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Christina Dodd

Toque da Escuridão
Touch of Darkness

DARKNESS CHOSEN 02

Bonito e poderoso, Rurik Wilder tem o poder de transformar-se em uma feroz ave de rapina.
Um dom que já causou morte e destruição, até que lhe oferecem a chance de se redimir.
Apenas uma mulher está em seu caminho.
Nas ilhas Orkney, Rurik chega a uma cova, ao mesmo tempo que a repórter Tasya Hunnicutt,
uma bela escritora, determinada a vingar-se dos assassinos que assassinaram sua família.
Assassinos, que segundo rumores, têm poderes humanos que não deveriam nunca possuir...

Disponibilização/Tradução /Formatação: Gisa


Revisão: Lu Avanço
Revisão Final: Tessy
PROJETO REVISORAS TRADUÇÕES
O começo

Durante séculos, o nome Cossaco infundiu terror no coração do povo da Ásia central, e a
família Varinski era a encarnação dos desumanos conquistadores que assassinaram, mutilaram e
violaram.
Ainda hoje, os Varinski residem nos estepes da Rússia. São conhecidos por suas habilidades de
rastreamento, demonstrando vez após vez, serem capazes de descobrir as debilidades de seus
inimigos. Eles deixam um rastro de sangue, fogo e morte aonde quer que vão. Terríveis rumores
giram em torno deles, rumores que dizem que Konstantine Varinski, fundador da tribo dos
Varinski, fez um pacto com o diabo e, é obvio, isso é totalmente certo.
Faz centenas de anos, Konstantine Varinski, um magnífico guerreiro de grande crueldade, um
homem conduzido por suas ânsias de poder, vagou pelos estepes. Em troca de sua habilidade para
dar caça a seus inimigos e matá-los, ele prometeu sua alma ao diabo. Para selar o pacto, prometeu-
lhe o ícone de sua família, uma só pintura dividida em quatro imagens da Nossa Senhora.
Para obter a peça sagrada, o coração de seu lar, ele matou a sua própria mãe…e condenou sua
alma.
Antes de morrer, ela o atraiu para si e falou em seu ouvido.
Konstantine não prestou atenção a sua profecia. Ela era, depois de tudo, uma simples mulher.
Ele não acreditou que suas agonizantes palavras tivessem o poder de trocar o futuro e até mais
importante, Konstantine não faria nada para pôr em perigo seu pacto com o diabo.
Mas embora ele não confessou a profecia que sua mãe fez, o diabo soube que Konstantine era
um mentiroso e um enganador. Ele suspeitava do engano de Konstantine, e compreendeu o poder
do sangue e a família, e as palavras moribundas de uma mãe. Assim para assegurar-se de reter os
Varinski a seus serviços, secretamente cortou uma pequena parte do centro do ícone, e a deu a uma
pobre tribo de andantes, lhes prometendo que lhes daria sorte.
Então, enquanto Konstantine bebia para celebrar o trato, em uma chama de fogo o diabo
dividiu as Madonas e as jogou por volta dos quatro limites da Terra.
Para o Konstantine Varinski e cada um dos seguintes Varinski, o diabo legou a habilidade de
trocar por vontade em um animal de caça. Não podiam ser assassinados em batalha exceto por
outro demônio, e cada homem era inusualmente idoso, mantendo-se forte como um carvalho na
velhice. por causa de sua batalha; destreza, integridade e de sua habilidade para tomar decisões,
voltaram-se ricos, respeitados e temidos na Rússia.
Através de czares, Bolcheviques, e inclusive presidentes, mantiveram seu complexo de
guerreiros, foram aonde lhes pagasse por ir, e, com sua irrepreensível ferocidade, esmagaram
revoltas e exigiram obediência.
Chamavam-se a si mesmos a Escuridão.
Só podiam engendrar varões, um problema de muita exultação para eles. Tomavam a suas
mulheres com crueldade, e em suas impecáveis casa tinham um torniquete equipado com uma
cascavel. Ali as mulheres que tinham sido impregnadas pelo negligente emparelhamento dos
Varinski depositavam a seus recém-nascidos filhos. Cada mulher fazia soar a cascavel e fugia,
deixando ao menino para que fora acolhido pelos homens Varinski em seu lar. Eles aclamavam o
nascimento de um novo demônio, e o criavam para ser um desumano guerreiro digno do nome
Varinski.
Porque nenhum Varinski jamais se apaixonou...
Até que um o fez.
Nenhum Varinski se casou...
Até que um o fez.
Nenhum Varinski jamais fugiu do quartel e daquele modo de vida...
Até que um o fez.
Pela primeira vez, rachaduras apareceram na sólida fundação do pacto com o diabo.
O céu notou.
E o inferno também.
A noite em que tudo começou

—Quero que me cubra as costas—Konstantine passou a seu irmão a garrafa e assinalou para o
acampamento do vale que havia abaixo.
— Vou agarrar a garota Cigana.
—Supõe-se que não devemos incomodar os Ciganos—Oleg tomou um comprido gole de vodca.
— Recorda? Está escrito. Qualquer mulher é nossa para foder, exceto essas Romaníes.
Konstantine mostrou seus brancos e afiados dentes no que parecia um sorriso.
—Pergunto-me por que—A família Varinski não tinha regras. Quase nenhuma regra. Podiam
fazer o que queriam—Seqüestrar, roubar, torturar, assassinar e ninguém poderia pará-los.
Mas existia uma antiga lei.
Não podiam tocar uma mulher cigana.
—Os Ciganos são asquerosos—Oleg cuspiu em direção ao acampamento, e o cuspi se evaporou
ao tocar o chão congelado. Esse outono era tão frio como os seios de uma bruxa, com uma gelidez
temprana que tinha arruinado os cultivos e posto um fio faminto no caráter de cada um.
—Pegará uma enfermidade.
—O que me importam as enfermidades? O único que me pode matar, irmão, é você.
—Não te mataria—disse apressadamente.
Oleg tinha a idade de Konstantine, e quase o mesmo tamanho: dois metros, bem musculosos,
com grandes punhos. Melhor, Oleg era um grande lutador. Mas temia à dor. Quando tinha que
lutar, o fazia, mas não gostava.
Konstantine o amava. Amava ganhar, é obvio, mas mais que isso, amava tudo o relacionado
com uma briga. Amava riscar suas estratégias enquanto estava em pé, figurando-se quem seria o
seguinte em atacar e como, calculando qual de seus inimigos era mais fácil de vencer e qual
requeria um esforço extra. A dor agia como estimulante, e o vermelho era sua cor preferida.
Aquela noite Konstantine queria mais ação. Supôs que ali haveria provavelmente quarenta
pessoas no acampamento Cigano: trinta homens e mulheres de quinze a setenta anos, e dez
meninos.
—Acaso não brigamos forte esta noite? Não nos lavamos as mãos no sangue de nossos
inimigos?
—Não eram nossos inimigos—Oleg cravou seu olhar nas fogueiras do acampamento.
— Era unicamente outro trabalho.
—Seja quem é ao que nos tenham contratado matar, é nosso inimigo—Konstantine agarrou a
garrafa e bebeu até que a vodca queimou suas tripas, e a devolveu a seu lugar. Ele não
infravalorizava os Ciganos; defendiam o seu, valoravam a garota, e mais que nada, brigavam sujo.
Apreciava isso. Também calculou que poderia lhes roubar a garota diante de seus próprios narizes.
— Estou negociando com um terrorista na Indonésia. Logo iremos a guerra. Até então—olhou
colina abaixo para o acampamento, a emoção da perseguição correndo por suas veias— Pilharei
umas quantas gatinhas Ciganas.
Oleg bateu a garrafa contra sua cabeça.
Konstantine viu as estrelas.
Fazendo uma alavanca por trás de seus joelhos, tombou-o e envolveu um cotovelo dobrado ao
redor de sua garganta.
—Se o fizer, deverá deixar o clã.
—Quem terá coragem de me jogar? —Konstantine olhou dentro dos olhos de seu irmão a
modo de desafio.—Não você, Oleg.
—Não. Eu não. Mas talvez… Talvez a lei Cigana não viesse do primeiro Konstantine…Mas
sim de seu criador.
—De sua mãe? —seus lábios se curvaram.
— Matou a sua mãe para selar o pacto com seu sangue.
—Não. Do diabo—Oleg puxou o cabelo de Konstantine.
— Alguma vez pensou nisso? Alguma vez pensou que o diabo pudesse ter sido o que pôs essa
condição no pacto?
—É obvio que o pensei. Alguma vez se perguntou por que? por que teria que dizer o diabo ao
velho Konstantine que não podia tocar as mulheres Ciganas?
—Eu…Não sei.
Konstantine relaxou sob os braços de seu irmão. Em um tom coloquial, disse:
—Viu a garota Cigana quando estava no povoado? —Esperou.— Bom, viu-a?
—Sim —Oleg era resistente a alimentar a obsessão de Konstantine, mas a entendia muito bem.
— É preciosa. Muita pequena para você, entretanto.
—Seios erguidos, cintura estreita, pequenos quadris, cabelo escuro
—Crescerá-lhe um bigode logo.
—O que me importa? Não vou ficar com ela. Mas se deu conta desses profundos e escuros
olhos que vêem tudo? Sabe por que seus olhos são assim? Porque pode ver o futuro.
Oleg baixou a guarda.
—São Ciganos. Mentem para poder tirar o dinheiro dos humanos crédulos.
—Não, escutei a sua gente falando—acreditaram que era um cão. A garota não diz a fortuna.
Tem visões. Quero que tenha meu filho.
—Um filho. Não pode ter um filho com ela. É Cigana!
Konstantine agarrou com força os pulsos de Oleg.
—Pensa bem, Oleg. Abre sua pequena e diminuta mente. Imagina um filho com meus dons e
suas visões combinados. Seria poderoso, tão poderoso que O Maligno o temeria. É por isso que não
podemos deitar com as Ciganas. Porque meu filho poderia tomar o lugar do diabo como líder do
inferno.
Oleg voltou a sentar-se, sua expressão horrorizada.
—Às vezes, Konstantine, está louco.
E depois que Oleg perdeu a oportunidade de mantê-lo agarrado, Konstantine trocou.
Onde tinha estado deitado sobre a tenra grama, havia um montão de roupa, e sobre elas se
erguia um enorme e musculoso lobo de pelagem castanha—um lobo que era Konstantine.
Oleg se debateu por recuperar o agarre, mas o lobo agarrou a mão de Oleg entre seus dentes e
mordeu até que os ossos rangeram.
—Puto govnosos! —uivou Oleg.
Konstantine o soltou. Às vezes Oleg precisava ser posto em seu lugar.
Trotando colina abaixo, entrou no acampamento. Quase a primeira, captou a essência da
garota, um corpo jovem, fresco e limpo. Manteve-se longe dos homens, querendo não meter-se em
problemas até que tivesse sua presa a vista, e que ninguém prestasse atenção, porque os lobos
viajavam de manada, e os cães isolados não eram um aporrinho. Seguiu seu olfato, e ali estava ela,
sentada com as outras meninas, escutando e falando, rindo das palhaçadas de outra que estava
fazendo um chapéu de pele, todas usando um fuso para transformar a lã em fio. Manteve-se fora da
vista da fogueira, observando.
Suas intenções eram frias e calculadas, certo; queria um filho nascido de suas vísceras. Mas o
ato seria um prazer, porque a garota era muito bonita.
Inesperadamente, algo frio correu por seu espinha.
Perigo.
Olhou a seu redor. Os homens estavam bebendo, e não se precaveram de sua presença. Oleg
não se atreveria a interferir de novo; provavelmente estaria ainda curando sua mão e
amaldiçoando-o.
Então onde estava o perigo?
Ali. No lado mais afastado da fogueira. A anciã.
Clac! Estava espantada, a intuição de uma velha bruxa com as sobrancelhas tão escuras e
grosseiramente frisadas que se podiam ver desta distância. Tinha uma dessas brandas,
protuberantes narizes de senhoroas que se curvava sobre seus lábios enrugados. O pior de tudo era
que, baixo essas rugas e o cabelo cada vez menos abundante, viu um retalho de beleza. Era como se
tivessem jogado um malefício, que causasse velhice.
Estava seguro de que seu casaco de cabelo castanho e sua imobilidade o esconderiam de olhos
humanos, até que ela olhou diretamente para ele, seus grandes óculos de molduras negras
aumentando seus atemorizados olhos. Lentamente elevou sua mão e o assinalou com seu torcido
dedo.
O silêncio caiu sobre as meninas, e todas se viraram para olhá-lo como se fossem uma só.
—Varinski —Disse, e a palavra era uma maldição.
—Não seja tola, velha. Os Varinski não nos incomodam.
—Varinski —disse a anciã de novo.
Como tinha sabido? Como o reconheceu?
Então a menina, a que tinha as visões, levantou-se com o fuso na mão.
—Irei comprovar, velha.
Era mais fácil do que esperava.
A garota começou a caminhar para ele.
Ele absorveu o lobo e voltou a ser um homem.
—Não! —Gritou a mulher com uma força surpreendente.
A garota se virou e caminhou de volta para ele.
—Está tudo bem. Tenho que pegar mais lã, de qualquer forma.
Enquanto a mulher lutava para ficar em pé, a formosa Cigana caminhou diretamente para os
braços de Konstantine. Não gritou; não lhe deu a oportunidade. Com uma mão sobre sua boca,
envolveu seu braço ao redor de sua cintura, levantou-a, e caminhou para o extremo do
acampamento. Ele estava nu. Ela levava uma saia.
Seria fácil.
Então a muito cadela usou o fuso para cravá-lo no flanco.
Ele a soltou e rugiu.
Ela gritou tanto como lhe permitiram seus pulmões, e engatinhou para escapar.
Pôde vislumbrar os surpreendidos homens chegando e jogando contra ele. Agarrando seu
braço, girou-a para ele, e quando levantou a agulha de novo, arrancou-a de sua mão e a lançou a
seus persigidores.
—Poyesh’ govna pechyonovo! — falou rindo. Agarrou o líder do grupo e o jogou com um
murro ao centro da massa de homens que corria contra ele. Lançando a pequena Cigana sobre seus
ombros, correu para escuridão.
Eles não poderiam apanhá-los, esses Romaníes. Não tinham sua velocidade, seus pulmões ou
seus instintos.
Depois de várias tentativas de golpeá-lo para fazê-lo perder o equilíbrio, a garota parou, mas
ele não cometeu o engano de acreditar que se resignou. Só estava esperando. Esperando que ele
parasse e pudesse combatê-lo com toda sua força e espírito. O fazia querer rir, essa pequena coisa
que queria apunhalá-lo com aquele artefato de mulher. Seria um prazer domá-la.
Meia hora depois, parou em um motel nos subúrbios de Poltava. Tinha um acordo com o
hospedeiro.
Ali, este mantinha uma cabana disponível para Konstantine, e ele o deixava viver.
A garota estava encolhida, tiritando de frio, e sem fôlego por ter estado batendo no ombro de
Konstantine. Empurrou-a encaminhando-a para a porta e o calor dentro da cabana. Permitiu-lhe
deslizar-se por seu corpo, e a manteve enquanto recuperava seu equilíbrio, esperando enquanto ela
o examinava.
Não se incomodou em olhá-lo de cima abaixo; apontou justo em seus genitais e os inspecionou
com indiferença.
A maioria das mulheres desmaiavam ou fazia sonoros arrulhos. Então ela escaneou o resto de
seu corpo. Seu olhar persistiu na evidência sangrenta de seu ataque com o fuso. Disse:
—Então pode ser ferido—E sorriu.
Não estava assustada. Estava furiosa, e preparada para atacar. Só media apenas um metro e
meio de estatura, contendo um valor de dois metros e meio de desafio. Não poderia ser submetida;
isso nunca funcionaria. Assim fez algo fora de seu caráter. Beijou-a.
Não soube por que. Nunca tinha beijado uma mulher antes. O coito não requeria esse tipo de
intimidade. Mas algo nessa menina o fazia querer tocar seus lábios com os seus, e não era um
homem que se privasse de seus desejos. Era um beijo luxurioso.
Esmagou sua boca contra a sua.
Ela franziu estiradamente seus lábios para repeli-lo, e ao mesmo tempo, rodeou seus braços
com seus dedos.
Então…Quando seu fôlego tocou seu rosto, as sensações o varreram. Não o reconheceu, sentia-
se como um fogo aceso em uma estufa que nunca tinha tido uma chama. Deslizou seus braços por
suas costas, procurando a fonte desse sentimento.
Ela deixou de agarrar seus braços e se manteve imóvel. Então, OH Deus, seus lábios se
abrandaram e se abriram. Era como uma ameixa amadurecida pronta para que desse um bocado, o
qual fez, a mais gentil dentada em seu exuberante lábio inferior.
Ela saltou, e quando ele a lambeu, voltou a saltar.
Sua língua tocou a sua, e tão rapidamente como um incêndio florestal, o calor rugiu fora de
controle. Seu beijo se transformou em um intercâmbio de sabores, toque, paixões, almas. Seu beijo
os consumiu, cegando-o do perigo e levando-o a loucura.
Nunca mais agarraria outra mulher. Queria ela, a Cigana. Nunca outra mulher.
Quando finalmente se apartaram, sem fôlego e assombrados, ele olhou o interior de seus
escuros olhos castanhos, e viu seu destino. Isso era pelo que devia tê-la.
Isso era pelo que o diabo a tinha proibido.
Quando falou, sua voz era rouca e cheia de paixão.
—Meu nome é Zorana.
—Zorana —repetiu. Conhecia bem a magia contida em um nome; soube, também, que ela o
tinha agradádo com uma parte de sua alma.
— Meu nome é Konstantine.
—Konstantine —Assentiu.
Agarrando sua mão, guiou-o para a cama. Para ele foi como se o universo tivesse trocado,
transformado em um lugar onde as antigas normas não eram aplicáveis, e a frescura trazia
esperança, por muito tempo apagada, agora devolvida à vida.
Estava no certo.
Mas nenhum homem desobedecia abertamente a autoridade do diabo sem temíveis
conseqüências.

Capítulo 1

—Tenho o avião—Gritou Rurik uma vez que agarrava os controles.


A agreste ladeira de uma montanha avançava.
O míssil estava quase sobre eles.
Conduziu o avião para cima e ao lado.
Não iam conseguir.
Não iam …
—Perdoe, cavalheiro, estaremos aterrissando em uns minutos. Precisa reclinar
seu assento a posição inicial.
Rurik Wilder despertou bruscamente, seu coração galopando, o suor brilhando em
seu corpo.
A aeromoça se manteve no corredor, dirigindo esse falso meio sorriso que dizia
que não se importava se o tinha despertado, que a viagem de sete horas de Newark a
Edimburgo a tinha mantido em pé todo o tempo, e ele havia escutado as crianças
brincando de correr acima e abaixo pelo corredor enquanto seus pais roncavam e todos
se queixavam?
Ele a olhou atentamente, desconcertado, tentando orientar a si mesmo.
—Me perdoe, cavalheiro, aterrissaremos em uns minutos. Precisa…
—Está bem! —Tentou parecer normal, à modo de desculpa, e subiu seu assento
até a posição vertical.
Ela partiu com esse golpear de saltos que dizia que não estava apaziguada.
A Velha a sua esquerda o olhou através desses olhos tão marrons que eram quase
negros.
A sua direita, sentiu os olhos de alguém cravados nele, e quando virou, a garota
americana afastou o olhar.
O pânico o golpeou, e passou sua mão por seu rosto.
Não, talvez tivesse os olhos abertos como pratos, mas seus batimentos cardiacos
eram lentos e, mais importante ainda, seus traços eram humano.
Tentou um sorriso.
—Estava roncando?
—Parecia que estava recebendo algum tipo de surra. Deve ter sido um bom
pesadelo.
A garota teria provavelmente dezenove anos, com grandes e suaves olhos
castanhos, um bronzeado natural, e seios que fariam ganhar fãs ao redor do mundo.
Que pena que os únicos seios que o atraíam estavam unidos a uma mulher com
grandes olhos azuis, cabelo curto, negro e encaracolado, uma câmara digital Nikon SLR
sempre ao redor de seu pescoço, e uma forma de desaparecer quando menos o esperava
que golpeava seu ego.
Maldita Tasya Hunnicutt. Maldita a fascinação que tinha exercido sobre ele do
primeiro momento em que se conheceram. Maldita ela por ser tão inconsciente, e
maldito ele por querê-la mais, agora que a tinha tido, que antes.
Tasya era seu destino, e ela nem sequer sabia.
—Sempre tenho esse pesadelo quando vôo. O normal é que não durma, mas deixei
Seattle faz vinte e três horas, e entre as paradas e o atraso em Chicago… —Encolheu ose
ombros, fazendo-o parecer casual, pretendendo que o sonho não era mais que um
pesadelo causado pelo jato lag e o cansaço.
A garota encoliu, e assentiu pormenorizada.
—É sua primeira viagem a Escócia?
Ele interpretou expertamente cada um dos sons que fez o motor do jato.
—O que? Não. Não, de fato vivi ali há dez meses.
Ela pareceu animar-se.
—Genial! Sempre quis viver em um país estrangeiro. Acredito que abriria meus
horizontes, sabe?
—Sim, tenho uns horizontes muito abertos —e o traseiro adormecido de estar
sentado tanto tempo.
—O que faz aqui?
—Levo uma escavação arqueológica nas Ilhas Órcadas ao norte de Escócia —os
olhos da garota aumentaram.
—Não é uma coincidência? Sempre quis ser arqueóloga!
Você e todo aquele que ouviu falar sobre o descobrimento da tumba de ouro do rei
Tutankamón.
—Isso é uma coincidência.
—O que está escavando?
—Até que não a tenhamos aberto de tudo, não saberemos —embora sentia em
seus próprios ossos que sempre o tinha sabido.
— Mas acredito que é a tumba de um caudilho celta —Se esticou ao escutar as
mudanças na asa enquanto descendiam.
Homem, era patético. Tinham passado cinco anos desde que se sentou no assento
do piloto, cinco anos desde que tinha jurado não voltar a voar jamais, e ainda não podia
relaxar e confiar nos vôos comerciais. Se pudesse olhar fora da janela, poderia julgar
melhor como o estava fazendo o piloto, mas Rurik estava no segundo assento na seção
da metade.
Quando tinha recebido a chamada da escavação, tinha pego o primeiro vôo, e esse
era seu castigo—um assento muito estreito para seus ombros, os joelhos quase em seu
queixo. Mas ao menos estava de volta a tempo para abrir a tumba.
—Sei quem é! —a garota se levantou de um salto, seus olhos brilhando.
— Te vi na CNN!
—Não o fez todo mundo? —ele também o tinha visto nos resúmos das notícias, e
tinha confirmado seus piores medos.
—O Sr. Hardwick estava falando de você.
—O bom velho Hardwick—o capataz da escavação, Rurik se deu conta nesse
momento, que era um teatrero sedento de publicidade.
—É o menino que todos acreditavam louco quando começou a escavar ao redor
das pequenas ilhas e agora encontraste um bom contrabando de ouro.
Com a inata precaução de um arqueólogo com experiência, disse:
—De fato, a Sociedade Nacional de Antiguidades me financiou, assim sempre tive
um equipamento, e há algo que parece ouro, talvez, dentro do que parece uma tumba,
talvez, mas até que chegue ali e possamos abri-la, não saberemos realmente.
Devia estar ali agora, para ver se Hardwick tinha encontrado a caixa que Rurik
tinha estado procurando, a caixa que continha algo mais prezado que o ouro.
—Wow… Só…wow —os olhos da garota eram grandes e cheios de adoração.
Ofereceu-lhe sua mão reverentemente— Sou Sarah.
Ele estreitou a mão.
—por que tem pesadelos? —sorriu, acariciando seus brancos nódulos com a ponta
dos dedos.
—Porque… Tenho medo de voar? —ridículo, é obvio, mas melhor que contar a
verdade.
—Pobrezinho —ela sorriu de novo. Ele necessitou esse segundo sorriso para se dar
conta—tinha uma garota de dezenove anos tentando o beijar. Desfez-se de seu toque.
Olhou a seu redor para saber se a anciã de olhos escuros o tinha visto.
É obvio que sim. Estava lançando facas com os olhos, seus pesadas e cinzas
retrocede unindo-se sobre seu estreito nariz. Sarah se aproximou dele.
—Poderia ser de muita ajuda nessa escavação.
Ele evitou seu olhar, e urgiu mentalmente ao piloto que pusesse o maldito avião
sobre terra.
—Eu adoraria te ter, mas só contratamos a arqueólogos experimentados. Além
disso, não vai encontrar com ninguém?
Ela encolheu os ombros.
—Só ao meu grupo da Igreja.
Assim tinha dezenove anos, era parte de um grupo da Igreja, e estava tentando
seduzi-lo. Genial. Simplesmente genial. Tinha crescido sabendo que iria ao inferno. Só
que não se deu conta de que ia de rabo a cento e vinte por hora pela estrada direta para
o inferno.
—Um grupo da Igreja é excitante.
—Excitante? —sua voz raiava a incredulidade—. Esteve alguma vez em um grupo
da Igreja?
Vá, não. Nunca. As Igrejas não recebiam a famílias como a sua.
O avião deu uma sacudida quando as rodas tocaram a pista.
—Vai a Paris? você adorará. Grandes Catedrais. Pequenas e íntimas Igrejas.
Ele não tinha estado em nenhuma delas.
Ficou em pé antes de que as aeromoças abrissem as portas.
—Alguns coros fantásticos. Não se perca Roma. O vaticano está ali!
Um lugar onde ele se asseguraria de estar longe.
Enquanto Sarah lutava por tirar sua mala por cima de sua cabeça, ele agarrou
sua bagagem de mão e se meteu pelo meio do corredor.
Sua mãe o teria matado por ser tão bruto, e seu irmão teria morrido de rir. Meu
Deus. Uma garota menor de idade tentando beijá-lo, isso o fazia oficialmente um velho e
sujo homem À amadurecida idade de trinta e três. apressou-se ao recolhimento da
bagagem. Uma menina de dezenove anos que deu um passo para ele, e Tasya Hunnicutt
que não podia se afastar dele o suficientemente rápido. Tinha ido a casa de sua família
para a celebração de quatro de Julho que tinha começado genial e tinha terminado em
um hospital sueco em Seattle, e ao mesmo tempo, a tumba que tão laboriosamente tinha
escavado se aberto para revelar um brilho de ouro. Que maldito mês tinha passado.
Agora ia custar um duro dia conduzir através das cada vez mais estreitas estradas para
chegar ao ferry de John Ou’Groat e ir dali para as Ilhas Órcadas. E seria afortunado se,
ao fazê-lo, um vendaval não se levantasse, obrigando ao ferry a manter-se no porto. Não
tinha sido especialmente afortunado desde que começou a escavação. Tinham sofrido
tormentas, é obvio, ninguém atravessava o norte da escócia no inverno sem
devastadores ventos frios e chuvas que congelavam o traseiro, mas ele tinha tido que
parar só dois dias, e também nos domingos, de todas maneiras. Se era um homem
supersticioso, diria que a escavação servia a um propósito maior.
Não tinha sido um homem supersticioso quando tinha começado a trabalhar no
lugar. Era-o agora.
Agarrando sua mala da fita transportadora, encaminhou-se ao aluguel de carros,
agarrou as chaves de um Mini Cooper, e então saiu fora e colocou os óculos de sol.
—Um bonito dia.
Girou-se para encontrar a velha do avião em pé a suas costas. Era baixa e
encurvada; a parte mais alta de sua cabeça quase achava a mesma altura que seus
ombros.
—Sim, é—O que na Escócia incluso em metade do verão era incrível.
—Mas vem uma mudança —sua voz era rouca, gravemente acentuada…E não
escocesa. Soava quase como seu pai—russo ou ucraniano.
—De verdade? —ele esquadrinhou os céus.
— Os meteorologistas predizem tormenta? Bom, não é surpreendente, não?
depois de tudo, é a Escócia.
—Uma mudança na Terra.
—Huh? —olhou-a de novo.
—Posso intui-lo —Seus olhos escuros o escrutinaram da cabeça aos pés; viu além
de suas roupas e sua pele, debaixo de seus ossos, e viu algo que não lhe agradou.
— Há algo surgindo do inferno, e o céu está desdobrando-se para baixo —Sua voz se
trnasformou em um sussurro—, e quando os dois colidirem, tudo será diferente.
—Certo—Avançou de lado para o meio-fio—Bom, tenho muita distância que
percorrer, assim adeus.
—Vá com Deus—respondeu.
Velha louca.
Apertou-se dentro do assento do condutor, e arrancou.
Como fazia para atrair sempre os mais loucos?
Mas quando olhou pelo retrovisor, ela se manteve em pé observando-o. Um raio de
sol tocou a prata de seu escuro cabelo. Irresistivelmente recordou a sua mãe, e a visão
que tinha mudado sua vida.
E um estremecimento subiu por suas costas.

Capítulo 2
Sol. Trabalhadores interinos de setenta anos. Nenhum vento. Nenhuma
insinuação de chuva, e nenhuma na conjetura.
Rurik se encontrava sobre o arco do navio—ele era um passageiro solitário—e
esperou o primeiro sinal da Ilha de Roi.
No dia anterior tinha conduzido como um louco pelas Terras baixas escocesas, as
amplas expansões de nada, interrompidas pelos campos de golfe, cidades industriais, e
fabricantes de uísque. Sua própria fadiga o tinha forçado a parar em Inverness e cair em
uma pensãodepois levantar-se cedo para conduzir para as Terras altas, a terra de
Braveheart, entrecruzando-se por diminutos caminhos de duas veredas que se torciam e
davam voltas, onde a velocidade máxima era lenta e devia parar para que cruzassem as
ovelha.
Mas inclusive esse atraso tinha sido menor. Pela tarde, tinha chegado a costa do
norte da Escócia. Parecia como se os elementos conspirassem para que chegasse a
escavação o mais cedo como fora possível.
Há algo surgindo do inferno, e o céu está desdobrando-se para baixo. E quando os
dois colidirem, tudo será diferente.
Sua mãe havia dito algo assim, mas a diferencia da estranha anciã, Zorana não
era estranha ou velha nem acostumava a fazer declarações enigmáticas, a menos que
considerar um “Carrega a lava-louça, grande lummox— não dava a luz para ter a outro
homem esperando.
Atrás dele, o primeiro oficial do navio aconselhou:
—Não chegará a ilha mais rápido por muito que pressione.
—Duncan. Ouça, como está?— Rurik sorriu e deu a mão ao curtido escocês.
— Não posso evitá-lo. Eu deveria ter estado ali todo o tempo.
—Sempre, fica aqui dia e noite e assim que dá as costas, sua equipe retira a
toalha debaixo da porcelana—Duncan se uniu com ele na barra e olhou fixamente ao
mar picado.
— Tem ideia de quantos turistas transportamos nos passados quatro dias?
—Quantos?
—Muitos para afundar o navio—sob sua barba serrada, recortada, o lábio de
Duncan se frisou com desdém.
—Se a equipe tivesse mantido suas bocas fechadas…
—Não pode conter o rumor sobre o ouro, amigo. Isto não mudou nos últimos dez
mil anos. O ouro atrai ao olhar de avaros e ambiciosos.
—Eles não tinham por que chamar um maldito grupo de imprensa—que era o que
lhe tinha engasgado—ver Kirk Hardwick em câmara, expondo seu fabuloso tesouro de
ouro e conhecimentos.
—A Hardwick realmente gosta de seu pequeno minuto de atenção e com você
indo-se, ele o teve.
—Estou seguro—A insinuação de uma sombra apareceu sobre o horizonte. A Ilha
do Roi.
—Quando digo aos turistas americanos que a ilha tem só sete milhas de largura, e
que não há carros, olham-me como se houvesse me tornado louco—os ardilosos olhos de
Duncan olhavam como a ilha tomava forma plana em um extremo, elevando-se
lentamente em um escarpado no outro.
— E os repórteres! Grasnando e carregando para baixo com câmaras, cada um
tentando dar A Freckle e Eddie uma gorjeta por levar sua bagagem.
Rurik jogou uma olhada atrás aos dois tripulantes.
—Ganharam muito?
—Gostam do dinheiro. Mas não gostam de ser tratados como estúpidos aldeãos.
—Quantos repórteres há?
—Quatro— E dois de Edimburgo, um de Londres, e um alemão de alguma agência
de notícias internacional. Bastante para escrever uma decente historia, poderá pensar,
mas ainda tenho que vê-los—Duncan olhou Rurik, apoiou-se contra o passamanes, e
cruzou seus braços sobre seu peito.
— Agora, quando essa moça de cabelo negro e rosto doce comece a escrever, então
veremos algo.
Rurik fingiu ignorância.
—Quem?
Duncan não engoliu isso.
—Sabe quem.
—Tasya?
—Não, não conheço Tasya. Refiro A Hunni.
—Tasya... Hunnicutt—Todos a chamavam Hunni, e ela respondia facilmente a
essa expressão carinhosa, à todo mundo, homens encantadores, mulheres, e meninos
igualmente. Rurik não podia usar seu apelido tão casualmente. Isto o irritava—ela o
irritava—como um grão de areia em uma almeja.
—Ah, é esse seu verdadeiro nome?—disse Duncan.— Não sabia—E um inferno
que não sabia. Ele havia o visto perfeitamente embora Rurik tinha pretendido
indiferença.
—Então ela está aqui— Rurik a veria outra vez, veria-a pela primeira vez desde
que ele tinha completado sua cuidadosa sedução e eles tinham passado a noite em
Edimburgo juntos.
—Trouxe-a esta manhã. Ela disse que teria estado aqui antes, mas estava
terminando as fotos para sua história no Egito. Ela é uma viajante, das boas.
Isso é endemoniadamente certo. Um homem teria que cravar seus pés ao piso
para mantê-la em um lugar.
—Ela não esteve aqui muito. Bem.
—A moça não foi danificada.
Nenhum dano? Rurik recordou todo muito claramente, o dano que lhe tinha feito.
O aroma de sua pele, o som de sua risada rouca, a sensação de seu corpo acalorado
contra o seu, seu sabor...
—Ela é muito entrometida para seu próprio bem.
—De um modo encantador—Mas então, sinto-me atraído por ela— Duncan pôs
sua mão a seu peito e suspirou como um garoto ferido de amor.
Rurik grampeou a barra do passamanes tão hermeticamente como pôde. Devia
fazê-lo, ou estrangularia Duncan.
Ele começou a tagarelar
—Não há nem um homem na ilha, exceto esse repórter maricas de Londres, cuja
bússola não assinale ao norte ao vê-la.
—Ela tem um rosto ossudo.
—Ela tem rosto?
A incredulidade de Duncan agarrou a Rurik por surpresa, e ele riu. Certamente,
Duncan tinha razão. por que deveria qualquer dos tipos cuidar-se do que seu rosto
parecesse?
Infelizmente para Rurik, não podia conseguir tirar o rosto da Tasya de sua
mente. Seu cabelo curto era tão negro que a luz, como no pub depois de uma difícil
jornada trabalhista e umas poucas horas bebendo, as mechas resplandeciam com as
cores e o brilho da asa de um corvo. Seus olhos cobaltos estavam rodeados por pestanas
de Snuffleupagus1, de uma espessura absurda, da cor da fuligem, e largas. Quando ela
piscava, suas pestanas abanicavam o ar, e quando olhava a Rurik, seu olhar azul
elétrico enviava uma descarga ao longo de seus nervos. E para ser justos, seu rosto não

1
Personagem da série Bairro Sésamo.
era realmente ossudo, esculpido seria uma melhor palavra, com uma ampla mandíbula
que ela usava para enfatizar suas palavras, ela a levantava quando se obstinava, girava-
a longe quando não tinha nenhuma intenção de escutar, assinalava a alguém quando
ela queria fazer um comunicado.
Quando se tratava de seu corpo... bem, de acordo, Rurik entendia por que os
caras gemiam quando tinham uma ereção e se encontravam em uma situação
embaraçosa. Ela se parecia uma deusa de filme dos anos cinqüenta, com os seios
generosos, Rurik lhe dava um C, e isso não era uma classificação, uma cintura
diminuta, uns gloriosos quadris, e boas pernas. Longas, musculadas, boas, boas, boas
pernas. Todos isso se condensava em aproximadamente um metro sessenta de ação
dinâmica.
Cobria tudo com o hábito de uma monja, nada mais deixava sair um espiono de
seu rosto, e nenhum homem a notava, exceto ele.
Assim, certamente, Duncan contradisse o pensamento nostálgico de Rurik
rapidamente com:
—E seus lábios... Ela faz um homem pensar em pecados realizados
pecaminosamente, devagar, e muito freqüentemente.
Isso descrevia perfeitamente a Tasya e seus lábios e o sexo...
—Ela é uma distração.
—Isso é o que é—Duncan ferventemente esteve de acordo.— Mas ela não usa suas
artimanhas para o mal, Rurik. Não tem feito nada a suas costas.
Rurik tinha sido injusto com seu caráter. Provavelmente. E por seus próprios
motivos. Mas quando Tasya Hunnicutt viu a escavação, não foi a paixão para ele que fez
que seus olhos azuis ficassem cinzas e intensos. Ele juraria que ela tinha mais em sua
mente o assegurar-se de conseguir boas fotos e escrever uma história.
—Ela sabe muito sobre o lugar.
—Quererá dizer que ela sabe tanto como você—disse Duncan habilmente. Deus
proiba. Rurik olhou fixamente a ilha que se aproximava.
—Ela é uma repórter, e seu patrão financia a escavação, assim que talvez seu
trabalho é saber muito— Duncan bateu no ombro de Rurik.
— Se me perguntar, diria-te que deve apontar para o Hunni e deixar de se zangar.
Rurik sacudiu sua cabeça e o fulminou com o olhar.
—Não é que outros vão a agarrar algo. É o único com alguma oportunidade.
Agora, se me desculpar, o capitão MacLean estará requerendo minha ajuda para atracar
o ferry.
Duncan se dirigiu para a ponte, abertamente. Rurik enfrentou a ilha, mas via
Tasya, e seu destino.
A Ilha de Roi tinha a forma de um antebraço ósseo, com o extremo do cotovelo
elevado fora da água. A tumba estava no lado alto, não longe dos precipícios e a trinta
metros sobre o mar.
Quando o navio atracou na ilha, pôde ver tudo com mais detalhe, o rubor da
grama no verão, umas quantas árvores, inclinados pelo vento, as praias de areia branca
sob as rochas. O lugar era um asilo para as aves; revoavam pelo ar, chorando pelas
largas migrações e curtos verões, e uma só águia real voava sobre todos eles, caçando...
Sempre caçando.
Rurik seguiu seu arco, sua alma se desesperava por elevar o vôo, para planejar
sobre as correntes de ar ascendentes até alcançar o sol, então replegar suas asas perto
de seu corpo e mergulhar-se para o oceano, o vento tão forte enchendo seus pulmões, o
regozijo afiado, penetrante, fresco.
Sem problemas, ele poderia convencer-se de que era necessário. Se ele o
permitisse simplesmente a si mesmo, poderia trocar sua forma, converter-se em uma
gigantesca ave de caça. Ele tinha poderes que nenhum homem deveria ter, dados a ele
devido a um pacto feito faz muito entre o primeiro Konstantine e o diabo. O pai de Rurik
disse que a mudança o trouxe mais perto do mal, mas Rurik o deveria usar para bem.
Isto é o que ele havia dito a si mesmo cinco anos atrás... E um homem bom tinha
morrido.
Não importava quanto tivesse saudades as alegrias do vôo, após Rurik nunca
havia tornado a fazê-lo.
Mesmo assim o poder não era algo que ele pudesse perder. Isto era uma fome que
crescia cada dia, uma ansia em sua tripa que ele mal poderia conter, e isto o fazia tudo
mais perigoso.
Agora, mais que nunca, sua visão de falcão parecia a melhor maneira de velar por
seu projeto, suas garras largas e quedas em picado combinados com o elemento
surpresa eram a defesa mais provável.
Mais importante, ele poderia dizer que os Varinski o tinham encontrado...
Eles, depois de tudo, tinham encontrado a Jasha, e isto era só questão de tempo
antes de que eles o detectassem, também. Rastrear era o que os Varinki melhor faziam,
ou isso disse seu pai.
Mas era o que sua mãe havia dito o que de verdade o atormentou... Ele se
estremeceu ao recordá-lo. Ele tinha ido casa nas Montanhas da Cascata em Washington
para celebrar em quatro de julho, com a família Wilder, seu primeiro descanso desde que
ele tinha começado o trabalho no local da escavação.
Essa noite, depois de que os foguetes tivessem terminado, os convidados partiram,
e a fogueira se extinguisse, esta visão poderosa tinha assaltado sua mãe. E sim, ela era
um Cigana, e sim, Rurik suspeitava que ela era uma psíquica. E sim, sua família inteira
era um pouco diferente da maioria das famílias americanas, seus pais tinham imigrado
de Ucrânia e tinham trocado seu nome de Varinski para Wilder porque os Varinski eram
assassinos e estavam bastante zangados com seus pais, e o clã Cigano de sua mãe
estava que subia pelas paredes, também.
Mas exceto na ocasião quando Rurik tinha oito e tinha roubado nas lojas WalMart
em Marysville um Megatron Transformador e sua mãe o tinha feito dar a volta a seus
bolsos e depois devolvê-lo antes de abandonar a loja, ele nunca tinha testemunhado
algum sinal de que Zorana fosse psíquica, até a noite do dia quatro. Seu corpo leve tinha
exsudado poder, sua voz usualmente feminina se havia posto profunda e potente. Ela
tinha olhado Rurik, e ele teria jurado que ela poderia ver as manchas sobre sua alma.
Ela tinha amaldiçoado a família com sua profecia....
Cada um de meus quatro filhos deve encontrar um dos ícones dos Varinski.
Só seu amor pode trazer as peças sagradas para casa.
A pessoa realizará o impossível. E o amado da família será corrompido pela
traição…E saltará no fogo.
O cego pode ver, e os filhos de Oleg Varinski nos encontraram. Nunca estarão a
salvo, eles farão o que seja para lhes destruir e manter o pacto intacto.
Se os Wilder não romperem o pacto com o diabo antes de sua morte, irá ao
inferno e estará separado para sempre de sua amada Zorana...
E você, meu amor. Já não é desta terra. Está morrendo...
O havia dito a seu pai, e assim que tinha terminado de falar, Konstantine caiu no
chão, esmagado sob as garras de uma estranha enfermidade que desgastava em seu
coração.
Konstantine sempre tinha sido um dos homens mais cordiais, imponentes que
Rurik se encontrou alguma vez. Vê-lo estirado sobre uma maca no Hospital sueco em
Seattle, IVs cravados em seus braços, uma separação em seu peito, tubos que corriam
em torno em seu nariz, nesse momento, Rurik entendia que o mundo tinha mudado.
Ele tinha só um tempo limitado para encontrar o ícone que salvaria a vida de seu
pai e sua alma. Se Rurik falhasse, a destruição viria por tudo o que era importante para
ele. Sua família. Seu mundo.
Talvez o mundo inteiro.
O navio tomou um giro fechado para a esquerda, dando a volta pelo final da ilha, e
ali estava, o povoado de Dunmarkie, recostado no porto e presumindo de três dúzias de
casas, um botequim, e um mercado.
As ruas estavam vazias.
Rurik se endireitou.
Como se o tivesse feito cada dia durante os últimos vinte anos, o capitão, de
maneira eficiente, aproximou o navio na plataforma. A tripulação se apressou,
assegurando suas amarras, pondo a passarela... e logo se encontraram em pé ali,
olhando inquietamente o povoado.
—Onde estão todos?—perguntou Duncan.
Rurik encontrou o olhar fixo do homem
—Algo aconteceu no lugar.

Rurik passou a última costa, olhou para baixo, e praguejou.


Sua assolada e açoitada pelo vento escavação arqueológica, com sua tumba
gentilmente empilhada, que era alternativamente escovada pelo toque da brisa do mar e
o rugido brutal de tormenta fora do Mar do Norte, estava alagada por pessoas. Aldeãos,
pescadores, fotógrafos, e repórteres, estavam todos ali, danificando a grama verde pálida
e as frágeis floresça, invadindo suas seções marcadas com cuidado, dando voltas,
falando, empurrando por procurar uma posição.
Onde estavam seus trabalhadores? Quem estava controlando tudo?
Onde estava sua superintendente? Onde estava Hardwick?
Rurik deu um passo adiante severamente.
A multidão ao redor já o tinha descoberto, e ele escutou seu nome repetido uma e
outra vez.
Ashley Sundean ficou diante ele primeiro antes de que alcançasse a borda da
multidão. Ela era um estudante de arqueologia da Virginia, que estava esse verão na
escavação, uma moça que falava suavemente arrastando as palavras e que ocultava um
coração de aço. Ele parou e a confrontou.
—o que está acontecendo aqui?
—Isto é... É tão horrível...— desabafou diante dele.
—Seguro como o inferno que é—Viu o brilho dos objetivos das câmaras que se
giravam A seu passo, e os ouviu começar a pulsar e formar redemoinhos.
— Comecemos pelo princípio. Conta-me o tudo.
Ela respondeu a sua voz de comando endireitando seus ombros e examinando
dentro de seus olhos.
—Aproximadamente uma semana depois de que saísse, nós estávamos
esclarecendo ruínas na seção F21 na rampa.
Ele olhou a colina abaixo para o lugar. Fazia um ano, 6 metos de montões de
terra, eles encontraram uma rampa de pedra que descia para a tumba. Após tinham
concentrado sua atenção ali, atravessando a sujeira, trabalhando seu caminho para
onde Rurik acreditava que estava a entrada da tumba. Tinham seguido o caminho largo
de pedras entre o frio e as sombras escuras da terra. Tres metros e meio sob o nível da
terra, o caminho terminava em um canto formado pelas duas paredes verticais que
selavam a tumba.
Ashley continuou.
—Houve uma tormenta. Nós preparamos uma lona, mas a água seguiu gotejando
e o vento arrancou o canto da lona.
—Então deixaram o trabalho esse dia.
—Sim—Respirou fundo, e deu golpezinhos com sua manga na ponta
avermelhada do nariz.
Estava chorando. Por que estava chorando?
—Foi uma noite do demônio. A chuva caindo, e o vento uivando— As pessoas
botequim diziam que as banshees estavam anunciando que a morte tinha sido solta e o
mundo estava acabando-se—Tremeu como se a ameaça fosse verdadeira.
Ele não sentia nenhum cepticismo. Como poderia ele? Possivelmente as banshees
eram reais, ele era o último homem que poderia rebaixar as velhas lendas.
—Quando voltamos no dia seguinte, o sol tinha saído. A luz era brilhante e fresca.
Podíamos ver uma grande distancia—Olhou a tumba como se ela recordasse.— A lona se
foi. Algumas pedras sobre a parede de rocha cairam sobre a terra— e logo que abrimos,
o sol entrou na tumba pela primeira vez desde o dia em que tinha sido selada—E os
raios fizeram brilhar o ouro.
—Isso escutei. Em cada canal de notícias do aeroporto.
Ashley esfregou uma mancha em sua testa
—Eu lhe disse que deveria te chamar e depois pôr a coberta sobre…
—Você disse a Hardwick?
—Sim. E ele não disse a ninguém, mas as palavras escaparam com os aldeãos e
de ali, o rumor saiu voando da ilha sem que ninguém dissesse uma palavra—arrastou
seu dedo do pé pela áspera grama, contendo certa….Informação.
—Mas?
—Mas uma vez que os repórteres se apresentaram, Hardwick não pôde suportar a
pressão. ficou a escavar. Preparou tours, falou sobre o progresso da escavação—te deu
todo o crédito. De verdade, fez-o—Tocou a manga de Rurik, tão afligida que ele assentiu
em reconhecimento.
— Gostava de ser o centro de atenção. A todos gostou—Era refrescante tirar nossas
cabeças da sujeira e ter repórteres nos tratando como se tudo o que disséssemos fora
importante. Mas não fizemos nenhum mal.
O olhar de Rurik varreu a multidão, notando a quão repórteres surgiam agora
para eles.
—Falar com a imprensa pode haver sentado bem a vocês, mas não ajudou ao
lugar—Seguiu adiante, ignorando os repórteres, os turistas, quão visitantes gritaram seu
nome.
Ashley agarrou a sua manga, lhe deixando fazer caminho através da multidão.
—Hardwick disse que não tínhamos uma opção.
—Hardwick é um idiota.
A voz de Ashley subiu duas oitavas.
—Não diga essas coisas sobre ele!
—Supostamente é quem está no controle de tudo. Por que não deveria dizer? —
Rurik avançou pela borda da rampa. Chegou a cena na parede da tumba— E soube a
resposta antes de que Ashley respondesse.
Uma parede tinha sido rebentada. A rocha caiu sobre a terra. Dentro, uma janela
de ouro fazia gestos... E o punho de um sabre antigo de aço saiu daquela janela. A ponta
saiu do crânio de Hardwick.
E Tasya Hunnicutt, a mulher cuja coragem descuidada o irritava com fúria e
inquietação, lutou para levantar o corpo e ficar livre.

Capitulo 3

Os olhos da Tasya Hunnicutt se umedeceram enquanto se esforçava por levantar o


corpo inerte de Kirk Hardwick da afiado borda da espada. Ela não estava chorando,
exatamente, mas tinha chegado a cena a tempo para ver Hardwick colocando a mão na
tumba para recuperar o primeiro pedaço de ouro, e disparar a armadilha para bobos de
mil anos,essa cena se apareceria e repetiria em seus pesadelos. E em sua ocupação, ela
tinha visto muitas atrocidades para povoar seus pesadelos; ela não tinha esperado
nenhuma durante essa escavação arqueológica dirigida pelo frio, decisivo Rurik Wilder.
Mas Rurik não estava localizavel, e isso explicava o engano que havia pago
Hardwick com sua vida. Rurik não teriam permitido a Hardwick escavar a tumba
enquanto se expor diante as câmaras. Os repórteres nunca teriam podido intimidar a
Rurik para que se apressasse a escavação.
Ela ia caminhando, quando viu Hardwick ajoelhando-se diante a janela que dava
a tumba, e o ouviu dizer:
—Faz quatro a cinco mil anos, montões de tumbas foram construídas. A teoria do
Sr. Wilder é que faz mil anos, um guerreiro medieval chamado Clovus o Beheader tomou
a estrutura e a fez própria, abastecendo-a com o tesouro como antecipação de sua
morte.
Brandon Collins para o London Globe tinha gritado:
—O que levo o Sr. Wilder a essa conclusão?
—Ele fez uma extensa investigação sobre o Clovus e o caminho de destruição que
transcendeu pela França contemporânea, Inglaterra, e Escócia—Hardwick removeu
pedras da parede enquanto a equipe de arqueólogos de Rurik se mantinha em pé trás,
franzindo o cenho e olhando atentamente, seus braços cruzados.
—O Sr. Wilder documentou a lenta desintegração de Clovus desde ser o mais
poderoso e temido guerreiro de seu tempo a um homem fraco derrotado por uma
enfermidade, e ele risco a retirada de Clovus a esta remota localização…
Chegados a esse ponto, Tasya tinha saltado ao atalho de pedra. Ela era a
representante do National Antiquities, quão única tinha uma oportunidade de convencer
a Hardwick antes de que danificasse ao lugar—E Rurik machucasse ele.
Isso foi o por que ela viu o que aconteceu tão claramente: ela tinha estado a tres
metros de distância quando Hardwick se interrompeu e exclamou com alegria:
—É uma arca cheia de tesouros coberto de ouro!
Nesse momento, uma onda invisível de raiva congelante surgiu de dentro da
tumba. Não tinha experimentado tal choque de maldade pura desde dia em que tinha
quatro anos e tinha visto seu mundo subir em chamas. O frio se levou seu fôlego, cegou-
a, freou-a em seco.
Para quando ela pôde ver e falar de novo, Hardwick tinha alcançado o interior.
E a espada saltou para fora de um nada e lhe perfurou direto através do olho.
O brilho embotado de ouro devia ter sido a última coisa que pôde ver em vida.
Hardwick morreu instantaneamente, a espada pendurada dele como uma horrível
advertência a tudo o que se atrevesse a assaltar a santidade do tesouro de Clovus.
A multidão ofegou, murmurando, gritando... E encolhendo-se atrás da borda do
meio-fio. De modo distante, Tasya ouviu o estalo e zumbido de câmaras e computadores,
como os repórteres e turistas lutavam para capturar a cena e transportar uma história
que em um instante tinha passado de ser algo insignificante a um espetáculo.
Ninguém veio em sua ajuda. Tinham medo.
Tasya teve medo, também. Para ela, a tumba aberta exsudou uma maldade
evidente, tão grosa e ácida como o veneno. Ela respirou, e desejou urgentemente
desfazer-se dela, mas a malevolência era velha, potente, e infinita.
Ainda assim, alguém tinha que mover Hardwick da espada, colocá-lo sobre a
terra, e dar o que se devia aos mortos. Embora ela mesma se orgulhasse de sua força
superior, Hardwick era tão alto como rechoncho, e cada vez que ela movia o corpo, o
som da espada que raspava a carne e o osso a fazia querer vomitar.
Então o ouviu. A voz que fazia um mês que não escutava, dizendo seu nome com
paixão…
—Espera, Tasya, e te ajudarei.
Ela olhou para cima. Viu Rurik baixando ao longo da rampa sem prestar atenção
a sua própria segurança.
Duas reações a golpearam simultaneamente.
Meu amante.
E...
O idiota. O maldito idiota.
Liberada do peso de Hardwick, lançou-se para o Rurik. Ela afundou seu ombro
em sua barriga, enviando-o a uma inevitável queda, e antes de que ele pudesse
recuperar sua respiração, arrastou-se sobre ele e disse em seu rosto:
—Não tem nenhum sentido comum? Há mais armadilhas para tolos.
—Quem não tem sentido, então?—Seus olhos, a cor do conhaque cru, arderam
com irritação—Por ela.
Se sua conduta fosse algo pelo que julgá-la, ela sempre o teria irritado.
—Eu estou sendo cuidadoso, não indo pelo caminho com minha cabeça bem alta,
perguntando como me poderia cortar isso
—Eu passei por este caminho antes.
—Sim, e quando a primeira pedra nessa parede se moveu, tudo nesta tumba saiu
de equilíbrio—Agarrou a camisa de Rurik em seus punhos e sussurrou suavemente, não
querendo que nenhum dos repórteres escutasse.
— O velho demônio que está enterrado aqui está determinado a nos fazer pagar caro
pelos conteúdos. Nada é seguro.
—Então o que está fazendo aqui?—seu abdômen era sólido. Ele estava quente. E
ela tinha frio e medo. E se sentiu protetor para ela.
Isso estava errado. Tão errado.
—O que queria que fizesse? Deixar a Hardwick aos pássaros de carniça?
Ele pareceu deixar de respirar, e suas pálpebras fraquejaram, e seus olhos
cresceram. . . Nublados, como se ele lutasse para ocultar algum segredo dentro dele.
Apressadamente, soltou sua camisa.
Ninguém sabia melhor que ela que seu liso e castanho cabelo se sentia suave
quando ela enredava seus dedos nele, que o corpo tenso sob sua roupa de trabalho
poderia transportar uma mulher ao êxtase, que a tatuagem gravada em seu forte peito,
ventre, e braço devia ter sido a insensatez de um jovem, e a de uma mulher era riscá-lo.
A memória do prazer que eles tinham compartilhado a fez derreter-se. O calor de posse,
quando ele procurou marcá-la como dele, tinha-a feito gozar.
Mais que isso, as vezes quando ela estava perto dele, experimentava a ardência de
algo... Espantoso. Algo o que recordou aquela noite de fogo e destruição, medo, e a
escuridão interminável.
Ela se acalmou e se afastou dele.
Seus olhos voltaram a ser normais, e se abriram de repente com irritação.
—Sempre tem que ser a única em jogar-se no perigo? Não pode deixar só por uma
vez alguém mais fazer o relatório sobre o massacre na Somalia ou a praga na
Indonésia?—Agia como se tivessem tido esta luta cem vezes, quando em realidade ele
nunca tinha mencionado seu trabalho antes.
Eles mal tinham falado antes. Sua mútua antipatia não tinha requerido palavras.
Sua paixão mútua tampouco.
Não. Nada de lembranças. Não agora!
Ela deu uma olhada por cima aos rostos que os olhavam atentamente. Os aldeãos
estavam ali. Os repórteres. A equipe arqueológica.
–Este não é momento para conversa.
—Quando sugere então que falemos? depois de ter feito o amor toda a noite? Não,
espera. Você não fica para um tranqüilo café da manhã. Partiu sem dizer adeus—Rurik
permaneceu sobre a terra, sarcástico e, graças a todos seus intentos e propósitos,
relaxado.
Não a pôde enganar. Cada músculo de seu corpo estava tenso.
Porque queria aproveitar-se dela? Para lhe recordar que a última vez que tinha
posto seus olhos sobre ele, tinha estado nua em seus braços?
—Não agora—Disse entre dentes.
—Me acredite, dei-me conta, ou se não eu estaria enfocando uma luz para seus
olhos enquanto te interrogava—Deliberadamente, incorporou-se, e apoiou seus braços
sobre seus joelhos inclinados.
— Diga-me que aconteceu aqui.
Ela estava mais que alegre pela mudança de tema.
—Hardwick nunca o viu vir. Ele tirou uma pedra e a espada saltou por volta de
fora—Tinha estado esperando durante mil anos a que ocorresse isto.
Rurik olhou a Hardwick, e seu rosto não mostrou nenhum sinal de compaixão.
—O tolo filho de uma cadela.
—Ele não merecia morrer por sua estupidez. Ninguém merece isto.
O olhar fixo de Rurik trocou para ela.
—Não. Ninguém merece isto. Infelizmente, passa mais do que qualquer de nós
gostaríamos.
—Olhe, vai estar cada palavra que diga carregada de significado?—Ouviu um
murmúrio, e olhando para acima as linhas de faces fixas cheias de avidez, compreendeu
que tinha elevado sua voz.
—Tiramo-o fora daqui?—perguntou Rurik.
Ele agia como se seu arrebatamento desenfreado tivesse satisfeito alguma
necessidade perversa nele, ou tinha demonstrado algo, e isto a zangou mais ainda.
— Espero não perder a cabeça por um corte. Poderia necessitá-la algum dia—Ela
se dirigiu de volta ao corpo de Hardwick.
Rurik a seguiu, enquanto mantinha seu perfil baixo e seu corpo firme, um homem
que se mostra como um alvo mais pequeno a seu inadvertido, e longamente morto,
atacante. Agarrando Hardwick por debaixo de seus braços, ele o elevou, facilmente,
gentilmente.
As lágrimas ardiam nos olhos de Tasya outra vez e fizeram que seu nariz picasse.
Esta não era só a dor e o choque; ver Rurik tratar a Hardwick como se fosse um bebê
que necessitava um descanso causava uma pontada de alheia ternura a sua natureza.
Porque, como poderia uma mulher como ela levar uma mala cheia de ternura em
suas viagens? Isso abria a porta à dor do coração, e interferia com o trabalho.
Ela não era uma idiota, sabia que seu trabalho era importante. Suas fotos
mostravam uma resolvida luz sobre a guerra e a pobreza, e suas histórias detalhavam
injustiças tão inequivocadamente que ela era um personagem não grato para alguns
governantes do mundo... E uma heroína para outros.
Mais importante ainda, quando tivesse êxito conseguindo seu livro publicado com
a estrondosa companhia de publicidade, ela teria melhorado o mundo, e ganho o pedaço
mais pequeno, mais suculento de vingança pessoal. Tudo o que a posicionaria nas
prontas de best sellers do mundo seria a evidência que existia naquela tumba.
Ela seguiu Rurik sobre a rampa, olhando, escutado, sentindo, em busca de mais
armadilhas.
A multidão estava em silêncio. Rurik colocou o corpo sobre um dos carros que a
equipe usava para mover os escombros, e encarou as pessoas que estava em pé ao
redor.
Visivelmente, ele tinha as rédeas em suas mãos.
—Marta e Charlie, escolham a duas de minha equipe para ajudar a arrastar o
corpo ao povoado e amortalhar o Sr. Hardwick.
Martha era a proprietária da loja do botequim e a loja de comestíveis, tão a cargo
como alguém pudesse dos duzentos pescadores, granjeiros, e anciões de Roi. Charlie era
o cara que distribuía conselhos religiosos, não um ministro, mas um homem sábio com
uma boa cabeça sobre seus ombros.
Eles assentiram, tomaram a Jessica Miller e Johnny Boden de sua equipe, e se
dirigiram para o povoado. Assim que cobriram a colina e desapareceram da vista, os
repórteres começaram a gritar perguntas. Ele ondeou pedindo silêncio.
—Nós queremos lhe oferecer o respeito apropriado ao Sr. Hardwick, e ao mesmo
tempo assegurar o lugar que ele tão arduamente trabalhou. Hardwick acreditava
profundamente na proteção de nosso patrimônio e entender o passado, pelo que quero
que cada um fique atrás enquanto eu removo a arca com o tesouro e qualquer outro
objeto de valor. Então poremos um guarda para este lugar e os objetos.
Tasya observou enquanto os repórteres respondiam a seu fácil ar de comando,
escrevendo e gravando cada palavra que havia dito.
Desde a primeira vez ela o tinha encontrado, tinha sabido que ele era um homem
nascido para a autoridade. Ele nunca partia sem olhar a suas costas para ver se alguém
estava seguindo-o que sempre ocorria. Suas gente lhe rendiam culto. Ela disse que era
porque ele tinha sido um piloto das Forças Aéreas; sabia isso porque não tinha podido
resistir a investigar seu passado. Guardava rancor por ser capaz de fasciná-la sem
realizar nenhum esforço enquanto a tratava como uma peste insignificante, uma
mexeriqueira enviada pela National Antiquities Society para vigiar seu trabalho.
Então... Eles fizeram amor, e demonstrou que tinha estado emprestando mais
atenção da que ela tinha imaginado.
Meu Deus. Quando Rurik Wilder mostrou interesse por uma mulher, por ela,
sentiu-se como uma tonelada de tijolos. Quando descobriu que toda aquela indiferença
metódica que tinha desdobrado não era nada mais que uma fachada que usava para
desafiá-la, atrai-la em seus braços... Certo, ela correu. Correu como um coelho
assustado.
Ela ainda pensou que seu vôo tinha sido o melhor, a mais inteligente decisão que
ela pôde ter tido... Se ela nunca tivesse tido que vê-lo de novo.
Mas aqui estavam, em pé diante a tumba que traria seu êxito e vingança, e
enquanto o via tomar uma toalha e limpar as manchas do sangue de Hardwick na pedra
e organizava vários turnos para guardar a tumba, tudo no que ela podia pensar era o
muito que queria mantê-lo a salvo.
Era uma idiota. Que pedaço de idiota.
Seu olhar trocou para o seu. Por um momento, seu coração trilou quando ele se
centrou nela.
Então disse:
—Srta. Hunnicutt, necessitarei que dirija a equipe aqui enquanto eu abro a
tumba…
Em uma labareda, toda sua determinação retornou apressadamente.
Se ele descobrisse o que ela esperava descobrir, provaria a perfídia dos Varinski
que transcendia a mil anos atrás, ela estaria a seu lado. Ela sorriu, um ataque frontal
cheio de encanto misturado com resolução, e disse:
—Necessitará que eu tome fotos enquanto escava o lugar. Assim que eu ficarei
com você.

Capítulo 4

Rurik se ajoelho diante a janela da tumba, removendo as pedras uma por uma,
removendo o pó de um milhão de anos.
Concentrado em seu trabalho… E ao mesmo tempo, ao longo das bordas de sua
mente, era consciente de Tasya. Escutou os clicks de sua câmara gravando seus
movimentos. Escutando sua voz quando tomava nota de seus progressos. Filtrando o
calor de seu corpo, já que se ajoelhava junto a ele.
Não a queria aqui.
Todos os dados da investigação do líder guerreiro Clovus diziam que não tinha
tido nada melhor que fazer que ser um assassino em série medieval um canibal, um
selvagem, um valentão que queimou tudo em seu caminho a destruição da Europa, e
que obteve muito prazer no sofrimento de outros, a sociedade moderna o etiquetaria um
psicopata.
Armadilhas?
Sim, para todos, Clovus foi sem dúvida queimado no inferno, e não teria usado ali
seu saque, ele poderia haver-se assegurado o que ninguém mais pudesse ter um
momento de prazer com sua bota de cano longo.
Trabalhar aqui era mais ou menos esperar então pelo seguinte golpe para cair… E
se Rurik não tinha Tasya para cuidar poderia ser o seguinte morto deitado sobre uma
laje na igreja.
Ao mesmo tempo, regozijou-se de saber que trabalhavam juntos de novo. Ele
poderia mantê-la com vida, e de algum jeito lhe fazer pagar por fazê-lo passar por tolo.
Fazer pagar com seus lábios, corpo e mente, uma e outra vez, até que ela não tivesse
forças para ficar em pé.
Como aliviado por cada pedra longe do caminho, abrindo uma porta mais e maior
na casa dos mortos, ele manteve sua atenção sobre seu trabalho e longe da plataforma
de pedra que albergava o cofre do tesouro.
Quis estender a mão e tomá-lo mas a lição ensinada pela avareza de Hardwick não
podia ser rebaixada. E também a posição do cofre era suspeita por que pôr um tesouro
que poderia ser visto facilmente por um casual ladrão? Por que estava ali uma parede de
pedra atrás que ocultava o interior da tumba? Uma fina folha de ouro martelada cobria a
caixa, e a fechadura de cobre sustentava uma chave, esperando dar volta.
O cofre do tesouro era um sonho, e Rurik não tinha dúvidas de que havia mais
armadilhas esperando por ele.
–Espera um minuto, Rurik –Tasya se virou e entregou a câmara a Ashley.
– Recue cuidadosamente e toma fotos do projeto em seu conjunto. Quero um
marco amplo das paredes, o caminho, e o buraco de entrada.
–Correto –Ashley soava alegre de voltar parecia estar muito assustada.
Quando pôs seus dedos na seguinte pedra, Tasya estabeleceu a mão sobre a dele
e falou suavemente em seu ouvido.
–Não a tire, que esta frouxo.
Ele virou para olhar em seus olhos.
O brilhante azul se transformou solene e cinza; ela sabia algo que ele não.
–Não se sente bem. Um passo atrás, e tira ele com um pau ou um gancho de
agarre.
Que não se sente bem? Que diabos significa isso?
–Por que devo te escutar? –Por que escutar a advertência de uma mulher com
nada mais que ela e sua profissão?
A mão da Tasya apertava sobre a sua.
–Não é que eu goste de malditamente se viver ou morre. Mas não estou ansiosa
por ver outro homem gotejar sangue enquanto ele se pendura na ponta de uma espada.
–Encantador.
–Exato. Então o que tem a perder? –Seu tom sarcástico desmentia a intensidade
em seu rosto. Ela estava tão segura. Tão segura.
E enquanto ele quis despedi-la, tinha visto sua mãe, a mulher mais prosaica no
mundo, agarrada nas faces de uma poderosa profecia. Durante aquele dia fazia menos
de duas semanas, sua vida se partiu pela metade… Outra vez.
Um homem aprendia de suas experiências. Rurik não poderia afastar a Tasya do
perigo, mas poderia usar a oportunidade para descobrir mais dela, e seu passado, o
passado sobre o que nunca falava.
Movendo-se com cuidado, ele retirou sua mão da pedra. Girou sua palma dentro
da sua, e agarrou seus dedos.
–Há algo ali do que queira me dizer?
Tasya encolheu os ombros e olhou ao longe.
–Tenho uma sensação –disse ela em um tom baixo.
- Tem uma sensação sobre o Hardwick?
A pálida tez da Tasya se tornou cinza.
Aparentemente, inclusive um duro repórter conhecia o medo quando roça pelo
sobrenatural.
–Sim. Mas não pude chegar a ele a tempo.
Puxou sua mão para liberá-la, e ele a deixou. Ela evitou seu olhar, não querendo
lhe dar entrada a pergunta sobre sua intuição… Como se ele quisesse, enquanto os
repórteres e turistas olhavam com avidez, e Ashley estava atrás deles, câmara em mão,
gravando cada movimento e palavra.
–Ashley, consegue o gancho de ferro –Ele a chamou. Quando Ashley se apressou
pelo caminho para seu abrigo de armazenamento, ele riu para Tasya.
– Por fim sós –Seu fixo olhar em seus olhos, depois longe.
– Não o faça.
Ele estiro a mão… Ela o tinha abandonado, tinha deslocado sem uma palavra,
sem uma nota, sem uma chamada. Ele tinha despertado a partir de uma longa noite de
fazer amor para descobrir uma cama fria e sem nenhum sinal da mulher que ele tão
cuidadosa e astutamente, cortejou e reclamou.
Agora aqui, eles estavam cara seu rosto, sozinhos, e ela desesperadamente quis
evitar uma íntima discussão… Que doce vingança. Isto era um reatamento da
perseguição, mas desta vez ele não se aborreceu com o subterfúgio ou a sutileza. Desta
vez, ela sabia que ele estava em quente busca… E sabia que estava zangado.
Naturalmente ao ser Tasya tentou tomar o comando da situação.
-Este não é o momento, nem o lugar para falar de assuntos pessoais. Temos um
trabalho que fazer.
–Estou de acordo. Falaremos de nossos assuntos pessoais… Mais tarde –permitiu
que seu olhar vagasse da ponta de sua cabeça até a ponta de seus desalinhados sapatos
de esporte, tocando todos os pontos importantes no meio.
Ela avermelhou em um doloroso tom.
–Eu não corri.
–Como um coelho assustado –Ele espaçou as palavras, tomando cuidado em
acentuar cada sílaba.
- Te olhe. Não pode mentir sobre isso satisfatoriamente –Riu suavemente, com
uma ponta de ameaça.
– Tenho a intenção de tomar posse do que é meu.
Ela se inclinou para ele, levantando seu queixo.
–Não sou sua –Seu queixo deu um passo involuntário.
Ashley pingareou.
–Aqui está o gancho de ferro, senhor.
–Obrigado –Sem soltar o fixo olhar de Tasya, aceito o comprido poste.
–Deveria ter deixado que a armadilha saísse –Disse Tasya com ferocidade.
–Poderia você salvar o mundo e deixar-me ir ao inferno? –Ele zombou.
–De onde você se senta, prometo-te esta será uma viagem curta.
–Mas Tasya, tenho-te comigo… Aonde vá.
Eles se olharam fixamente um ao outro, desafiando-se cada um com seus corpos
e suas mentes.
–Wauu! Estas vão ser grandes fotos! –disse Ashley.
Ele ouviu o estalo do capturador. Viu Tasya dar volta e arrebatar sua câmara das
mãos de Ashley. Ele relaxou e sorriu.
–Tem razão, Ashley. Aquelas vão ser grandes fotos.
Duas horas mais tarde pelo tempo em que eles terminaram, Rurik tinha saltado
mais de três armadilhas. Com a ajuda de Ashley, Tasya tinha tomado duzentas fotos.
Tinham limpo completamente a entrada e Rurik ajudou a sustentar o cofre do tesouro
em suas mãos.
Em todo caso, a multidão ao redor tinha a tumba maior. Ele não sabia de onde
vinham eles; cada pessoa da ilha já estava aqui. Então, um helicóptero se aproximou, e
compreendeu que as pessoas da imprensa chegavam de qualquer forma que pudesse.
Tinha estado concentrando-se com muita força para notá-lo.
Concentrando-se em seu trabalho. Concentrando-se em manter segura a Tasya.
Concentrando-se em observar o sexto sentido que ela tinha estado ocultando a tais
dores.
Ela estava sensível… A que? Intenções cruéis? O resíduo do mal que rodeou o
morto Clovus e todos seus feitos?
Rurik não sabia, mas sabia que seu conhecimento não a tinha tomado de
improviso. Ela tinha estado muito conciente de sua capacidade, e isto o fez ser ainda
mais curioso sobre ela.
Quando havia ela aprendido que tinha tal presente? Que acontecimentos tinham
provocado seu instinto?
–Há uma armadilha no cofre? –perguntou ele suavemente.
–Não –Ela encontrou seu atento olhar de interrogatório.– Estou segura –Olhou
atras na tumba.
– Estamos seguros por agora. Há mais ali, mas não… De algum modo, eles estão
em silêncio. Atrás de algo, penso.
–Correto.
O sol baixava sobre o horizonte ocidental.
Reverentemente ele levou o cofre do tesouro para as sombras e entre os raios que
ainda brilhavam no final do caminho de pedra. Não o colocou sobre a terra, ajoelho-se
sobre ela.
Como se fosse um sinal, Tasya se ajoelhou em um lado e Ashley no outro.
Ele estava bem conciente em que pareciam com antigos sacerdotes que adoravam
a um deus de ouro. Olhou para Tasya.
Ela começou suas fotos reverentemente, ainda mais uma animação que fez claro
que este achado era importante e emocionante. Ela desempenhou sua parte com
perfeição, já que servia ao National Antiquities e sua desesperada necessidade por
financiar.
Ele deu volta a chave na fechadura de bronze, nunca esperando que pudesse abri-
la. Ainda enquanto os funcionamentos faziam um chiado e horrível som, o eixo da chave
se sustentava estável. Abriu a tampa sem a visível vacilação.
Ashley ofegou.
A multidão murmurou.
A câmara de Tasya pulsou quando disparo o tiro.
O conteúdo era tudo o que um arqueólogo pudesse desejar.
Eles brilharam.
Com grande cerimônia, removeu cada pedaço e colocou sobre a terra. Uma adaga
de aço com jogo de safiras em um punho de prata. Um bracelete de ouro em forma de
uma serpente com olhos de rubis. Anéis de braceletes em ouro e âmbar.
Cada vez que ele extraiu um artefato, os repórteres falaram por microfones,
tomaram imagens fixas e registraram vídeo.
Mas quando alcançou a base final de cedro do cofre, deu um toque para
assegurar-se que não existisse nenhum falso botão e nada oculto nas profundidades, e
sussurrou.
–Maldição.
“Cada um de meus quatro filhos deve encontrar um dos ícones Varinski.”

Rurik sempre soube da lenda de Varinski. Seu pai tinha contado a história, e a
seus irmãos Jasha e Adrik, e a sua irmã Firebird.
Fazia mil anos, um guerreiro brutal vagou pelos estepes russos.
Conduzido por sua ânsia de poder, o primeiro Konstantine Varinski cometeu uma
terrível negociação. Em troca da capacidade de trocar-se a vontade em um predador
insensível, prometeu sua alma, e as almas de seus descendentes. E pagou ao Diabo com
os ícones benditos Varinski e o sangue vital de sua mãe.
Cada um de seus quatros filhos deve encontrar um dos ícones Varinski.

Zorara tinha só três filhos. Um tinha desaparecido nas regiões inexploradas da


Ásia. Sua profecia era impossível.
Mas menos de uma semana depois de sua visão, Jasha tinha chegado a sua casa
em Washington com sua mulher e um dos ícones Varinski: uma interpretação russa
tradicional da Virgem.
Ela sustentava ao menino Jesus, José em pé a sua direita, e seus halos brilhavam
com as folhas de ouro. Seus trajes eram de cor vermelha cereja, o fundo de ouro, e seus
olhos… seus olhos eram grandes e escuros, cheios de compaixão.
Então Rurik, quem já tinha estado procurando um modo de romper o pacto, agora
tinha que encontrar o seguinte ícone.
Ele tinha sido um piloto das Forças Aéreas; isto estava contra cada fibra de seu
ser, acreditar em uma visão e uma profecia.
Mas como outros homens em sua família, ele vivia cada dia amarrado a um pacto
com o Diabo. Seria um idiota o desmentir o sobrenatural, mas verdadeiramente punha
mais fé em sua investigação. Ele tinha acreditado que tinha localizado o correto chefe
militar e sua tumba.
Mas o ícone não estava no cofre.
E em um tom desesperado, Tasya sussurrou.
–Maldição.
Ele lhe dirigiu um duro olhar.
Este achado trouxe publicidade a National Antiquities, um rico numero de
artefatos, e repórteres para cobri-lo tudo.
O que poderia desejar Tasya?
O que procurava ela?
E por que?

Capítulo 5

Em julho no norte de Escócia, o sol se elevou as quatro da manhã. Rurik se elevou


antes. vestiu-se de camuflagem e botas de combate, e saiu fora a sua usual corrida
matutina, salvo que não era seu costume correr pela manhã.
Agora enquanto ele sabia que os repórteres tinham atirado seus travesseiros sobre
seus olhos e os vizinhos dormiam a ressaca, percorreu o caminho a tumba.
Passou-se a tarde anterior no botequim do povo, elogiando a Hardwick,
presumindo os descobrimentos da tumba, fingindo modéstia, e compartilhando o crédito
com cada um dos membros de sua equipamento. Tinha tomado muitas cervejas
inglesas, e observado a Tasya através da multidão, intercambiando informação com os
repórteres, respondendo as perguntas de turistas, e falando com os arqueólogos locais.
OH, e ignorando a ele. Ela fez isso com uma facilidade óbvia e consumada.
Ao menos podia ter consolo no fato de que ela se incomodou. Pior, muito pior,
seria se o tratasse com a indiferença com que tratava aos outros. Era meia noite quando
ele se foi a cama, e as três da manhã quando se levantou, insone e desesperado por
retornar a tumba.
Não tinha localizado o ícone Varinski. O cofre do tesouro pôde havê-lo contido
uma vez, segundo a investigação do Rurik, tinha-o contido uma vez, mas agora se foi.
Ainda a tumba era grande e Clovus tinha demonstrado ser mais matreiro e mais
cruel do que Rurik imaginou; possivelmente o ícone se encontrava secretamente em
alguma parte dentro do lugar. Ou possivelmente a tumba continha uma pista a respeito
de seu paradeiro. Hoje os arqueólogos e repórteres se apressariam a tumba com as
esperanças de classificar os descobrimentos... Então ele correu.
O sol estava em suas costas. O ar fresco encheu seus pulmões. Seguiu o caminho,
seu passo era comprido desafiando rapidamente a ascendente custa da ilha. Entretanto,
quando se aproximou do montículo de terra, encontrou seus homens afastando-se. Que
demônios. . .? Parou-se e esperou até que Connell e Tony o alcançaram.
—Este não é o tempo para a mudança de guarda.
Connell apontou.
—MacNachtan ainda esta lá encima com seu rifle.
O cruel aldeão parou em um grupo de pedras, perfilado contra o céu, e Rurik lhe
enviou uma forte saudação.
—Não podemos ver sentido algum de que todos nós estejamos aqui –Tony tinha o
cabelo de ponta—Provavelmente tinha dormido com a roupa posta.
—Todos nós? –perguntou Rurik.
—Hunni disse que você estaria logo por aqui –disse Connel.
—Hunni? –Rurik olhou fixamente a grama, enquanto soprava a brisa do oceano,
na tumba, paciente e ameaçador.
— Tasya Hunnicutt está aqui?
—Sim, disse que você queria que ela começasse fotografando a entrada –Tony lhe
sorriu abertamente, com a careta afetada de um homem que para um momento tinha
completado seus sonhos com palavras e sorrisos coquetes de uma mulher.
—Você sabe, chefe, é genial tê-la aqui de Nacional Antiquities. Ela tem um
verdadeiro caso de quentura pelas coisas dali. Poderia ser uma arqueóloga ela
totalmente o consegue.
—É assombrosa –em mais de uma forma. Rurik observo os meninos se afastarem.
O gênio idiota. Nunca lhe ocorreu que Tasya pudesse estar mentindo, que poderia
ter um motivo oculto. A utilização de arqueólogos para proteger a tumba parecia como
usar cachorrinhos para proteger um hidrante de insetos.
É obvio, nunca teria ocorrido a ele que Tasya se levantaria mais cedo que ele para
comprovar a tumba. Assim que quem era o gênio idiota, agora?
Caminhava pela rampa de pedra para a entrada da tumba, tomando cuidado de
que Tasya não o ouvisse.
Sempre tinha pensado que ela sabia muito, estava muito interessada, tinha razões
para seguir a escavação tão estreitamente. Agora tinha a intenção de interrogá-la...Ee
desfrutaria de cada minuto.
A luz gotejou dentro da tumba. Ela tinha alguma fonte de iluminação, e podia
ouvir sua câmara, tomando imagem atrás de imagem. Tomando cuidado de não alertar
sua presença, ele se moveu para dentro e olhou fixamente.
Ali estava ela, vestia uma camiseta de camuflagem com seus gloriosos jeans
apertados.
Não era de estrranhar que os meninos acreditassem em cada palavra que ela
dissesse. A mulher tinha uma forma que fazia que um homem queria atirar esse gol
através desse pneus. Repetidamente.
Levava botas de trabalho negras, e sua mochila cáqui descansava no chão ao lado
dela. As pessoas poderia supor que viria vestida para o pó na tumba… ou se um fosse
supersticioso, poderia acreditar que tinha levado a camuflagem pela mesma razão que
ele. Então não seria facilmente vista. Ela se ajoelhou na parede atrás da prateleira onde
o cofre do tesouro tinha sido colocado. Os entalhes cobriam a pedra, e apoiou a lente da
câmara perto. Para capturar cada painel.
Como fascinava. Ela trabalhou exatamente a parede que ele pensava examinar.
Por que estaria interessada nos entalhes quando o interior da tumba poderia conter
mais ouro? Mais jóias?
O que estava procurando?
Agora mesmo, a não importava. Porque eles estava sozinhos. Assim como o tinha
prometido, tinha-a encurralada, e não tinha para onde correr.
Deliberadamente, ele surgiu da entrada, bloqueando a luz do sol que alcançou
dentro, tocando a parede… Tocando a ela.
Quando ela se virou ao redor, ela se agachou em uma posição lutadora.
—Estas nervosa –Ele se agachou na tumba—, Por que? É culpada?
—Rurik O que esta fazendo aqui? –Ela o olhou diretamente nos olhos.
—Supõe-se que eu me encontre aqui conforme disse a meus rapazes.
—Sim, bem –Pôs a câmara ao redor de seu pescoço e se preocupou com pequenas
cenas.
Sim. Era culpada.
—Não podia esperar a ver que era o que havia dentro da tumba –Disse ela.
—Mas não está dentro. Estava concentrada nos entalhes da parede de entrada.
Por que era isso?
—Sou fotógrafa do National Antiquities. Preciso ter um record de cada pedaço da
tumba –Seu cabelo negro se frisava tumultuosamente, como se não tivesse feito nada,
mais que passar seus dedos através dele.
Rurik estendeu a mão.
Ela tentou tornar-se a um lado, depois deliberadamente não se moveu. Tratava de
convencer o de que não se preocupava de que a tocasse? Boa sorte.
Ele envolveu um cacho atrás de sua orelha.
Ela mordeu o lábio.
Garota inteligente. Deveria estar preocupada.
Deslizando sua mão atrás de seu pescoço, puxou ela para ele.
—Não –Ela apresentou seus punhos.
—Tenta me deter –Ele riu com um sorriso dentuço.— Realmente eu gostaria que
lutasse.
—Por que? O que vai fazer? me forçar ou me beijar? –Soava altiva como somente
uma mulher independente podia soar.
—Não tenho que te obrigar a fazer nada –Sussurrou ao ouvido—Vou fazê-la tão
quente, que nos fundiremos juntos, e nunca saberá onde eu termino e você começa.
A forma em que ela respirou fez maravilhas com seu temperamento.
Voltando sua cabeça, ele beijo sua bochecha.
—Mas depois… —Depois, quando ele tivesse jogado com ela, quando ela estivesse
fora de balanço, ameaçando seu mundo, e prometido o céu.
Não podia fazer o amor com ela, não podia fazer que ficasse com ele, mas por
Deus, se ela corresse outra vez, ela o recordaria.
Girando sua atenção a parede, e em um tom que garantia incomodá-la, ele disse,
—Isto demonstra um presente de Clovus que se parece muito A… Espera, sim,
parece invaliavel… Se vê como o pacote de uma barra de Hershey!
Realmente, parecia como a forma e tamanho de um ícone. Mas os artistas
medievais não usavam a perspectiva realista, e os entalhadores de pedra no norte da
Escócia lhes faltavam as vezes as habilidades dos artesãos do sul. Até que ele tivesse
estudado a escritura, não poderia estar seguro que presente de Clovus tinha recebido, e
inclusive então, seria duro; levaria-lhe tempo levar longe pedaços e emplastros.
—Não seja idiota –Obviamente, Tasya nunca tinha querido algo tão sinceramente.
— É muito curto e amplo para ser uma barra de Hershey. Me acredite. Eu sei o
que é minha barra de Hershey –Olhou ela novamente através da câmara, e tirou
fotografa de vários angulos.
Não sabia por que Tasya estava tão interessada. Mas ao final o que importa isso?
Enquanto ele pudesse ler a escritura e estudar as talhaduras, teria êxito em sua parte
da busca.
—Tomaram fotos de tudo?
—Tomei um panorama geral. Agora estou fazendo umas tomadas desde vários
ângulos usando outros tipos de luz.
—Bem ainda nenhum woo...woo sobre as armadilhas de bobo?
—Nada. Estamos seguros
–Bem.
Ele tirou a lanterna do bolso em sua perna.
—Eu estou seguro. Você esta com sérios problemas.
Ela deteve a tira de fotos e se acendeu com exasperação.
—Não deixa de ser odioso em cada oportunidade que te aparece.
—Não estou sendo odioso. Estou sendo realista –Se moveu ao redor da borda da
parede Através dos escombros, e ilumino com uma lanterna a hall da tumba.
As paredes eram de pedra, densa e escura, e sua cabeça roçou o teto da pedra.
Ferramentas antigas e ossos de animais desordenados no chão, e diante o muro um
altar de pedra. Um sarcófago de pedra entreaberto se apoiava contra ele.
Tasya caminhou dentro com ele.
—O que há aqui?
—É uma mistura da idade de bronze e de artefatos medievais. Isso confirma
minhas suspeitas—A tumba provavelmente é de quatro mil anos, e Clovus tirou o rei e o
enterrou aqui, e confiscou as terras para ele.
—Esse sujeito não tinha medo, não é?
—Nenhum medo da morte, e pouco respeito pelo passado. Suspeito que este
sarcófago contém ao primeiro ocupante da tumba.
—Eu não gosto deste lugar –Ela encolheu os ombros inquietamente.
— Onde esta Clovus?
—A câmara do enterro está ali –Rurik cabeceou para uma parede de pedra lisas.
—Sim –ela estremeceu—, posso senti-lo.
Ele não sabia nada dela. Nada. E aqui estava sua oportunidade.
—O que sente? Como sabe que é ele? Em quanto tempo se pode deduzir se for um
homem mau?
Não pensou que responderia, mas ela tomou suas perguntas uma de uma vez.
—Sinto-me como se estivesse afogada pela escuridão. Não estou segura de que
isto é Clovus, mas quem pode ser? E os senti quando tinha quatro anos, e nunca me
esqueci a sensação
—Eles? –ela tinha toda sua atenção.
— quem são eles?
Não prestava atenção, mas gradualmente dirigiu sua cabeça para a entrada e
olhou fixamente e intensamente. Sussurrou.
—Talvez não seja Clovus mas sinto… Que eles estão aqui.
Ao mesmo tempo, ele ouviu vozes, e não teve problema de poder reconhecer seu
acento, seu tom jactancioso, sua ameaça Varinski. O filho de uma cadela. Varinskis.
Seus primos do inferno o tinham encontrado.
Os Vainskis foram treinados para encontrar o incauto, assassinar a seus inimigos,
para destruir tudo o que eles queriam destruir. Usualmente, só realizaram seus
assassinatos e sabotagens só pelo pagamento de seus clientes. Ninguém estava pagando
agora. Eles caçavam os Wilder por vingança. Tinham encontrado seu irmão mais velho,
Jasha. Agora o encontraram .
Rurik se encontrava aqui… Entre seu destino e uma mulher que para que lhe
doesse a cor e temperatura de fogo.
Sua morte acabaria com a esperanças de sua família, mas ele lutaria, e
conseguiria tirar Tasya. Não merecia morrer porque estivesse com ele.
—Volta –Disse ele— Vai para atrás do altar.
Ela olhava a câmara em sua mão.
—Minha mochila. Minha mochila estava ali na entrada!
Ele se deu pressa, agarrou sua mochila e sua lanterna, e a empurrou a parede de
trás. Juntos se ajoelharam atrás do altar. Pôs-a atrás dele—E com um ofego, ela
desapareceu na parede. Um pequeno painel de sólida rocha a tinha girado e tragado.
Ele colocou a mão na densa....Escuridão.
Ela agarrou sua mão, e sua mão tremeu. O mesmo fez sua voz.
—Estou aqui. A um passo.
Sim. O ar fresco vinha direto do mar.
Ele se apoiou. Sua visão era excelente,mais que excelente,e viu uma câmara
pequena de pedra e um túnel que se torcia longe na terra. Empurroo sua mochila e
lanterna para ela.
—Vai. Preciso ouvir o que eles dizem.
Atirando-se atrás no hall da tumba, fechou a parede, agachou-se, e esperou.
Havia quatro deles, homens é obvio os Varinskis só produziam filhos e Rurik
compreendeu em seguida que eles não suspeitavam que estava aí.
Também compreendeu que Boris, a cabeça dos Varinskis, não tinha enviado a
seus principais homens a esta missão. Ou se ele tinha, o Varinskis tristemente foi
superestimado. Como todos eram ruidosos, ineptos, despreocupados sobre o que, ou
quem, poderia ocultar-se na tumba. Eles andaram, moços sem cuidado no mundo.
Um deles, um rude de trinta anos, carregava uma bolsa de couro de bom
tamanho.
—Então, Qual é o problema aqui? –pergunto em russo.
—Sim, por que tivemos que vir a uma pequena ilha de merda na Escócia?
Outro sujeito examinou o pilar de pedra e a parede que bloqueava a entrada.
Levava um chapéu de vaqueiro e botas, e se parecia com um cossaco que imitava um
texano.
Rurik escorregou ao redor, ficando atrás do altar, observando.
O líder possivelmente tinha quarenta anos, e parou no meio da tumba com suas
mãos no quadril.
—Ao parecer um dos velhos meninos teve uma visão. Eu não sei o que era, mas
homem, isso fez que Boris se assustasse.
—Eu estava ali quando aconteceu –Disse o rapaz mais jovem.
Os outros três o olharam.
—Não era Você! –O líder simplesmente não acreditava.
—Sim, era eu –o rapaz insistiu—. O extravagante tio Iván, o tipo cego com a nata
branca em cima de seus olhos, chamou Boris como se pudesse vê-lo, agarrou-o pela
garganta, e essa voz que parecia… Como… —O rapz estremeceu— Parecia muito
profunda, forte e espectral.
—O tio Iván nunca gostou de Boris –Disse o líder.— Ele o ceva.
O menino se encolheu inquietamente.
—Sim. Lamento que eu não acreditasse isto.
—Então, que disse ele? –Perguntou um dos outros homens.
—Tio Iván disse a Boris que o trato com o diabo estava rompendo separadamente,
A menos que os Varinskis conseguissem essa merda juntos e matassem ao cara que se
casou com a Cigana.
—Konstantine –Disse o líder.
—Sim, Konstantine. Se os Varinskis não matassem Konstantine, seus
cachorrinhos e a cadela com que se casou, os Varinskis se voltariam um bobo e o pacto
se romperia. A coisa inteira me dá calafrios.
A história a Rurik dava calafrios, também. Tinha assumido que a visão de sua
mãe era um incidente isolado, e sem considerá-lo, tinha figurado que uma força
benévola tinha trabalhado através dela. A visão lhe tinha advertido a sua família do
problema, instruiu-os sobre como romper o pacto com o diabo.
Agora parecia como se um dos Varinskis tivesse tido uma visão similar lhe
dizendo a Boris contundente que destruíra a Konstantine e a sua família...Se não.
Merda
—Então que se supõe que faremos neste lugar? –O cara com a bolsa, puxou ela e
a abriu. Lançou um disco metálico a cada um dos outros.
—O tio Ivan disse que havia um ícone, uma espécie de coisa Santa que nós
tínhamos que encontrar –O jovem agarrou um disco e o atou a um pilar—Suponho que o
ícone esteja aqui, e nós vamos destrui-lo até fazê-lo pedacinhos.
Rurik que estava concentrando-se em escutar atrás das portas compreendeu que
seus assassinos primos… Eram a equipe de demolição.
Nada assombroso que eles não se preocupavam se alguém se ocultava aqui. Iam
voar a tumba, e possivelmente destruir o ícone, a oportunidade de seu pai da salvação
e… OH, Deus, Tasya sobreviveria?
—Você conheceu Konstantine, não o fez, Kaspar? –perguntou o menino.
—Conheci-o –Disse o líder.
—Era certo que ele era o maior, o melhor chefe que tivemos, e que Boris teve medo
dele? –Os três subordinados se voltaram para o Kaspar e esperaram pela resposta.
—Ele não era o maior, mas era o mais inteligente. Matreiro. Quando lutava,
sempre ganhava. Tinha as melhores estratégias, e quando esteve ao cargo, os Varisnkis
eram o maior poder no mundo –Kaspar cuspiu na terra—Não como agora.
A equipe estava calada, enquanto punham as cargas. Rurik não se atreveu a
mover-se. O ícone… E Tasya. Perderia-os a ambos?
O jovem disse.
—Boris melhor fazer algo logo, ou cairá.
—Ouviu por acaso isso, também? –Kaspar zombou.
—Boris é meu pai, mas Vadim é meu irmão. Vadim tem minha lealdade, e
prometo, ele será o seguinte chefe –O jovem riu, e giro sua cabeça para a luz do sol.
Rurik saltou.
Seus lábios eram de cor vermelha, suas bochechas igualmente brilhantes, seus
olhos estavam inclinados. Talvez levava maquiagem pelo que poderia ver assim, mas
Rurik não acreditava. Esse jovem era um fenômeno natural.
—Não seja néscio –Disse Kaspar bruscamente—, Vadim é muito jovem.
O jovem assobioo a Kaspar. Balançou-se, e Rurik teve uma súbita visão de no que
o jovem poderia convertêr as pupilas em seus olhos foram assinalando de cima abaixo,
sua Lisa pele brilhante como se estivesse coberta por um brilho de unhas, e os dentes
em sua boca eram bicudos como um vampiro… ou uma serpente de cascavel.
Kaspar estalou seus dedos ao menino.
—Basta! Alek, não temos tempo para esta merda. Temos que conseguir fazer isto
antes de que alguém venha verificar a tumba.
Alek deixou de balançar-se.
—Se alguém nos agarrar, será um maldito enredo –Adicionou Kaspar.
—De acordo. Mas não insulte a meu irmão, ou ele te conseguirá –Alek tomou sua
carga e se inclinou abaixo para pô-la.
Quando Kaspar se assegurou de que Alek não prestava atenção, voltou-se para
trás e usou seu lenço para limpar sua testa.
Rurik teria gostado de fazer o mesmo. Os Varinskis eram aves de rapinas, lobos
ou panteras. Nunca serpentes. Nunca algo que se deslizou na terra e matou com veneno.
O que tinha acontecido? Quando tinha ocorrido esta mudança?
Quando Alek se endireitou, Kaspar perguntou.
—Carga no lugar? Cronometraram os relógios? –Quando todos assentiram, disse.
— Então tiremos o inferno fora daqui.
O Varinski os apressou a uma velocidade que expressava claramente o poder da
explosão. Rurik se moveu através da parede e o túnel—E correu para a Tasya.
—O que descobriram? –Sussurrou ela.
—Que diabos faz aqui? Corre, corre!–Empurro-a para frente. Garota inteligente.
Não pediu detalhes. Ela respondeu a sua agitação e correu a toda velocidade na
escuridão.
Ele correu com ela, sua mão em suas costas.
A luz murchou atrás deles. O túnel se fez mais estreito e mais curto. Eles corriam
através da sujeira agora, com algumas rochas… Mas o cheiro do mar atraía a Rurik
adiante.
A escuridão os rodeou. Tasya tropeçou com os escombros do chão. Ele a manteve
em pé.
—Baixa, o teto está diminuindo. Vamos ter que nos arrastar agora –Ele a pôs de
joelhos e a empurrou diante dele—O túnel era mais estreito, mas adiante e ao redor de
uma esquina podia ver a luz.
—Quase estamos lái.
—faz-se tão estreito –Ela ofegava pelo esforço, mas mais que isso...Pelo pânico.
Claustrofobia. Que inferno de tempo para descobrir isso.
—Me deixe estar à frente. Se posso passar, você pode.
—Sim. Bem –O pensamento pareceu fazê-la sentir melhor.
Talvez isto não era uma boa idéia para acrescentar a seu terror, mas pelo que
sabia ele do caráter da Tasya, ela se levantaria com a ocasião. Quando ele se apertou
para frente dela, disse.
—Mantén o ritmo. A tumba vai voar.
Ela continuou.
Eles rodearam a esquina. Ele podia ver a luz do sol adiante. Era um buraco
pequeno, mas poderiam estendê-lo. Estavam arrastando-se, movendo-se rapidamente. O
túnel se estreitou mais, decompondo-se a uma mera toca, e ele se encontrou arrastando-
se ao longo de seu ventre.
—Uns metros mais. Uns mais!
Ao princípio, a vibração era um zumbido na terra. Cresceu a um retumbo. O
tremor veio e os agarrou por trás. A terra se elevou uma vez, um grande susto. Sua mão
agarrou uma pedra na parede de fora.
Tasya gritou.
E com um violento tremor, o túnel caiu, enterrando-os a ambos na terra.

Capítulo 6

Tasya não podia respirar. Ela não podia respirar. Não havia ar. Estava escuro. A
terra a sobrecarregava. Tinha sujeira na boca, em seus pulmões.
Toda sua vida, isto tinha sido seu pesadelo.
Que fosse enterrada viva.
Revolveu-se, desorientada, não sabendo como sair.
Então alguma coisa a agarrou. Puxando ela por seus ombros. Ela lutou, tentando
ajudar. Tentando escapar.
Algo bateu com força em sua cabeça. Sentiu que algo deslizava desesperadamente
pela testa dela. Tomou uma barra metálica e uso isso como remo. Tento gritar, mas não
podia respirar.
OH, Deus. Ia morrer. Na escuridão. Ia afogar se na escuridão.
E de repente, sua cabeça estava fora. Fora, ao ar livre. Não podia ver, seus olhos
se endureceram com a sujeira. Não podia respirar. A sujeira enchia sua boca e nariz.
Entretanto, o peso se foi de sua cabeça. Podia sentir o ar, e saborear a impressão da luz
do sol.
Alguma coisa puxou ela mais duro. Arrancando-a totalmente do túnel que tinha
sido sua tumba, e a jogou na terra.
Freneticamente, ela sacudiu seu rosto, cuspiu terra, ainda não podia respirar.
Sua cabeça estava zumbindo.
Ela estava morrendo.
—Pare –Rurik, Rurik está aqui.—Vou te ajudar.
Pôs sua boca na dela e lhe deu sua respiração.
Ampliando seus pulmões. Quando se afastou, ela tossiu. Tossiu e tossiu,
arrojando sujeira, recebendo o ar, soando o nariz… Estava viva.
Sentia-se como o inferno, mas estava viva.
Quando pôde abrir os olhos, encontrou-se em uma estreita cornija de rocha no
escarpado sobre o mar. Eram um e dez metros por debaixo do nível do chão, e ao redor
de noventa metros sobre o oceano.
Rurik sentou ao seu lado, os braços descansando sobre seus joelhos levantados,
as mãos pendurando.
Olhava fixamente por volta do mar. Sujeira condensando seu cabelo, suas
sobrancelhas, sua roupa, sua pele. A sujeira estava em seu ouvido. Um corte sobre sua
testa gotejou sangue.
Deu-lhe uma idéia de como de horrível ela devia estar.
Não se preocupou. Estava viva.
Inclinou sua cabeça contra a pedra. O ar cheirava bem, como o oceano… E a
terra. As pedras se encaixavam em suas costas, as moléstias lhe diziam que estava viva.
A sujeira enchia suas botas, pedrinhas tinham feito caminho entre os dedos de seus pés,
e isso era bom, também.
—Tem medo de altura? –Perguntou Rurik.
—Não –Muito abaixo, as ondas golpeavam as rochas.—Somente a escuridão –ele
assentiu.
— Não posso acreditar que me tenha feito sair com a mochila –Olhou para baixo.
Embora tinha esperado pelo Rurik na entrada do túnel, tinha colocado a mochila na
frente dela, apertando as correias tanto como pôde.
— A câmara –Disse.
Ele riu um pouco entre dentes.
—Veja.
— Esta bem?
Ela abriu o ziper principal de aba flexível, tirou a Nikon, e a examinou. Sua
impermeável, A prova de sujeira, de raios, a mochila acolchoada tinha chegado.
—Parece bem.
—Boa garota –Sorriu de novo.
Com ternura, guardo sua amada câmara de novo.
Tomando ele seu telefone celular do bolso, abriu-o. Caiu sujeira.
—Merda –A tela estava quebada. Sacudiu-o, empurrando falar, pôs-o em sua
orelha.
— Merda –disse de novo—, Não foi construído para entrar em uma cova –O pôs em
seu bolso.
—Tem um?
—Em minha mochila –disse vagamente—, entretanto esta desligado. Quem vai
chamar?
—Não sei, Sua mãe? Seu pai?
Ela olhava ao outro lado do oceano. Uma fina, linha de cor cinza pálida
deslizando-se até a linha do horizonte, para tragar o céu azul.
—Meus pais estão morto.
—E seu outro amante?
—Ele esta ocupado –Disse sem perder um golpe.
—Esta tentando me pôr ciumento?
—Não.
—É obvio que não. Para isso, teria que tomar cuidado.
Você realmente quer falar disto agora? Mas ela não respondeu. Ele realmente
queria falar, em qualquer momento, em todas partes. E ela queria evitar aquela
confrontação a todo custo.
Ela começou a desabotoar a mochila.
—Quer chamar a sua família? Porque quando sair nas notícias o da explosão, vão
se preocupar.
Pôs sua mão sobre a dela para detê-la.
—Eles não se preocuparão, não por alguns dias, de qualquer modo. Tenho uma
forma de aterrissar sem problemas. Não, guarda o telefone por agora.
Ela sabia porque. Apontando para cima na parte superior do escarpado,
perguntou.
—Aqui estamos em perigo?
—Não. Esses homens não sabiam que estávamos na tumba. Com certeza não nos
viram escapar.
—Sabia que a lenda era exagerada –Disse ela com satisfação.
Ele se voltou a olhá-la.
—Que lenda?
—Direi-te quando estivermos fora desta ilha.
Seus olhos se estreitaram. Ele começou a falar. Trocando seu pensamento. Falou
de qualquer modo.
—O que é que segura?
Ela apostaria que isso não era o que tinha estado a ponto de dizer. Olhou para
sua mão. Agarrava uma peça suja de metal oxidado de mais ou menos oito centinetros
de comprimento e estreito como uma espada.
—Não sei. A faca de algum rei. É como se tivesse me encontrado enquanto estava
me puxando para fora.
—Guarda-o. Examinaremo-o mais tarde.
Ela abriu o ziper do bolso de sua mochila, em um dos bolsos para a água que
nunca levava, e o guardo dentro. Rurik a olhou, e a decepção de sua boca se
transformou em uma magra linha.
—Essa faca pode ser quão único achado fique da escavação.
—Sinto muito–Pôs a mão sobre seu braço.— Sei o que significava essa tumba para
você.
Ele considerou sua mão. Olhou ela. E seus olhos eram selvagens. Quase…
aterradores, com uma chama vermelha no interior. Capturando seu fôlego. puxou sua
mão em seguida.
—Enquanto estiver viva, a tumba não é nada.
Ela tinha esperado que se pegasse contra ela, que a agarrasse, beijasse-a. Não que
dissesse isso. E em um tom grave disse.
—Já esteve em perigo antes.
—Não como este. Não por mim.
Ele podia ser tão irritante, poderoso e sedutor. Para que pusesse todas suas
defesas em alto, a fazia sentir a salvo do mundo...e em perigo com ele. Se ela cedesse
diante ele, confiasse nele, acreditasse nele, seria a maior idiota na história do mundo.
Manteve sua voz enérgica e sem bem-vinda.
—Dá-te muito crédito. Temo que sou eu quem te pôs em perigo.
Ao princípio começou a negá-lo. Depois riu em silêncio.
—Sim. Você pode fazer enfurecer a um santo. Mas não importa a quem se culpe
por isso, vou fazer tudo o que esteja em meu poder para te manter viva. –ficou em pé e
estendeu sua mão.
Ela o deixou pô-la em pé.
Deslizando seu braço ao redor de sua cintura, aproximou-a para ele e inclinou a
testa contra a sua.
—Não posso predizer o futuro, mas sei que isto acaba de começar.
Suas pestanas estavam granuladas com terra, mas seus olhos castanhos estavam
escuros, tranqüilos e pensativos e não falava da tumba ou a explosão; falava deles.
Medo. Rurik dava medo quando estava assim.
Não fisicamente medo. Nunca pensou que ele pudesse lhe fazer mal. Mas,
implacável medo.
Queria a ela, e tinha intenção de tê-la. Talvez poderia lhe explicar porque era
impossível. Talvez se confessasse seu passado, e explicasse o perigo de estar com ela, ia
espantá-lo.
Mas Rurik não parecia assustar-se facilmente e se falava dos fantasmas que a
atormentavam ele saberia. Conheceria que a fachada de repórter valente era uma farsa,
que era uma menina assustada que tremia na noite. Ele brilharia com luz nas escuras
esquinas de sua alma, e ela seria obrigada a fazer frente as lembranças e seus medos.
Então… O que passa se odiava o que via? O que aconteceria se ele ria e lhe
dissesse que crescesse? O que aconteceria se usava seus medos para manipulá-la?
O que aconteceria se ele se afastava?
Não, sabia que era melhor mantê-lo a distancia.
Como vai isto, Tasya?
Não muito bem, já que ele me sustentava contra seu corpo e observava meus
olhos como se entendesse, o comprido caminho.
Movendo-se com deliberada lentidão, desenredo-se dele.
—Olhe, necessito que retornemos aos jornalistas e os arqueólogos para subir as
fotos que tomei ontem e hoje, e enviá-los a meu chefe na National Antiquities. Não estou
muito feliz sobre levar comigo o único verdadeiro registro de suas conclusões, e eles
estarão seguros no computador da revista.
Rurik manteve o agarre por sua mão quando ela deu um passo longe.
Possivelmente porque na rocha onde estavam tinha sozinho três metros de largura.
Talvez porque não queria deixá-la ir.
—Escutei os caras que explodiram a tumba. Alguém dali atrás quer as
informações apagada. Estão bem financiados, são homens desesperados, possivelmente
ecos terroristas, e como testemunhas, temos que mentir um pouco e não ser
reconhecidos até que possamos falar com as autoridades.
Então quase lhe diz. Teria sido tão fácil lhe dar uma explicação de quem era
aqueles homens, e a verdadeira razão do por que eles tinham posto esses explosivos.
Mas então terei que dizer a Rurik o que ela tinha sido até agora, e que tinha posto
a ele e a sua amada escavação, em perigo.
Ela esperava sobre a borda da plataforma.
Tratava-se de uma comprida descida para o oceano.
Diria a ele depois.
Capítulo 7

Rurik manteve um olho em Tasya quando ela subia pelo precipício atrás dele.
Não era uma mentirosa. Não tinha medo de alturas. Não tinha medo ao que
pudesse ver, exceto a escuridão.
Ele amaria saber por que, mas agora não era o momento. Agora eles tinham que
correr. Correr longe e rápido, proteger essas fotos dos entalhes da parede, as estudar, e
possivelmente, encontrar uma maneira de não só salvar a vida de seu pai, mas também
sua alma.
–Esta é a situação –Rurik alcançou o topo do precipício. Jogou-se no chão de
terra, e se arrastou longe da borda.– Temos que descer desta ilha sem sermos vistos, e
eu me preparei para tal eventualidade.
Sobre um precipício de cem metros por cima do oceano, Tasya deixo de subir. Ela
ignorou sua mão, enquanto se movia para agarrar-se, e o olhava como se estivesse
louco.
Não lhe deu oportunidade de perguntar.
–Tenho material escondido de sobrevivência, não longe daqui.
–Seguro que o tem –Tasya terminou sua subida, e se jogou sobre a plaina terra,
também.
Tinham percorrido um comprido caminho no túnel, e agora um levantamento os
ocultou da cova de Clovus. A ilha nua, sem árvores lhes deixava pouca cobertura no
caminho; ele teria que usar os contornos da terra para deixá-los fora da vista.
Não é que nada disso importasse. Se os Varinskis viessem em busca deles, que se
encontrassem. Ele os conhecia por sua reputação. Reconhecia-os em seu sangue.
Desde o dia que nasceu, seu pai o tinha treinado para esperar problemas,
preparo-o para eles, ensino-lhe a caminhar inadvertidamente e ouvir cada som.
Constantine tinha treinado seus filhos...E a sua filha....Para a inevitável aparição
dos Varinskis. Rurik não estava surpreso porque tivessem chegado agora; só estava
surpreso de que lhes tivesse tomado tanto tempo em encontrá-los.
–Nunca ninguém nos descobriu –Tasya sacudiu sua roupa e passou seus dedos
através de seu cabelo. A sujeira choveu por toda parte.– Somos parte da terra.
Ele se maravilhou com sua ingenuidade.
Ela o olhou e ele a apanhoo o olhando.
–O que?por que me olha assim?
–Vamos –Assinalou a Tasya fora da tumba, levando-a rapidamente fora pela Ilha
de Roi, esperando que pudessem escapar antes de que fossem descobertos. Talvez
poderia comandar forçoosamente um bote? Ou um barco?
–Estive pensando sobre como descer da ilha –ela seguiu de perto seus
calcanhares– Meu ultraleve está aqui.
–Um ultraleve? –Ele se deteve tão de repente que ela quase se choca com ele, e se
virou para enfrentá-la.
– O que quer dizer com um ultraleve?
–Você sabe....Pequeno avião de asa fixa–desenhada para voar curtas distâncias a
lenta velocidade?
–Sei o que é um ultraleve –Disse ele com irritação– Por que esta aqui?
–Eu gosto de voar. É formoso aqui, e os céus estão limpos –Ela o olhava de lado.
Não queria que ele olhasse em seus olhos.
–Por que não?
–Quando o trouxe aqui?
–Enquanto foi.
–Quando começou a voar?
–Tomei lições a última vez que estive nos Estados Unidos.
Lições. Quando esteve nos Estados Unidos.
–Por que agora?
–Por que esperar?
–Onde aterrissou?–Um ultraleve. Essas condenadas coisas eram notoriamente
instáveis. Uma pessoa poderia matar-se…

–Tenho o avião –Gritou ele quando agarrou os controles.


Frente a um severo rosto montanhosa.
O projétil quase sobre eles.
Conduziu o avião de lado.
Não iam conseguir..…

–Há muita terra plaina aqui para usar como pista de aterrissagem –Estava
aborrecida.
Bem.
–De novo –Por que trouxe um ultraleve a Escócia?
–Por que o interrogatório? –estalou ela.
– O que tem de mau ter trazido um ultraleve? Muitas pessoas os desfrutam. Você
sabe, passatempo e posses!
Um passatempo. Ela pensava que voar era um passatempo.
–As pessoas desfrutam de seus ultraleves quando estão em suas casas. Mas em
uma ilha ao norte do Atlântico?
Onde se vai de visita só de vez em quando? Onde as correntes dos ventos eram
traiçoeiras e uma boa tormenta no oceano empurraria esse ultraleve até a deriva?

Rurik pilotava o avião de um lado para outro.


Não iam conseguir..…

Respirou profundamente, tentando afastar as lembranças.


–É muito conveniente que o trouxesse quando temos problemas. Eu não confio no
conveniente.
–Correto. Talves suspeitei que haveria problemas devido ao livro que escrevi sobre
a família Varinski e especificamente dos gêmeos Varinskis.
Os Varinskis.
Esqueceu-se do avião. Esqueceu-se do ultraleve.
Os Varinskis.
Sentia-se exatamente como quando o túnel caiu. Aturdido, ofegante, incapaz para
assimilar a magnitude do desastre.
Ela estava em pé e o olhava, boquiaberta.
–Grandes dentes.
Fechou de repente a mandíbula.
–Me dê mais informação.
–Meu publicitário me preparou uma entrevista em GMA2 assim que pusesse
minhas mãos em alguma prova da lenda. Estou segura que eles usaram a explosão na
tumba enquanto explorava o que porá a história em primeira página.
–Estou bastante seguro de que tem razão. Me diga tudo sobre isso quando
estivermos fora da ilha –Agarrando seu braço, ele partiu para o esconderijo.
–Além disso, tem a arte da sobrevivência escondida na ilha. Isso é conveniente,
também –Ofegava, mas não diminuiu o passo.
–Meu pai ensinou a seus filhos a sempre nos antecipar a qualquer ameaça, logo
depois de agradecer de que o perigo não se mantivera em sua feia cabeça.

2
Good Morning America Notícias
–Seu papai é um sobrevivente?
–Poderia-se dizer isso.
–É por isso que vive nas montanhas em Washington? Sempre ouvi que elas
estavam cheias dela… –Mesma apanhada no ato.
–Casadores de cabeça? Sei muitos deles –Sabia muito dos Varinskis, muito—Só
seu sobrenome era Wilder.
Parecia afligida por ter perguntado.
–Mas atualmente, meus pais se moveram a Washington para evitar a suas
famílias. As famílias que não queriam que se casassem, pelo que fugiram longe –Não
diga a verdade a Tasya. Ao menos não toda— Um caso de amor.
–Com segurança, eles são a razão para acreditar no amor –Agora parecia que
Tasya queria sair correndo a toda velocidade. Sim, carinho, Eu posso falar sobre o amor,
e isso te assusta de morte… E vou descobrir por que.
Alcançaram o começo do arroio que corria pela ilha.
Os antigos tinham venerado também aqui, amontoando as pedras ao redor da
primavera, plantando uma só árvore. E estava morta agora, salvo um ramo, torcida
pelos ventos que constantemente sopravam para o oceano.
Rurik se despojou de suas botas e cinturão.
–E sobre seus pais? Disse que eles estavam mortos, mas eram um caso de amor?
–Não penso isso. Penso que era um casamento arrangado –Manteve sua boca
fechada.
–Um casamento arrangado? Nestes tempos? –Tomando seu telefone celular morto
do bolso, deixou-o cair em uma bota.
– Eles não nasceram nos Estados Unidos –Tasya realmente mantinha a
informação privada. Por sorte para ele, estava entretido.
—Mas se amaram? –Caminhou para o arroio.
–Não o recordo. Morreram faz muito tempo –O olhou, franzindo o cenho.
Sem vacilação, ele se reclinou. No claro, a água fria fluiu sobre ele, enquanto se
despojava da sujeira que tinha trabalhado a sua maneira em cada greta. Limpou seu
cheiro, também—Se por acaso a esquadrilha de bomba Varinskis fosse bastante
inteligente para buscá-los, não os rastreariam facilmente.
Quando saiu da água, sacudiu sua cabeça como um cão, orvalhando água por
todos lados.
–Para que fez isso? –Tasya perguntou em um tom que claramente lhe disse que já
tinha perguntado várias vezes.
Ele a olhou.
–A pergunta não é para que fiz isso? É, por que não o esta fazendo? –Ele estava
em pé e saio, enquanto limpava a água de seu rosto, espremendo o pior de sua roupa.
Ela observo o céu.
A linha fina de cor cinza tinha dado alcance ao azul, e o sol murchou. A brisa deu
de chutes, não tinham muito tempo antes de que a tormenta do verão escocês lhes
roubasse o calor.
Ajoelhando-se, empurrou sua mão na água, e fez uma careta pelo frio. O olhou de
novo.
Ele se referiu a si mesmo.
–Limpo.
Ela tirou suas botas e cinturão, e com grande cuidado pôs sua mochila ao lado.
–Muito bem –E tomando uma respiração profunda, inundou-se.
Estava exatamente como ele. Ela provavelmente rasgou fora de suas ataduras em
um rápido puxão, também.
Enquanto ela se retorcia no arroio como um salmão encalhado, ele elevou duas
pedras cuidadosamente equilibradas do monumento primitivo e recuperou seu
equipamento de sobrevivência.
Tasya não era a única com uma mochila que poderia durar mais de uma explosão
nuclear. Tinha uma muda de meias três-quartos ali. Um passaporte que o identificava
como John Telford, e um que o identificava como Cary Gilroy. Uma lanterna. Uma
bússola. Um espelho de sinal. Fósforos em um cilindro impermeável. Linha. Estojo de
primeiro socorros. Pastilhas de iodo. Rações desidratadas por congelamento. Manta
especial. Três facas, uma pequena pistola e munições, óculos de sol, um chapéu, uma
navalha de barbear. Esperou até que Tasya saiu da água, que titiritava de frio.
–Parece bem.
A sujeira se lavou rio abaixo, deixando umidade na pálida pele e vibrantemente
rosada. Seu cabelo curto, encaracolado e negro aparecia em todas direções, e… OH,
maldição, podia ver seus mamilos através de sua camisa.
Não quis ver agora mesmo o contorno de seus mamilos. Não queria pensar em
seus seios, ou na curva de sua cintura, ou seus pequeno clitóris, ou a maneira que a fez
sentir-se quando se apertou a ele e gemeu e veio…
Estavam apanhados em uma ilha escocesa. Precisavam sair antes de que seus
primos os alcançassem. A melhor forma de sair no ultraleve que Tasya havia trazido por
alguma razão nefasta.
E ele tinha jurado nunca voltar a voar. Não assim. Não com o vento no seu rosto.
A morte tinha estado muito perto o dia de hoje; o afundamento tinha fechado seus olhos
e ouvidos, a terra tinha passado muito, e durante uns minutos horrorizados, tinha
pensado que eles teriam sua última pausa. Ele tinha pensado que os Varinskis tinham
ganho.
Então tinha lutado por sair e estar de pés sobre o suporte, a sujeira caiu em
quebradas frente a ele....E o maldito túnel caiu atrás dele.
Tinha tido que retornar, no ar da escuridão para resgatar a Tasya….Ou morrer
com ela.
Ele tinha servido como parteira e tinha puxado ela liberando-a, e agora, gostasse
ou não, a força desse augúrio os uniu. Tola mulher. Ela não entendia. Mas ele
caminhava pela lenda todos os dias, e vivia com a prova do mal. Na profecia de sua mãe,
tinha visto a evidência de Deus.
Agora com o fedor frio da morte ainda em suas fossas nasais, duas grandes
necessidades rasgaram dentro dele….Querer voar, querer a ela. Ambas as necessidades
esquentaram seu sangue, e toda a água fria do mundo não poderiam as levar longe.
E Tasya oferecia enquanto negava o outro. Ela não entendia….Nada.
Empurrou a navalha de barbear a ela.
–Raspe minha cabeça.
–Raspar.....
–Não há nenhum modo mais rápido de trocar de imagem. Tenho que ser
irreconhecível.
Ela sorriu abertamente, e passou a sua melhor imitação do Meio Oeste.
–Eu não sei como te destruir, menino grande, mas um cara que mede um metro
enoventa e cinco é reconhecível em todas partes.
Ele não devolveu o sorriso.
–O ouro no lugar é uma grande noticia. A explosão é uma notícia até maior, e o
pessoal de notícias estará aqui para cobri-lo. Nosso desaparecimento levará a primeira
especulação, que estejamos enterrados na tumba, e logo que nossos corpos não sejam
encontrados....Que fomos nós quem pos as cargas.
Ela pestanejou, assustada.
–Isto fede.
–Sim. Mas é a realidade. Se quer te pôr a segura em alguma parte e tirar essas
fotografias, raspe minha cabeça.
Ela ficou séria.
–Todo mundo vai olhá-lo.
–Carinho, todos esperam que os caras grandes pareçam duros, e sendo o mais
mesquinho, ao menos ninguém quererá me olhar diretamente, ou falar sobre mim, ou
pensar sobre mim.
–Sim –Ela olhou fixamente seu cabelo castanho, escuro e molhado, e depois a
navalha de barbear em sua mão.
Durante a noite que tinham passado juntos, ela havia tocado seu cabelo, uma e
outra vez, percorrendo seus dedos ao longo de seu couro cabeludo, acariciando os fios
de seu cabelo.
Em seus olhos, ele viu as lembranças.
Com segurança, ela não queria raspar sua cabeça. Mas deu uma careta, e
assinalou a terra.
Ele sentou, com as pernas cruzadas diante dela, e teve o cuidado de não recuar
quando ela deslizou a navalha de barbear cuidadosamente ao longo de seu couro
cabeludo.
–O que vamos fazer comigo? –A navalha de barbear era nova e afiada, mas
somente com água podia facilitar o passo dela, ao raspar a pele.
–Você vai usar meu chapéu e óculos, e assim que possamos encontrar roupa
diferente, terá que trocar seu estilo.
–Sempre pensa tão rápido? –Ela estava pegando o jeito, razão pelo que a navalha
deslizava mais facilmente.
–É parte de meu treinamento.
–Treinado pela força aérea, isso significa.
Bom. Tinha-o investigado. Mas não havia nenhum caminho para que ela
investigasse a sua família. Kostantine tinha bem coberto seus rastros, nenhum repórter
poderia rastrear seus antecedentes.
–Na Força Aérea me ensinaram um pouco, mas sobre tudo foi meu pai. Um
sobrevivente recorda?
Ela levantou a navalha de barbear de sua cabeça.
–Está zombando de mim?
Ele a olhou estoicamente
–Não.
–Inteligente. Já terminei. Não queria escorregar e te cortar.
Pela primeira vez da chegada de ontem À ilha, ele sorriu abertamente e relaxou.
Eles oscilavam a borda do desastre, e ela o ameaçou.
Não porque ela não compreendesse o perigo...O fazia definitivamente...Mas sim
porque não importava a circunstância do caso, ela não tomava uma merda de alguém.
Despertava seu corpo até a loucura, sim, mas inclusive se ela não o fizesse, ainda
a adoraria.
–Não se preocupe por me barbear. Ou me cortar. Saro rapidamente...Muito
rapidamente.
– Me fale do ultraleve porque a maldita coisa era o melhor, o mais rápido para sair
da ilha —E ele poderia escapar a menos que o detectassem, mas os dois?
Não. Ela tinha razão. Teriam que voar.
–É de dois lugares, um pouco mais pesado que o normal. Posso conseguir o
principal.
Ele rompeu um juramento que tinha feito quando tinha olhado fixamente o corpo
torturado e mutilado de Jedi. O jovem piloto mais brilhante que ja tinha visto voar
com… Esfregou seu peito, o lugar mais triste de seu coração.
Mas possivelmente não era tão mau. Cada dia ansiava voar, e se refreava de
tomar os comandos, se ele se detivera do êxtase de ser o piloto, possivelmente ainda
abraçaria seu voto.
–Pronto –Ela sacudiu o cabelo cortado fora de seus ombros, estava em pé trás, e o
inspecionou— Fiz um bom trabalho, apesar de que parece… –Procurava ela em sua
mente.
–Uma cabeça de franga?–Ele passo suas mãos sobre o couro cabeludo, enquanto
fazia uma careta de dor aos cortes, mas agradado de encontrá-lo liso.
–Bem… Sim –Ela tremeu quando o vento se levantou.
Longe na distância, ele ouviu o rugido de um avião. Deu uma olhada; isto era um
hidroavião, que aterrissava no oceano, carregado de repórteres, curiosos ou a polícia.
Sim, a prova litográfica da explosão tinha saído.
–Se prepare para ir –Ele colocou suas meias três-quartos secas, carregou sua
mochila, colocou o cinturão.
Ela fez o mesmo.
–Depois de aterrissar, teremos que caminhar um pouco para alugar um carro…
–Não. Encontrei fora uma pensão. De caminho. Ficaremos ali esta noite.
–Mas se conduzirmos toda a noite, podemos chegar a Aberdeen antes da manhã…
–Não queremos conduzir de noite. Não necessitamos lanternas e serpentear em
curvas, o caminho de noite na Escócia, é mais escuro que o de clubes aí fora, todos, indo
caçar nos, e o primeiro tipo que nos encontre, matará-nos ou nos entrevistará
repetidamente –Quando ela ia objetar, ele ofereceu sua mão.
— Você nos tira da ilha. Consigo que saiamos vivos de Escócia.
Ela olhava sua palma, com clara relutância em seu rosto.
Não queria estar com ele mais tempo do requerido. Ainda sabia que ele tinha
razão…
–Eu sustentarei isto –Ela tentou fazer isto como trato comercial. Intento agitar sua
mão.
Pelo contrário, ele a capturou, abriu seus dedos, olhando fixamente sua palma. À
pele pálida, sensível e as linhas experimentadas e o destino ali esculpido.
–Dá-se conta do que aconteceu hoje?
–O que? –O olhou suspeitosamente.
–Você e eu renascemos da Mãe Terra, enquanto arranhávamos a maneira de sair
do canal do nascimento e entrar na precária vida –Rurik olhou abaixo fixamente a ela–
Juntos.
Ele podia ver o quase começo dos protestos da Tasya.
–O que significa isso?
–Não sei, mas ultimamente aprendi uma coisa… Os presságios não são para ser
ignorados–Meigamente, ele atraiu sua palma a seus lábios, e beijou a ponta sob seu
dedo polegar.
– Suspeito que, logo, descobriremos o que significa.

Capítulo 8

Tasya esperou até que eles estiveram no ar e sobre o oceano antes de voltar a
falar.
—Você nunca voou de novo.
Rurik não respondeu. Sentou-se atrás dela diretamente no pequeno assento, seu
corpo quente contra sua coluna vertebral. Durante o vôo preliminar e decolagem, ele
tinha estado tenso e pouco conversador, e ela recordou claramente que sua investigação
se voltou para a renúncia de Rurik da força aérea depois da morte acidental de seu co-
piloto.
Ela não tinha podido conseguir mais informação que essa; suas perguntas tinham
feito que a força aérea se mantivera firme e suspeitasse, pelo que ela tinha deixado o
assunto. Ela não poderia permitir o luxo de fazê-los zangar; uma mulher que viajava
pelo mundo tomando fotos nunca sabia quando poderia necessitar a ajuda militar.
Mas obviamente Rurik tinha sofrido algum trauma, exceto quando tomava as
aerolinhas comerciais, ele não havia tornado a voar depois.
O motor, pequeno, compacto, zumbiu ruidosamente, mas o som da brisa se
escutava longe. Seu peso fez que ao dirigir o ultraleve fosse diferente. Seu silêncio a fez
querer lo ajudar a relaxar-se. Ela conversou.
—Meu instrutor me disse que tenho um verdadeiro sentido para o vôo. Não sei se
ele me contou puras tolices, mas eu amo isto. Amo o vento em meu cabelo. A amo o
sentimento de liberdade—nenhuma resposta.
— Quando eu estou aqui, desejo poder fazer isto para sempre. Desejo poder subir
as nuvens, e roçar o topo das árvores. Mas não o farei—Riu entre dentes.
— Eu estou te pondo nervoso?
Nenhuma resposta.
—Sente-se como quando você voava?
Ainda nenhuma resposta.
Ela não sabia se ele estava aterrorizado ou se dormiu. Assim que eles estiveram
sobre o continente e os ventos se estabilizaram bastante para dar uma olhada longe, ela
torceu ao redor e o olhou.
Seus olhos estavam fechados.
Mas ele não tinha medo.
Tampouco estava dormido.
Ele tinha uma expressão de júbilo ao contrário de qualquer que ela tivesse visto...
Exceto uma vez, quando ela o tinha sustentado em seus braços, em seu corpo, e o havia
sentido estremecer-se no êxtase. Ela olhou para frente de novo, e se perguntou qual
poderia ser a história atrás do vôo....E desesperadamente lamentava preocupar-se com
isso.

Capítulo 9

Rurik se encontrava sobre o tapete na entrada da pequena pensão. Estava


gotejando pela chuva que tinha estado caindo durante as últimas quatro horas, a
Senhora Reddenhurst não lhe permitiria caminhar mais longe, a calidez do quarto. Em
vez disso, estava em pé com suas mãos em seus amplos quadris, e com impaciência lhe
escutou implorar:
—Por favor, minha esposa e eu necessitamos um quarto—limpou seu rosto com a
toalha da cozinha que lhe deu.
— Decidimos fazer uma caminhada pelas Regiões montanhosas para nossa lua de
mel. Porque ambos temos, você sabe, ascendência escocesa. E Braveheart nós gostamos
especialmente. Supõe-se que ficaríamos esta noite no povoado de Cameron, mas então a
chuva começou a cair…
—Uma pequena garoa—A senhora Reddenhurst era alta, robusta, e rápida, com
um acento forte— Isso é o que temos aqui.
—Sim, seguro que é. Trouxemos impermeáveis—levantou a borda de seu poncho e
lhe mostrou o nylon impermeável de camuflagem.
— Mas tomamos a curva incorreta. Temos frio e fome. Por favor, por favor, se você
tiver qualquer compaixão em seu coração—Esse lugar era perfeito. Pequeno, afastado,
uma casa particular que satisfazia os turistas, mas não conhecido.
—Sr. Telford, já o disse. Nós não temos espaço disponível.
—Um armário. Um apartamento de cobertura. Em qualquer parte onde possamos
nos deitar durante a noite. Iremos a primeira hora da manhã—Gesticulou para fora da
porta.
— Prometi a Jennifer que viria primeiro a conseguir um quarto. Por favor. Nós
estamos recém casados e não quero que ela compreenda...—Moveu inquieto seus pés—
Ela pensa que sou capaz de fazer tudo e eu desejo...—Tomou a mão avermelhada da
Senhora Reddenhurst, parecendo motivado e lastimoso.—Por favor, não o danifique
agora.
Tinha-a. A Senhora Reddenhurst suspirou forte, mas disse:
—Recorda-me meu marido. Um homem grande com mais corpo que inteligência—
Desprendendo-se de seu agarrre, ela limpou sua mão em seu avental.
— Tudo o que eu tenho é o apartamento de cobertura.
—Nós tomaremos.
—Chamo-o a suíte nupcial.
—Que perfeito!
—Chamo-o assim porque a cama é horrível, e os dois rodarão para o méio.
—OH. Isso é inclusive melhor—Nunca tinha falado com mais sinceridade em sua
vida.
—Terão que compartilhar meu banheiro. Isso está escada abaixo do apartamento
de cobertura, primeira porta a esquerda.
—Aqui é meu cartão de crédito—Tirou sua carteira da mochila. Quando o cargo
passasse pela conta de Telford, Jasha o notaria em seguida. Era uma maneira mais
inteligente e mais segura que uma chamada Telefónica celular para permitir a família
saber que ele estava vivo e seguro.
—Terá que sobreviver com um bife e ovos para o jantar. Não tenho nem salmão
nem cordeiro para vocês.
—Tudo que você faça estará bem—Era verdade, e ele estava faminto— Precisa ver
meu documento de identidade?
—Não vou atende-los—agitou seu dedo para ele—Terão que cuidar de vocês
mesmos.
—Podemos fazê-lo.
—Quando vai chegar sua esposa?—A senhora Reddenhurst pós a cabeça fora a
porta na garoa.
—Deixe-a quase uma milha atrás. Correrei a procurá-la e a trarei—Fez sua melhor
imitação de um tímido americano.
— Não vimos nada além de ovelhas todo o dia, e ela se envergonha pela forma em
que se vê. Assim se não se importa, deixaremos de dizer olá e subiremos diretos ao
apartamento de cobertura.
—Estou preparando o jantar, então deixarei que vão ao apartamento de cobertura
e se limpem—Obviamente, nunca ocorreu a senhora Reddenhurst que ele poderia estar
mentindo.
—Os outros hóspedes não estão aqui?—Apareceu com o passar do corredor atrás
dela. Havia amplas portas a ambos os lados, salas públicas de algum tipo, supôs.
—Um jovem em seu guarto, trocando-se para o jantar. O outro foi ao lago
MacIlvernock. Os americanos são sempre tão enérgicos!—Sacudiu a cabeça como se ela
não os entendesse.
Rurik e Tasya tinham chegado precisamente no momento adequado.
Quando ele saiu fora, chamou-o.
—Terão que comer na cozinha.
Ele agitou sua mão para ela, esperou até que estivesse fora de vista, então
caminhou para o abrigo no pátio, e encontrou Tasya, quem estava em pé sob o
pendente, seus braços cruzados, seus lábios azuis.
Sua roupa tinha estado úmida enquanto eles tinham pairado sobre o mar, e cada
vez que puderam aterrissar em chão plano, ela tinha estado tremendo. Os dois tinham
começado a atravessar os caminhos que foram para o Bed and Breakfast3, e em menos
de uma hora, a chuva tinha começado a cair. Ambos tinham posto suas impermeáveis,
mas enquanto Rurik se esquentava devido ao esforço, Tasya não podia sacudir o
esfriamento. Sendo ela, queixou-se calorosamente, indicando que eles poderiam ter
alcançado a cidade e o centro de aluguel de carros em uma hora, mas ela caminhou
trabalhosamente atrás dele. Ela tinha prometido confiar nele, e não romperia sua
promessa devido a um mau tempo.
—Vêem. Podemos subir direto ao quarto, assim tentemos evitar o ser
descobertos—Tomou sua mão, e por uma vez, ela estava muito cansada e fria para lutar
com ele.
Correram pela casa para os degraus do segundo andar. Localizou a porta do
apartamento de cobertura, e quando o abriu, uma corrente de ar frio desceu pela escada
estreita.
— Os escoceses e sua obsessão com o ar fresco poderiam ser a causa de nossa
morte—Disse ele.
Tasya se estremeceu.
—Eu vou ao banheiro, tomo uma ducha e me troco, e verei o que posso fazer para
parecer diferente—pegou sua mochila e tentou sorrir.
— Rapar a cabeça pode ser o melhor para mim.
Ele quis lhe proibir que o fizesse. Mas ao examinar seus olhos, viu a mistura de
travessura e desafio, e fez o que ele tão bem sabia, e no que ela era péssima—Ele aceitou
sua batalha. Tão ligeiramente como qualquer marido, disse:
—Queremos trocar sua aparência, não te fazer parecer um suspeito terrorista.
Tasya parecia cabisbaixa porque ele tivesse recusado seu desafio.
—Espero que a proprietária tenha alguma maquiagem ou algum produto de cabelo
que eu posso usar furtivamente—Se dirigiu para o banheiro.
—Sim, eu também—Murmurou. Revogando a imagem da senhora Reddenhurst, o
cabelo cinza ferrugento e a boca magra, ele não apostaria por isso.
Tasya, com a pele pálida, clara, olhos azuis elétricos, e esse cabelo negro como a
fuligem, ela estava muito reconhecível—E muita atraente para ele.
Baixou os degraus e olhou ao redor, e se Tasya tivesse visto seu mau sorriso, teria
deslocado a toda velocidade em direção oposta e não pararia até chegar a fronteira
inglesa.
Quantas semanas tinham passado desde que a tinha reclamado? Quantas
semanas esteve despertando cada noite em uma fúria rugiente por ela, e tinha passado
cada dia preparando-se em uma luxúria vermelha?
Agora Rurik e Tasya passariam a noite em uma Bed and Brakfast em meio de
nenhuma parte, no frio, diminuto apartamento de cobertura, juntos em uma cama de
matrimônio elevada com edredons, com um colchão que se afundava ao meio. Tasya
Hunnicutt estava em um problema....E ela ainda não sabia.

Tasya estava em um problema, e sabia. Apoiou-se contra a pia de porcelana


branco talhado e se olhou fixamente no espelho, seus olhos escuros e redondos.
Essa manhã, a determinação de Rurik por ficar em um Bed and Brakfast tinha
sentido. Mas então, nessa manhã, ela quase paralisou e explodiu. Essa manhã tinha
tudo, inclusive Rurik com seu humor mais desumano. Agora ela tinha estado fria
durante horas, estava faminta, e tinha que jogar papel de uma noiva... de Frankenstein.
De acordo, Rurik não se parecia com Frankenstein, mas era bastante grande para
ser o monstro. De fato, a primeira vez que eles tinham feito o amor e ele tinha
empurrado dentro dela, o tinha pensado duas vezes.

3
Alojamento e café da manhã.
Naquela noite, se ela tivesse estado pensando, sua reação a seu ofego de pânico a
teria assustado mais que seu tamanho. Eles tinham ficado na cama, parados totalmente
nus, e em um momento quando a maioria dos caras teriam ido adiante a toda presa, ele
tinha notado sua apreensão. Ele tinha se detido, realmente se deteve. Tomou-se um
momento, ajustou suas pernas, beijou seus lábios, varreu as pontas de seus dedos por
seus mamilos, então desceu por seu ventre... Quando se tratava de deduzir o que
necessitava uma mulher, ele era o amo. Quando ele tocou seu clit. . . bem, quando ela
tinha terminado de gozar, ele estava ainda dentro dela e lhe ensinando o significado de
múltiplo orgasmo.
Era grande, ele era determinado, ele era cruel, e ele a queria. OH, e, Tasya, não
nos esqueçamos que ele está de zangado porque o abandonou.
Abandonou-o porque tinha dado muito dela, e Tasya Hunnicutt nunca fazia isso.
Pior, ela o queria tanto que quando ele se aproximava, soubesse ou não que
estava ali, cada nervo ficava em alerta e seus baixos níveis de adrenalina se disparavam.
Abriu o grifo e salpicou um pouco de água fria sobre seu rosto. Tomando a toalha
para as mãos, secou seu rosto, e se olhou outra vez. Ainda se via como um inferno.
Porque ela tinha que dizer logo a verdade. Bem, não toda a verdade. Nunca disse toda a
verdade a alguém.
Mas bastante verdade para fazê-lo compreender que a responsabilidade da
explosão descansava sobre seus ombros, e que se ele fosse elegante, afastaria o inferno
dela. Levantou seu queixo. Provavelmente se mataria antes de que isso terminasse, mas
se tinha êxito na aquisição da maldita informação sobre os Varinski, a justiça teria que
ser servida; na Sereminia, Yerik e Fdoror Varinski seriam condenados por crime
organizado e assassinato, e executados. Tasya poderia morrer, mas o faria com a
satisfação de saber que os Varinski explodiriam, seus mil anos de reinado de terror
terminariam....E ela teria sua vingança. Olhou para baixo a sua mochila. Sua câmara
estava ali. As fotografias estavam na memória.
Uma sensação de urgência a instigou. Se pudesse ver as evidências que tinha…!
Olhou para a porta, perguntando-se se a senhora Reddenhurst lhe permitiria usar
seu computador.
Nesse momento, que tivesse as fotografias não importava se não era capaz de sair
da Escócia. De algum modo, ela tinha que mascarar-se.
Abrindo o estojo de primeiro socorros da Senhora Reddenhurst, Tasya escavou
desesperadamente através dos tubos de ChapStick, o ungüento para os joanetes e um
para as hemorroides, as loções de mão, as pinças, as ataduras... A senhora Reddenhurst
deveria ser a mulher mais aborrecida na história do mundo. Então, atrás no canto do
fundo, Tasya encontrou o que queria. Olhou a caixa esmurrada, o prazo de validade
tinha vencido fazia muito tempo, e compreendeu....Isso era perfeito. Absolutamente
perfeito.
Não só podia mudar seu aspecto, quase poderia garantir que Rurik ia aborrecer
com esta mudança. Aborrecê-lo, desprezá-lo... E tinha que viver com isso pelo resto de
sua viagem.

Rurik estava em pé diante do fogão da antiquada cozinha, enquanto esquentava


suas costas, olhando a senhora Reddenhurst cozinhar.
Sobre a bancada, a televisão de tela pequena ressoou com as novas sessões de
comédia da BBC. Uma panela no fogão fazia estalar sua tampa cada vez que borbulhava.
Os pratos de barro no forno se obscureceram ao esquentar-se. Todo o tempo, a Sra.
Reddenhurst falou de seu marido grande e tolo em tons de afeto e exasperação. Era
óbvio que ela sentia saudades; Rurik tinha obtido de sua conversa que a perda de seu
marido era a razão pela que ela tinha tido que converter sua pequena casa em uma
pensão.
A senhora Reddenhurst recordou a sua mãe, severa por fora, suave e doce por
dentro. Tinha jurado que não ia esforçar se por atender a seus convidados inesperados,
e no espaço de meia hora, ela tinha estado de acordo lhe deixando usar seu computador
para olhar suas “fotos de férias”. Se ofereceu a lavar e secar sua roupa, e que as teria
pronta para o amanhecer. Tinha conseguido que pudessem ir a Edimburgo com outra
dos casais da pensão. O mais importante, ela tinha tirado os pão-doces de aveia dessa
manhã para que tomasse um bocado enquanto esperava pela Tasya.
Que estava bem, porque Tasya tinha estado naquele banheiro durante mais de
uma hora.
—Às senhoras jovens gosta de tomar-se seu tempo no banheiro, especialmente
quando têm um jovem para impressionar—Se moveu sobre o balcão e tirou o cordeiro
do forno.
— Você verá. Quando sua senhora passe por aquela entrada, lançará-te sobre ela.
—Isso é o que tenho medo—Murmurou ele.
Mas realmente, em que travessura poderia estar Tasya fazendo dentro do banheiro
da senhora Reddenhurst?
Esta elevou a vista enquanto servia os pratos e disse:
—Aqui está jovenzinha.
Rurik olhou para a porta......E ficou duplamente horrorizado.
De algum jeito, Tasya tinha conseguido peróxido e agora as pontas de seus
cabelos eram de cor branca brilhante. Como se isso não fosse suficiente, tinha
encontrado gomina e eliminado o cacho de seu cabelo. Pontas agudas pregadas em cada
direção. Ela parecia um medroso e envelhecido porco espinho.
Ele ia mata-la.
Deu um passo em sua direção—E quase se chocou contra a senhora Reddenhurst
enquanto ia daqui para lá, preparando a mesa.
—Que coisa mais bonita!—olhou-o com desaprovação.
— Eu não sabia que tinha a uma menina como noiva, senhor Telford.
OH, Deus. Senhora Reddenhurst tinha razão. O cabelo da Tasya a fazia parecer
uma menor de idade.
Por que?, queria perguntar. Por que? Por que? Por que?
Mas ele já sabia a resposta....Porque havia dito que precisavam trocar sua
aparência, porque de algum jeito tinha encontrado lixivia, e porque ela amava irritá-lo.
Fazia um bom trabalho dessa vez.
—Essas roupas são perfeitas para uma noite casual—a senhora Reddenhurst
aprovou as calças cáqui da Tasya, a camiseta solta de cor negra, e a jaqueta ajustada
também caqui.
— Vêem e sente-se. Não seja tímida.
—Estou tão contente de conhecê-la, senhora Reddenhurst—Tasya se aproximou e,
com um sorriso, estendeu sua mão— Muito obrigado por nos hospedar, e espero que não
sejamos muito problema.
Rurik não era o único que tinha o encanto em abundância. viu a prova disso
quando a senhora Reddenhurst sorria e respondia:
—Nenhum problema absolutamente.
—O senhor Telford nos perdeu, mas você salvou nossas vidas—Tasya deslizou um
braço ao redor da cintura de Rurik e o abraçou com falso afeto.
Rurik abraçou suas costas, com um pouco de muito força, e a sustentou bastante
estreitamente para que ela sentisse sua ira.
—Agora, querida, se começar a contar a Sra. Reddenhurst todas nossas proezas
em suas formosas montanhas, alguém vai ruborizar-se....Nesse justo momento, a cor
saltou das bochechas da Tasya.
— Acredito que é você—Se inclinou e a beijou na boca, e como tudo o que fazia era
por vingança a seus comentários de sabichão, seus lábios se atrasaram... e voltaram.
Ela estava quente da ducha, a umidade, e cheirava a fresco, era um afrodisíaco em seus
braços. Sujeitando sua cabeça, ele olhou para baixo a seu rosto: seus olhos fechados,
aquelas pestanas ridiculamente longas, a maneira que seus lábios se ruborizaram para
conjuntar com suas bochechas. . . .
O som de um sino distante os voltou para a realidade.
—Acredito que outros querem seu prato principal. Isso é bom—Já que aqui está
subindo a temperatura—A Sra. Reddenhurst sorriu com satisfação, tomou os pratos e se
encaminhou para o salão diminuto, deixando-os sozinhos.
Rurik se apoiou para beijar Tasya de novo.
Ela pôs uma mão em sua boca.
—Deixe disso. Estou faminta.
Ela o tinha exasperado hoje; manteve-a cativa só por diversão.
—Eu deveria te açoitar pelo que fez com esse cabelo.
—Disse-me que mudasse minha aparência—Tinha aquele ar arrogante sobre ela
que claramente lhe dizia que adorava sua reação.
—Então te açoitarei por diversão.
Ela quase riu. Quase.
Nunca teria pensado que o faria. Parecia a classe de mulher que se tomava uma
ameaça, sem importar o profundamente relacionada com o sexo que estivesse, muito a
sério.
—Pensa que não o farei?
Então riu realmente em silêncio.
—Penso que desfrutaria muito.
—Eu penso que você o desfrutaria, também—Apoiou atrás contra o balcão, e a
ajustou para que todas as partes de seu corpo descansassem contra todas as dele.
— Sobre tudo desfrutaria da parte onde eu sustentaria seu rosto em meu colo, e
estendesse suas pernas, e te tocasse.
A risada da Tasya murchou.
—Bastante rapido me estaria rogando. Usaria esse tom ofegante que tem quando a
necessidade está te controlando.
Seus olhos azuis ficaram um cinza fumegante.
—Ouvi-o várias vezes essa noite em Edimburgo—Pronunciou com lentidão
arrastando as palavras— Recorda essa noite, não é?
—Me deixe ir—Se retorceu contra ele.
A melhor maldita tortura que ele alguma vez tinha sofrido.
—Essa noite, aprendi muito sobre o que você gosta. É por isso que sei que depois
de que te açoite, poderia te tocar aqui—Deslizou uma mão entre seus corpos e apertou
onde o faria melhor— Então eu escorregaria um dedo dentro de você, e gozaria sobre
meu colo.
Ela se desfez de seu agarre.
Ele deixou, depois a espreitou enquanto fugia para a mesa da cozinha.
—Quando introduzir o segundo dedo dentro de você, estará tão preparada, que
terei que te segurar com a outra mão para que não se derreta no chão.
—Pare!—Olhou-o com olhos atormentados.
—Me obrigue—Sentou na mesa, as palmas de suas mãos sobre a superfície.
Tasya se ergueu encarando-o, suas mãos em punhos diante de seu peito.
—começe a correr, Tasya—zombou—Para que eu possa te caçar.
—Não te darei a satisfação.
—OH, sim, quer. E te prometo que me dará exatamente a satisfação que eu exija.
Uma tosse ligeira fez aos dois dar a volta rapidamente para enfrentar a sua
posadeira.
Em um tom tanto horrorizado como encantado, a Sra. Reddenhurst perguntou:
—Querem seu filete e ovos agora, ou a primeiro salada? Ou preferem que eu
postergue o jantar um pouco enquanto terminam sua luta lá em cima?
Capítulo 10

Boris Varinski se estendeu na poltrona maior na casa da família Varinski na


Ucrânia, com o controle na mão, vendo as notícias do CNN pela TV de tela plana de
cinqüenta e oito polegadas. O som ressoava. Tudo ao redor dele, Varinskis golpeando
com os punhos nas costas de outros e rindo estridentemente.
Ele não ria.
Ele havia o estado; quando as notícias da explosão na escavação escocesa saíram,
com muito gosto tinha recebido felicitações de seus homens. Recebeu-as com renovado
respeito.
Então os repórteres vieram e anunciaram que o administrador da escavação,
Rurik Wilder, e a fotógrafo do National Antiquities, Tasya Hunnicutt, tinham
desaparecido e acreditavam mortos na explosão. Tinham mostrado fotos dos dois e em
seguida, Boris soube que tudo se foi ao inferno… E ele era o único Varinski bastante
inteligente para sabê-lo. Aquele homem na tela era o cachorrinho de Konstantine.
Boris tinha passado todo um comprido dia no Kiev, encerrado com o Mykhailo
Khmelnytsky, um historiador respeitado, enquanto que Mykhailo investigava os ícones
da família Varinski e onde poderiam estar agora. de vez em quando, Boris o tinha
animado a apressar-se, e com um incentivo, cortou pedacinho da ponta de um de seus
dedos, seu dedo pequeno de pele. Ao final, Mykhailo tinha chegado a identificar a tumba
na Escócia como um lugar aonde os ícones foram ocultos.
Boris tinha enviado à equipe de demolição, eles tinham pirado o lugar, e na
celebração que seguiu, ele tinha tido por uns momentos a esperança de que tinha
salvado seu próprio traseiro.
Mas se o filho de Konstantine dirigiu a escavação no mesmo lugar, Boris poderia
apostar que o moço procurava o mesmo maldito ícone para o que tinha sido instruído
para encontrar, e não por uma boa razão.
Pior, que não morria tão facilmente como os repórteres se imaginavam, e se ele
tivesse o ícone em sua posse…
Boris jogou uma olhada ao redor.
Ao menos, o tio Iván tinha caido de bêbado outra vez, e agora deveria estar em
algum lugar na grande e tediosa casa, seus olhos brancos volteados a sua cabeça.
O tio Iván bebeu ruidosamente mais vodca do que qualquer fígado pudesse levar,
tratando de curar sua tristeza, que era ser o primeiro Varinski cego em mil anos, e Boris
com muito gosto lhe dava garrafas. Por que quando o tio Iván estava afogando suas
tristezas, Boris sabia que ele estava seguro do tio Iván e o ser que o possuía.
Pelo que sabia do ícone, ele usava o corpo do tio Iván para agarrar a Boris e
ameaçá-lo.
Se Boris tivesse sorte, sua equipe de demolição encontraria a Rurik,
encontrariam-no rápido, eliminariam-no, e tomariam o ícone. Boris lhes daria a moça.
Ela seria uma recompensa para eles, e uma lição para ela.
—Me dem um telefone –Disse Boris. Ninguém prestou atenção. Levantou-se por
seu próprio pé. A dor passando como um raio por seu quadril mau, e a dor fazendo-o
mais forte e beligerante.
— Me dêem um telefone!
Abruptamente, a celebração morreu. Os moços ficaram em pé e o olharam
fixamente, e olhou atrás.
Blin! A metade dos jovens eram idiotas, babando, olhando inexpresivamente, não
entendiam nada. Tinham toda a inteligência de um chimpanzé. Alguns deles, o mais
jovens, trocavam para bestas repulsivas, doninhas, ou serpentes, ou abutres.
Predadores, mas não nobres predadores...Predadores nobres que caçavam carniça.
Predadores que se deslizavam ou corriam ou se escapuliam.
E um destes era Vadim. O próprio filho de Boris. Vadim era simpático,
mesquinho, grande, e não precisamente de vinte. Do tempo que ele pôde engatinhar,
tinha governado sua geração. Aquele pequeno governosos olhou a Boris como um tigre
que olha a um antílope envelhecido que logo seria derrubado. Vadim olhou, e ele
esperou, satisfeito na crença de que logo Boris cairia e ele poderia estar em seus
sapatos.
Era de merda. Seguro, depois de que Konstantine o abandonou, Boris tinha tido
que lutar para ser declarado o líder do clã Varinski, mas tinha mantido o poder durante
mais de trinta anos. Tinha sido ele quem decidiu abandonar a busca de Konstantine e
sua esposa cadela . Tinha sido ele que trouxe para os Varinskis a era moderna com os
dispositivos de rastreamento e modernos explosivos e um lugar web realmente bom que
declarou seu objetivo e tinha uma grande lucro corporativo.
Varinski… Quando Você Quer o trabalho Feito, e Bem Terminado.
Boris fazia isto sobre ele mesmo, e o lema o disse tudo. O negócio tinha
aumentado com a publicidade. O Varinskis recolhiam ouro...E era de ouro. Quando um
ditador veio e quis deixar a alguém, pago em ouro. Quando uma corporação de petroleira
quis começar uma pequena guerra, eles pagaram em ouro. E quando Boris chantageou o
ditador e a companhia petroleira, para que ele mantivera a informação tranqüila, eles
pagaram muito ouro.
Demônios, Boris tinha um analista em investimentos, e o cara tinha o verdadeiro
incentivo para assegurar-se que o investimentos fossem legitimos. Sabia que se não o
fazia, Boris o mataria com suas mãos nuas.
Justo quando conseguiu que toda a família Varinski se colocasse a seu gosto… Os
materiais passaram. Alguns tipos adoeceram. Varinski não adoeceu. Algum dos mais
velhos morreram em seus oitenta anos. Os Varinskis viviam bem em suas centenas.
Algumas vítimas dos Varinskis começaram a defender-se; as mulheres que tinham sido
violadas a carregaram contra eles.
Eles não puderam ir muito longe, ajudava que os Varisnkis tivessem o sistema de
justiça em uma firme aglomeração, mas que as mulheres tivessem tão pouco respeito
pelos costumes foi de mau augúrio para o futuro das gerações Varinskis.
Yerik e Fdoro tinham sido capturados e as provas apresentadas por crime
organizado e assassinato. Algo assim não tinha acontecido antes
Mas desta vez, Boris não fez nada, não pressionou para não ter que ver com o
governo Sereminian, não ofereceu nenhum suborno, nenhuma ameaça que fizesse aos
funcionários da Sereminia, poderia conseguir liberá-los.
O mundo e todos riscaram uma conspiração para derrubar a Boris.
–Aqui há um telefone, irmão –Um de seus irmãos, um dos de sua própria geração,
deu-lhe um sem fio.
Boris olhou abaixo, agarrando-o com seu apertão de mãos, e compreendeu que
não podia falar aqui. Sua agitação já o tinha traído muito.
–Vou ao meu escritório.
–Tio, antes de que faça sua chamada telefónica para tratar de arrumar esta
confusão, me dê o controle remoto da TV –Vadim vadiou sobre o sofá, esse sorriso
repelente, zombadora.
Boris olhou fixamente com os olhos abertos aos jovens idiotas, aos críticos
homens amadurecidos, e aos velhos decrépitos. Ele estendeu o controle remoto ao tio
Shaman.
Vadim estalou seus dedos, e Shaman o estendeu a ele.
Seu próprio tio traiu a Boris!
Traído e olhando-o fixamente, acusadoramente.
–Aham, obrigado! –Vadim riu e mudou de canal.
Boris arremeteu contra Vadim. Vadim nunca se moveu. Mas outros moços o
fizeram, intervieram frente a ele, como se de bom grau sacrificassem sua vida pelo
Vadim… E alguns deles eram os filhos de Boris.
Seus filhos! Seus tios! Todos desleais. Todos!
Boris se deteve. Ele se mofou.
–Você não merece minha saliva –Deu a volta para ir… Depois de tudo que opção
tinha?
Vadim o chamou.
–Coxeia, tio. Posso te ajudar em seu escritório?
–Você pequeno pedaço de merda –Resmungou Boris. Abandonou o quarto de TV,
andando sem um puxão. Detendo-se bem a tempo, apoiou sua mão contra a parede,
sacudiu sua perna, tratando de mover a união a uma posição mais cômoda. Então
coxeou pelo corredor escuro para seu escritório.
Seu quadril doía. O estúpido doutor havia dito que isto era artrite. Então Boris o
tinha matado. Ele não necessitava testemunhas de sua fraqueza.
Mas não podia matar à testemunha que moía seus ossos e comia seus nervos,
noite após noite, dia após dia. A enfermidade estava ali, e piorava.
Necessitava seu remedio. Deu um passo rapidamente… Quando esteve na
escuridão, algo agarrou seu tornozelo. Tropeçou. Sua perna cedeu. Caiu sobre um
joelho, agarrou-se a uma mão… E se encontrou no chão com o tio Iván.
O tio Iván, com seus olhos que brilhavam azuis na escuridão. Tio Iván, que se
moveu com uma capacidade e força longe das capacidades de um velho guerreiro.
–Adverti-te –sua voz era profunda, cruel, bastante fria para congelar o tutano nos
ossos do Boris.
Isto não era o tio Iván. Isto era… Isto era o Outro.
–Não é minha culpa –disse Boris– Eu não sabia que o cachorrinho de Konstantine
era o diretor da escavação. Não sabia…
Em um brilho, o tio Iván trocou seu apertou do tornozelo do Boris a sua garganta.
Os velhos dedos torcidos tocavam a traquéia de Boris espremendo, cortando seu fôlego.
–Culpa? Quem fala de culpa? Preocupo-me só pelos resultados.
A pressão aliviou um pouco, justo o suficiente para que Boris pudesse falar.
–Eu sei. vou procurar os…
–Disse-te que encontrasse os ícones.
–Fiz-o. Encontrei um. Tratei de destrui-lo…
–Não pode destruir os ícones. Nenhum homem pode.
–A explosão…
–Não fez nada. Você não entende? –A mão se apertou. E apertou– A mãe Varinski
deu sua vida para proteger a Virgem. Seu sangue fez os ícones indestrutíveis.
A última coisa que Boris recordou era ser agarrado pelo braço fraco, e
compreendeu que algo deu a força ao tio Iván.
Quando Boris voltou em conhecimento, o Outro se inclinou sobre ele, desumano,
velho, mau em um modo que Boris só tinha começado a compreender.
A Chama azul brilhou dentro dos olhos do tio Iván, e É sussurrou.
–Me traga os ícones. Todos eles. E encontra as mulheres.
Boris desesperadamente quis fechar os olhos… E não sei atreveu.
–Sim.
–As mulheres amadas pelos Wilder estão unidas pelos ícones. Encontra as
mulheres. Encontra os ícones. Encontra-os, traz-me isso
–Sim –Boris disse com voz rouca.
–Tenha êxito, Boris –o aroma de enxofre corrompeu o fôlego do ancião—, terá
êxito, ou vera o inferno em toda sua glória, e muito, muito mais cedo do que tenha
imaginado.
Capítulo 11

—Escutou-te.
Embargada pela irritação e a vergonha, Tasya andou a pernadas pelo corredor
fracamente iluminado para a biblioteca em miniatura.
—A Sra. Reddenhurst escutou cada palavra!
— E o desfrutou, também.
Rurik deu um passo atrás da Tasya, suas longas pernas a alcançavam com
facilidade.
—Arrumado a que ela vai dormir esta noite abraçada a seu travesseiro.
—Só no caso de que o travesseiro contenha duas pilhas de tamanho D. Tasya
nunca tinha estado tão mortificada em sua vida.
Não tinha estado zangado. Obviamente. Ele simplesmente sorriu e comeu sua
carne e ovos com entusiasmo.
E isso chateou a Tasya ainda mais.
—Quero dizer, não sou nenhuma dissimulada....
—Só inexperiente.
Ela se deteve. Girou. encontrou seu nariz quase enterrado em seu peito.
—Não sou!
—Inexperiente e aturdida.
Caminhou ao redor dela, mais à frente do salão onde a Sra.. Reddenhurst se
sentava com duas de suas visitas, a televisão vociferando, e na biblioteca vazia. O
computador da Sra. Reddenhurst se localizada sobre o escritório, uma MAC de quatro
anos com um monitor de doze polegadas. Ele o ligou, examinou as conexões, e estendeu
sua mão.
—Podemos fazê-lo. Onde está a memória?
Tasya se deslizou na cadeira.
— Aqui mesmo.
Ela tirou a memória de seu bolso e a pôs no leitor.
Rurik espera que tratasse de desalojar de seu posto a metade de caminho, mas
ele aproximou uma cadeira e se sentou sobre seu ombro esquerdo.
—Estão as fotos ali?
Carregou as fotos no programa, subiu-as, e deu um suspiro de alívio.
—Parece que não houvesse nenhum problema.
Ontem tinha tomada centenas de fotos do lugar, o cofre, e todo seu conteúdo, mas
ela passou rapidamente por diante daquelas para pôr a que tinha tomado esta manhã.
Fez uma careta de dor quando viu a quantidade...Somente uma dúzia de um
painel de três metros de comprimento e densamente talhado com figuras, símbolos, e
escritura. Entrecerrou os olhos. O monitor não era bom; tudo estava verde, e a
resolução era muito mau.
—Como está seu inglês antigo? –perguntou.
—Não é bom, mas por sorte esta escultura foi feita somente uns anos antes da
invasão normanda, assim que nos estamos aproximando do Inglês Médio. Além disso a
maior parte da história se conta em imagens.
Assinalou a primeira foto.
—Pode ampliar essa?
Fez-o, e os dois estudaram a vista da parede.
Ela indicou a figura a esquerda.
—Clovus é um chefe militar—Ele decapita a seus inimigos até ter uma grande
pilha de corpos sob seus pés, e outros guerreiros se agacham diante ele.
—Encontrei a prova disso —Acordou Rurik.
—Ele curte um varrido de destruição através da Europa, e o único que pode
contra ele é este cara.
Assinalou a figura, grosseiramente desenhada, de uma figura coroada com um
olho e um rosto derretida.
—Faz que te pergunte o que era o rei se as arrumava para superar Clovus o
Beheader.
—Havia muitas pessoas encantadoras naqueles dias.
Procurou a seguinte foto, e compreendeu que ajudava se se inclinava para trás e
olhava a imagem em conjunto em vez de tentar decifrar cada linha.
—Clovus tomou um navio.
Sabia que era Clovus, já que ele havia trazido uma cabeça de souvenir que goteja.
—Então suponho que cruzou o canal da Inglaterra.
Rurik assinalou umas palavras.
—Isso é o que diz aqui.
Ela olhou a tela entrecerrando os olhos.
— Realmente? Isso é o que diz? Deveria ter estudado mais Beowulf.
—Me alegro de descobrir uma razão para havê-lo feito.
Rurik pôs sua mão atrás de seu pescoço e usou seus dedos para massagear o nó
que tinha ali. Se fosse inteligente, diria-lhe que já basta. Mas ele usava suas mãos com
verdadeiro talento, e tinha tido um dia longo. Um muito longo, muito tenso dia.
—Bem. Então desta vez, Clovus curte uma andança pelo campo inglês, até o
momento em que encontrou —Ampliou a imagem— Encontrou o diabo? Isto fica cada
vez melhor e melhor.
Rurik parecia prosaico.
—Clovus realmente se rodeou de gente má.
Ela controlou seu entusiasmo e procurou a seguinte foto.
—O diabo lhe deu um maravilhoso presente.
—A barra de Hershey.
—Rurik assinaloo o quadrado que estava trocando de mãos.
—OH, me morda.
Mas estava concentrando muito dura e sua massagem era muito boa para ela pôr
muito vitríolo detrás de seu insulto.
—O que pensa disto?
—Não sei.
—Vê o brilho que há ao redor? Penso este deve ser um tablete de ouro.
—Poderia ter razão.
Ela se virou para olhá-lo.
—O que acontece?
—O que pensa?
—Soa tão…Neutra. E te vê— Parecia estranho. Mas bem perspicaz, e cheio de
emoção reprimida.
—Você é o arqueólogo. Somente sou aficionada. Estou lendo isto errado?
—Você os exatamente como eu. Exceto... Eu não penso que isto seja de ouro.
Ele assinalou a tela, ao objeto que o diabo deu a Clovus.
—O que pensa que é?
—Penso que isto é um objeto santo.
—Devido ao halo.
Isso jogava no inferno todas suas teorias sobre o tesouro de Varinski.
—Mas o que faz o diabo com um objeto santo?
—Nada bom, apostarei.
—Não.
Ela se retirou do escritório.
—Está decepcionada.
—Não sei.
Ela pensou nos detalhes da mitologia de Varinski.
—Qual era a parte e sobre o ícone?
—O Ícone?
Rurik imediatamente estava alerta.
—Nada. Eu só... Nada.
Não precisava entrar nisso agora mesmo. Voltando para a tela, disse,
—Olhe. Clovus está doente.
A pedra tinha dado a imagem de vários transtornos corporais de Clovus com
exaustividade repugnante.
—E ele culpa ao objeto, o que seja, e o envia ao rei com um olho.
Rurik se inclinou na cadeira e pressionou as palmas de suas mãos a sua frente.
—Isto poderia ser perfeito!
—Perfeito?
Mal podia conter sua decepção.
—Se a tabela de Hershey estava em algum lugar na Europa? Por que?
—Por que de outra maneira, este objeto foi destruido pelas nuvens com a tumba,
e inclusive se não foi destruído, isto vai tomar dez anos para peneirar os restos e
catalogar cada pedaço, e quem demônios tem dez anos?
—Bem —Disse ela sarcásticamente.
—Agora tudo o que temos que fazer é descobrir quem é a figura de um só olho,
pensar a que governante filho da puta do décimo primeiro século europeu o enviou.
Ao final, para todos suas renúncias, Rurik decifrou bastante do Velho inglês para
entender qual era o rei torto que tinha vivido e saqueado na Lorena, agora uma província
sobre o bordo de Extremo Oriente da França. Começariam ali.
Sua beca impressionou a Tasya. Isto e o calor proporcionado por ele ao sentar-se
tão perto, e seus dedos que roçam a base de seu pescoço... Gostava de sentar-se aqui
com ele, decifrando as talhas, falando sobre o próximo movimento. Estavam cômodos
um com o outro, duas pessoas que tinham muito em comum. Quase... Amigos.
Amigos, exceto o fato que ela não tinha sido completamente franca com ele, para
dizer o menos, e ali estava aquela coisa sexual que eles fizeram tão bem e que a fez
querer fugir tão longe.
Porque Rurik Wilder nunca seria ameaçado por sua carreira e sua independência
e escaparia. Rurik Wilder não se sentia ameaçado por nada. Ele queria uma relação com
ela, de que espécie e por quanto tempo, ela não desafiava perguntar, e isso a
aterrorizava. Aterrorizada-a pelas pessoas que a perseguiam. Aterrorizada-a porque ele
poderia sofrer algum dano. E não seria justo para ele.
Enquanto retirava o cartão, substituía-a em sua câmara, e punha sua câmara a
resguardo, ele limpava os remanescentes das fotos do computador da Sra. Reddenhurst.
Tasya observou satisfeita que tinham feito um bom trabalho. Faziam uma boa equipe.
Ele desligou o computador, então se virou, e tão rapidamente que não teve tempo
de recuar, agarrou sua mão na sua.
—Agora, me fale sobre você e os Varinskis.
O ajuste de contas tinha vindo mais cedo do que tinha pensado.

Capítulo 12

—Não sei por onde começar.


Tasya tratou de controlar seus dedos por seu cabelo, e imediatamente as pontas
agudas rígidas lhe recordaram o que tinha feito para trocar suas aparências, e por que.
—Começando pelo princípio.
Rurik usou seu dedo do pé para puxar cadeira diretamente em frente dele, e a
assinalou.
Podia não gostar de sua atitude, mas se sentou. depois de tudo, o devia.
Tinha-o envolvido em algo muito por cima de sua cabeça, ele nunca poderia dirigi-
lo.
Embora possivelmente estivesse enganando a si mesma. Porque da forma em que
este dia tinha transcorrido, cada vez estava mais impressionada com suas capacidades.
O sujeito tinha uma habilidade especial: tinha-a tirado fora do túnel, tinha oculto a
mochila repleta de fornecimentos de sobrevivência, explorou fora de B a B, todas ações
que revelaram seu caráter. Este era um homem que esperava o perigo e se preparava
para o problema.
Entretanto, ela havia trazido o problema, pelo que se inclinou para frente.
— Sabe quem são os Gêmeos Varinski?
—Dois assassinos experimentados da legendária família criminal Russa, bem,
agora Ucraniana, da máfia que foram capturados na Sereminia cometendo um
assassinato por encargo e que agora estão na prisão esperando o julgamento.
—Exatamente. Eles não são os primeiros membros da família que são
capturados, mas eles são os primeiros que não conseguiram “escapar” —Usou aspas no
ar—Antes de seu julgamento. Os Varinskis estiveram alugando-se como mercenários
durante mil anos, cometendo horríveis maldades, e nunca foram condenados por um só
crime.
Ela se inclinou ainda mais para frente, quente pelo entusiasmo do tema.
— Pode imaginar isso? Mil anos.
—Incrível.
Sentava-se totalmente quieto, escutando como se ela fosse o mais brilhante
orador no mundo.
— Por que sabe tanto sobre eles?
—Fiz minha investigação.
— Que tipo de investigação?
—De todo tipo. Na biblioteca, em linha, fiz entrevistas.
Isso não era tudo, mas ela suspeita que ele não aprovaria o resto.
Estava dizendo muito provavelmente. Mas ela nunca chegou a falar destas coisas.
Não com alguém que odiava os Varinskis como ela o fazia. Aqui estava Rurik, seu lugar
arqueológico feito voar pelas nuvens, o trabalho de sua vida arruinado, a entenderia.
—Documentei a história dos Varinskis, sua lenda, e seus crímes. Sabe que a
história Russa mais antiga que pude encontrar é de quase oitocentos anos, um
manuscrito iluminado que fala de um tesouro de grande valor que o primeiro
Konstantine Varinski tinha dado...ao diabo...Para receber suas habilidades
sobrenaturais?
—Que habilidades sobrenaturais seriam?
Rurik soava amável, como alguém que pensa que atiram de sua perna.
Tasya não o culpou nem um pouco.
—Sei, tampouco posso acreditar que os Varinskis escapassem com estas idiotices.
Supostamente, estes tipos são troca—formas, e trocam em predadores sempre que eles
queiram. Os Monges tiveram medo deles, e disseram que isto provinha de um trato com
o diabo e converteu aos Varinskis de seres humanos a demônios. Cada documento russo
posterior que encontrei diz a mesma coisa, e afirmam que é por isso que são tão bons
rastreadores e por que ninguém pode livrar-se deles. Não é o melhor caso de Relações
públicas que tenha ouvido?
—Assombroso.
Rurik estava apoiado contra o respaldo, os braços cruzados em seu peito, so seu
rosto fora da luz.
—Qual acha que é a verdade?
—Descobri que Konstantine tinha pago a alguém, algum homem poderoso,
provavelmente um representante do czar, um montão de dinheiro para fazer o que
desejasse sem interferências nos estepes da Ucrânia. Konstantine, uma vez recebido
essa permissão, procedeu a fazer um bom nome para si mesmo como um guerreiro
brutal.
Não falaria das coisas que Konstantine fazia, desde o Konstantine o que fez Clovus
parecia leve em comparação.
—Criou os guerreiros mais brutais, e eles criaram a muitos mais, seguindo a
tradição familiar como homens que se contratam como caçadores e assassinos, homens
que lutam como mercenários em qualquer exército. Eles não se casam, eles saem e
violam mulheres, e se as mulheres sabem o que é bom para elas, parem a seus bebês.
Supostamente, os Varinskis têm só filhos....
—Que é possível, já que é o macho quem determina o gênero, —Interpôs Rurik.
—Sim, mas com estes caras, eu suspeitaria que eles deixam fora as meninas para
morrer.
—Rurik quase falou, depois retornou a seu estado de vigilância.
—Todos os Varinskis estão treinados para ser soldados de perversidade
impressionante.
—Assim não crê na parte sobrenatural?
—OH, por favor.
—Você não crê no sobrenatural.
—Não, eu acredito no que posso ver, saborear e tocar.
Ela nem sequer acreditava em Deus. Tinha perdido a fé a mesma noite em que
tinha perdido a seus pais.
—Estou ao dia o que acredito pode ser uma peça do tesouro da família Varinski....
—O tesouro que Konstantine deu ao diabo?
Com o rosto de Rurik na sombra, podia ver só seus olhos, e eles estavam vivos e
observando.
—por que o diabo não o tem?
—Segundo o mito Varinski, o diabo dividiu o tesouro em quatro partes e jogou os
pedaços aos quatro ventos.
Rurik sacudiu sua cabeça.
—Ele os jogou aos quatro cantos da terra.
—Assim é. Você sabe sobre essas coisas!
Lhe deu pontos por isso.
—O diabo jogou os pedaços aos quatro cantos da terra. Os relatos discrepam
quanto ao tesouro e o que era. Alguns disseram ouro. Outros prata. Alguns disseram
que era um ícone santo da espécie que todas as famílias russas guardam em seu lugar
santo da casa.
Rurik fixou o olhar no computador, e assentiu.
—Pensei que se era tão valioso, provavelmente fosse de ouro, como indicavam
todas as fotos e todas as iluminações mostradas em fotos como estas sobre o painel de
pedra.
Ela tocou o chip de cor no bolso de camisa.
—Deduzi que o convênio que dá seus direitos a Konstantine como um filho da
puta devia estar gravado sobre o tesouro de algum modo.
— Bem —Disse Rurik devagar, franzindo o cenho — é um salto grande.
—Se Konstantine Varinski estivesse tão preocupado pela urna, a barra de Hershey
que arrumou esta historia sobre o diabo que o jogou aos quatro cantos da terra, então
há algo incriminatorio nisso.
—Se tudo o que dizem é certo—A lenda de Varinski é falsa, eles não trocam em
bestas de presa, e eles simplesmente se limitam a usar o mito para assustar as pessoas
de morte— então sim, parece lógico. Mas e se.....
—E se realmente trocam em animais?
Ela riu ligeiramente.
Em um rápido movimento, sentou-se direito, a luz. Seu rosto estava vividamente
exasperado, e ela teria jurado que ia fazer algo imprudente, embora, não sabia o que. Ele
se afundou novamente em sua cadeira, mas ela sentiu uma atenção e uma impaciência,
como a atitude de um falcão que espera um camundongo para livrar-se de seu buraco.
—Isso realmente é um grande mito. Eles não são lobos, controlados pela lua, ou
vampiros não podem sair de noite. Eles podem ir a qualquer parte em qualquer como
homens ou como bestas. Isso lhes faz muito mais perigosos, não acha?
Ela riu de novo.
—Fala da RR.PP.!
—Incrível.
Parecia escolher cuidadosamente suas palavras.
—O que acontece a tabela de Hershey não é mais que um ícone de uma família
russa, e que você tomaste todos esses problemas para localizar o tesouro de Varinski na
tumba de Clovus na Ilha do Roi?
—Mas não o vê? Os Varinskis são caçadores internacionais, de alta tecnologia,
bem-sucedidos perseguidores e assassinos asaláriado. Fizeram explodir a tumba.
Pôs sua mão sobre seu joelho.
—Tentavam ocultar algo.
—Então esta convencida de que os Varinskis foram quem voou a tumba.
Sua perna estava tensa como o aço sob seu apertão.
—Certamente que acredito. E se você pensar nisso, também.
Apertou seus dedos, depois se afastou.
—Disse que não acreditava nas coincidências.
—Então, provavelmente, eles quiseram te matar. O Varinskis não gosta da
intervenção das pessoas ao redor, expondo seus segredos.
Rurik sabia mais sobre os Varinskis do que ela se imaginou.
—Isso é possível.
—Toma sua possível morte com muita calma.
Ela pensou em várias respostas, e as descartou, todas elas pareceram tão
melodramáticas.
—Aquele cofre foi uma decepção. Quando chegou ao fundo e a louça não estava
ali, quase chorei.
—Quase choro agora mesmo.
Ele realmente parecia um pouco vermelho.
—Tanto como lamento perguntar...O que está fazendo com toda esta informação?
—Escrevi um livro.
—Escreveu um livro sobre os Varinskis?
A voz de Rurik se elevou. Então elevou suas sobrancelhas.
—Está bem!
—Me faça um favor. Não quero saber.
—Meu editor diz que está bem.
Em tom de horror, perguntou:
— Tem um editor?
—Isto vai ser publicado em dois meses. Em livro de capa dura!
Ela tinha usado todas suas habilidades como escritora para tecer os fatos e
fantasias juntos em uma persuasiva leitura. Estava orgulhosa de si mesma, e estava
fazendo racho em sua euforia.
—Sabe algo sobre a indústria editorial?
—Conheço a maior parte dos livros de suspense. Talvez ninguém notará o seu.
Ele parecia positivamente esperançado.
—Atualmente, as preventas são excelentes —disse ela com fria cortesia.
— Meu editor diz que será o grande êxito de vendas do New York Time.
Ela quis esmagá-lo como um inseto, ele e sua carência de entusiasmo.
—Documentei toda minha investigação, mas se posso reproduzir um verdadeiro
pedaço vivo de historia Varinsk, que excitará a imprensa e me dará a exposição que
necessito. Assim embora somente fosse um superficial registro escrito da corrupção de
Konstantine estaria bem, posso procurar o ícone, também, se isso for o que é. É tudo
sobre publicidade.
—Tudo sobre publicidade—repetiu ele—Quando começamos esta conversa, disse
que começasse pelo princípio, mas não acredito que o fizesse. Quem é o Varinskis para
ti?
Com cuidado espaçou cada palavra.
—O que pensa você? Pergunta se eles forem parentes?
Suas bochechas se esquentaram.
—Porque não estou relacionada com aqueles monstros. E nunca dormi com um!
Afastou o olhar, fez um movimento rápido com seus olhos e lhe retornou o olhar.
—Não. Isso não é o que pergunto. Há muitas injustiças neste mundo, Tasya
Hunnicutt, e você sabe. Viu-as. por que decidiu tentar e destruir este mau?
—Por que é correto.
Pobre resposta.
—Porque é o que faço.
—Não. Com os outros males, você toma fotos. Escreve uma história. Move-se para
a relativa segurança. Com o Varinskis, uma vez que se declare seu inimigo, não voltará a
estar segura. E você sabe. Então outra vez, pergunto—Por que os Varinskis?
—Deveria saber que tenho alguns governos neste mundo que me odeiam por
minhas histórias.
Não tinha pensado que Rurik perguntaria sobre sua motivação, ou que ele seria
tão ardiloso com seu interrogatório. Muitos homens são esquecidos com tudo exceto com
a comida, a bebida, e o sexo. Por que teve que meter-se de cheio com o Sr. Interrogação?
—Intui o mal.
Olhou-a impassível.
Ela se retorceu em sua cadeira. Sabia para onde ia.
—Sentiu a Clovus e suas armadilhas. Sabia que os Varinskis estavam fora.
—Quando eles se aproximaram, Eu sinto... há um zumbido em meus ouvidos que
me põe doente, e tenho este brilho quente que me faz ver chamas.
Muito perto, Tasya! Patina muito perto da verdade!
—Houve alguma outra vez que tenha sentido isso?
Sentia-se estranho quando estava ele ao redor, mas o atribuía a uma luxúria
constante de baixo nível que a afligia, e ao modo em que esquecia de respirar quando o
olhava fixamente.
Gostava de olhá-lo, seus dourados olhos, seu forte e severo rosto, o corpo
musculoso que se via tão bem com roupa...E muito melhor sem ela. Gostava de seu
aroma, e gostava da forma em que a fazia sentir quando a tocava....Como se fosse viver
para sempre. Para sempre, em um momento.
—Houve outras vezes em que tenha sentido o mesmo? –repetiu ele.
Não ia deixar ir o assunto.
E ela não ia falar sobre isso, sobre aquela noite faz muito tempo, sobre as chamas
no horizonte, e como ela tinha gritado por sua mami por que esses homens horrorosos
estavam perto, estava doente, tão doente.
—Sinto muito, Rurik. Em parte foi culpa minha que bombardeassem o lugar, mas
o juro, nunca me ocorreu que seria assim.
— Então o há sentido antes.
Ele se parecia com um cão com um osso.
—E de qualquer modo tem o descaramento de dizer que não crê no sobrenatural.
Seu humor tinha estado vacilando de um lado a outro, e agora se rompeu.
—Isto não é sobrenatural. Isto é somente um pressentimento!
—Um muito útil.
Ficou em pé.
—Crê no sobrenatural?
— Muitíssimo.
Ela não podia saber se o estava de brincadeira ou não.
—Um piloto das Forças Aéreas que acredita em ghoulitos4 e fantasminhas?
—Um ex-piloto das Forças Aéreas. Talvez os ghoulitos e fantasminhas são a razão
de que o deixasse.
Todo isso não tinha sentido.
Ficou também em pé.
– O que pensa do que faço?
—Penso que lhe vão assassinar.
—Mas se demolição é uma herança de crueldade, não o valerá?
—Não. Porque não posso pensar em um mundo sem você.
Antes de que suspeitasse de suas intenções, tinha-a em seus braços, pressionada
contra seu corpo. Ele estava duro e quente, justo do modo em que ela o recordava, mas
menos gentil.... Queria beijá-la, e não tinha paciência para a sedução. Este era um beijo
violento como uma tormenta, tão completo como um clímax. Ele usou sua língua em sua
boca, seus dentes sobre seu lábio inferior. Segurou-a com um braço pelas costas
enquanto que com a outra mão embalava seu traseiro e a massageava tão
profundamente que ela estremeceu, A metade de caminho de render-se.
Então a deixou ir. A deixou ir e recuou. E caminhou para a porta.
Ela tocou com seus dedos seus lábios machucados, e fechou os olhos. Tinha
pensado que ninguém choraria sua morte, e entretanto Rurik poderia parecer calmo e
estóico, mas o homem escondia uma profundidade de paixão e angústia que elevava sua
temperatura e a para querer viver, tudo ao mesmo tempo.
Em uma pressa repentina, correu pelo corredor, com a intenção alcançá-lo.
Ele estava em pé no arco da sala, onde a televisão ressonava, e olhava fixamente
sobre a cabeça da Sra. Reddenhurst e dois de seus convidados.
Tasya parou junto a ele.
Uma repórter permanecia em pé na chuva frente ao montículo derrubado da Ilha
de Roi. Atrás dela, várias pessoas trabalhavam sob refletores, cavando freneticamente,
quando ela disse:
—Não sabemos quem bombardeou o lugar. especula-se, certamente, que foram
terroristas, mas sabemos que duas pessoas estão perdidas e se supõem mortas. Mas até
que seus corpos não sejam encontrados, são suspeitos na explosão.
E as fotos de Rurik e Tasya apareceram sobre a tela.

Capítulo 13

Tasya parecia culpada e com vontade de fugir, mas Rurik tinha que saber se sua
fachada era suficiente.
—Sra. Reddenhurst, minha esposa e eu subiremos agora.
Sra. Reddenhurst se girou em sua poltrona.
—Entrem, entrem. Encontrei gente amável que aceitou compartilhar seu carro
com vocês pela manhã.
Rurik tomou a mão da Tasya e a conduziu a pequena sala.
—Apreciamos que nos permitam ir com vocês, Sr. e Sra. Kelly.

4
Um espírito maligno ou demônio em folclore muçulmano que se acreditava saqueava tumbas e se alimentava de cadáveres
—Serena e Hamlin, —disse o Sr. Kelly, e estendeu sua mão. Ele era baixo,
envelhecido, com um ventre redondo que se sobressaía de seu cinturão, e uma barba
branca. Sua esposa lhe correspondia em altura e contorno, e ambos sorriram
radiantemente com entusiasmo.
Aparentemente no verão Papai Noel e sua esposa passavam as férias no norte de
Escócia.
—Encantado da companhia, especialmente com a parte de que você compartilhará
a gasolina.
Inclinou a cabeça.
—Eu os conheço.
Merda.
—Ou ao menos reconheço seu acento. Vocês são ianques —Continuou—Somos
justo do norte—Disse Serena—Do Canadá. Sempre é bom ver vizinhos quando viajamos.
Tasya se apoiou em Rurik como se necessitasse apoio.
—Recorda quando estivemos com o Fred e Carol na Flórida? –Disse Hamlin.
—Isso foi selvagem. Não foi selvagem?
—Fred e Carol Browning eram nossos verdadeiros vizinhos, de nossa vizinhança, e
nossos filhos cresceram juntos—Explicou Serena— E nós os encontramos na Flórida em
fevereiro. Imagine isto.
Hamlin colocou seus polegares em seus suspensórios.
—Imagine—Disse Tasya fracamente.
Antes de que os Kellys pudessem tomar fôlego outra vez, Rurik disse:
—Sra. Reddenhurst, queremos lhe agradecer por nos emprestar seu computador,
e obrigado por nos dar refugio.
—Sim, obrigado.
Tasya tomou sua mão.
—É bem-vinda, ambos os são.
A Sra. Reddenhurst os olhava feliz por seus cuidados.
—Subirão agora?
—Certamente que o farão! –Disse Hamlin em tom gracioso—Eles são recém
casados!
Serena lançou uma gargalhada para ajustar-se a sua.
— Amanhã as janelas de carro vão permanecer fechadas toda a viagem!
Ia ser um comprido caminho até o Edinburgo.
Rurik empurrou a Tasya para o corredor e até acima das escadas.
—Nenhum deles reconheceu nossas fotos na TV–Disse ela em voz baixa.
—Então temos uma oportunidade de passar exitosamente na França.
Ele a seguiu pisando nos calcanhares enquanto ela subia a escada ao segundo
piso. Ela se deteve no corredor.
—Não tem que ir a França comigo.
—Me acredite. Tenho.
—Não, realmente. Pus-te em perigo.
Ele riu breve e amargamente. Já tinha estado em perigo, mas ela definitivamente
se acrescentou a mistura.
—Tenho uma melhor ideia. Por que não te mantenho segura enquanto vou a
França atraz do tesouro Varinski?
—Não–Respondeu ele ao mesmo tempo que ela respondia.
—Tenho que encontrar o tesouro para mim.
Seus grandes olhos azuis estavam muito sérios.
—Por que isso é o melhor para as R.R.P.P?
Ele mal podia conter sua irritação.
Quando ele recordou seu plano, escreveu um livro sobre os Varinskis, e desejava
fazer um bom trabalho para convertê-lo em um grande sucesso, quis gritar. Como podia
Tasya Hunnicutt, a viajante mais perspicaz que tinha conhecido, imaginar-se podia
acender a mistura do Cartel mais mortal do mundo e ganhar.
Os Varinskis faziam a Máfia parecer coroinhas, e por que?
Porque o velho Konstantine fez um trato com o diabo, e o diabo sabia como fazer
suas coisas.
O que importava que Tasya não acreditasse em demônios e troca-formas?
Rurik vivia com a prova....E as conseqüências.....Cada dia.
Assim iria a França com ela, e quando localizassem o ícone... Tomaria.
Porque eles procuravam o ícone que poderia salvar a vida de seu pai, e, mais
importante....Sua alma.
Tasya zangaria, mas teria que aprender a viver com isso, porque Rurik tinha a
intenção de retê-la.
—Deveria voltar para a escavação–Disse ela—Deixa que eu procure o tesouro
Varinski.
Seu humor vacilou hesitou entre a quente frustração e a fria intenção. Pondo seus
dedos sobre seus lábios, disse,
—Nem sequer o insinúes. Não te deixarei enfrentar sozinha os Varinskis.
Seus olhos se encheram de lágrimas. Olhou para baixo, respirou ruidosamente e
disse:
—Sinto muito, realmente devo estar cansada.
Ela pensava que ele era um bom sujeito, um cara humano, e sua imbecilidade
intencionada, por não mencionar o começo de uma confrontação, fez-o enfurecer ainda
mais.
—Os dois o estamos. Vou tomar uma ducha. A Sra. Reddenhurst disse que te
emprestaria uma de suas camisolas. Não ficarei esperando......
—Vou.
Olhou para cima.
—Rurik, realmente sinto que sua escavação explodisse.
Ela pensou que ele estava zangado devido à escavação. Acaso podia estar mais
equivocada?
Sem esperar uma resposta, ela parou no topo da escada.
Ele a olhou e disse suavemente,
—Não se preocupe. Você vai pagar— Em mais de um sentido.....
Tasya dormiu muito tempo, o blecaute absoluto do esgotamento, e depois
lentamente retornou À consciência.
Foi consciente do calor... Exceto por aquele pé que pendurada fora da cama.
Pendurava fora das cobertas, e seus dedos estavam frios. Mas o resto dela estava
quente... Então relaxou... O sonho era o melhor que ela alguma vez tivesse tido.
De Rurik girando-a sobre suas costas. De Rurik levantando a ridícula camisola de
flanela da Sra. Reddenhurst. “De Rurik deslizando seus dedos em suas calcinhas e
acariciando-a bem em cima de seus clitóris... Construindo as sensações lentamente,
deixando-a descansar, começando outra vez.... O ar frio no apartamento de cobertura
cravava seu rosto, gretando seus lábios... E Rurik se sustentou sobre ela, grande,
escuro, a sombra de um predador à espreita na penumbra da noite horas antes do
amanhecer.
Tudo o que precisava era que ele a tocasse um pouco mais Freqüentemente, com
um pouco mais intimidade, e talvez uma pequena pressão....Ela fez rodar seus quadris,
um convite voluptuoso de invadir mas bem que vagabundear.
Uma risada rugiu fora dele, e deslizou sua perna nua entre as suas.
—Não, isto não vai ser fácil.
E ela despertou de repente.
—O que?
Estava muito sonolenta e confusa para compreender o que dizia, ou ainda
exatamente o que acontecia.
Porque se ele tinha decidido tomar as coisas em suas próprias mãos e atacar seus
sentidos....E embora ela soubesse que tinha muitas importantes objeções razoáveis A
aquela idéia, agora mesmo não se opôs a ter a decisão tomada para ela então porque
estava começando a excitá-la mas não á montá-la? por que não a estava arrastando ao
longo da força da paixão? Por que demônios ele não estava dentro dela ainda?
Deu um murmúrio suave e incoerente, um que não podia ser interpretado como
estímulo, mas o era.
Beijou-a; então seus lábios se deslizaram ao longo de sua mandíbula para o lóbulo
de sua orelha.
Chupou-o, algo que ela achou suavemente interessante, depois a mordeu, um
rápido, leve dor.
Ela se arqueou fora da cama.
Ele riu outra vez.
Não entendeu o que era tão gracioso para ele.
Sua mão escovou sua garganta nua, então um pouco mais abaixo, então um
pouco mais abaixo.... A camisola da Sra. Reddenhurst alagou Tasya na essência de
lavanda que perfumava a flanela. Era tão grande e tão ridícula, e o apartamento de
cobertura estava tão malditamente frio, Tasya se sentia segura com essa roupa.
Aparentemente Rurik tinha passado por cima o absurdo e encontrar suas
fraquesas, já que ela compreendeu que ele desabotoava os quatro botões do frente. Só
quatro botões perto de sua garganta....Ainda o vestido era tão grande, que poderia ter
sido a proteção que a Sra. Reddenhurst lhe proporcionava para o acesso fácil a Rurik.
Sua mão se deslizou dentro, permitindo que a brisa gelada sussurrasse ao longo
de sua pele sensível. Estendendo a camisola, encontrou o seio de Tasya, tomando-o em
sua cavada palma. Levantou-o, e sua boca se fechou sobre seu mamilo, chupando com
força, puxando ela para o terraço de sua boca, massageando com sua língua.
A onda da paixão a golpeou, e Tasya se afundou com um só gemido comprido.
Tinha passado tanto… Semanas desde que tinha tido a ele. Semanas de insônia,
de desejo infrutífero, de despertar de sonhos eróticos com seu corpo estremecendo-se no
agarre por orgasmo.
Agora ele estava aqui, e a levava a bordo do climax... Ao bordo do climax... E a
deixava tremendo e privada.
Tomou fôlego. Abrindo seus olhos.
O sol provavelmente se elevaria em meia hora. Podia ver Rurik inclinar-se sobre
um cotovelo, olhando-a. Seus amplos ombros estavam nus, com a pele tensa estirada
sobre cada músculo.
Era magnífico, grande, limpo, e masculino. E ela o queria.
—Por favor –Sussurrou.
Ele sacudiu sua cabeça.
—Não, carinho. Quero-te exatamente onde esta.
—Do que está falando?
—Enquanto viajemos, quero saber que você me está querendo. Enquanto
procuramos o tesouro, quero sua necessidade vibrando suavemente no fundo, que esteja
consciente de cada minuto enquanto siga com vida.
Sua voz era baixa, profunda, separada em capas fumegantes.
—Está louco.
Ela também o estava.
—Estou obcecado.
Inclinou-se para acariciar sua bochecha e sua orelha com seu fôlego.
—E quero que você se obceque, também.
Ele estava louco.
Igual a ela, porque estava meio adulada por suas intenções, meio adulada, e
completamente bêbada.
—Não é como se não soubesse como cuidar de mim mesma.
Deslizou sua mão por seu ventre pronta para tocar a si mesma.
Ele capturou suos pulsos e as levantou por cima de sua cabeça.
—E sei como fazer que te detenha. Sua perna se misturava com a sua, levando-a
direto a borda novamente. Ela lutou contra seu agarre. Sustentou-a facilmente.
Ela estava em grande forma, mas enquanto se agitava abaixo dele, usando todos
os movimentos de autodefesa que uma vez tinha aprendido, o bastardo nem sequer
transpirou. Finalmente se cansou.
Enquanto estava estendida ali, ofegando de ira e frustração, beijou-a com beijos
largos, lentos, doces que se iniciaram em sua frente e deslizaram até seus lábios, sua
garganta, seus seios. Ele encontrou a carne nua de seu ventre, e, por último, sua língua
se deslizou entre suas dobras. . . .
Durante sua primeira noite juntos, faziam o amor mais vezes do que podia
recordar, mas nunca chegaram a este ponto.
Assim foi uma delícia descobrir como Rurik conhecia a fundo o corpo de uma
mulher....Onde a lamber, quanta pressão aplicar, como construir o desejo na lenta
marejada do prazer.
Não se surpreendeu; ele exsudava essa aura masculina de experiência que
prometia muito, e que entregava com lânguido desfrute.
Depois, no momento em que seus sentidos começavam a encrespar-se, ele recuou.
Esqueceu a dignidade e se agarrou a ele, mas ele se deslizou da cama e ficou em
pé, com orgulho nu, sua ereção proeminente e tentadora.
—Temos que ir.
Ela tinha pensado que o exsudava um aura masculina de experiência?
Sim, era masculino, claro. Ele era um grande, grande idiota.
—Isso esta mau.
Sentou-se e atirou dos lençóis para trás, esperando que o ar frio submetesse sua
libido desenfreada.
Infelizmente para seu libido, ele caminhou através do quarto para recolher sua
roupa, e seu traseiro lhe recordou ao de David do Miguel Anjo. Só vida.
—Sim. Quase tão mau para gastar uma grande noite para fazer amor comigo, e
depois fugir sem uma palavra como se eu fosse uma espécie de monstro.
Girou-se, camiseta em mão. A tatuagem que antes a tinha fascinado serpenteava
para baixo por seu braço, ao longo de seu ombro, e no peito, deslizando-se
gloriosamente por sua cintura.
Capturou seu olhar, e em um lento, exótico striptease investido, levantou os
braços sobre sua cabeça e puxou o tecido elástico. Sua boca se secou ante o panorama
que se desenvolvia justo dentro do marco da janela.
—Talvez você gostaria de me dizer por que se acovardou? –perguntou.
—Não me acovardei. Simplesmente...
Tão somente tinha medo. Medo de que fosse o único homem que seguiria com ela.
Medo de que fosse o único homem ao que poderia amar. Então, se algo lhe acontecesse...
Mas ela não podia dizê-lo, não é? Porque revelaria muito de uma alma marcada pela
perda.
—Sempre soube que havia uma possibilidade de que os Varinskis me
capturassem. Não queria que te fizesse mal
—Isso é nobre. Tão nobre.
O som de sua voz não representava tal significado.
—É tão boa para tomar a decisão de salvar minha vida de possíveis assasinos
para sair furtivamente cedo na manhã como alguma prima—Donna foto—jornalista
assustada a quem tivesse pedido um autógrafo.
—Isso não foi o que fiz!
—Então me diga por que foi.
Não acreditava. Como poderia não acreditar nela?
—Tenho medo que de lhe façam mal –Disse ela tercamente.
Aproximou-se da cama em um rápido movimento. Tentou evitá-lo, e conseguiu
apanhá-la no meio, a metade fora da cama, desequilibrada e vulnerável.
Sustentando-a pressionada contra seu corpo, beijou-a, um lento reacender o
desejo mal controlado. Como toda sua resistência era fraca e ela estava de acordo pôs
seus braços ao redor de seu pescoço, deixou que se deslizasse novamente sobre os
lençóis.
Com total naturalidade, retornou com suas roupas.
Ela empurrou seu cabelo de sua testa úmida.
—por que faz isto?
—Porque quero que cada fôlego seu esteja vazio a não ser que esteja o bastante
perto para me cheirar. Cada palavra que diga careça de importância a não ser que seja
para mim. Cada som que ouça este vazio a não ser que provenha de minha voz. Quero
que recorde que cada prazer que tenha de agora em diante, provirá de mim.
Ele examinou seus olhos.
—Quero que confie em mim o suficiente para me dizer a verdade, toda a
verdade.....Sobre a Tasya Hunnicutt.
Era estranho como ele pôs o problema com o Varinskis, diretamente em
perspectiva. Um metro noventa e cinco de problemas diretamente frente a ela, colocando
suas calças.

Capítulo 14

Tasya e Rurik estavam em pé, na calçada frente à estação de trem de Edimburgo e


olhavam a Hamlin e Serena Kelly quando se foram.
–Esta é a viagem mais comprida de minha vida –Disse Rurik–, Como sabe?
Dormiram a maior parte dele –Tasya não o tinha feito. Tasya tinha estado acordada,
escutando os Kellys e sua constante conversa sobre sua casa, seus vizinhos, suas
viagens, suas vidas. E justo quando pensou que os mataria se não trocassem de tema,
eles o fizeram—E alegremente advertiram que, sim, de verdade, ela e Rurik empanaram
as janelas traseiras.
Já que para então Rurik roncava, Tasya não sabia por que era tão gracioso, mas
manteve os Kellys entretidos por milhas. Se tivesse deixado de chover, Tasya poderia ter
aberto as janelas e deixado que o vento levasse suas vozes fora. Mas não, a névoa
continuou sem cessar, e ela tinha estado apanhada.
Apanhada entre um feliz dormir de Rurik, dois exuberantes canadenses, e as
lembranças da noite anterior. Maldito Rurik. Porque por ele, ela era cuidadosa, sentada
com cautela, e queria todo o tempo. Tinha-a transformado em uma adolescente quente
outra vez, e ela não apreciava ter cada pensamento consumindo-a em uma coisa...Sexo.
E mais que isso...Sexo com ele.
Agora que Rurik fazia gestos ao táxi, ela perguntou.
–O que está fazendo?
–Vamos ver quando sai o navio para a Bélgica.
–O navio para…? Mas dissemos À Sra. Reddenhurst e aos Kellys que nós
tomaríamos a linha ferroviária pelo Eurotúnel.
–Mentimos –Ele segurou a porta do táxi enquanto ela subia, e deu ao taxista o
endereço. Deslizando seu braço através do assento para descansá-lo sobre seus ombros,
Rurik murmurou em seu ouvido–Alguém que nós não gostamos pode lhes fazer
perguntas, e quanto menos saibam, melhor.
–OH.
Ela estava acostumada a ser cautelosa; uma mulher só que viajava a todas partes
do mundo tinha que sê-lo. Mas esta viagem se parecia com Identidade Bourne, só que
com alguém que se via melhor que Matt Damon.
Ela olhou pela janela. Tinha que deixar de pensar assim. Estava acostumado a
saber que Matt Damon era o tipo que melhor se via no mundo. Certamente, se evitava
olhar a Rurik, poderia convencer-se outra vez.
–Pensa que estamos sendo seguidos?
–Tudo é possível –Ele pôs um dedo sobre seus lábios, e indicou o taxista.
Em quinze minutos, eles tinham suas entradas para o navio. Demorava dezoito
horas em cruzar a Zeebrugger, Bélgica, e incluía restaurantes e cassinos. A abordagem
era em duas horas, a saída antes do anoitece, e Rurik decidiu que tinham bastante
tempo para visitar uma loja de roupas de segunda mão.
Tasya se encontrou comercializando seus ocasionais caquis por uma equipamento
que se via vagamente gótico e totalmente vergonhoso.
Depois, à medida que caminhavam pela rua, ela olhou abaixo, ao redemoinho
negro de algodão justo ao redor de seus quadris, e em sua fenda, excluída em uma
camisa rosa brilhante com seu rosto da Marilyn Monroe em relevo sobre seu diafragma.
–Pensei que nós tentavámos parecer discretos.
–Não –Ryrik vertia uma casaco de couro negro que o cobria do pescoço até debaixo
dos joelhos, descoloridos jeans negros, e uma camisa repentina dianteira. Tudo o que ele
precisava era um chapéu de vaqueiro e poderia passar por um texano.
— Queremos que as pessoas olhem em algum outro lugar além de seu rosto. Temos a
vantagem acrescentada que agora, com seu cabelo e este equipamento, parece ter quinze
anos. Se alguém tiver que te descrever, isto é uma boa coisa.
–Eles nunca vão acreditar que você é um vaqueiro – O informou.
–Estarei satisfeito se parecer um pouco menos maciço –Segurou a porta em uma
cafeteria– É meu tamanho que não posso disfarçar.
O lugar era grande, cheirava a rico café e pão-doces, e tinha televisões altas em
cada canto e computadores alinhados na parede traseira. Dirigindo-se ao balcão, ele
comprou dois cafés e a contra-senha para o Wi–Fi, e a colocou diante um dos
computadores vazios.
Ele tomou uma cadeira ao lado dela, de cara para a sala, e em uma suave você
disse,
–Envia aquelas fotos ao seu chefe.
Gracioso, por ter seu coração golpeando com a excitação como o tinha feita
centenas de vezes, baixar e enviar fotos a Kirk Lebreque ao National Antiquieties. Ela
imaginava recebendo os arquivos, estudando as fotos, pondo-os na produção, e de ali
estendendo-os através do país. Ele poderia entender que ela estava ainda viva, e estaria
tão contente, gostava dela como pessoa, sim, mas ele a amava como repórter.
E que alívio era não ter a inteira responsabilidade de registrar os achados.
O processo inteiro tomou menos quinze minutos, e quando ela deslizou a memória
de volta a sua mochila, deu uma cotovelada ao Rurik.
–Agora podemos ir.
Mas ele se sentou rígido, olhando fixamente em uma das televisões.
Ela ouviu uma voz que reconheceu. deu-se a volta e olhou.
A Sra. Reddenhust soluçando soportadamente diante de sua pensão que ardia em
chamas, dizendo muitas vezes com uma voz rota.
–Não sei por que eles o fizeram. Aqueles homens somente andaram caminhando e
prenderam fogo a minha casa. perdi tudo. Tudo…

Kirk Lembre que sentado olhava as fotografias aparecer, uma atrás de outras, e
desesperadamente tento memorizar cada detalhe, estimando tamanhos, materiais,
idade.
Quando a última tinha chegado, com cuidado as colocou em uma pasta da foto de
loja. sentou-se, sua mão abatida sobre o mouse.
O final frio do revólver tocou seu pescoço.
–Faça-o a voz era áspera e com acento russo.
Tragando o terror de consternação em sua garganta, ele tomou o arquivo e o pôs
no cesto de papéis.
–Isto não esta bem –a pistola golpeou Kirk outra vez– Limpe a memória do
computador.
Kirk não podia ajudar. Ele se quebrou.
–Por que não dispara no computador?
–Você tenta me enganar. Pensa que sou estúpido? Aquele computador se apóia na
unidade central. Até que você limpe a memória, não fará nenhuma diferença –Escutou
ele reflexivo.
– Talves darei um tiro mais tarde por diversão.
–Mas a sociedade tinha informação importante sobre estes computadores!
–Deixe-a limpa.
Kirk esfregou sua úmidas palmas sobre suas calças, e devorou o arquivo de
utilidades. Encontrou o comando de apagado, destacou o disco rígido…
–Isto é um crime. Há coisas neste computador que nunca poderá ser recuperado.
–Exatamente.
Kirk não podia olhar o sujeito uma vez mais. Tinha-o olhado durante seis horas,
discutindo ao princípio, dizendo ao cara que Tasya estava morta, logo calado para evitar
aqueles punhos grandes.
Não sabia seu nome. Somente sabia que era grande e feio, e que algo estava
errado com seu rosto, seu nariz parecia quase de um rato, e ele parecia capaz de ver na
escuridão.
Ele animou a Kirk que se arrastasse para começar, e o modo em que dirigia a
faca, e a pistola semiautomática… Kirk pulsou apagar, e olhou como o computador
iniciava o processo de limpar o disco rígido.
Ele girou longe sua cabeça. Não podia olhar. Procurando, subiu ao rosto do cara,
disse.
—Você não sairá com a sua, sabe. Posso o identificar.
Teve um segundo para compreender que tinha subestimado a situação.
Então ele puxou o gatilho e fez voar seus miolos por toda parte do quarto.
Stanislaw Varinski recuo a confusão com satisfação.
–Não mais, você não pode.

Capítulo 15

Rurik agarrou um vislumbre dele enquanto eles abordavam o navio. Somente um


vislumbre. Isto era suficiente, e sabia um Varinski os teria encontrado. Conduziu a
Tasya a uma área pública onde poderiam olhar ao resto dos passageiros embarcar. O
amplo navio, com fundo plano sustentava a oitocentos e trinta passageiros e cento e
vinte carros, ao menos segundo a literatura da empresa, e ele não viu nenhum sinal de
mais assassinos.
Mas com um navio desse tamanho, um Varinski poderia facilmente esconder-se
no porta-malas de um carro ou trabalhar na tripulação.
Em nenhuma parte estava seguro dos Varinskis, a menos que Rurik o fizesse
seguro.
–Devemos ir a nossos assentos? –Tasya perguntou– Ou quer ir ao cassino? Ou a
algum dos restaurantes? –Estava sendo sarcástica.
Ela estava alterada pela Sra. Reddenhurst e sua pensão, e até todas as garantias
de Rurik de que sua família a ajudaria, não tinham apagado o ódio e o desespero no fixo
olhar de Tasya. Ela tomava sua responsabilidade no assunto muito seriamente, e fez
recordar a Rurik o que sua mãe sempre dizia...A pelagem de assassina e pilhagem estava
em mais que a vida e os bens.
Os Varinskis destruíram cada sentido de segurança, e sombrearam cada dia
ensolarado.
–Cercamos a localizar nossos primeiro assentos.
Os assentos eram ao estilo aeroplano, enfrentados em uma direção em um enorme
quadro. Eles se reclinaram, Rurik tinha pago a primeira classe, portanto tinha o quarto
para estirar as pernas.
A cabine estava lotada com gente que colocava seus pertences, mas uma rápida
olhada não lhe mostrou nenhum sinal do Varinski.
Sentando-se ao lado da Tasya, perguntou.
–Tem o mapa do navio?
Ela o deu e fechou os olhos.
Ele desdobrou o mapa e estudou a localização das áreas públicas, o quarto da
tripulação, e os armários de armazenagem, notando cada parte onde um Varinski
poderia ocultar-se.
–Quando aterrissarmos na Bélgica, compraremos passagens para ir de trem de ali.
Ela abriu os olhos.
–Não seja tolo. O trem tomara muito tempo. Voaremos a Lorena.
Ele fez uma pausa.
–O trem será…
–Lento? –Ela se sentou para frente.
– Agora mesmo sustentamos a vantagem sobre os Varinskis. Eles não têm como
saber onde vamos, e um salto rápido em um avião os deixaria fora, pelo menos por um
pouco de tempo.
–Aprende rapidamente.
Maldição.
–Nós pegaremos um vôo rápido a Estrasburgo e o faremos. Com um pouco de
sorte nós o faremos.
Primeiro, eles tinham que descer do navio.
Ele olhou a parte de atrás do mapa. Os serviços eram sempre um perigo; tinha
que visita-los cada um, mas ninguém demorava, e as possibilidades para um ataque
solitário estavam bem.
–Os Varinskis poderiam olhar os aeroportos.
–Como eles não olharam os trens? –Seu tom atiro sobre um entalhe.
Fisicamente ela se relaxou atrás no assento, e modulou seu tom. Era a voz da
razão quando disse.
–Fiz esta viagem antes, Rurik. Conheço do que falo.
–Sim. Sei que o faz –Os corredores inferiores onde a tripulação, os carros, e a
bagagem foram guardadas–Se olhavam bem, também.
Mas Rurik apostou no chão. Ainda chovia e quando a noite chegasse, o ar ficaria
mais frio. Ninguém estaria aí, e o simpático Varinski podia estar à espreita até que a
maior parte dos passageiros estivessem dormindo ou jogando. Tudo o que ele teria que
fazer era encontrar Rurik e Tasya sozinhos, e o golpe seria tão fácil.
–Então iremos de avião –Disse ela.
Ele a olhou. Se Rurik não agarrava o Varinski, eles nunca desceriam do navio.
Agora mesmo, estava disposto a lutar por suas vidas; lutar com Tasya sobre como eles
viajariam pareceu menos importante. Depois de tudo, ele tinha pirado no ultraleve.
Certamente podia suportar um vôo através da França.
–Bem.
Ela o olhou curiosamente.
–O que acontece? –O navio estava em marcha, saindo do porto para o Mar do
Norte.
–Vou estirar as pernas –Ficou em pé– Você permanece em seu assento.
–E se tiver que urinar?
–Terei-o em conta agora se você gostar, mas depois, eu gostaria que permanecesse
em seu assento.
Ela deu uma olhada ao redor.
–Estamos em perigo?
–Sou cauteloso.
–Não tenho que ir –Tirou ela sua manta de viagens e cobriu seus ombros– Ficarei
aqui.
Com a chave, ela estaria segura das pessoas e os empregados que cruzavam os
corredores.
Esperou.
Ele abriu a porta exterior, e o vento quase a arrancou de suas mãos. A névoa se
desenvolveu em uma tormenta, e as nuvens e o sol poente fizeram da coberta um lugar
sombreado, vazio, varrido pela chuva. As escadas surgiram; os botes salva-vidas
sustentados em cantos onde um Varinski poderia ocultar especialmente um Varinski
que se mantinha em seu estado animal. Emplastros de luz pelas janelas criaram
sombras estranhas, e quando Rurik pisou na coberta escorregou sua faca da capa ao
redor de sua cintura.
Alcançou a popa. Fez uma pausa durante um minuto e olhou pela esteira agitada
saída pelo navio. Escuto um movimento e… Ouviu algo, o golpezinho muito fraco de uma
pluma.
Só aquela fração de segundo em que os olhos de Rurik o advertiram do perigo. O
peregrino veio diretamente a seu rosto com as garras para fora. Com seus braços, ele
esbofeteou o pássaro de lado. Uma dor cegadora cortou através de seu peito. Em um
instante, a original mudança, convertendo-se em um homem tão alto como Rurik, com
braços largos e intento de um fixo olhar letal.
Rurik não deixou de olhar fixamente. Carregou, estocando a faca…Este entrou em
contato, cortando a carne sobre a garganta do Varinski. O sujeito salto atrás com
surpresa.
Bem. Estes bastardos sempre subestimavam os filhos de Konstantine.
Rurik riu.
- Eles enviaram só um de vocês?
O sujeito limpou sua mão através do sangue que gotejava descendo por sua
garganta.
-Só um Varinski era necessário –Agarrou a mão de Rurik na faca em seu enorme
apertão, e esmurrou seu peito com o outro punho- O melhor.
A faca girou para Rurik, diretamente a seu peito.
Concentrado, abriu seus dedos. A faca fez ruído no piso. Rurik se deixou cair de
joelhos, seu peso lançou o Varinski fora de balanço. Passando por debaixo do Varinski,
usou seu ombro para tirar o braço do homem de seu agarre.
O Varinski rugiu de dor. Então pôs uma pressão esmaguante na mão de Rurik.
Aparentemente, a dor o fez zangar-se.
Os ossos de Rurik começaram a quebrar-se e separar-se. A dor era horrível; sua
visão começou a descorar-se. Ia desmaiar.
Apenas no espaço de armazenagem de sua memória, ouviu seu pai que gritava
que pensasse. Ouviu seus irmãos que zombavam dele por desmaiar, por ser uma
mulherzinha.
Contra o gorila Varinski, somente tinha uma possibilidade. Enfocou, até que pôde
trabalhar sua outra mão ao redor e abrir o estilete oculto sob sua manga…E se
posicionou entre as costelas de Varinki.
Este pendurou ali sobre a lâmina, seus olhos arregalados, seu aperto inflexível.
Então, em um jorro de sangue, morreu.
Rurik o agarrou quando caiu. Verificando seu pulso, não encontrou nada. Sem
fazer uma pausa, arrastou-o ao lado e o levantou sobre o sulco. Não parou para escutar
a salpicadura. A mancha sangrenta desapareceria sob o açoite da chuva, mas não podia
depender de que os passageiros e a tripulação tivessem visto a luta. Precisava limpar-se,
antes de que alguém o visse.
Rompeu a fechadura sobre um dos armários de armazenagem dos porteiros, e se
limpou com as toalhas de papel. Removendo um espanador, tirou-o fora e o examinou.
Estava molhado, mas não ensangüentado.
Olhou com o cenho franzido seu peito. O peregrino tinha aberto uma ferida de oito
centimetros através de sua camisa e sobre seu peito direito. Isso queimava. Sua
tatuagem tinha bordas dentadas, mas a pele se curaria. A camisa não, e esta deixava
provas muito graficas de sua luta. Com um encolhimento de ombros, ele voltou a colocar
a jaqueta na frente.
Tendo grande cuidado, fez um percurso ao redor do navio, fazendo uma pausa,
escutando e examinando os outros passageiros. Parou na loja de presentes, comprou
uma camisa que dizia me Transporte Longe, e se trocou no provador dos homens.
Finalmente fez seu retorno ao seu assento.
Poderia olhar ao longo da noite, mas acreditou que Tasya e ele estariam seguros.
Tasya despertou quando se sentava, pestanejando para ele.
–OH. É você.
–Sim, sou eu –E recordou algo que antes não lhe tinha importado. Tinha estado de
acordo em voar com ela a Lorraine.

O míssil estava quase sobre eles.


Rurik conduziu o avião de lado.
Eles não iam conseguir...…

–Tudo está bem? –Ela perguntou– Há algum Varinski no navio?


Ele olhou fixamente inexpressivo, então se calmou.
–Você me diz, sentiu a presença de qualquer Varinski?
Tinha-a pego meia dormida, todas suas barreiras abaixo. Ela mordeu seu lábio
inferior, e desviou o olhar.
–O que? –seu óbvio desconforto o cativou.
Satisfeito.
Ela o fez voar.
A fez revelar-se.
Ela já tinha confessado suas premonições. Por que estava agora intranqüila?
–Não sentiria um Varinski a não ser que ele estivesse muito perto, porque quando
estou com você, sempre sinto uma sensação de baixo nível de… Algo –ela pôs sua mão
em seu braço para tranqüilizá-lo–Penso justamente que, a seu próprio modo, é perigoso.
–entendi.
Ele perguntou. Agora sabia. Seus instintos sobre ele estavam bem.
Justo não o suficientemente bem.

Boris Varinski se sentou frente a seu computador com o telefone, em seu


escritório, procurando CNN.com pelas notícias que queria.
Nada.
Nenhuma palavra sobre os assassinatos misteriosos de Rurik Wilder e Tasya
Hunnicutt.
Por que não?
Duscha era um de seus filhos, um assassino perito bento com braços largos e
uma massa esmaguante de músculos. Gostava da matança, insistindo em executar
todas e cada uma das sua atribuição de própria mão. Isso Boris e seus irmãos havíam
pensado que a fraqueza de Konstantine pela mulher cigana devia engendrar filhos
inferiores.
Ainda Jasha Wilder tinha mostrado ser impossível de matar, e agora, por cada
minuto que passava sem uma chamada telefónica de Duscha, as esperanças de Boris
falhavam um pouco mais.
A porta se abriu de repente. Um dos mais jovens colocou a cabeça.
–Né, tio quer jogar pôquer?
Boris amava jogar, e ultimamente, muito Freqüentemente, a família jogava sem
pedir para participar. Sua falta de respeito era outro sinal que seu estado como líder
tinha decaído, e esta era uma boa oportunidade de reforçar seu controle sobre eles.
Mas se deixasse o escritório esta noite, poderia perder a chamada de Duscha.
Pior, poderia ver tio Ivan.
–Espero uma chamada. Não pode ver que espero uma chamada?
–Sim, certo. Espera por sua chamada –O jovem fechou a porta com um golpe.
Enquanto Boris olhava fixamente o telefone.

Capítulo 16

Rurik sentado na fila de corredor, olhava fixamente a porta que estava entre ele e
o piloto, tentou penetrar a barreira com sua mente, entender se o piloto era moderado,
quantos anos de vôo tinha, se poderia se transformar em um pássaro e elevar-se sobre
as correntes de vento…
Tasya agarrou sua mão.
–Está bem?
Ele fez mover sua cabeça para ela.
–Estou bem.
–Não dormiu nem um pouco ontem à noite não é? –Ela apertou seus dedos.
–Porque não tira um cochilo?
–Não posso dormir até que estejamos longe da terra.
–Sim, correto –Ela levava esse sorriso torcido– Esta a ponto de ficar dormindo
agora mesmo.
–Não, realmente. Eu… tenho medo de voar.
Bem, a mentira maior que alguma vez havia dito, mas a moça sobre o avião dos
Estados tinha acreditado por que Tasya não deveria?
Porque ela sabia que ele tinha sido piloto.
–OH, somente fecha seus olhos.
Mas quando seus olhos se fecharam, pôde escutar o som do avião quando este
uniu o acréscimo, analisou o som do motor, o ruído das lapelas de asas preparadas para
a decolagem…

No ar sobre o Afeganistão
Há cinco anos.

O XF-155 Blackshadow cortou o céu azul pálido, deixando um rastro de vapor


branco. Debaixo, na borda do plano afegão, a terra se torceu, renunciando abruptamente
do marrom plano aumentando as montanhas muito altas. Por quatro mil anos, o plano, as
montanhas, o calor, o frio, a seca e o inimigo oculto que se desliza entre as covas e através
de passes, fizeram do Afganistan uma cadela cidade de fazer guerra.
Mas essas não eram notícias.
As Forças Aéreas americanas nunca tinham incomodado o Capitão de estação Rurik
Wilder–Falcão em nenhuma parte, exceto nos buracos de urinar do mundo.
E ele foi, com gosto, pela possibilidade de voar aviões que voavam sob radar, ambos
literalmente e figuradamente, sem levantar tanto como uma onda.
Do assento do co-piloto atrás dele, o novato perguntou.
–Né, Falcão o que é o que procuramos?
–Não sei –Rurik escaneou a terra, procurando por alguma… Coisa.
–Não temos todas as pistas?
–Só sei que o jefazo se comporta como um moço com o pênis torcido.
–Pior que de costume?
–Pensa nisto, Jedi. Voamos um avião tão secreto, nenhuma indireta de sua
existência escapou a imprensa. Esta é minha terceira vez no assento do piloto, sua
primeira vez como WISO, e só conseguiu vir porque o pedi. E o General García chamou a
base, deu-nos coordenadas e te diz reconhece? –Rurik assobiou seu desprezo.
– Por favor. Até eles correm uma dúzia de missões neste bebê, eles não estarão
convencidos de que ela possa ficar no ar –o Falcão seguiu explorando o terreno abaixo.

–Perguntei ao general que se houvesse qualquer satélite Intel poderia nos passar
desapercebidos sabe o que disse? –não esperando resposta contínuo.
– Ele disse que o satélite Intel era o que causava que a missão nos fora dada. Sua
informação não é concludente, mas era o suficientemente bom para nós, o que causa uma
piscada baixa. Eu estou aqui para te dizer, Jedi, há algo sério, muito sério de cagar
quando te baixar.
–Esta é a terminologia oficial da Força Aérea americana?
–Sim… Como uma espécie de FNG.
Jedi riu.
FNG traduzido vagamente como-multa ao novo tipo…E Matt–Jedi–Clark era um FNG.
Ele tinha terminado sua formação teatral de guerra com seu instrutor de piloto. Esta era a
nova missão operacional de Jedi como os Sistemas de Informação de Armas Officer–WISO
em uma área hostil com o Falcão como piloto, e outro pensamento do WISOS que tinha ele
que fazer.
Rurik Wilder era o melhor piloto nas Força Aéreas. Cada um sabia; cada um sabia
que Jedi tinha sido afortunado porque ele tinha o melhor potencial para tomar o lugar de
Rurik na cadeia alimentícia.
Jedi estava bem. Realmente bem. Valente, forte, e verdadeiro. É por isso que eles os
chamaram Jedi. O menino era Luke Sky–Walker sem a choramingação.
Mas Rurik era “o Falcão”. Em vinte e oito anos, ele tinha passado muito tempo
parando a desafiadores dos serviços de seu próprio país, assim como mais que uns
quantos de outras nações, umas poucas amistosas e umas definitivamente agressoras.
até agora, ninguém tinha chegado perto de sua capacidades. Nenhum destes meninos
sabia, mas ninguém poderia alguma vez.
Ele seu uma olhada por cima do espelho retrovisor sobre a coberta de proa.
Por outro lado, Jedi era lindo. Tinha olhos negros, ruivo, um corpo tonificado pelo
levantamento de pesos, e o Eu sou-um-quente-de-merda a jactância que tantos pilotos
tinham aperfeiçoado.
Rurik sorriu abertamente.
As garotas amavam Jedi.
As garotas amavam Rurik.
De qualquer modo Jedi era rápido e simpático com uma destreza para o vôo. Ele
chegaria longe.
–Me dê uma vista das montanhas –Chamou Jedi.
Rurik se dirigiu a esquerda.
Debaixo deles, a planície brilhou no calor do verão, e Rurik não viu uma maldita
coisa de interesse. O que poderia haver ali? O terreno era marrom e o mandato, então o
marrom e agudo, subindo rapidamente fazia o céu e brilhante com tanta força… O que
acontecia ali?
–Terremoto –A voz de Jedi se elevou com entusiasmo– Terremoto!
As rochas caíram costa abaixo da montanha. O ar se sacudiu tão forte como a terra.
E diretamente ali na dobra da montanha, Rurik viu o rasgão de terra aberta.
Não, não a terra.
Puxou da viseira de seu capacete e olhou outra vez.
Havia material rasgado aberto, material de camuflagem. Algo que eles procuravam
estava ali, algo exposto por um truque da natureza.
Isto era o que o jefazo tinha mandado que vissem. Uma instalação inimiga de
alguma espécie...…
–Filho de uma cadela –Sussurrou Rurik.
–O que é isso, Falcão?
–O que pensa que é? –Rurik pensou que sabia. Ele também sabia que tinha que
estar absolutamente seguro.
–Penso é… Penso que isto é algum tipo de campo militar ou… –Jedi soou estirado.
– Isto precisa deixar de tremer, e eu preciso estar mais perto. Pode nos levar mais perto?
–Não posso. Não queremos que eles consigam um bom olhar deste bebê –O aviou,
quis dizer, o novo brinquedo das Forças Aéreas. Além disso, Rurik tinha outra opção. Só
esperava que o FNG pudesse pendurar sobre seu treinamento sob pressão.
– Estou no fronte. Tenho uma vista. Você toma os comandos.
–Quer que eu tome os comandos? Do Blackshadow?
–Agora.
–Entendido –Jedi soou estável como uma rocha, Falcão o sentiu mover o comando de
controle.
Bom menino. Porque Rurik sabia ainda enquanto ele voava, que Jedi devia planejar
a cena inteira–a barra, os pilotos, o anúncio que o Falcão tinha deixado voar o novo
avião…
–Se concentre em voar. Mantem direito, manten estável.
–Bem Falcão. Tenho-o.
Ainda Rurik esperou, olhando a Jedi no espelho retrovisor.
O jovem realmente o tinha. Era tão bom como tinha pensado.
Rurik tomou uma larga respiração. Durante o mais mero segundo, relaxou-se e
fechou os olhos.
Profundamente dentro, sentiu-o. A mudança, a pressa de regozijo… O sentido de
superioridade.
Tinha passado tanto tempo desde que se permitiu trocar, que tinha esquecido… Se
esqueceu desse cochicho silencioso, sibilante em seu cérebro, enquanto celebrava o poder.
Ele poderia tomar uma mulher. Poderia ajudar um menino. Poderia esmagar um homem.
Ele era um deus.
Então, como uma palmada, uma voz mais profunda, mais dura se sobrepôs em sua
mente.
Não um deus. Um demônio.
Abrindo os olhos, deu uma olhada outra vez a Jedi.
O menino tinha sua cabeça na cabine olhando as medidas.
Então Rurik enfocou no campo tão distante debaixo. Mais perto, escolhendo detalhes
que ele nunca poderia ter visto com sua vista normal.
Caminhões. Homens.
Merda.
Tomando outro comprido fôlego, afiou sua visão de novo.
Uma instalação nuclear.
Muitas ogivas–Quantas?
Conte-as.
Muitos para vaporizar os americanos e paquistaneses, e, daqui, o subcontinente
índico inteiro… A raiva se elevou nele. Aqueles estúpidos, pequenos tiranos. Eles poderiam
matar a cada um.
Outra vez, a pequena voz sussurrava em sua mente.
Ele tinha o poder de terminar com eles agora mesmo…
Ele quis terminar com eles nesse mesmo momento…
Ouviu um ruído estrangulado sobre ele, e que, ainda mais que a profunda memória
de seu pai, com voz severa, arrastando-o atrás pela borda.
Correto.
Ele tinha trabalho que fazer. O poder sobre a vida e a morte teria que esperar.
–Não entre em pânico, Jedi. Agarramos-os a tempo –Alcançou pelo botão trasmisor
do radio e rompendo a atenção quando ouviu o estalo de segurança na pistola de Jedi.
Olhando sobre o espelho, observou seus próprios olhos- O profundo cintilo vermelho
dentro de suas longas pupilas, o sentido do Outro.
Encontrou o olhar do rapaz.
Os olhos de Jedi eram humano, tão humano, e feroz, zangado… Ansioso.
Jedi era primeiro piloto da Força Aérea, depois de um WISO, excepcionalmente bem
treinado para tratar com cada circunstância que os militares poderiam imaginar-se.
Os militares só não podiam ter imaginado alguma vez nada como isto.
Jedi apontou sua pistola em Rurik.
–Ponha as mãos sobre a coberta de proa onde possa as ver.
Rurik fez o contrário com uma voz acalmada, procurando tomar o comando de uma
situação insustentável.
–Jedi… Jedi, pilota o avião.
–Faço-o. Faça o que eu disse.
Devagar, Rurik fez o que tinha ordenado; as mãos sobre a coberta de proa
mantendo seu olhar estável sobre Jedi no espelho.
As bochechas de Jedi se tornaram como uma cereja turvada.
O problema era, o rapaz tinha bastante experiência para sustentar uma arma sobre
Rurik, manter o controle do Blankshadow… E dirigir seu medo? Um medo que
rapidamente dava volta ao aborrecimento.
Com fúria, o rapaz perguntou.
–O que fazem seus olhos assim? O que é?
Maldição. Rurik havia dito a Jedi que se concentrasse em pilotar o avião. Inferno ao
tempo por não haver ele seguido as ordens.
–Sobre?
–Não é de estranhar que esteja tanta merda hoje. Você está com algum tipo...- Jedi
pressionou o botão de microfone.
Puffy Major Jerry Jacobs -Respondeu a chamada, e que mais nada poderia haver
dito Rurik como seriamente eles tomaram este vôo e suas observações. Puffy tinha tão
clara a alta segurança que rapidamente os tinha classificado.
–Adiante, Blakshadow.
–O Capitão Wilder está drogado –Soltou Jedi.
Filho de uma cadela. Agora eles estavam em problemas.
–Novato, sabe você o que diz? –O comandante Jacobs soou totalmente ofendido.
–Está sobre uma espécie de droga de desenho. Seus olhos flamejaram vermelhos.
Como ele fosse O..… –Jedi parou. Tragando- Vermelho como o fogo. Então suas pupilas
mudaram de tamanho. Isto era uma mudança pronunciada.
A voz de Jacobs se deslizou em um baixo, controlada coragem.
–Compreende você esta acusação?
–Vejo claramente senhor –Jedi estava firme–E aterrorizado. Sabia a seriedade de
suas acusações e ações, mas mais que isso…. Rurik assustou que ele se mijasse.
–Tenho os comandos.
Porque isto não era drogas. Em algum lugar de sua mente, Jedi sabia. Ele sabia que
tinha visto uma pequena parte da mudança de forma de Rurik de homem… A um falcão.
Mas Jedi era um homem moderno. Não acreditava em demônios. Não acreditava que
o diabo caminhasse na terra tratando com mortais. Ele não acreditava, e não quis saber.
–Você tomou os mandos do Capitão Wilder? –A voz inflexível de Jacob exigia uma
resposta… A resposta correta.
Nenhum piloto da Força Aérea tomou antes os comandos pela força.
Nunca.
–Abandonei os comandos ao Capitão Clark, assim eu poderia me concentrar em meu
reconhecimento –Disse Rurik.....
Não fabricando uma má situação.
–E? –Jacobs quis um pouco mais de Rurik–Tranqüilidade, uma negação, algo.
–Quando chegarmos a terra tenho um relatório que dar.
–Bem. Clark, traga-o aqui.
O microfone pulsou apagado.
Jedi continuou voando, mas seu controle estava cada vez mais errático, enquanto
tentava manter um olho sobre Rurik e sua arma perto.
O avião era muito novo, e muitas montanhas surgiram ao redor deles para aquela
espécie de vôo.
–Permanece com calma -Pouco a pouco Rurik baixou suas mãos– Só nos retorne a
base. Você pode pilotar. Pode conseguir. Não vou interferir.
–Cale-se! –Disse Jedi com ferocidade–Só cale-se e mantenha suas mãos longe dos
comandos.
Rurik sabia que isto não resultaria bem para o jovem ou para ele. Eles
aterrissariam; fariam os fazer chichi em uma taça. Fariam provas no seu sangue, ao seu
fígado, a sua pele. Por Deus, encontrariam suas amídalas, que tinha perdido em um
hospital em Seattle faz vinte e dois anos.
Cada prova estaria limpa.
Então o FNG seria provado, e quando ele passasse negativo, seria castigado. Eles o
tirariam do treinamento e enviariam a um psiquiatra. E todo o momento ele juraria que viu
o que viu. Rurik diria o menos possível, cada um tomaria partido, e tudo isso seria
FUBAR5.
Enquanto isso, havia antes uma desconhecida instalação nuclear sobre a terra, com
um bando de maníacos dotando-a, e se ele não fazia o correto, em qualquer momento uma
bomba poderia fazer explodir sobre…
O alarme que advertia do perigo soou. Este foi desenhado para conseguir a atenção
se era iminente o perigo. Uma olhada lhe mostrou a situação. A instalação debaixo os
tinha descoberto.
E enviaram um míssil atrás deles.
–Me deixe pilotar–Rurik começou a pôr suas mãos sobre os comandos de controle.
–Não, Senhor!
–Depois, ponha a arma longe e ponha o maldito avião direito! –Rurik ainda não
compreendeu que usava sua voz de comando.
–Não, Senhor!
–Você tem que pilotar. Aquele Filho de uma cadela virá imediatamente sobre nosso
rabo –Rurik não podia arrancar seu fixo olhar do míssil que se dirigia para eles.
–Estou pilotando! –Jedi estava aborrecido, mas não o suficiente bem para salvá-los.
Não se concentrava. Não tinha a experiência. O pior de tudo, o jovem tinha muito
medo de que Rurik fosse a morte. Enviou o Blackshadow em um espiral. Torceu,
volteando.

5
É um acrônimo que significa usualmente "mal de reparação além de tudo"
A furia atirou o rosto, braços e ventre do Rurik até que pensou que aconteceriam.
O míssil estava seguindo-os, e ganhando.
–Não temos tempo para isto! –Rurik não tinha a intenção de acabar em uma
explosão ardente.
Estirando-se para trás, deu um golpe diretamente na pistola das mãos suarentas do
rapaz.
O rapaz gritou.
–Tenho o avião –Rurik gritou quando agarrou os comandos.
O rosto duro de uma montanha surgiu diante eles.
O míssil quase estava sobre eles.
Rurik fez ao avião subir de lado.
Não iam conseguir…
Eles eram o alvo.
O míssil bateu na montanha e explodiu. Ao mesmo tempo, a coberta voou.
Que caralho?
Jedi tinha egetado. Egetado sobre território inimigo.
Por que pensou que eles estavam condenados a se chocar contra aquela montanha e
ter uma ardente morte?
Ou porque ele mesmo estava muito aterrorizado com Rurik para ficar no avião com
ele?
Atordoado, Rurik olhou o pára-quedas descer. Marcou o ponto, depois voltou para a
base, determinou retornar para ali antes para salvar aquele menino.
Mas foi muito tarde.
Malditamente tarde.

Capítulo 17

Mas tinha sido muito tarde. Muito tarde.


Depois, Rurik tinha pesado cada opção, depois tinham movido com a precisão de
um relâmpago.
Nunca chegaria tão tarde outra vez.
Vida e morte, céu e inferno, dependiam dele.
Agora estava em pé no meio do povoado de Toul e metodicamente fez projetos para
encontrar o ícone.
–Aqui está o que vamos fazer. Iremos À sociedade histórica local e
perguntaremos sobre o rei torto. Se não conseguirmos nenhuma informação, podemos
tentar na biblioteca local, e se os bibliotecários não podem nos ajudar, usaremos seus
computadores para procurar na Internet.
–Um –Tasya olhou ao redor na rua, quente sob o sol da manhã–Fala Frances?
–Não bem. Por que?
–Porque falar com historiadores e bibliotecários pode requerer algum valor
lingüístico.
–Se não termos, contratamos um intérprete. E provavelmente teremos que,
considerar a sociedade de arqueologia local. Usualmente são aficionados, mas com
freqüência conhecem o campo circundante melhor que qualquer –Rurik juntou suas
mãos e as esfregou. Quase esperou que essa fosse a rota que teriam que seguir. A
sociedade de arqueologia local sempre tem seu tipo de pessoas.
–Estão aqui. Vou ao centro de visitantes –ela deu um passeio para o edifício maior
sobre a moderna estrada.
Pelos serviços, figurou-se ele, e a chamo.
–Consegue um mapa enquanto esteja ali.
Ela agitou a mão lhe dando as costas.

Que inferno de sonho tinha tido no avião.


Não, não um sonho. Uma nova restauração.
Maldição cada vez que subia a um avião, as lembranças o afundavam. Aquele
pobre menino. Quando Rurik recordou o corpo de Clark Mate, torturado, despedaçado,
destruído… quando recordou a escritura da carta de condolência aos pais do rapaz… Se
retorceu na culpa recordava.
Tinha jurado não voar. Comercial, seguro, não poderia evitá-lo, e a ninguém
gostava do vôo comercial. Mas o ultraleve tinha sido um duro prazer, e no pequeno avião
tinha experiementado cada corrente de ar quando o vento havia sustentado as asas em
alto.
Não mais. Não mais vôo. Não por nenhuma razão.
Rurik devia a Jedi cumprir seu voto.
Quando Rurik esperava Tasya, examinou os locais que davam pressa a seus
trabalhos e os turistas que vagavam ao longo das pitorescas ruas. Os Varinkis não eram
um fracasso, e quando seu assassino não chamar, enviariam reforços, e rápido.
Mas ele não viu nenhum sinal de perigo.
Bem, salvo por Tasya, que saiu do centro de visitantes. Era perigosa… Para ele e
sua paz mental.
–Tenho-o –agitou ela um folheto sob seu queixo.
–O que é isso? –perguntou ele.
–A direção da adega que desdobra a famosa tapeçaria que oferece ao rei torto –
Emudecido, ele a olhou fixamente.
Ela encolheu os ombros.
–Calcule que o centro dos visitantes era um grande lugar para começar,
especialmente desde que ali, alguém tem que falar ingles. Venha, a adega esta a somente
uns blocos daqui.
Rurik, seguiu olhando para Tasya quando ela colocou a caminho através da
multidão, a para os franceses, e os turistas que se retiravam e permitiam passar.
Ele tinha tentado tanto protege-la dos Varinskis, que tinha esquecido quão
experiente era viajando, e como uma repórter, podia, e teria investigado a informação
que ela necessitava.
A adega era um edifício medieval que tinha sido remodelado para acomodar a
entrada dos turistas que a visitavam todos os anos. Passava pelo alto rio Moselle, e
quando caminharam dentro, Rurik se sentiu como se se transportou a quinhentos anos
atrás.
O teto era baixo no frio, o centro das janelas escuro. O lugar cheirava como o
vinho fermentado e zumbia com as vozes de um grupo preparando-se para seguir o guia
caminho abaixo, Aos porões do vinho.
–Ali –Disse Tasya é o tipo que queremos –Ela se dirigiu para o ancião inclinado
que ficou rígido com desaprovação ao ver seu cabelo em branco e negro empinados. Mas
ela não desalentou; arrumou-o com um deslumbrante sorriso, e falou em mal francês.
Até que ele se quebrou e devolveu o sorriso.
A próxima coisa que soube Rurik, foi que o orgulhoso francês estava introduzindo-
os em uma larga e vazia galeria na parte posterior do edifício. Acendeu as luzes e
gesticulou para a parede, então desapareceu pelo centro das janelas, enquanto fechava a
porta atrás dele.
Rurik se encontrou olhando fixamente uma tapeçaria que se estirava a todo o
comprido do quarto e enchia a parede da altura dos olhos até o teto.
–Bom Deus –Andou Com o passar do cordão aveludado que mantinha a qualquer
turista fora de seu alcance– O que é isto?
–É uma tapeçaria feita no décimo segundo século da celebração da história de
Lorraine. O idioma usado é o latim. Não muitos sabem sobre suas origens, mas se
acredita que a habilidade é local –Tasya caminhou devagar ao longo e diante da Kim,
suas mãos nas costas, esquadrinhando cada cena que a tapeçaria representava.
–As pessoas no escritório de visitantes disseram que o rei torto esta aqui? –Rurik
podia ver as cenas de batalhas e coroações, as passagens de textos, e uma complexidade
deslumbrante de eventos.
–Ele não é um rei –Corrigiu Tasya—Seu nome é Arnulf, e é um chefe militar, justo
como Clovus. Provavelmente Clovus disse que era um rei para fazer sua derrota em
mãos do Arnulf menos humilhante.
–Mais relações publicas.
–Certo–Sua expressão era resolvida, e parou mais de uma vez para examinar as
figuras bordadas no fundo de linho marrom.
– Isto é mais um bordado que uma tapeçaria, mas o detalhe é assombroso. A história
inteira da Alsacia Lorena está aqui, incluindo…. –Parou – Ali está ele. Arnulf o Caolho.
Rurik se juntou a ela no cordão.
As cores eram ainda ricas, as figuras claramente desenhadas. Obviamente, Arnulf
não pagou a seu biógrafo, já que as cenas eram iguais a umas que projetavam a Clovus,
a atitude de satisfação falhava. Arnulf estava em pé em cima de todos os corpos, mas
segundo a tapeçaria, sacrificou um olho e sua nobreza pelo poder. A tapeçaria mostrava
esfaqueado e queimado a sua maneira o caminho até o dia, em que ele recebeu um
presente de longe.
–Olhe –Tasya assinalou.
–Vejo-o –O presente era a barra de Hershey formada e rodeada por um halo.
–Ali esta –Sussurrou Tasya.
–Olhe. Arnulf aceita o tributo com muito prazer, mas em seguida sua sorte se
volta amarga. Está ferido, prostrado em uma cama. Adivinharia que a ferida se tornou
gangrenosa?–O negro brotava da ferida e seus inimigos se reuniram ao redor da cama
em atitude de triunfo.
—Servir a ele claro –Tasya riu.
— Culpou o presente de sua desgraça, e o enviou longe para fazê-lo ocultar em um
convento de monjas com a esperança de que seria curado.
Rurik poderia ver muito representado naquela tapeçaria, mas não podia ver tanto
detalhe.
–Onde vê aquele tema sobre a cura?
–Esta nesta guia turística –Tasya mostrou o folheto.
Ela era uma sabichona.
–Sim toda esta informação no guia turístico, então o que fazemos aqui?
–O guia não nos diz onde esta o convento de monjas –ela estava olhando
fixamente a última cena que implicava a Arnulf o Caolho– Esperei que a informação
estivesse em algum lugar no… —Sua voz se apagou.
Ele seguiu seu olhar fixo na pequena imagem de Arnulf morto, seus olhos
fechados e uma flor estreitada entre suas mãos.
–Ali escreve algo –usando seu fraco latim, ele leu— Mas era muito tarde para o
Arnulf. Ele… Não estou seguro de poder ler isto, mas penso que quer dizer o objeto
santo.....
–Então isto é um ícone.
–Sim –O que teria podido dizer, ela não o teria acreditado— O objeto santo veio
para descansar em um convento de monjas no reino de… Não reconheço o título –Se
aproximou, tentando complementar o nome antigo com o moderno— Espera. O convento
de monjas está em… Quase o consegui…
Tasya não se moveu, não desviou seu olhar da tapeçaria. Falando com uma voz
tão baixa, que ele quase não escutou, disse.
—Ruyshvania. O convento de monjas está na Ruyshvania –Ela levou uma mão
tremula a testa.
—Tenho que voltar para Ruyshvania.

Capítulo 18

Tasya se acalmou; pensou que Rurik não se deu conta de seu pequeno ataque de
pânico diante da tapeçaria. De qualquer maneira, ele não disse nada. Entretanto,
preparava com energia seu calendário de viagem.
Alugar um carro. Conduzir até Viena. Chegar pela tarde noite. Esperar várias
horas o trem noturno de Viena até a cidade de Capraru na Ruyshvania. Comprar
enquanto esperam.
Enquanto isso, Tasya se instalou no compartimento privado do trem Nocturne,
tinha uma imagem completamente nova. Levava maquiagem, um caro par de jeans,
botas negras e uma camisa de botões branca com cinturão. Todo o estudado conjunto
casual custava mais que sua câmara, e o condutor do trem lhe fez uma reverência
quando os viu do carro.
O que esperava? Isto era a Europa. Ali adoravam a moda.
Apesar de que Rurik também tinha comprado uma camisa nova, ainda levava esse
abrigo comprido de couro.
Dizia que gostava porque o fazia passar desapercebido.
Ela pensava que ele gostava porque escondia a variedade de armas que sabia que
levava.
Quando o trem ficou em marcha, ele disse:
–Vou dar um passeio pelo trem. Quer algo?
–Dar um passeio pelo trem. É esse um eufemismo para procurar problemas? –Não
respondeu, nem a convidou a acompanhá-lo. Ela já se deu conta de que gostava de
patrulhar sem companhia.
–Uma taça de vinho estaria bem –Disse–Talvez inclusive uma garrafa.
Ele pôs uma mão a cada lado dela e se inclinou aproximando-se.
–Nota a tensão depois de um momento, não é?
A tensão? Não era que notasse a tensão. Era seu destino. Não podia acreditar…
Bom, é obvio, podia. Ninguém sabia melhor que ela que o destino era uma cadela que
sempre exigia um pagamento.
Em vez de responder, Tasya pôs a mão em sua face e o beijou.
–Tome cuidado.
–Sempre –Ele devolveu o beijo, seus lábios se entretiveram, depois se endireitou–
Fecha a porta quando sair.
Assim o fez. Aproveitou que estava sozinha para dar uma ducha em seu pequeno
banheiro particular, e com um suspiro, voltou-se a pôr sua roupa sem o cinturão.
Normalmente gostava de viajar, e fazê-lo com o mínimo de bagagem. Mas parecia
que cada parte desta viagem envolvia outro disfarce… E outra revelação. Não desejava
nada mais que voltar para casa, Aos Estados Unidos, a seu espaçoso apartamento,
vegetar no sofá frente ao ensurdecedor televisor, com o comando a distancia na mão e
tentar lembrar-se de quem era.
Ou era isto o que tentou convecera si mesma?
Quando saiu, limpa e úmida, Rurik já tinha voltado para o quarto. Seu jantar
esperava na pequena mesa desdobravel coberta com uma toalha branca, e a garrafa de
vinho que tinha pedido estava desarrolhada e respirando.
Quando ele a viu , seus olhos cor brandy se acenderam como se uma chama os
esquentasse.
OH sim. O cara inha planos. Planos para atormentá-la um pouco mais? Planos
para fazê-la a mulher mais feliz do mundo?
Como se sentia ela quanto a isso? Não sabia. Se ele fosse menos intenso… Se esse
trem se dirigisse a qualquer outro lugar… Se.
Assim intencionalmente despreocupada Tasya alisou as rugas que ficavam onde
tinha estado o cinturão e perguntou.
–Nenhum problema?
–Nenhuma sinal. Deixa que me lave e depois comemos.
–Certo –Disse a porta fechada do banheiro.
Quando saiu, seu cabelo estava molhado e seu rosto úmido.
–Não vi nenhum Varisnki no trem.
Estava abotoando sua camisa nova sobre seu largo peito, e ela queria gemer só de
olhar. O cara devia fazer muito exercício para ter conseguido esculpir esses peitorais. Ela
se endireitou, absorta em uma ferida de navalhada de uns oito centimetros que cruzava
o lado direito de seu peito, atravessando sua tatuagem e cortando em tiras sua pele.
Ele prosseguiu.
–Acredito que os perdemos em…
–O que aconteceu? –Ela ficou em pé, afastou suas mãos e abriu sua camisa. A
ferida estava vermelha, irritada e fresca– Se colocou em alguma briga.
–Não é nada.
–Um Varinsky.
Ele fez uma pausa e inclinou a cabeça.
Ela juntou as peças do quebra-cabeças.
–No ferry. Matou-os.
–Sim.
–Supõe-se que os Varisnkis são indestrutíveis.
–Eu posso matá-los.
–Já sei que é um mito –Disse ela impacientemente–Mas acreditava que eram bons
lutadores.
–São. Mas no momento eu sou melhor.
Ela roçou cuidadosamente a pele que rodeava o corte.
–Sou boa em primeiros socorros. Quer que eu…?
–Ficarei bem.
–É profunda. Terá que costurar.
–Prometo que estou bem. Tenho um metabolismo muito rápido.
–Pelo menos me prometa que está em dia com suas vacinas de tétano.
Ele pegou sua mão e a apertou contra seu coração. Seu pulso firme esquentou a
palma.
Mas Tasya não podia ignorar a prova, justo diante de seus olhos, de que Rurik
estava disposto a ficar em perigo por ela.
–Primeiro a explosão, depois quase o matam. Não devia ter te metido nisto.
–Sente-se –Ele a acomodou em seu assento—Relaxe–Encheu a taça de brilhante
vinho tinto e a deu.
– Você não me colocou nisto. Não te ocorreu pensar que os Varinskis querem destruir
o ícone e por isso puseram uma bomba na escavação?
–Isso é verdade –Ela tomou um sorvo, e a intensidade e riqueza da colheita a
esquentou.
– Mas isso seria uma missão cumprida. Por que ainda nos perseguem? Deveria me
deixar seguir sozinha.
–Não vou te deixar.
Seu coração, seu estúpido coração deu um salto entusiasmado de prazer.
–Esse era meu lugar, e meu ícone–Acrescentou, e tirou as tampas das bandejas.
– A garçonete disse que isto é Spatzle6 com queijo, seja o que for isso, cheira muito
bem –Pegou seu garfo e deu uma espetada.
Ela o olhou.
Não acreditava. Não acreditava que algum ser humano fosse capaz de arriscar
sua vida pelo que ele chamava um tablete de chocolate Hershey.
Ele o estava fazendo por ela. Para mantê-la a salvo.
Tinha que lhe contar a verdade.
Devia-lhe a verdade.

Capítulo 19

Tasya comeu e bebeu seu vinho. Esperou até que ele tivesse terminado e depois
disse:
–Os Varinskis mataram meus pais.
Rurik ouviu suas palavras… E as regeitou. Era impossível. Era uma tragédia
muito infernal para imaginar.
Mas Tasya parecia alheia a seu terror. Relatou-lhe os fatos de uma forma calma,
como se a droga do tempo a tivesse isolado da dor.
–Vieram de noite. Minha mãe me tirou da cama, levou-me com Miss Landau,
minha Babá e me deu um último beijo. Vi meu pai tirando armas. Ele me deu um beijo
também uma vez que alcançava a minha mãe um rifle –Tasya respirou pausadamente–
Essa foi a última vez que os vi.
Rurik tinha muitas perguntas que fazer… Mas primeiro desejava agitar seus
punhos ao ar e uivar de fúria.
Agora o entendia, entendia tudo muito bem.
Agora sabia porque ela era tão forte, tão resistente, e tão admirável em todos os
aspectos que pensava ele que eram importantes.
Agora compreendia por que eles nunca poderiam estar juntos.
–Os Varinskis… É obvio. Seriam os Varinskis –Riu discretamente e sem humor–
Esses bastardos.
Que macabro destino os tinha unido? A noite em que tinham feito amor foi
primeira em cinco anos em que tinha sido feliz.
–Bastardos, é obvio. Bastardos por gerações –Tasya enfrentou a Rurik do outro
lado da mesa e com um feroz desdém disse–Homens que se transformam em predadores.
OH, por favor! Viajei a Ucrânia, e acredite, todo mundo acredita nesse conto.
–Foi A Ucrânia? Está louca? –Não queria gritar. Não deveria gritar–Se tivessem
descoberto que estava viva e que tinha escapado…
–Sei, sei –Fez um gesto desdenhoso com a mão– Mas então não compreendia o
perigo.
–Isso não teria te salvado–Poderia não havê-la conhecido.
–Estou quase segura de que não sabem que estou viva, ou Miss Landau teria
fugido comigo em primeiro lugar.
–Isso é certo –Voltou a apoiar-se em seu assento– Tem razão.

6
trata-se de uma forma de massa muito conhecida na Suabia e o sul da Alemanha onde é muito empregado como
acompanhamento de carnes e pode encontrar-se também como um prato único (o denominado Kässpätzle ou spätzle com
queijo).
–Na Ucrânia não importa o que os Varinskis façam…Matar, seqüestrar, torturar,
violar….Ninguém os toca. Nunca vão para prisão. Nunca são levados a julgamento. Eles
vivem em seu recinto….É um paraíso para eles.
–Foi a seu resinto –Ele fechou os olhos, tentando bloquear o conhecimento do que
poderia ter ocorrido.
–Conduzi até lái.
–Quantas vezes?
–O bastante Freqüentemente para tirar algumas fotos.
–Parou e tirou fotos –Mal podia acreditar a intensidade de sua loucura… Ou a
extensão de sua sorte.
–Sou fotógrafa –Ela agia como se fosse a coisa mais normal do mundo– Estão
esses carros nos que estão trabalhando, colocados por aí com os chefes abertos, e os que
estão abandonados oxidando-se. A grama cresce todos os verões e ninguém a corta. A
casa está sem pintar. Quando necessitam espaço extra, simplesmente acrescentam um
despropósito mais. Sabe que é o que têm na porta?
–Um lugar para que as mulheres que foram prenhes por um Varinski deixem a
seus bebês. Elas chamam o timbre e correm, e os Varinskis agarram a criança, e
celebram o nascimento de um novo demônio.
–Sabe um montão sobre eles.
–Sim, faço–Não pode fazer uma idéia.
–Então me responda isto. Como as arrumaram para perpetuar essa atmosfera de
terror todos estes anos? Mantêm um férreo controle da imaginação local–Não podia
sentar-se e olhá-la nos olhos por mais tempo. Levantou-se e chamou o botões, depois
pôs os pratos na bandeja.
–São uns extorsionadores. Uns assassinos. Uns seqüestradores –Ela estava
fríamente furiosa– São uma ofensa a civilização, e é hora de pará-los.
–Estou de acordo, e faço tudo que está em minha mão para pará-los–Por mais
razões das que ela sabia.
–Mas agora mesmo não posso fazer nada, e tenho algumas perguntas –Tirou a
toalha e voltou a pregar a mesa na parede.
– Os Varinskis não matam por nada. Quem eram seus pais? Quem os queria mortos?
–E eu que sei? Só tinha quatro anos –Encolheu os ombros.
–Você é jornalista. Terá estudado os arquivos. O que dizia a polícia sobre o
ataque? A quem jogavam a culpa?
–O relatório da polícia culpava meus pais. Disseram que foi um
assassinato/suicidio e que meu pai colocou fogo a casa antes de suicidar-se.
–Essa é uma boa história padrão. Os Varinskis têm muito carinho. O que
aconteceu com sua Babá? Onde esta ela agora?
–Não sei. me perdoe por não estar interessada em encontrar Miss Landau –Tasya
se levantou como se quezesse caminhar, dando-se conta de que não tinha espaço, e
depois se voltou a sentar.
– Ela me levou longe, deixou-me na casa de acolhida e depois desapareceu. Acredito
que por ter sido abandonada me faz estar ressentida.
Alguém bateu na porta. Rurik olhou pela mira e deixou entrar em mensageiro.
Este agarrou a bandeja; Rurik lhe deu uma gorjeta, fechou a porta com ferrolho e se
voltou para a Tasya.
–Não foi abandonada. Ela ficou a salvo e por alguma razão… medo dos Varinskis?
Provavelmente, certamente o medo de que você seria mais fácil de rastrear se ela
estivesse com você… Te deixou na casa de acolhida. Se tivesse te tirado da casa e tivesse
deixado que os Varinskis a encontrassem e a matassem, então poderia lhe guardar
rancor.
–Explique a uma menina de quatro anos que acaba de perder seus pais e sua casa,
que perdeu a Babá que conhecia de toda a vida, e que foi deixada com gente que
acolhem regularmente dez meninos de uma vez, que não foram abandonados. Duvido
que te escutasse.
–Mas agora já não é uma menina–Sua capacidade de guardar rancor o
preocupava… Já que tinha muito mais raciocinio para odiar a ele.
–Quando necessito a motivação para fazer o que terá que fazer…
–Quer dizer, quando quer te colocar na refrega Imprudentemente.
–O que seja –Ela fez um gesto para o afugentar.
–Quando preciso ter medo ou me pôr furiosa, lembro-me de meus pais, e dos
Varinskis, e penso em minha vingança. Por isso escrevi um livro que garantiria que
aproveitasse da fascinação das pessoas com a religião e as lendas, os assassinos e a
opressão. Por isso quero percorrer o mundo e fazer frente aos Varinskis para recuperar o
ícone. Se posso levar uma prova ao Museu de História Nacional, lhes deixar verificar a
autenticidade do ícone e dar testemunho da lenda dos Varinskis, isso captará a atenção
do mundo. Uma vez que os Varinskis sejam o centro de atenção, as autoridades de
Sereminia estarão obrigados acondená-los.
–E o que conseguirá com isso?
–Os Varinskis ganham milhões todos os anos levando a cabo assassinatos. Têm
um grande prestígio entre os criminosos do mundo. Esse será o princípio do fim para
eles, e eu serei a pessoa que dispare o gatilho –Seu sorriso era uma sinfonia de dentes
brancos e satisfação vingativa.
–Você será o objetivo –Não sabia por que se incomodava. Tratava-se de Tasya
Hunnicutt. Não o escutaria. Ela faria o que acreditasse correto. E quando descobrisse
quem era ele… Quem tinha sido seus pais, qual era seu sobrenome antes de Wilder…
Que era um Varinski, que vivia com o pacto do diabo todos os dias de sua vida, que ele
queria lhe roubar o ícone para libertar seu pai… Nunca o perdoaria. Nunca.
E ainda agarrava a ela. Era sua mulher, aquela destinada a encontrar o ícone.
Sabia, e a tragédia de sua vida era que quem era e o que era ele nunca poderia trocar.
E quem e que era, ela nunca o aceitaria… Quando soubesse. Mas ainda não
sabia.
Alguns de seus pensamentos deviam refletir em seu rosto, porque ela escapuliu.
–Por que me olha dessa maneira?
Talvez, se fizesse os movimentos corretos, dizia as coisas corretas, mostrava-lhe o
que sentia, ela o recordaria e compreenderia por que tinha feito o que pretendia fazer.
–O mensageiros logo deverá preparar a cama –Ele se levantou.
– Esta cansada. Vai, se deite um momento. Estamos chegando a uma parada.
Necessito umas quantas coisas e eu gostaria de pensar um momento.
–Certo–Disse ela lentamente– Está bem? Está estranho.
–Estou bem.
–Está seguro? Esta incomodando a ferida? –Pôs uma mão em seu peito e olhou ali
preocupada com ele. Acreditando.
Uma pontada de culpa cravou no flanco.
Ela não confiava em ninguém, e por uma boa razão.
Ele se levantou apressadamente antes de delatar-se.
–Fecha a porta quando sair. Eu tenho chave.
Ficou parado do outro lado da porta enquanto ouvia que ela jogava o ferrolho,
antes de caminhar para o final do vagão. Esperou até que o trem parasse. Desceu do
trem e comprou tudo o que necessitava da fileira de vendedores que vendiam comida e
artigos diversos. Escolheu cuidadosamente o que necessitava e, quando subiu de novo
no trem, levava uma bolsa na mão.
Ao menos, quando terminasse com ela esta noite, ela nunca o esqueceria.
Capítulo 20

Rurik ficou em pé olhando do vagão os passageiros que subiam no trem. Quando


este ficou em marcha, percorreu com o olhar a todos os carros, examinando a cada
pessoa, assegurando-se de que, uma vez mais, ele e Tasya estavam a salvo.
Esta noite precisava saber que estariam a salvo.
Esta noite se concentraria em Tasya. Só em Tasya.
Quando esteve satisfeito, voltou para seu compartimento.
Tasya estava profundamente adormecida, tombada de barriga para baixo em cima
das mantas com a roupa posta, roncando ligeiramente. Ele sorriu ao vê-la tão relaxada…
E fechou a porta, tomando as precauções necessárias para assegurar-se de que
ninguém, nem um inimigo, nem o amigável mensageiro, poderia entrar.
Ela tinha deixado a persiana aberta, assim que as luzes das cidades pelas que
passavam salpicavam a janela e cobriam as paredes com efêmeras rajadas de vermelho,
azul e branco.
Ele a fechou, assegurando-se de que nenhum raio de luz pudesse penetrar.
Empurrou a persiana até a porta para tampar o brilho que entrava por debaixo. No
compartimento, a escuridão era completa. Nenhum olho humano poderia ver…Nada.
Tomando cuidado de não despertá-la, tirou-lhe a roupa. Usando o óleo que tinha
comprado, massageou-lhe as costas, as coxas e as pantorrilhas. tomou seu tempo,
sendo generoso em seus cuidados, aproveitando a oportunidade para tocar cada parte
dela, para aprender sobre seu corpo como nunca deixaria se estivesse acordada.
Massageou os lóbulos de suas orelhas, as plantas de seus pés, os ossos de suas mãos.
Desenhou seus seios, provou seu umbigo, separou suas pernas e explorou, excitando-a
levemente, mas sem procurar resposta.
A resposta que procuraria depois.
Ela ainda dormia, mas gemia e despertava como um bebê nas mãos de alguém em
quem confia.
–Sim –Murmurou em sua orelha, e retirou o cabelo de seu rosto– Dorme.
Ele despojou de suas roupas e subiu na cama. O perfume de sândalo e flor de
laranja de seu corpo estimulavam seus sentidos… Estimulando os dela. Ou talvez
fossem suas mãos, amassando seus músculos, o que a levou a despertar. Ele ouviu sua
dificuldade para respirar ao se dar conta de que estava as escuras, tombada de barriga
para baixo e de que um homem estava em cima dela.
–Shh…–Ele disse– Sou eu, Rurik.
Agitadamente, ela tentou levantar-se.
Ele a manteve tombada mantendo o peso em suas coxas. Deslizando suas mãos
sobre seus quadris, sobre sua cintura, até seus braços, agarrou-lhe os pulsos e os
segurou por cima de sua cabeça.
–Sabia que não esperaria para sempre.
–Não!
–Confia em mim –Murmurou. Em um larga e lenta ondulação, acomodou-se em
cima dela. Juntou as pernas dela com seus joelhos e pressionou seu peito contra suas
costas, seu pênis contra seu traseiro.
Rurik podia sentir o calor de sua pele à medida que se acendia sua paixão.
Ela lutou contra seu agarre e disse.
–Não… –Em um sussurro.
Ele esfregou seu corpo contra o dela, aproveitando o óleo para facilitar a fricção,
deleitando-se com a sensação de sua pele contra a dele. Seu corpo estava era feito para
contê-lo, para o agradar. Pressionou seu pênis entre suas pernas, procurando a seda
entre elas, a cálida pele, a glória dentro dela. Esfregou-se entre suas coxas, desfrutando
da sensação de pele sobre pele.
–Não –Era mais o som da respiração que uma palavra.
–Sabe o que sinto quando estou dentro de você? –ele usou seu pênis como se fosse
uma estaca, empurrando contra a entrada de seu corpo, e o óleo que tinha usado
permitiu abri-la, só um poquinho. O suficiente para quase penetrá-la.
Nesse momento, deslizou-se para a parte dianteira de seu corpo, e a parte mais
sensível dele se roçou com a parte mais sensível dela.
Ela conteve o fôlego.
Ele grunhou.
–Não pode fazer isto –Ela movia a cabeça de um lado para outro, tentondo
levantar-se da cama.
Apesar de que não tinha intenção de machucá-la, o desfrutava controlando-a.
Tinha que assegurar-se de algo.
–Confia em mim –Seu peculiar perfume era mais forte na nuca, e aspirou o aroma,
beijando a tenra pele.
– Adoro seu sabor. Sabe, desde aquela noite que fizemos amor, tudo o que tenho que
fazer é estar perto de você, e não posso te provar outra vez?
–Não pode.
Ele segurou seus dois pulsos com uma mão, e deslizou a outra entre suas costelas
e a cama, para tomar seu seio na mão.
–Quando te massageei com o óleo no mamilo, gemeu em sonhos.
–Com certeza o fiz –Sua voz soava zangada, mais Tasya, menos vulnerável.
Então seu mamilo endureceu em sua mão. Provavelmente ela não queria desejar
isto: A escuridão, ou a ele. Mas seu corpo traía tanto seu medo como seu desejo.
–Maldição. Ela tentou dar a volta.
Cuidadosamente, ele retorceu o pequeno mamilo. Uma vez, outra, e outra. Com
um lento e firme ritmo para excitar seus sentidos.
Suas respirações, e esse inevitável ritmo, obraram a magia. Ela ofegou, e o suor se
formou em sua pele. O aroma de seu corpo se fez mais forte, combinando-se com o
perfume. Debaixo dele, seus movimentos o fizeram se dar conta de sua força, sua
fraqueza, a promessa de sua feminilidade.
E ele podia vê-la.
A escuridão não era tal para ele.
Ele via a mistura de aborrecimento e medo em seu rosto, o despertar da paixão, a
força com a que ela a retinha.
Sim. Isto era o que tinha que fazer. Ela não tinha nenhuma oportunidade.
Em um rápido movimento, ele a deixou ir e colocou a camisinha.
Ela não hesitou o mais mínimo, mas sim se lançou para a liberdade.
Ele a apanhou, voltou a pôr onde ele queria que estivesse e voltou a começar.
Segurando-a, massageando-a, excitando-a.
Ela cedeu mais facilmente desta vez, esquecendo por alguns segundos a escuridão
e sua rebeldia. Cada vez que ele a tocava em um lugar novo, empurrava-a a um novo
prazer, ela tentava lutar. Mas sua resistência cada vez se fez menor, e finalmente aceitou
seus cuidados, relaxando-se no colchão, esperando a seguinte carícia.
Ele voltou a pressionar suas pernas juntas, depois deslizou seu pênis entre suas
coxas e mais acima, encontrando a entrada a seu corpo e acomodando-se. Agarrou suas
mãos por cima da cabeça e segurouo seu corpo com seu peso, murmurando
suavemente na orelha.
–Quando estou aqui, quando seu corpo começa a ofegar, o prazer é só a ponta, e
ainda assim é tão forte e intenso que desejo gritar. Então empurro um poquito–o fez– E
você me aceita, me apertando e me prometendo o paraíso.
–Por favor. Está escuro.
–Você não tem medo da escuridão.
–Não, não tenho. Eu não tenho medo de nada.
Ele beijou sua orelha e mordeu seu lóbulo, degustando sua pele.
–Estou quase a metade dentro, e você se dilata. Está-me dando a bem-vinda.
–Não é bem-vindo.
–De verdade? Deixa que te convença –Deslizou uma de suas mãos lubrificada de
óleo debaixo dela, sob seu ventre e entre suas pernas e em um de seus dedos, tinha
colocado um pequeno vibrador. Ele acionou o interruptor, levando-a a um êxtase
instantâneo e não desejado de uma vez que a penetrava profundamente.
Ela se retorceu debaixo dele e gemeu de desespero. Suas unhas se cravaram nos
lençóis.
Dentro dela, o clímax a retorcia, acariciava-a.
–Quando… Quando estou tão dentro de você como posso, continua tão apertada–
Ele devia ter separado suas pernas, o êxtase era quase doloroso–Tão apertada e quente…
Dentro de você, está tão quente… E suas dobras puxam por mim, me implorando que
entre. Para te encha… —Estava perdendo a capacidade de formar palavras. No momento
em que seus espasmos o levaram ao céu com ela, a primitiva besta que levava em seu
interior abriu caminho para sair. Penetrou-a cada vez mais rápido, desesperado por
libertar-se, determinado a reclamá-la, a lhe mostrar o homem que era e fazer saber que
era dele.
O clímax de ambos foi crescendo, e lentamente terminou.
Ele desligou o vibrador, atirou-o no chão, e escutou enquanto ela soluçava os
últimos instantes de sua liberação.
Ela estava exausta. Podia senti-lo pelo tremor de seus músculos, pela maneira
que deitava, inativa, debaixo dele.
Bem. Isso faria mais fácil o resto da noite.
Levantou-se, e deu a volta nela, tombou-se de barriga para baixo entre suas
pernas, e a beijou ali.
Ela respirou entrecortadamente, tentando escapulir.
Ele pressionou suas mãos contra seu ventre.
–Quero que se esqueça da escuridão. Quero que esqueça de aonde vamos. Quero
que esqueça de quem é. Só quero que saiba o que é o prazer e quem o está dando–
Provou sua pele, saboreando lentamente o gosto de uma mulher excitada e um homem
satisfeito.
Ela não podia acreditar que ele queria seguir como se nunca tivesse gozado. Como
se não a tivesse segurado e forçado orgasmo atrás de orgasmo até que suas pernas
tremessem.
–Não pode… Não pode me fazer isso outra vez. Não tão cedo–Com um salto, ele se
elevou sobre ela. Tomando sua mão, envolveu-a sobre seu membro excitado.
Isto era impossível, mas estava quente e duro como se fosse a primeira vez.
Naquela primeira noite, ele tinha sido igual agora. Um homem de enormes
apetites, fortemente retidos.
Nesta noite, ele tinha liberado esses apetites. Era um animal, um estranho para a
civilização e a transformaria em animal, também.
Apertando um pacote envolto em uma lâmina de metal, ele disse.
–Ponha em mim.
–Não o farei.
Ela não podia vê-lo. Não podia ver nada, somente a negra escuridão que
pressionava suas pupilas e ameaçava quebrando sua vontade. Mas podia cheirá-lo à
medida que se inclinava perto de sua orelha, e cada vez que falava, ela sentia seu fôlego
contra seu pescoço.
–Eu gostaria de te impregnar, Tasya. Quero vê-la levar meu filho em seu ventre, e
saber que dará de mamar com seu seio. Se pudesse, teria uma dúzia de filhos com você,
e meu prazer aumentaria cem vezes mais cada vez que te enchesse com minha semente,
uma e outra e outra vez. Assim que você decide, Tasya Hunnicutt, Camisinha ou não?
Ela estava mais assustada que nunca da escuridão… Mas se obrigou a esquecer-
se de tudo exceto dele, e da fúria e o prazer que despertava.
Suas mãos tremiam quando rasgou o metal. Agarrando o pequeno cilindro,
deslizou-o pela ponta de seu pênis, e o estirou facilmente até a base. Ele não se moveu.
Estava tão quieto que parecia uma estátua.
Quando ela terminou, ainda o segurava com suas mãos. Por um momento pensou
nos muitos movimentos de autodefesa que conhecia. Tinha-os usado antes, e sem
duvidar sequer; uma mulher que queria o mundo sozinha, algumas vezes se encontrava
em situações de perigo.
Mas se tratava de Rurik. Tinha acreditado em sua história sobre os assassinos de
seus pais, e tinha estado com ela em cada passo de sua viagem.
Sem pressa, ela acariciou sua coxa.
Sentiu que ele ofegou. Estava segura de que sabia que tinha ganho.
Rodeando-a com seus braços, levantou-a.
Ela grunhiu, sabendo o que vinha a seguir.
–Confia em mim –A penetrou– Confia em mim agora. Confia em mim para sempre.
Quando por fim Rurik subiu a persiana, a manhã estava bastante avançada e
Tasya mal recordava como se sentia sem o ter dentro dela.
Ele beijou seus lábios, enchendo-a com sua língua. Tinha-a tomado com sua
boca, com seu pênis, com seus dedos. ajoelhou-se ao lado da cama, tinha-a tomado com
sua língua e a tinha penetrado. Tinha-a tomado muitas vezes, e cada uma delas ele
estava forte e cheio, maior que qualquer homem que ela tivesse imaginado, inesgotável,
determinado, um homem com uma missão.
Confia em mim.
Ele havia dito isso, uma e outra vez.
Confiar nele? Fazia de seu lema nunca confiar em ninguém, e essa política a tinha
mantido sã.
Então porque agora estava tentada a desprezar toda uma vida de duras lições?
Por que parecia possível que a final podia procurar no mais profundo de sua alma e
encontrar emoções que ela acreditava extintas?
Amor e confiança… Que brilhantes pareciam essas emoções esta manhã.
Lentamente, sentou-se, retirando o cabelo de sua testa. Deu uma olhada a Rurik,
estendido ao seu lado, ainda nu, ainda excitado, que seguia olhando-a como se nunca
fosse deixar de desejá-la.
Ela não sabia que responder, que dizer, como ser a mulher que o adorava.
Assim que ficou a olhar pela janela.
Tinham chegado a Ruyshvania.
Ela reconheceu as montanhas escarpadas, com rochas pulverizadas, sombrias.
Reconheceu os vales, salpicados com correntes e alguma casa de lavoura.
Reconheceu as ruínas de castelos medievais da Idade de Bronze, pedras que
seguiam em pé no topo das montanhas.
Ela reconhecia este lugar porque pela primeira vez em vinte e cinco anos estava
em casa. Em casa.
Baixou o olhar e reconheceu Rurik, também. Reconheceu-os dos dias de viagem,
da noite que tinha passado entrelaçada com ele enquanto o trem rodava debaixo eles.
Meu Deus, agora nunca o esqueceria, embora em parte o desejava.
Se só… Se só não parecesse que Rurik estava disposto a arriscar sua vida por ela
e sua missão.
Estava começando a tê como um herói.
Ele a olhou, com seus vivazes olhos cheios de uma fervente emoção… A espécie de
emoção que o fazia estar muito intranqüila. Tomando seu rosto entre suas mãos, o
pressionou seus lábios em um beijo contra os seus.
–Confia em mim, Tasya –Disse outra vez– Confia em mim para sempre. Nunca te
farei mal. Nunca te trairei. Prometo-lhe isso pela alma imortal de meu pai. Confia em
mim.
Capítulo 21

–Um bate-papo completamente pitoresco –Rurik saiu da Antiga estação de trem e


olhou ao seu redor.
O tempo tinha deixado a Capraru atrás. Os ruinosos vestígios de suas muralhas
medievais serpenteavam através da cidade. Não muito longe, uma grande torre de relógio
dominava a praça. Uma banda de estilo bávaro decorava os edifícios de dois ou três
andares, e as ruas estavam cobertas de paralelepípedos. Alguns carros eram novos, mas
ele viu modelos dos anos sessenta e setenta bem conservados misturando-se com os
pedestres que abarrotavam as ruas.
–Ruyshvania viveu sob a foice e o martelo até a queda da União Soviética. Depois,
seu líder marionete, Czajkowski, aproveitou o poder e o reteve até nove anos atras.
Depois de um cruel reinado, foi destronado e executado, e após, tirou-se proveito da
singularidade da cidade. Os americanos gosta das ruas limpas e a hospitalidade a
antiga, e o turismo funciona bem–Tasya parecia uma guia de viagens, fria e bem
informada, e sua expressão não podia ser mais inexpressiva.
Isso o surpreendeu. Em cada uma das paradas, Tasya tinha mostrado entusiasta
com os arredores, interessada sem se importar as vezes que os tinha visitado. Talvez a
tensão de procurar o ícone e falhar a estava afetando. Ou depois da última noite, talvez
se sentia incômoda tentando decifrar o que era que ele queria.
E ele o havia dito muitas vezes… Confia em mim.
–Vamos ver se podemos encontrar alguém que nos leve a convento–Rurik posou
sua mão na base de suas costas.
Tasya ajustou a mochila, movendo os ombros como se não fosse capaz de
encontrar uma posição cômoda para as alças.
Bem. Talvez a passada noite a tivesse deixado exausta, provocando dores em cada
nervo e músculo. Talvez cada vez se movesse hoje seus ossos protestassem, ela pensaria
nele e em sua dedicação em lhe dar prazer. Confia em mim.
–Deixa que eu leve– Ele alcançou a mochila. Ela se afastou bruscamente.
–Não, eu a levarei.
E talvez seu plano tinha fracassado. Na noite passada ela se aferrava a ele, rendia-
se para ele, deixava levá-la mais à frente do medo dentro da paixão. talvez agora sua
irritante e compulsiva independência a fazia ter medo… Mas isso estava bem. Ela não
podia fugir, tinha um ícone que encontrar.
–Eu adoro a aparência das pessoas deste lugar. Eu adoro como se comportam
–Quase todas as pessoas ao seu redor tinham o cabelo escuro e duras feições, e se
moviam com determinação, como se tivessem seu próprio destino em suas mãos.
— Recordam a minha mãe…
Ela sufocou um fraco grito, como se a tivesse surpreendido.
–A mim também recordam a minha mãe.
Sua mãe? Tinha falado de sua mãe? Talvez estava começando a confiar nele,
depois de tudo.
Ele escutava com interesse o dialeto. Soava parecido ao russo que seus pais
tinham ensinado, como o português e o espanhol. Mal conseguia entendê-lo, embora o
tentasse duramente.
–Sabe algo do idioma?
–Não! por que deveria?
–Não sei. Ouvi-te falar francês.
—Bastante mal.
–Alemão e japonês com esses turistas.
–Não conheço todos os idiomas que existem OK? Só sou uma repórter gráfica, não
a Torre de Babel.
–OK! Pensava que possivelmente conhecesse algumas palavras em Ruyshvano –
Cara, ela estava irritável. Quando sua mãe e sua irmã ficavam assim, ele e seu irmão se
cuidavam bem de brincar com elas… Sobre algo. A Sindrome Pre Menstrual não era algo
com o que brincar… Bem, exceto ele e seu irmão dizia que seu significado era “Saca um
Par de Malas”7, e o usavam como uma desculpa para correr para as colinas. Ali
acampavam e pescavam, e o sentiam por seu pai, encerrado em casa com duas
mulheres realmente irritadas.
Mas Rurik não podia separar-se de Tasya. Ela não estaria a salvo, e de todas
maneiras… Tampouco queria fazê-lo.
Talvez essa era a razão pela que seu pai ficava em casa em vez de unir-se a seus
filhos para ter um pouco de diversão. Não importava o humor com o que ela estivesse,
ele ainda queria estar ali para Zorana.
Não imaginava por que as pessoas dizia que o amor estava composto por três
partes de glória e uma de sofrimento.
–Deveríamos tentar o escritório de turismo? –Brincou ele.
Ela relaxou e sorriu. Brevemente, mas sorriu.
Ele encontrou um policial que falava inglês, e este lhes indicou para o hotel da
praça. Enquanto caminhavam, Tasya deu um olhar por cima de seu ombro.
Rurik também deu uma olhada.
O policial estava olhando. Para ela.
Ela voltou seu rosto e parecia… inquieta.
–Está tudo bem –disse Rurik– É uma garota muito bonita. Os homens ficam
embevecidos com você todo o tempo. Não tinha se dado conta?
–Tem razão, sou uma garota bonita –ela agarrou as alças da mochila –É só que
este lugar é horripilante.
Rurik deu uma olhada ao seu redor.
–Vinte mil pessoas, agradável e limpo, montões e montões de restaurantes. O que
é o horripilante?
–Nada.
Ele a olhou arqueando as sobrancelhas.
–Sério. Nada.
Ele cedeu o passo na entrada do hotel e entrou atrás dela. Era um lugar
agradável. Pequeno, limpo, e havia uma mulher atrás do balcão.
Era mais ou menos da idade de sua mãe, e sorria como sorri uma mulher quando
vê um homem que gosta.
Bem. Estava perseguindo Tasya tanto, e ela se comportou com tal seriedade, que a
apreciação desta mulher era um bálsamo para seu ego ferido.
–Está se pavoneando –Murmurou Tasya.
–E sou bom nisso –Ele deu uma olhada a placa de identificação da mulher,
mostrou-lhe seu mais encantador sorriso e perguntou.
– Bela, posso alugar aqui um guia?
–Vieram ao lugar adequado –Bela agarrou um formulário, o pôs em um porta
papeis e preparou uma caneta.
– Querem ir a algum lugar em particular, ou gostariam de um tour por nossa
maravilhosa campina?
–Queremos ir ao Convento de Santa María –disse Rurik.
Ela rasgou o papel com a caneta.
–O Convento? OH, mas não ha nada ali acima. Para começar, não era um
convento rico, e Czajkowski o despojoo de tudo o que tinha de valor. O local ao redor não

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Aqui a autora faz um trocadilho tomando as siglas PMS (Pre—Menstrual Syndrom) e seu significado para os irmãos: “Pack my Suitcase”.
tratei que lhe dar o mesmo sentido À frase utilizando as siglas em espanhol.
é atraente. As imagens faz muito tempo que desapareceram, assim como os objetos
sagrados mais interessantes. Permitem-me que lhes proponha Horvat?
–Não —insistiu Rurik– O Convento.
O sorriso de Bela se esfumou. Pôs a caneta no balcão.
–Não posso lhes encontrar um guia para os levar ali.
–por que não? –perguntou Rurik.
Ela os levou para a janela.
–Vê essa colina?
A Rurik parecia mais uma montanha, emergindo por cima da cidade, escarpada e
boscosa, crescendo para o sol, apanhando fibras de nuvens enquanto se formavam
redemoinhos A seu passo.
–As pessoas diz que essa colina traz má sorte. Eu não, é obvio, e sim as pessoas.
Dizem que está encantada. Dizem que não é um lugar para estar de noite, e desde que a
estrada está em tão mal estado, é quase impossível subir até acima e descer em um só
dia. O Convento está nessa montanha. O convento e… –Bela se estremeceu– Essa
montanha não é um lugar agradável.
Tasya aparentemente não podia suportar mais ficar calada.
–Temos que chegar ali —Bela pareceu se dar conta de sua presença pela primeira
vez. Entrecerrando os olhos, considerou Tasya, e então assentiu com a cabeça como se,
pela primeira vez, compreendesse sua resolução.
–É obvio. Os contos são superstições, mas isto é Ruyshvania. É difícil superar a
superstição aqui. Já me entendem.
–Sim –disse Tasya– Sim, entendo-o.
–Permitem-me sugerir um carro de aluguel e um bom mapa?–Bela era a
recepcionista, agente de viagens e a encarregada do aluguel de carros. Tirou um
formulário diferente, o pôs no porta papeis e o passou a Rurik– Ainda fica uma monja
viva lá, mas ouvi que está um pouco louca.
–Uma monja?
–A Irmã María Helvig –Bela moveu a cabeça– Ela se nega a descer e viver na
cidade. Bom, ela viveu ali acima desde que tinha dezoito anos e viu todas as irmãs
morrer ou ser… Bem, elas estão mortas, e ela está sozinha.
–Isso é suficiente para enlouquecer a qualquer –conveio Rurik.
–É inofensiva –lhes assegurou Bela– Igual que a montanha. Estou segura.
Quando Rurik lhe devolveu o formulário preenchidoo, Bela sorriu ampliamente e
ele viu o reflexo de um dente de ouro.
Bela acrescentou.
–Ao menos, nada poderá te fazer mal ali acima.
Embora parecesse mentira, falava só com Tasya.

Capítulo 22

Uma hora depois Rurik e Tasya se encontravam conduzindo por um íngreme e


sinuoso desnível. Quando Rurik olhou para atrás, podia ver Capraru aparecendo e
desaparecendo entre as curvas.
A embreagem estava frouxa, a caixa de mudanças de cinco velocidades chiava
cada vez que trocava de marcha, e o assento do condutor estava no lado errado. Mas
Rurik tinha conduzido por estradas de montanha toda sua vida e esta não guardava
surpresas para ele.
Então por que Tasya se estremecia cada vez que passavam uma curva? Tinha
assustado atravessando a Alemanha até Viena? Tinha conduzido como um maníaco,
sim, mas conduzia um Mercedes, foram pela auto-estrada e não escorregavam as rodas.
Podia gritar. Isso é o que seu pai fazia quando sua mãe se agarrava ao painel, ou
podia tentar distrai-la. Assim disse.
—Parece que Ruyshvania se repôs bem do ditador.
—Sim —seus dentes batiam quando o carro golpeou um buraco.
—Perdão —disse ele– Bela tinha razão. A estrada está em muito mal estado. Mas a
cidade é próspera, eu acredito que poderiam arrumá-la.
—Não se tiverem medo de vir aqui acima.
Apareceram através de uma curva e se encontraram uma bifurcação na estrada.
Fazia um dos lados, a direita, estava pavimentado. O outro caminho era feito de
cascalho. Os dois pareciam acidentados e em mal estado.
Ele avançou para tomar o caminho pavimentado.
Mas Tasya disse.
—Toma o caminho da esquerda.
Ele diminuiu a marcha até que quase parou.
–Bela disse….
—Toma o da esquerda.
—O outro caminho está asfaltado.
—Estou olhando o mapa. Este caminho é mais curto.
Ele se voltou para olhá-la.
Ela queria estar em qualquer lugar menos aqui. Porque a tinha assustado tão
ontem à noite com suas promessas de lealdade e seus pedidos de confiança? Ou era
porque sentia algo sobre este lugar? Uma maldade similar ao frio que tinha sentido no
túmulo funerário?
—OK, faremos a sua maneira —ele posou sua mão em seu joelho.
Ela hesitou, e pusóu sua mão sobre a dele.
–Sim, por favor, façamos a minha maneira.
Talvez ela estava começando a abrandar-se com ele, depois de tudo. Colocando a
marcha, torceu a esquerda.
Para sua surpresa, ela estava certa. Conduziram dez milhas pela má estrada até
que dobraram uma curva…E atravessaram a entrada do Convento de Santa María.
Estacionou e saíram do carro. O convento era antigo e atraente, e poderia ter
captado toda sua atenção.
Mas a vista! Ele tinha vivido toda sua vida nas Cascatas em Washington. Em suas
viagens como piloto e arqueólogo, havia se sentido intimidado por alguns espetáculos
impressionantes.
Mas as montanhas da Ruyshvania pareciam… Antigas. Os topos alternavam a luz
e a escuridão. Sussurravam traição e devoção. E na distância, outra montanha
arranhava o céu, e outra, e outra, até o pálido azul do horizonte.
Quando pôde afastar seu olhar do horizonte, observou os mesmos choques de
suave e duro nesta montanha. Tempestuosas saliencias de pedra perfuravam a
esponjosa grama esmeralda. Aqui e ali, os precipícios rompiam os bosques de coníferas
pela metade. A densa mata cobria a escarpada montanha de verde, e abaixo dela, podia
ver os fortes ramos e os largos espinhos que repeliam aos invasores.
Ele se voltou para encontrar-se de cara com o convento.
Pedra a pedra, os muros tinham sido levantados, e os pedreiros tinham criado
filigranas e gárgulas. Acima, no alto do claustro, as cruzes exploravam o céu azul. A
capela era antiga, era a edificação mais velha e pequena do lugar, com janelas de
vidraças e uma formosa porta esculpida com as figuras dos Santos. assim como a
montanha era primitiva, o convento desprendia santidade.
Este lugar possuía contradições, e escondia segredos. Isso sabia sem dúvida
nenhuma.
Uma pequena mulher vestida de branco e negro se aproximava do claustro.
A Irmã María Helvig.
Um par de óculos de fundo de garrafa aumentavam seus azuis olhos e suas
pálidas pestanas. Sua touca envolvia em seu queixo, e sua pele alhada e ligeiramente
enrugada cobria o rígida borda. Um sorriso se iluminou em seu rosto enquanto corria
para a Tasya, com os braços estendidos.
Tasya deu um pequeno pulo, um movimento tão rápido que só ele o reconheceu
como reticência e depois sorriu, e aceitou a bem-vinda da monja.
A Irmã María Helvig agarrou as mãos de Tasya, as beijou com entusiasmo e em
um inglês com um marcado acento, disse.
—Estava esperando que viesse!
Ele plantou com os braços cruzados diante da monja. Ela se aproximou, com os
braços abertos, o pôs seus braços na costas e fez uma reverência.
–É uma honra conhecê-la, Irmã.
A Irmã María Helvig parou em seco e sorriu.
–É obvio. Deveria ter te reconhecido! Ele me falou de você!
—Quem lhe falou de mim?— Perguntou Rurik bruscamente.
A Irmã María Helvig assinalou ao céu.
–Ele o fez.
O semblante de Rurik se suavizou. Sorriu e, como um menino pequeno em uma
escola católica, sob o olhar.
—Ele te disse o que aconteceria?
—Não sabe, mas espera que tome as decisões corretas.
Rurik elevou o olhar, e seu sorriso tinha desaparecido.
–Eu também espero.
A Irmã María Helvig desenhou uma cruz no ar sobre sua cabeça.
–Estive tão só aqui desde que as outras irmãs morreram. Estou tão contente de
que tenham vindo me visitar… Têm a chave?
Tasya olhava fixamente a boa irmã.
—Como temos a chave? Do que?
—Sinto muito—a irmã parecia confusa— Disseram que alguém viria pelo ícone —
Ruirk e Tasya ficaram tensos e se olharam fixamente.
—O ícone? Você sabe onde está o ícone?
—Não, mas está aqui. Isso diz a lenda.
—Que lenda?
A Irmã María Helvig colocou as mãos dentro de suas mangas.
–Faz quase mil anos, um grande rei do oeste recebeu um tributo de um líder
militar ao que tinha vencido. O presente trazia poder ao que o possuísse, ou isso disse o
lorde. Mas o lorde odiava seu vencedor, e se tratava de um truque cruel. Como o
presente era um objeto sagrado, um quadro da Virgem e seu filho, se um homem
possuía o ícone e não tinha bondade em seu coração, a má sorte o perseguiria para
sempre.
O coração de Rurik começou a pulsar intensamente enquanto escutava. Este era o
lugar. Sabia.
A Irmã María Helvig continuou.
–O lorde murchou e morreu, rindo se da armadilha que tinha estendido seu
vassalo, e o poder do rei logo falhou. Encontrou-se sem ajuda diante seus inimigos, e
sem amigos. Então enviou aqui o ícone para pô-lo a bom arrecado e após o guardamos
aqui.
—Que aspecto tem? —perguntou Rurik.
—Não sei. Nunca o vi —respondeu com um doce sorriso.
—Onde está guardado? —perguntou Tasya.
—Não sei. Ninguém sabe.
—Então não sabe se tem o ícone? —Rurik procurou esconder sua frustração sob a
lógica.
A Irmã María Helvig riu, uma fraca e irônica risada, que não encaixava com seus
traços gordinhos.
–É obvio que o temos. Não é assim, Irmãs? —ela se voltou para um lado e ficou
olhando fixamente para a porta da igreja.
Rurik também se virou, esperando ver… Alguém. mais de um alguém. Não a
ninguém. Não o vazio. A Irmã María Helvig assentiu, como se as invisíveis irmãs
estivessem de acordo com ela.
—Onde mais poderia estar? Este é o lugar mais santo de Ruyshvarua, talvez
inclusive de todo o império.
—O império? —Rurik franziu o cenho.
—Acredito que fala do Santo Império Romano —disse Tasya.
—É obvio, Venham, me deixem que lhes mostre algo —a Irmã María Helvig poderia
parecer anciã, mas andava como se fosse uma mulher muito mais jovem, direto colina
acima. Rurik e Tasya se apressaram a segui-la pelo estreito caminho.
O caminho atravessava um pequeno bosque, e quando voltaram a sair a luz do
sol, encontraram-se de cara a um escarpado que se elevava por cima deles e caía
bruscamente a seus pés, cortando a montanha em dois ou talvez unindo dois picos em
um.
Como se não tivesse nenhum medo, a Irmã María Helvig andou pelo estreito
caminho que se deslizava bordeando o precipício.
Tasya parou diante o escarpado e olhou atentamente da borda. A queda era de
uns mil metros indo parar diretamente a uns afiados penhascos. Ela recuou.
–Rurik, não tenho medo da alturas. eu adoro voar. Você sabe —ele sorriu diante
sua tensão.
–Claro que sei.
—Piloto meu ultraleve até qualquer parte —assinalou ela para cima, e depois para
baixo–Mas um passo em falso neste precipício, e não poderei voar; cairei-me em picado.
—Tem razão.
—Mas que se supõe que devo fazer quando uma monja anciã parece estar dando
um passeio pelo escarpado? dizer que tenho medo?
—Ela é muito agradável. Seguro que o compreende —Rurik não teve que esperar
muito para saber o que Tasya diria. E faria.
—Não seja idiota —Tasya deu o primeiro passo através do precipício.
Rurik foi atrás dela.
–Não o posso evitar. Forma parte de minha natureza. Minha mãe me dizia isso.
O caminho parecia como se tivesse sido talhado pela mão de Deus através da
rocha, e como se em algum outro tempo tivesse sido plano e reto. Anos de geadas e
degelos, fortes chuvas e montanhas de neve o tinham mudado, desfiando-o como um
velho laço. A rocha se fazia migalhas sob seus pés, e aqui e ali havia gretas que
seccionavam o caminho completamente e os fazia ter que saltar até o seguinte nível.
Diante deles, a Irmã María Helvig saltava como uma cabra montesa de cabide em
cabide, abrindo passo para frente e girando-se para chamá-los.
—Vamos rapido! Se forem tão lentos, ficaremos apanhados lái ao anoitecer.
—Lái onde? —perguntou Rurik.
Tasya não respondeu. limitou-se a saltar pelo seguinte abismo, e ficou petrificada
quando uma capa de rochas despenhou montanha abaixo atrás dela. Apoiando suas
costas contra o escarpado, olhou a Rurik.
—Pode fazê-lo?
Ele saltou, e caiu junto a ela.
–Não se preocupe por mim. Se tiver que fazê-lo, posso voar —pressionou seu corpo
junto ao dela, e a beijou.
– Não tenha medo —sussurrou–Depois de tudo o que passamos, não acredito que
nosso final seja nos despenhar para a morte.
Tasya colocou suas mãos em sua camisa, seus olhos azuis se esquentavam com
seu abraço.
–Talvez Deus não goste de um sabichão.
—Se Deus não gostar, é por uma razão melhor que essa —Agarrou sua mão
–Vamos. Eu te levarei —pensou que o permitisse, era uma amostra de seu
desconforto. Cada vez que chegavam a um lugar onde o caminho se abria em um abismo
ele saltava, depois agarrava a mão dela enquanto ela fazia o mesmo, e ria de si mesmo
por sentir-se tão forte e protetor quando sabia muito bem que se deixava fazê-lo se por
acaso mesma, poderia saltar sem fazer nenhum dano.
Chegaram ao outro lado para encontrar-se a Irmã María Helvig de pé, com o olhar
perdido no horizonte.
Era espetacular. Esta parte da montanha proporcionava uma vista diferente, uma
que se estendia por quilômetros em três direções. Tinha vistas da união de dois rios, de
duas estradas e uma série de colinas que desapareciam até tocar o horizonte.
—Não tinha nem idéia de que este país fosse tão maravilhoso —disse Rurik.
A Irmã María Helvig sorriu.
–Este lugar foi o primeiro na Ruyshvania em ser considerado sagrado. Mas eram
os pagãos os que rendiam culto aqui —Fez um gesto para o topo da colina e ali estava,
um altar de pedra de granito esculpido, de oito metros de largura e quatro de fundo,
equilibrado por uns rechonchos pilares que elevavam o monumento da terra e o
apresentavam ao céu.
Rurik reconheceu a pedra. Estava relacionada com os menhires e as pedras
verticais que salpicavam a Europa e Grã-Bretanha, pedras colocadas faz quatro mil anos
pelos milagres da engenharia dos homens primitivos.
—A igreja chegou a Ruyshvania muito em breve —Contou a Irmã María Helvig —
Pelo menos no terceiro século, e nenhum de seus esforços pode arrancar a pedra. Assim
tomaram a outra parte da montanha como sua propriedade. Sempre existiu um lugar
consagrado a nosso Senhor na outra metade da montanha, enquanto este lugar rende
culto silenciosamente a natureza, e juntos vivemos em paz.
—Não imagino por que os pagãos decidiram que este lugar era sagrado —disse
Rurik
—Isto é só parte do motivo —a Irmã lhe agarrou da manga, só da manga, não do
braço, e o levou a uma saliencia rochosa marcada com um erodido e queimado tronco de
uma velha grande árvore.
No meio do montão de rochas, ele viu um fossa, negra e impenetrável.
Tasya não o tinha seguido, e ele a chamou.
—Olhe! Uma cova! —Ela fico parada olhando para o topo da montanha e agitou a
cabeça.
–Uma entrada ao inframundo. Diz-se que este é o caminho para o inferno —como
se tivesse sido empurrada, a Irmã María cambaleava de um lado a outro.
– OH, esta bem, Irmana Teresa! Contarei-lhes a outra história. Não faz falta ser tão
resmungona —Com um gesto de martírio, acrescentou– Também se diz que se trata de
uma rota de escapamento secreta que usava a família real da Ruyshvania em caso de
emergência. Dizem que passa por debaixo da montanha e sai pelo outro lado, na
Hungria. Mas a história sobre a entrada ao inferno é muito mais chamativa, Não é?
Rurik gostava da Irmã María. Gostava de sua infantil exuberância, sua negativa a
julgar e condenar a quão pagãos rendiam culto aqui faz tanto tempo.
–É muito emocionante, Irmã. Onde vive a família real? —Os dimitrus estão todos
mortos agora. Ou isso é o que a gente diz. Mas eles viviam bem ali acima— A Irmã María
Helvig assinalou para o topo da montanha.
Os instintos dele se agitaram.
—O que lhes aconteceu?
—Foram assassinados. Faz vinte e cinco anos, a noite brilhava com o fogo e se
rasgava com os gritos.
Rurik olhava atentamente a Irmã, que falava suavemente, recordando. Também
olhou atentamente para Tasya, que seguia com o olhar perdido no topo da montanha,
com seu normalmente animado semblante sem expressão.
—As irmãs dizem que diga isso, esta árvore era velha, alta, verde, o símbolo da
família real. Eles também o queimaram e, essa noite, toda Ruyshvania chorou —a Irmã
María Helvig se benzeu, e seus lábios se moveram silenciosamente.
Tasya a ouviu e voltou a cabeça.
–Melhor voltarmos.
Mas o tinha que assegurar-se.
–Tasya, olhe essa cova. Quando estivermos preparados eu gostaria de fazer um
mapa. Está aqui?
Tasya olhava ao buraco que se abria no chão, e então, como se a tivesse
apanhado, fico olhando sem pestanejar.
–Essa cova não leva ao inferno, e não entrarei nela seja qual seja o perigo ou a
recompensa —O olhou, seu firme queixo e seus azuis olhos pareciam pedaços do céu no
inverno–Estive nessa cova antes. Eu sou parte da família real. Escapei através das
covas. Sou a última sobrevivente dos Dimitru na terra, e agora já sabe todos meus
segredos… E tem minha vida em suas mãos.

Capítulo 23

—As irmãs sugerem que gostarão de uma viagem a abadia.


A irmã María Helvig estava em pé diante do claustro, tão alegre como sempre,
justo como se os três não tivessem feito uma viagem A velhas e más lembranças do
passado.
—É obvio. Se o ícone estiver aqui, tem que haver algum modo de descobrir onde.
Rurik parecia absolutamente crédulo, um homem que provavelmente nunca tinha
ouvido gritos ou cheirado o fedor da carne queimada, e quem pensava que o inferno
estava depois da morte.
A irmã María Helvig elevou uma mão, e inclinação sua cabeça como se estivesse
escutando À audiência.
Então disse:
—O tempo se acabava.
Tasya olhou ao sol. Este estava descendo para o oeste, e ela não queria
permanecer sobre esta montanha quando anoitecesse.
—As irmãs sugerem que você, jovem, olhe pelos arredores e nas dependências.
A irmã María Helvig tomou a mão de Tasya.
—Esta jovem e eu olharemos na capela.
Rurik pôs uma expressão graciosa sobre seu rosto, parecia aliviado e nada
surpreso.
—Bom plano.
Tasya se alegrou de ver suas costas. Agora mesmo, ela estava ressentida com ele e
sua família em Washington e sua clara consciência e confiança em si mesmo, ela mal
podia olhá-lo.
Fizeram uma pausa na entrada da capela. Esta era estreita e alta, com altas
janelas pintados sobre as paredes, e rotas bancas de igreja pulverizadas entre as
inteiras. Tecidos de aranha adornavam o teto e penduravam dos candelabros, mas o
altar estava impecável; o pano do altar estava bordado com fio de ouro, limpo, branco, e
tão fino, tão velho. A Irmã María Helvig fez o sinal da cruz com a água bendita da fonte,
depois banhou seus dedos outra vez e gravou com a água uma cruz sobre a frente da
Tasya.
—É melhor se eu o fizer —Disse ela.
—Você está muito zangada com Deus para fazê-lo.
Era certo— mas como sabia a Irmã María Helvig
—Eu sempre pensei que o ícone deveria estar aqui.
Conduziu a Tasya pelo isolado corredor para o fronte.
—Os jovens sempre obtêm toda a diversão, e pensei que seria agradável se pelo
contrário a obtivera uma de nossas moças. Você a encontrará.
— Alguma idéia de onde olhar?
— Tenho muitas idéias!
A irmã María Helvig juntou suas mãos.
—Pensei...O que?
Ela olhou para alguém invisível ao lado dela.
— O que? –perguntou Tasya.
A Irmã María Helvig suspirou pesadamente.
—A irmã Catalina insiste em que não posso ajudá-la.
Tasya mordeu seu lábio. Este não era o momento ou o lugar para dizer,
“palavrões”, tampouco a Irmã María Helvig era a pessoa a quem ela poderia dizer. Mas
na verdade queria fazê-lo.
Enquanto a Irmã María Helvig olhava, Tasya caminho ao altar e observou o piso,
as paredes, o teto. Percorreu de um lado a outro o primeiro corredor ao lado, depois o
outro. A capela estava construída com velhas pedras e madeira que parecia a ponto de
cair, e se em certa época houve uma flecha ou um sinal do ícone aqui tinha
desaparecido para tempo.
—Talvez se sentasse e pensasse nisso —Sugeriu a monja.
Tasya suspeitou que sua sugestão não era nada mais que uma tentativa de lhe
fazer passar tempo na contemplação religiosa, mas só não estava chegando a nenhum
lado. A velha educação não podia ser negada; Tasya se ajoelhou em um dos bancos
próximos ao altar.
—Se me necessitar, me chame.
A irmã María Helvig se dirigiu a parte traseira da capela, seu hábito sussurrava
suavemente ao se mover.
Tasya suspirou e olhou ao redor. Ela tinha estado aqui antes, uma menina
olhando sobre uma fileira de monjas.... Deslizou seus olhos entrecerrados pelo lugar.
Ela existiu nesse estado entre o despertar e o dormir, quando nada tinha
sentido... E tudo era possível. Sua mente flutuo livre de seu corpo. Viu a si mesma aí
abaixo, pobre coisa, caiu esgotada no banco da igreja. Suas mãos descansaram com as
palmas em cima de seu colo. Seu queixo apoiado em seu peito. Seus olhos fechados.
Viu uma árvore, seus ramos elevando-se até o céu, suas folhas com verde
serenidade e carregadas de promessas. Ouviu a voz de um homem.... Tasya, pequena,
enquanto viva, este carvalho nunca morrerá.
Mas o carvalho morreu. Morreu em uma morte ardente.
Ela vivia. Ela vivia para a vingança, e para que sua vingança fosse completa ela
necessitava o ícone.
Estava perto. Tão perto.
A luz de sua consciência se estendeu em todas direções, procurando a chave, e a
fechadura onde colocá-la.
Uma força levou a luz para o altar.
Isto tinha sentido, mas Tasya tinha examinado tudo na capela...Mais ainda a luz
se afundou, e afundou, no piso e nas gretas entre as pedras onde parte do morteiro caiu
no pó.
Alguém estava enterrado sob o altar.
Certamente.
As aventuras de Rurik e Tasya tinham começado em uma tumba na Escócia. Isto
acabaria em uma tumba na Ruyshvania.
A luz encontrou um cofre de tesouros, similar ao de Escócia
E a luz se bateu ali. Esperando.
Não tenho uma chave! Tasya flutuou na capela, os braços estendidos. Não posso
usar o que não tenho!
E de repente, ela estava novamente acordada e sobre seus pés.
Ela também tinha a chave.
Segura pela primeira vez em toda desta viagem, pinçou em sua mochila. Arrastou-
a pelo chão ao seus pés. Colocou-a sobre o banco. Desabotoando o compartimento
principal.
A chave não estava lá. Não estava no compartimento de lado. Não estava no
estúpido pequeno compartimento para o telefone celular, ou o que era para os cartões de
crédito, ou no bolso do Velcro para as canetas. Não estava na bolsa de rede com ziper
para guardar a muda de roupa, ou o acolchonado compartimento do computador.
Frustrada, tirou-se o cabelo da testa. Alguém o tinha roubado.
—Não —Sussurrou.
Tem que estar aqui. Ela perdia coisas todo o tempo.
Revisou atenta o interior da mochila. Os lados... E no bolso da garrafa de água,
encontrou a forma que tinha estado procurando. A de uma larga e oxidada lâmina de
aço.
Mas isto não era uma lâmina de aço.
Através de toda a Europa, o artefato tinha estado repicando naquele bolso exterior
de sua mochila. Esta tinha dado um golpe contra o marco de uma porta, caindo no
chão, sido armazenada nas caixas de acima no fundo das pilhas de bagagem. Quando
ela abriu o bolso, as folhinhas de oxido, grandes e pequenas ressonaram em resposta a
abertura do ziper, e quando ela investigou dentro, sua mão saiu vermelha de oxido—E
sustentava uma chave.
Os dentes eram agora claramente visíveis sob a casca formada por mil anos de
permanecer oculta na terra da Ilha de Roi.
—Encontrou?
Ela virou para ver a Irmã María Helvig sentada no banco de igreja atrás dela. A
velha monja ria, como sempre, e cabeceava.
—Sim. Eu a tive todo o tempo—Tasya a mostrou.
—Certamente que o fez.
—E sei onde está o ícone.
O olhar da irmã María Helvig trocou o chão de pedra no altar.
Então a boa irmã sempre soube a localização do ícone.
— Tomará o ícone? –perguntou.
— Certamente! Isto é o que vim fazer aqui.
Tasya saiu do banco.
— Por sua vingança?
Tasya parou.
—Como você sabia disto?
—Eu vejo minhas irmãs ao redor de mim. Elas esperam por mim para nos reunir.
Ela parecia tão convencida, Tasya girou, meio esperando ver uma linha de monjas
vestidas em branco e negro, sentadas nos bancos.
—Mas não estou louca.
A irmã María Helvig girou para um lado e falou a... Ninguém.
—Sou eu?
Talvez ela não estava louca ou senil. Talvez ela via coisas que ninguém mais via,
mas estavam aqui. Talvez ela sabia coisas que ninguém mais sabia.... Tasya se
aproximou do banco da irmã, agarrando-se com força na borda.
—Terei êxito?
A irmã María Helvig empurrou seus óculos em cima de seu nariz, e olhou
solenemente a Tasya.
—Não entende nada absolutamente. Está implicada em uma grande batalha. O
bem e mau estão em jogo, e as ações de cada pessoa, não importa quão pequenas, farão
toda a diferença.
Tasya esperou por mais. Mais esclarecimento, mais especificações, mais algo.
Mas a monja colocou suas mãos em suas mangas e inclinou sua cabeça, e Tasya
não pôde dizer se ela estava rezando ou dormindo.
—Bem, então.
Tasya se aproximou do altar. Com cuidado, colocou a chave sobre o corrimão e se
ajoelhou sobre o granito.
Como tinha visto em sua visão, a argamassa há tempo se foi. As pedras estavam
frouxas. Pedras grandes, da longitude e largura de seu antebraço, alinhadas por
professores pedreiros e alisadas por gerações de fiéis. Com seus dedos, ela escavou sobre
o que estava em cima.
Sujeira... e ossos. Ossos limpos pelo tempo.
Tinha dado com o lugar correto.
Ela escavou em cima de outra pedra, e outra. Uma de suas unhas se curvou para
trás rapidamente, e conteve uma maldição.
Não aqui. Não com a Irmã María Helvig escutando.
Os ossos eram velhos, cobertos de fragmentos de uma mortalha de lã marrom
escura pelo comprido contato com a terra. O homem, quando tinha estado vivo, tinha
sido alto e amplo. Seu fêmur era comprido e grosso; os ossos de seu quadril eram
robustos. Alguém tinha cruzado suas mãos sobre seu peito. Os ossos do dedo estavam
dispersados entre suas costelas, um ainda levava o anel de ouro maciço.
Tasya fez uma pausa, decepcionada e ofegando. Ela tinha pensado que ele poderia
sustentar o cofre.
—Continua olhando.
A voz da Irmã María Helvig flutuou fracamente dos bancos. E depois, tão
fracamente que quase Tasya não a ouviu, disse:
—Já não há tempo.
Tasya olhou ao redor.
—Não tempo para que?
A monja não respondeu, mas permaneceu sentada com a cabeça inclinada.
A pedra sobre a cabeça do rei era de dezoito centímetros de espessura e a metade
da altura deTasya, e provavelmente pesava meia tonelada. Brevemente considerou
chamar Rurik por ajuda, mas tinha visto sua relutância para entrar na capela. É obvio
que não o chamaria, tampouco rezaria pela ajuda de um deus em quem tinha perdido a
fé fazia tantos anos. Pelo contrário, fez o que sempre fazia, depender de se mesma.
Dizendo —Sustente-se, Irmã, isto vai ser ruidoso—Usou as rochas dos lados da tumba
como um firme apoio para seus pés.
Escorregando suas mãos abaixo das bordas da grande lápide mortuária, esforçou-
se para elevar um extremo. O outro permanecia assegurado na terra firmemente. Os
músculos em seus braços e estômago gritaram sob a tensão, entretanto devagar,
devagar o monumento começou a mover-se. Quase tinha chegado Na metade do
caminho.....Quase ali...Quase....Ia deixá-lo cair. Tinha que deixá-lo cair. Tinha o que!
Olhou abaixo para o corpo, esperando ver o cofre.
Pelo contrário o crânio do rei sorriu abertamente para ela, zombando de seus
esforços.
Em uma onda de fúria, empurrou a lápide para fora.
Com um golpe poderoso, a apide caiu sobre a larga superfície do chão, e se
rompeu em dois.
Ela resistiu a palpitação, afastando a vista daquele crânio que sorria com
satisfação.
—Olhe isto—Disse.
Em cima de sua cabeça coroada, viu um brilho quadrado de oito centimetros de
ouro.
O cofre.
—Está aqui —Chamou— Irmã, o cofre está aqui!
Com cuidado de não perturbar os ossos, ajoelhou-se e tirou a sujeira. Sim. O
trabalho sobre a tampa era similar ao daquele cofre na Escócia. Impossível, mas de
algum modo este cofre tinha viajado através de uma ilha, aravés de um mar, através de
um continente, terminando aqui em uma tumba real em um velho e honorável convento.
Olhou ao redor por algo com que cavar, mas o altar estava nu, e de qualquer
modo, ela poderia não ter perdoado a Deus por permitir a morte de seus pais, mas isso
não significava que usaria algo da igreja como uma pá.
—Irmã, está segura de que o ícone está dentro?
A irmã María Helvig não respondeu, mas isso não surpreendeu a Tasya. Logo
depois dos criticos comentários da irmã. Porque daria agora a Tasya as respostas que
procurava?
Com uma impaciência que não dava lugar ao medo ou o chateio, Tasya escavo ao
redor do cofre com seus dedos.
Mais de vez olhou ansiosamente a chave esperando na borda …Mas não. Ela não
se atreveu A usá-la na apertada sujeira. Se tinha debilitado o eixo, e ela rompia a chave
...Mil anos, e Tasya Hunnicutt faria voar o sistema inteiro rompendo a chave enquanto
escavava para tirar o cofre. O pensamento a fez estremecer.
Por fim o cofre se liberou em seu afeto, e gradualmente ela conseguiu movê-lo
pouco a pouco fora do buraco. Sustentou-o em suas mãos, maravilhada com o trabalho.
Quis agitar a caixa, como um menino com sua presente de aniversário, e tentar
descobrir pelo som e o peso se seu desejo tinha sido concedido.
Envolveu-o em seus braços, e se perguntou qual era seu conteúdo. Durante um
momento, fechou seus olhos e sustentou a caixa de ouro encravado e martelado em seus
braços.
Estaria o ícone aqui? Tinha encontrado sua prova por fim? Estava sua vingança
somente a volta de uma chave?
Alcançou a chave. Deixou-a cair. Esta golpeou a pedra com um som metálico.
Seu coração golpeava com força.
Apenas se atreveu a olhar. Quando o fez, viu os diminutos fragmentos de óxido
pulverizados pelo chão. Mas a chave permaneceu em uma peça.
—Está bem, Irmã —disse— Não acoteceu nada.
Com a aba de sua camisa, esfregou a chave, limpando os dentes, sabendo que
entre a sujeira na fechadura e a corrupção no metal, poderia necessitar uma equipe de
peritos para abrir o cofre, e isto era se sua visão fosse correta, e a chave emparelhava
com a fechadura. Não tinha nenhuma chance de que funcionasse, mas tinha que tentá-
lo.
Colocando o cofre no chão, inseriu a chave na fechadura. Em seguida, desta bateu
com algo. Liberou a chave, limpou-a outra vez, as manchas nunca sairiam, mas
sacrificou a camisa com muito gosto, e tentou outra vez.
Isto ainda pegava.
Recolhendo o cofre, girou-o para que a fechadura ficasse de cara ao chão. Tomou
fôlego, sabia bem como fazer isto, e com cuidado bateu com sua mão no fundo.
Um diminuto, calhau denteado bateu no chão.
Desta vez, a chave entrou. Girou-a.
A fechadura pulsou.
Seu coração golpeou em seu peito. Ofegou como se tivesse estado correndo.
Abriu a tampa.
Pela primeira vez em quase mil anos, olhos humanos olharam o ícone da Virgem
María.
E a Virgem María retornou o olhar.
A cor de cereja de sua capa era tão rico, profundo e resplandecente que brilhava, e
o halo de ouro ao redor de sua cabeça resplandecia na luz variável. Seu rosto era pálido
e de todos os modos, seus olhos escuros eram grandes e dolorosos, e uma lágrima
percorria sua bochecha. Já que em seu colo, esta Virgem sustentava a Jesus crucificado.
As lágrimas se aglomeraram nos olhos da Tasya, também, e uma salpicou sobre o
ícone. Apressadamente, ela o apagou e tratou de dizer que ela chorava porque este era
seu momento de triunfo que tanto queria.
Mas incluso no podia se convencer.
Os olhos tristes e ternos da Virgem contavam a história. Isto, a Virgem era uma
mulher que tinha perdido seu filho. Ela era uma mulher que tinha padecido o sofrimento
incalculável. E em seu rosto, Tasya viu sua própria mãe.
Tasya recordou as chamas que saltavam para cima, devorando as cortinas, as
paredes. Recordou o grito dos serventes. Viu a tortura de sua mãe novamente quando
beijou a sua pequena, disse adeus e a enviou longe.
Tasya tinha gritado e chorado, é obvio, mas não tinha entendido.
Agora o fazia, e as profundidades de sua angústia se fizeram mais profundas.
Sua mãe a tinha deixado ir, não sabia se sua filha morreria, mas efetivamente seu
próprio tempo tinha chegado... E que elas nunca poderiam voltar a ver-se uma a outra
vez.
A dor desse momento, quando o laço entre a mãe e filha tinha sido brutalmente
cortado, nunca poderia suavizar-se.
Tasya soluçou uma vez, um som brutalmente forte, áspero que ecoou através da
capela.
Outros soluços se apertaram em seu peito, mas ela os agüentou.
Não podia chorar. Ela nunca o fazia. Não tinha tempo.
A Irmã María Helvig havia dito que o tempo se acabava, e Tasya sabia que era
verdade. Era o tempo mais comprido que ela e Rurik ficavam em um lugar, o mais
provável era que os Varinskis os encontrariam. Se ela obtinha este ícone para o National
Antiquities, eles teriam que sair antes do anoitecer, enquanto ainda pudessem dirigir
pela estrada até o Capraru, e tomar um trem fora dali.
Ficou em pé e sacudiu sua roupa.
—Já o tenho, Irmã. Estava desde o começo aqui.
O sol que baixava através das janelas do oeste brilhou na figura da Irmã María
Helvig.
—Quer vê-lo?
Tasya se apressou corredor abaixo.
—Está formoso, Irmã, e tão antigo e triste. O artista era um professor, e—
parou e olhou fixamente na monja.
—Irmã?
A Irmã María Helvig caiu para frente e deslizou.
—Irmã!
Tasya deslizou o ícone no bolso dianteiro de seu jeans. ajoelhou-se ao lado da
anciã e examinou seu rosto.
Seus olhos estavam fechados, sua expressão serena.
A Irmã María Helvig estava morta.

Capítulo 24
Rurik passou em frente da capela. Trocou de ombro sua mochila. Desabotoou seu
duster8 e assegurou sua pistola a um lado, uma faca do outro, e a espada oculta em sua
manga. Verificou seu relógio. Eram as três da tarde. Tinha esperado muito e seguiria
esperando. Tinha explorado o exterior, observando nos edifícios de fora, o cemitério, e
inclusive o claustro, mas não encontrou sinal alguma do ícone. Ou não estava aqui ou
estava na capela.
Não era de figurar o único lugar onde ele não poderia ir.
Não tinha visto sinal de Tasya ou da Irmã María Helvig, e seu sentido de urgência
estava crescendo. Ele e Tasya e a Irmã María Helvig, se ele pudesse convencê-la,
precisavam localizar o ícone ou deixar o convento, ou ambos. Já tinham estado aqui
muito tempo.
Enquanto caminhava para a porta da capela, cheirou o aroma da morte. Captou
toda a cena em um momento, a velha monja caida em seu assento, Tasya ajoelhada no
corredor a seu lado, cabeça encurvada.
—Tasya.
Rurik ficou onde estava, sem atrever-se a entrar. Ela o buscou.
Ele esperava vê-la chorar. Pelo contrário seu rosto estava pálido, composto, e sem
lágrimas e a dor que projetava se dirigiu corredor abaixo para ele.
Tinha dado três passos quando o silêncio o golpeou. A capela estava esperando
por uma decisão. Parou e esperou também.
Mas nada aconteceu. O ar não queimou seus pulmões; o chão não queimou seus
pés. Ele seguia sendo um homem e não tinha estalado em chamas. Começou a avançar
de novo.
—Ela está morta.
Tasya pôs a mão da Irmã María Helvig sobre seu colo.
—Devemos tirá-la pô-la fora e chamar o coveiro para que venha e cuide dela.
—Certamente devemos chamar o coveiro, mas ela estava pronta para isto. Eu
encontrei o cemitério. Sua tumba está escavada. O caixão está esperando. E nós temos
que enterrá-la agora.
Cautamente, ele tocou a mão da monja. Nada. Nem sequer um zumbido.
—Ela não teve os últimos ritos. Seu corpo precisa ser lavado. Tem que ter uma
cerimônia apropriada!
—Eles podem exumá-la e fazer o que for correto, mas nós não podemos deixar seu
corpo para que os animais selvagens o encontrem.
—O que quer dizer?
Ele elevou a monja em seus braços e se dirigiu para a porta.
—Os Varinskis estão aproximando-se de nós. Temos que sair daqui.
Tinha que dar crédito a Tasya. Não perguntou como sábia. Não discutiu seu
argumento. Simplesmente se uniu a ele enquanto caminhava corredor abaixo, o corpo
da Irmã María Helvig flácido em seus braços. Saíram da capela e se dirigiram para o
cemitério localizado atrás da capela nas sombras de uma grande árvore velha.
Rurik pôs À Irmã María Helvig no singelo caixão de madeira que esperava por ela.
Tasya colocou suas mãos em cima de seu peito, ordenou sua touca e sua túnica, e pôs o
crucifixo sobre de seu coração. A tumba tinha sido escovada recentemente, o caixão
estava limpo e seco e descansando nas cordas, e uma pá estava esperando; a Irmã María
Helvig tinha sabido a hora de sua morte. Rurik suspeitou que ela tinha sabido quem era
ele, também, e que agora estavam vindo por eles.
Esta era a verdadeira razão pela que ele queria enterrá-la profundamente. Se
pudessem, os Varinskis profanariam seu corpo.

8
Espécie de sobretudo comprido e ligeiro, gasto especialmente. Nos primeiros dias dos automóveis abertos se utilizava
para proteger a roupa do pó do caminho
—Bem.
Tasya recuaou e o ajudou a pôr a tampa no caixão.
Juntos, tomaram as cordas. O caixão era pesado, mas uma vez mais, Tasya
impressionou a Rurik com sua força e sua determinação ao fazer o que tinha que fazer.
Ela assegurou seus pés e ajudou a baixar lentamente À Irmã María Helvig na terra.
Ele agarrou a pá.
Tasya estava em pé, com a cabeça baixa, suas mãos em seus quadris, ofegando.
—Diga as orações que queira dizer.
Cada instinto estava golpeando.
—Assim que termine, estaremos fora daqui.
Ela assentiu e baixou sua cabeça.
Ele cavou e a observou.
Atrás dela, o sol estava deslizando-se para o oeste. Os raios tingiram de negro e
branquearam o cabelo com ouro e puseram um halo ao redor de sua cabeça. Sua pele
brilhou como a porcelana fina, e com seus olhos fechados, suas pestanas escuras
varreram suas bochechas. Uma ilusão, é obvio; Tasya não era um anjo. Mas ela era uma
boa mulher que tentava fazer o melhor e ajudar aqueles que o necessitavam. Ele não a
merecia. Mas a queria, e o matava que o final pudesse chegar.
Olhou ao redor.
Vêm rapidamente.
Terminou amontoando a terra na tumba. Tasya observava.
Uma das cruzes de pedra no cemitério se quebrou e caiu na terra. Ele apontou
para ela.
—Ponha isso em sua tumba.
Tasya o recolheu. Era pesada e fria em sua mão. Pressionou-a na terra que cobria
À Irmã María Helvig.
—Bem. Vamos.
Recolheu sua mochila e tomou o braço de Tasya.
Ela o seguiu gostosamente. Sentia uma opressiva sensação de perigo. Sua tensão
se comunicou a ela ou talvez ela sentia a aproximação de um Varinski. Tinham
chegado? Estavam aqui?
Ela ainda tinha o ícone em seu bolso.
Tinha que mantê-lo seguro.
—Viu sinais deles?
Sua inquietação cresceu.
—Não.
Ele elevou o olhava para as árvores. Fez uma pausa e escutou.
—Não. Mas rastrear pessoas é o que eles fazem, a surpresa é seu forte, e
demoramos aqui muito—Agarrando seu braço firmemente, começou a avançar com
compridos e desumanos passos, indiferente a seu desconforto. Seu coração começou a
agitar-se, não devido ao passo enérgico, mas sim porque ele parecia austero e
angustiado enquanto eles bordeavam o lado da capela, davam volta a um canto e
encontraram três homens apoiados contra seu automóvel.
Um permanecia em uma postura desajeitada sobre o capô, sacudindo um jogo de
chaves.
Outro vadiando sobre o tronco, com a cabeça inclinada, olhando-os. O último
estava parado junto ao lado mais longínquo, a abertamente com seus braços flexionados
e apoiados sobre o teto. História do West Sede como realizada por cossacos. Ela os
reconheceria em qualquer parte. Tinha visto fotos deles. Tinha-os visto atrasar em seu
jardim. Ela recordou o afogamento, o pressentimento horrível que geravam em suas
vísceras. Varinskis.
Dois tinha cabelo negro. Um deles era rechoncho. Ambos eram jovens
inexperientes com caras ásperas.
O que tinha as chaves era loiro, velho, de quarenta ou cinqüenta, e evidentemente
o chefe.
Mas todos eram altos, fortes músculos, com amplas caras, altas maçãs do rosto, e
queixos fortes. De fato, todos eles se pareciam com Rurik. ficou sem fôlego. Olhou a eles
e o homem que a segurava apertadamente. O homem que a tinha levado a êxtase. O
homem em que confiava. Rurik... Rurik era um deles. Rurik era um Varinski.

Capítulo 25

Rurik nunca fez uma pausa. Ele usou o braço de Tasya para adiantar-se, para
seus parentes.
Para os Varinskis.
Assustada, cravou-se em seco, tropeçou e caiu na sujeira, sobre suas mãos e
joelhos. Em cima do zumbido em seus ouvidos, e o choque e dor quase a fez desmaiar,
ela ouviu Rurik dizer.
—Aqui está ela. A que perderam.
Ela inalou profundamente e elevou a vista para os vândalos.
O que tinha as chaves deixou das sacudir. endireitou-se.
—De que caralho fala?
— O nome Dimitru significa algo para vocês idiotas de merda? –Perguntou Rurik.
Tasya fechou seus olhos. Deixou cair sua cabeça. Lutou com a dor, mas não podia
ocultar a verdade a si mesma.
Rurik tinha quebrado sua confiança. Não, não só sua confiança seu coração.
—Trabalhei no caso Dimitru –Disse o sujeito das chaves.
Rurik a tinha cortejado. Tinha feito apaixonar com cada palavra doce e cada ação
galante.
Tinha trabalhado, e trabalhado muito até convencê-la que ele era o único em
quem podia acreditar—o único ser humano de quem ela poderia depender.
E tinha tido êxito.
—Aquela coisa sobre a terra —Rurik soava frio e desinteressado.
Havia-lhe dito seu segredo mais profundo. Em sua vida, nunca tinha contado a
ninguém mais sobre sua família.
Tinha dado sua confiança a Rurik. Infernos, tinha dado seu coração.
E graças a isso . Então ele poderia trai-la e a seus parentes por... Por que?
—Impossível—disse o sujeito das chaves—Mataram todos as crianças. Nós
queimamos a casa.
—A Babá a levou—Informou Rurik.
—Ele mente.
Esse era outro dos meninos, a voz do sujeito das chaves estava quase livre de seu
acento, pelo contrário a voz deste moço era profunda e muito russa.
—Uma mulher e uma moça de quatro anos escaparam do grande, malvado
Varinskis. Como riria todo mundo se soubesse.
Não podia compreender como Rurik podia mofar-se assim. Quase compadeceu do
sujeito das chaves. Até que o sujeito das chaves chegou até ela e levantou seu queixo.
Ela se sacudiu para liberar-se.
Ele agarrou seu cabelo e a segurou no lugar. Examinou seu rosto e ela examinou o
dele.
Ele tinha que ter perto cinqüenta anos se é que tinha participado da incursão
contra a família Dimitru, ainda estava vivo e forte, com cabelo tão loiro que parecia de
prata, e a cor de seus olhos como sopa de ervilhas secas.
Apertou seu cabelo sem piedade, girando a de um lado para outro. Examinou seus
olhos. Então, mais insultantemente, inclinou sua cabeça para um flanco e se apóio perto
de sua garganta. Sorveu sua pele, depois deslizou sua língua em uma larga, lenta
lambida que começou em sua traquéia e terminou atrás de seu ouvido.
Levantou e se distanciou—Ele tem razão—Disse em um tom plano— Ela é uma
Dimitru.
—Com um gesto aborrecido, limpou sua saliva. Ele riu e usou sua língua em um
gesto de pendurar e lamber no ar, como um cão voltado louco com a raiva.
Ela não se preocupou. Se ia morrer, de qualquer modo.
–Muito em breve vai conhecer-me —Prometeu, e trocou sua atenção a Rurik— O
que lhe devemos por entregá-la? Dinheiro? Jóias? – Jogou as chaves outra vez—Ou
talvez simplesmente que o deixemos viver.
Ela se arrastou a seus pés. Tinha que prestar atenção. Tinha que escutar os
planos que tinham para ela, e se Rurik não os convencia de matá-la imediatamente,
tinha que procurar uma saída.
—Não vai me matar—disse Rurik.— Sou o único com a informação que quer.
— Recorda?
— Que caralho de informação séria essa?
Era o moço moreno e pálido. Rurik levantou suas sobrancelhas ao sujeito das
chaves. O cara das chaves sacudiu a cabeça.
—O que? —perguntou o moço—Esconde algo de nós?
O cara das chaves girou para o moço, e Tasya pôde ter jurado que lhe grunhiu
como um verdadeiro cão. Puro truque.
O cara das chaves disse:
—Não me enfureça, Ilya, ou ficarei com a gatinha para mim.
—A gatinha é minha—disse Rurik—e a manterei comigo até que me canse dela .
—Os Varinskis compartilham —disse Ilya.
—Eu não sou um Varinski—Respondeu Rurik.
—Age como um. Caçou o tesouro. Trouxe uma mulher para comercializar por
nossa boa vontade e te proteger. E, o bônus o cara das chaves a olhou sobre o ombro—
Nunca lhe disse quem é. Ela está em pé ai e ainda não sabe o que pensar. Ou sim?
—Sabe muito bem o que pensar.
Tasya desejuo não fazê-lo. Agora mesmo, a ignorância da verdade teria sido a
sorte.
—É isto um assunto com ela?—O moço moreno pareceu incrédulo.
—Mentiu sobre ser um de nós?
Os Varinskis riram, os três, vândalos e assassinos.
—Não menti sobre isso. Já disse. Não sou um de vocês.
Rurik parecia tranqüilo e no comando.
Tasya recusou afastar-se quando ele caminho para ela.
—Manterei a mulher comigo todo o tempo que deseje, e manterei o tesouro comigo
quando o encontrar.
O tesouro. O ícone, quis dizer. O ícone que estava ainda em seu bolso e ele não
sabia que tinha encontrado.
Ele tomou seu pulso.
—Adoece-me.
Retorceu-se para libertar.
Ele deu a volta e se afastou.
Ela tentou plantar seus calcanhares e evitar que a levasse.
Ele a arrastou atrás dele, usando sua maior corpulência, indiferente a sua luta.
Então, de repente ele a empurrou.
Enquanto tropeçava longe dele, ouviu três golpes duros, e ao tempo que ela girava,
Rurik tinha um dos moços com seu rosto esmagado na terra, seu braço reto e estirado
para trás e seu pulso retorcido.
Não compreendia.... Bem, ela sabia que Rurik era capaz de ganhar uma luta,
certamente. Tola que era, tinha dependido dele para sua segurança. Mas ela não tinha
compreendido exatamente quão mortífero podia ser.
Tinha trabalhado com ele, lutado com ele, viajado com ele, dormido com ele e não
conhecia Rurik Wilder absolutamente.
Cautelosamente passou sua mão sobre o bolso dianteiro de seu jeans. O ícone
estava ainda ali.
Obrigado Deus. Graças a Deus, e a Irmã María Helvig, que Tasya não tinha
pensado em dizer que tinha encontrado o ícone.
Agora ela tinha que procurar a forma de esconder o ícone ou ao menos pô-lo em
algum lugar um pouco menos óbvio.
Rurik colocou seu pé calçado em meio as costas do menino.
— Como se chama?
—Sergei.
Tasya Olhou ao redor. Os outros olhavam atentamente a Rurik.
— Ninguém te ensinou nada sobre fazer uma manobra imbecil? –perguntou Rurik.
—Sim.
Rurik torceu um pouco mais.
— O que disse?
—Sim, senhor. O Varinskis me ensinaram a manobra imbecil.
Tasya deslizou sua mochila.
— E qual é a manobra imbecil? –Ladrou Rurik como um sargento.
Sergei respondeu como um recruta.
—Isto é quando alguém excuta suas costas para atrair o atacante, mas quando o
faz, ele está preparado e te põe.
Tão silenciosamente como podia, Tasya abriu pouco a pouco o ziper da mochila.
— O que é o que diz o Varinskis que deveria fazer aos imbecis?
Claramente, Rurik sabia as respostas.
Sergei fez uma larga pausa, uma que durou muito tempo.
—Fica a discrição do ganhador.
Tasya deslizou o ícone de seu bolso e o empurrou nas profundidades da mochila,
e o girou como uma larva em um casulo de roupa.
—Meu pai disse que os imbecis deveriam ser farelos de cereais de sua miséria.
Rurik brincava com o menino.
— Então a pergunta é....Deveria te matar agora ou te dar uma segunda chance?
Ela fechou o ziper da mochila rapidamente. Não estava bem, mas agora mesmo,
isto era o melhor que podia fazer.
—Segunda chance —Disse Sergei.
—O que?
Rurik torceu o braço de Sergei tão forte que Tasya ouviu algo quebrar.
estremeceu e esteve a ponto de vomitar.
—Segunda oportunidade, senhor.
A voz de Sergei chiou.
—Por favor, senhor.
Rurik o deixou ir e se afastou um passo.
—Meu pai mentiu, ou o treinamento já não é o que era em sua época.
O cara loiro não se moveu. Tinha olhado tudo o que acontecia com interesse
evidente.
—Está em treinamento.
—Quanto tem? Dezoito?
—Tenho vinte anos–Expressou Sergei com tom ressentido enquanto segurava o
pulso.
Ela tinha se enganado? Rurik não tinha quebrado um osso? Ou estes caras
estavam tão acostumados que a dor era indiferente?
—Um pássaro, correto?–adivinhou Rurik.
—Um mocho —disse Sergei com orgulho.
—Eles me trouxeram para caçá-lo de noite.
O cara das chaves murmurou uma palavra áspera em russo.
—Então sua visão de dia não é muito boa. Obrigado pelo conselho.
Rurik sacudiu sua cabeça em repugnância.
—Vai ter que fazer melhor que isto, ou a primeira coisa que fará será te matar.
—Poyesh ' govna pechyonovo, —Disse Sergei grosseiramente.
O cara das chaves e Ilya deram um passo adiante, cada um em uma diferente
direção.
—Sim, ele jovem é um idiota e fala muito—Disse o cara das chaves—Mas,
simpático menino Wilder, mostrou muito.
Tasya se deu conta de que eles iam atacar Rurik. Dois assassinos treinados iam
mata-lo e embora ela tentava se armar de coragem contra ele, preocupava-se. Porque
pensava que a protegeria pelo menos um pouco...Mas também porque se importava.
Maldição, não queria fazê-lo, mas o fazia. Rurik permanecia em pé com folga, esperando,
enquanto que os caras o rodeavam. Olhou, segurando o fôlego, esperando o primeiro
murro. Em vez disso, Ilya desapareceu, deixando suas roupas no chão, e em um brilho
de plumas, um imenso pássaro branco e negro tomou seu lugar. Com asas de uma
envergadura dois metros e meio, a águia empreendeu o vôo. Tasya não soube o que fazer
com suas mãos. O que fazer com seus pés. Se gritar ou rezar.
Então Rurik explodiu em uma rajada de plumas e se elevou no ar sobre as asas de
um falcão.
—Não, —sussurrou—Não!
Tinha presenciado o impossível. Alguém a agarrou por trás.
—Sim —Sussurrou Sergei em seu ouvido.
—É verdade. Você está vivendo seu pior pesadelo.
Depois, não soube o que fez. Conhecia os movimentos: Acotovela-o no intestino,
cravou o sapato no peito do pé, retorceu esse pulso machucado. Era um Varinski, mas
devia ter feito efeito, porque estava no chão atrás dela. Talvez não era totalmente
indiferente à dor. Olhou fixamente a pilha de roupa e armas, as roupas e armas de
Rurik, À esquerda no chão. Olhou fixamente os céus enquanto as duas aves de rapina
muito fortes se rodeavam e golpeavam.
Suas garras eram como laminas de barbear. O falcão era menor, mais rápido,
girando para dentro, golpeando, saindo precipitadamente. Mas a águia respondeu cada
movimento com um próprio, cortando profundamente o falcão. Esfaqueou a asa, o peito.
. . . O falcão se moveu em espiral para baixo. Pareceu ter gritado. A águia se abateu para
a presa e justo antes de que golpeasse a terra, o falcão se transformou em um homem,
tomando à águia e rodando, fazendo-a pedacinhos contra o chão com todo o peso de
Rurik sobre ele. A águia agitou suas asas e ficou quieta. Rurik tinha ganho, mas a um
alto preço. Gemia e se retorcia, tentando tranqüilizar sua respiração. Estava nu. Estava
indefeso.
Quando o homem loiro observou o que acontecia, seus olhos começaram a arder.
Tirou sua roupam, Meu Deus, era maior e mais musculoso do que tivesse pensado e
Tasya se deu conta de que iniciava sua transformação. Um lobo. Era um lobo. Seu
focinho cresceu comprido; seus dentes se alargaram; o pálido cabelo sobre sua cabeça
cobria seu rosto, pescoço e costas. Usaria a vantagem do desgaste que tinha produzido
em Rurik a luta com a águia. Agora pensava terminar com o Rurik. Assim Tasya
levantou sua mochila e o golpeou fortemente com ela em seu rosto. Deviam ter sido suas
pesadas botas que penduravam de uma correia as que lhe deram. Ou talvez foi seu
cantil, cheio até a metade de água. Durante uns poucos segundos vitais, bateu na terra
e não se moveu.
Quando o fez, Rurik esteve em pé sobre ele. Sua tatuagem se retorceu sobre seu
braço e seu peito, e o céu azul e vermelho pareceu brilhar ameaçador.
—Logo se fará de noite. Onde está o lugar que usam como acampamento? Tenho a
maldita esperança de que tenha tido o sentido comum de se afastar o suficiente do chão
sagrado.
O cara na terra gemeu e girou sua cabeça.
—Por ali –Assinalou Sergei com o dedo, e sua voz tinha um timbre de respeito que
não tinha escutado antes—Caminho abaixo, cruzando pelas rochas.
Rurik recolheu suas roupas, facas e pistola e os passou a Tasya.
—Segura-os
Olhou-os, depois o olhou, querendo ver sua reação quando ela os limpou lhes
retirando a terra. Até que disse,
—A menos que queira que fique nu...
Ela não queria olhá-lo, realmente olhá-lo, mas suas palavras eram um desafio, e
agora ele era tudo o que ela poderia ver. O sol poente brilhava sobre os músculos de seu
peito, ainda subindo e descendo pelo esforço, e sobre a ferida de faca que ela agora
compreendeu não era de uma faca, e sim de uma unha ou um dente. O sangue gotejado
dos cortes que a águia tinha infligido. Estava rasgado; o monte de seis de seu ventre e
suas coxas maciças falava tão claramente de uma vida vivida com um regime de pesos e
largos circuitos de trote, de preparação para a luta que viria. E tinha chegado.
Enquanto ela o olhava, suas genitálias despertaram. Certamente.
Ele era um Varinski.
—Odeio-te tanto —Respirou.
Ela nunca tinha querido dizer tanto.
—Mas você tem minhas roupas.
Sim. Ele tinha ganho cada batalha com cada tática secreta que conhecia.
E ela se apaixonou por tudo isso. Rurik agarrou sua mochila com uma mão e seu
braço com o outro, e começou a caminhar pelo campo.
O cara loiro, que já não era mais um lobo, cambaleou sobre seus pés.
—A cadela necessita que lhe ensine uma lição.
—Rurik o confrontou.
— Como se chama?
—Sou Kassian.
—Bem, Kassian, eu diria que ela aprendeu uma. Não pode matar um Varinski,
mas pode deixar inconsciente com um rápido golpe na cabeça. Rurik girou com ela e a
arrastou com ele caminho abaixo.
Tinha aprendido outra, também.
Aqueles monstros andavam sobre a terra, e por sua própria insensatez, ela tinha
se transformado em sua presa.

Capítulo 26

—Solta meu braço.


Tasya partia rigidamente junto a Rurik enquanto ele cruzava de um limiar colina
abaixo para o campo.
—Tenho coisas que te dizer e nenhum tempo para fazê-lo.
—Ela tratou de dar um puxão para liberar-se.
Seu agarre se apertou.
—Permanece perto. Seu trabalho é o de te matar. Se te afastar de mim, eles
terminarão esse trabalho.
—Que opções tão maravilhosas me oferece.
—Não corte seu nariz para chatear seu rosto.
—Sou uma idiota. Mas não desse tipo.
—Ela o olhou, tentando ver o homem que conhecia tão bem.
Um Varinski. Meu Deus. Ela tinha trabalhado com esse homem, tinha dormido
com esse homem, o homem em que ela tinha acreditado era um Varinski.
Ela o viu transformar-se em um falcão. Ela o tinha visto.
Ainda não podia compreendê-lo, e não podia manter-se em silêncio.
—Mas o resto seguro, demonstrou-me isso. Sou uma idiota. Em todos os sentidos.
Me fodeu de todas as formas possíveis.
Ele parou.
—Bem. Primeiro—quando te encontrei, não sabia que era uma vitela de sacrifício
para o Varinskis. Assim não se convença de que lhe fodi porque era divertido. Você fodeu
porque quis. Ainda quero, e vou fazer tudo o que seja malditamente necessário para me
assegurar que saia disto viva.
—Sim, com certeza.
Sentiu-se tonta quando fixou seu olhar nela e falou tão energicamente. Quase
acreditou.
—É por isso que lhes disse quem sou.
Apertou sua mão sobre sua mochila.
Precisava concentrar-se. Tinha o ícone. Ele não sabia. E tinha a intenção de
mantê-lo assim.
—Usei-a como moeda de mudança para que me aceitem. Começou a avançar de
novo, arrastando-a atrás dele.
—No caso de que não tenha notado, há certa tensão entre os Varinskis russos e os
Wilders Americanos, e sou inútil morto.
—Nunca me disse que era um Varinski.
—Não sou. Sou um Wilder. Sou filho de meu pai. Filho de minha mãe.
—Empurrou-a em um oco herboso ao lado do montão de bolsas de lona Varinski e
rifles e pistolas semiautomáticas. Explorou a área, depois deixou cair sua mochila ao
lado de um montão de rochas.
Tomando uma camiseta dela, a jogou a cabeça.
—E quando me contou sua história, nós tínhamos pressa e corríamos.
—Não tem que ficar comigo.
Lhe viu colocar sua roupa interior, atar suas facas com uma correia, abotoar suas
calças.
—Sei tudo o que terá que saber sobre esta merda, confia em mim, Tasya. Não vou
te trai. Juro-o pela alma de meu pai.
—A alma de seu pai deve estar manchada por seu juramento, irá direto ao inferno.
Rurik a olhou. Só a olhou, e por um momento, viu diretamente as profundidades
de sua dor.
Ela reconheceu essas profundidades. Tinha vivido nessas profundidades.
Sua coluna vertebral rígida.
Ela não sentia empatia por ele. Por um Varinski.
Ela apoiou o resto de sua roupa e seus sapatos na grama, e limpou seus dedos.
—Por que estou segurando isto para você?
Ele se apoiou contra a rocha e colocou suas meias três-quartos e sapatos, e depois
se estirou através da pilha de armas dos Varinski e escolheu uma pistola
semiautomática. Pôs um carregador.
—Vamos sair aqui.
—Soa a uma boa idéia.
—Ela se inclinou para recolher uma pistola.
Ele agarrou sua mão.
—Sabe atirar?
—Tive treinamento.
—Bem, então.
Ele soava divertido.
—Embora me agrada saber que poderia se defender contra os Varinskis, tenho
medo de não me equivocar enquanto esteja a seu lado para permanecer vivo eu mesmo.
Ele era cauteloso. Bem.
—Segundo você, Varinskis, não posso te matar.
—Isso é certo. Mas se me der um tiro, certamente poderia me fazer mais lento.
—É bom sabê-lo.
Ela se fixou em seu olhar.
—Me fazer mais lento e me enfurecer.
Olhou-a novamente.
—E isto? Explicarei-te primeiro, depois te darei a pistola.
—Soa como a um trato.
Ela não queria ser a que rompesse o contato visual, mas o modo em que ele a
olhava, tão perspicaz, tão decidido, fez que voltasse seu olhar para a longe.
Ele pensava que como já a tinha seduzido uma vez....Bem, mais que uma
vez...Seria capaz de enrolá-la para que acreditasse sua mentira outra vez.
por que não o faria? Ela tinha sido uma imbecil de todas as maneiras.
—Vamos.
Ele tratou de tomar sua mochila.
Ela se negou, seus dedos se apertaram sobre a correia, seu coração palpitou com
repentino alarme.
Ele era uma coisa sobrenatural. Sentiria o ícone dentro?
—O que estas fazendo?
—Abandonaremos as coisas aqui para que eles pensem que voltamos.
Ele atirou outra vez.
—Onde vamos, não necessita sua mochila.
Não. Ele não sabia do ícone.
Confronta-o, Tasya, se ele soubesse do ícone, tomaria e correria...Não, voaria...E
te deixaria liberada aos Varinskis.
A amargura daquela verdade a fez levantar seu queixo e olhá-lo diretamente nos
olhos.
—Quero ficar com ela. Isto é...Tenho minha câmara dentro.
Voltou a olhá-la, tão zangado, tão hostil.
Como se tivesse o direito!
—Bem.
Atirou seu duster de couro junto a suas coisas e tomou seu braço outra vez.
Ela se sacudiu.
—Posso caminhar.
—Bem.
Soltou-a e se dirigiu para a colina.
Ela recolheu sua mochila e, alimentada por sua cólera, apressou-se para alcançá-
lo.
—Aonde vamos?
—Ao outro lado da montanha para que possamos falar em paz.
O que tinha em frente era um estreito caminho na rocha que cortava pelo
escarpado, como. Este não era um passeio que alguém faz duas vezes em um dia. Ou
nunca.
—Como te figurava? Ao menos um desses cara é uma ave. Se querem voar do alto
e cagar sobre nós, farão. São Varinskis. Podem fazer o que quiserem.
Ela estremeceu.
—E você também pode.
—Não, não posso.
—Vi-te.
—Viu me transformar em um falcão pela primeira vez em cinco anos. Rompi meu
voto porque—Ele suspirou e reuniu seus pensamentos—Os dois jovens Varinskis estão
feridos. Eles vão precisar recuperá-lo que vão fazer, e rapidamente, porque isso é parte
do trato com o diabo. Humilhou a Kassian, e isso é o que vai levar mais tempo de
recuperação, porque vai ter que restabelecer sua autoridade sobre os meninos. Temos
duas horas antes de que venham a nos buscar.
—Porque sabem que agora nos encontraram, não podemos ir.
Parecia como se o ícone na mochila pesasse ainda mais.
—Isso é exatamente o que me proponho.
— Ou talvez não nos encontraram. Talvez me trouxe aqui para me entregar a eles.
Doeu-lhe dizer as palavras.
—Se fosse essa a verdade, por que ia passar a moléstia de te mentir agora? Tinha
a coragem de tentar de exortá-la
Sua frustração transbordou.
—Eu não sei, e maldita se entender porque fez isto escavando o lugar, me
seguindo por toda a Europa.
—Fiz-o por minha família. Fiz-o por meu pai.
—Não é comovedor? Fiz-o por minha família, também! Só quero encontrar o ícone
para a Nacional Antiquies Society, e você quer tomá-lo para...?
Ela levantou suas sobrancelhas para ele.
—Para meus pais no Estado de Washington —Acrescentou amargamente— Mas
qual é o ponto a respeito? Não encontramos o ícone.
Ela tropeçou.
Ele agarrou seu braço.
Quase tinha se traído. Quase tinha deixado escapar que tinha encontrado o ícone,
que ela o tinha em sua posse, e se ela pudesse, tomaria distância.
—Então tudo isto...A escavação, a carreira pela Europa pelos advogados do
Hershey....Foi por sua família e seu pai?
—A lenda é certa. O diabo fez dividir os ícones. Ele os jogou aos quatro cantos da
terra.
Rurik jogou para trás seu braço como se fosse o diabo e agora mesmo, para a
Tasya, parecia-lhe uma justa descrição.
—Minha família tem que reuni-los para romper o pacto com o diabo.
— Que comovedor!
Chegaram a cornija que se agarrava precariamente na borda do escarpado.
Ele ofereceu sua mão para ajudá-la a cruzá-la.
—Quer ouvir isto ou não?
Ela fazia. Desejava alguma explicação.
—Certo. É melhor cair com os Varinskis.
Ela caminhou para frente sem medo. Como poderia temer uma queda quando
tinha dormido com seu pior inimigo?
Rurik a seguiu de perto, pela borda do caminho de pedra.
Ela não podia parar.....Não queria parar.....O sarcasmo borbulhou dela como um
manancial infinito.
—OH, espera. Ia me esquecimento. Você é um Varinski.
—Ele agarrou seu braço e a deteve, justamente ali sobre a estreita saliencia. Ele
não fez nada. Somente esperou.
Ela não podia olhar para baixo. Não olharia abaixo. Não podia.... Ela olhou para
baixo. Todas essas rochas dentadas debaixo. Arrancando seu olhar, olhou novamente A
Rurik.
Claramente, o filho de uma cadela poderia estar em pé aqui todo o dia. Sim,
porque se ele caísse, ele poderia voar.
Ela se rendeu.
—Por favor me conte sua história.
Não. Não mais desprezo.
—Só fala.
Deixou-a se ir e a seguiu enquanto ia avançando ao mesmo tempo com mais
precaução desta vez
—Meu pai é um dos descendentes de Konstantine, o líder de sua geração dos
Varinskis....E o primeiro Varinski a se apaixonar.
—Por sua mãe?
—Por minha mãe. Quando escaparam para se casar, sua família e sua tribo foram
atrás deles. Para dizer o menos, nenhum grupo o passava. Na luta, Konstantine matou
seu irmão. Os Varinskis nunca o perdoaria, pelo que o Konstantine e Zorana escaparam
aos Estados Unidos, trocaram seu nome pelo Wilder, e construíram sua casa nas
montanhas de Washington. Tiveram três filhos —Sua voz cresceu reverente.
— E então ocorreu um milagre. Minha mãe deu a luz a primeira menina em mil
anos.
Evidentemente, Rurik adorava a sua irmã, e por desgraça, seu afeto atirou por
terra as opiniões de Tasya.
—Sinto-me como se vagasse no Monsterpiece Theater—disse ela, mas quando
chegaram ao final do caminho, e esteve segura, pôde sentir sua ira esfriar-se. O que era
exatamente o que pretendia Rurik, por que caminhava a seu lado, seus largos passos
confiados e relaxados.
—Meus pais esperavam que o pacto fosse quebrado, mas quando Jasha passou
pela puberdade, transformou-se em um lobo. Adrik trocou em uma pantera.
Firebird....Bem, minha irmã, Firebird, não troca em um animal, mas ela é forte e
inteligente, e querida por todos nós.
—E você é um falcão.
Tasya não queria ir perto da entrada da cova. Assim se dirigiu ao topo da colina.
Rurik se uniu a ela.
—Quando eramos adolescentes, uma coisa assim é muito cool. Não podíamos
deixar que ninguém soubesse sobre nós, é obvio, mas saíamos as escondidas para correr
ou voar, e pensávamos que eramos os meninos mais populares da cidade. Sou o único
filho que pode controlar a transformação. Meu pai diz que sou o único varão que sempre
será capaz de fazê-lo. Posso transformar um braço em uma asa, ou um pé em uma
garra, ou trocar meus olhos para ver com a acuidade e distância de um falcão de caça.
—É espantoso.
Era. Espantoso na memória de um jovem com uma liberdade e um poder que
Tasya nunca tinha imaginado.
—Sim. Eu realmente era um come merda. Meu pai alegou que cada transformação
nos levava mais perto do enorme fossa do inferno, mas eu estava seguro que poderia
fazer que as coisas fossem diferentes para mim.
Enquanto falava, seu andar trocou infinitesimalmente.
—Coisas más aconteceram. Quando Adrik tinha dezessete, esteve em problemas e
simplesmente... Desapareceu. Nós o buscamos na Ásia, mas... Nada. Entretanto, eu
pensei que poderia dirigir a coisa do falcão sem nenhum tipo de repercussões. Voar era
tão glorioso!
Ela o olhou e soube estas lembranças eram agridoces.
—Então te transformaram em um piloto.
—Então todo mundo sabia que era o melhor piloto na Força Aérea, o cara que tem
que voar o avião experimental e formar os melhores recrutas
Ela escutou o desejo em sua voz. Disse a si mesma que isso não lhe importava. E
se encontrou perguntando de qualqer modo.
—O que aconteceu?
—Estava usando minha visão de falcão quando eu voava em reconhecimento e
meu co-piloto teve medo, e se egetou em território inimigo. Antes de que pudesse
retornar por ele, o inimigo o tinha capturado e o torturaram até a morte.
Falou com uma violência contida que era dificil olhá-lo, realmente olhá-lo.
A culpa pendurava sobre ele como roupa de luto. O pesar o estrangulava como um
laço. A seu julgamento.....Quase sentia pena por ele.
—Meu pai tinha razão. O presente do diabo não se pode usar para o bem, e me
custou a vida de um bom homem para que eu aprendesse essa lição. Então fiz uma
promessa de nunca usá-lo outra vez.
Ela não queria sentir tristeza por ele, e se negou a sentir-se obrigada porque
tivesse quebrado seu voto para salvar sua vida.
—Talvez algo de bom saísse do vôo?
—Confirmou a localização do inimigo, e nós o tiramos.
Estava sendo tão estúpido que não podia suportá-lo.
—Então salvou muitas vidas? Não acha que o diabo manipulou as circunstâncias
para que deixasse de usar seu dom para o bem? —ela se quebrou.
—Vamos, Rurik, não seja um idiota. Se for brigar contra os demônios do inferno,
necessitará todas as armas em seu arsenal. Somente tome cuidado e não troque quando
está ao redor de um idiota, isso é tudo.
—Matt Clark não era um idiota.
—Qualquer homem que se egeta de um bom avião em território inimigo por
qualquer motivo é um idiota.
Ele riu, uma breve e violenta explosão.
—Isso é o que disse minha irmã quando aconteceu.
—por que não a escutou?
—Ela tinha dezessete, e eu era.....Chateou-me o bastante.
Esfregou sua testa.
—Talvez ela tinha um ponto.
—Talvez assim fosse.
Tasya parou o lado do altar de pedra e oOlhou fora através do país. Seu país.
Agora mesmo, ela precisava ver as montanhas, os vales. Ver o mais longe que pudesse.
Ainda havia um fio faltando em sua história.
—Tem a habilidade de trocar em um falcão. Para voar quando e onde o deseje.
Seus irmãos podem trocar em animais, também. Então, por que quer romper o pacto?
—Se eu não, se nós não o fizermos, meu pai está condenado a queimar-se no
inferno por toda a eternidade.
Ele, também, Olhou para a distância.
—Pode, ver mais longe agora mesmo? –Perguntou ela.
—Não. Quando troco, meus olhos são diferentes. Visivelmente diferentes.
Voltou-se para ela, e seus olhos eram os de Rurik. Iguais aos do homem que
amava.
Como ela poderia? Como poderia ela amar um Varinski? Como poderia ela em pé
sobre a terra de seus antepassados, trair seu pai e sua mãe, esquecer sua morte, e
abandonar sua vingança?
Não. Não. Ela não poderia. Ela tinha chegado muito longe para mudar seu curso.
O conhecimento do ícone queimou em sua mente. Se pudesse sobreviver esta
reunião com os Varinskis de algum modo, podia frustrar Rurik. Mas... Se sua história
fosse certa.....
Sua mente virou antes de que permitisse que a idéia tomasse forma.
—Quem te disse que a reunião dos ícones poderia romper o pacto com o diabo?
—Minha mãe teve uma visão.
—Sua mãe teve uma visão, —repetiu inexpresivamente— E acreditam nisto
porque...?
—Porque eu estava lá. Porque algo estava falando através dela, e o vi. Ouvi-o.
—Ela faz isto Freqüentemente?
Usou realmente essa voz lógica, a espécie que o cara do The History Channel usa
quando explica algo singelo pela centésima vez.
Rurik respondeu com um flash de cor vermelha em seus olhos. Ela tinha ofendido
sua mãe, e o tinha zangado.
Bem.
—Nunca vi que tivesse uma visão antes, e mais ao ponto, as duas primeiras
partes de sua profecia imediatamente se transformaram em realidade. Meu pai caiu
como um carvalho destruído. E a mulher de meu irmão encontrou o primeiro ícone.
Isso a sacudiu, mas ela o escondeu sob a brincadeira.
—Isso deve ser frustrante, necessitar de uma simples mulher para encontrar um
dos ícones.
Considerou-a imperturbável.
—Minha mãe disse, “Só seus amores podem trazer para a casa as peças santas”.
—Que diabos significa isso?
—Acredito que significa que talvez possa encontrar o ícone, mas é sua escolha
levá-lo a minha família.
O pânico golpeou primeiro seu coração começou a bombear golpeando muito
rápido.
—Eu não sou seu amor!
Ele sorriu, uma lenta curva dos lábios.
A decepção chegou depois, lenta e em suas vísceras.
— Mas se você pensar que o sou, explica indubitavelmente muito sobre por que
esteve pendurando comigo em vez de perseguir o ícone você mesmo.
Graças a Deus que o tinha encontrado. Graças a Deus que ela o tinha. E se sua
história a tinha feito duvidar, esse pequeno bocado de cardeal disparou sua resolução
com a dureza do diamante.
—Está determinada a causar uma dificuldade onde não existe. Se a profecia for
certa, se algum maior poder está trabalhando através de minha mãe pelo bem, crê que
esse poder seria enganado se fingisse meu amor por você?
Ele a olhou, a lógica absorvente de tudo o que queria era escorregar na velha e
familiar cólera.
A ira era mais fácil. Muito mais fácil.
—Não sei. Não sei por que deveria te acreditar. Tudo o que sei é o que vi, ouvido e
senti.
Assinalou.
—Meu pai estava acostumado a me recolher e me levar a árvore da colina, o
símbolo da família Dimitru. Subia comigo ao batente dos ramos. Assinalava o campo—
quase a mesma vista que vemos daqui—e dizia, “Esta árvore cresceu em nossa
montanha do começo do tempo. Dimitru simboliza o sangue real, e enquanto a árvore
cresça e floresça, os Dimitrus também.”
Rurik tentou pôr seu braço ao redor dela. Empurrou-o.
—Sabe o que aconteceu? O ditador Czajkowski contratou os Varinskis para matar
a minha família, nos matar a todos, e lhe deu instruções especiais de que a árvore fosse
queimada para que todo mundo na Ruyshvania soubesse que a família real nunca
retornaria.
Rurik a abraçou suavemente e a conteve enquanto ela lutava.
—Tasya, carinho, por que não chora?
—Não acha que desejaria poder?
Odiava isto. Ela não queria sentir-se destroçada, quebrada de angústia nas tripas,
e se tinha que fazê-lo, realmente não queria que ele o visse.
—Eu ainda escuto os gritos. Continuo vendo as chamas. O sonho de meus pais
queimando-se em agonia, das torturas que submeteram meu pai, das pessoas que
morreu por nós, e eu sangro pelos Ruyshvanians que perderam um filho ou um pai. Eles
amaldiçoam nosso nome, sei, e quero fazer algo para lhes trazer paz. Quero destruir os
Varinskis por eles.
Queria ser tão forte como fingia ser, não está frágil menina que não se atrevia a
olhar nos restos de sua vida por temor a fazer-se pedaços.
Pior, seu toque a sustentou, embora porque fosse assim, não sabia.
E isso era outra traição para seus pais, uma traição muito mais dolorosa. Em um
arranque de dor e fúria, ela disse:
—Então sua família pode chamar-se Wilder se o desejar, mas arranhando um
pouco mais profundo, você é Varinski. Sempre soube o que estava procurando, e
manteve a verdade longe de mim. Eu nunca te perdoarei por mentir. Por me usar. Nunca
te perdoarei.

Capítulo 27

Rurik Olhou para Tasya por um comprido momento. Os ossos de seu rosto
pareciam esculpidos em granito. Seus olhos eram marrons, mas avivados por chamas
vermelhas. A curva de sua boca era cruel. E seu corpo estava imóvel e tão forte como um
predador esperando para fazer frente a morte. Tasya compreendeu tudo realmente
nunca o tinha temido.
Temia-o agora.
Com uma voz fria como o Ártico, perguntou:
— Acha que sua maldita vingança insignificante se compara a romper um pacto
com o diabo?
Ela mal pôde apanhar seu bufido de indignação.....E terror.
— Insignificante?
—Se consegue encontrar o ícone, e se consegue entregá-lo ao Nacional Antiquities,
e se acertas para documentá-lo o suficiente para provar que sua teoria sobre o Varinskis
é certa, então poderá ir aos programas matutinos a mostrá-lo e obter sua publicidade.
Terá seu livro publicado e talvez, se pode manter a atenção do mundo durante mais de
quinze minutos e se o Varinskis não ameaçar ou subornar ao jurado, Yerik e Fdoror
Varinski irão para a prisão.
Rurik fechou lentamente suas mãos sobre seus braços, inclinou-se a altura de
seus olhos, e a olhou diretamente, não se atreveu a piscar.
—Onde eles viverão como reis e sairão em seis meses por boa conduta.
—Mas a má publicidade......
—Vai fazer o que? Os deixar um olho negro por seu negócio de assassinatos, e
atrair para eles a atenção do mundo? Que estará indubitavelmente fascinado por sua
maldade.
Fez um gesto para o leste, para Ucrânia e a casa Varinski.
—Sessenta minutos enviará a alguns dos velhos repórteres para entrevistar Boris.
A editorial em que depositou suas esperanças se apressará a lhes dar um contrato e um
escritor fantasma para sensacionalizar seu relato. antes de que se dê conta, haverá um
filme e uma minisérie de televisão sobre eles. Mas isso não te importará
Ficou rígida.
—Por que não?
—Não viverá o tempo suficiente para ver nada disso.
—Não tenho medo de morrer.
—Então é uma idiota, porque os Varinskis são como os jovens adolescentes na
banda de maior êxito na história. Não têm consciência. adoram atormentar os indefesos.
Golpearão-a, matarão-a lentamente, e a violarão enquanto o fazem.
—Como fizeram a minha mãe?
Ela lutou, mas sabia que estava perdendo terreno.
—Como fizeram a sua mãe. –Esteve de acordo.
—Mas vamos falar dos enguiços em seu plano. Nacional Antiquities não tem a
suficiente segurança para manter o ícone a salvo.
—Têm uma boa segurança!
—A prova desaparecerá antes de que o primeiro perito a estude. Assim que o resto
do plano já não funciona. OH, exceto a parte sobre sua morte. Eles a matarão.
Ela levantou seu queixo.
—Eles o farão de qualquer modo. Sou o Dimitru que tem que desaparecer, e os
Varinskis não deixam sobreviventes.
—Isso é certo.
Rurik se endireitou.
—Mas se pode chegar a minha família em Washington, eles podem te proteger.
—Como vou chegar sem conduzir os Varinskis a eles?
—Vou dizer como chegar, e subministrarei a distração.
—Ao inferno o fará!
—Esgotamos as opções. Um de nós tem que sair vivo para encontrar o ícone.
—É o único que tem possibilidades de sobreviver.
—Também sou o único que pode lutar contra o Varinskis. Me escute. Se pôde
encontrar o ícone e levá-lo a minha família, temos uma oportunidade de derrotar ao
diabo.
Tomou seus ombros e a sacudiu ligeiramente.
—Pensa. Se formos capazes de pôr fim no pacto, o Varinskis não seria nada mais
que um montão de patéticos seres humanos que não sabem como funcionar no mundo
real. Ninguém terá medo deles. Serão vulneráveis a perseguição. Eles teriam perdido
tudo. Olhe o panorama, Tasya! Não é essa sua vingança!
Tinha esquecido, e o pior é que o tem feito fazendo-a enfrentar os fatos.
Seu plano nunca teve uma oportunidade de êxito.
Ao menos um deles ia morrer.
E esse era o engano final.
A frustração a sustentou em um acalorado apertão.
—Não quero estar aqui. Não quero estar abandonada. Quero...
—O que é o que quer?
Você.
Rurik e um retorno de sua ingênua crença de que se ela conseguisse pôr suas
mãos sobre a prova poderia derrotar os Varinskis e encontrar a paz com a morte de seus
pais.
Rurik e a imagem de consolo que tinha dado no trem.
Rurik e a vaga sensação de que se tratava de um homem que poderia amar.
Mas agora o tinha visto transformar-se em um predador....Tinha visto a prova do
diabo e seu trabalho.
Cada um de seus sonhos tinha sido esmagado.....E Rurik os tinha esmagado.
Com um grunhido, ela deixou cair a mochila e a carga do ícone, e os atirou sob o
altar.
Empurrou-o no peito. Empurrou-o com todas suas forças.
Ele apenas se moveu.
Estava imóvel: forte, alto...Direito.
sentia-se bem empurrá-lo, pelo que o fez outra vez, e outra vez.
E ele, que tinha suportado ali como um pilar da razão e a calma, recolheu-a,
esmagou-a contra ele, e a beijou.
Não um beijo como os do trem. Não foi a gentil, lenta, tranqüila sedução de boca
contra boca, e sim um beijo de calor, fúria e frustração.
Esmagou seus lábios, abriu-os com sua língua, e tomou sem perguntar.
Ela queria isso. Por alguns momentos apreciados, queria que o fogo entre eles
consumisse as verdades dolorosas e trouxesse o esquecimento.
Então respondeu com a mesma paixão feroz, segurando sua cabeça em suas
mãos, chupando sua língua, fazendo-o gemer.
Ele cavou suas mãos em seu traseiro levantando suas pernas, acomodando-se a
fim de que sua ereção se esfregasse contra a costura de suas calças.
Ela rompeu o beijo, arqueou suas costas, quando o orgasmo, rápido e inesperado,
queimou através de seu corpo.
Segurou-a, investindo-a, prolongando o prazer, mas assim que a paixão cresceu,
ele deu volta, pressionou-a contra o altar, e atirou sua camisa sobre sua cabeça.
Sacudiu seu sutiens abrindo-o com uma mão e seu cinturão com a outra.
—Filho da puta!.
Pensava que poderia despi-la, justamente como estava fazendo e fazer-lo
Não sem despir-se a si mesmo.
Ela afrouxou seu cinturão e desabotoou seu jeans com a suficiente violência para
fazê-lo murmurar entre dentes.
—Cuidado!
Ele empurrou suas calças a seus tornozelos.
Ela se despojou de seus sapatos, abandonou tudo, Levis e calcinhas, então baixou
suas calças. Em um movimento cheio de graça, seguiu as calças para ajoelhar-se diante
ele.
—Cuidado!
Era mais um grunhido que uma palavra. Não precisava ser cuidadosa. Sabia
exatamente o que fazia.
Tomou sua ereção em sua boca em um movimento comprido, deliberado que
umedeceu a pele sedosa. A ponta parecia veludo quente, e saboreou a primeira gota de
sêmen, brotando e enchendo-a com seu sabor.
Suas noites juntos tinham sido sobre ele tomando-a, lhe dando prazer,
agradando-a. Agora, aqui, por fim e pelo menos, tinha o controle. Chupou-o, tomando-o
tanto em sua boca como pôde, para depois soltá-lo devagar.
Seus quadris se sacudiram como se não pudesse permanecer quieto. Seu pênis se
sacudiu em sua boca. Ele praguejou, uma longa cadeia de maldições que usava palavras
desesperadas e línguas desconhecidas. Deus, a vingança era doce.
Devia ter visto sua risada, ou quem sabe? Talvez o sentiu, porque tirou a
camiseta, pisoteando seu jeans se agachou e tomou pelas axilas.
Levantou-a, pôs-a sobre o altar, estendeu suas pernas, e a seguiu.
A pedra era áspera e quente debaixo de suas costas. Ele estava quente e
preparado sobre ela, seu pênis se apertava tão fortemente contra ela que parecia
preparado para gozar.
Então ela disse:
—Não.
Ele parou. Seus braços tremeram enquanto se mantinha nessa posição. Seus
olhos eram carvões ardentes, e chicotes de chamas vermelhas piscavam em suas
profundidades.
—Não?
Pararia se ela pedisse? Era pouco provável. Agarrou seus braços.
—Você vai para baixo.
Seu peito subiu e baixou, e seus dentes se apertaram. Ele olhou colina abaixo
para os Varinskis, depois a ela novamente.
—Mulher, empurra-me muito longe.
Mas fez o que ordenou. Rodou com ela.
—Perfeito.
Incorporou-se sobre ele, virilha contra virilha. Ali, sobre o topo do altar, ela
poderia ver o vale, muitas milhas abaixo, em cima a cordilheira longínqua, e através do
horizonte a eternidade. Ali, estavam sobre o topo do mundo, e ela estava em cima dele.
A brisa era bastante fresca para fazer que seus mamilos se contraíram... ou talvez
era seu olhar que a excitava....
Os contornos de seu poderoso peito e braços brilhavam ao sol, e os brilhos sobre
seu cabelo escuro enfatizavam a definição de cada músculo. Essa tatuagem, selvagem,
primitivo, pavoneava-se através de sua pele em um brilhante desenho arcaico. Suas
pálpebras caíram quando a olhou, meio ocultando seus olhos, mas ela viu a verdade. O
profundo de suas pupilas, as chamas vermelhas piscaram mais energicamente.
Ele era um predador. Era selvagem. Era desumano.
E por esse momento, tinha-lhe arrebatado o poder.
Ela estirou seus braços sobre sua cabeça, rindo em uma perversa explosão de
triunfo.
Estendeu uma mão para ela.
Ela capturou seus pulsos em suas mãos.
Por um momento resistiu. Depois permitiu dobrar seus braços sobre sua cabeça.
Estirou-se sobre ele, o pêlo de seu peito roçava ligeiramente seus mamilos. Sorriu
em seu rosto.
—Não tenho medo de você.
—Deveria me temer.
Ela riu outra vez, e deslizou sua língua em sua boca.
Bateu-se em duelo com ela, sua língua contra a sua, molhada e quente.
Deixou-a mantê-lo cativo, sim.
Mas se moveu entre suas coxas, aumentando suas sensações, tentando-a... Mas
ela era forte. Não tomou em seu interior. Pelo contrário, montou-o firmemente em um
suave fluxo, procurando se agradar sem lhe dar uma maldita coisa, exceto, talvez, a
satisfação de saber que com nada mais que a lembrança e a promessa de seu pênis
dentro dela, podia tocar esse lugar profundo em seu interior, que podia fazê-la desejá-lo.
Ela queria levá-lo a loucura.
E talvez o fez. Mas dois podem jogar esse jogo, e enquanto ela provocava,
drogando-o com sua sensação. Ele tomou seus seios em suas mãos, esfregando-os
sobre o áspero pêlo de seu peito. Sua boca escorregou fora da sua, ao longo da crista de
sua mandíbula a sua orelha e, Continuando, ao longo de sua garganta em uma longa,
lenta, úmida carícia.
Seu batimento cardiaco se reforçou. Estava viva como nunca tinha estado em sua
vida possivelmente porque a morte se abatia tão perto.
Estremecendo-se de necessidade, ela se arrancou da intensidade aditiva de
sua boca.
Incorporou-se outra vez, mas desta vez não estava rindo. Cega de luxúria, ela
andou atenta entre seus corpos, tomou seu pênis em seu punho, e o sustentou,
espremeu-o, sabendo que poderia terminá-lo com o golpe de sua mão, tentando
convencer-se de que poderia viver sem ele em seu interior.
Mas não podia. Esta poderia ser, provavelmente seria, a última vez que tivessem
relações sexuais. Inclusive se ambos vivessem, poderia dormir com o inimigo?
Não. Não. Isso era ele. A última vez.
—Faça-o.
Olhou-a, seu rosto duro ao fio da necessidade, e teria jurado que conhecia cada
pensamento em sua mente.
—Atormentou-me suficiente. Faça-o agora.
Colocou-o na entrada de seu corpo e fez pressão, levando-o para dentro. Estava
molhada pelo desejo, mas suas malhas se renderam devagar, formando um envoltório ao
redor dele, e ele gemeu como se estivesse em agonia.
Sim. Se este sexo, este dilema, este prazer, rompia sua vontade e roubava seu
fôlego, então o correto é que isto fosse uma espada de duplo fio.
Essa noite sobre o trem, tinha parecido como se ele tivesse estado dentro dela em
cada caminho possível, que eles tinham explorado cada sentido, cada sentimento.
Mas não, desta vez era nova, diferente. Ela estava em cima, co comando.
Estabelecia o passo, desenvolvia o ritmo.
Enquanto se elevava e se deixava cair, a pedra raspada seus joelhos. O sol
brilhava sobre sua cabeça, sobre seus ombros. O aroma dos pinheiros, o ar fresco, e
Rurik encheu seus pulmões. Viu Rurik, glorioso, musculoso, úmido de suor, debaixo ela.
Fez um grande esforço, seu rosto duro transformado a luz solar e a escura
obsessão. A paixão feroz coloria seus olhos. Sustentou suas coxas em suas mãos,
dobrando seus dedos, levantando-a, acariciando-a, uma e outra vez, como se não
pudesse tocá-la o suficiente. Por um segundo quase pôde ver as restrições que punha
sobre si mesmo, um movimento, um fôlego, refreando-se para não reclamar o comando
sobre esse dia e sobre ela.
Ele possuía o poder, e como se conteve, seu poder cresceu.
Ela o experimentou, grande, forte e vital, dentro dela. Seus quadris a levaram para
cima; ela encontrou seus impulsos com seu próprio movimento. Juntos viajaram por
uma passagem tão antiga como a pedra baixo eles, e tão novo como o alvorada.
Sua respiração fez um ruído áspero em sua garganta.
Seu clímax desenvolveu e formou um maremoto muito forte e febril dentro dela,
esperando chocar sobre ela. Perdeu a noção do tempo, do lugar. Eram só Rurik e Tasya,
um so ser, unidos pela fascinação.
Então a golpeou um so e comprido espasmo de júbilo, sacudiu seu corpo. Quando
a glória mais antiga do mundo cantou em seus ouvidos, afundou suas unhas nos
ombros de Rurik. Enquanto ele empurrava e gozava dentro dela lhe deu a bem-vinda e o
abraçou, e viveu esse momento como nunca o tinha vivido antes e nunca o viveria de
novo.
A luxúria se apoderou deles.
Ela gritou seu prazer aos céus.
Ele gemeu profundamente, atormentado pelo prazer.
E o relâmpago se precipitou a terra, através da pedra do altar, através dele, e nela.
A sensação era um fogo e um choque como Tasya nunca tinha experimentado. Gritou na
dor e o êxtase. A sacudida tomou seu orgasmo mútuo e o conduziu além dos limites do
mundo, atando-os juntos e enviando-os em um espasmo glorioso, final, ditoso.
—O que...?
Ela afiançou contra seu peito, e o olhou, esgotado, satisfeito, tão formoso que fez
brotar suas lágrimas.
—O que foi isso?
Ele explodiu em uma risada selvagem.
—Fusão.
Vestiram-se em silêncio, mas Tasya podia ver Rurik dar uma olhada do alto.
Fingiu não notá-lo. Melhor não pensar no que aconteceu no altar pagão de pedra
em seu próprio país com o sol brilhando sobre eles como uma bênção.
Ela atava seus sapatos quando Rurik empurrou algo sob seu nariz.
A pistola semiautomática.
Ela o olhou durante um momento comprido.
—Toma-a. Tem que se pôr em caminho.
Com rapidez e precisos detalhes disse como encontrar seus pais.
Envolveu sua mão em torno do punho.
—Não quero.
—O que quer e o que quero não é importante. Um de nós tem que derrotar o
diabo, e ao menos, minha querida, compartilhamos um comprido adeus!
—Elevou a vista para ele.
Ele sorriu com toda a intensidade que tinha enfocado sua atenção e a tinha feito
compreender que este poderia ser um homem no qual ela poderia confiar.
—Acredita em mim, Tasya, é o sonho de cada homem compartilhar uma grande
relação sexual com a mulher que ele ama justo antes de morrer em batalha.
—Com a mulher que ele...Você...
Ele o havia dito antes, mas não tinha acreditado. Agora como poderia não fazê-lo?
—Certamente que te amo.
Ajoelhando-se diante ela, terminou de atar seu sapato.
—Você não o faz.
—Tasya, tenho trinta e três anos. Talvez nunca amei antes, mas o reconheço
quando o sinto.
Ela não sabia que dizer, ou como dizê-lo. Tinha-a feito confiar nele, destroçou
seus sonhos de vingança com uma dose selvagem de verdade, depois se ofereceu para
morrer por ela. E ele era um Varinski. Seu inimigo, pelo bem da merda.
Mas de algum modo a palavra não tinha nenhum sentido.
—Está bem.
Ajudou-a a levantar-se, ajudou-a a colocar a pistola em seu cinturão nas costas.
—Sei que não me ama. Mas se tivesse tempo, poderia mudar sua mente, e isso me
faz feliz, também.
—Talvez. –murmurou ela— Se....
Estendeu a mão sob o altar e agarrou sua mochila. Ajudou-a a passar as correias
sobre seus ombros. A bolsa parecia pesada, como se com cada uma das declarações de
amor de Rurik, o peso do ícone crescesse.
O ícone era só um objeto sagrado. Não tinha uma preferência para onde ia ou
quem servia. Tasya tinha que conseguir um motivo para refrear-se, e consegui-lo rápido,
ou diria a verdade a Rurik.....E talvez era o que ela deveria fazer, de qualquer modo.
—Vamos.
Girou na colina, afastando a idéia.
Ele a seguiu, então tomou a iniciativa e virou para na entrada da cova.
parou ao lado da mão esquerda, negra navalhada na terra.
—O que?
Mas sabia.
—Quero que tome o caminho através da cova.
—Não
—Já o fez antes. Pode encontrar como sair.
—Não!
—Dois dos Varinskis são pássaros. Eles não podem tmudar lá. Mas se detiver
Kassian, você pode escapar.
—Olhe. Não irei ali outra vez.
Ela respirou.
—E não te abandonarei para morrer. Levarei minhas chances com você.
Rurik o considerou. Ele não sabia que a conduziu mais seu medo a escuridão e a
cova, ou sua coragem inapropriada. Mas ele não podia acompanhá-la na fossa, e se não
tivesse aquela coragem, não seria a Tasya que amava.
Então ele assentiu.
—Muito bem. Vêem. Vamos.
—Pôs em caminho correndo, escutando como Tasya ofegava atrás dele. Tinha
estudado o terreno, calculando uma rota de escapamento.
Isso era o que seu pai o tinha treinado a fazer.
Girou para o pico ao redor da borda da montanha, então para o pico.
Podia lutar contra os moços e triunfar.
Kassian era outra coisa totalmente diferente. Kassian era experiente, mortal, e já
tinha demonstrado que estava disposto a jogar os jovens a refrega para abrandar as
defesas de Rurik.
Ele era em todos os sentidos um perfeito Varinski.
Bordearam um arvoredo e entraram correndo em um claro repleto de rochas, em
caminho a outra arvoredo.
E escutou os sons que tinha estado esperando.
O bater de asas. O suave ruído surdo das patas de um lobo.
Kassian devia ter restabelecido rapidamente seu domínio.
—Vêm.
A antecipação e o temor encheram a voz da Tasya.
Rurik diminuiu a velocidade a uma caminhada. Não havia nenhuma necessidade
de apressar-se agora.
Pondo Tasya diante dele, disse:
— Recorda, usa sua cabeça. Permanece fora de seu caminho. Quando vir uma
oportunidade, atacarei e você correrá como o inferno. Não pare, e permanece viva,
independentemente do que faça.
—Escuta, tenho que te dizer algo.
Deu a volta para confrontá-lo.
Jogou uma olhada para cima.
—Não há tempo!
Empurrou-a fora do caminho.
Em um brilho de pálidas plumas, Sergei cortou pelo ar, suas garras se
estenderam. Desceu em picada até apoiar-se sobre uma alta rocha, e trocou. Cuidadoso
havia abaixado e riu, um grande, estúpido, perfeito conjunto de músculos e maldade.
Um Ilya sorridente saiu da arvoredo frente a eles. Kassian veio por atrás,
trocando-se da forma de lobo a humano. Suas presas se cortaram, seu focinho se
estreitou, mas ainda a espuma se agarrava aos contornos de seus lábios.
Kassian não estava divertido. Estava furioso.
Sim. Ia ser uma longa e dura luta.
Ilya e Kassian se dirigiram para eles.
Sergei saltou com todas suas forças, agarrando Tasya.
Ela se torceu, bateu com seu cotovelo nas costelas, e o deixou segurando sua
mochila.
Aproveitando o descuido de Sergei, ela aterrissou sobre suas costas, agarrando a
muchila.
—Me dê isso .
Rurik poderia ter matado ele mesmo.
Deveria ter deslocado. Pelo contrário soava como uma colegial a frustrada e agia
como um burro.
É obvio, Sergei respondeu com toda a maturidade da que era capaz. desfez-se
dela na terra. Tomou sua mochila pelos contos inferiores. Dando-a volta de barriga para
baixo.
—Não! Para com isso!
Tasya arremeteu outra vez.
Todo o conteúdo se esparramou no chão. Sua caixa de lentes golpeou contra uma
rocha. O envoltório sobre suas barras de granola brilhou como prata na luz do sol. Sua
roupa dispersada na terra, e sua camiseta de reposto desdobrada. Uma coisa quadrada,
algo que brilhava como o ouro velho, voou pelo ar e com o timbre distintivo de cerâmica
disparada, aterrissou entre as rochas.
O ícone.
Tasya tinha encontrado o ícone.
Capítulo 28

Tasya patinou detendo-se. Um olhar a seu rosto culpado disse a Rurik tudo o que
precisa saber. Não tinha esquecido lhe dizer que tinha encontrado o ícone. Tinha optado
por mantê-lo para si mesmo, para conseguir sua publicidade, publicar seu livro, obter
sua vingança e atrair a “vingança do Varinskis” sobre sua tola cabeça.
Estava furioso. Foi traído. Estava ferido.
E a amava. Tinha-lhe contado seus segredos mais profundos, jogado a si mesmo a
sua mercê, suplicando por sua compreensão.
Amava-a.
Amava-a.
E ela tinha mentido.
Só havia uma coisa por fazer.
-Maldita seja! –Gritou. Agarrando seus ombros.
Empurrou-a contra a rocha.
-Você pequena puta, traiu-me!
Enquanto atirava seu punho para trás, sussurrou:
-Se atire.
Viu em seus olhos a piscada da compreensão.
Lançou um murro.
Permitiu-lhe tocar a face. Saltou e aterrissou a seu lado na terra. Enquanto a
agarrava e a arrastava de novo sobre seus pés, gritou como se tivesse sido assassinada.
-Essa é a maneira. –Ouviu Kassian dizer.
Sim, porco desprezível, você sabe como golpear a uma mulher, não?
-Tragam o ícone. –Gritou a seus primos condenados ao inferno.
Sacudiu Tasya.
Ela se deixou sacudir como uma boneca de trapo, seu pescoço inclinando para
frente e para trás.
Sim, essa era Tasya. Uma verdadeira atriz. Tinha-o enganado. Não tinha tido
nenhuma idéia de que tinha encontrado o ícone.
Algo de sua verdadeira raiva devia haver-se mostrado em seu rosto, porque ela
realmente se estremeceu, e ele viu algo....Pesar? Em seus olhos.
Um pouco tarde para isso.
voltou-se a tempo para ver a estúpida careta no rosto de Sergei, esse avarento
sorriso dele, enquanto se inclinava, e recolhia o ícone. Os olhos de Sergei se abriram
como pratos, aterrorizado, surpreso. Com um grito, jogou o ícone pelo ar. Aterrissou na
grama.
Sergei gritou de novo.
-Que diabos está acontecendo? –Exigiu Rurik.
Como se não soubesse. Nenhum macho Varinski podia segurar o ícone. A Virgem
não permitia ser posuída por um demônio.
-Calem-no. –disse Rurik.
-Que covarde!
-Cala-o você, bola de merda.
Kassian empurrou Sergei. Sergei gritou até que Ilya o golpeou com força no meio
do peito. Então caiu de joelhos e choramingou.
-Assim está melhor.
Agarrou a Tasya pelo cabelo, puxou sua cabeça para trás, e a beijou duro.
Um beijo de despedida. Ao princípio ela lutou. Mas depois se agarrou a seu
pescoço e o beijou.
Quando se tornou para atrás, disse:
-Não corra para me salvar. Não corra para salvar ninguém. se salve.
Talvez em sua mente, ela ainda estava lutando contra o inevitável, mas seu beijo
lhe disse a verdade. Sabia o que tinha que fazer.
-Como se fosse permitir que alguém morra por mim.
Há uma opção aqui. Podemos morrer lutando juntos, ou pode tomar o ícone e
fugir.
-Não fugirei.
-Então morrerá, e o diabo tomara posse do ícone uma vez mais, e o Varinskis
ganhará.
Ela sacudiu sua cabeça. Sacudiu-a e a sacudiu.
-Sim, Tasya.
Devagar ela assentiu.
Ficando entre ela e o Varinskis, disse:
-Faça o que se veja certo.
-Farei.
-Confia em mim.
-Faço.
Olhou-a fixamente.
Seus olhos azuis eram ferozes e ardentes.
-Confio em você.
-Isso não é amor, mas é o suficientemente bom.
Desta vez quando a golpeou, ela estremeceu e gritou soluçando:
-Para! Por favor parem-no!
Ambos fizeram o som de golpear carne contra a carne.
Atrás deles, Sergei ainda gemia e se queixava.
Como se tivesse tido suficiente, Rurik se voltou para os outros.
-Pela merda, recolham o maldito ícone!
Desta vez não olhou, mas voltou a golpear Tasya.
Quando ouviu gritar outro Varinski, sorriu.
Tasya sorriu também, seu rosto vermelha pelo esforço.
Girando sobre seu eixo para enfrentar seus primos, viu o ícone de novo no chão, e
Ilya segurando sua mão, seu pulso em sua outra mão, olhando o dano, gritando, e
olhando de novo. Kassian era o único inteligente no grupo. Ele entendeu o que tinha
acontecido.
-Nós não podemos segurar a maldita coisa. Apontou a Tasya.
-Faz que ela o consiga para nós.
-Finalmente teve uma boa idéia.
Rurik começou a empurrá-la para o ícone.
Ela o deteve com uma mão em seu pulso. Em um tom baixo, disse:
-preciso de sangue em meu rosto, e necessito ematomas.
Ele se congelou. Já que em todas as brigas nas que participou enquanto esteve na
Força Aérea e todas as brigas com seus irmãos, nunca tinha batido em uma mulher em
sua vida. Bater em Tasya seria como bater em sua mãe, ou a Firebird, ou Meadow
Szarvas, ou a sua velha professora, a Srta. Joyce.
-Por favor.–Disse Tasya.
-Vivi em algumas boas casas adotivas, mas também vivi em um par de lares muito
maus também. Fui golpeada antes.
Sua mão se aproximou, mas imediatamente caiu a seu lado. Seus olhos azuis
eram ferozes e tão brilhantes como um carvão ardente.
-Se não o fizer, terei que me golpear contra uma pedra, e realmente me farei mal.
-Bem. Farei-o.
Teve que fortalecer-se. Fechou seus olhos quase todo o caminho. Fingindo que
ela era um de seus irmãos. E o golpe foi bastante duro para partir seu lábio e deixar um
ematoma em sua bochecha.
-Merda isso dói!
Seu punho surgiu para devolver o golpe. Até agora seu primeiro instinto era
defender-se.
-Nada disso.
Agarrando-a pelo braço, propulsou-a para o ícone, e em um tom forte, áspero,
gritou:
-Recolhe-o. Ponha em sua mochila. Você o levará!
Caiu para frente. arrastou-se para o ícone. Com um olhar de miséria, recolheu-o.
Enquanto o fazia, o halo dourado da Virgem brilho ao sol.
Rurik esperava que isto fosse um sinal, um signo de esperança de que seu
sacrifício pudesse não ser em vão.
Ela deixou escorregar o ícone em sua mochila, deslizou-se para frente, recolhendo
sua roupa, sua barra de granola, seu estojo de lentes, ficando abaixo, movendo-se como
uma velha mulher recolhendo suas poucas coisas preciosas. ficou dentro da fila de
Kassian. Ele se aproximou e a chutou nas costelas. Ela caiu rodando colina abaixo, sua
mochila sobre seu estômago, e chocou contra uma rocha.
Kassian era um homem grande, de ombros largos, mau e rápido.
Rurik não se preocupou. Tinha estado ambicionando isto. Fechou a distância
entre eles, agarrou a Kassian pela garganta, olhou totalmente nos olhos avermelhados
do Varinski.
-Não te disse que a chutasse.
-Não está no comando.
O fôlego quente do Kassian cheirava a estrago e enxofre.
-Estou agora!
Rurik lhe deu um murro entre as pernas. Kassian se dobrou, depois golpeou com
a cabeça o estômago de Rurik.
Rurik caiu de costas, subiu sua perna, e, antes de que Kassian pudesse
endireitar-se, chutou-o sob o queixo. Kassian tropeçou para trás.
Sergei e Ilya saltaram imediatamente sobre o Rurik.
Tasya arrastou o fôlego em seus pulmões, tratando de limpar a escura névoa que
nadava diante seus olhos.
Com uma mão na rocha que a tinha detido e outra agarrando sua mochila, ficou
em pé e se manteve parada, ziguezagueando.
Tinha que enfocar-se. Tinha que sair ali.
Eles estavam matando Rurik.
Primeiro Sergei e Ilya caíram sobre ele, e tomou uma palpitação que lhes
respondesse. Rurik havia dito que poderia lutar; viu a prova disso agora enquanto ele
dava patadas e golpes, saltando no ar, movendo-se tão rapidamente que não podia
seguir seus movimentos.
Isto era Crouching Tigre, Hidden Dragon9, mas sem os subtítulos.
Um brilho de metal capto seu olhar. Olhou e ali estava. O arsenal do Varinskis.
Um rifle de longo alcance. Outra pistola semiautomática. Uma escopeta. E todas as
munições.
Descobriu que nada curava tão rápido uma possível costela quebrada como ver
que as armas de fogo do Varinskis estavam desprotegidas ali.
Jogou a pistola e a escopeta de caça no rio. Verificou o rifle para ver se estava
carregado. Estava, e o colocou sob seu braço. Jogou a munição no chão.
Deu um olhar na briga a tempo de ver Kassian entrar nela, e a dinâmica trocou.
Rurik estava arrasando, ainda castigando os homens com seus punhos e seus
pés, mas recebendo mais e mais golpes em seu rosto, seu peito, suas pernas.
Então aconteceu.

9
filme - O Tigre, O Dragão Oculto
Em uma ação tão rápida que não pôde segui-lo, ele trocou. Rurik desapareceu, e
em seu lugar um falcão explodiu no meio do grupo e voou fora dali.
Rurik.
Levantou seu punho em sinal de triunfo. Bom para ele! Viu a labareda quando
seus olhos se enfocaram nela. Lhe tinha dado uma vantagem. Queria que ela a usasse.
Jogando sua mochila em cima de um ombro, correu pela colina para o convento, e
o escapamento.
Esse chute que Kassian lhe tinha dado não o fez fácil; tinha problemas para
respirar. O volumoso rifle pesava, também. Mas não podia deixá-lo já que poderia
necessitá-lo.
Não deixava de olhar sobre seu ombro, desesperada-se por ver a batalha do Rurik.
Uma águia grande branca e negra voou depois do falcão.
Ilya.
Continuou correndo, e olhou de novo.
Os pássaros se encetaram em uma batalha etérea, enquanto atacavam e gritavam.
As asas de Ilya bateram em Rurik, mas Rurik era menor e mais rápido, enquanto
golpeava, rasgando à águia com o bico e garras. O combate era formoso, e mortal.
-Vamos, Rurik. –Murmurou.
-Vamos. Você pode ganhar isto.
Pela primeira vez desde que tinha saído dessa capela para cair em mãos dos
Varinskis, a esperança se elevou em seu coração. Talvez eles dois poderiam sobreviver
este ataque. Possivelmente ele poderia perdoá-la por esconder o ícone para si.
Talvez......Possivelmente ela poderia viver com um Varinski, contando que seu nome
fosse Rurik. Talvez nada disso importava. Talvez tudo o que importava era sobreviver.....
Ela o olhou. Detendo-se. Voltando-se.
Ela estava agora no alto da montanha, olhando para baixo as pedras e bosques
que povoavam o campo. As aves de rapina ainda revoavam e lutavam, mas a águia
estava cansada, falhando.
Ela não podia ver Sergei; ele estava oculto de sua vista.
Mas podia ver Kassian. Estava em pé em uma rocha, sustentando um arco e
flecha.....e estava apontando para Rurik.

Capítulo 29

A flecha voou, não em um movimento lento como nos filmes, e sim tão rápido que
Tasya não teve o tempo para gritar um protesto. Esta apunhalou o falcão no ar,
arrancando o de sua trajetória de vôo, e durante um horroroso segundo, viu a labareda
vermelha em seus olhos. Então o brilho se extinguiu.
O ave caiu em picada para a terra e desapareceu em uma arvoredo.
Ela gritou, pondo toda sua energia, toda sua angústia, toda sua emoção, em um
protesto contra a vida que a tinha conduzido inexoravelmente a este.....Este destino.
Kassian Varinski a ouviu. Deu volta para confrontá-la. Riu, fazendo resplandecer
seus dentes. E pressionou seus lábios em um beijo que prometia a humilhação, a
violação, a morte.
A velha raiva familiar contra o destino a embargou. Começou a avançar para ele.
Mas não. Se se lançasse precipitadamente para salvar Rurik, tudo...O ícone, a
família de Rurik, a humanidade em si mesma....Estaria perdida.
E não podia salvá-lo. Tinha visto sua vida desaparecer em uma piscada.
Sabia agora. Tinha sido um idiota perseguindo o sonho incorreto. O amargo
sonho. A vingança de sua própria família, inclusive se era possível, seria uma vitória
incompleta.
Mas podia salvar os Wilder. Eram a família Rurik, as pessoas que havia o trazido
para o mundo, quão únicos o formaram, formaram o homem que tinha dado sua vida
por ela e pelo ícone.
Seu sacrifício não seria em vão.
Podia seguir as instruções de Rurik. Não importava quão duro fosse o caminho,
levaria o ícone a Washington.
E embora sabia que não podia matar um Varinski, se podia fazê-lo machucar.
Machucaria-os muito!.
Sem remorso ou compaixão, levantou o rifle a seu ombro. Kassian deu uma
olhada em sua mão firme, e foi para o lugar onde Rurik tinha aterrissado.
Ela disparou e falhou.
Ele desapareceu da vista.
—Você, covarde! Covarde de filho de puta!
Queria matá-lo. Era tão ruim que queria matá-lo....
A águia deu um grito de triunfo, pregando suas asas se lançou em picada....
Sua fúria quente desapareceu na quebra de onda de frio ódio. Desta vez, apontou
com serenidade, e disparou.
A bala golpeou à águia diretamente no peito.
O pássaro explodiu em uma rajada de plumas brancas e negras, e desceu em
queda livre.
Toma isso, pedaço de merda.
Embora tivesse gostado de saborear o triunfo, tinha só pouco tempo para escapar.
Rurik tinha razão. Tinha só uma rota possível.
Retornou correndo da mesma forma que tinha chegado, e olhou os restos da
árvore, negra e desmoronada, que marcava a entrada da cova.
E ali estava.
Baixou a mochila e o rifle através da pequena greta na terra. Depois se meteu ela
mesma, deixando-se deslizar até que seus pés penduraram.
Sua missão era clara em sua mente. Escapar pelo túnel. Entregar o ícone para
salvá-lo.
Tudo que tnhia que fazer era ir-se.
Ir-se e desaparecer na interminável escuridão onde ninguém vive, nem sequer um
sopro de ar…....
Mas a final, o que importavam seus velhos medos?
Quão pior poderia ter acontecido já tinha acontecido. Rurik estava morto. Tinha
que ir.
Assim o fez.
Aterrissou no chão de terra suave, respirando o fresco e úmido ar. Um raio de sol
de acima tocou sua cabeça. A boca de túnel estava longe, deixando-a em uma escuridão
tão negra que fazia doer os olhos. Ao final, sabia, estaria segura, outro país....Uma vida
diferente.
Estava pronta para renascer uma vez mais por este túnel. Agora terei que passar o
doloroso processo, uma vez mais.
Mas desta vez, ela não era uma menina. Esta era sua escolha.
Tomando sua mochila, procurou e encontrou sua lanterna.
O estojo de plástico estava quebrado.
É obvio. Nesta viagem, não poderia ter luz.
Apoiou os dedos na parede de rocha e começou a avançar.
Se só não estivesse sozinha.....
Estrangulou o pensamento antes de que pudesse abrir-se caminho em sua mente.
Não podia pensar em Rurik, na chama de sua vida apagando-se em uma piscada.
Podia concentrasse em sair. Realmente tinha feito mal a um Varinski, mas os
outros dois estavam vivos. Caçariam-na agora mesmo? Acreditava que não. Tinham um
irmão pelo que preocupar-se, e o corpo de Rurik para......Para......
Não importava o que fizessem ao corpo de Rurik. O que importava era escapar.
Assim se apressou na noite interminável. A luz da boca da cova pouco a pouco foi
reduzindo, como sabia que o faria, e cada passo se transformou em um passo para o
desconhecido. Não, não o desconhecido. Ao passado.
Tinha sido jovem, tão jovem, e furiosa por ter sido arrastada longe de sua mãe.
Tinha chutado a sua Babá, tentnado escapar, para voltar e ajudar a apagar o fogo, e
fazer que a mulher deixasse de gritar. Mas a senhorita Landau a tinha empurado para
frente. Foi a imperturbabilidade da boa senhorita Landau o que pôs fim ao escândalo e
havia finalmente capturado a atenção de Tasya; a senhorita Landau sempre insistia que
se devia manter o comportamento apropriado custasse o que custasse sem importar as
circunstâncias, e Tasya não se comportava corretamente.
Uma vez que Tasya deixou de lançar sua raiva e começou a prestar atenção, notou
a escuridão. Notou outras coisas, também...O cheiro de terra, a lenta, errática destilação
da água, o tato da pedra sob seus dedos. Notou que a imperturbável senhorita Landau
tremia ligeiramente.
Mas foi a escuridão o que a tinha afligido. Tasya e sua Babá estavam
caminhando....Tasya estava pondo um pé diante do outro....Por isso sabia que se
moviam. Mas isto tinha parecido falso.
Como qualquer menina, como qualquer pessoa, a jovem Tasya tinha medido seu
progresso pelo que podia ver, sentir e cheirar, e aqui, nada mudava,nada mudava por
milhas....Por milênios. Agora Tasya era mais alta. Seus passos eram mais longos. A vida
a tinha transformado de menina imperiosa em alguém que acreditou que poderia
arrumar tudo com sua câmara, sua história, e, se fosse necessário, seus punhos.
Enquanto se movia pelo túnel, mantendo uma velocidade estável, perguntou se
quem seria quando escapasse desta vez.
Caminhou durante horas, parando unicamente para acender a luz de seu relógio e
olhar a hora. Duas horas. Quatro horas. Oito horas.
Às vezes se sentia um sopro de ar quando outra cova dava ao túnel principal. A
maioria das vezes, era só fresco e puro, mas uma vez pareceu maligno, e por só um
instante o véu do tempo se levantou, e, em sua mente, viu um homem, carregado de
ouro. Ele se afundou sob seu peso, e morreu ali na câmara próxima.
Não correu, mas queria, longe da caveira de olhos vazios que a olhavam com
diversão.
Estava ficnaod louca?
Seus pés machucados. Seus olhos doloridos. Quis gritar de solidão, pelos
pensamentos que deram voltas em seu cérebro como o falcão mesmo que tinha perdido a
todos os que alguma vez tinha amado, e agora tinha perdido outra vez. Enfrentava uma
eternidade sombria com a solidão, e talvez, somente talvez....Uma eternidade de
escuridão, por ali não estava a saída desta cova.
Isso fez com que parasse.
Sim. Havia mais passagens que estas, e se perdia, poderia vagar, perdida, até que
morresse.
Tomando sua mochila, enrolou o braço através de uma correia. Pondo suas costas
contra o muro, deslizou-se para baixo e se sentou. Tinha caminhado tanto tempo, tão
rápido, tão duro, sem comida nem água, que estava começando a ter alucinações. Não
tinha nenhuma razão, nenhuma, para imaginar uma morte nestas covas, ou o desespero
de escapar quando tudo ia perfeitamente. Tinha cornija de rocha, estreita e
reconfortante, para guiá-la, e o conhecimento de que tinha passado por aqui antes.
Não importava quanto tempo tomasse, poderia escapar das covas e as sombras, e
uma vez que estivesse de volta no mundo real, ninguém sabia melhor que Tasya
Hunnicutt como passar de um país a outro sem ser notado.
Bom, talvez Rurik sabia melhor.
Uma lágrima escorregou por sua fresca bochecha.
Limpou-a.
Não havia tempo para isso.
Tirando seu cantil, tomou um comprido gole, depois encontrou suas barras de
granola e comeu uma das pobres coisas esmiuçadas.
Esta cova era simplesmente uma cova, e parte do verdadeiro mundo. Ela não era
Luke Skywalker, enviada a um lugar fora do tempo onde as alucinações provavam sua
força e suas crenças. Por volta de vinte e cinco anos, ela tinha atravessado esta cova e
não tinha sofrido nenhum dano, não tinha revelações, não tinha aprendido nada mas
sua velha vida tinha terminado e uma nova vida tinha começado.
Agora era melhor que antes. Fazia vinte e cinco anos, a senhorita Landau a tinha
metido pressa em todo o caminho, e quando Tasya de quatro anos não podia andar
mais, a senhorita Landau a tinha carregado. Então quando elas por fim se aproximaram
da abertura no outro extremo, a senhorita Landau tinha estado nervosa. Inclusive a
menina Tasya tinha compreendido que a senhorita Landau temia o que encontraria.
Hoje, Tasya também temeu.
Depois de mais de oito horas de caminho, sabia que a perseguição era improvavel,
e se os Varinskis não tinham descoberto a saída para a cova a primeira vez, certamente
não poderiam desta vez.
Assim agora precisava manter a cabeça limpa, permanecer alimentada,
permanecer hidratada, e seguir movendo-se.
Sacudiu os restos da barra de granola do pacote e sua boca, tomou outro bom
gole de água, em pé, e desempoeirou o traseiro de suas calças.
Quanto tempo mais?
Não sabia. Um dia? Dois? A menina Tasya não tinha tido conceito de tempo, mas
sim tinha parecido como se a prova final nunca terminasse. Mas se tinha terminado, e
poderia uma vez mais.
Andou até que encontrou a cornija, ainda no nível da cintura, e começou a
avançar. Escutou um chorrito de água, depois uma ondulação, e compreendeu de que
estava caminhando junto a um arroio. O ar fresco cresceu, como se em algum lugar
perto houvesse uma entrada ao ar livre. Seu coração se elevou e pela primeira vez,
tropeçou com uma pedra no caminho. Caiu para frente, suas mãos estendidas para
deter sua queda. raspou-se a palma de sua mão e bateu o em sua testa ao cair das
rochas, e quando gritou, o som ecoou acima e fora.
Ccongelou-, e escutou. Em algum lugar perto, a água estava gotejando. Muito por
cima de sua cabeça, ouviu um fraco chiado: morcegos. sentia a umidade aqui.
De algum jeito, ela tinha chegado a uma enorme caverna, e talvez a um lago ou
um arroio.
Não recordava este lugar, não o recordava absolutamente.
Cautelosamente se arrastou para trás e ficou em pé. Procurou atenta a parede que
a tinha guiado aqui.
Encontrou a cornija e com cuidado avançou pouco a pouco, deslizando-se ao
redor das rochas que bloqueavam o caminho e sem advertência, a parede desapareceu.
Tomou uma respiração rápida e aterrorizada que ecoou através da caverna,
fazendo-se mais forte ao expandir-se para encher o espaço morto.
Recuou, encontrou a parede outra vez, e o suporte, e avançou uma vez mais.
O muro caiu imediatamente por debaixo de seu toque.
Algum dia em recente passado, um afundamento tinha feito que a parede caisse,
e, com isso, o suporte que a conduziria a segurança.
Não podia acreditar. Isto não era possível. Tinha andado milhas clandestinamente
se ela calculava três milhas por hora para um meio, e um mínimo de oito horas, tinha
andado vinte e quatro milhas sob a maldita montanha procurando sua liberdade para
terminar aqui? Permanecer com sua mão estendida em nada? Não era possível!
Não podia retornar. Os Varinskis poderiam não estar perseguindo-a na cova, mas
ela apostaria que não lhe permitiriam voltar alegremente e cruzar através da
Ruyshvania.
Não podia seguir adiante porque....Porque não tinha como saber para onde ir.
jogou os braços para frente, agitando-os, tentando encontrar a orientação que
necessitava e o cascalho sob seus pés escorregou.
Caiu. Por um instante se manteve em pé, arrastando-se para baixo como se
estivesse de esquis.
Depois o terreno desapareceu completamente, e caiu na escuridão.

Boris se sentava em seu escritório, olhando o telefone, à espera de que soasse.


Esperando que seus meninos chamassem e dissessem que tinham destruído a Rurik
Wilder, que tinham a mulher....E o ícone.
Boris tinha obedecido ao Outro.
Tinha descoberto tudo sobre a mulher que Rurik Wilder tinha com ele, esta Tasya
Hunnicutt. Agora Boris sabia que ele estava em um verdadeiro problema.
Porque na Cidade de Nova Iorque, um livro estava em caminho pelo processo de
publicação. Um livro sobre os Varinskis.
Cem anos atrás, ainda cinqüenta, os Varinskis tinham tido uma mão de ferro
sobre a indústria de publicação de Nova Iorque. Haviam sustentado as empresas por
suas diminutas pelotas, e por segurança, tinham comprado a alma dos editores.
Então, nos passados trinta anos, as mulheres tinham caminhado fora do
permitido, feito-se redatoras poderosas e ainda editoras, e aquelas mulheres levavam
calças e tinham piercings nas sobrancelhas. Algumas delas eram ainda jovens e bonitas.
Boris não tinha pensado que importasse. Que diferença faria um livro? Ninguém
acreditaria a verdade sobre os Varinskis.
Mas este autor tinha investigado tudo sobre eles.
Tinha escrito um livro narrando sua história, sua lenda, sua larga opressão no
negócio dos assassinatos, o modo em que eles rastreavam e matavam por contrato, e
como os governos os contratavam para perpetrar.....Crimes.
— Ela tinha tido uma história que contar, e o editor masculino disse que ela tinha
a voz para fazê-lo e ser um êxito de vendas. A mulher publicitária sorriu com seus
dentes brancos e chamou o autor....O próximo Dom Brown.
Enquanto o mundo girava sua atenção ao julgamento Varinski, a palavra na boca
dos livreiros e a imprensa cresceu com dimensões quase míticas. A publicidade
crescente ao redor dos Gêmeos Varinski arruinava a imagem cuidadosamente
desenvolvida pop Boris Varinski de assassinos invencíveis, intocáveis.
E o autor era Tasya Hunnicutt.
Tasya Hunnicutt, a companheira de Rurik, a fêmia que trabalhava para a National
Antiquities Society. Não era alguma velha gorda com cabelos no queixo. Era a mesma
mulher que tinha desaparecido com Rurik Wilder depois da explosão na tumba
escocesa.
Tinha prometido a seu editor que antes de que publicassem o livro, proporcionaria
a prova sensacional da história dos Varinskis, e o que tinha ocorrido, o descobrimento
do ouro, a explosão na tumba, seu misterioso desaparecimento, tinha criado um furor
muito além de algo que poderia haver imaginado. Agora mesmo, os matutinos
americanos ofereciam ser os primeiros em tê-la como convidada quando reaparecesse.
Quando o Outro se inteirou sobre Hunnicutt, como tinha feito a investigação
sobre os Varinskis, inclusive indo tão longe para viajar a Ucrânia e tomar fotos de sua
casa......Quando o Outro descobrisse que Boris não tinha estado vigilante e alerta sobre
sua vida particular....Quando o Outro se desse conta de que Boris não tinha podido
deter o livro antes de que fosse inclusive apresentado....Boris sofreria.
E se o Outro perguntava que tinha feito para recuperar a mulher e o ícone, e Boris
lhe dissesse que o cachorrinho de Konstantine e uma mera mulher tinham derrotado a
força dos Varinskis...
Boris poderia morrer.
Ele poderia morrer, iria ao inferno, e se queimaria em agonia eterna.
Sabia. Já podia sentir as chamas.

Capítulo 30

A cabeça da Tasya doía. Sua face estava gelada. Mas não sabia onde estava, e
quando abriu seus olhos, sua desorientação aumentou.
Tinha quatro anos?
Tinha sido sua vida inteira uma ilusão?
Tinha morrido e encontrado na vida depois da morte uma enorme escura caverna?
Sentia-se como uma idiota.
O caminho através da escuridão.
A parede que desaparecia. A caverna. A queda. Recordou agora, mas recordar não
era agradável. Estava como boca de lobo. Não sabia onde estava. Não sabia para onde ir.
Estava apanhada ali, na montanha sob seu país, e morreria ali.
Poderia desaparecer ali, e o ícone que ajudaria a destruir o trato com o diabo,
vingar a seus pais, ajudar que o espírito do Rurik descansasse em paz, desapareceria,
também, e nunca serí encontrado.
O diabo tinha ganhado.
Ela tinha falhado.
Pela primeira vez desde que tinha quatro anos, Tasya baixou sua cabeça a seus
joelhos e chorou.
Chorou por seus pais. Chorou por sua infância perdida. Chorou por todos os
momentos de dor e desumanidade que tinha documentado com sua câmara. Chorou
pela morte das esperanças de Rurik.
Sobre tudo, chorou pelo Rurik.
Tinha morrido lutando por ela.
Ele poderia ter roubado o ícone e escapado. Poderia havê-lo mantido a salvo e
levá-lo com sua família, e eles poderiam havê-lo protegido enquanto esperavam que a
seguinte parte do quebra-cabeças do destino caísse no lugar.
Mas não. Rurik tinha acreditado que ela era uma parte incorporada do plano, e
tinha recusado abandoná-la.
Embora não mudava o fato de que ela o amava. Pela primeira vez desde que tinha
quatro anos, atreveu-se a amar.
Embora tivesse sido um idiota. Que bem lhe tinha feito proteger seu coração, suas
palavras e seu amor? Rurik estava morto, e nunca poderia saber se ela faria algo por ele,
levar o ícone a seus pais, sacrificar sua oportunidade de vingança, porque o amava.
Levantando a cabeça para o céu invisível, disse,
-Deus, durante anos, não rezei. Não acredito em você. Como poderia? Não vi
nenhuma prova de sua existência. Mas agora vi a prova de que o diabo existe. Assim
deve existir, também, e agora te rogo. ... Rurik Wilder está morto. Ele foi parte de um
pacto com o diabo, mas ele não assinou o pacto, e é....Era um bom homem. Se for tudo o
que é bom, então por favor, eu peço a você, toma-o e leva-o com você. Deixa-o
vir.....Para casa.
Não podia falar mais. A dor e a angústia romperam seu coração. Rendeu-se como
uma pequena bola. Os soluços a sacudiram, doía-lhe a cabeça, e lhe rasgavam os
pulmões. ecoou se através da câmara, através das gretas nas rochas.....E até o céu.
Não sabia quanto tempo tinha chorado. Durante uma hora ou mais. Mas quando
finalmente levantou a cabeça, sentiu-se melhor....Leve, mais confiante.
Quando todos os dias de sua vida se consumaram, e vagasse nas terras dos
mortos, veria Rurik outra vez. E na escuridão e a umidade da caverna, fez um voto...A
primeira coisa que lhe diria era que o amava.
Por agora, não importava como de desesperada estivesse, tinha que tentar
encontrar a saída deste labirinto de covas. Tinha que devolver o ícone a família Rurik, ou
morrer tentando.
Mas...Que estranho!....Parecia como se houvesse uma luz na distância. Não uma
verdadeira luz, não era a luz do sol ou uma lanterna, mas este brilho...
Esfregou seus olhos, tentando limpá-los, mas o brilho estava ali ainda. Dois
brilhos, em realidade.
Olhou ao redor, perguntando-se se o sol de algum modo penetrou ali. Mas não,
tinha que ser de noite. Então a lua? Ou talvez um peixe fosforescente no lago ou alguma
estalactite que brilhava na escuridão? riu um pouco.
Talvez havia ficado, porque se olhava parecia que duas pessoas estivessem em pé
no lago......E havia um lago. Enchia a caverna, com nenhum caminho a seu redor.
Mas as pessoas, se tratava de um homem e uma mulher, que faziam gestos para
que subisse pelo caminho pelo que vinha.
Tasya soltou um soluço. Levantou, seu olhar fixo naquelas pessoas. Quem eram
eles? Eram pessoas? Ou eram inventos de sua imaginação?
Tasya estava sonhando? Inconsciente? por que havia um homem e uma mulher
com ela no metrô?
Agarrou sua mochila e reatou seu caminho através da rocha de volta a parede
onde tinha começado. Podia ver todo o caminho; já que a fraca luz branca banhada
tudo.
Era estranho ver o que tinha sido oculto antes. O desprendimento tinha sido
enorme; uma seção inteira de parede e teto caiu, demolindo o que tinha sido um
caminho liso pelas montanhas, presa do rio, e construindo o lago.
Quando chegou ao topo, pôde ver atrás o caminho pelo que tinha vindo, Com o
passar do atalho, e para frente, onde uma fina franja do caminho de pedra ainda se
pegava a parede, uma tira realmente fina de pedra. Tão estreita que se se movia pouco a
pouco, seguindo a convocação daqueles forasteiros luminosos, havia uma possibilidade
bastante boa que se deslizasse e caísse, e desta vez não sobreviveria.
Mas as pessoas a esperaram, e de algum modo, ela sabia que tinha que as seguir.
Certo se ela não o parasse, estaria perdida para sempre. Mas se o fazia... Quem eram
eles? Aonde a conduziriam?
Viam-se tão familiares.
Como poderiam parecer familiares?
Com seu olhar fixo neles, ficou contra a parede e andou de lado ao longo do
suporte. Manteve seu olhar fixo sobre os estranhos, manteve seu olhar fixo sobre os
estranhos, manteve seu olhar fixo....Deu uma olhada para baixo.
E se congelou.
Seus dedos do pé penduravam sobre a borda e a rocha caiu diretamente no lago.
Isso estava milhas abaixo, e as rochas se sobressaíam como denta. Se caísse.....
Um sussurro magro de som veio ao redor de sua cabeça.
-Vêem, carinho. Vêem.
Esta era a voz de sua mãe.
Esta era a voz de sua mãe.
Com os olhos amplos e brilhantes, Tasya seguiu a fina rocha ao redor da borda do
lago. A qual se manteve firme sob seus pés.
Sua mãe. Seus pais. Tinha rezado, e seus pais tinham vindo por ela. Ou para
ajudá-la a escapar das covas. Não sabia. Não se preocupou. Pela primeira vez em vinte e
cinco anos, poderia ver o rosto de sua mãe, os brilhantes olhos azuis, tão parecidos com
os seus. Poderia ver o rosto de seu pai, a mandíbula decidida, quão mesma via no
espelho cada manhã.
Isto era o melhor momento de sua vida.
Este era o momento em que compreendeu quanto tinha perdido. E quanto tinha.
-Mama –Sussurrou quando se moveu pouco a pouco adiante-Você está estranha.
Sua mãe sorriu.
-Sei.
Tasya não podia escutá-la. Não na realidade. As palavras eram como um sopro em
sua mente.
-Papai...
-Eu sei.
A extensão se alargou. Moveu-se com mais confiança.
-Ele está ai com vocês?
Não lhe responderam.
Moveu-se mais rápido, tentando vê-los mais claramente.
-Por favor. Rurik. Amei-o. Posso vê-lo?
Seus pais se afastaram quando se aproximava. O calor de seu amor a rodeou,
conduzindo-a para frente. Eles riram, alegrando-se com ela.
O suporte ficou mais amplo, transformou-se em um caminho, e Tasya se apressou
cada vez mais, até que esteve correndo atrás deles.
Mas não falavam.
-OH, por favor. OH, por favor....
O brilho ficava mais brilhante, mais forte.
-Se eu pudesse vê-lo uma vez mas.....
Rodeou um canto e o sol da manhã a golpeou totalmente nos olhos.
Jogou suas mãos sobre de sobre seus olhos, e olhou para trás.
-Mamãe?
Mas eles se foram, desaparecidos na luz do dia. Tinham-na conduzido...A sua
liberdade. Para viver.
Agora ela estava sozinha outra vez.
O sentido de perda a sacudiu como um golpe.
Mas não podia vacilar. Não podia derrubar-se.
Tinha sido enviada aquela cova para aprender uma lição, e tinha aprendido.
Poderia ir adiante e faria o que tinha que fazer.
Se seus pais estavam perto, então tinha fé em que veria algum dia outra vez A
Rurik.
Algum dia, eles estariam juntos outra vez.

Capítulo 31

Konstantine empurrou o andarilho, apoiando-se pesadamente nas barras, quando


ele completou um de três circuitos ao redor de sua casa no Estado de Washington. Sua
roupa pendurava dele, como se ele fosse um velho homem em vez de ter sessenta e seis e
um Varinski na flor de sua vida. Ele tinha um estúpido tubo em seu nariz e estava fraco.
Tão fraco.
Cada dia o caminhava um pouco mais longe e se empurrava a ir um pouco mais
rápido.
Cada dia, Zorana se preocupava com pequenezes e farejava. Ela caminhava com
ele e arrastava seu oxigênio nas rodas e sua tv móvel, mas não gostava e a sua própria
maneira, ela deixava ver sua opinião bastante clara.
Sua pequena esposa mal tinha trocado em trinta e cinco anos. Ela ainda era
pequena, 1 metro e 52 cm, com o cabelo e olhos escuros que o tinham fascinado. Sua
pele era Lisa e morena, com um pouco de cor mais na mandíbula, mas que homem
olhava a mandíbula de uma mulher?
Seus lábios... ah, seus lábios ainda eram intonxicantes, os lábios que tinham
trocado seu mundo.
Ele tinha visto como o observava como quando dúzias de vezes os meninos se
comportavam mau. Sua mandíbula empurrava para frente, seus braços cruzados sobre
seu seo ela estava acossando-o em lugar de caminhar.
Ela não era feliz com ele.
Usualmente, o poderia ser indulgente com ela.
Mas não neste. Ele não podia viver seus últimos dias como um inválido encadeado
a uma cadeira de rodas. Ele poderia ao menos recuperar uma parte de sua força.
Ele tinha que fazê-lo. Independentemente se Zorana gostasse ou não, a batalha
seria dele.
Assim agora que caminhava e a distraía com seus temas absurdos. A casa..Eu
gosto. Não tão grande, como os californianos que se mudam nas enormes mansões sobre
o topo da montanha e dizem que são os reis. Porcos em objetos caros de vestir
continuam sendo os porcos. Temos três quartos, que são suficientes para nós. E dois
banheiros.Ele parou, levantou dois dedos, e usou a oportunidade para agarrar fôlego.
-No Antigo País, dois banheiros eram insólitos. Todo mundo poderia pensar que
somos ricos....
Zorana não disse nada.
-É obvio, poderíamos remodelar e acrescentar um banheiro só para nós. Poderia
estar bem para quando tivermos netos. A viagem ao banheiro é comprido no inverno, e
você já estas envelhecendo. Mas você não quer falar sobre o desenho do banheiro...
Atualmente, ela tinha falado a respeito de um banheiro matrimonial durante
anos. E a silenciosa que se mostrou diante o tema é uma clara demonstração de quão
furiosa estava.
Ele se preocupou com a Zorana sua esposa teve que ser valente cada dia desde o
Adrik tinha fugido por volta de muitos anos. Agora Rurik tinha desaparecido. Jasha
disse Rurik tinha usado seu cartão de crédito, aquela com o nome falso, mas a última
vez faz muitos dias, e sua preocupação, tácita mas tão real, roía neles dia e noite.
-É um bom ano para as uvas, especialmente para as uvas pinot-As fileiras da
videira, com grosas folhas verdes e uvas amadurecendo, correm através de seu vale até
onde a vista o deixava ver, e que aliviará a pesadez de seu coração-Se mantivermos isto,
vamos chutar o fundilho dos cultivadores do Oregón.
Zorana não o olhou. Ela não respondeu. Mas eles tinham estado casados durante
muitos anos. Ele conhecia sua esposa, e esta era uma batalha que poderia ganhar.
-O jardim está crescendo bem este ano, também, e não quero que você dirija a loja
de frutas sozinha. É muito trabalho para uma mulher de sua idade.- Ela soprou. Ele
fingiu não ouvi-la-Vamos contratar um dos meninos que trabalha para os Szarvases.
Qual é o nome dessa garota?- Ele fingiu que não podia recordá-lo –A que faria tudo por
dinheiro para comparar pinturas?
-Michelle.
Há. Zorana tinha tido que dizer uma palavra. Se ele se mantivesse assim, ela
tinha que liberar todas aquelas fúrias reprimidas que ele conhecia que tinha debaixo da
superfície e a estava consumindo a fogo lento.
-Isso é correto. Quando ela trabalha, as pessoas para pra comprar.
Zorana se congelou em seu lugar.
-A que se refere com isso?
Seguiu caminhando.
-Quero dizer que pararão para olhar seu rosto bonito.
A frustração e a fúria de Zorana transbordou e se apressou a reunir-se com ele.
-Agora está tomando decisões sobre a loja de fruta? A loja de frutas que comecei
sem nenhuma ajuda sua? A loja de frutas que pensou era uma idéia estúpida? E você
pensa que sou muito velha para trabalhar nela?
Ele a deixou conversar por um tempo, desfrutando do ruborizado de suas
bochechas, as bochechas que ultimamente com muita freqüência se tornaram pálidas e
fracas com preocupação. Quando finalmente começou a correr para baixo, ele disse,
-Eu penso que você é muito formosa, e temo que algum jovem virá e a separe de
mim.
Ela soprou.
-Temos que revisar seus olhos a próxima vez que vamos ver o médico de Seattle.
-Não é necessário. Eu o vi te olhando. O mesmo fantasiava.- Konstantine
ligeiramente golpeou seu peito com seu punho-Mas não vou permitir que ele te tenha.
Você é minha, para sempre.
Seus olhos se encheram de lágrimas rápido. Ela se recordou de sua própria visão,
a qual o via encadeado no inferno por toda a eternidade.....Sem ela.
-Para sempre-Insistiu-Agora me dê um beijo.
O beijou, um beijo cheio de seu amor por ele e sua rebelião em contra este cruel
destino, e sustentou com seu braço e amaldiçoou a maldita enfermidade que gastava seu
coração e o fazia incapaz de confortá-la como eles desejavam.
Nunca consciente de sua condição, ela o Libertou antes de que nenhum deles
estivesse preparado, e pôs sua segunda mão na segurança de seu andarilho.
-Vamos ao redor da casa uma vez mais-Ele disse. Ela começou a protestar, então
ele levantou sua mão, escutado.-Ouço um subindo pela estrada.
Ela não questionou sua declaração, o ouvido de lobo não lhe tinha falhado ainda.
-Reconhece-o?- perguntou.
Ele sacudiu a cabeça, e se moveu tão rápido como pôde para a parte dianteira da
casa e ela não trato de freá-lo.
Deram volta em on canto quando o Camry parou diante do alpendre. A mulher
dentro fico sentada e olhou para a casa, então salto no assento e os olhou quando se
moveram para ela.
-É essa.. A garota, a que estava com ele quando desapareceu. Eu a reconheço da
televisão-Sussurrou Zorana–Essa é Tasya—Com o cabelo branco e negro.
-Assim vejo- Ele viu, também, as muitas expressões de Tasya através de seu rosto:
a ardente resolução que havia a trazido até eles desaparecendo-se e se transformando
em lágrimas e uma desesperada relutância a cumprir o dever que ela tinha levado até
ali.
-Você acha que está ferido? ou retornará a casa mais tarde?- A voz de Zorana era
cheia de esperança.
Com óbvia relutância, Tasya abriu a porta e saiu do carro.
Não. Tasya mostrou em seu rosto e em seus movimentos que não há lugar para a
esperança.
Seu filho, o bebê que tinha embalado, o menino que tinha ensinado a ser
precavido, A caçar, controlar seu estado selvagem, o homem que cresceu até
transformar em um piloto e então um arqueólogo....Estava morto.
A garota caminhou para eles, tentando sorrir com uns lábios que tremiam.
Ele parou, e tomou o braço de Zorana quando ela se apressou para frente.
Como Tasya colocou suas mãos no bolso e parou diante deles, com seus grandes
olhos azuis pediu sua compreensão, por sua compaixão.
Pior neste momento, não havia compaixão para ninguém mais que para ele e sua
esposa.
Tasya tirou um pequeno quadrado, envolto em um papel de seda e o
desembrulhou estendendo-o .
O segundo ícone.
Queria cuspir sobre ele. O preço tinha sido muito alto.
Os dedos da Zorana se tremeram quando tomou o ícone e olhou no rosto da
Virgem, no crucificado Jesus, no brilho do ouro e a brilhantismo de mais de milhares de
anos. Depois olhou a Tasya.
-Rurik?- Perguntou afogando-se.
Tasya sacudiu sua cabeça.
Como se o ícone estivesse muito pesado, Zorana caiu no chão. Konstantine
tentou agarrá-la, quase caindo tambem.
Tasya saltou ao lado de Zorana e envolveu em seu abraço. E as duas mulheres
choraram no ombro de cada uma.
Ao olhá-las, suas próprias lágrimas encheram seus olhos e baixaram suas
bochechas.
Bem. Tasya tinha amado seu filho. Agora ela ajudaria a sua esposa. Assim
Konstantine tomaria em sua família, e a amariam.

Tasya estava sentada no velho escritório da pequena sala do Rurik na casa de


seus pais.
Ela tinha descarregado suas fotografias em seu velho computador, e agora as
examinava uma por uma, revisando seus registros do lugar, a escavação, os achados....
Ela queria tão imperfeitamente enviar suas fotos A National Antiquies, a seu editor da
companhia editorial, Aos periódicos que já tinham seguido uma nova história. A
vingança sobre os Varinskis tinha sido seu objetivo portanto tempo que não podia
esquecê-lo. Com a prova que ela tinha aqui, poderia dar a essa família de assassinos tal
golpe que nunca poderiam recuperar-se.
Embora toda a família de Rurik tinha trocado seu nome pelo Wilder, eles eram
Varinskis, e ele também. Konstantine e Zorana não podiam ter sido mais amáveis com
ela, hospedando-a em sua casa, tratando-a com o respeito de ser a pessoa que
encontrou o ícone e com o amor devido a ser a mulher de Rurik.
A irmã de Rurik, Firebird, abertamente tinha chorado a seu irmão. Então, sempre
prática, emprestou roupa a Tasya de seu armário até que a ordem da Internet chegasse,
e como alegrando-se de ter a alguém de sua idade na casa lhe falou de seu bebê.
O ultrasom mostrou que era um menino. Ela não tinha decidido em um nome. Ela
esperava que não fosse muito grande; todos seus irmãos tinham sido de mais de 4 quilos
e meio.
Mas depois de todo Firebird nunca mencionou o pai. Quem quer que seja que
fosse ele, ele estava completamente fora do quadro. Tasya teria pensado que ele era só
um engano breve, mas quando Firebird não se precavia que ela a observada, via-a
olhando pela janela e acariciando seu ventre com uma expressão em seu rosto
de...Raiva, dor, solidão... Sim, por motivos diferentes, Tasya e Firebird tinha muito em
comum.
Então poderia Tasya fazer públicas as fotos sem arruinar a possibilidade de
romper o pacto para sempre? Rurik queria desesperadamente lhe dar uma oportunidade
a seu pai para redimir-se. Tasya se importava?
Antes de que ela o tivesse conhecido, não tinha se preocupado absolutamente.
Mas então ela tinha vindo a esta casa tinha encontrado que Konstantine era um
Varinski e que ela o olhava com cautela. Não se importava que este estivesse
terrivelmente doente, passando a maior parte de seu tempo em uma cadeira de rodas,
respirando de noite com a ajuda de oxigênio.
Ele se parecia com aqueles outros Varinskis, quão bastardos tinham tentado
muitas vezes matar a Rurik e finalmente o tinham obtido. Ela sabia por que tremia
quando Konstantine estava perto; ele tinha assassinado, ele tinha violado e por todo o
que ele se arrependeu, aqueles pecados se arrastam por sua alma.
A profecia de Zorana demandou que a não ser que ele e seus filhos rompessem o
pacto com o diabo, Konstantine se queimaria no inferno.
Quando os Varinskis tinha assassinado a seus pais, Konstantine fazia já muito
tempo se foi daquela família, ainda assim ela não podia esquecer que ele tinha realizado
feitos igualmente horríveis.
Tampouco ela poderia esquecer que ele tinha engendrado Rurik e o tinha criado
para ser um homem ao que ela adorou e amou.
Ela não sabia se devia amar Konstantine ou odiá-lo...Ou chorar por ele.
Estendendo a mão, ela correu seu dedo para passar na borda do ícone. Tinha
dado a Virgem o lugar de honra. Sempre que não olhava a tela do monitor do
computador, ela poderia ver a sábia Virgem com olhos tristes e saber que na batalha
entre o bem e mau outras perdas tinham sido sofridas, outros sacrifícios tinham sido
feitos.
Mas vendo os fantasmas de seus próprios pais mostrado um fato muito
importante a Tasya sua dor já não existia mais, mas seu amor por ela nunca falharia.
Sua ternura se estendia depois da morte e os devolveu para salvar sua vida.
Embora aqueles assassinos, aqueles valentões, aqueles Varinskis Ucranianos,
odiassem a idéia de que eles de qualquer forma dessem comodidades a menina que os
tinha evadido, isto era uma ineludivel verdade que a forçasse a viver escondida, eles a
curaram de seu medo a escuridão e lhe deram a paz da angústia que tinham aceso em
sua resolução.
Agora tudo o que tinha que fazer era ir cuidadosamente através da maleza de
centenas de fotos da Web escocês na Ilha de Rei. Necessitava provas fotográficas do que
ela e Rurik encontraram ali. Ela as guardaria até que o pacto tivesse sido quebrado e
poderia voltar outra vez a vida normal.....Como se a vida alguma vez pudesse ser normal
outra vez, sem o Rurik.
Conforme ia trabalhando, ia tomando notas escritas do que recordava de cada
foto, até que alcançou o ponto de quando tinha dado a câmara a Ashley para poder
trabalhar junto ao Rurik para abrir a tumba.
A primeira foto tomada por Ashley mostrava a Tasya no meio e a Rurik de costas,
rígido e reservado, determinado a não tocar. Por uma dúzia de fotos era o mesmo o
buraco na tumba se fez maior, mas Tasya e Rurik concentrados em suas tarefas.
De repente, a imagem trocou.
Tasya tinha a mão em cima de Rurik e se olhavam o um ao outro.
Olhando-se...E entre eles Tasya viu a necessidade e o ultraje, a cólera e o medo, a
tensão sexual era alta a foto se distorceu no monitor.
Tasya limpou as lágrimas dos olhos.
As emoções entre eles saltaram da fotografia, um registro aquele tempo antes da
armadilha do corpo, da caixa do tesouro, as entalhes da parede, a explosão e a verdade,
mudando suas vidas. Tinham sido eles tão óbvios? Estavam suas paixões ali para que
qualquer as visse? Aquele momento na cova quando Tasya tinha compreendido que
morreria e possivelmente passaria uma eternidade sem o Rurik, não tinha chorado.
Chorar não era um hábito que ela desejasse cultivar.
Embora outra vez teve que limpar as lágrimas de seus olhos e um só soluço
escapou. Ela cobriu a boca, mas outro surgiu e outro e quentes, rebeldes lágrimas
cobriram suas faces.
Como se atrevia a estar morto? Como se atrevia? Que crueldade fez lhe dar o ícone
e forçá-la a trazê-lo aqui para que o pacto pudesse ser quebrado....E então ela poderia
viver? Sua vida inteira tinha sido de uma extensa solidão e por uns poucos dias, tinha
estado viva. Não sempre feliz, não sempre segura, mas viva.
Agora os anos mais tristes de solidão estarão diante dela até que se murchasse na
noite e por fim encontrar seus pais, e seu amor, uma vez mais.
Abaixo, ela ouviu o rugido de Konstantine.
Deu uma risada, e soluçou.
Ela levava já dez dias aqui e tinha descoberto que Konstantine rugia mais do que
falava. Confortava-lhe ouvi-lo. Ele estava vivo, doente, mas ainda vivo. Lutando e vivo
ainda. O Velho era uma inspiração.....Mas então, ainda tinha Zorana.
O pensamento lhe trouxe outra explosão de lágrimas.
Meu Deus, quando tinha se convertido em uma menina?
Uma resposta fácil.
Quando tinha se apaixonado.
Pelo canto de seu olho, captou um movimento, e em um ato de reflexo se virou,
punhos para acima, preparados para matar.
Um fantasma estava ali em pé.
Rurik, com sua jaqueta sobre seu ombro.
Ela olhou.
Tinham-no enviado seus pais?
Ele jogou sua jaqueta sobre a cama.
Desconcertada, olhou-a aterrissar.
Isto aterrissou com um sussurro. Enrugando o edredom. Parecia real.
Ele parecia real.
Levantando, jogou sua cadeira para trás. Caindo ao piso com um golpe bastante
ruidoso para despertá-la e assustar o fantasma.
Mas não despertou.
O fantasma não se moveu. Em seu vez disso ele sorriu, uma espécie de sorriso
torcido e zombador que parou seu coração.
-Nenhum homem vale tantas lágrimas.
-Rurik?- Ela sussurrou.
-Rurik!
Ele estava queimado pelo sol e magro, com um cardeal amarelado ao redor de
seus olhos negros e uma tristeza ao redor de sua boca. Ela aproximou uma mão de seu
ombro, pensando que ia passar através de sua forma e tocou sua cálida pele.
Ele agarrou sua mão, levo-a a sua boca, beijou-a, e seu fôlego tocou sua pele.....
Ele Se jogou para ela.
Ela se jogou para ele. Ele a agarrou entre seus braços.
Vagamente, da porta, ouviu uma choramingação. Seus pais estavam ali. Sua irmã
olhava.
A Tasya não importava.
Ela envolveu seus braços ao redor de seu pescoço, suas pernas ao redor de seus
quadris. Beijou-o, tomando seu fôlego em seus pulmões e lhe dando seu fôlego. E
recordou seu voto no túnel. –Amo você- Ela tomou sua cabeça em suas mãos. Olhou-o
nos olhos.-Amo-te. Amo-te. Amo-te....
Ele era outro milagre de uma vida benta com milagres.
Ele estava vivo.
Rurik estava vivo.

Capítulo 32

Firebird se situou na janela aberta do quarto que compartilhava com a Tasya e


olhou fixamente a noite aí fora.
-Olhe essa lua.
-Maravilhosa.
Tasya estava sentada de pijama, olhando na tela do computador, concentrando-se
tão duro como podia. Tinha que fazê-lo, para bloquear o tumulto em seu corpo. Seu
sangue cantava de necessidade; tremiam as pernas de desejo. E ela vadiando ali jogando
solitário.
-As estrelas são magníficas, também. São tão claras e tão brilhantes, posso ver
claramente o estábulo.
Firebird o disse como se tratasse de um assunto importante.
-Quando tinha dez anos, queria desesperadamente um cavalo e Papai disse que
não. Disse que um cavalo era muito custoso para comprar e para manter, e que nós
eramos pobres, imigrantes que lutam sem dinheiro para tal frivolidade. Eu estava
esmagada.
-Sim. Que decepção.
Rurik estava no seguinte quarto. No seguinte quarto, e Tasya não podia ir a ele.
Porque as regras da casa não permitiam que solteiros dormissem juntos. Deram as mão
durante o jantar, sorriram se olhando nos olhos do outro. Então se beijaram para dar
boa noite...Repetidamente..E separaram seus caminhos.
Tasya não podia acreditar. Ela tinha vinte e nove anos, ter que manter-se casta
pela moralidade do século dezenove aplicada por um Ex-Varinski.
-Mas a palavra de Papai é lei, assim não me queixei. E em meu um décimo
aniversário, papai comprou um cavalo para ele mesmo.
Firebird tinha um pequeno sorriso evocadora.
-Disse que tinha descoberto um uso para ele nos arredores.
Agarrada contra sua vontade pela história, Tasya perguntou:
-Que uso era esse?
-Me dar algo para montar e querer.
-Bem.
-Ele tem seus momentos. De qualquer modo, minha doce e velha égua se encontra
ainda no celeiro, assim Papai mantém o feno no desvão. Seguiu-lhe uma larga pausa.
-Você sabe, meus irmãos estavam acostumados a usar aquele celeiro como seu
espaço privado.
Tasya a olhou. Firebird tinha sua atenção agora.
-Sim. Porque, você sabe, para um tipo que estava acostumado a não ter nenhuma
moral, Papai realmente era estrito sobre nada de sexo sob seu teto.
-Já o notei.
-Papai é um homem realmente tradicional. E, tradicionalmente, os amantes se
escondem para ter sexo.
Pouco a pouco, Tasya empurrou sua cadeira para trás.
-Firebird, o que está tentando me dizer?
-Nada. Por que acha que estou tentando dizer algo?
Firebird se inclinou para fora.
-Olhe isso. Esse é um grande pássaro. Um falcão!
Tasya correu a janela a tempo para ver o falcão imenso voando através da lua
para o celeiro.
-Rurik –Sussurrou.
-Papai tem o ouvido de um.
Firebird se aproximou de seu iPod e conectou os alto-falantes.
-Melhor sair pela janela.

Zorana escutou a música soar sobre sua cabeça. Procurando sob os cobertores,
tocou carinhosamente o peito de Konstantine.
-Tasya acaba de sair pela janela.
Konstantine grunhiu e apanhando sua mão, segurou-a.
-Não ouvi nada. Agora, tranqüila, mulher. Estou tentando descansar.
Tasya correu pela grama, Com o passar do atalho arborizado, até o celeiro.
Pressionou sua mão sobre a porta. Com um rangido, esta se abriu. O celeiro
cheirava a palha limpa, a couro, a um cavalo muito querido. A luz da lua fluía através
das janelas abertas, e Rurik estava em pé junto ao compartimento.
A égua tinha posado a cabeça adoravelmente sobre seu ombro enquanto
acariciava seu nariz.
Não havia mulher no mundo que pudesse resistir.
Sorriu para Tasya.
Outra vez isto a golpeou.....Ele estava vivo.
-Devo ter feito algo realmente bom em uma antiga vida para te merecer.
Sua voz era rouca por lágrimas não derramadas, e tragou para as conter.
Que menina.
-Fez algo realmente bom nesta vida.
Acariciou o cavalo uma última vez, cuidadosamente, e cruzou a pernadas a
distância que o separava de Tasya, seu passo comprido e fácil.
-Sou o que nunca desafiou a sonhar que te veria outra vez.
Quis jogar-se sobre ele como tinha feito essa tarde, mas depois daquela primeira
reação instintiva, recordou... A luta com o Varinskis, o modo em que a luz em seus olhos
se extinguia. Tinha pensado que o tinham matado. Ao menos, que tinha sido
horrivelmente ferido, e pensou que nem sequer sua prodigiosa capacidade de cura podia
com uma flecha atravessando seu peito sem sofrer conseqüências.
-Está realmente vivo, ou este é outro sonho?
-Ela estendeu a mão, sua mão pálida à luz da lua. Ele parou diante ela, e ela
pressionou sua palma sobre seu coração. Este golpeava forte, tranqüilizando-a.
-Como fez para sobreviver? –sussurrou.
Ele capturou seus dedos.
-Vêem. Contarei-te.
Conduziu-a a escada de mão.
ficou em marcha
-Sua irmã disse que vocês usavam este celeiro para fazê-lo.
-Certo. Os outros caras. Mas não eu. Eu sou virgem.
Ela fez uma pausa e o olhou de acima a abaixo.
-Mentiroso.
-Virgem.
Elevou a vista, fazendo-a terrivelmente consciente de que o pijama leve de algodão
se apertava enquanto ela subia, maravilhosamente consciente de que ele a olhava e a
desejava.
Avançou lentamente para o feno esparso pelo piso, olhou para a armadilha, e o
olhou segui-la para cima.
-Terei que ver que posso fazer sobre isso.
-Desejo que o faça.
A luz da lua brilhava através da janela em um quadro que iluminava cada palha e
convertia em audazes sombras as vigas, as balas, a forca. Fazia calor ali, o calor do sol
de agosto que persistia sob o beiral.
Não tinha vindo pronta para a sedução. Seu cabelo ainda estava coberto de
branco nas pontas e encaracolado desordenadamente. Seus braços estavam nus; uma
explosão de estrelas decorava o tecido sobre seu seio e suas coxas. O cordão sobre suas
calças estava atado, e o cinturão descansando desço em seus quadris.
-É a coisa mais formosa que jamais vi.
Indo ao lugar em que a palha formava um ninho, ele se estirou e colocou seus
braços atrás de sua cabeça. Ele era a vida, o convite para o pecado.
Todas as vezes que eles tinham estado juntos, seduziram-se, encontrado, atacado,
e desejado com luxúria.
Esta noite era diferente. Esta noite ela poderia aprender.
Ajoelhou-se a seu lado, a palha limpa corredor sob seus joelhos. Desabotoando
sua camisa, abriu-a de par em par e riscou os contornos de seu peito. Encontrou a pele
destroçada onde a flecha tinha entrado, justo debaixo de seu ombro esquerdo. Mas
havia outra ferida sobre seu ombro, maior, feia, onde a pele não cobria o músculo e as
bordas da ferida brilhavam vermelhos.
-Rurik.
Examinou seu rosto.
Ele a olhou.
-Acabou agora.
O que queria dizer que ele tinha sofrido mais que qualquer homem comum podia
suportar. Desabotoou seu cinturão, tirou suas calças, descobriu que em sua coxa direita
faltava um pedaço de carne, um pedaço de osso por uma punhalada em seu quadril. Ela
beijou cada ferida, seus lábios se atrasavam, e aspirava seu aroma, deleitava-se em sua
vida, angustiada por sua dor. Ele deslizou sua mão ao redor de seu pescoço, atraiu-a
para ele e a beijou.
-Está bem. Esta viva. Estou vivo. Isso é tudo o que conta.
-Não, não é tudo o que conta. Aqueles bastardos quase o mataram. Pensei que o
tinham feito. E espero que se queimem no inferno.
-Penso que pode estar segura disso.
Beijou-a outra vez.
-Matou todos?
-Sim.
Examinou seus olhos. Alisou o cabelo de sua frente.
-Rurik–Sussurrou.
-Me diga...
Suspirou, e inclinou sua cabeça para trás.
-Só se posso te abraçar. Tenho que te sustentar enquanto eu... Enquanto
recordo....
Estendendo-se a seu lado, envolveu seus braços ao redor de sua cintura e pôs sua
cabeça contra seu peito.
-Está o suficientemente quente? Estou te machucando?
Esmagou-a contra ele.
-Isto é o melhor que me aconteceu em três semanas.
-A escutou respirar, e inclusive agora não podia acreditar que ele estivesse aqui.
-Você é um milagre.
-Não eu. Há outros milagres neste mundo.....E tantos horrores. sobrevivi alguns
de ambos.
-Eu te vi. Lutava com o Ilya no ar.
-Despedacei-o com minhas garras. Eu estava chutando seu rabo....
-Vi. Tinha-o sobre as cordas, e depois.....
-Kassian me jogou uma flecha.
Rurik tocou o ponto onde a flecha o tinha perfurado.
-Os Varinskis são uns maus perdedores.
Tasya tragou o nó de ansiedade que se formou em sua garganta.
-Também vi isso. Pensei que o tinham assassinado.
-Bastante perto. Realmente perto.
Meigamente, ele deslizou sua mão através de seu braço nu lhe transmitindo com o
toque calor e vida.
-Sabia que estava preparado para isso. A ferida era muito maciça para o pequeno
corpo do falcão.....
-Espera um minuto.
Tasya meio que se incorporou.
-Diz que a flecha te mataria como um falcão, mas não como um humano?
-Não exatamente.
Ele lutou para explicar os pontos sutis.
-Eu não sabia se podia sobreviver como um humano, posto que a flecha me
atravessou o pulmão...Mas tinha uma melhor possibilidade em minha forma humana.
Infelizmente, estava muito alto, e não posso voar como humano. Estava muito
machucado, e com a flecha em mim, muito desequilibrado para voar, de qualquer modo,
e fui de cabeça para a terra tomando o caminho muito rápido. Agarrei um vislumbre de
você.
Tomou sua mão, e ele beijou seus dedos.
-Vi você dar voltas e desaparecer.
-Lamentei fugir. Odiei tanto-Aproximou-se mais a ele.
-Pensa que não sei? Também sabia que se alguém poderia trazer o ícone até aqui,
essa seria você.
Inclinou sua cabeça e examinou seus olhos.
-Só você, Tasya. Só você.
-Pelo da profecia?
-Não. Porque não importa quão em contra estejam as probabilidades, não
desistirá.
Meio sorriu diante a fé que declarava nela.
-Quis te dar o tempo para escapar. Calculei que não tinha muita escolha—morrer
pela ferida, ou me arriscar e voar até o último minuto, depois trocar para a forma
humana, com a esperança de não quebrar o pescoço.
A mão de Rurik esmagou o tecido de seu Top.
-Não quebrei meu pescoço.
Sabia o que isso queria dizer.
-O que quebrou?
-Rachei umas costelas, fiz algo realmente mau na articulação de meu ombro.
Rurik encolheu os ombros em uma forma que parecia mais uma forma de provar a
articulação que uma expressão de despreocupação.
-Mas com o que aconteceu depois, não me importou.
Ela passou sua mão sobre a dele, tranqüilizando-o, e oferecendo comodidade.
Mas tinha começado a compreender que ele não tinha tempo para a compaixão.
Rurik e sua família estavam implicados em uma luta de morte....E mais à frente.
E Rurik... Rurik só queria ganhar. Queria justiça.
Continuou.
-Enquanto Kassian e Sergei me atropelavam, arranquei a flecha de um puxão e a
cravei diretamente a garganta de Sergei.
-Bom–disse Tasya.
-Moça sanguinária.
Rurik pressionou um beijo sobre sua testa.
-Mas aquela flecha realmente enfureceu Kassian, e recolheu sua fortificação—meu
pai disse que aqueles tipos usam tudo como uma arma, e tem razão—E cravou de
repente o extremo bicudo em meu ombro. Cravou-me no chão.
-Tasya recuou, apertou seus punhos em seus olhos, tentnado se fechar para a
visão.
Elevei a vista, e Ilya mergulhava, garras para fora, diretamente para meus
olhos...Quando voou em uma explosão de plumas em branco e negro.
-Tasya levou suas mãos a seu rosto-Usei seu rifle e lhe dei um tiro.
-Essa é minha garota!
Rurik riu em silêncio, e ela ouviu o som profundamente em seu peito. Pensei que
isso devia ter sido o que aconteceu.
-Sabia que não podia matá-lo, mas não me importou. Esperava poder machucá-lo
muito. A pequena doninha piolhenta…..
-Águia, carinho.
Acariciou-a sob o Top, encontrando pele suave ao longo de sua cintura.
-Não uma doninha, uma águia.
-Eu reconheço uma doninha quando a vejo. –Disse Tasya.
-Bem.–concedeu-Uma doninha.
-continua.
Sua mão escorregou debaixo do cinturão de suas calças.
Ela capturou seu pulso.
-Não pense nisto. Segue com a história.
Ele gemeu.
-Podemos falar mais tarde.
Ela olhou seu corpo, e viu por que ele tinha perdido interesse em contar sua
história. E enquanto suas mãos deslizavam ligeiramente ao longo da pele de suas
nádegas, ela reconheceu uma diminuição diferente de sua curiosidade.
Mas ele tinha deixado muitas perguntas sem responder, e a lenta ascensão da
paixão poderia ser contido por um pouquinho mais.
Queria saber, e tinha coisas que dizer.
-Caiu sobre você?
Rurik suspirou, mas suavemente, contendo-se... Por agora... De tocá-la.
-Perdi-o de vista, o que era uma boa coisa, porque para então estava meio morto.
Poderia ter me asfixiado debaixo ele e não ser capaz de afastá-lo. Aquele asno do Kassian
ficou da cor do borscht10 inclinou-se para mim, agarrou-me pela garganta, e disse:
-Vou terminar com você. Depois vou perseguir a mulher e fazê-la sofrer-Rurik
sorriu, mas esta não era uma risada agradável. Aquela risada fez Tasya alegrar-se de
não ser Kassian.
-Recorda esse truque do que te falei, sobre que era o único que podia trocar só
uma parte de meu corpo?
-Sim?
Não estava segura de querer ouvir isto.
-Troquei minhas mãos a garras e cortei sua garganta abrindo a de par em par.
Rurik gesticulou extensamente com seu braço livre.
-Então tirei seus olhos.Depois....Tasya?
Tasya compreendeu que sua cabeça zumbia e sua visão se escurecia. Não era que
ela fosse delicada. É que a imagem mental de Rurik fixado na terra, ainda lutando por
sua vida...E a sua.
-Você o matou. –Disse ela.
-Sim. Matei-o.
Incorporou-se, inclinando-se sobre ela, seu corpo em atitude de amparo, seu rosto
sombreada no mistério.
-Todo o tempo enquanto lutava, tudo o que queria era escapar para chegar a você.
Não chore por mim. Não é culpada por escapar. Fez o correto. Trouxe o ícone aqui, e
nunca esquecerei... Que confiou em mim.
-Realmente confiei em você. Realmente confio em você. Sinto o do ícone.
Esfregou as palmas por suas bochechas.
-Deveria te haver dito que o tinha.
-Enquanto me recuperava, tive muito tempo para pensar.
Apoiou sua testa na sua.
-Encontrou-o na capela, não é?
-Quando entrou pela primeira vez, eu sustentava a mão da Irmã María Helvig. Ela
estava ainda quente....

10
Tipo de sopa da Europa oriental feita A apóie de beterraba, couve, batatas ou outros vegetais que se pode servir quente
ou geada, Freqüentemente acompanhada de nata azeda.
A emoção na Tasya tinha lutado com sua tristeza, e por sobre tudo, ela se
alegrava pela monja. alegrava-se de que tivesse podido estar com suas irmãs.
-O que podia dizer?
Parecia energicamente prático, pondo as lembranças no passado.
-A monja está morta, mas olhe! Encontrei o ícone.
-Verdade. Mas simplesmente não pensei em te dizer sobre o ícone. Então a
enterramos, depois os Varinskis apareceram, e depois......
-Então já não gostava mais de mim.
Aproximou-se e aspirou o aroma de seu cabelo.
-Não, mas ainda te amava, e isso me fez zangar ainda mais.
-Amava-me.
Seu cálida e profunda voz ficou sobre as palavras.
-Diga-me isso outra vez.
-Amo você
Beijou-a, seu fôlego misturando-se com o seu, sua língua explorando, seu calor
pressionado contra ela. Cada movimento era calor, vida e coração, e quando ele deslizou
sua mão sob sua camisa, sobre seu ventre, para cavar-se contra seu seio, quis morrer
da doçura...E viver o resto de sua vida em seus braços. Pôs suas mãos sobre seus
ombros.
-Vai contar me o resto da história?
Ele desenredou o cordão em sua cintura.
-Amanhã. Contarei isso amanhã.

Capítulo 33

Com grande cerimônia, Zoran colocou a imensa carne de porco assada coberta
com romeiro e molho de mostarda, sobre a mesa da cozinha Wilder, depois se distanciou
e riu enquanto seus meninos e seu marido a aplaudiam e elogiavam.
Tasya participou: um ativo que seus anos como menina adotiva lhe tinham dado
essa habilidade de observar as tradições de uma família, aprender deles rapidamente, e
harmonizar sem nenhum problema.
Às vezes isto era um assunto de ser da multidão.
Às vezes isto era um assunto de permanecer sob o radar.
Os Wilder, era tudo que fez porque por fim aqui estava em casa.
Esta família a tinha tomado em seu seio sem reservas; tal como Rurik prometeu,
Konstantine e Zorana lhe abriram sua casa, não só porque ela havia lhes trazido o ícone,
e sim porque tinha amado a seu filho. Durante aqueles dias escuros quando tinham
pensado que ele estava morto, seus pais tinham falado sobre ele, perguntaram-lhe sobre
seus dias passados, mostraram-lhe seu livro de bebê, chorando com ela.
Agora que havia retornado, eles não o reclamaram como próprio. Pelo contrário,
renderam-lhe comemoração com o lugar de honra em sua mesa da cozinha.
Rurik estava sentado sobre o banco ao lado dela, vestido com jeans, uma solta
camiseta negra, e um velho par de sapatilhas de esporte, assegurando-se de que ela
tinha tudo o que quis sobre seu prato antes de procurar seu próprio jantar de bem-vinda
a casa.
Firebird tinha tomado a noite livre de seu trabalho na escola de arte Szarvaz.
Sentada ao lado de Rurik, sua pele irradiava com um brilho especial que só possuem as
mulheres grávidas.
Jasha e sua noiva, Ann, tinham vindo desde a Napa para a reunião. Sentaram-se
a mesa de Rurik, abriram mais garrafas de vinho Wilder e mantiveram as taças cheias.
–Muito bem, mamãe, a comida está sobre a mesa. Agora Rurik pode nos dizer o
que aconteceu? –Jasha olhava tão impaciente e aborrecido, já que só o filho mais velho
observou quão privados de ver a informação que considera como seu privilégio.
Zorana olhou a seu filho.
–Rurik deve ter carne. Ainda esta fraco.
–Fraco do que? A que provas o submeteram? –Jasha fez gestos a seu irmão.
- Não escutei ainda a história.
–Tão fraco –Sussurrou dramaticamente Rurik.
Sua mãe acariciou seu ombro e lhe deu o corte de final dessa carne de porco.
–Você é uma parte do trabalho –Jasha pareceu ofendido, mas seu garfo foi sobre
seu prato cheio, e nunca reduziu a marcha.
–A espera põe Jasha irritável –Ann confiou a Tasya– Se isto aumentar, todos os
ícones seriam encontrados, o pacto seria quebrado, e nós poderíamos voltar para
negócio da criação de uvas e vinhos.
–E você e eu teríamos tempo para uma lua de mel –Disse Jasha.
–Não estive de acordo em me casar com você, ainda –Disparou Ann de volta.
Jasha deslizou seu braço ao redor de seus ombros.
–Mas prometeu.
Ela voltou sua cabeça, uma mulher segura de seu homem.
–Talvez.
–Eu poderia morrer sem você.
Ela se voltou de novo para ele, em contato com o desvanecimento das cicatrizes de
sua garganta.
–Você quase morre por mim. Isso é suficiente.
A porta protegida da cozinha deixava entrar o ar quente, tinha o aroma de uma
tarde do verão. Zorana serviu a carne de porco com douradas batatas vermelhas e
cenouras orvalhadas com azeite de oliva, e uma salada maciça grega. Todos na casa
Wilder pareciam tão normais... Ainda assim Tasya nunca esqueceu que jantava na mesa
de seu inimigo.
De algum modo, parecia ser o correto.
Konstantine sentado em sua cadeira de rodas a cabeça da mesa, sua quarta
garrafa que pendia de um gancho, e vertendo bastante vodca para encher o Mar Negro.
Jasha olhou suficientemente para Rurik que Tasya poderia saber que eram
irmãos, embora eram muito diferentes. Onde Rurik tinha o cabelo castanho e olhos
marrom dourado, o cabelo da Jasha era negro, e seus olhos eram de uma cor ímpar,
como moedas de ouro antigas.
Ann era muito alta e muito magra, com um tímido comportamento que mantinha
a todos a distancia até que sorria. Então o mundo inteiro se apaixonava por ela.
Certamente Jasha a adorava, esperava por ela como se fosse a rainha e ele seu mais fiel
cortesão.
Tasya se inclinou para o Rurik, sentado em sua mão direita.
–Eu gosto da forma em que Jasha trata a Ann.
Rurik colocou uma parte de batata na boca, mastigou e engoliu.
–Ele é tão gatinho-açoitado –ela o olhou de rabo de olho– Não é que haja nada de
mau em ser açoitado –acrescentou apressadamente.
Tasya tomou uma azeitona da placa de aperitivos. A passou por seus dentes até
que bateu no caroço, usou sua língua para tirá-lo, então deslizou o caroço nu de sua
boca.
Rurik ficou de cor rosa, seus olhos se voltaram ardentes, e se inclinou muito perto
dela.
–Mais tarde, vou fazer que pague por isso.
–Mas está fraco de suas feridas...E de nossa reuniu de ontem à noite –murmurou–
Deve descansar.
–Estou bem –ele se quebrou.
Ela sorriu.
–Então vou contar com isso.
–MA, Rurik diz que esta bem –Jasha sorriu abertamente a seu irmão– Assim que
nos pode dizer o que aconteceu.
Zorana começou a agitar seu dedo em sua forma mais velha, mas Konstantine
disse.
-Ele quase termina de comer, e eu também, e eu gostaria de saber como
sobreviveu ao ataque dos Varinski.
Rurik deixou seu garfo e faca, a mesa ficou em silêncio e começou.
–Tasya te disse que me viu lutar contra Ilya no ar…
Justo como tinha acontecido na noite passada, a história tinha o poder de
horrorizar a Tasya. Ruryk tinha estado assim aproximadamente da morte, e quando ele
contou o de esfaquear a Ilya, da flecha que perfurou seu peito, de girar a humano para
alcançar a terra e viver, ela ou se estremecia ou aplaudia. Ainda mal podia compreender
quem e que era ele, e como tinha evitado a morte.
Quando chegou na parte onde Tasya deu um tiro em Ilya, Konstantine se verteu
mais vodca e passou a garrafa.
–Todos! Um brinde! Pela Tasya, nossa nova filha.
Cada um levantou suas taças e beberam a vodca. Exceto Firebird, que brindou
com água.
–Por nossas três filhas –Zorana cruzou a primeiro taça a Firebird, depois a Ann e
depois a Tasya.
–Elas têm nossos corações.
Todo mundo bebeu de novo.
–Pelo Rurik! –disse Jasha.
–Pelo Rurik! –todo mundo ecoou.
–Pode terminar sua história sem interrupções! –Jasha o olhou significativamente.
Todos riram, beberam, e se sentaram de novo a escutar uma vez mais.
–Foi Ilya morto com o impacto? –Pergunto Konstantine.
–Não, se cambaleou sobre seus pés, agarrou a pistola de Kassian. Eu chutei seus
pés por debaixo dele –Rurik deu um crack da risada- O filho da puta se disparou em si
mesmo.
A mesa estava absolutamente silenciosa. Então…
–Eu acredito… Já que era um demônio… Ficou mal? –Perguntou Jasha.
–Matando-se mais morto que o inferno –Rurik confirmou.
–Um Varinski se deu um tiro? Matando-se ele mesmo? –Konstantine estava
sentado e tinha o olhar perdido, seus olhos estreitos, seus dedos se esfregavam juntos
muitas vezes.
–Inaudito. Impossível. Pergunto-me o que é o que aconteceu.
–O pacto falha –Disse Zorana com total naturalidade–Se tivermos sorte, todos eles
se matarão antes de que nos encontrem.
–Você segue esperando, mamãe.
Só um mês antes, Jasha e Anna tinham tido suas próprias carreiras com o clã
Varinski, e embora Jasha se curou, ainda tinha as cicatrizes.
–Assim que todos estavam morto. Você apostaria na terra. E…?
Firebird sacudiu suas mãos, tentando respirar a Rurik para que terminasse a
história.
–Eu estava feito para a dor. Estava esgotado. Tinham-me disparado. Perdia muito
sangue, estava desidratado e com muita dor, e não pude conseguir sair da terra para
poder escapar e obter ajuda.
-Não –Tasya quebrou a voz.
–Estava escuro e frio, estava delirando, saindo e entrando da consciência. Foi na
madrugada quando saí dela e soube que estava morrendo.
Zorana tomou seu punho em sua blusa, Anne limpou seus olhos com um
guardanapo, e Jasha pôs seu braço ao redor dela. Firebird esfregou sua mão sobre o
montículo de seu ventre.
–Estava com tal dor, que me alegrava-se fosse terminar… –Rurik olhou
diretamente a Tasya– Então me apareceram duas pessoas.
–Alguém veio em sua ajuda? –A Tasya brilhavam seus olhos azuis cheios de
lágrimas, e olhou para Rurik com essa expressão que tanto lhe rompia o coração… E
todo valia a pena– Deus os abençoe.
Gostava desta nova Tasya, suave e terna graças ao amor. Ela o tocava a cada
oportunidade; se aconchegava contra ele enquanto pensava que dormia, esperava sobre
ele.
Sabia que isto não poderia durar. Bem, o amor o faria, mas sobre sua espera
contra ele, não. Tasya necessitava um emprego significativo, e eles teriam que lhe
encontrar algo que fazer, e rápido, mas…..Um homem poderia acostumar-se a esse tipo
de tratamento.
–O sol surgiu atrás deles, mas eu nunca vi seus rostos –Rurik quis passar essa
parte, e ao mesmo tempo… Quis explicar a alguém o que tinha acontecido.
– Eles pareciam brilhar –O queixo da Tasya deixo de tremer. Sentou-se direita, e o
olhou fixamente.
“A senhora me deu algo de beber, água suponho. Realmente boa, água clara.
Nunca tinha provado água tão boa como essa –inclusive a lembrança alegrou a Rurik.
– O homem..…Ele estava em ordem para falar comigo. Ao menos, pude-o escutar
em minha cabeça. Disse que eu nunca ia ser capaz de dar um puxão naquela
fortificação da terra, mas que se podia conseguir me pôr sobre meus pés e usar minha
outra mão sobre o pau, poderia tirar de mim mesmo.
–Por que ele não te atirou o pau em cima? –Jasha ainda não entendia, ninguém
lhe havia dito que fosse sutil.
Firebird o olhou com desgosto.
–Porque era um fantasma, idiota.
–OH, vamos –Jasha mostrou sua incredulidade bastante claro–Estava alucinando.
Tasya torceu seu guardanapo entre os punhos.
–Todos sabemos isso se a ferida doía como uma cadela quando o homem mais
velho tentou me libertar–Com a lembrança, Rurik esfregou seu ombro. Os tendões
esgotados, o músculo rasgado, o conhecimento deliberado de que teve que quebrar sua
própria omoplata.
– Essas pessoas me levaram para esta corrente que sai do lado da montanha.
Então me deixei cair na água gelada e deixei lavar minhas feridas, e dava um bom gole.
Desmaiei de novo, e quando despertei…..O sol estava no alto.
–Disse que estava alucinando –Disse Jasha.
Tasya olhava entre a Jasha e Rurik. Abriu sua boca, e a fechou de novo.
–É afortunado por não te afogar no arroio –disse Anne.
– De acordo a população no Capraru, aquela corrente se secou quando a família
Dimitru foi assassinada.
Inclusive Jasha disse.
–Wuau.
Firebierd tremeu.
–Esta é a melhor historia de fantasmas que já tinha ouvido enquanto estava de
acampamento.
–Talvez eu alucinava sobre as pessas e a corrente, mas o fato é, minhas feridas se
fecharam, estava conciente e capaz de me pôr em pé, e não havia nenhuma pista ou
aroma daquele casal –Rurik olhou a sua família absorver isso, depois disse.– Olhei, e o
imundo pau estava na terra, também.
Tasya trago, e em uma suave voz, disse.
–Sei quem era eles.
Cada um se deu a volta.
–Eram meus pais.
Como se já tivesse adivinhado, Zorana assentiu.
–Eles me salvaram –Tasya tocou ligeiramente o braço de Rurik– E eles o salvaram.
Rurik tomou ambas as mãos, as beijo e as sustentou.
–Então certamente podemos dizer que nos deram sua bênção.

Capítulo 34

-Então nós. Nós....Zorana e eu...Lhes damos nossa bênção.


Konstantine golpeou sobre a mesa com a palma de sua mão.
-Outro brinde! Pelos pais da Tasya, os Dimitrus!
-Antai e Jennica. –proporcionou Tasya.
-Antai e Jennica Dimitru!
Konstantine olhou dentro da cristalina taça de vodca.
-Pahzhalstah, meus amigos. Obrigado.
Todos beberam outra vez, Konstantine deramou o licor com reverência, como se
honrasse aos Dimitrus por salvar a seu filho.
Zorana sussurrou algo no ouvido de Konstantine, então se parou e começou a
limpar a mesa.
Tasya e Ana trataram de levantar-se e ajudar, mas Zorana pôs uma firme mão
sobre seus ombros.
-A cozinha é pequena. Me deixem fazê-lo.
-Assim, Rurik.
Konstantine pôs sua taça sobre a mesa com um golpe ressonante.
-Você tinha uma lança em seu ombro. Tinham-lhe dado com uma flecha. Seus
dedos... Estavam quebrados?
Tasya franziu o cenho confusa.
-Seus dedos estavam bem.
Rurik sacudiu sua cabeça. Tinha saber de onde se dirigia seu pai.
-Porque estive vivendo em uma casa durante uma semana com três mulheres
chorosas, se tudo o que tinha que fazer para evitá-lo era uma pequena chamada
Telefónica.
O peito de Konstantine se inchou.
-Uma chamada de telefone, Rurik! Pôde fazê-la há cobrar!
Zorana agitou os pratos em acordo.
Jasha se via relachado e sorridente.
Rurik lhe retornou o sorriso e disse:
-Não sei, papai. É muito estrito sobre não gastar seu dinheiro em chamadas de
longa distância.
Tasya golpeou com seu punho a Rurik.
-Ele tem razão. Por que não chamou?
Com um olhar furioso em seu rosto, Rurik ficou em pé de um salto.
-Olhe. Consegui chegar ao convento. Isso me levou todo um dia, caminhando e me
arrastando. Havia alimento e água ali, e é onde fiquei durante oito ou nove dias. Ou dez.
Já não estava moribundo, mas desejava está-lo. Sentia-me feito merda, e não podia
deixar o Capraru por mim mesmo.
Jasha levanto as sobrancelhas.
-Alojou-se em um convento e não se transformou em cinzas?
-Fiquei fora da capela. E não toquei nenhum dos objetos sagrados. Mas não foi
divertido, posso-te dizer.
Rurik estremeceu diante as lembranças do frio claustro, a cama de armar duro,
estreito, os pesadelos causados pela febre e a dor.
-Não só porque sou parte de um pacto com o Demônio. A qualquer tipo daria um
ataque se tivesse que dormir na cama de uma monja. Por sorte para mim estava tão
malditamente doente que mal podia elevar minha cabeça.
-Sinto muito, homem.
Jasha sacudiu a cabeça.
-Finalmente, uma mulher de Capraru apareceu. Aparentemente a Sra. Gulyás se
aventura até ali uma vez ao mês para comprovar como está a Irmã María Helvig.
-Vou apostar que te via mau.
Firebird tomou a toalhinha úmida quente que sua mãe lhe jogou, e limpou a
mesa.
-Hematonas por todos lados, buracos em minha roupa A todo o comprido de meu
corpo, sangue seca... E a forma na Sra. Gulyás gritava, tive medo de que a tivesse
assustado a morte.
Recordou Rurik, limpando-seu rosto com um guardanapo.
-Então se deu conta da monja estava morta.
-OH, querido.
Tasya cobriu sua boca.
-Não falava o idioma.....
-OH, querido. –disse Tasya outra vez
-Quem tivesse pensado que uma mulher de seu tamanho era capaz de mover-se
tão rápido,ele curvou seus braços para mostrar seu tamanho, mas ela voltou correndo
por seu carro, e eu não podia alcançá-la. Eu sabia que voltaria, que iria,
Com os polis? –Adivinhou Ana.
-Arrastaram-me a prisão local. Voltaram para convento, exumaram a Irmã María
Helvig, descobriram que não a tinha assassinado, encontraram os Varinskis, estavam
bastante contentes de que os tivesse matado, os Ruyshvanians não são admiradores dos
Varinskis.
Rurik riu ao recordar o banquete festivo que lhe tinham servido.
-Quando alguém finalmente recordou que me tinham visto com você, Tasya,
quiseram saber onde estava. Disse-lhes que escapou pelo túnel.... Não acredito que me
tenham acreditado sobre isto, tampouco, mas subiram e o comprovaram, descobriram
suas pegadas de entrada e saída. Prepararam uma imensa celebração. Então me
deixaram ir.
Tasya tomou um gole de sua vodca.
Se ele não houvesse sentido tal ternura por ela, teria rido. Era tão valente quando
se tratava de desafios físicos, e tão covarde sobre os sentimentos, os sentimentos de
outros, e sobre tudo os seus. Mas aprenderia. Em uma família tão demonstrativa como a
sua, teria que fazê-lo.
-Tasya, não quer saber por que estava tão felizes de que tivesse escapado ilesa? –
Perguntou.
-Não.
-Tasya. –Disse com recriminação.
Ela se rendeu.
-Por que?
-Porque a reconheceram como a princesa Dimitru.
-Não poderiam. Não o fizeram.
Tasya falou muito rápido, atropelando as palavras em um excesso de negação.
-Não disseram nada. Quem me reconheceu?
-A Sra. Gulyas me visitou enquanto me liberavam. Mostrou-me uma miniatura
que possuía de uma pintura medieval. Uma rainha Dimitru. Tasya, ela era exatamente
como você. Cabelo negro e formosos olhos azuis. Gens fortes em sua família.
-Não. Eles não podem me haver reconhecido. Por que não disse ninguém nada?
Tasya retirou seu cabelo de sua testa suarenta. Claramente, não sabia se estar
contente ou horrorizada.
-Reconheceram-lhe, e seu desejo de anonimato, e respeitaram isso. Então...
quando o Varinskis chegou, reconheceram-nos. Contaram terríveis historia sobre a noite
em que seus pais foram assassinados.
Tasya deu uma olhada ao redor da mesa. Podia ver seus pensamentos em seus
olhos. Ontem à noite tinha dormido com um predador nato. Hoje tinha jantado com seus
inimigos. A incredulidade lutava com a aceitação.
Tomando sua mão, envolveu-a com a sua.
-Os Ruyshvanians são a gente amável. Sofreram muito sob o jugo do Czajkowski.
São cautelosos, mas não cruéis. Têm memórias longas, e são muito felizes de que
sobrevivesse. Muito felizes.
Inclinando-se, puxou-a pelo pescoço com suas mãos cavadas e a beijou.
-Assim como eu.
Suas pestanas revoaram, então, um meio sorriso levantou seus lábios.
-E essa é a razão pela que nos pertencemos.
Como poderia resistir? Ele a beijou de novo.
-Amo você.
-Amo você, também. –Sussurrou ela.
Em um tom de repugnância seu irmão, Jasha disse:
-Busquem um quarto.
-Sh. É doce. –disse Zorana.
Rurik manteve uma mão sobre o ombro de Tasya enquanto dizia:
-De qualquer modo, Papai, no momento em que me puseram no avião, pensei que
outras vinte e quatro horas não fariam muita diferença, então os surpreendi com minha
pessoa.
-Muito bem –Assentiu Konstantine- Aceito isso. E agora...Somos família. Meus
dois filhos ganharam mulheres dignas deles.....
Zorana interrompeu.
-E se eles trabalharem muito duro para melhorar a si mesmos, talvez em quarenta
anos poderiam ser dignos de suas mulheres.
Konstantine olhou a sua esposa, depois através da mesa a Tasya.
-Ela diz isso porque estivemos juntos só trinta e cinco anos.
-Então está se aproximando, Papai. –Disse Rurik alegremente.
-Reconsideraremos em quarenta anos. –Riu Zorana, mas seus lábios tremeram—
lembrando-se dos prognósticos dos doutores, Konstantine não tinha outros cinco anos, e
depois... Rurik não podia pensar que aconteceria Konstantine morresse com o peso de
todos seus pecados sobre sua alma.
-Sente-se, Mama. –Disse Firebird-. Carregarei a máquina de lavar pratos.
-Sim. Mas primeiro!
Zorana tirou um prato com uma alta pilha de pão-doces do refrigerador, e o pôs
sobre a mesa. Ao lado deles, colocou um tigela de creme ácido.
-Varenyky com cerejas!
Minutos atrás, Rurik tinha acreditado que não podia comer outra coisa. Agora
enquanto olhava sua sobremesa favorita, disse:
-É a mais maravilhosa das mães, adoro-te.
-Como deve.
Zorana serviu a Konstantine, então se sentou e deixou que Konstantine tomasse
um pedaço e a alimentasse.
-Meus filhos têm mulheres mulher dignas deles. –Repetiu Konstantine- Assim que
sei que estas mulheres escolherão a meus filhos para casar-se e ter muitos meninos.
Muitos meninos.
Rurik parou em meio de seu varenyky para explicar a Tasya.
-Agora, espera, Papai.
Os olhos da Tasya cintilaram.
-Sr. Wilder, não tenho a intenção de discutir....
-Papai, está fazendo tantos problemas —disse Jasha.
Firebird fechou de repente a máquina de lavar pratos. O som ressonou na
pequena cozinha, sobressaltando-os e fazendo-os calar. Na calma momentânea,
disparou uma pergunta:
-Então, Rurik, o que vão fazer agora?
-Não sei –Admitiu Rurik- Quero retornar a minha escavação na Escócia e dirigir a
limpeza. Tasya quer ser livre para vagar pelos lugares selvagens do mundo em busca de
uma história.
-Nunca disse isso! –Exclamou Tasya.
-Não teve que fazê-lo.
Entendia-a tão bem agora. Entendendo suas fraquezas, suas forças, sua
necessidade de demonstrar-se a si mesma e ajudar os que são incapazes de ajudar-se a
si mesmos.
-O problema é que nossas vocações nos puseram no caminho dos Varinskis. Os
Varinskis, quem agora sabe quem é Tasya e que escapou de uma de suas campanhas de
assassinato...Não se deterão até que esteja morta. Além disso eles sabem agora onde
vivem Jasha e Ana, pelo que ninguém está seguro. Isto é uma maldita confusão.
Rurik olhou a Jasha.
-Pensa que podemos lhe causar os suficientes problemas ao Varinskis bastante
problemas para mantê-los ocupados e assim poder trabalhar?
-Não terá que fazê-lo.
Firebird falou com o tom de alguém que está pressagiando o futuro.
Rurik se sobressaltou e olhou fixamente em sua pequena irmã. Merda, ela
também, não.
-O que sabe você, coisinha? –perguntou Jasha.
-Boris está morto, assassinado por sua própria família. –Disse Firebird em um
tom misterioso- A liderança dos Varinskis está em jogo.
-Tem uma visão?
A voz da Jasha era um murmúrio.
-Não. Li na Internet!
Firebird riu tão forte que se dobrou enquanto se agarrava o ventre.
-Deus, são tão estúpidos!
Ann riu também, depois Tasya, e finalmente Zorana.
Os homens se unificaram em sua desaprovação.
-Isso não foi gracioso. –Disse Rurik.
-Pensei que era.
Tasya ria como o gato do Cheshire.
-Muito bem, filha.
Konstantine olhou com desaprovação a Firebird.
-Teve sua pequena brincadeira. Agora nos diga os detalhes.
-Eles encontraram o corpo de Boris em um fossa de lixo fora do Kiev, ao parecer
atacado pelo..- Firebird fez aspas no ar com os dedos...Aparentemente “vários tipos” de
animais selvagens. A especulação da imprensa internacional consiste em que o
Varinskis o assassinou por seu fracasso no momento de deter o julgamento dos Gêmeos
Varinski e manter o episódio inteiro fora da imprensa. Um dos Varinskis fez uma
declaração dizendo que embora choravam a Boris, ele tinha sido seu líder mais fraco em
toda a história e seria substituído por alguém com a força para devolver a família
Varinski ao pináculo do poder.
Ana se inclinou para frente.
-Quem disse isso? Quem é sua novo líder?
-Não o disse....
-Então estão lutando entre eles pelo comando.
Konstantine acariciou seu queixo.
-Pergunto-me quem poderia ser.
-Há muitos candidatos, embora nenhum dos óbvios tem as habilidades de
organização assim como a crueldade que necessita para manter no controle desses
meninos.
Ana sacudiu sua cabeça enquanto cada um na família se girava para olhá-la.
-Não sou psíquica, tampouco, mas tenho feito muita investigação nas passadas
semanas.
-Se existir um arquivo em um computador em algum lugar sobre o Varinskis, Ana
o encontrará. –Anunciou Jasha com orgulho.
-Os Varinskis mais jovens estão muito em linha. Jogam vídeo jogos. Olham porno.
Alguns deles até têm páginas do MySpace.
Ana riu com o prazer satisfeito de alguém que tinha descoberto o elo mais fraco.
Konstantine esfregou seu pescoço.
-Tal abandono.
-Pergunto-me que tipo de informação se poderia extrair procurando nos lugares
adequados.
Os olhos da Tasya se estreitaram, e Rurik quase podia ver sua mente trabalhar.
Então Rurik deu sua primeira ordem a sua mulher.
-Não vai paquerar com um bando de quentes jovens Varinskis para que possamos
descobrir o que acontece na organização.
-Nunca cruzou por minha mente.
Mas Tasya realmente não prestava atenção. Agarrando-a pelo frente de sua
camisa, Rurik a pôs em pé.
Obteve sua atenção.
-Me prometa que não te porá em seu caminho. Sabem quem é agora. Sabem que é um
assunto pendente, e têm tudo para demonstrar. Não ponha em contato com eles.
Sacudiu-a um pouco.
-E deve a seus pais, que voltaram da tumba para salvar sua vida, e a minha.
-Prometo, Rurik.
Tasya pôs sua mão sobre seu rosto.
-Não se preocupe tanto.
-Não se preocupe?
Ele se afundou lentamente em seu assento.
Uma mulher como esta, que se equilibrava primeiro e pensava depois, não queria
que ele se preocupasse.
Tinha-lhe dado tudo. Havia-lhe dito a verdade sobre ela e a verdade sobre ele.
Tinha-o feito abraçar sua parte selvagem. Havia trazido o ícone a seus pais e tinha
demonstrado que se importava mais que suas próprias ambições e sua própria vingança.
Tinha que protegê-la agora...Dos Varinskis, e dela.
-Realmente. Rurik. Não me porei em contato com estes tipos em linha. Calma.
Tasya tomou sua mão e pôs um garfo nela.
-Come um pouco de varenyky.
-Yoo-hoo!
A voz de uma senhora alta e amável se anunciou na porta aberta.
Como uma, a família saltou e se deu volta.
A Senhorita Mabel Joyce estava em pé ali, seu rosto apertada contra o
mosquiteiro. Era alta e ossuda, com uma leve corcunda de matrona. Seu cabelo era da
cor cinza do ferro e tinha sido assim desde que Rurik podia recordar. Seus olhos em um
tempo poderiam ter sido cor avelã, mas agora estavam descorados A uma cor cinza
tênue. Sua queixada se inclinava sobre sua mandíbula, suas bochechas se inclinavam
para seus lábios, e seu rosto inteira era um monumento À natureza que se abranda com
a velhice. Mas sua pele estava livre de manchas; Rurik nunca a tinha visto no exterior
sem um chapéu para protegê-la do sol.
Sustentava-o agora em sua mão, um amplo-rebosado chapéu de palha que se
teria visto bem em uma casa sobre a praia Cozumel.
-Entre!
Konstantine agitou uma mão generosamente.
Zorana se alvoroçou na porta para abrir a fechadura.
-Quem é esta? –sussurrou Tasya enquanto olhava fixamente a anciã.
-É a professora aposentada aqui no Blythe. No instituto, todos nós estivemos com
ela.
Rurik viu a expressão cautelosa da Tasya.
-É uma anciã assombrosa. Ensinou até a idade de retirar-se, e recentemente é que
ela necessita da fortificação.
-Como é que não a ouviram chegar? –Perguntou.
-É assombrosa sua capacidade de estar em todas partes.
Rurik recordou mais que uma vez em que senhorita Joyce se aproximou as
escondidas atrás dos meninos quando apostavam ou brigavam.
Tasya se removeu inquietamente em seu assento.
-Acha que nos escutou? Escutou do que estávamos falando?
-Naw. Não podia ter estado ali muito tempo.
-Ficou em pé e ofereceu seu assento.
A Senhorita Joyce recusou o oferecimento.
-Só posso ficar por um minuto. Os Milburns se ofereceram para me trazer do
povoado. Querem uma gaveta de framboesas da frutería. Estão fazendo geléia, benditos
seus corações, e compartilharão comigo. Tinha algo para você, assim aproveitei o
passeio.
Zorana lhe trouxe um copo de chá com gelo—a Srta. Joyce não bebia álcool—a
professora esvaziou o copo.
-Obrigado. Whew!
Agitou seu chapéu diante seu rosto.
-Este verão está realmente quente.
Rebuscando em seu moedeiro, tirou um envelope comprido.
Rurik pôde ver os selos estrangeiros, o papel manchado, a escritura áspera que
tinha gravado sua direção no fronte.
-Isto foi entregue por engano— o carteiro substituto para a rota do Burlington é
um idiota!
A Senhorita Joyce franziu o cenho.
-O correio deveria revisar melhor a sua gente. Mas quando vi de onde era a carta,
pensei que seria bom que viesse, bem...
-Adrik. –Suspirou Zorana.
Jasha ficou em pé devagar. Rurik o seguiu. Certamente. Adrik.
Rurik estava furioso com seu irmãozinho por abandonar seus pais sem uma
palavra, mas ao mesmo tempo... Ele era sangue de seu sangue, osso de seu osso. O
coração de Rurik começou um lento, forte golpear.
Zorana arrebatou o envelope das mãos da senhorita Joyce. Abriu-o facilmente,
esta tão rasgado que a carta apenas se mantinha dentro. Deixando cair o envelope ao
chão, estendeu aberta a fina folha de papel. A Senhorita Joyce se inclinou, recolheu o
envelope, e o alisou entre suas mãos.
-Leia-nos isso Zorana. Nos deixe ouvir as notícias.
-A voz de Konstantine soou com otimismo—e medo.
-O cônsul americano para o Nepal sente nos enviar tais notícias más, mas Adrik...
O corpo em grave estado de decomposição do Adrik foi encontrado e identificado. foi
incinerado-Sua voz tremeu, depois se fortaleceu.
-Seus restos estão nos sendo enviados.
-OH, não. –Sussurrou Ana.
Firebird deu um soluço amortecido.
-Meu pobrezinho querido, é exatamente o que tememos. Sinto-o tanto!
A Srta. Joyce acariciou as costas de Zorana.
Tasya abraçou a Rurik, e Rurik se apoiou pesadamente contra ela.
-É como suspeitamos.
Konstantine, quem só para uns minutos tinha estado vistoso e feliz, agora estava
descolorido, cinza, e parecia frágil.
-Nosso filho e irmão está morto.
Sob a pena da família, havia outra horrível compreensão...Ali não havia nenhuma
esperança.
Sem o Adrik, sem a mulher que ele amasse e o ícone que ele estava destinado a
encontrar, o pacto nunca poderia romper-se.
Konstantine estava condenado ao inferno. Todos eles estavam condenados... Para
sempre.

Fim

Árvore genealógica

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