente como ele. Ela provavelmente rasgou fora de suas ataduras em
um rápido puxão, também.
Enquanto ela se retorcia no arroio como um salmão encalhado, ele elevou duas
pedras cuidadosamente equilibradas do monumento primitivo e recuperou seu
equipamento de sobrevivência.
Tasya não era a única com uma mochila que poderia durar mais de uma explosão
nuclear. Tinha uma muda de meias três-quartos ali. Um passaporte que o identificava
como John Telford, e um que o identificava como Cary Gilroy. Uma lanterna. Uma
bússola. Um espelho de sinal. Fósforos em um cilindro impermeável. Linha. Estojo de
primeiro socorros. Pastilhas de iodo. Rações desidratadas por congelamento. Manta
especial. Três facas, uma pequena pistola e munições, óculos de sol, um chapéu, uma
navalha de barbear. Esperou até que Tasya saiu da água, que titiritava de frio.
–Parece bem.
A sujeira se lavou rio abaixo, deixando umidade na pálida pele e vibrantemente
rosada. Seu cabelo curto, encaracolado e negro aparecia em todas direções, e… OH,
maldição, podia ver seus mamilos através de sua camisa.
Não quis ver agora mesmo o contorno de seus mamilos. Não queria pensar em
seus seios, ou na curva de sua cintura, ou seus pequeno clitóris, ou a maneira que a fez
sentir-se quando se apertou a ele e gemeu e veio…
Estavam apanhados em uma ilha escocesa. Precisavam sair antes de que seus
primos os alcançassem. A melhor forma de sair no ultraleve que Tasya havia trazido por
alguma razão nefasta.
E ele tinha jurado nunca voltar a voar. Não assim. Não com o vento no seu rosto.
A morte tinha estado muito perto o dia de hoje; o afundamento tinha fechado seus olhos
e ouvidos, a terra tinha passado muito, e durante uns minutos horrorizados, tinha
pensado que eles teriam sua última pausa. Ele tinha pensado que os Varinskis tinham
ganho.
Então tinha lutado por sair e estar de pés sobre o suporte, a sujeira caiu em
quebradas frente a ele....E o maldito túnel caiu atrás dele.
Tinha tido que retornar, no ar da escuridão para resgatar a Tasya….Ou morrer
com ela.
Ele tinha servido como parteira e tinha puxado ela liberando-a, e agora, gostasse
ou não, a força desse augúrio os uniu. Tola mulher. Ela não entendia. Mas ele
caminhava pela lenda todos os dias, e vivia com a prova do mal. Na profecia de sua mãe,
tinha visto a evidência de Deus.
Agora com o fedor frio da morte ainda em suas fossas nasais, duas grandes
necessidades rasgaram dentro dele….Querer voar, querer a ela. Ambas as necessidades
esquentaram seu sangue, e toda a água fria do mundo não poderiam as levar longe.
E Tasya oferecia enquanto negava o outro. Ela não entendia….Nada.
Empurrou a navalha de barbear a ela.
–Raspe minha cabeça.
–Raspar.....
–Não há nenhum modo mais rápido de trocar de imagem. Tenho que ser
irreconhecível.
Ela sorriu abertamente, e passou a sua melhor imitação do Meio Oeste.
–Eu não sei como te destruir, menino grande, mas um cara que mede um metro
enoventa e cinco é reconhecível em todas partes.
Ele não devolveu o sorriso.
–O ouro no lugar é uma grande noticia. A explosão é uma notícia até maior, e o
pessoal de notícias estará aqui para cobri-lo. Nosso desaparecimento levará a primeira
especulação, que estejamos enterrados na tumba, e logo que nossos corpos não sejam
encontrados....Que fomos nós quem pos as cargas.
Ela pestanejou, assustada.
–Isto fede.
–Sim. Mas é a realidade. Se quer te pôr a segura em alguma parte e tirar essas
fotografias, raspe minha cabeça.
Ela ficou séria.
–Todo mundo vai olhá-lo.
–Carinho, todos esperam que os caras grandes pareçam duros, e sendo o mais
mesquinho, ao menos ninguém quererá me olhar diretamente, ou falar sobre mim, ou
pensar sobre mim.
–Sim –Ela olhou fixamente seu cabelo castanho, escuro e molhado, e depois a
navalha de barbear em sua mão.
Durante a noite que tinham passado juntos, ela havia tocado seu cabelo, uma e
outra vez, percorrendo seus dedos ao longo de seu couro cabeludo, acariciando os fios
de seu cabelo.
Em seus olhos, ele viu as lembranças.
Com segurança, ela não queria raspar sua cabeça. Mas deu uma careta, e
assinalou a terra.
Ele sentou, com as pernas cruzadas diante dela, e teve o cuidado de não recuar
quando ela deslizou a navalha de barbear cuidadosamente ao longo de seu couro
cabeludo.
–O que vamos fazer comigo? –A navalha de barbear era nova e afiada, mas
somente com água podia facilitar o passo dela, ao raspar a pele.
–Você vai usar meu chapéu e óculos, e assim que possamos encontrar roupa
diferente, terá que trocar seu estilo.
–Sempre pensa tão rápido? –Ela estava pegando o jeito, razão pelo que a navalha
deslizava mais facilmente.
–É parte de meu treinamento.
–Treinado pela força aérea, isso significa.
Bom. Tinha-o investigado. Mas não havia nenhum caminho para que ela
investigasse a sua família. Kostantine tinha bem coberto seus rastros, nenhum repórter
poderia rastrear seus antecedentes.
–Na Força Aérea me ensinaram um pouco, mas sobre tudo foi meu pai. Um
sobrevivente recorda?
Ela levantou a navalha de barbear de sua cabeça.
–Está zombando de mim?
Ele a olhou estoicamente
–Não.
–Inteligente. Já terminei. Não queria escorregar e te cortar.
Pela primeira vez da chegada de ontem À ilha, ele sorriu abertamente e relaxou.
Eles oscilavam a borda do desastre, e ela o ameaçou.
Não porque ela não compreendesse o perigo...O fazia definitivamente...Mas sim
porque não importava a circunstância do caso, ela não tomava uma merda de alguém.
Despertava seu corpo até a loucura, sim, mas inclusive se ela não o fizesse, ainda
a adoraria.
–Não se preocupe por me barbear. Ou me cortar. Saro rapidamente...Muito
rapidamente.
– Me fale do ultraleve porque a maldita coisa era o melhor, o mais rápido para sair
da ilha —E ele poderia escapar a menos que o detectassem, mas os dois?
Não. Ela tinha razão. Teriam que voar.
–É de dois lugares, um pouco mais pesado que o normal. Posso conseguir o
principal.
Ele rompeu um juramento que tinha feito quando tinha olhado fixamente o corpo
torturado e mutilado de Jedi. O jovem piloto mais brilhante que ja tinha visto voar
com… Esfregou seu peito, o lugar mais triste de seu coração.
Mas possivelmente não era tão mau. Cada dia ansiava voar, e se refreava de
tomar os comandos, se ele se detivera do êxtase de ser o piloto, possivelmente ainda
abraçaria seu voto.
–Pronto –Ela sacudiu o cabelo cortado fora de seus ombros, estava em pé trás, e o
inspecionou— Fiz um bom trabalho, apesar de que parece… –Procurava ela em sua
mente.
–Uma cabeça de franga?–Ele passo suas mãos sobre o couro cabeludo, enquanto
fazia uma careta de dor aos cortes, mas agradado de encontrá-lo liso.
–Bem… Sim –Ela tremeu quando o vento se levantou.
Longe na distância, ele ouviu o rugido de um avião. Deu uma olhada; isto era um
hidroavião, que aterrissava no oceano, carregado de repórteres, curiosos ou a polícia.
Sim, a prova litográfica da explosão tinha saído.
–Se prepare para ir –Ele colocou suas meias três-quartos secas, carregou sua
mochila, colocou o cinturão.
Ela fez o mesmo.
–Depois de aterrissar, teremos que caminhar um pouco para alugar um carro…
–Não. Encontrei fora uma pensão. De caminho. Ficaremos ali esta noite.
–Mas se conduzirmos toda a noite, podemos chegar a Aberdeen antes da manhã…
–Não queremos conduzir de noite. Não necessitamos lanternas e serpentear em
curvas, o caminho de noite na Escócia, é mais escuro que o de clubes aí fora, todos, indo
caçar nos, e o primeiro tipo que nos encontre, matará-nos ou nos entrevistará
repetidamente –Quando ela ia objetar, ele ofereceu sua mão.
— Você nos tira da ilha. Consigo que saiamos vivos de Escócia.
Ela olhava sua palma, com clara relutância em seu rosto.
Não queria estar com ele mais tempo do requerido. Ainda sabia que ele tinha
razão…
–Eu sustentarei isto –Ela tentou fazer isto como trato comercial. Intento agitar sua
mão.
Pelo contrário, ele a capturou, abriu seus dedos, olhando fixamente sua palma. À
pele pálida, sensível e as linhas experimentadas e o destino ali esculpido.
–Dá-se conta do que aconteceu hoje?
–O que? –O olhou suspeitosamente.
–Você e eu renascemos da Mãe Terra, enquanto arranhávamos a maneira de sair
do canal do nascimento e entrar na precária vida –Rurik olhou abaixo fixamente a ela–
Juntos.
Ele podia ver o quase começo dos protestos da Tasya.
–O que significa isso?
–Não sei, mas ultimamente aprendi uma coisa… Os presságios não são para ser
ignorados–Meigamente, ele atraiu sua palma a seus lábios, e beijou a ponta sob seu
dedo polegar.
– Suspeito que, logo, descobriremos o que significa.
Capítulo 8
Tasya esperou até que eles estiveram no ar e sobre o oceano antes de voltar a
falar.
—Você nunca voou de novo.
Rurik não respondeu. Sentou-se atrás dela diretamente no pequeno assento, seu
corpo quente contra sua coluna vertebral. Durante o vôo preliminar e decolagem, ele
tinha estado tenso e pouco conversador, e ela recordou claramente que sua investigação
se voltou para a renúncia de Rurik da força aérea depois da morte acidental de seu co-
piloto.
Ela não tinha podido conseguir mais informação que essa; suas perguntas tinham
feito que a força aérea se mantivera firme e suspeitasse, pelo que ela tinha deixado o
assunto. Ela não poderia permitir o luxo de fazê-los zangar; uma mulher que viajava
pelo mundo tomando fotos nunca sabia quando poderia necessitar a ajuda militar.
Mas obviamente Rurik tinha sofrido algum trauma, exceto quando tomava as
aerolinhas comerciais, ele não havia tornado a voar depois.
O motor, pequeno, compacto, zumbiu ruidosamente, mas o som da brisa se
escutava longe. Seu peso fez que ao dirigir o ultraleve fosse diferente. Seu silêncio a fez
querer lo ajudar a relaxar-se. Ela conversou.
—Meu instrutor me disse que tenho um verdadeiro sentido para o vôo. Não sei se
ele me contou puras tolices, mas eu amo isto. Amo o vento em meu cabelo. A amo o
sentimento de liberdade—nenhuma resposta.
— Quando eu estou aqui, desejo poder fazer isto para sempre. Desejo poder subir
as nuvens, e roçar o topo das árvores. Mas não o farei—Riu entre dentes.
— Eu estou te pondo nervoso?
Nenhuma resposta.
—Sente-se como quando você voava?
Ainda nenhuma resposta.
Ela não sabia se ele estava aterrorizado ou se dormiu. Assim que eles estiveram
sobre o continente e os ventos se estabilizaram bastante para dar uma olhada longe, ela
torceu ao redor e o olhou.
Seus olhos estavam fechados.
Mas ele não tinha medo.
Tampouco estava dormido.
Ele tinha uma expressão de júbilo ao contrário de qualquer que ela tivesse visto...
Exceto uma vez, quando ela o tinha sustentado em seus braços, em seu corpo, e o havia
sentido estremecer-se no êxtase. Ela olhou para frente de novo, e se perguntou qual
poderia ser a história atrás do vôo....E desesperadamente lamentava preocupar-se com
isso.
Capítulo 9
3
Alojamento e café da manhã.
Naquela noite, se ela tivesse estado pensando, sua reação a seu ofego de pânico a
teria assustado mais que seu tamanho. Eles tinham ficado na cama, parados totalmente
nus, e em um momento quando a maioria dos caras teriam ido adiante a toda presa, ele
tinha notado sua apreensão. Ele tinha se detido, realmente se deteve. Tomou-se um
momento, ajustou suas pernas, beijou seus lábios, varreu as pontas de seus dedos por
seus mamilos, então desceu por seu ventre... Quando se tratava de deduzir o que
necessitava uma mulher, ele era o amo. Quando ele tocou seu clit. . . bem, quando ela
tinha terminado de gozar, ele estava ainda dentro dela e lhe ensinando o significado de
múltiplo orgasmo.
Era grande, ele era determinado, ele era cruel, e ele a queria. OH, e, Tasya, não
nos esqueçamos que ele está de zangado porque o abandonou.
Abandonou-o porque tinha dado muito dela, e Tasya Hunnicutt nunca fazia isso.
Pior, ela o queria tanto que quando ele se aproximava, soubesse ou não que
estava ali, cada nervo ficava em alerta e seus baixos níveis de adrenalina se disparavam.
Abriu o grifo e salpicou um pouco de água fria sobre seu rosto. Tomando a toalha
para as mãos, secou seu rosto, e se olhou outra vez. Ainda se via como um inferno.
Porque ela tinha que dizer logo a verdade. Bem, não toda a verdade. Nunca disse toda a
verdade a alguém.
Mas bastante verdade para fazê-lo compreender que a responsabilidade da
explosão descansava sobre seus ombros, e que se ele fosse elegante, afastaria o inferno
dela. Levantou seu queixo. Provavelmente se mataria antes de que isso terminasse, mas
se tinha êxito na aquisição da maldita informação sobre os Varinski, a justiça teria que
ser servida; na Sereminia, Yerik e Fdoror Varinski seriam condenados por crime
organizado e assassinato, e executados. Tasya poderia morrer, mas o faria com a
satisfação de saber que os Varinski explodiriam, seus mil anos de reinado de terror
terminariam....E ela teria sua vingança. Olhou para baixo a sua mochila. Sua câmara
estava ali. As fotografias estavam na memória.
Uma sensação de urgência a instigou. Se pudesse ver as evidências que tinha…!
Olhou para a porta, perguntando-se se a senhora Reddenhurst lhe permitiria usar
seu computador.
Nesse momento, que tivesse as fotografias não importava se não era capaz de sair
da Escócia. De algum modo, ela tinha que mascarar-se.
Abrindo o estojo de primeiro socorros da Senhora Reddenhurst, Tasya escavou
desesperadamente através dos tubos de ChapStick, o ungüento para os joanetes e um
para as hemorroides, as loções de mão, as pinças, as ataduras... A senhora Reddenhurst
deveria ser a mulher mais aborrecida na história do mundo. Então, atrás no canto do
fundo, Tasya encontrou o que queria. Olhou a caixa esmurrada, o prazo de validade
tinha vencido fazia muito tempo, e compreendeu....Isso era perfeito. Absolutamente
perfeito.
Não só podia mudar seu aspecto, quase poderia garantir que Rurik ia aborrecer
com esta mudança. Aborrecê-lo, desprezá-lo... E tinha que viver com isso pelo resto de
sua viagem.
—Escutou-te.
Embargada pela irritação e a vergonha, Tasya andou a pernadas pelo corredor
fracamente iluminado para a biblioteca em miniatura.
—A Sra. Reddenhurst escutou cada palavra!
— E o desfrutou, também.
Rurik deu um passo atrás da Tasya, suas longas pernas a alcançavam com
facilidade.
—Arrumado a que ela vai dormir esta noite abraçada a seu travesseiro.
—Só no caso de que o travesseiro contenha duas pilhas de tamanho D. Tasya
nunca tinha estado tão mortificada em sua vida.
Não tinha estado zangado. Obviamente. Ele simplesmente sorriu e comeu sua
carne e ovos com entusiasmo.
E isso chateou a Tasya ainda mais.
—Quero dizer, não sou nenhuma dissimulada....
—Só inexperiente.
Ela se deteve. Girou. encontrou seu nariz quase enterrado em seu peito.
—Não sou!
—Inexperiente e aturdida.
Caminhou ao redor dela, mais à frente do salão onde a Sra.. Reddenhurst se
sentava com duas de suas visitas, a televisão vociferando, e na biblioteca vazia. O
computador da Sra. Reddenhurst se localizada sobre o escritório, uma MAC de quatro
anos com um monitor de doze polegadas. Ele o ligou, examinou as conexões, e estendeu
sua mão.
—Podemos fazê-lo. Onde está a memória?
Tasya se deslizou na cadeira.
— Aqui mesmo.
Ela tirou a memória de seu bolso e a pôs no leitor.
Rurik espera que tratasse de desalojar de seu posto a metade de caminho, mas
ele aproximou uma cadeira e se sentou sobre seu ombro esquerdo.
—Estão as fotos ali?
Carregou as fotos no programa, subiu-as, e deu um suspiro de alívio.
—Parece que não houvesse nenhum problema.
Ontem tinha tomada centenas de fotos do lugar, o cofre, e todo seu conteúdo, mas
ela passou rapidamente por diante daquelas para pôr a que tinha tomado esta manhã.
Fez uma careta de dor quando viu a quantidade...Somente uma dúzia de um
painel de três metros de comprimento e densamente talhado com figuras, símbolos, e
escritura. Entrecerrou os olhos. O monitor não era bom; tudo estava verde, e a
resolução era muito mau.
—Como está seu inglês antigo? –perguntou.
—Não é bom, mas por sorte esta escultura foi feita somente uns anos antes da
invasão normanda, assim que nos estamos aproximando do Inglês Médio. Além disso a
maior parte da história se conta em imagens.
Assinalou a primeira foto.
—Pode ampliar essa?
Fez-o, e os dois estudaram a vista da parede.
Ela indicou a figura a esquerda.
—Clovus é um chefe militar—Ele decapita a seus inimigos até ter uma grande
pilha de corpos sob seus pés, e outros guerreiros se agacham diante ele.
—Encontrei a prova disso —Acordou Rurik.
—Ele curte um varrido de destruição através da Europa, e o único que pode
contra ele é este cara.
Assinalou a figura, grosseiramente desenhada, de uma figura coroada com um
olho e um rosto derretida.
—Faz que te pergunte o que era o rei se as arrumava para superar Clovus o
Beheader.
—Havia muitas pessoas encantadoras naqueles dias.
Procurou a seguinte foto, e compreendeu que ajudava se se inclinava para trás e
olhava a imagem em conjunto em vez de tentar decifrar cada linha.
—Clovus tomou um navio.
Sabia que era Clovus, já que ele havia trazido uma cabeça de souvenir que goteja.
—Então suponho que cruzou o canal da Inglaterra.
Rurik assinalou umas palavras.
—Isso é o que diz aqui.
Ela olhou a tela entrecerrando os olhos.
— Realmente? Isso é o que diz? Deveria ter estudado mais Beowulf.
—Me alegro de descobrir uma razão para havê-lo feito.
Rurik pôs sua mão atrás de seu pescoço e usou seus dedos para massagear o nó
que tinha ali. Se fosse inteligente, diria-lhe que já basta. Mas ele usava suas mãos com
verdadeiro talento, e tinha tido um dia longo. Um muito longo, muito tenso dia.
—Bem. Então desta vez, Clovus curte uma andança pelo campo inglês, até o
momento em que encontrou —Ampliou a imagem— Encontrou o diabo? Isto fica cada
vez melhor e melhor.
Rurik parecia prosaico.
—Clovus realmente se rodeou de gente má.
Ela controlou seu entusiasmo e procurou a seguinte foto.
—O diabo lhe deu um maravilhoso presente.
—A barra de Hershey.
—Rurik assinaloo o quadrado que estava trocando de mãos.
—OH, me morda.
Mas estava concentrando muito dura e sua massagem era muito boa para ela pôr
muito vitríolo detrás de seu insulto.
—O que pensa disto?
—Não sei.
—Vê o brilho que há ao redor? Penso este deve ser um tablete de ouro.
—Poderia ter razão.
Ela se virou para olhá-lo.
—O que acontece?
—O que pensa?
—Soa tão…Neutra. E te vê— Parecia estranho. Mas bem perspicaz, e cheio de
emoção reprimida.
—Você é o arqueólogo. Somente sou aficionada. Estou lendo isto errado?
—Você os exatamente como eu. Exceto... Eu não penso que isto seja de ouro.
Ele assinalou a tela, ao objeto que o diabo deu a Clovus.
—O que pensa que é?
—Penso que isto é um objeto santo.
—Devido ao halo.
Isso jogava no inferno todas suas teorias sobre o tesouro de Varinski.
—Mas o que faz o diabo com um objeto santo?
—Nada bom, apostarei.
—Não.
Ela se retirou do escritório.
—Está decepcionada.
—Não sei.
Ela pensou nos detalhes da mitologia de Varinski.
—Qual era a parte e sobre o ícone?
—O Ícone?
Rurik imediatamente estava alerta.
—Nada. Eu só... Nada.
Não precisava entrar nisso agora mesmo. Voltando para a tela, disse,
—Olhe. Clovus está doente.
A pedra tinha dado a imagem de vários transtornos corporais de Clovus com
exaustividade repugnante.
—E ele culpa ao objeto, o que seja, e o envia ao rei com um olho.
Rurik se inclinou na cadeira e pressionou as palmas de suas mãos a sua frente.
—Isto poderia ser perfeito!
—Perfeito?
Mal podia conter sua decepção.
—Se a tabela de Hershey estava em algum lugar na Europa? Por que?
—Por que de outra maneira, este objeto foi destruido pelas nuvens com a tumba,
e inclusive se não foi destruído, isto vai tomar dez anos para peneirar os restos e
catalogar cada pedaço, e quem demônios tem dez anos?
—Bem —Disse ela sarcásticamente.
—Agora tudo o que temos que fazer é descobrir quem é a figura de um só olho,
pensar a que governante filho da puta do décimo primeiro século europeu o enviou.
Ao final, para todos suas renúncias, Rurik decifrou bastante do Velho inglês para
entender qual era o rei torto que tinha vivido e saqueado na Lorena, agora uma província
sobre o bordo de Extremo Oriente da França. Começariam ali.
Sua beca impressionou a Tasya. Isto e o calor proporcionado por ele ao sentar-se
tão perto, e seus dedos que roçam a base de seu pescoço... Gostava de sentar-se aqui
com ele, decifrando as talhas, falando sobre o próximo movimento. Estavam cômodos
um com o outro, duas pessoas que tinham muito em comum. Quase... Amigos.
Amigos, exceto o fato que ela não tinha sido completamente franca com ele, para
dizer o menos, e ali estava aquela coisa sexual que eles fizeram tão bem e que a fez
querer fugir tão longe.
Porque Rurik Wilder nunca seria ameaçado por sua carreira e sua independência
e escaparia. Rurik Wilder não se sentia ameaçado por nada. Ele queria uma relação com
ela, de que espécie e por quanto tempo, ela não desafiava perguntar, e isso a
aterrorizava. Aterrorizada-a pelas pessoas que a perseguiam. Aterrorizada-a porque ele
poderia sofrer algum dano. E não seria justo para ele.
Enquanto retirava o cartão, substituía-a em sua câmara, e punha sua câmara a
resguardo, ele limpava os remanescentes das fotos do computador da Sra. Reddenhurst.
Tasya observou satisfeita que tinham feito um bom trabalho. Faziam uma boa equipe.
Ele desligou o computador, então se virou, e tão rapidamente que não teve tempo
de recuar, agarrou sua mão na sua.
—Agora, me fale sobre você e os Varinskis.
O ajuste de contas tinha vindo mais cedo do que tinha pensado.
Capítulo 12
Capítulo 13
Tasya parecia culpada e com vontade de fugir, mas Rurik tinha que saber se sua
fachada era suficiente.
—Sra. Reddenhurst, minha esposa e eu subiremos agora.
Sra. Reddenhurst se girou em sua poltrona.
—Entrem, entrem. Encontrei gente amável que aceitou compartilhar seu carro
com vocês pela manhã.
Rurik tomou a mão da Tasya e a conduziu a pequena sala.
—Apreciamos que nos permitam ir com vocês, Sr. e Sra. Kelly.
4
Um espírito maligno ou demônio em folclore muçulmano que se acreditava saqueava tumbas e se alimentava de cadáveres
—Serena e Hamlin, —disse o Sr. Kelly, e estendeu sua mão. Ele era baixo,
envelhecido, com um ventre redondo que se sobressaía de seu cinturão, e uma barba
branca. Sua esposa lhe correspondia em altura e contorno, e ambos sorriram
radiantemente com entusiasmo.
Aparentemente no verão Papai Noel e sua esposa passavam as férias no norte de
Escócia.
—Encantado da companhia, especialmente com a parte de que você compartilhará
a gasolina.
Inclinou a cabeça.
—Eu os conheço.
Merda.
—Ou ao menos reconheço seu acento. Vocês são ianques —Continuou—Somos
justo do norte—Disse Serena—Do Canadá. Sempre é bom ver vizinhos quando viajamos.
Tasya se apoiou em Rurik como se necessitasse apoio.
—Recorda quando estivemos com o Fred e Carol na Flórida? –Disse Hamlin.
—Isso foi selvagem. Não foi selvagem?
—Fred e Carol Browning eram nossos verdadeiros vizinhos, de nossa vizinhança, e
nossos filhos cresceram juntos—Explicou Serena— E nós os encontramos na Flórida em
fevereiro. Imagine isto.
Hamlin colocou seus polegares em seus suspensórios.
—Imagine—Disse Tasya fracamente.
Antes de que os Kellys pudessem tomar fôlego outra vez, Rurik disse:
—Sra. Reddenhurst, queremos lhe agradecer por nos emprestar seu computador,
e obrigado por nos dar refugio.
—Sim, obrigado.
Tasya tomou sua mão.
—É bem-vinda, ambos os são.
A Sra. Reddenhurst os olhava feliz por seus cuidados.
—Subirão agora?
—Certamente que o farão! –Disse Hamlin em tom gracioso—Eles são recém
casados!
Serena lançou uma gargalhada para ajustar-se a sua.
— Amanhã as janelas de carro vão permanecer fechadas toda a viagem!
Ia ser um comprido caminho até o Edinburgo.
Rurik empurrou a Tasya para o corredor e até acima das escadas.
—Nenhum deles reconheceu nossas fotos na TV–Disse ela em voz baixa.
—Então temos uma oportunidade de passar exitosamente na França.
Ele a seguiu pisando nos calcanhares enquanto ela subia a escada ao segundo
piso. Ela se deteve no corredor.
—Não tem que ir a França comigo.
—Me acredite. Tenho.
—Não, realmente. Pus-te em perigo.
Ele riu breve e amargamente. Já tinha estado em perigo, mas ela definitivamente
se acrescentou a mistura.
—Tenho uma melhor ideia. Por que não te mantenho segura enquanto vou a
França atraz do tesouro Varinski?
—Não–Respondeu ele ao mesmo tempo que ela respondia.
—Tenho que encontrar o tesouro para mim.
Seus grandes olhos azuis estavam muito sérios.
—Por que isso é o melhor para as R.R.P.P?
Ele mal podia conter sua irritação.
Quando ele recordou seu plano, escreveu um livro sobre os Varinskis, e desejava
fazer um bom trabalho para convertê-lo em um grande sucesso, quis gritar. Como podia
Tasya Hunnicutt, a viajante mais perspicaz que tinha conhecido, imaginar-se podia
acender a mistura do Cartel mais mortal do mundo e ganhar.
Os Varinskis faziam a Máfia parecer coroinhas, e por que?
Porque o velho Konstantine fez um trato com o diabo, e o diabo sabia como fazer
suas coisas.
O que importava que Tasya não acreditasse em demônios e troca-formas?
Rurik vivia com a prova....E as conseqüências.....Cada dia.
Assim iria a França com ela, e quando localizassem o ícone... Tomaria.
Porque eles procuravam o ícone que poderia salvar a vida de seu pai, e, mais
importante....Sua alma.
Tasya zangaria, mas teria que aprender a viver com isso, porque Rurik tinha a
intenção de retê-la.
—Deveria voltar para a escavação–Disse ela—Deixa que eu procure o tesouro
Varinski.
Seu humor vacilou hesitou entre a quente frustração e a fria intenção. Pondo seus
dedos sobre seus lábios, disse,
—Nem sequer o insinúes. Não te deixarei enfrentar sozinha os Varinskis.
Seus olhos se encheram de lágrimas. Olhou para baixo, respirou ruidosamente e
disse:
—Sinto muito, realmente devo estar cansada.
Ela pensava que ele era um bom sujeito, um cara humano, e sua imbecilidade
intencionada, por não mencionar o começo de uma confrontação, fez-o enfurecer ainda
mais.
—Os dois o estamos. Vou tomar uma ducha. A Sra. Reddenhurst disse que te
emprestaria uma de suas camisolas. Não ficarei esperando......
—Vou.
Olhou para cima.
—Rurik, realmente sinto que sua escavação explodisse.
Ela pensou que ele estava zangado devido à escavação. Acaso podia estar mais
equivocada?
Sem esperar uma resposta, ela parou no topo da escada.
Ele a olhou e disse suavemente,
—Não se preocupe. Você vai pagar— Em mais de um sentido.....
Tasya dormiu muito tempo, o blecaute absoluto do esgotamento, e depois
lentamente retornou À consciência.
Foi consciente do calor... Exceto por aquele pé que pendurada fora da cama.
Pendurava fora das cobertas, e seus dedos estavam frios. Mas o resto dela estava
quente... Então relaxou... O sonho era o melhor que ela alguma vez tivesse tido.
De Rurik girando-a sobre suas costas. De Rurik levantando a ridícula camisola de
flanela da Sra. Reddenhurst. “De Rurik deslizando seus dedos em suas calcinhas e
acariciando-a bem em cima de seus clitóris... Construindo as sensações lentamente,
deixando-a descansar, começando outra vez.... O ar frio no apartamento de cobertura
cravava seu rosto, gretando seus lábios... E Rurik se sustentou sobre ela, grande,
escuro, a sombra de um predador à espreita na penumbra da noite horas antes do
amanhecer.
Tudo o que precisava era que ele a tocasse um pouco mais Freqüentemente, com
um pouco mais intimidade, e talvez uma pequena pressão....Ela fez rodar seus quadris,
um convite voluptuoso de invadir mas bem que vagabundear.
Uma risada rugiu fora dele, e deslizou sua perna nua entre as suas.
—Não, isto não vai ser fácil.
E ela despertou de repente.
—O que?
Estava muito sonolenta e confusa para compreender o que dizia, ou ainda
exatamente o que acontecia.
Porque se ele tinha decidido tomar as coisas em suas próprias mãos e atacar seus
sentidos....E embora ela soubesse que tinha muitas importantes objeções razoáveis A
aquela idéia, agora mesmo não se opôs a ter a decisão tomada para ela então porque
estava começando a excitá-la mas não á montá-la? por que não a estava arrastando ao
longo da força da paixão? Por que demônios ele não estava dentro dela ainda?
Deu um murmúrio suave e incoerente, um que não podia ser interpretado como
estímulo, mas o era.
Beijou-a; então seus lábios se deslizaram ao longo de sua mandíbula para o lóbulo
de sua orelha.
Chupou-o, algo que ela achou suavemente interessante, depois a mordeu, um
rápido, leve dor.
Ela se arqueou fora da cama.
Ele riu outra vez.
Não entendeu o que era tão gracioso para ele.
Sua mão escovou sua garganta nua, então um pouco mais abaixo, então um
pouco mais abaixo.... A camisola da Sra. Reddenhurst alagou Tasya na essência de
lavanda que perfumava a flanela. Era tão grande e tão ridícula, e o apartamento de
cobertura estava tão malditamente frio, Tasya se sentia segura com essa roupa.
Aparentemente Rurik tinha passado por cima o absurdo e encontrar suas
fraquesas, já que ela compreendeu que ele desabotoava os quatro botões do frente. Só
quatro botões perto de sua garganta....Ainda o vestido era tão grande, que poderia ter
sido a proteção que a Sra. Reddenhurst lhe proporcionava para o acesso fácil a Rurik.
Sua mão se deslizou dentro, permitindo que a brisa gelada sussurrasse ao longo
de sua pele sensível. Estendendo a camisola, encontrou o seio de Tasya, tomando-o em
sua cavada palma. Levantou-o, e sua boca se fechou sobre seu mamilo, chupando com
força, puxando ela para o terraço de sua boca, massageando com sua língua.
A onda da paixão a golpeou, e Tasya se afundou com um só gemido comprido.
Tinha passado tanto… Semanas desde que tinha tido a ele. Semanas de insônia,
de desejo infrutífero, de despertar de sonhos eróticos com seu corpo estremecendo-se no
agarre por orgasmo.
Agora ele estava aqui, e a levava a bordo do climax... Ao bordo do climax... E a
deixava tremendo e privada.
Tomou fôlego. Abrindo seus olhos.
O sol provavelmente se elevaria em meia hora. Podia ver Rurik inclinar-se sobre
um cotovelo, olhando-a. Seus amplos ombros estavam nus, com a pele tensa estirada
sobre cada músculo.
Era magnífico, grande, limpo, e masculino. E ela o queria.
—Por favor –Sussurrou.
Ele sacudiu sua cabeça.
—Não, carinho. Quero-te exatamente onde esta.
—Do que está falando?
—Enquanto viajemos, quero saber que você me está querendo. Enquanto
procuramos o tesouro, quero sua necessidade vibrando suavemente no fundo, que esteja
consciente de cada minuto enquanto siga com vida.
Sua voz era baixa, profunda, separada em capas fumegantes.
—Está louco.
Ela também o estava.
—Estou obcecado.
Inclinou-se para acariciar sua bochecha e sua orelha com seu fôlego.
—E quero que você se obceque, também.
Ele estava louco.
Igual a ela, porque estava meio adulada por suas intenções, meio adulada, e
completamente bêbada.
—Não é como se não soubesse como cuidar de mim mesma.
Deslizou sua mão por seu ventre pronta para tocar a si mesma.
Ele capturou suos pulsos e as levantou por cima de sua cabeça.
—E sei como fazer que te detenha. Sua perna se misturava com a sua, levando-a
direto a borda novamente. Ela lutou contra seu agarre. Sustentou-a facilmente.
Ela estava em grande forma, mas enquanto se agitava abaixo dele, usando todos
os movimentos de autodefesa que uma vez tinha aprendido, o bastardo nem sequer
transpirou. Finalmente se cansou.
Enquanto estava estendida ali, ofegando de ira e frustração, beijou-a com beijos
largos, lentos, doces que se iniciaram em sua frente e deslizaram até seus lábios, sua
garganta, seus seios. Ele encontrou a carne nua de seu ventre, e, por último, sua língua
se deslizou entre suas dobras. . . .
Durante sua primeira noite juntos, faziam o amor mais vezes do que podia
recordar, mas nunca chegaram a este ponto.
Assim foi uma delícia descobrir como Rurik conhecia a fundo o corpo de uma
mulher....Onde a lamber, quanta pressão aplicar, como construir o desejo na lenta
marejada do prazer.
Não se surpreendeu; ele exsudava essa aura masculina de experiência que
prometia muito, e que entregava com lânguido desfrute.
Depois, no momento em que seus sentidos começavam a encrespar-se, ele recuou.
Esqueceu a dignidade e se agarrou a ele, mas ele se deslizou da cama e ficou em
pé, com orgulho nu, sua ereção proeminente e tentadora.
—Temos que ir.
Ela tinha pensado que o exsudava um aura masculina de experiência?
Sim, era masculino, claro. Ele era um grande, grande idiota.
—Isso esta mau.
Sentou-se e atirou dos lençóis para trás, esperando que o ar frio submetesse sua
libido desenfreada.
Infelizmente para seu libido, ele caminhou através do quarto para recolher sua
roupa, e seu traseiro lhe recordou ao de David do Miguel Anjo. Só vida.
—Sim. Quase tão mau para gastar uma grande noite para fazer amor comigo, e
depois fugir sem uma palavra como se eu fosse uma espécie de monstro.
Girou-se, camiseta em mão. A tatuagem que antes a tinha fascinado serpenteava
para baixo por seu braço, ao longo de seu ombro, e no peito, deslizando-se
gloriosamente por sua cintura.
Capturou seu olhar, e em um lento, exótico striptease investido, levantou os
braços sobre sua cabeça e puxou o tecido elástico. Sua boca se secou ante o panorama
que se desenvolvia justo dentro do marco da janela.
—Talvez você gostaria de me dizer por que se acovardou? –perguntou.
—Não me acovardei. Simplesmente...
Tão somente tinha medo. Medo de que fosse o único homem que seguiria com ela.
Medo de que fosse o único homem ao que poderia amar. Então, se algo lhe acontecesse...
Mas ela não podia dizê-lo, não é? Porque revelaria muito de uma alma marcada pela
perda.
—Sempre soube que havia uma possibilidade de que os Varinskis me
capturassem. Não queria que te fizesse mal
—Isso é nobre. Tão nobre.
O som de sua voz não representava tal significado.
—É tão boa para tomar a decisão de salvar minha vida de possíveis assasinos
para sair furtivamente cedo na manhã como alguma prima—Donna foto—jornalista
assustada a quem tivesse pedido um autógrafo.
—Isso não foi o que fiz!
—Então me diga por que foi.
Não acreditava. Como poderia não acreditar nela?
—Tenho medo que de lhe façam mal –Disse ela tercamente.
Aproximou-se da cama em um rápido movimento. Tentou evitá-lo, e conseguiu
apanhá-la no meio, a metade fora da cama, desequilibrada e vulnerável.
Sustentando-a pressionada contra seu corpo, beijou-a, um lento reacender o
desejo mal controlado. Como toda sua resistência era fraca e ela estava de acordo pôs
seus braços ao redor de seu pescoço, deixou que se deslizasse novamente sobre os
lençóis.
Com total naturalidade, retornou com suas roupas.
Ela empurrou seu cabelo de sua testa úmida.
—por que faz isto?
—Porque quero que cada fôlego seu esteja vazio a não ser que esteja o bastante
perto para me cheirar. Cada palavra que diga careça de importância a não ser que seja
para mim. Cada som que ouça este vazio a não ser que provenha de minha voz. Quero
que recorde que cada prazer que tenha de agora em diante, provirá de mim.
Ele examinou seus olhos.
—Quero que confie em mim o suficiente para me dizer a verdade, toda a
verdade.....Sobre a Tasya Hunnicutt.
Era estranho como ele pôs o problema com o Varinskis, diretamente em
perspectiva. Um metro noventa e cinco de problemas diretamente frente a ela, colocando
suas calças.
Capítulo 14
Kirk Lembre que sentado olhava as fotografias aparecer, uma atrás de outras, e
desesperadamente tento memorizar cada detalhe, estimando tamanhos, materiais,
idade.
Quando a última tinha chegado, com cuidado as colocou em uma pasta da foto de
loja. sentou-se, sua mão abatida sobre o mouse.
O final frio do revólver tocou seu pescoço.
–Faça-o a voz era áspera e com acento russo.
Tragando o terror de consternação em sua garganta, ele tomou o arquivo e o pôs
no cesto de papéis.
–Isto não esta bem –a pistola golpeou Kirk outra vez– Limpe a memória do
computador.
Kirk não podia ajudar. Ele se quebrou.
–Por que não dispara no computador?
–Você tenta me enganar. Pensa que sou estúpido? Aquele computador se apóia na
unidade central. Até que você limpe a memória, não fará nenhuma diferença –Escutou
ele reflexivo.
– Talves darei um tiro mais tarde por diversão.
–Mas a sociedade tinha informação importante sobre estes computadores!
–Deixe-a limpa.
Kirk esfregou sua úmidas palmas sobre suas calças, e devorou o arquivo de
utilidades. Encontrou o comando de apagado, destacou o disco rígido…
–Isto é um crime. Há coisas neste computador que nunca poderá ser recuperado.
–Exatamente.
Kirk não podia olhar o sujeito uma vez mais. Tinha-o olhado durante seis horas,
discutindo ao princípio, dizendo ao cara que Tasya estava morta, logo calado para evitar
aqueles punhos grandes.
Não sabia seu nome. Somente sabia que era grande e feio, e que algo estava
errado com seu rosto, seu nariz parecia quase de um rato, e ele parecia capaz de ver na
escuridão.
Ele animou a Kirk que se arrastasse para começar, e o modo em que dirigia a
faca, e a pistola semiautomática… Kirk pulsou apagar, e olhou como o computador
iniciava o processo de limpar o disco rígido.
Ele girou longe sua cabeça. Não podia olhar. Procurando, subiu ao rosto do cara,
disse.
—Você não sairá com a sua, sabe. Posso o identificar.
Teve um segundo para compreender que tinha subestimado a situação.
Então ele puxou o gatilho e fez voar seus miolos por toda parte do quarto.
Stanislaw Varinski recuo a confusão com satisfação.
–Não mais, você não pode.
Capítulo 15
Capítulo 16
Rurik sentado na fila de corredor, olhava fixamente a porta que estava entre ele e
o piloto, tentou penetrar a barreira com sua mente, entender se o piloto era moderado,
quantos anos de vôo tinha, se poderia se transformar em um pássaro e elevar-se sobre
as correntes de vento…
Tasya agarrou sua mão.
–Está bem?
Ele fez mover sua cabeça para ela.
–Estou bem.
–Não dormiu nem um pouco ontem à noite não é? –Ela apertou seus dedos.
–Porque não tira um cochilo?
–Não posso dormir até que estejamos longe da terra.
–Sim, correto –Ela levava esse sorriso torcido– Esta a ponto de ficar dormindo
agora mesmo.
–Não, realmente. Eu… tenho medo de voar.
Bem, a mentira maior que alguma vez havia dito, mas a moça sobre o avião dos
Estados tinha acreditado por que Tasya não deveria?
Porque ela sabia que ele tinha sido piloto.
–OH, somente fecha seus olhos.
Mas quando seus olhos se fecharam, pôde escutar o som do avião quando este
uniu o acréscimo, analisou o som do motor, o ruído das lapelas de asas preparadas para
a decolagem…
No ar sobre o Afeganistão
Há cinco anos.
–Perguntei ao general que se houvesse qualquer satélite Intel poderia nos passar
desapercebidos sabe o que disse? –não esperando resposta contínuo.
– Ele disse que o satélite Intel era o que causava que a missão nos fora dada. Sua
informação não é concludente, mas era o suficientemente bom para nós, o que causa uma
piscada baixa. Eu estou aqui para te dizer, Jedi, há algo sério, muito sério de cagar
quando te baixar.
–Esta é a terminologia oficial da Força Aérea americana?
–Sim… Como uma espécie de FNG.
Jedi riu.
FNG traduzido vagamente como-multa ao novo tipo…E Matt–Jedi–Clark era um FNG.
Ele tinha terminado sua formação teatral de guerra com seu instrutor de piloto. Esta era a
nova missão operacional de Jedi como os Sistemas de Informação de Armas Officer–WISO
em uma área hostil com o Falcão como piloto, e outro pensamento do WISOS que tinha ele
que fazer.
Rurik Wilder era o melhor piloto nas Força Aéreas. Cada um sabia; cada um sabia
que Jedi tinha sido afortunado porque ele tinha o melhor potencial para tomar o lugar de
Rurik na cadeia alimentícia.
Jedi estava bem. Realmente bem. Valente, forte, e verdadeiro. É por isso que eles os
chamaram Jedi. O menino era Luke Sky–Walker sem a choramingação.
Mas Rurik era “o Falcão”. Em vinte e oito anos, ele tinha passado muito tempo
parando a desafiadores dos serviços de seu próprio país, assim como mais que uns
quantos de outras nações, umas poucas amistosas e umas definitivamente agressoras.
até agora, ninguém tinha chegado perto de sua capacidades. Nenhum destes meninos
sabia, mas ninguém poderia alguma vez.
Ele seu uma olhada por cima do espelho retrovisor sobre a coberta de proa.
Por outro lado, Jedi era lindo. Tinha olhos negros, ruivo, um corpo tonificado pelo
levantamento de pesos, e o Eu sou-um-quente-de-merda a jactância que tantos pilotos
tinham aperfeiçoado.
Rurik sorriu abertamente.
As garotas amavam Jedi.
As garotas amavam Rurik.
De qualquer modo Jedi era rápido e simpático com uma destreza para o vôo. Ele
chegaria longe.
–Me dê uma vista das montanhas –Chamou Jedi.
Rurik se dirigiu a esquerda.
Debaixo deles, a planície brilhou no calor do verão, e Rurik não viu uma maldita
coisa de interesse. O que poderia haver ali? O terreno era marrom e o mandato, então o
marrom e agudo, subindo rapidamente fazia o céu e brilhante com tanta força… O que
acontecia ali?
–Terremoto –A voz de Jedi se elevou com entusiasmo– Terremoto!
As rochas caíram costa abaixo da montanha. O ar se sacudiu tão forte como a terra.
E diretamente ali na dobra da montanha, Rurik viu o rasgão de terra aberta.
Não, não a terra.
Puxou da viseira de seu capacete e olhou outra vez.
Havia material rasgado aberto, material de camuflagem. Algo que eles procuravam
estava ali, algo exposto por um truque da natureza.
Isto era o que o jefazo tinha mandado que vissem. Uma instalação inimiga de
alguma espécie...…
–Filho de uma cadela –Sussurrou Rurik.
–O que é isso, Falcão?
–O que pensa que é? –Rurik pensou que sabia. Ele também sabia que tinha que
estar absolutamente seguro.
–Penso é… Penso que isto é algum tipo de campo militar ou… –Jedi soou estirado.
– Isto precisa deixar de tremer, e eu preciso estar mais perto. Pode nos levar mais perto?
–Não posso. Não queremos que eles consigam um bom olhar deste bebê –O aviou,
quis dizer, o novo brinquedo das Forças Aéreas. Além disso, Rurik tinha outra opção. Só
esperava que o FNG pudesse pendurar sobre seu treinamento sob pressão.
– Estou no fronte. Tenho uma vista. Você toma os comandos.
–Quer que eu tome os comandos? Do Blackshadow?
–Agora.
–Entendido –Jedi soou estável como uma rocha, Falcão o sentiu mover o comando de
controle.
Bom menino. Porque Rurik sabia ainda enquanto ele voava, que Jedi devia planejar
a cena inteira–a barra, os pilotos, o anúncio que o Falcão tinha deixado voar o novo
avião…
–Se concentre em voar. Mantem direito, manten estável.
–Bem Falcão. Tenho-o.
Ainda Rurik esperou, olhando a Jedi no espelho retrovisor.
O jovem realmente o tinha. Era tão bom como tinha pensado.
Rurik tomou uma larga respiração. Durante o mais mero segundo, relaxou-se e
fechou os olhos.
Profundamente dentro, sentiu-o. A mudança, a pressa de regozijo… O sentido de
superioridade.
Tinha passado tanto tempo desde que se permitiu trocar, que tinha esquecido… Se
esqueceu desse cochicho silencioso, sibilante em seu cérebro, enquanto celebrava o poder.
Ele poderia tomar uma mulher. Poderia ajudar um menino. Poderia esmagar um homem.
Ele era um deus.
Então, como uma palmada, uma voz mais profunda, mais dura se sobrepôs em sua
mente.
Não um deus. Um demônio.
Abrindo os olhos, deu uma olhada outra vez a Jedi.
O menino tinha sua cabeça na cabine olhando as medidas.
Então Rurik enfocou no campo tão distante debaixo. Mais perto, escolhendo detalhes
que ele nunca poderia ter visto com sua vista normal.
Caminhões. Homens.
Merda.
Tomando outro comprido fôlego, afiou sua visão de novo.
Uma instalação nuclear.
Muitas ogivas–Quantas?
Conte-as.
Muitos para vaporizar os americanos e paquistaneses, e, daqui, o subcontinente
índico inteiro… A raiva se elevou nele. Aqueles estúpidos, pequenos tiranos. Eles poderiam
matar a cada um.
Outra vez, a pequena voz sussurrava em sua mente.
Ele tinha o poder de terminar com eles agora mesmo…
Ele quis terminar com eles nesse mesmo momento…
Ouviu um ruído estrangulado sobre ele, e que, ainda mais que a profunda memória
de seu pai, com voz severa, arrastando-o atrás pela borda.
Correto.
Ele tinha trabalho que fazer. O poder sobre a vida e a morte teria que esperar.
–Não entre em pânico, Jedi. Agarramos-os a tempo –Alcançou pelo botão trasmisor
do radio e rompendo a atenção quando ouviu o estalo de segurança na pistola de Jedi.
Olhando sobre o espelho, observou seus próprios olhos- O profundo cintilo vermelho
dentro de suas longas pupilas, o sentido do Outro.
Encontrou o olhar do rapaz.
Os olhos de Jedi eram humano, tão humano, e feroz, zangado… Ansioso.
Jedi era primeiro piloto da Força Aérea, depois de um WISO, excepcionalmente bem
treinado para tratar com cada circunstância que os militares poderiam imaginar-se.
Os militares só não podiam ter imaginado alguma vez nada como isto.
Jedi apontou sua pistola em Rurik.
–Ponha as mãos sobre a coberta de proa onde possa as ver.
Rurik fez o contrário com uma voz acalmada, procurando tomar o comando de uma
situação insustentável.
–Jedi… Jedi, pilota o avião.
–Faço-o. Faça o que eu disse.
Devagar, Rurik fez o que tinha ordenado; as mãos sobre a coberta de proa
mantendo seu olhar estável sobre Jedi no espelho.
As bochechas de Jedi se tornaram como uma cereja turvada.
O problema era, o rapaz tinha bastante experiência para sustentar uma arma sobre
Rurik, manter o controle do Blankshadow… E dirigir seu medo? Um medo que
rapidamente dava volta ao aborrecimento.
Com fúria, o rapaz perguntou.
–O que fazem seus olhos assim? O que é?
Maldição. Rurik havia dito a Jedi que se concentrasse em pilotar o avião. Inferno ao
tempo por não haver ele seguido as ordens.
–Sobre?
–Não é de estranhar que esteja tanta merda hoje. Você está com algum tipo...- Jedi
pressionou o botão de microfone.
Puffy Major Jerry Jacobs -Respondeu a chamada, e que mais nada poderia haver
dito Rurik como seriamente eles tomaram este vôo e suas observações. Puffy tinha tão
clara a alta segurança que rapidamente os tinha classificado.
–Adiante, Blakshadow.
–O Capitão Wilder está drogado –Soltou Jedi.
Filho de uma cadela. Agora eles estavam em problemas.
–Novato, sabe você o que diz? –O comandante Jacobs soou totalmente ofendido.
–Está sobre uma espécie de droga de desenho. Seus olhos flamejaram vermelhos.
Como ele fosse O..… –Jedi parou. Tragando- Vermelho como o fogo. Então suas pupilas
mudaram de tamanho. Isto era uma mudança pronunciada.
A voz de Jacobs se deslizou em um baixo, controlada coragem.
–Compreende você esta acusação?
–Vejo claramente senhor –Jedi estava firme–E aterrorizado. Sabia a seriedade de
suas acusações e ações, mas mais que isso…. Rurik assustou que ele se mijasse.
–Tenho os comandos.
Porque isto não era drogas. Em algum lugar de sua mente, Jedi sabia. Ele sabia que
tinha visto uma pequena parte da mudança de forma de Rurik de homem… A um falcão.
Mas Jedi era um homem moderno. Não acreditava em demônios. Não acreditava que
o diabo caminhasse na terra tratando com mortais. Ele não acreditava, e não quis saber.
–Você tomou os mandos do Capitão Wilder? –A voz inflexível de Jacob exigia uma
resposta… A resposta correta.
Nenhum piloto da Força Aérea tomou antes os comandos pela força.
Nunca.
–Abandonei os comandos ao Capitão Clark, assim eu poderia me concentrar em meu
reconhecimento –Disse Rurik.....
Não fabricando uma má situação.
–E? –Jacobs quis um pouco mais de Rurik–Tranqüilidade, uma negação, algo.
–Quando chegarmos a terra tenho um relatório que dar.
–Bem. Clark, traga-o aqui.
O microfone pulsou apagado.
Jedi continuou voando, mas seu controle estava cada vez mais errático, enquanto
tentava manter um olho sobre Rurik e sua arma perto.
O avião era muito novo, e muitas montanhas surgiram ao redor deles para aquela
espécie de vôo.
–Permanece com calma -Pouco a pouco Rurik baixou suas mãos– Só nos retorne a
base. Você pode pilotar. Pode conseguir. Não vou interferir.
–Cale-se! –Disse Jedi com ferocidade–Só cale-se e mantenha suas mãos longe dos
comandos.
Rurik sabia que isto não resultaria bem para o jovem ou para ele. Eles
aterrissariam; fariam os fazer chichi em uma taça. Fariam provas no seu sangue, ao seu
fígado, a sua pele. Por Deus, encontrariam suas amídalas, que tinha perdido em um
hospital em Seattle faz vinte e dois anos.
Cada prova estaria limpa.
Então o FNG seria provado, e quando ele passasse negativo, seria castigado. Eles o
tirariam do treinamento e enviariam a um psiquiatra. E todo o momento ele juraria que viu
o que viu. Rurik diria o menos possível, cada um tomaria partido, e tudo isso seria
FUBAR5.
Enquanto isso, havia antes uma desconhecida instalação nuclear sobre a terra, com
um bando de maníacos dotando-a, e se ele não fazia o correto, em qualquer momento uma
bomba poderia fazer explodir sobre…
O alarme que advertia do perigo soou. Este foi desenhado para conseguir a atenção
se era iminente o perigo. Uma olhada lhe mostrou a situação. A instalação debaixo os
tinha descoberto.
E enviaram um míssil atrás deles.
–Me deixe pilotar–Rurik começou a pôr suas mãos sobre os comandos de controle.
–Não, Senhor!
–Depois, ponha a arma longe e ponha o maldito avião direito! –Rurik ainda não
compreendeu que usava sua voz de comando.
–Não, Senhor!
–Você tem que pilotar. Aquele Filho de uma cadela virá imediatamente sobre nosso
rabo –Rurik não podia arrancar seu fixo olhar do míssil que se dirigia para eles.
–Estou pilotando! –Jedi estava aborrecido, mas não o suficiente bem para salvá-los.
Não se concentrava. Não tinha a experiência. O pior de tudo, o jovem tinha muito
medo de que Rurik fosse a morte. Enviou o Blackshadow em um espiral. Torceu,
volteando.
5
É um acrônimo que significa usualmente "mal de reparação além de tudo"
A furia atirou o rosto, braços e ventre do Rurik até que pensou que aconteceriam.
O míssil estava seguindo-os, e ganhando.
–Não temos tempo para isto! –Rurik não tinha a intenção de acabar em uma
explosão ardente.
Estirando-se para trás, deu um golpe diretamente na pistola das mãos suarentas do
rapaz.
O rapaz gritou.
–Tenho o avião –Rurik gritou quando agarrou os comandos.
O rosto duro de uma montanha surgiu diante eles.
O míssil quase estava sobre eles.
Rurik fez ao avião subir de lado.
Não iam conseguir…
Eles eram o alvo.
O míssil bateu na montanha e explodiu. Ao mesmo tempo, a coberta voou.
Que caralho?
Jedi tinha egetado. Egetado sobre território inimigo.
Por que pensou que eles estavam condenados a se chocar contra aquela montanha e
ter uma ardente morte?
Ou porque ele mesmo estava muito aterrorizado com Rurik para ficar no avião com
ele?
Atordoado, Rurik olhou o pára-quedas descer. Marcou o ponto, depois voltou para a
base, determinou retornar para ali antes para salvar aquele menino.
Mas foi muito tarde.
Malditamente tarde.
Capítulo 17
Capítulo 18
Tasya se acalmou; pensou que Rurik não se deu conta de seu pequeno ataque de
pânico diante da tapeçaria. De qualquer maneira, ele não disse nada. Entretanto,
preparava com energia seu calendário de viagem.
Alugar um carro. Conduzir até Viena. Chegar pela tarde noite. Esperar várias
horas o trem noturno de Viena até a cidade de Capraru na Ruyshvania. Comprar
enquanto esperam.
Enquanto isso, Tasya se instalou no compartimento privado do trem Nocturne,
tinha uma imagem completamente nova. Levava maquiagem, um caro par de jeans,
botas negras e uma camisa de botões branca com cinturão. Todo o estudado conjunto
casual custava mais que sua câmara, e o condutor do trem lhe fez uma reverência
quando os viu do carro.
O que esperava? Isto era a Europa. Ali adoravam a moda.
Apesar de que Rurik também tinha comprado uma camisa nova, ainda levava esse
abrigo comprido de couro.
Dizia que gostava porque o fazia passar desapercebido.
Ela pensava que ele gostava porque escondia a variedade de armas que sabia que
levava.
Quando o trem ficou em marcha, ele disse:
–Vou dar um passeio pelo trem. Quer algo?
–Dar um passeio pelo trem. É esse um eufemismo para procurar problemas? –Não
respondeu, nem a convidou a acompanhá-lo. Ela já se deu conta de que gostava de
patrulhar sem companhia.
–Uma taça de vinho estaria bem –Disse–Talvez inclusive uma garrafa.
Ele pôs uma mão a cada lado dela e se inclinou aproximando-se.
–Nota a tensão depois de um momento, não é?
A tensão? Não era que notasse a tensão. Era seu destino. Não podia acreditar…
Bom, é obvio, podia. Ninguém sabia melhor que ela que o destino era uma cadela que
sempre exigia um pagamento.
Em vez de responder, Tasya pôs a mão em sua face e o beijou.
–Tome cuidado.
–Sempre –Ele devolveu o beijo, seus lábios se entretiveram, depois se endireitou–
Fecha a porta quando sair.
Assim o fez. Aproveitou que estava sozinha para dar uma ducha em seu pequeno
banheiro particular, e com um suspiro, voltou-se a pôr sua roupa sem o cinturão.
Normalmente gostava de viajar, e fazê-lo com o mínimo de bagagem. Mas parecia
que cada parte desta viagem envolvia outro disfarce… E outra revelação. Não desejava
nada mais que voltar para casa, Aos Estados Unidos, a seu espaçoso apartamento,
vegetar no sofá frente ao ensurdecedor televisor, com o comando a distancia na mão e
tentar lembrar-se de quem era.
Ou era isto o que tentou convecera si mesma?
Quando saiu, limpa e úmida, Rurik já tinha voltado para o quarto. Seu jantar
esperava na pequena mesa desdobravel coberta com uma toalha branca, e a garrafa de
vinho que tinha pedido estava desarrolhada e respirando.
Quando ele a viu , seus olhos cor brandy se acenderam como se uma chama os
esquentasse.
OH sim. O cara inha planos. Planos para atormentá-la um pouco mais? Planos
para fazê-la a mulher mais feliz do mundo?
Como se sentia ela quanto a isso? Não sabia. Se ele fosse menos intenso… Se esse
trem se dirigisse a qualquer outro lugar… Se.
Assim intencionalmente despreocupada Tasya alisou as rugas que ficavam onde
tinha estado o cinturão e perguntou.
–Nenhum problema?
–Nenhuma sinal. Deixa que me lave e depois comemos.
–Certo –Disse a porta fechada do banheiro.
Quando saiu, seu cabelo estava molhado e seu rosto úmido.
–Não vi nenhum Varisnki no trem.
Estava abotoando sua camisa nova sobre seu largo peito, e ela queria gemer só de
olhar. O cara devia fazer muito exercício para ter conseguido esculpir esses peitorais. Ela
se endireitou, absorta em uma ferida de navalhada de uns oito centimetros que cruzava
o lado direito de seu peito, atravessando sua tatuagem e cortando em tiras sua pele.
Ele prosseguiu.
–Acredito que os perdemos em…
–O que aconteceu? –Ela ficou em pé, afastou suas mãos e abriu sua camisa. A
ferida estava vermelha, irritada e fresca– Se colocou em alguma briga.
–Não é nada.
–Um Varinsky.
Ele fez uma pausa e inclinou a cabeça.
Ela juntou as peças do quebra-cabeças.
–No ferry. Matou-os.
–Sim.
–Supõe-se que os Varisnkis são indestrutíveis.
–Eu posso matá-los.
–Já sei que é um mito –Disse ela impacientemente–Mas acreditava que eram bons
lutadores.
–São. Mas no momento eu sou melhor.
Ela roçou cuidadosamente a pele que rodeava o corte.
–Sou boa em primeiros socorros. Quer que eu…?
–Ficarei bem.
–É profunda. Terá que costurar.
–Prometo que estou bem. Tenho um metabolismo muito rápido.
–Pelo menos me prometa que está em dia com suas vacinas de tétano.
Ele pegou sua mão e a apertou contra seu coração. Seu pulso firme esquentou a
palma.
Mas Tasya não podia ignorar a prova, justo diante de seus olhos, de que Rurik
estava disposto a ficar em perigo por ela.
–Primeiro a explosão, depois quase o matam. Não devia ter te metido nisto.
–Sente-se –Ele a acomodou em seu assento—Relaxe–Encheu a taça de brilhante
vinho tinto e a deu.
– Você não me colocou nisto. Não te ocorreu pensar que os Varinskis querem destruir
o ícone e por isso puseram uma bomba na escavação?
–Isso é verdade –Ela tomou um sorvo, e a intensidade e riqueza da colheita a
esquentou.
– Mas isso seria uma missão cumprida. Por que ainda nos perseguem? Deveria me
deixar seguir sozinha.
–Não vou te deixar.
Seu coração, seu estúpido coração deu um salto entusiasmado de prazer.
–Esse era meu lugar, e meu ícone–Acrescentou, e tirou as tampas das bandejas.
– A garçonete disse que isto é Spatzle6 com queijo, seja o que for isso, cheira muito
bem –Pegou seu garfo e deu uma espetada.
Ela o olhou.
Não acreditava. Não acreditava que algum ser humano fosse capaz de arriscar
sua vida pelo que ele chamava um tablete de chocolate Hershey.
Ele o estava fazendo por ela. Para mantê-la a salvo.
Tinha que lhe contar a verdade.
Devia-lhe a verdade.
Capítulo 19
Tasya comeu e bebeu seu vinho. Esperou até que ele tivesse terminado e depois
disse:
–Os Varinskis mataram meus pais.
Rurik ouviu suas palavras… E as regeitou. Era impossível. Era uma tragédia
muito infernal para imaginar.
Mas Tasya parecia alheia a seu terror. Relatou-lhe os fatos de uma forma calma,
como se a droga do tempo a tivesse isolado da dor.
–Vieram de noite. Minha mãe me tirou da cama, levou-me com Miss Landau,
minha Babá e me deu um último beijo. Vi meu pai tirando armas. Ele me deu um beijo
também uma vez que alcançava a minha mãe um rifle –Tasya respirou pausadamente–
Essa foi a última vez que os vi.
Rurik tinha muitas perguntas que fazer… Mas primeiro desejava agitar seus
punhos ao ar e uivar de fúria.
Agora o entendia, entendia tudo muito bem.
Agora sabia porque ela era tão forte, tão resistente, e tão admirável em todos os
aspectos que pensava ele que eram importantes.
Agora compreendia por que eles nunca poderiam estar juntos.
–Os Varinskis… É obvio. Seriam os Varinskis –Riu discretamente e sem humor–
Esses bastardos.
Que macabro destino os tinha unido? A noite em que tinham feito amor foi
primeira em cinco anos em que tinha sido feliz.
–Bastardos, é obvio. Bastardos por gerações –Tasya enfrentou a Rurik do outro
lado da mesa e com um feroz desdém disse–Homens que se transformam em predadores.
OH, por favor! Viajei a Ucrânia, e acredite, todo mundo acredita nesse conto.
–Foi A Ucrânia? Está louca? –Não queria gritar. Não deveria gritar–Se tivessem
descoberto que estava viva e que tinha escapado…
–Sei, sei –Fez um gesto desdenhoso com a mão– Mas então não compreendia o
perigo.
–Isso não teria te salvado–Poderia não havê-la conhecido.
–Estou quase segura de que não sabem que estou viva, ou Miss Landau teria
fugido comigo em primeiro lugar.
–Isso é certo –Voltou a apoiar-se em seu assento– Tem razão.
6
trata-se de uma forma de massa muito conhecida na Suabia e o sul da Alemanha onde é muito empregado como
acompanhamento de carnes e pode encontrar-se também como um prato único (o denominado Kässpätzle ou spätzle com
queijo).
–Na Ucrânia não importa o que os Varinskis façam…Matar, seqüestrar, torturar,
violar….Ninguém os toca. Nunca vão para prisão. Nunca são levados a julgamento. Eles
vivem em seu recinto….É um paraíso para eles.
–Foi a seu resinto –Ele fechou os olhos, tentando bloquear o conhecimento do que
poderia ter ocorrido.
–Conduzi até lái.
–Quantas vezes?
–O bastante Freqüentemente para tirar algumas fotos.
–Parou e tirou fotos –Mal podia acreditar a intensidade de sua loucura… Ou a
extensão de sua sorte.
–Sou fotógrafa –Ela agia como se fosse a coisa mais normal do mundo– Estão
esses carros nos que estão trabalhando, colocados por aí com os chefes abertos, e os que
estão abandonados oxidando-se. A grama cresce todos os verões e ninguém a corta. A
casa está sem pintar. Quando necessitam espaço extra, simplesmente acrescentam um
despropósito mais. Sabe que é o que têm na porta?
–Um lugar para que as mulheres que foram prenhes por um Varinski deixem a
seus bebês. Elas chamam o timbre e correm, e os Varinskis agarram a criança, e
celebram o nascimento de um novo demônio.
–Sabe um montão sobre eles.
–Sim, faço–Não pode fazer uma idéia.
–Então me responda isto. Como as arrumaram para perpetuar essa atmosfera de
terror todos estes anos? Mantêm um férreo controle da imaginação local–Não podia
sentar-se e olhá-la nos olhos por mais tempo. Levantou-se e chamou o botões, depois
pôs os pratos na bandeja.
–São uns extorsionadores. Uns assassinos. Uns seqüestradores –Ela estava
fríamente furiosa– São uma ofensa a civilização, e é hora de pará-los.
–Estou de acordo, e faço tudo que está em minha mão para pará-los–Por mais
razões das que ela sabia.
–Mas agora mesmo não posso fazer nada, e tenho algumas perguntas –Tirou a
toalha e voltou a pregar a mesa na parede.
– Os Varinskis não matam por nada. Quem eram seus pais? Quem os queria mortos?
–E eu que sei? Só tinha quatro anos –Encolheu os ombros.
–Você é jornalista. Terá estudado os arquivos. O que dizia a polícia sobre o
ataque? A quem jogavam a culpa?
–O relatório da polícia culpava meus pais. Disseram que foi um
assassinato/suicidio e que meu pai colocou fogo a casa antes de suicidar-se.
–Essa é uma boa história padrão. Os Varinskis têm muito carinho. O que
aconteceu com sua Babá? Onde esta ela agora?
–Não sei. me perdoe por não estar interessada em encontrar Miss Landau –Tasya
se levantou como se quezesse caminhar, dando-se conta de que não tinha espaço, e
depois se voltou a sentar.
– Ela me levou longe, deixou-me na casa de acolhida e depois desapareceu. Acredito
que por ter sido abandonada me faz estar ressentida.
Alguém bateu na porta. Rurik olhou pela mira e deixou entrar em mensageiro.
Este agarrou a bandeja; Rurik lhe deu uma gorjeta, fechou a porta com ferrolho e se
voltou para a Tasya.
–Não foi abandonada. Ela ficou a salvo e por alguma razão… medo dos Varinskis?
Provavelmente, certamente o medo de que você seria mais fácil de rastrear se ela
estivesse com você… Te deixou na casa de acolhida. Se tivesse te tirado da casa e tivesse
deixado que os Varinskis a encontrassem e a matassem, então poderia lhe guardar
rancor.
–Explique a uma menina de quatro anos que acaba de perder seus pais e sua casa,
que perdeu a Babá que conhecia de toda a vida, e que foi deixada com gente que
acolhem regularmente dez meninos de uma vez, que não foram abandonados. Duvido
que te escutasse.
–Mas agora já não é uma menina–Sua capacidade de guardar rancor o
preocupava… Já que tinha muito mais raciocinio para odiar a ele.
–Quando necessito a motivação para fazer o que terá que fazer…
–Quer dizer, quando quer te colocar na refrega Imprudentemente.
–O que seja –Ela fez um gesto para o afugentar.
–Quando preciso ter medo ou me pôr furiosa, lembro-me de meus pais, e dos
Varinskis, e penso em minha vingança. Por isso escrevi um livro que garantiria que
aproveitasse da fascinação das pessoas com a religião e as lendas, os assassinos e a
opressão. Por isso quero percorrer o mundo e fazer frente aos Varinskis para recuperar o
ícone. Se posso levar uma prova ao Museu de História Nacional, lhes deixar verificar a
autenticidade do ícone e dar testemunho da lenda dos Varinskis, isso captará a atenção
do mundo. Uma vez que os Varinskis sejam o centro de atenção, as autoridades de
Sereminia estarão obrigados acondená-los.
–E o que conseguirá com isso?
–Os Varinskis ganham milhões todos os anos levando a cabo assassinatos. Têm
um grande prestígio entre os criminosos do mundo. Esse será o princípio do fim para
eles, e eu serei a pessoa que dispare o gatilho –Seu sorriso era uma sinfonia de dentes
brancos e satisfação vingativa.
–Você será o objetivo –Não sabia por que se incomodava. Tratava-se de Tasya
Hunnicutt. Não o escutaria. Ela faria o que acreditasse correto. E quando descobrisse
quem era ele… Quem tinha sido seus pais, qual era seu sobrenome antes de Wilder…
Que era um Varinski, que vivia com o pacto do diabo todos os dias de sua vida, que ele
queria lhe roubar o ícone para libertar seu pai… Nunca o perdoaria. Nunca.
E ainda agarrava a ela. Era sua mulher, aquela destinada a encontrar o ícone.
Sabia, e a tragédia de sua vida era que quem era e o que era ele nunca poderia trocar.
E quem e que era, ela nunca o aceitaria… Quando soubesse. Mas ainda não
sabia.
Alguns de seus pensamentos deviam refletir em seu rosto, porque ela escapuliu.
–Por que me olha dessa maneira?
Talvez, se fizesse os movimentos corretos, dizia as coisas corretas, mostrava-lhe o
que sentia, ela o recordaria e compreenderia por que tinha feito o que pretendia fazer.
–O mensageiros logo deverá preparar a cama –Ele se levantou.
– Esta cansada. Vai, se deite um momento. Estamos chegando a uma parada.
Necessito umas quantas coisas e eu gostaria de pensar um momento.
–Certo–Disse ela lentamente– Está bem? Está estranho.
–Estou bem.
–Está seguro? Esta incomodando a ferida? –Pôs uma mão em seu peito e olhou ali
preocupada com ele. Acreditando.
Uma pontada de culpa cravou no flanco.
Ela não confiava em ninguém, e por uma boa razão.
Ele se levantou apressadamente antes de delatar-se.
–Fecha a porta quando sair. Eu tenho chave.
Ficou parado do outro lado da porta enquanto ouvia que ela jogava o ferrolho,
antes de caminhar para o final do vagão. Esperou até que o trem parasse. Desceu do
trem e comprou tudo o que necessitava da fileira de vendedores que vendiam comida e
artigos diversos. Escolheu cuidadosamente o que necessitava e, quando subiu de novo
no trem, levava uma bolsa na mão.
Ao menos, quando terminasse com ela esta noite, ela nunca o esqueceria.
Capítulo 20
7
Aqui a autora faz um trocadilho tomando as siglas PMS (Pre—Menstrual Syndrom) e seu significado para os irmãos: “Pack my Suitcase”.
tratei que lhe dar o mesmo sentido À frase utilizando as siglas em espanhol.
é atraente. As imagens faz muito tempo que desapareceram, assim como os objetos
sagrados mais interessantes. Permitem-me que lhes proponha Horvat?
–Não —insistiu Rurik– O Convento.
O sorriso de Bela se esfumou. Pôs a caneta no balcão.
–Não posso lhes encontrar um guia para os levar ali.
–por que não? –perguntou Rurik.
Ela os levou para a janela.
–Vê essa colina?
A Rurik parecia mais uma montanha, emergindo por cima da cidade, escarpada e
boscosa, crescendo para o sol, apanhando fibras de nuvens enquanto se formavam
redemoinhos A seu passo.
–As pessoas diz que essa colina traz má sorte. Eu não, é obvio, e sim as pessoas.
Dizem que está encantada. Dizem que não é um lugar para estar de noite, e desde que a
estrada está em tão mal estado, é quase impossível subir até acima e descer em um só
dia. O Convento está nessa montanha. O convento e… –Bela se estremeceu– Essa
montanha não é um lugar agradável.
Tasya aparentemente não podia suportar mais ficar calada.
–Temos que chegar ali —Bela pareceu se dar conta de sua presença pela primeira
vez. Entrecerrando os olhos, considerou Tasya, e então assentiu com a cabeça como se,
pela primeira vez, compreendesse sua resolução.
–É obvio. Os contos são superstições, mas isto é Ruyshvania. É difícil superar a
superstição aqui. Já me entendem.
–Sim –disse Tasya– Sim, entendo-o.
–Permitem-me sugerir um carro de aluguel e um bom mapa?–Bela era a
recepcionista, agente de viagens e a encarregada do aluguel de carros. Tirou um
formulário diferente, o pôs no porta papeis e o passou a Rurik– Ainda fica uma monja
viva lá, mas ouvi que está um pouco louca.
–Uma monja?
–A Irmã María Helvig –Bela moveu a cabeça– Ela se nega a descer e viver na
cidade. Bom, ela viveu ali acima desde que tinha dezoito anos e viu todas as irmãs
morrer ou ser… Bem, elas estão mortas, e ela está sozinha.
–Isso é suficiente para enlouquecer a qualquer –conveio Rurik.
–É inofensiva –lhes assegurou Bela– Igual que a montanha. Estou segura.
Quando Rurik lhe devolveu o formulário preenchidoo, Bela sorriu ampliamente e
ele viu o reflexo de um dente de ouro.
Bela acrescentou.
–Ao menos, nada poderá te fazer mal ali acima.
Embora parecesse mentira, falava só com Tasya.
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Rurik passou em frente da capela. Trocou de ombro sua mochila. Desabotoou seu
duster8 e assegurou sua pistola a um lado, uma faca do outro, e a espada oculta em sua
manga. Verificou seu relógio. Eram as três da tarde. Tinha esperado muito e seguiria
esperando. Tinha explorado o exterior, observando nos edifícios de fora, o cemitério, e
inclusive o claustro, mas não encontrou sinal alguma do ícone. Ou não estava aqui ou
estava na capela.
Não era de figurar o único lugar onde ele não poderia ir.
Não tinha visto sinal de Tasya ou da Irmã María Helvig, e seu sentido de urgência
estava crescendo. Ele e Tasya e a Irmã María Helvig, se ele pudesse convencê-la,
precisavam localizar o ícone ou deixar o convento, ou ambos. Já tinham estado aqui
muito tempo.
Enquanto caminhava para a porta da capela, cheirou o aroma da morte. Captou
toda a cena em um momento, a velha monja caida em seu assento, Tasya ajoelhada no
corredor a seu lado, cabeça encurvada.
—Tasya.
Rurik ficou onde estava, sem atrever-se a entrar. Ela o buscou.
Ele esperava vê-la chorar. Pelo contrário seu rosto estava pálido, composto, e sem
lágrimas e a dor que projetava se dirigiu corredor abaixo para ele.
Tinha dado três passos quando o silêncio o golpeou. A capela estava esperando
por uma decisão. Parou e esperou também.
Mas nada aconteceu. O ar não queimou seus pulmões; o chão não queimou seus
pés. Ele seguia sendo um homem e não tinha estalado em chamas. Começou a avançar
de novo.
—Ela está morta.
Tasya pôs a mão da Irmã María Helvig sobre seu colo.
—Devemos tirá-la pô-la fora e chamar o coveiro para que venha e cuide dela.
—Certamente devemos chamar o coveiro, mas ela estava pronta para isto. Eu
encontrei o cemitério. Sua tumba está escavada. O caixão está esperando. E nós temos
que enterrá-la agora.
Cautamente, ele tocou a mão da monja. Nada. Nem sequer um zumbido.
—Ela não teve os últimos ritos. Seu corpo precisa ser lavado. Tem que ter uma
cerimônia apropriada!
—Eles podem exumá-la e fazer o que for correto, mas nós não podemos deixar seu
corpo para que os animais selvagens o encontrem.
—O que quer dizer?
Ele elevou a monja em seus braços e se dirigiu para a porta.
—Os Varinskis estão aproximando-se de nós. Temos que sair daqui.
Tinha que dar crédito a Tasya. Não perguntou como sábia. Não discutiu seu
argumento. Simplesmente se uniu a ele enquanto caminhava corredor abaixo, o corpo
da Irmã María Helvig flácido em seus braços. Saíram da capela e se dirigiram para o
cemitério localizado atrás da capela nas sombras de uma grande árvore velha.
Rurik pôs À Irmã María Helvig no singelo caixão de madeira que esperava por ela.
Tasya colocou suas mãos em cima de seu peito, ordenou sua touca e sua túnica, e pôs o
crucifixo sobre de seu coração. A tumba tinha sido escovada recentemente, o caixão
estava limpo e seco e descansando nas cordas, e uma pá estava esperando; a Irmã María
Helvig tinha sabido a hora de sua morte. Rurik suspeitou que ela tinha sabido quem era
ele, também, e que agora estavam vindo por eles.
Esta era a verdadeira razão pela que ele queria enterrá-la profundamente. Se
pudessem, os Varinskis profanariam seu corpo.
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Espécie de sobretudo comprido e ligeiro, gasto especialmente. Nos primeiros dias dos automóveis abertos se utilizava
para proteger a roupa do pó do caminho
—Bem.
Tasya recuaou e o ajudou a pôr a tampa no caixão.
Juntos, tomaram as cordas. O caixão era pesado, mas uma vez mais, Tasya
impressionou a Rurik com sua força e sua determinação ao fazer o que tinha que fazer.
Ela assegurou seus pés e ajudou a baixar lentamente À Irmã María Helvig na terra.
Ele agarrou a pá.
Tasya estava em pé, com a cabeça baixa, suas mãos em seus quadris, ofegando.
—Diga as orações que queira dizer.
Cada instinto estava golpeando.
—Assim que termine, estaremos fora daqui.
Ela assentiu e baixou sua cabeça.
Ele cavou e a observou.
Atrás dela, o sol estava deslizando-se para o oeste. Os raios tingiram de negro e
branquearam o cabelo com ouro e puseram um halo ao redor de sua cabeça. Sua pele
brilhou como a porcelana fina, e com seus olhos fechados, suas pestanas escuras
varreram suas bochechas. Uma ilusão, é obvio; Tasya não era um anjo. Mas ela era uma
boa mulher que tentava fazer o melhor e ajudar aqueles que o necessitavam. Ele não a
merecia. Mas a queria, e o matava que o final pudesse chegar.
Olhou ao redor.
Vêm rapidamente.
Terminou amontoando a terra na tumba. Tasya observava.
Uma das cruzes de pedra no cemitério se quebrou e caiu na terra. Ele apontou
para ela.
—Ponha isso em sua tumba.
Tasya o recolheu. Era pesada e fria em sua mão. Pressionou-a na terra que cobria
À Irmã María Helvig.
—Bem. Vamos.
Recolheu sua mochila e tomou o braço de Tasya.
Ela o seguiu gostosamente. Sentia uma opressiva sensação de perigo. Sua tensão
se comunicou a ela ou talvez ela sentia a aproximação de um Varinski. Tinham
chegado? Estavam aqui?
Ela ainda tinha o ícone em seu bolso.
Tinha que mantê-lo seguro.
—Viu sinais deles?
Sua inquietação cresceu.
—Não.
Ele elevou o olhava para as árvores. Fez uma pausa e escutou.
—Não. Mas rastrear pessoas é o que eles fazem, a surpresa é seu forte, e
demoramos aqui muito—Agarrando seu braço firmemente, começou a avançar com
compridos e desumanos passos, indiferente a seu desconforto. Seu coração começou a
agitar-se, não devido ao passo enérgico, mas sim porque ele parecia austero e
angustiado enquanto eles bordeavam o lado da capela, davam volta a um canto e
encontraram três homens apoiados contra seu automóvel.
Um permanecia em uma postura desajeitada sobre o capô, sacudindo um jogo de
chaves.
Outro vadiando sobre o tronco, com a cabeça inclinada, olhando-os. O último
estava parado junto ao lado mais longínquo, a abertamente com seus braços flexionados
e apoiados sobre o teto. História do West Sede como realizada por cossacos. Ela os
reconheceria em qualquer parte. Tinha visto fotos deles. Tinha-os visto atrasar em seu
jardim. Ela recordou o afogamento, o pressentimento horrível que geravam em suas
vísceras. Varinskis.
Dois tinha cabelo negro. Um deles era rechoncho. Ambos eram jovens
inexperientes com caras ásperas.
O que tinha as chaves era loiro, velho, de quarenta ou cinqüenta, e evidentemente
o chefe.
Mas todos eram altos, fortes músculos, com amplas caras, altas maçãs do rosto, e
queixos fortes. De fato, todos eles se pareciam com Rurik. ficou sem fôlego. Olhou a eles
e o homem que a segurava apertadamente. O homem que a tinha levado a êxtase. O
homem em que confiava. Rurik... Rurik era um deles. Rurik era um Varinski.
Capítulo 25
Rurik nunca fez uma pausa. Ele usou o braço de Tasya para adiantar-se, para
seus parentes.
Para os Varinskis.
Assustada, cravou-se em seco, tropeçou e caiu na sujeira, sobre suas mãos e
joelhos. Em cima do zumbido em seus ouvidos, e o choque e dor quase a fez desmaiar,
ela ouviu Rurik dizer.
—Aqui está ela. A que perderam.
Ela inalou profundamente e elevou a vista para os vândalos.
O que tinha as chaves deixou das sacudir. endireitou-se.
—De que caralho fala?
— O nome Dimitru significa algo para vocês idiotas de merda? –Perguntou Rurik.
Tasya fechou seus olhos. Deixou cair sua cabeça. Lutou com a dor, mas não podia
ocultar a verdade a si mesma.
Rurik tinha quebrado sua confiança. Não, não só sua confiança seu coração.
—Trabalhei no caso Dimitru –Disse o sujeito das chaves.
Rurik a tinha cortejado. Tinha feito apaixonar com cada palavra doce e cada ação
galante.
Tinha trabalhado, e trabalhado muito até convencê-la que ele era o único em
quem podia acreditar—o único ser humano de quem ela poderia depender.
E tinha tido êxito.
—Aquela coisa sobre a terra —Rurik soava frio e desinteressado.
Havia-lhe dito seu segredo mais profundo. Em sua vida, nunca tinha contado a
ninguém mais sobre sua família.
Tinha dado sua confiança a Rurik. Infernos, tinha dado seu coração.
E graças a isso . Então ele poderia trai-la e a seus parentes por... Por que?
—Impossível—disse o sujeito das chaves—Mataram todos as crianças. Nós
queimamos a casa.
—A Babá a levou—Informou Rurik.
—Ele mente.
Esse era outro dos meninos, a voz do sujeito das chaves estava quase livre de seu
acento, pelo contrário a voz deste moço era profunda e muito russa.
—Uma mulher e uma moça de quatro anos escaparam do grande, malvado
Varinskis. Como riria todo mundo se soubesse.
Não podia compreender como Rurik podia mofar-se assim. Quase compadeceu do
sujeito das chaves. Até que o sujeito das chaves chegou até ela e levantou seu queixo.
Ela se sacudiu para liberar-se.
Ele agarrou seu cabelo e a segurou no lugar. Examinou seu rosto e ela examinou o
dele.
Ele tinha que ter perto cinqüenta anos se é que tinha participado da incursão
contra a família Dimitru, ainda estava vivo e forte, com cabelo tão loiro que parecia de
prata, e a cor de seus olhos como sopa de ervilhas secas.
Apertou seu cabelo sem piedade, girando a de um lado para outro. Examinou seus
olhos. Então, mais insultantemente, inclinou sua cabeça para um flanco e se apóio perto
de sua garganta. Sorveu sua pele, depois deslizou sua língua em uma larga, lenta
lambida que começou em sua traquéia e terminou atrás de seu ouvido.
Levantou e se distanciou—Ele tem razão—Disse em um tom plano— Ela é uma
Dimitru.
—Com um gesto aborrecido, limpou sua saliva. Ele riu e usou sua língua em um
gesto de pendurar e lamber no ar, como um cão voltado louco com a raiva.
Ela não se preocupou. Se ia morrer, de qualquer modo.
–Muito em breve vai conhecer-me —Prometeu, e trocou sua atenção a Rurik— O
que lhe devemos por entregá-la? Dinheiro? Jóias? – Jogou as chaves outra vez—Ou
talvez simplesmente que o deixemos viver.
Ela se arrastou a seus pés. Tinha que prestar atenção. Tinha que escutar os
planos que tinham para ela, e se Rurik não os convencia de matá-la imediatamente,
tinha que procurar uma saída.
—Não vai me matar—disse Rurik.— Sou o único com a informação que quer.
— Recorda?
— Que caralho de informação séria essa?
Era o moço moreno e pálido. Rurik levantou suas sobrancelhas ao sujeito das
chaves. O cara das chaves sacudiu a cabeça.
—O que? —perguntou o moço—Esconde algo de nós?
O cara das chaves girou para o moço, e Tasya pôde ter jurado que lhe grunhiu
como um verdadeiro cão. Puro truque.
O cara das chaves disse:
—Não me enfureça, Ilya, ou ficarei com a gatinha para mim.
—A gatinha é minha—disse Rurik—e a manterei comigo até que me canse dela .
—Os Varinskis compartilham —disse Ilya.
—Eu não sou um Varinski—Respondeu Rurik.
—Age como um. Caçou o tesouro. Trouxe uma mulher para comercializar por
nossa boa vontade e te proteger. E, o bônus o cara das chaves a olhou sobre o ombro—
Nunca lhe disse quem é. Ela está em pé ai e ainda não sabe o que pensar. Ou sim?
—Sabe muito bem o que pensar.
Tasya desejuo não fazê-lo. Agora mesmo, a ignorância da verdade teria sido a
sorte.
—É isto um assunto com ela?—O moço moreno pareceu incrédulo.
—Mentiu sobre ser um de nós?
Os Varinskis riram, os três, vândalos e assassinos.
—Não menti sobre isso. Já disse. Não sou um de vocês.
Rurik parecia tranqüilo e no comando.
Tasya recusou afastar-se quando ele caminho para ela.
—Manterei a mulher comigo todo o tempo que deseje, e manterei o tesouro comigo
quando o encontrar.
O tesouro. O ícone, quis dizer. O ícone que estava ainda em seu bolso e ele não
sabia que tinha encontrado.
Ele tomou seu pulso.
—Adoece-me.
Retorceu-se para libertar.
Ele deu a volta e se afastou.
Ela tentou plantar seus calcanhares e evitar que a levasse.
Ele a arrastou atrás dele, usando sua maior corpulência, indiferente a sua luta.
Então, de repente ele a empurrou.
Enquanto tropeçava longe dele, ouviu três golpes duros, e ao tempo que ela girava,
Rurik tinha um dos moços com seu rosto esmagado na terra, seu braço reto e estirado
para trás e seu pulso retorcido.
Não compreendia.... Bem, ela sabia que Rurik era capaz de ganhar uma luta,
certamente. Tola que era, tinha dependido dele para sua segurança. Mas ela não tinha
compreendido exatamente quão mortífero podia ser.
Tinha trabalhado com ele, lutado com ele, viajado com ele, dormido com ele e não
conhecia Rurik Wilder absolutamente.
Cautelosamente passou sua mão sobre o bolso dianteiro de seu jeans. O ícone
estava ainda ali.
Obrigado Deus. Graças a Deus, e a Irmã María Helvig, que Tasya não tinha
pensado em dizer que tinha encontrado o ícone.
Agora ela tinha que procurar a forma de esconder o ícone ou ao menos pô-lo em
algum lugar um pouco menos óbvio.
Rurik colocou seu pé calçado em meio as costas do menino.
— Como se chama?
—Sergei.
Tasya Olhou ao redor. Os outros olhavam atentamente a Rurik.
— Ninguém te ensinou nada sobre fazer uma manobra imbecil? –perguntou Rurik.
—Sim.
Rurik torceu um pouco mais.
— O que disse?
—Sim, senhor. O Varinskis me ensinaram a manobra imbecil.
Tasya deslizou sua mochila.
— E qual é a manobra imbecil? –Ladrou Rurik como um sargento.
Sergei respondeu como um recruta.
—Isto é quando alguém excuta suas costas para atrair o atacante, mas quando o
faz, ele está preparado e te põe.
Tão silenciosamente como podia, Tasya abriu pouco a pouco o ziper da mochila.
— O que é o que diz o Varinskis que deveria fazer aos imbecis?
Claramente, Rurik sabia as respostas.
Sergei fez uma larga pausa, uma que durou muito tempo.
—Fica a discrição do ganhador.
Tasya deslizou o ícone de seu bolso e o empurrou nas profundidades da mochila,
e o girou como uma larva em um casulo de roupa.
—Meu pai disse que os imbecis deveriam ser farelos de cereais de sua miséria.
Rurik brincava com o menino.
— Então a pergunta é....Deveria te matar agora ou te dar uma segunda chance?
Ela fechou o ziper da mochila rapidamente. Não estava bem, mas agora mesmo,
isto era o melhor que podia fazer.
—Segunda chance —Disse Sergei.
—O que?
Rurik torceu o braço de Sergei tão forte que Tasya ouviu algo quebrar.
estremeceu e esteve a ponto de vomitar.
—Segunda oportunidade, senhor.
A voz de Sergei chiou.
—Por favor, senhor.
Rurik o deixou ir e se afastou um passo.
—Meu pai mentiu, ou o treinamento já não é o que era em sua época.
O cara loiro não se moveu. Tinha olhado tudo o que acontecia com interesse
evidente.
—Está em treinamento.
—Quanto tem? Dezoito?
—Tenho vinte anos–Expressou Sergei com tom ressentido enquanto segurava o
pulso.
Ela tinha se enganado? Rurik não tinha quebrado um osso? Ou estes caras
estavam tão acostumados que a dor era indiferente?
—Um pássaro, correto?–adivinhou Rurik.
—Um mocho —disse Sergei com orgulho.
—Eles me trouxeram para caçá-lo de noite.
O cara das chaves murmurou uma palavra áspera em russo.
—Então sua visão de dia não é muito boa. Obrigado pelo conselho.
Rurik sacudiu sua cabeça em repugnância.
—Vai ter que fazer melhor que isto, ou a primeira coisa que fará será te matar.
—Poyesh ' govna pechyonovo, —Disse Sergei grosseiramente.
O cara das chaves e Ilya deram um passo adiante, cada um em uma diferente
direção.
—Sim, ele jovem é um idiota e fala muito—Disse o cara das chaves—Mas,
simpático menino Wilder, mostrou muito.
Tasya se deu conta de que eles iam atacar Rurik. Dois assassinos treinados iam
mata-lo e embora ela tentava se armar de coragem contra ele, preocupava-se. Porque
pensava que a protegeria pelo menos um pouco...Mas também porque se importava.
Maldição, não queria fazê-lo, mas o fazia. Rurik permanecia em pé com folga, esperando,
enquanto que os caras o rodeavam. Olhou, segurando o fôlego, esperando o primeiro
murro. Em vez disso, Ilya desapareceu, deixando suas roupas no chão, e em um brilho
de plumas, um imenso pássaro branco e negro tomou seu lugar. Com asas de uma
envergadura dois metros e meio, a águia empreendeu o vôo. Tasya não soube o que fazer
com suas mãos. O que fazer com seus pés. Se gritar ou rezar.
Então Rurik explodiu em uma rajada de plumas e se elevou no ar sobre as asas de
um falcão.
—Não, —sussurrou—Não!
Tinha presenciado o impossível. Alguém a agarrou por trás.
—Sim —Sussurrou Sergei em seu ouvido.
—É verdade. Você está vivendo seu pior pesadelo.
Depois, não soube o que fez. Conhecia os movimentos: Acotovela-o no intestino,
cravou o sapato no peito do pé, retorceu esse pulso machucado. Era um Varinski, mas
devia ter feito efeito, porque estava no chão atrás dela. Talvez não era totalmente
indiferente à dor. Olhou fixamente a pilha de roupa e armas, as roupas e armas de
Rurik, À esquerda no chão. Olhou fixamente os céus enquanto as duas aves de rapina
muito fortes se rodeavam e golpeavam.
Suas garras eram como laminas de barbear. O falcão era menor, mais rápido,
girando para dentro, golpeando, saindo precipitadamente. Mas a águia respondeu cada
movimento com um próprio, cortando profundamente o falcão. Esfaqueou a asa, o peito.
. . . O falcão se moveu em espiral para baixo. Pareceu ter gritado. A águia se abateu para
a presa e justo antes de que golpeasse a terra, o falcão se transformou em um homem,
tomando à águia e rodando, fazendo-a pedacinhos contra o chão com todo o peso de
Rurik sobre ele. A águia agitou suas asas e ficou quieta. Rurik tinha ganho, mas a um
alto preço. Gemia e se retorcia, tentando tranqüilizar sua respiração. Estava nu. Estava
indefeso.
Quando o homem loiro observou o que acontecia, seus olhos começaram a arder.
Tirou sua roupam, Meu Deus, era maior e mais musculoso do que tivesse pensado e
Tasya se deu conta de que iniciava sua transformação. Um lobo. Era um lobo. Seu
focinho cresceu comprido; seus dentes se alargaram; o pálido cabelo sobre sua cabeça
cobria seu rosto, pescoço e costas. Usaria a vantagem do desgaste que tinha produzido
em Rurik a luta com a águia. Agora pensava terminar com o Rurik. Assim Tasya
levantou sua mochila e o golpeou fortemente com ela em seu rosto. Deviam ter sido suas
pesadas botas que penduravam de uma correia as que lhe deram. Ou talvez foi seu
cantil, cheio até a metade de água. Durante uns poucos segundos vitais, bateu na terra
e não se moveu.
Quando o fez, Rurik esteve em pé sobre ele. Sua tatuagem se retorceu sobre seu
braço e seu peito, e o céu azul e vermelho pareceu brilhar ameaçador.
—Logo se fará de noite. Onde está o lugar que usam como acampamento? Tenho a
maldita esperança de que tenha tido o sentido comum de se afastar o suficiente do chão
sagrado.
O cara na terra gemeu e girou sua cabeça.
—Por ali –Assinalou Sergei com o dedo, e sua voz tinha um timbre de respeito que
não tinha escutado antes—Caminho abaixo, cruzando pelas rochas.
Rurik recolheu suas roupas, facas e pistola e os passou a Tasya.
—Segura-os
Olhou-os, depois o olhou, querendo ver sua reação quando ela os limpou lhes
retirando a terra. Até que disse,
—A menos que queira que fique nu...
Ela não queria olhá-lo, realmente olhá-lo, mas suas palavras eram um desafio, e
agora ele era tudo o que ela poderia ver. O sol poente brilhava sobre os músculos de seu
peito, ainda subindo e descendo pelo esforço, e sobre a ferida de faca que ela agora
compreendeu não era de uma faca, e sim de uma unha ou um dente. O sangue gotejado
dos cortes que a águia tinha infligido. Estava rasgado; o monte de seis de seu ventre e
suas coxas maciças falava tão claramente de uma vida vivida com um regime de pesos e
largos circuitos de trote, de preparação para a luta que viria. E tinha chegado.
Enquanto ela o olhava, suas genitálias despertaram. Certamente.
Ele era um Varinski.
—Odeio-te tanto —Respirou.
Ela nunca tinha querido dizer tanto.
—Mas você tem minhas roupas.
Sim. Ele tinha ganho cada batalha com cada tática secreta que conhecia.
E ela se apaixonou por tudo isso. Rurik agarrou sua mochila com uma mão e seu
braço com o outro, e começou a caminhar pelo campo.
O cara loiro, que já não era mais um lobo, cambaleou sobre seus pés.
—A cadela necessita que lhe ensine uma lição.
—Rurik o confrontou.
— Como se chama?
—Sou Kassian.
—Bem, Kassian, eu diria que ela aprendeu uma. Não pode matar um Varinski,
mas pode deixar inconsciente com um rápido golpe na cabeça. Rurik girou com ela e a
arrastou com ele caminho abaixo.
Tinha aprendido outra, também.
Aqueles monstros andavam sobre a terra, e por sua própria insensatez, ela tinha
se transformado em sua presa.
Capítulo 26
Capítulo 27
Rurik Olhou para Tasya por um comprido momento. Os ossos de seu rosto
pareciam esculpidos em granito. Seus olhos eram marrons, mas avivados por chamas
vermelhas. A curva de sua boca era cruel. E seu corpo estava imóvel e tão forte como um
predador esperando para fazer frente a morte. Tasya compreendeu tudo realmente
nunca o tinha temido.
Temia-o agora.
Com uma voz fria como o Ártico, perguntou:
— Acha que sua maldita vingança insignificante se compara a romper um pacto
com o diabo?
Ela mal pôde apanhar seu bufido de indignação.....E terror.
— Insignificante?
—Se consegue encontrar o ícone, e se consegue entregá-lo ao Nacional Antiquities,
e se acertas para documentá-lo o suficiente para provar que sua teoria sobre o Varinskis
é certa, então poderá ir aos programas matutinos a mostrá-lo e obter sua publicidade.
Terá seu livro publicado e talvez, se pode manter a atenção do mundo durante mais de
quinze minutos e se o Varinskis não ameaçar ou subornar ao jurado, Yerik e Fdoror
Varinski irão para a prisão.
Rurik fechou lentamente suas mãos sobre seus braços, inclinou-se a altura de
seus olhos, e a olhou diretamente, não se atreveu a piscar.
—Onde eles viverão como reis e sairão em seis meses por boa conduta.
—Mas a má publicidade......
—Vai fazer o que? Os deixar um olho negro por seu negócio de assassinatos, e
atrair para eles a atenção do mundo? Que estará indubitavelmente fascinado por sua
maldade.
Fez um gesto para o leste, para Ucrânia e a casa Varinski.
—Sessenta minutos enviará a alguns dos velhos repórteres para entrevistar Boris.
A editorial em que depositou suas esperanças se apressará a lhes dar um contrato e um
escritor fantasma para sensacionalizar seu relato. antes de que se dê conta, haverá um
filme e uma minisérie de televisão sobre eles. Mas isso não te importará
Ficou rígida.
—Por que não?
—Não viverá o tempo suficiente para ver nada disso.
—Não tenho medo de morrer.
—Então é uma idiota, porque os Varinskis são como os jovens adolescentes na
banda de maior êxito na história. Não têm consciência. adoram atormentar os indefesos.
Golpearão-a, matarão-a lentamente, e a violarão enquanto o fazem.
—Como fizeram a minha mãe?
Ela lutou, mas sabia que estava perdendo terreno.
—Como fizeram a sua mãe. –Esteve de acordo.
—Mas vamos falar dos enguiços em seu plano. Nacional Antiquities não tem a
suficiente segurança para manter o ícone a salvo.
—Têm uma boa segurança!
—A prova desaparecerá antes de que o primeiro perito a estude. Assim que o resto
do plano já não funciona. OH, exceto a parte sobre sua morte. Eles a matarão.
Ela levantou seu queixo.
—Eles o farão de qualquer modo. Sou o Dimitru que tem que desaparecer, e os
Varinskis não deixam sobreviventes.
—Isso é certo.
Rurik se endireitou.
—Mas se pode chegar a minha família em Washington, eles podem te proteger.
—Como vou chegar sem conduzir os Varinskis a eles?
—Vou dizer como chegar, e subministrarei a distração.
—Ao inferno o fará!
—Esgotamos as opções. Um de nós tem que sair vivo para encontrar o ícone.
—É o único que tem possibilidades de sobreviver.
—Também sou o único que pode lutar contra o Varinskis. Me escute. Se pôde
encontrar o ícone e levá-lo a minha família, temos uma oportunidade de derrotar ao
diabo.
Tomou seus ombros e a sacudiu ligeiramente.
—Pensa. Se formos capazes de pôr fim no pacto, o Varinskis não seria nada mais
que um montão de patéticos seres humanos que não sabem como funcionar no mundo
real. Ninguém terá medo deles. Serão vulneráveis a perseguição. Eles teriam perdido
tudo. Olhe o panorama, Tasya! Não é essa sua vingança!
Tinha esquecido, e o pior é que o tem feito fazendo-a enfrentar os fatos.
Seu plano nunca teve uma oportunidade de êxito.
Ao menos um deles ia morrer.
E esse era o engano final.
A frustração a sustentou em um acalorado apertão.
—Não quero estar aqui. Não quero estar abandonada. Quero...
—O que é o que quer?
Você.
Rurik e um retorno de sua ingênua crença de que se ela conseguisse pôr suas
mãos sobre a prova poderia derrotar os Varinskis e encontrar a paz com a morte de seus
pais.
Rurik e a imagem de consolo que tinha dado no trem.
Rurik e a vaga sensação de que se tratava de um homem que poderia amar.
Mas agora o tinha visto transformar-se em um predador....Tinha visto a prova do
diabo e seu trabalho.
Cada um de seus sonhos tinha sido esmagado.....E Rurik os tinha esmagado.
Com um grunhido, ela deixou cair a mochila e a carga do ícone, e os atirou sob o
altar.
Empurrou-o no peito. Empurrou-o com todas suas forças.
Ele apenas se moveu.
Estava imóvel: forte, alto...Direito.
sentia-se bem empurrá-lo, pelo que o fez outra vez, e outra vez.
E ele, que tinha suportado ali como um pilar da razão e a calma, recolheu-a,
esmagou-a contra ele, e a beijou.
Não um beijo como os do trem. Não foi a gentil, lenta, tranqüila sedução de boca
contra boca, e sim um beijo de calor, fúria e frustração.
Esmagou seus lábios, abriu-os com sua língua, e tomou sem perguntar.
Ela queria isso. Por alguns momentos apreciados, queria que o fogo entre eles
consumisse as verdades dolorosas e trouxesse o esquecimento.
Então respondeu com a mesma paixão feroz, segurando sua cabeça em suas
mãos, chupando sua língua, fazendo-o gemer.
Ele cavou suas mãos em seu traseiro levantando suas pernas, acomodando-se a
fim de que sua ereção se esfregasse contra a costura de suas calças.
Ela rompeu o beijo, arqueou suas costas, quando o orgasmo, rápido e inesperado,
queimou através de seu corpo.
Segurou-a, investindo-a, prolongando o prazer, mas assim que a paixão cresceu,
ele deu volta, pressionou-a contra o altar, e atirou sua camisa sobre sua cabeça.
Sacudiu seu sutiens abrindo-o com uma mão e seu cinturão com a outra.
—Filho da puta!.
Pensava que poderia despi-la, justamente como estava fazendo e fazer-lo
Não sem despir-se a si mesmo.
Ela afrouxou seu cinturão e desabotoou seu jeans com a suficiente violência para
fazê-lo murmurar entre dentes.
—Cuidado!
Ele empurrou suas calças a seus tornozelos.
Ela se despojou de seus sapatos, abandonou tudo, Levis e calcinhas, então baixou
suas calças. Em um movimento cheio de graça, seguiu as calças para ajoelhar-se diante
ele.
—Cuidado!
Era mais um grunhido que uma palavra. Não precisava ser cuidadosa. Sabia
exatamente o que fazia.
Tomou sua ereção em sua boca em um movimento comprido, deliberado que
umedeceu a pele sedosa. A ponta parecia veludo quente, e saboreou a primeira gota de
sêmen, brotando e enchendo-a com seu sabor.
Suas noites juntos tinham sido sobre ele tomando-a, lhe dando prazer,
agradando-a. Agora, aqui, por fim e pelo menos, tinha o controle. Chupou-o, tomando-o
tanto em sua boca como pôde, para depois soltá-lo devagar.
Seus quadris se sacudiram como se não pudesse permanecer quieto. Seu pênis se
sacudiu em sua boca. Ele praguejou, uma longa cadeia de maldições que usava palavras
desesperadas e línguas desconhecidas. Deus, a vingança era doce.
Devia ter visto sua risada, ou quem sabe? Talvez o sentiu, porque tirou a
camiseta, pisoteando seu jeans se agachou e tomou pelas axilas.
Levantou-a, pôs-a sobre o altar, estendeu suas pernas, e a seguiu.
A pedra era áspera e quente debaixo de suas costas. Ele estava quente e
preparado sobre ela, seu pênis se apertava tão fortemente contra ela que parecia
preparado para gozar.
Então ela disse:
—Não.
Ele parou. Seus braços tremeram enquanto se mantinha nessa posição. Seus
olhos eram carvões ardentes, e chicotes de chamas vermelhas piscavam em suas
profundidades.
—Não?
Pararia se ela pedisse? Era pouco provável. Agarrou seus braços.
—Você vai para baixo.
Seu peito subiu e baixou, e seus dentes se apertaram. Ele olhou colina abaixo
para os Varinskis, depois a ela novamente.
—Mulher, empurra-me muito longe.
Mas fez o que ordenou. Rodou com ela.
—Perfeito.
Incorporou-se sobre ele, virilha contra virilha. Ali, sobre o topo do altar, ela
poderia ver o vale, muitas milhas abaixo, em cima a cordilheira longínqua, e através do
horizonte a eternidade. Ali, estavam sobre o topo do mundo, e ela estava em cima dele.
A brisa era bastante fresca para fazer que seus mamilos se contraíram... ou talvez
era seu olhar que a excitava....
Os contornos de seu poderoso peito e braços brilhavam ao sol, e os brilhos sobre
seu cabelo escuro enfatizavam a definição de cada músculo. Essa tatuagem, selvagem,
primitivo, pavoneava-se através de sua pele em um brilhante desenho arcaico. Suas
pálpebras caíram quando a olhou, meio ocultando seus olhos, mas ela viu a verdade. O
profundo de suas pupilas, as chamas vermelhas piscaram mais energicamente.
Ele era um predador. Era selvagem. Era desumano.
E por esse momento, tinha-lhe arrebatado o poder.
Ela estirou seus braços sobre sua cabeça, rindo em uma perversa explosão de
triunfo.
Estendeu uma mão para ela.
Ela capturou seus pulsos em suas mãos.
Por um momento resistiu. Depois permitiu dobrar seus braços sobre sua cabeça.
Estirou-se sobre ele, o pêlo de seu peito roçava ligeiramente seus mamilos. Sorriu
em seu rosto.
—Não tenho medo de você.
—Deveria me temer.
Ela riu outra vez, e deslizou sua língua em sua boca.
Bateu-se em duelo com ela, sua língua contra a sua, molhada e quente.
Deixou-a mantê-lo cativo, sim.
Mas se moveu entre suas coxas, aumentando suas sensações, tentando-a... Mas
ela era forte. Não tomou em seu interior. Pelo contrário, montou-o firmemente em um
suave fluxo, procurando se agradar sem lhe dar uma maldita coisa, exceto, talvez, a
satisfação de saber que com nada mais que a lembrança e a promessa de seu pênis
dentro dela, podia tocar esse lugar profundo em seu interior, que podia fazê-la desejá-lo.
Ela queria levá-lo a loucura.
E talvez o fez. Mas dois podem jogar esse jogo, e enquanto ela provocava,
drogando-o com sua sensação. Ele tomou seus seios em suas mãos, esfregando-os
sobre o áspero pêlo de seu peito. Sua boca escorregou fora da sua, ao longo da crista de
sua mandíbula a sua orelha e, Continuando, ao longo de sua garganta em uma longa,
lenta, úmida carícia.
Seu batimento cardiaco se reforçou. Estava viva como nunca tinha estado em sua
vida possivelmente porque a morte se abatia tão perto.
Estremecendo-se de necessidade, ela se arrancou da intensidade aditiva de
sua boca.
Incorporou-se outra vez, mas desta vez não estava rindo. Cega de luxúria, ela
andou atenta entre seus corpos, tomou seu pênis em seu punho, e o sustentou,
espremeu-o, sabendo que poderia terminá-lo com o golpe de sua mão, tentando
convencer-se de que poderia viver sem ele em seu interior.
Mas não podia. Esta poderia ser, provavelmente seria, a última vez que tivessem
relações sexuais. Inclusive se ambos vivessem, poderia dormir com o inimigo?
Não. Não. Isso era ele. A última vez.
—Faça-o.
Olhou-a, seu rosto duro ao fio da necessidade, e teria jurado que conhecia cada
pensamento em sua mente.
—Atormentou-me suficiente. Faça-o agora.
Colocou-o na entrada de seu corpo e fez pressão, levando-o para dentro. Estava
molhada pelo desejo, mas suas malhas se renderam devagar, formando um envoltório ao
redor dele, e ele gemeu como se estivesse em agonia.
Sim. Se este sexo, este dilema, este prazer, rompia sua vontade e roubava seu
fôlego, então o correto é que isto fosse uma espada de duplo fio.
Essa noite sobre o trem, tinha parecido como se ele tivesse estado dentro dela em
cada caminho possível, que eles tinham explorado cada sentido, cada sentimento.
Mas não, desta vez era nova, diferente. Ela estava em cima, co comando.
Estabelecia o passo, desenvolvia o ritmo.
Enquanto se elevava e se deixava cair, a pedra raspada seus joelhos. O sol
brilhava sobre sua cabeça, sobre seus ombros. O aroma dos pinheiros, o ar fresco, e
Rurik encheu seus pulmões. Viu Rurik, glorioso, musculoso, úmido de suor, debaixo ela.
Fez um grande esforço, seu rosto duro transformado a luz solar e a escura
obsessão. A paixão feroz coloria seus olhos. Sustentou suas coxas em suas mãos,
dobrando seus dedos, levantando-a, acariciando-a, uma e outra vez, como se não
pudesse tocá-la o suficiente. Por um segundo quase pôde ver as restrições que punha
sobre si mesmo, um movimento, um fôlego, refreando-se para não reclamar o comando
sobre esse dia e sobre ela.
Ele possuía o poder, e como se conteve, seu poder cresceu.
Ela o experimentou, grande, forte e vital, dentro dela. Seus quadris a levaram para
cima; ela encontrou seus impulsos com seu próprio movimento. Juntos viajaram por
uma passagem tão antiga como a pedra baixo eles, e tão novo como o alvorada.
Sua respiração fez um ruído áspero em sua garganta.
Seu clímax desenvolveu e formou um maremoto muito forte e febril dentro dela,
esperando chocar sobre ela. Perdeu a noção do tempo, do lugar. Eram só Rurik e Tasya,
um so ser, unidos pela fascinação.
Então a golpeou um so e comprido espasmo de júbilo, sacudiu seu corpo. Quando
a glória mais antiga do mundo cantou em seus ouvidos, afundou suas unhas nos
ombros de Rurik. Enquanto ele empurrava e gozava dentro dela lhe deu a bem-vinda e o
abraçou, e viveu esse momento como nunca o tinha vivido antes e nunca o viveria de
novo.
A luxúria se apoderou deles.
Ela gritou seu prazer aos céus.
Ele gemeu profundamente, atormentado pelo prazer.
E o relâmpago se precipitou a terra, através da pedra do altar, através dele, e nela.
A sensação era um fogo e um choque como Tasya nunca tinha experimentado. Gritou na
dor e o êxtase. A sacudida tomou seu orgasmo mútuo e o conduziu além dos limites do
mundo, atando-os juntos e enviando-os em um espasmo glorioso, final, ditoso.
—O que...?
Ela afiançou contra seu peito, e o olhou, esgotado, satisfeito, tão formoso que fez
brotar suas lágrimas.
—O que foi isso?
Ele explodiu em uma risada selvagem.
—Fusão.
Vestiram-se em silêncio, mas Tasya podia ver Rurik dar uma olhada do alto.
Fingiu não notá-lo. Melhor não pensar no que aconteceu no altar pagão de pedra
em seu próprio país com o sol brilhando sobre eles como uma bênção.
Ela atava seus sapatos quando Rurik empurrou algo sob seu nariz.
A pistola semiautomática.
Ela o olhou durante um momento comprido.
—Toma-a. Tem que se pôr em caminho.
Com rapidez e precisos detalhes disse como encontrar seus pais.
Envolveu sua mão em torno do punho.
—Não quero.
—O que quer e o que quero não é importante. Um de nós tem que derrotar o
diabo, e ao menos, minha querida, compartilhamos um comprido adeus!
—Elevou a vista para ele.
Ele sorriu com toda a intensidade que tinha enfocado sua atenção e a tinha feito
compreender que este poderia ser um homem no qual ela poderia confiar.
—Acredita em mim, Tasya, é o sonho de cada homem compartilhar uma grande
relação sexual com a mulher que ele ama justo antes de morrer em batalha.
—Com a mulher que ele...Você...
Ele o havia dito antes, mas não tinha acreditado. Agora como poderia não fazê-lo?
—Certamente que te amo.
Ajoelhando-se diante ela, terminou de atar seu sapato.
—Você não o faz.
—Tasya, tenho trinta e três anos. Talvez nunca amei antes, mas o reconheço
quando o sinto.
Ela não sabia que dizer, ou como dizê-lo. Tinha-a feito confiar nele, destroçou
seus sonhos de vingança com uma dose selvagem de verdade, depois se ofereceu para
morrer por ela. E ele era um Varinski. Seu inimigo, pelo bem da merda.
Mas de algum modo a palavra não tinha nenhum sentido.
—Está bem.
Ajudou-a a levantar-se, ajudou-a a colocar a pistola em seu cinturão nas costas.
—Sei que não me ama. Mas se tivesse tempo, poderia mudar sua mente, e isso me
faz feliz, também.
—Talvez. –murmurou ela— Se....
Estendeu a mão sob o altar e agarrou sua mochila. Ajudou-a a passar as correias
sobre seus ombros. A bolsa parecia pesada, como se com cada uma das declarações de
amor de Rurik, o peso do ícone crescesse.
O ícone era só um objeto sagrado. Não tinha uma preferência para onde ia ou
quem servia. Tasya tinha que conseguir um motivo para refrear-se, e consegui-lo rápido,
ou diria a verdade a Rurik.....E talvez era o que ela deveria fazer, de qualquer modo.
—Vamos.
Girou na colina, afastando a idéia.
Ele a seguiu, então tomou a iniciativa e virou para na entrada da cova.
parou ao lado da mão esquerda, negra navalhada na terra.
—O que?
Mas sabia.
—Quero que tome o caminho através da cova.
—Não
—Já o fez antes. Pode encontrar como sair.
—Não!
—Dois dos Varinskis são pássaros. Eles não podem tmudar lá. Mas se detiver
Kassian, você pode escapar.
—Olhe. Não irei ali outra vez.
Ela respirou.
—E não te abandonarei para morrer. Levarei minhas chances com você.
Rurik o considerou. Ele não sabia que a conduziu mais seu medo a escuridão e a
cova, ou sua coragem inapropriada. Mas ele não podia acompanhá-la na fossa, e se não
tivesse aquela coragem, não seria a Tasya que amava.
Então ele assentiu.
—Muito bem. Vêem. Vamos.
—Pôs em caminho correndo, escutando como Tasya ofegava atrás dele. Tinha
estudado o terreno, calculando uma rota de escapamento.
Isso era o que seu pai o tinha treinado a fazer.
Girou para o pico ao redor da borda da montanha, então para o pico.
Podia lutar contra os moços e triunfar.
Kassian era outra coisa totalmente diferente. Kassian era experiente, mortal, e já
tinha demonstrado que estava disposto a jogar os jovens a refrega para abrandar as
defesas de Rurik.
Ele era em todos os sentidos um perfeito Varinski.
Bordearam um arvoredo e entraram correndo em um claro repleto de rochas, em
caminho a outra arvoredo.
E escutou os sons que tinha estado esperando.
O bater de asas. O suave ruído surdo das patas de um lobo.
Kassian devia ter restabelecido rapidamente seu domínio.
—Vêm.
A antecipação e o temor encheram a voz da Tasya.
Rurik diminuiu a velocidade a uma caminhada. Não havia nenhuma necessidade
de apressar-se agora.
Pondo Tasya diante dele, disse:
— Recorda, usa sua cabeça. Permanece fora de seu caminho. Quando vir uma
oportunidade, atacarei e você correrá como o inferno. Não pare, e permanece viva,
independentemente do que faça.
—Escuta, tenho que te dizer algo.
Deu a volta para confrontá-lo.
Jogou uma olhada para cima.
—Não há tempo!
Empurrou-a fora do caminho.
Em um brilho de pálidas plumas, Sergei cortou pelo ar, suas garras se
estenderam. Desceu em picada até apoiar-se sobre uma alta rocha, e trocou. Cuidadoso
havia abaixado e riu, um grande, estúpido, perfeito conjunto de músculos e maldade.
Um Ilya sorridente saiu da arvoredo frente a eles. Kassian veio por atrás,
trocando-se da forma de lobo a humano. Suas presas se cortaram, seu focinho se
estreitou, mas ainda a espuma se agarrava aos contornos de seus lábios.
Kassian não estava divertido. Estava furioso.
Sim. Ia ser uma longa e dura luta.
Ilya e Kassian se dirigiram para eles.
Sergei saltou com todas suas forças, agarrando Tasya.
Ela se torceu, bateu com seu cotovelo nas costelas, e o deixou segurando sua
mochila.
Aproveitando o descuido de Sergei, ela aterrissou sobre suas costas, agarrando a
muchila.
—Me dê isso .
Rurik poderia ter matado ele mesmo.
Deveria ter deslocado. Pelo contrário soava como uma colegial a frustrada e agia
como um burro.
É obvio, Sergei respondeu com toda a maturidade da que era capaz. desfez-se
dela na terra. Tomou sua mochila pelos contos inferiores. Dando-a volta de barriga para
baixo.
—Não! Para com isso!
Tasya arremeteu outra vez.
Todo o conteúdo se esparramou no chão. Sua caixa de lentes golpeou contra uma
rocha. O envoltório sobre suas barras de granola brilhou como prata na luz do sol. Sua
roupa dispersada na terra, e sua camiseta de reposto desdobrada. Uma coisa quadrada,
algo que brilhava como o ouro velho, voou pelo ar e com o timbre distintivo de cerâmica
disparada, aterrissou entre as rochas.
O ícone.
Tasya tinha encontrado o ícone.
Capítulo 28
Tasya patinou detendo-se. Um olhar a seu rosto culpado disse a Rurik tudo o que
precisa saber. Não tinha esquecido lhe dizer que tinha encontrado o ícone. Tinha optado
por mantê-lo para si mesmo, para conseguir sua publicidade, publicar seu livro, obter
sua vingança e atrair a “vingança do Varinskis” sobre sua tola cabeça.
Estava furioso. Foi traído. Estava ferido.
E a amava. Tinha-lhe contado seus segredos mais profundos, jogado a si mesmo a
sua mercê, suplicando por sua compreensão.
Amava-a.
Amava-a.
E ela tinha mentido.
Só havia uma coisa por fazer.
-Maldita seja! –Gritou. Agarrando seus ombros.
Empurrou-a contra a rocha.
-Você pequena puta, traiu-me!
Enquanto atirava seu punho para trás, sussurrou:
-Se atire.
Viu em seus olhos a piscada da compreensão.
Lançou um murro.
Permitiu-lhe tocar a face. Saltou e aterrissou a seu lado na terra. Enquanto a
agarrava e a arrastava de novo sobre seus pés, gritou como se tivesse sido assassinada.
-Essa é a maneira. –Ouviu Kassian dizer.
Sim, porco desprezível, você sabe como golpear a uma mulher, não?
-Tragam o ícone. –Gritou a seus primos condenados ao inferno.
Sacudiu Tasya.
Ela se deixou sacudir como uma boneca de trapo, seu pescoço inclinando para
frente e para trás.
Sim, essa era Tasya. Uma verdadeira atriz. Tinha-o enganado. Não tinha tido
nenhuma idéia de que tinha encontrado o ícone.
Algo de sua verdadeira raiva devia haver-se mostrado em seu rosto, porque ela
realmente se estremeceu, e ele viu algo....Pesar? Em seus olhos.
Um pouco tarde para isso.
voltou-se a tempo para ver a estúpida careta no rosto de Sergei, esse avarento
sorriso dele, enquanto se inclinava, e recolhia o ícone. Os olhos de Sergei se abriram
como pratos, aterrorizado, surpreso. Com um grito, jogou o ícone pelo ar. Aterrissou na
grama.
Sergei gritou de novo.
-Que diabos está acontecendo? –Exigiu Rurik.
Como se não soubesse. Nenhum macho Varinski podia segurar o ícone. A Virgem
não permitia ser posuída por um demônio.
-Calem-no. –disse Rurik.
-Que covarde!
-Cala-o você, bola de merda.
Kassian empurrou Sergei. Sergei gritou até que Ilya o golpeou com força no meio
do peito. Então caiu de joelhos e choramingou.
-Assim está melhor.
Agarrou a Tasya pelo cabelo, puxou sua cabeça para trás, e a beijou duro.
Um beijo de despedida. Ao princípio ela lutou. Mas depois se agarrou a seu
pescoço e o beijou.
Quando se tornou para atrás, disse:
-Não corra para me salvar. Não corra para salvar ninguém. se salve.
Talvez em sua mente, ela ainda estava lutando contra o inevitável, mas seu beijo
lhe disse a verdade. Sabia o que tinha que fazer.
-Como se fosse permitir que alguém morra por mim.
Há uma opção aqui. Podemos morrer lutando juntos, ou pode tomar o ícone e
fugir.
-Não fugirei.
-Então morrerá, e o diabo tomara posse do ícone uma vez mais, e o Varinskis
ganhará.
Ela sacudiu sua cabeça. Sacudiu-a e a sacudiu.
-Sim, Tasya.
Devagar ela assentiu.
Ficando entre ela e o Varinskis, disse:
-Faça o que se veja certo.
-Farei.
-Confia em mim.
-Faço.
Olhou-a fixamente.
Seus olhos azuis eram ferozes e ardentes.
-Confio em você.
-Isso não é amor, mas é o suficientemente bom.
Desta vez quando a golpeou, ela estremeceu e gritou soluçando:
-Para! Por favor parem-no!
Ambos fizeram o som de golpear carne contra a carne.
Atrás deles, Sergei ainda gemia e se queixava.
Como se tivesse tido suficiente, Rurik se voltou para os outros.
-Pela merda, recolham o maldito ícone!
Desta vez não olhou, mas voltou a golpear Tasya.
Quando ouviu gritar outro Varinski, sorriu.
Tasya sorriu também, seu rosto vermelha pelo esforço.
Girando sobre seu eixo para enfrentar seus primos, viu o ícone de novo no chão, e
Ilya segurando sua mão, seu pulso em sua outra mão, olhando o dano, gritando, e
olhando de novo. Kassian era o único inteligente no grupo. Ele entendeu o que tinha
acontecido.
-Nós não podemos segurar a maldita coisa. Apontou a Tasya.
-Faz que ela o consiga para nós.
-Finalmente teve uma boa idéia.
Rurik começou a empurrá-la para o ícone.
Ela o deteve com uma mão em seu pulso. Em um tom baixo, disse:
-preciso de sangue em meu rosto, e necessito ematomas.
Ele se congelou. Já que em todas as brigas nas que participou enquanto esteve na
Força Aérea e todas as brigas com seus irmãos, nunca tinha batido em uma mulher em
sua vida. Bater em Tasya seria como bater em sua mãe, ou a Firebird, ou Meadow
Szarvas, ou a sua velha professora, a Srta. Joyce.
-Por favor.–Disse Tasya.
-Vivi em algumas boas casas adotivas, mas também vivi em um par de lares muito
maus também. Fui golpeada antes.
Sua mão se aproximou, mas imediatamente caiu a seu lado. Seus olhos azuis
eram ferozes e tão brilhantes como um carvão ardente.
-Se não o fizer, terei que me golpear contra uma pedra, e realmente me farei mal.
-Bem. Farei-o.
Teve que fortalecer-se. Fechou seus olhos quase todo o caminho. Fingindo que
ela era um de seus irmãos. E o golpe foi bastante duro para partir seu lábio e deixar um
ematoma em sua bochecha.
-Merda isso dói!
Seu punho surgiu para devolver o golpe. Até agora seu primeiro instinto era
defender-se.
-Nada disso.
Agarrando-a pelo braço, propulsou-a para o ícone, e em um tom forte, áspero,
gritou:
-Recolhe-o. Ponha em sua mochila. Você o levará!
Caiu para frente. arrastou-se para o ícone. Com um olhar de miséria, recolheu-o.
Enquanto o fazia, o halo dourado da Virgem brilho ao sol.
Rurik esperava que isto fosse um sinal, um signo de esperança de que seu
sacrifício pudesse não ser em vão.
Ela deixou escorregar o ícone em sua mochila, deslizou-se para frente, recolhendo
sua roupa, sua barra de granola, seu estojo de lentes, ficando abaixo, movendo-se como
uma velha mulher recolhendo suas poucas coisas preciosas. ficou dentro da fila de
Kassian. Ele se aproximou e a chutou nas costelas. Ela caiu rodando colina abaixo, sua
mochila sobre seu estômago, e chocou contra uma rocha.
Kassian era um homem grande, de ombros largos, mau e rápido.
Rurik não se preocupou. Tinha estado ambicionando isto. Fechou a distância
entre eles, agarrou a Kassian pela garganta, olhou totalmente nos olhos avermelhados
do Varinski.
-Não te disse que a chutasse.
-Não está no comando.
O fôlego quente do Kassian cheirava a estrago e enxofre.
-Estou agora!
Rurik lhe deu um murro entre as pernas. Kassian se dobrou, depois golpeou com
a cabeça o estômago de Rurik.
Rurik caiu de costas, subiu sua perna, e, antes de que Kassian pudesse
endireitar-se, chutou-o sob o queixo. Kassian tropeçou para trás.
Sergei e Ilya saltaram imediatamente sobre o Rurik.
Tasya arrastou o fôlego em seus pulmões, tratando de limpar a escura névoa que
nadava diante seus olhos.
Com uma mão na rocha que a tinha detido e outra agarrando sua mochila, ficou
em pé e se manteve parada, ziguezagueando.
Tinha que enfocar-se. Tinha que sair ali.
Eles estavam matando Rurik.
Primeiro Sergei e Ilya caíram sobre ele, e tomou uma palpitação que lhes
respondesse. Rurik havia dito que poderia lutar; viu a prova disso agora enquanto ele
dava patadas e golpes, saltando no ar, movendo-se tão rapidamente que não podia
seguir seus movimentos.
Isto era Crouching Tigre, Hidden Dragon9, mas sem os subtítulos.
Um brilho de metal capto seu olhar. Olhou e ali estava. O arsenal do Varinskis.
Um rifle de longo alcance. Outra pistola semiautomática. Uma escopeta. E todas as
munições.
Descobriu que nada curava tão rápido uma possível costela quebrada como ver
que as armas de fogo do Varinskis estavam desprotegidas ali.
Jogou a pistola e a escopeta de caça no rio. Verificou o rifle para ver se estava
carregado. Estava, e o colocou sob seu braço. Jogou a munição no chão.
Deu um olhar na briga a tempo de ver Kassian entrar nela, e a dinâmica trocou.
Rurik estava arrasando, ainda castigando os homens com seus punhos e seus
pés, mas recebendo mais e mais golpes em seu rosto, seu peito, suas pernas.
Então aconteceu.
9
filme - O Tigre, O Dragão Oculto
Em uma ação tão rápida que não pôde segui-lo, ele trocou. Rurik desapareceu, e
em seu lugar um falcão explodiu no meio do grupo e voou fora dali.
Rurik.
Levantou seu punho em sinal de triunfo. Bom para ele! Viu a labareda quando
seus olhos se enfocaram nela. Lhe tinha dado uma vantagem. Queria que ela a usasse.
Jogando sua mochila em cima de um ombro, correu pela colina para o convento, e
o escapamento.
Esse chute que Kassian lhe tinha dado não o fez fácil; tinha problemas para
respirar. O volumoso rifle pesava, também. Mas não podia deixá-lo já que poderia
necessitá-lo.
Não deixava de olhar sobre seu ombro, desesperada-se por ver a batalha do Rurik.
Uma águia grande branca e negra voou depois do falcão.
Ilya.
Continuou correndo, e olhou de novo.
Os pássaros se encetaram em uma batalha etérea, enquanto atacavam e gritavam.
As asas de Ilya bateram em Rurik, mas Rurik era menor e mais rápido, enquanto
golpeava, rasgando à águia com o bico e garras. O combate era formoso, e mortal.
-Vamos, Rurik. –Murmurou.
-Vamos. Você pode ganhar isto.
Pela primeira vez desde que tinha saído dessa capela para cair em mãos dos
Varinskis, a esperança se elevou em seu coração. Talvez eles dois poderiam sobreviver
este ataque. Possivelmente ele poderia perdoá-la por esconder o ícone para si.
Talvez......Possivelmente ela poderia viver com um Varinski, contando que seu nome
fosse Rurik. Talvez nada disso importava. Talvez tudo o que importava era sobreviver.....
Ela o olhou. Detendo-se. Voltando-se.
Ela estava agora no alto da montanha, olhando para baixo as pedras e bosques
que povoavam o campo. As aves de rapina ainda revoavam e lutavam, mas a águia
estava cansada, falhando.
Ela não podia ver Sergei; ele estava oculto de sua vista.
Mas podia ver Kassian. Estava em pé em uma rocha, sustentando um arco e
flecha.....e estava apontando para Rurik.
Capítulo 29
A flecha voou, não em um movimento lento como nos filmes, e sim tão rápido que
Tasya não teve o tempo para gritar um protesto. Esta apunhalou o falcão no ar,
arrancando o de sua trajetória de vôo, e durante um horroroso segundo, viu a labareda
vermelha em seus olhos. Então o brilho se extinguiu.
O ave caiu em picada para a terra e desapareceu em uma arvoredo.
Ela gritou, pondo toda sua energia, toda sua angústia, toda sua emoção, em um
protesto contra a vida que a tinha conduzido inexoravelmente a este.....Este destino.
Kassian Varinski a ouviu. Deu volta para confrontá-la. Riu, fazendo resplandecer
seus dentes. E pressionou seus lábios em um beijo que prometia a humilhação, a
violação, a morte.
A velha raiva familiar contra o destino a embargou. Começou a avançar para ele.
Mas não. Se se lançasse precipitadamente para salvar Rurik, tudo...O ícone, a
família de Rurik, a humanidade em si mesma....Estaria perdida.
E não podia salvá-lo. Tinha visto sua vida desaparecer em uma piscada.
Sabia agora. Tinha sido um idiota perseguindo o sonho incorreto. O amargo
sonho. A vingança de sua própria família, inclusive se era possível, seria uma vitória
incompleta.
Mas podia salvar os Wilder. Eram a família Rurik, as pessoas que havia o trazido
para o mundo, quão únicos o formaram, formaram o homem que tinha dado sua vida
por ela e pelo ícone.
Seu sacrifício não seria em vão.
Podia seguir as instruções de Rurik. Não importava quão duro fosse o caminho,
levaria o ícone a Washington.
E embora sabia que não podia matar um Varinski, se podia fazê-lo machucar.
Machucaria-os muito!.
Sem remorso ou compaixão, levantou o rifle a seu ombro. Kassian deu uma
olhada em sua mão firme, e foi para o lugar onde Rurik tinha aterrissado.
Ela disparou e falhou.
Ele desapareceu da vista.
—Você, covarde! Covarde de filho de puta!
Queria matá-lo. Era tão ruim que queria matá-lo....
A águia deu um grito de triunfo, pregando suas asas se lançou em picada....
Sua fúria quente desapareceu na quebra de onda de frio ódio. Desta vez, apontou
com serenidade, e disparou.
A bala golpeou à águia diretamente no peito.
O pássaro explodiu em uma rajada de plumas brancas e negras, e desceu em
queda livre.
Toma isso, pedaço de merda.
Embora tivesse gostado de saborear o triunfo, tinha só pouco tempo para escapar.
Rurik tinha razão. Tinha só uma rota possível.
Retornou correndo da mesma forma que tinha chegado, e olhou os restos da
árvore, negra e desmoronada, que marcava a entrada da cova.
E ali estava.
Baixou a mochila e o rifle através da pequena greta na terra. Depois se meteu ela
mesma, deixando-se deslizar até que seus pés penduraram.
Sua missão era clara em sua mente. Escapar pelo túnel. Entregar o ícone para
salvá-lo.
Tudo que tnhia que fazer era ir-se.
Ir-se e desaparecer na interminável escuridão onde ninguém vive, nem sequer um
sopro de ar…....
Mas a final, o que importavam seus velhos medos?
Quão pior poderia ter acontecido já tinha acontecido. Rurik estava morto. Tinha
que ir.
Assim o fez.
Aterrissou no chão de terra suave, respirando o fresco e úmido ar. Um raio de sol
de acima tocou sua cabeça. A boca de túnel estava longe, deixando-a em uma escuridão
tão negra que fazia doer os olhos. Ao final, sabia, estaria segura, outro país....Uma vida
diferente.
Estava pronta para renascer uma vez mais por este túnel. Agora terei que passar o
doloroso processo, uma vez mais.
Mas desta vez, ela não era uma menina. Esta era sua escolha.
Tomando sua mochila, procurou e encontrou sua lanterna.
O estojo de plástico estava quebrado.
É obvio. Nesta viagem, não poderia ter luz.
Apoiou os dedos na parede de rocha e começou a avançar.
Se só não estivesse sozinha.....
Estrangulou o pensamento antes de que pudesse abrir-se caminho em sua mente.
Não podia pensar em Rurik, na chama de sua vida apagando-se em uma piscada.
Podia concentrasse em sair. Realmente tinha feito mal a um Varinski, mas os
outros dois estavam vivos. Caçariam-na agora mesmo? Acreditava que não. Tinham um
irmão pelo que preocupar-se, e o corpo de Rurik para......Para......
Não importava o que fizessem ao corpo de Rurik. O que importava era escapar.
Assim se apressou na noite interminável. A luz da boca da cova pouco a pouco foi
reduzindo, como sabia que o faria, e cada passo se transformou em um passo para o
desconhecido. Não, não o desconhecido. Ao passado.
Tinha sido jovem, tão jovem, e furiosa por ter sido arrastada longe de sua mãe.
Tinha chutado a sua Babá, tentnado escapar, para voltar e ajudar a apagar o fogo, e
fazer que a mulher deixasse de gritar. Mas a senhorita Landau a tinha empurado para
frente. Foi a imperturbabilidade da boa senhorita Landau o que pôs fim ao escândalo e
havia finalmente capturado a atenção de Tasya; a senhorita Landau sempre insistia que
se devia manter o comportamento apropriado custasse o que custasse sem importar as
circunstâncias, e Tasya não se comportava corretamente.
Uma vez que Tasya deixou de lançar sua raiva e começou a prestar atenção, notou
a escuridão. Notou outras coisas, também...O cheiro de terra, a lenta, errática destilação
da água, o tato da pedra sob seus dedos. Notou que a imperturbável senhorita Landau
tremia ligeiramente.
Mas foi a escuridão o que a tinha afligido. Tasya e sua Babá estavam
caminhando....Tasya estava pondo um pé diante do outro....Por isso sabia que se
moviam. Mas isto tinha parecido falso.
Como qualquer menina, como qualquer pessoa, a jovem Tasya tinha medido seu
progresso pelo que podia ver, sentir e cheirar, e aqui, nada mudava,nada mudava por
milhas....Por milênios. Agora Tasya era mais alta. Seus passos eram mais longos. A vida
a tinha transformado de menina imperiosa em alguém que acreditou que poderia
arrumar tudo com sua câmara, sua história, e, se fosse necessário, seus punhos.
Enquanto se movia pelo túnel, mantendo uma velocidade estável, perguntou se
quem seria quando escapasse desta vez.
Caminhou durante horas, parando unicamente para acender a luz de seu relógio e
olhar a hora. Duas horas. Quatro horas. Oito horas.
Às vezes se sentia um sopro de ar quando outra cova dava ao túnel principal. A
maioria das vezes, era só fresco e puro, mas uma vez pareceu maligno, e por só um
instante o véu do tempo se levantou, e, em sua mente, viu um homem, carregado de
ouro. Ele se afundou sob seu peso, e morreu ali na câmara próxima.
Não correu, mas queria, longe da caveira de olhos vazios que a olhavam com
diversão.
Estava ficnaod louca?
Seus pés machucados. Seus olhos doloridos. Quis gritar de solidão, pelos
pensamentos que deram voltas em seu cérebro como o falcão mesmo que tinha perdido a
todos os que alguma vez tinha amado, e agora tinha perdido outra vez. Enfrentava uma
eternidade sombria com a solidão, e talvez, somente talvez....Uma eternidade de
escuridão, por ali não estava a saída desta cova.
Isso fez com que parasse.
Sim. Havia mais passagens que estas, e se perdia, poderia vagar, perdida, até que
morresse.
Tomando sua mochila, enrolou o braço através de uma correia. Pondo suas costas
contra o muro, deslizou-se para baixo e se sentou. Tinha caminhado tanto tempo, tão
rápido, tão duro, sem comida nem água, que estava começando a ter alucinações. Não
tinha nenhuma razão, nenhuma, para imaginar uma morte nestas covas, ou o desespero
de escapar quando tudo ia perfeitamente. Tinha cornija de rocha, estreita e
reconfortante, para guiá-la, e o conhecimento de que tinha passado por aqui antes.
Não importava quanto tempo tomasse, poderia escapar das covas e as sombras, e
uma vez que estivesse de volta no mundo real, ninguém sabia melhor que Tasya
Hunnicutt como passar de um país a outro sem ser notado.
Bom, talvez Rurik sabia melhor.
Uma lágrima escorregou por sua fresca bochecha.
Limpou-a.
Não havia tempo para isso.
Tirando seu cantil, tomou um comprido gole, depois encontrou suas barras de
granola e comeu uma das pobres coisas esmiuçadas.
Esta cova era simplesmente uma cova, e parte do verdadeiro mundo. Ela não era
Luke Skywalker, enviada a um lugar fora do tempo onde as alucinações provavam sua
força e suas crenças. Por volta de vinte e cinco anos, ela tinha atravessado esta cova e
não tinha sofrido nenhum dano, não tinha revelações, não tinha aprendido nada mas
sua velha vida tinha terminado e uma nova vida tinha começado.
Agora era melhor que antes. Fazia vinte e cinco anos, a senhorita Landau a tinha
metido pressa em todo o caminho, e quando Tasya de quatro anos não podia andar
mais, a senhorita Landau a tinha carregado. Então quando elas por fim se aproximaram
da abertura no outro extremo, a senhorita Landau tinha estado nervosa. Inclusive a
menina Tasya tinha compreendido que a senhorita Landau temia o que encontraria.
Hoje, Tasya também temeu.
Depois de mais de oito horas de caminho, sabia que a perseguição era improvavel,
e se os Varinskis não tinham descoberto a saída para a cova a primeira vez, certamente
não poderiam desta vez.
Assim agora precisava manter a cabeça limpa, permanecer alimentada,
permanecer hidratada, e seguir movendo-se.
Sacudiu os restos da barra de granola do pacote e sua boca, tomou outro bom
gole de água, em pé, e desempoeirou o traseiro de suas calças.
Quanto tempo mais?
Não sabia. Um dia? Dois? A menina Tasya não tinha tido conceito de tempo, mas
sim tinha parecido como se a prova final nunca terminasse. Mas se tinha terminado, e
poderia uma vez mais.
Andou até que encontrou a cornija, ainda no nível da cintura, e começou a
avançar. Escutou um chorrito de água, depois uma ondulação, e compreendeu de que
estava caminhando junto a um arroio. O ar fresco cresceu, como se em algum lugar
perto houvesse uma entrada ao ar livre. Seu coração se elevou e pela primeira vez,
tropeçou com uma pedra no caminho. Caiu para frente, suas mãos estendidas para
deter sua queda. raspou-se a palma de sua mão e bateu o em sua testa ao cair das
rochas, e quando gritou, o som ecoou acima e fora.
Ccongelou-, e escutou. Em algum lugar perto, a água estava gotejando. Muito por
cima de sua cabeça, ouviu um fraco chiado: morcegos. sentia a umidade aqui.
De algum jeito, ela tinha chegado a uma enorme caverna, e talvez a um lago ou
um arroio.
Não recordava este lugar, não o recordava absolutamente.
Cautelosamente se arrastou para trás e ficou em pé. Procurou atenta a parede que
a tinha guiado aqui.
Encontrou a cornija e com cuidado avançou pouco a pouco, deslizando-se ao
redor das rochas que bloqueavam o caminho e sem advertência, a parede desapareceu.
Tomou uma respiração rápida e aterrorizada que ecoou através da caverna,
fazendo-se mais forte ao expandir-se para encher o espaço morto.
Recuou, encontrou a parede outra vez, e o suporte, e avançou uma vez mais.
O muro caiu imediatamente por debaixo de seu toque.
Algum dia em recente passado, um afundamento tinha feito que a parede caisse,
e, com isso, o suporte que a conduziria a segurança.
Não podia acreditar. Isto não era possível. Tinha andado milhas clandestinamente
se ela calculava três milhas por hora para um meio, e um mínimo de oito horas, tinha
andado vinte e quatro milhas sob a maldita montanha procurando sua liberdade para
terminar aqui? Permanecer com sua mão estendida em nada? Não era possível!
Não podia retornar. Os Varinskis poderiam não estar perseguindo-a na cova, mas
ela apostaria que não lhe permitiriam voltar alegremente e cruzar através da
Ruyshvania.
Não podia seguir adiante porque....Porque não tinha como saber para onde ir.
jogou os braços para frente, agitando-os, tentando encontrar a orientação que
necessitava e o cascalho sob seus pés escorregou.
Caiu. Por um instante se manteve em pé, arrastando-se para baixo como se
estivesse de esquis.
Depois o terreno desapareceu completamente, e caiu na escuridão.
Capítulo 30
A cabeça da Tasya doía. Sua face estava gelada. Mas não sabia onde estava, e
quando abriu seus olhos, sua desorientação aumentou.
Tinha quatro anos?
Tinha sido sua vida inteira uma ilusão?
Tinha morrido e encontrado na vida depois da morte uma enorme escura caverna?
Sentia-se como uma idiota.
O caminho através da escuridão.
A parede que desaparecia. A caverna. A queda. Recordou agora, mas recordar não
era agradável. Estava como boca de lobo. Não sabia onde estava. Não sabia para onde ir.
Estava apanhada ali, na montanha sob seu país, e morreria ali.
Poderia desaparecer ali, e o ícone que ajudaria a destruir o trato com o diabo,
vingar a seus pais, ajudar que o espírito do Rurik descansasse em paz, desapareceria,
também, e nunca serí encontrado.
O diabo tinha ganhado.
Ela tinha falhado.
Pela primeira vez desde que tinha quatro anos, Tasya baixou sua cabeça a seus
joelhos e chorou.
Chorou por seus pais. Chorou por sua infância perdida. Chorou por todos os
momentos de dor e desumanidade que tinha documentado com sua câmara. Chorou
pela morte das esperanças de Rurik.
Sobre tudo, chorou pelo Rurik.
Tinha morrido lutando por ela.
Ele poderia ter roubado o ícone e escapado. Poderia havê-lo mantido a salvo e
levá-lo com sua família, e eles poderiam havê-lo protegido enquanto esperavam que a
seguinte parte do quebra-cabeças do destino caísse no lugar.
Mas não. Rurik tinha acreditado que ela era uma parte incorporada do plano, e
tinha recusado abandoná-la.
Embora não mudava o fato de que ela o amava. Pela primeira vez desde que tinha
quatro anos, atreveu-se a amar.
Embora tivesse sido um idiota. Que bem lhe tinha feito proteger seu coração, suas
palavras e seu amor? Rurik estava morto, e nunca poderia saber se ela faria algo por ele,
levar o ícone a seus pais, sacrificar sua oportunidade de vingança, porque o amava.
Levantando a cabeça para o céu invisível, disse,
-Deus, durante anos, não rezei. Não acredito em você. Como poderia? Não vi
nenhuma prova de sua existência. Mas agora vi a prova de que o diabo existe. Assim
deve existir, também, e agora te rogo. ... Rurik Wilder está morto. Ele foi parte de um
pacto com o diabo, mas ele não assinou o pacto, e é....Era um bom homem. Se for tudo o
que é bom, então por favor, eu peço a você, toma-o e leva-o com você. Deixa-o
vir.....Para casa.
Não podia falar mais. A dor e a angústia romperam seu coração. Rendeu-se como
uma pequena bola. Os soluços a sacudiram, doía-lhe a cabeça, e lhe rasgavam os
pulmões. ecoou se através da câmara, através das gretas nas rochas.....E até o céu.
Não sabia quanto tempo tinha chorado. Durante uma hora ou mais. Mas quando
finalmente levantou a cabeça, sentiu-se melhor....Leve, mais confiante.
Quando todos os dias de sua vida se consumaram, e vagasse nas terras dos
mortos, veria Rurik outra vez. E na escuridão e a umidade da caverna, fez um voto...A
primeira coisa que lhe diria era que o amava.
Por agora, não importava como de desesperada estivesse, tinha que tentar
encontrar a saída deste labirinto de covas. Tinha que devolver o ícone a família Rurik, ou
morrer tentando.
Mas...Que estranho!....Parecia como se houvesse uma luz na distância. Não uma
verdadeira luz, não era a luz do sol ou uma lanterna, mas este brilho...
Esfregou seus olhos, tentando limpá-los, mas o brilho estava ali ainda. Dois
brilhos, em realidade.
Olhou ao redor, perguntando-se se o sol de algum modo penetrou ali. Mas não,
tinha que ser de noite. Então a lua? Ou talvez um peixe fosforescente no lago ou alguma
estalactite que brilhava na escuridão? riu um pouco.
Talvez havia ficado, porque se olhava parecia que duas pessoas estivessem em pé
no lago......E havia um lago. Enchia a caverna, com nenhum caminho a seu redor.
Mas as pessoas, se tratava de um homem e uma mulher, que faziam gestos para
que subisse pelo caminho pelo que vinha.
Tasya soltou um soluço. Levantou, seu olhar fixo naquelas pessoas. Quem eram
eles? Eram pessoas? Ou eram inventos de sua imaginação?
Tasya estava sonhando? Inconsciente? por que havia um homem e uma mulher
com ela no metrô?
Agarrou sua mochila e reatou seu caminho através da rocha de volta a parede
onde tinha começado. Podia ver todo o caminho; já que a fraca luz branca banhada
tudo.
Era estranho ver o que tinha sido oculto antes. O desprendimento tinha sido
enorme; uma seção inteira de parede e teto caiu, demolindo o que tinha sido um
caminho liso pelas montanhas, presa do rio, e construindo o lago.
Quando chegou ao topo, pôde ver atrás o caminho pelo que tinha vindo, Com o
passar do atalho, e para frente, onde uma fina franja do caminho de pedra ainda se
pegava a parede, uma tira realmente fina de pedra. Tão estreita que se se movia pouco a
pouco, seguindo a convocação daqueles forasteiros luminosos, havia uma possibilidade
bastante boa que se deslizasse e caísse, e desta vez não sobreviveria.
Mas as pessoas a esperaram, e de algum modo, ela sabia que tinha que as seguir.
Certo se ela não o parasse, estaria perdida para sempre. Mas se o fazia... Quem eram
eles? Aonde a conduziriam?
Viam-se tão familiares.
Como poderiam parecer familiares?
Com seu olhar fixo neles, ficou contra a parede e andou de lado ao longo do
suporte. Manteve seu olhar fixo sobre os estranhos, manteve seu olhar fixo sobre os
estranhos, manteve seu olhar fixo....Deu uma olhada para baixo.
E se congelou.
Seus dedos do pé penduravam sobre a borda e a rocha caiu diretamente no lago.
Isso estava milhas abaixo, e as rochas se sobressaíam como denta. Se caísse.....
Um sussurro magro de som veio ao redor de sua cabeça.
-Vêem, carinho. Vêem.
Esta era a voz de sua mãe.
Esta era a voz de sua mãe.
Com os olhos amplos e brilhantes, Tasya seguiu a fina rocha ao redor da borda do
lago. A qual se manteve firme sob seus pés.
Sua mãe. Seus pais. Tinha rezado, e seus pais tinham vindo por ela. Ou para
ajudá-la a escapar das covas. Não sabia. Não se preocupou. Pela primeira vez em vinte e
cinco anos, poderia ver o rosto de sua mãe, os brilhantes olhos azuis, tão parecidos com
os seus. Poderia ver o rosto de seu pai, a mandíbula decidida, quão mesma via no
espelho cada manhã.
Isto era o melhor momento de sua vida.
Este era o momento em que compreendeu quanto tinha perdido. E quanto tinha.
-Mama –Sussurrou quando se moveu pouco a pouco adiante-Você está estranha.
Sua mãe sorriu.
-Sei.
Tasya não podia escutá-la. Não na realidade. As palavras eram como um sopro em
sua mente.
-Papai...
-Eu sei.
A extensão se alargou. Moveu-se com mais confiança.
-Ele está ai com vocês?
Não lhe responderam.
Moveu-se mais rápido, tentando vê-los mais claramente.
-Por favor. Rurik. Amei-o. Posso vê-lo?
Seus pais se afastaram quando se aproximava. O calor de seu amor a rodeou,
conduzindo-a para frente. Eles riram, alegrando-se com ela.
O suporte ficou mais amplo, transformou-se em um caminho, e Tasya se apressou
cada vez mais, até que esteve correndo atrás deles.
Mas não falavam.
-OH, por favor. OH, por favor....
O brilho ficava mais brilhante, mais forte.
-Se eu pudesse vê-lo uma vez mas.....
Rodeou um canto e o sol da manhã a golpeou totalmente nos olhos.
Jogou suas mãos sobre de sobre seus olhos, e olhou para trás.
-Mamãe?
Mas eles se foram, desaparecidos na luz do dia. Tinham-na conduzido...A sua
liberdade. Para viver.
Agora ela estava sozinha outra vez.
O sentido de perda a sacudiu como um golpe.
Mas não podia vacilar. Não podia derrubar-se.
Tinha sido enviada aquela cova para aprender uma lição, e tinha aprendido.
Poderia ir adiante e faria o que tinha que fazer.
Se seus pais estavam perto, então tinha fé em que veria algum dia outra vez A
Rurik.
Algum dia, eles estariam juntos outra vez.
Capítulo 31
Capítulo 32
Zorana escutou a música soar sobre sua cabeça. Procurando sob os cobertores,
tocou carinhosamente o peito de Konstantine.
-Tasya acaba de sair pela janela.
Konstantine grunhiu e apanhando sua mão, segurou-a.
-Não ouvi nada. Agora, tranqüila, mulher. Estou tentando descansar.
Tasya correu pela grama, Com o passar do atalho arborizado, até o celeiro.
Pressionou sua mão sobre a porta. Com um rangido, esta se abriu. O celeiro
cheirava a palha limpa, a couro, a um cavalo muito querido. A luz da lua fluía através
das janelas abertas, e Rurik estava em pé junto ao compartimento.
A égua tinha posado a cabeça adoravelmente sobre seu ombro enquanto
acariciava seu nariz.
Não havia mulher no mundo que pudesse resistir.
Sorriu para Tasya.
Outra vez isto a golpeou.....Ele estava vivo.
-Devo ter feito algo realmente bom em uma antiga vida para te merecer.
Sua voz era rouca por lágrimas não derramadas, e tragou para as conter.
Que menina.
-Fez algo realmente bom nesta vida.
Acariciou o cavalo uma última vez, cuidadosamente, e cruzou a pernadas a
distância que o separava de Tasya, seu passo comprido e fácil.
-Sou o que nunca desafiou a sonhar que te veria outra vez.
Quis jogar-se sobre ele como tinha feito essa tarde, mas depois daquela primeira
reação instintiva, recordou... A luta com o Varinskis, o modo em que a luz em seus olhos
se extinguia. Tinha pensado que o tinham matado. Ao menos, que tinha sido
horrivelmente ferido, e pensou que nem sequer sua prodigiosa capacidade de cura podia
com uma flecha atravessando seu peito sem sofrer conseqüências.
-Está realmente vivo, ou este é outro sonho?
-Ela estendeu a mão, sua mão pálida à luz da lua. Ele parou diante ela, e ela
pressionou sua palma sobre seu coração. Este golpeava forte, tranqüilizando-a.
-Como fez para sobreviver? –sussurrou.
Ele capturou seus dedos.
-Vêem. Contarei-te.
Conduziu-a a escada de mão.
ficou em marcha
-Sua irmã disse que vocês usavam este celeiro para fazê-lo.
-Certo. Os outros caras. Mas não eu. Eu sou virgem.
Ela fez uma pausa e o olhou de acima a abaixo.
-Mentiroso.
-Virgem.
Elevou a vista, fazendo-a terrivelmente consciente de que o pijama leve de algodão
se apertava enquanto ela subia, maravilhosamente consciente de que ele a olhava e a
desejava.
Avançou lentamente para o feno esparso pelo piso, olhou para a armadilha, e o
olhou segui-la para cima.
-Terei que ver que posso fazer sobre isso.
-Desejo que o faça.
A luz da lua brilhava através da janela em um quadro que iluminava cada palha e
convertia em audazes sombras as vigas, as balas, a forca. Fazia calor ali, o calor do sol
de agosto que persistia sob o beiral.
Não tinha vindo pronta para a sedução. Seu cabelo ainda estava coberto de
branco nas pontas e encaracolado desordenadamente. Seus braços estavam nus; uma
explosão de estrelas decorava o tecido sobre seu seio e suas coxas. O cordão sobre suas
calças estava atado, e o cinturão descansando desço em seus quadris.
-É a coisa mais formosa que jamais vi.
Indo ao lugar em que a palha formava um ninho, ele se estirou e colocou seus
braços atrás de sua cabeça. Ele era a vida, o convite para o pecado.
Todas as vezes que eles tinham estado juntos, seduziram-se, encontrado, atacado,
e desejado com luxúria.
Esta noite era diferente. Esta noite ela poderia aprender.
Ajoelhou-se a seu lado, a palha limpa corredor sob seus joelhos. Desabotoando
sua camisa, abriu-a de par em par e riscou os contornos de seu peito. Encontrou a pele
destroçada onde a flecha tinha entrado, justo debaixo de seu ombro esquerdo. Mas
havia outra ferida sobre seu ombro, maior, feia, onde a pele não cobria o músculo e as
bordas da ferida brilhavam vermelhos.
-Rurik.
Examinou seu rosto.
Ele a olhou.
-Acabou agora.
O que queria dizer que ele tinha sofrido mais que qualquer homem comum podia
suportar. Desabotoou seu cinturão, tirou suas calças, descobriu que em sua coxa direita
faltava um pedaço de carne, um pedaço de osso por uma punhalada em seu quadril. Ela
beijou cada ferida, seus lábios se atrasavam, e aspirava seu aroma, deleitava-se em sua
vida, angustiada por sua dor. Ele deslizou sua mão ao redor de seu pescoço, atraiu-a
para ele e a beijou.
-Está bem. Esta viva. Estou vivo. Isso é tudo o que conta.
-Não, não é tudo o que conta. Aqueles bastardos quase o mataram. Pensei que o
tinham feito. E espero que se queimem no inferno.
-Penso que pode estar segura disso.
Beijou-a outra vez.
-Matou todos?
-Sim.
Examinou seus olhos. Alisou o cabelo de sua frente.
-Rurik–Sussurrou.
-Me diga...
Suspirou, e inclinou sua cabeça para trás.
-Só se posso te abraçar. Tenho que te sustentar enquanto eu... Enquanto
recordo....
Estendendo-se a seu lado, envolveu seus braços ao redor de sua cintura e pôs sua
cabeça contra seu peito.
-Está o suficientemente quente? Estou te machucando?
Esmagou-a contra ele.
-Isto é o melhor que me aconteceu em três semanas.
-A escutou respirar, e inclusive agora não podia acreditar que ele estivesse aqui.
-Você é um milagre.
-Não eu. Há outros milagres neste mundo.....E tantos horrores. sobrevivi alguns
de ambos.
-Eu te vi. Lutava com o Ilya no ar.
-Despedacei-o com minhas garras. Eu estava chutando seu rabo....
-Vi. Tinha-o sobre as cordas, e depois.....
-Kassian me jogou uma flecha.
Rurik tocou o ponto onde a flecha o tinha perfurado.
-Os Varinskis são uns maus perdedores.
Tasya tragou o nó de ansiedade que se formou em sua garganta.
-Também vi isso. Pensei que o tinham assassinado.
-Bastante perto. Realmente perto.
Meigamente, ele deslizou sua mão através de seu braço nu lhe transmitindo com o
toque calor e vida.
-Sabia que estava preparado para isso. A ferida era muito maciça para o pequeno
corpo do falcão.....
-Espera um minuto.
Tasya meio que se incorporou.
-Diz que a flecha te mataria como um falcão, mas não como um humano?
-Não exatamente.
Ele lutou para explicar os pontos sutis.
-Eu não sabia se podia sobreviver como um humano, posto que a flecha me
atravessou o pulmão...Mas tinha uma melhor possibilidade em minha forma humana.
Infelizmente, estava muito alto, e não posso voar como humano. Estava muito
machucado, e com a flecha em mim, muito desequilibrado para voar, de qualquer modo,
e fui de cabeça para a terra tomando o caminho muito rápido. Agarrei um vislumbre de
você.
Tomou sua mão, e ele beijou seus dedos.
-Vi você dar voltas e desaparecer.
-Lamentei fugir. Odiei tanto-Aproximou-se mais a ele.
-Pensa que não sei? Também sabia que se alguém poderia trazer o ícone até aqui,
essa seria você.
Inclinou sua cabeça e examinou seus olhos.
-Só você, Tasya. Só você.
-Pelo da profecia?
-Não. Porque não importa quão em contra estejam as probabilidades, não
desistirá.
Meio sorriu diante a fé que declarava nela.
-Quis te dar o tempo para escapar. Calculei que não tinha muita escolha—morrer
pela ferida, ou me arriscar e voar até o último minuto, depois trocar para a forma
humana, com a esperança de não quebrar o pescoço.
A mão de Rurik esmagou o tecido de seu Top.
-Não quebrei meu pescoço.
Sabia o que isso queria dizer.
-O que quebrou?
-Rachei umas costelas, fiz algo realmente mau na articulação de meu ombro.
Rurik encolheu os ombros em uma forma que parecia mais uma forma de provar a
articulação que uma expressão de despreocupação.
-Mas com o que aconteceu depois, não me importou.
Ela passou sua mão sobre a dele, tranqüilizando-o, e oferecendo comodidade.
Mas tinha começado a compreender que ele não tinha tempo para a compaixão.
Rurik e sua família estavam implicados em uma luta de morte....E mais à frente.
E Rurik... Rurik só queria ganhar. Queria justiça.
Continuou.
-Enquanto Kassian e Sergei me atropelavam, arranquei a flecha de um puxão e a
cravei diretamente a garganta de Sergei.
-Bom–disse Tasya.
-Moça sanguinária.
Rurik pressionou um beijo sobre sua testa.
-Mas aquela flecha realmente enfureceu Kassian, e recolheu sua fortificação—meu
pai disse que aqueles tipos usam tudo como uma arma, e tem razão—E cravou de
repente o extremo bicudo em meu ombro. Cravou-me no chão.
-Tasya recuou, apertou seus punhos em seus olhos, tentnado se fechar para a
visão.
Elevei a vista, e Ilya mergulhava, garras para fora, diretamente para meus
olhos...Quando voou em uma explosão de plumas em branco e negro.
-Tasya levou suas mãos a seu rosto-Usei seu rifle e lhe dei um tiro.
-Essa é minha garota!
Rurik riu em silêncio, e ela ouviu o som profundamente em seu peito. Pensei que
isso devia ter sido o que aconteceu.
-Sabia que não podia matá-lo, mas não me importou. Esperava poder machucá-lo
muito. A pequena doninha piolhenta…..
-Águia, carinho.
Acariciou-a sob o Top, encontrando pele suave ao longo de sua cintura.
-Não uma doninha, uma águia.
-Eu reconheço uma doninha quando a vejo. –Disse Tasya.
-Bem.–concedeu-Uma doninha.
-continua.
Sua mão escorregou debaixo do cinturão de suas calças.
Ela capturou seu pulso.
-Não pense nisto. Segue com a história.
Ele gemeu.
-Podemos falar mais tarde.
Ela olhou seu corpo, e viu por que ele tinha perdido interesse em contar sua
história. E enquanto suas mãos deslizavam ligeiramente ao longo da pele de suas
nádegas, ela reconheceu uma diminuição diferente de sua curiosidade.
Mas ele tinha deixado muitas perguntas sem responder, e a lenta ascensão da
paixão poderia ser contido por um pouquinho mais.
Queria saber, e tinha coisas que dizer.
-Caiu sobre você?
Rurik suspirou, mas suavemente, contendo-se... Por agora... De tocá-la.
-Perdi-o de vista, o que era uma boa coisa, porque para então estava meio morto.
Poderia ter me asfixiado debaixo ele e não ser capaz de afastá-lo. Aquele asno do Kassian
ficou da cor do borscht10 inclinou-se para mim, agarrou-me pela garganta, e disse:
-Vou terminar com você. Depois vou perseguir a mulher e fazê-la sofrer-Rurik
sorriu, mas esta não era uma risada agradável. Aquela risada fez Tasya alegrar-se de
não ser Kassian.
-Recorda esse truque do que te falei, sobre que era o único que podia trocar só
uma parte de meu corpo?
-Sim?
Não estava segura de querer ouvir isto.
-Troquei minhas mãos a garras e cortei sua garganta abrindo a de par em par.
Rurik gesticulou extensamente com seu braço livre.
-Então tirei seus olhos.Depois....Tasya?
Tasya compreendeu que sua cabeça zumbia e sua visão se escurecia. Não era que
ela fosse delicada. É que a imagem mental de Rurik fixado na terra, ainda lutando por
sua vida...E a sua.
-Você o matou. –Disse ela.
-Sim. Matei-o.
Incorporou-se, inclinando-se sobre ela, seu corpo em atitude de amparo, seu rosto
sombreada no mistério.
-Todo o tempo enquanto lutava, tudo o que queria era escapar para chegar a você.
Não chore por mim. Não é culpada por escapar. Fez o correto. Trouxe o ícone aqui, e
nunca esquecerei... Que confiou em mim.
-Realmente confiei em você. Realmente confio em você. Sinto o do ícone.
Esfregou as palmas por suas bochechas.
-Deveria te haver dito que o tinha.
-Enquanto me recuperava, tive muito tempo para pensar.
Apoiou sua testa na sua.
-Encontrou-o na capela, não é?
-Quando entrou pela primeira vez, eu sustentava a mão da Irmã María Helvig. Ela
estava ainda quente....
10
Tipo de sopa da Europa oriental feita A apóie de beterraba, couve, batatas ou outros vegetais que se pode servir quente
ou geada, Freqüentemente acompanhada de nata azeda.
A emoção na Tasya tinha lutado com sua tristeza, e por sobre tudo, ela se
alegrava pela monja. alegrava-se de que tivesse podido estar com suas irmãs.
-O que podia dizer?
Parecia energicamente prático, pondo as lembranças no passado.
-A monja está morta, mas olhe! Encontrei o ícone.
-Verdade. Mas simplesmente não pensei em te dizer sobre o ícone. Então a
enterramos, depois os Varinskis apareceram, e depois......
-Então já não gostava mais de mim.
Aproximou-se e aspirou o aroma de seu cabelo.
-Não, mas ainda te amava, e isso me fez zangar ainda mais.
-Amava-me.
Seu cálida e profunda voz ficou sobre as palavras.
-Diga-me isso outra vez.
-Amo você
Beijou-a, seu fôlego misturando-se com o seu, sua língua explorando, seu calor
pressionado contra ela. Cada movimento era calor, vida e coração, e quando ele deslizou
sua mão sob sua camisa, sobre seu ventre, para cavar-se contra seu seio, quis morrer
da doçura...E viver o resto de sua vida em seus braços. Pôs suas mãos sobre seus
ombros.
-Vai contar me o resto da história?
Ele desenredou o cordão em sua cintura.
-Amanhã. Contarei isso amanhã.
Capítulo 33
Com grande cerimônia, Zoran colocou a imensa carne de porco assada coberta
com romeiro e molho de mostarda, sobre a mesa da cozinha Wilder, depois se distanciou
e riu enquanto seus meninos e seu marido a aplaudiam e elogiavam.
Tasya participou: um ativo que seus anos como menina adotiva lhe tinham dado
essa habilidade de observar as tradições de uma família, aprender deles rapidamente, e
harmonizar sem nenhum problema.
Às vezes isto era um assunto de ser da multidão.
Às vezes isto era um assunto de permanecer sob o radar.
Os Wilder, era tudo que fez porque por fim aqui estava em casa.
Esta família a tinha tomado em seu seio sem reservas; tal como Rurik prometeu,
Konstantine e Zorana lhe abriram sua casa, não só porque ela havia lhes trazido o ícone,
e sim porque tinha amado a seu filho. Durante aqueles dias escuros quando tinham
pensado que ele estava morto, seus pais tinham falado sobre ele, perguntaram-lhe sobre
seus dias passados, mostraram-lhe seu livro de bebê, chorando com ela.
Agora que havia retornado, eles não o reclamaram como próprio. Pelo contrário,
renderam-lhe comemoração com o lugar de honra em sua mesa da cozinha.
Rurik estava sentado sobre o banco ao lado dela, vestido com jeans, uma solta
camiseta negra, e um velho par de sapatilhas de esporte, assegurando-se de que ela
tinha tudo o que quis sobre seu prato antes de procurar seu próprio jantar de bem-vinda
a casa.
Firebird tinha tomado a noite livre de seu trabalho na escola de arte Szarvaz.
Sentada ao lado de Rurik, sua pele irradiava com um brilho especial que só possuem as
mulheres grávidas.
Jasha e sua noiva, Ann, tinham vindo desde a Napa para a reunião. Sentaram-se
a mesa de Rurik, abriram mais garrafas de vinho Wilder e mantiveram as taças cheias.
–Muito bem, mamãe, a comida está sobre a mesa. Agora Rurik pode nos dizer o
que aconteceu? –Jasha olhava tão impaciente e aborrecido, já que só o filho mais velho
observou quão privados de ver a informação que considera como seu privilégio.
Zorana olhou a seu filho.
–Rurik deve ter carne. Ainda esta fraco.
–Fraco do que? A que provas o submeteram? –Jasha fez gestos a seu irmão.
- Não escutei ainda a história.
–Tão fraco –Sussurrou dramaticamente Rurik.
Sua mãe acariciou seu ombro e lhe deu o corte de final dessa carne de porco.
–Você é uma parte do trabalho –Jasha pareceu ofendido, mas seu garfo foi sobre
seu prato cheio, e nunca reduziu a marcha.
–A espera põe Jasha irritável –Ann confiou a Tasya– Se isto aumentar, todos os
ícones seriam encontrados, o pacto seria quebrado, e nós poderíamos voltar para
negócio da criação de uvas e vinhos.
–E você e eu teríamos tempo para uma lua de mel –Disse Jasha.
–Não estive de acordo em me casar com você, ainda –Disparou Ann de volta.
Jasha deslizou seu braço ao redor de seus ombros.
–Mas prometeu.
Ela voltou sua cabeça, uma mulher segura de seu homem.
–Talvez.
–Eu poderia morrer sem você.
Ela se voltou de novo para ele, em contato com o desvanecimento das cicatrizes de
sua garganta.
–Você quase morre por mim. Isso é suficiente.
A porta protegida da cozinha deixava entrar o ar quente, tinha o aroma de uma
tarde do verão. Zorana serviu a carne de porco com douradas batatas vermelhas e
cenouras orvalhadas com azeite de oliva, e uma salada maciça grega. Todos na casa
Wilder pareciam tão normais... Ainda assim Tasya nunca esqueceu que jantava na mesa
de seu inimigo.
De algum modo, parecia ser o correto.
Konstantine sentado em sua cadeira de rodas a cabeça da mesa, sua quarta
garrafa que pendia de um gancho, e vertendo bastante vodca para encher o Mar Negro.
Jasha olhou suficientemente para Rurik que Tasya poderia saber que eram
irmãos, embora eram muito diferentes. Onde Rurik tinha o cabelo castanho e olhos
marrom dourado, o cabelo da Jasha era negro, e seus olhos eram de uma cor ímpar,
como moedas de ouro antigas.
Ann era muito alta e muito magra, com um tímido comportamento que mantinha
a todos a distancia até que sorria. Então o mundo inteiro se apaixonava por ela.
Certamente Jasha a adorava, esperava por ela como se fosse a rainha e ele seu mais fiel
cortesão.
Tasya se inclinou para o Rurik, sentado em sua mão direita.
–Eu gosto da forma em que Jasha trata a Ann.
Rurik colocou uma parte de batata na boca, mastigou e engoliu.
–Ele é tão gatinho-açoitado –ela o olhou de rabo de olho– Não é que haja nada de
mau em ser açoitado –acrescentou apressadamente.
Tasya tomou uma azeitona da placa de aperitivos. A passou por seus dentes até
que bateu no caroço, usou sua língua para tirá-lo, então deslizou o caroço nu de sua
boca.
Rurik ficou de cor rosa, seus olhos se voltaram ardentes, e se inclinou muito perto
dela.
–Mais tarde, vou fazer que pague por isso.
–Mas está fraco de suas feridas...E de nossa reuniu de ontem à noite –murmurou–
Deve descansar.
–Estou bem –ele se quebrou.
Ela sorriu.
–Então vou contar com isso.
–MA, Rurik diz que esta bem –Jasha sorriu abertamente a seu irmão– Assim que
nos pode dizer o que aconteceu.
Zorana começou a agitar seu dedo em sua forma mais velha, mas Konstantine
disse.
-Ele quase termina de comer, e eu também, e eu gostaria de saber como
sobreviveu ao ataque dos Varinski.
Rurik deixou seu garfo e faca, a mesa ficou em silêncio e começou.
–Tasya te disse que me viu lutar contra Ilya no ar…
Justo como tinha acontecido na noite passada, a história tinha o poder de
horrorizar a Tasya. Ruryk tinha estado assim aproximadamente da morte, e quando ele
contou o de esfaquear a Ilya, da flecha que perfurou seu peito, de girar a humano para
alcançar a terra e viver, ela ou se estremecia ou aplaudia. Ainda mal podia compreender
quem e que era ele, e como tinha evitado a morte.
Quando chegou na parte onde Tasya deu um tiro em Ilya, Konstantine se verteu
mais vodca e passou a garrafa.
–Todos! Um brinde! Pela Tasya, nossa nova filha.
Cada um levantou suas taças e beberam a vodca. Exceto Firebird, que brindou
com água.
–Por nossas três filhas –Zorana cruzou a primeiro taça a Firebird, depois a Ann e
depois a Tasya.
–Elas têm nossos corações.
Todo mundo bebeu de novo.
–Pelo Rurik! –disse Jasha.
–Pelo Rurik! –todo mundo ecoou.
–Pode terminar sua história sem interrupções! –Jasha o olhou significativamente.
Todos riram, beberam, e se sentaram de novo a escutar uma vez mais.
–Foi Ilya morto com o impacto? –Pergunto Konstantine.
–Não, se cambaleou sobre seus pés, agarrou a pistola de Kassian. Eu chutei seus
pés por debaixo dele –Rurik deu um crack da risada- O filho da puta se disparou em si
mesmo.
A mesa estava absolutamente silenciosa. Então…
–Eu acredito… Já que era um demônio… Ficou mal? –Perguntou Jasha.
–Matando-se mais morto que o inferno –Rurik confirmou.
–Um Varinski se deu um tiro? Matando-se ele mesmo? –Konstantine estava
sentado e tinha o olhar perdido, seus olhos estreitos, seus dedos se esfregavam juntos
muitas vezes.
–Inaudito. Impossível. Pergunto-me o que é o que aconteceu.
–O pacto falha –Disse Zorana com total naturalidade–Se tivermos sorte, todos eles
se matarão antes de que nos encontrem.
–Você segue esperando, mamãe.
Só um mês antes, Jasha e Anna tinham tido suas próprias carreiras com o clã
Varinski, e embora Jasha se curou, ainda tinha as cicatrizes.
–Assim que todos estavam morto. Você apostaria na terra. E…?
Firebird sacudiu suas mãos, tentando respirar a Rurik para que terminasse a
história.
–Eu estava feito para a dor. Estava esgotado. Tinham-me disparado. Perdia muito
sangue, estava desidratado e com muita dor, e não pude conseguir sair da terra para
poder escapar e obter ajuda.
-Não –Tasya quebrou a voz.
–Estava escuro e frio, estava delirando, saindo e entrando da consciência. Foi na
madrugada quando saí dela e soube que estava morrendo.
Zorana tomou seu punho em sua blusa, Anne limpou seus olhos com um
guardanapo, e Jasha pôs seu braço ao redor dela. Firebird esfregou sua mão sobre o
montículo de seu ventre.
–Estava com tal dor, que me alegrava-se fosse terminar… –Rurik olhou
diretamente a Tasya– Então me apareceram duas pessoas.
–Alguém veio em sua ajuda? –A Tasya brilhavam seus olhos azuis cheios de
lágrimas, e olhou para Rurik com essa expressão que tanto lhe rompia o coração… E
todo valia a pena– Deus os abençoe.
Gostava desta nova Tasya, suave e terna graças ao amor. Ela o tocava a cada
oportunidade; se aconchegava contra ele enquanto pensava que dormia, esperava sobre
ele.
Sabia que isto não poderia durar. Bem, o amor o faria, mas sobre sua espera
contra ele, não. Tasya necessitava um emprego significativo, e eles teriam que lhe
encontrar algo que fazer, e rápido, mas…..Um homem poderia acostumar-se a esse tipo
de tratamento.
–O sol surgiu atrás deles, mas eu nunca vi seus rostos –Rurik quis passar essa
parte, e ao mesmo tempo… Quis explicar a alguém o que tinha acontecido.
– Eles pareciam brilhar –O queixo da Tasya deixo de tremer. Sentou-se direita, e o
olhou fixamente.
“A senhora me deu algo de beber, água suponho. Realmente boa, água clara.
Nunca tinha provado água tão boa como essa –inclusive a lembrança alegrou a Rurik.
– O homem..…Ele estava em ordem para falar comigo. Ao menos, pude-o escutar
em minha cabeça. Disse que eu nunca ia ser capaz de dar um puxão naquela
fortificação da terra, mas que se podia conseguir me pôr sobre meus pés e usar minha
outra mão sobre o pau, poderia tirar de mim mesmo.
–Por que ele não te atirou o pau em cima? –Jasha ainda não entendia, ninguém
lhe havia dito que fosse sutil.
Firebird o olhou com desgosto.
–Porque era um fantasma, idiota.
–OH, vamos –Jasha mostrou sua incredulidade bastante claro–Estava alucinando.
Tasya torceu seu guardanapo entre os punhos.
–Todos sabemos isso se a ferida doía como uma cadela quando o homem mais
velho tentou me libertar–Com a lembrança, Rurik esfregou seu ombro. Os tendões
esgotados, o músculo rasgado, o conhecimento deliberado de que teve que quebrar sua
própria omoplata.
– Essas pessoas me levaram para esta corrente que sai do lado da montanha.
Então me deixei cair na água gelada e deixei lavar minhas feridas, e dava um bom gole.
Desmaiei de novo, e quando despertei…..O sol estava no alto.
–Disse que estava alucinando –Disse Jasha.
Tasya olhava entre a Jasha e Rurik. Abriu sua boca, e a fechou de novo.
–É afortunado por não te afogar no arroio –disse Anne.
– De acordo a população no Capraru, aquela corrente se secou quando a família
Dimitru foi assassinada.
Inclusive Jasha disse.
–Wuau.
Firebierd tremeu.
–Esta é a melhor historia de fantasmas que já tinha ouvido enquanto estava de
acampamento.
–Talvez eu alucinava sobre as pessas e a corrente, mas o fato é, minhas feridas se
fecharam, estava conciente e capaz de me pôr em pé, e não havia nenhuma pista ou
aroma daquele casal –Rurik olhou a sua família absorver isso, depois disse.– Olhei, e o
imundo pau estava na terra, também.
Tasya trago, e em uma suave voz, disse.
–Sei quem era eles.
Cada um se deu a volta.
–Eram meus pais.
Como se já tivesse adivinhado, Zorana assentiu.
–Eles me salvaram –Tasya tocou ligeiramente o braço de Rurik– E eles o salvaram.
Rurik tomou ambas as mãos, as beijo e as sustentou.
–Então certamente podemos dizer que nos deram sua bênção.
Capítulo 34
Fim
Árvore genealógica