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Apostila básica

para a Olimpíada brasileira


Astronômica e Astronáutica
2017
Astronáutica
A missão do centenário – viagem ao espaço em março de 2006.

Astronauta brasileiro inicia viagem ao espaço

A "Missão Centenário", que leva o primeiro astronauta


brasileiro ao espaço, teve início às 8h29 desta quinta
(23h29 da quarta em Brasília - 2006), conforme o previsto.
O tenente coronel Marcos Pontes, 43, partiu rumo à ISS
(sigla em inglês para Estação Espacial Internacional) a
bordo da nave russa Soyuz TMA-8, que decolou da base de
lançamento Baikonur, no Cazaquistão.
O brasileiro e outros dois astronautas percorrem 350
km antes de chegar à ISS --a distância corresponde a uma
viagem da capital paulista até a região de Ribeirão Preto. A
título de comparação, um avião de passageiros fica a 10 km do chão durante o vôo.
A Soyuz deve demorar cerca de dois dias para se atracar com a ISS; a previsão é de que
isso aconteça à 1h68 do dia 1º de abril (horário de Brasília). O processo de volta é mais rápido --
pouco mais de três horas-- e deve trazer o brasileiro ao solo terrestre às 21h26 do dia 8 de abril
(horário de Brasília).
Para o brasileiro, a missão vai durar dez dias --oito deles dentro da ISS, onde ele vai realizar
oito experimentos científicos. Já o russo Pavel Vinogradov e o norte-americano Jeffrey Williams,
que também participam da "Centenário", ficarão na ISS por pelo menos seis meses. Pontes
voltará à Terra em companhia do russo Valeri Tokariov e do americano William McArthur, os
atuais tripulantes da ISS.
O nome dado à missão --a 13ª viagem espacial à ISS-- é uma homenagem a Alberto Santos
Dumont, brasileiro que há cem anos conseguiu fazer o avião 14 Bis voar pelos céus de Paris.
Neste clima de reverência àquele conhecido como "o pai da aviação", Pontes levará na bagagem
um chapéu Panamá idêntico ao usado por Dumont.
Durante esses oito dias na estação espacial, o astronauta deve fazer três contatos com a
Terra --o primeiro deles será com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da
Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Pontes também deve falar com jornalistas brasileiros e,
pouco antes de sua volta, vai conversar do espaço com técnicos da missão.

Seleção

A participação do brasileiro no vôo teve origem quando


o Brasil ingressou no grupo de 15 nações envolvidas com o
projeto da Estação Espacial Internacional. Isso aconteceu
em 1997 e, no ano seguinte, Pontes foi selecionado pela
AEB (Agência Espacial Brasileira) e pela Nasa (Agência
Espacial Norte-americana) para representar seu país no
espaço.
Em 18 de outubro do ano passado, a viagem de
Pontes foi oficializada quando Sergio Gaudenzi, presidente
da AEB, e Anatoli Perminov, presidente da Rocosmos
(Agência Espacial da Federação Russa), assinaram em Moscou o contrato que garantia a
participação do brasileiro na missão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder russo
Vladimir Putin participaram da cerimônia.
O custo para a realização da missão aos cofres brasileiros foi de cerca de US$ 10 milhões --
metade do preço "real", segundo a AEB, por conta de uma parceria entre Brasil e Rússia, um dos
principais países envolvidos no projeto da ISS.
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Preparação

Há sete anos, o brasileiro realiza treinamentos preparatórios para esta missão --nas
semanas que antecederam o lançamento, ele foi submetido a uma rigorosa rotina de exercícios
na Cidade das Estrelas, em Moscou. As atividades eram realizadas das 8h às 18h, com uma hora
de intervalo para o almoço. Antes e depois de treinar, ele estudava os manuais técnicos
relacionados à missão.
Como parte dos treinamentos na Rússia, o astronauta fez testes de sobrevivência em
ambientes adversos, utilizou o traje espacial pressurizado em uma câmara sem ar, participou de
uma sessão de vôos parabólicos --quando o avião sobe e então descreve uma parábola, em
queda livre. Com este tipo de vôo, os ocupantes têm por alguns segundos a sensação de
ausência de peso.
Fonte: www1.folha.uol.com.br

Marcos Pontes (Cosmonauta da AEB)

Marcos Cesar Pontes (Bauru, 11 de março de 1963) é o primeiro


astronauta/cosmonauta brasileiro e o primeiro lusófono a ir ao espaço na
missão batizada "Missão Centenário", em referência à comemoração dos
cem anos do vôo de Santos Dumont no avião 14 Bis, realizado em 1906.
Em 30 de março de 2006, partiu em direção à Estação Espacial
Internacional (ISS) a bordo da nave russa Soyuz TMA-8, com oito
experimentos científicos brasileiros para execução em ambiente de
microgravidade. Retornou no dia 8 de abril a bordo da nave Soyuz TMA-7.

Nacionalidade brasileiro
Nascimento 11 de Março de 1963 (45 anos) Bauru, Brasil
Ocupação anterior piloto de caça
Tempo no espaço 9d 21h 17m
Seleção 1998
Missões Soyuz TMA-8 Soyuz TMA-7

Vida e carreira

Casado com Francisca de Fátima Cavalcanti, Marcos Pontes tem dois filhos e seus hobbies
são musculação, futebol, violão, piano, desenhar e fazer pinturas em aquarela. Seus pais Virgílio
e Zuleika Pontes, moravam em Bauru. Foi piloto de caça da Força Aérea Brasileira (FAB),
detendo a patente de tenente-coronel.
Após dois meses da sua ida ao espaço, pediu baixa do posto, indo para a reserva, aos 43
anos. Sua viagem à ISS (International Space Station) custou aos cofres públicos cerca de 40
milhões de reais, entre pagamento da viagem e oito anos de treinamento na NASA.
Em seu blog no portal de notícias G1, Marcos Pontes rebateu vários desses
questionamentos explicando que a saída da Aeronáutica foi decidida em comum acordo com a
corporação: "Do meu lado, porque, durante os oito anos em que passei na NASA treinando para
minha missão, perdi uma série de cursos obrigatórios para oficiais de carreira. (...) Do lado da
FAB porque a minha atuação em prol do programa espacial poderia ser muito mais efetiva se eu
estivesse desligado da Aeronáutica".

Formação

Formou-se no Colégio Liceu Noroeste, em Bauru, no ano de 1980. Em 1984, ele recebeu o
bacharelado em tecnologia aeronáutica da Academia da Força Aérea (AFA), localizada em
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Pirassununga, São Paulo. Em 1989, Pontes iniciou o curso de engenharia aeronáutica no Instituto
Tecnológico de Aeronautica (ITA), em São José dos Campos, São Paulo, tendo recebido o título
de engenheiro em 1993. Em 1998, Pontes tornou-se mestre em engenharia de sistemas pela
Naval Postgraduate School, localizada em Monterrey, Califórnia.
Foi agraciado com a Medalha de Honra ao Mérito da Academia da Força Aérea e a Medalha
Santos Dumont.
Como piloto da FAB possui mais de 1.900 horas de vôo em mais de vinte modelos de jatos
da frota da FAB.

Ingresso no programa espacial

Em junho de 1998, foi selecionado para o programa espacial da NASA, para a candidatura a
que o país tinha direito no programa espacial do governo estadunidense, pelo fato de integrar o
esforço multinacional de construção da Estação Espacial Internacional.
Iniciou o treinamento obrigatório em agosto daquele ano no Centro Espacial Lyndon
Johnson, em Houston. Em dezembro de 2000, ao concluir o curso, foi declarado oficialmente
"astronauta da NASA".
Seu vôo inaugural fora originalmente marcado para o ano de 2001, como parte da
construção da Estação Espacial Internacional. Mais especificamente, o objetivo da missão seria
transportar e instalar o módulo construído no Brasil (conhecido como "Express Pallet").
Problemas orçamentários da NASA forçaram, no entanto, o adiamento da missão para o ano de
2003. Ao se aproximar a data, persistentes problemas financeiros indicavam novo adiamento,
mas o acidente que resultou na destruição do ônibus espacial Columbia, em fevereiro de 2003,
suspendeu todos os vôos da NASA por tempo indeterminado.

Missão Centenário

Enquanto esperava por ser lançado ao espaço, Pontes foi designado para o Escritório de
Astronautas para Operações na Estação Orbital (em inglês Astronaut Office Space Station
Operations Branch), onde trabalhou no setor de missões técnicas.
Em outubro de 2005, durante uma visita oficial do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da
Silva à Rússia, foi assinado um acordo de cooperação entre os dois países, possibilitando o envio
de Marcos Pontes à ISS com um pagamento de dez milhões de dólares americanos.
Assim, após vários adiamentos, e mais treinamentos, agora na Cidade das Estrelas para
adaptação à nave Soyuz, no dia 29 de março de 2006 (23h30 do horário de Brasília e 8h30 do dia
30 de março no horário do Cazaquistão), foi lançada a nave Soyuz TMA-8 com o tenente-coronel
Marcos Pontes. Além do astronauta brasileiro, faziam parte da tripulação o russo Pavel
Vinogradov e o estadunidense Jeffrey Williams, sendo estes dois membros da Expedição 13. Por
sua simpatia e estar quase sempre sorrindo, além de ser o primeiro astronauta brasileiro, ele foi
comparado pela imprensa russa à Yuri Gagarin.
Com o lançamento da base russa de Baikonur no Cazaquistão às vinte e três horas e trinta
minutos de Brasília e às oito horas e trinta minutos do Cazaquistão, suas imagens foram
acompanhadas ao vivo pelo Brasil inteiro, por várias emissoras de TV e para todo o mundo pela
NASA TV. Com isso, o país tornou-se o 27º país a ter um cidadão ao espaço.
A nave acoplou-se à Estação Espacial Internacional (ISS) na madrugada de sábado, dia 1
de abril. Durante um período de oito dias, Marcos Pontes realizou uma série de experimentos
para a Agência Espacial Brasileira (AEB) e para estudantes do Ensino Fundamental.
No dia 3 de abril de 2006, foi transmitida a entrevista com homenagem a Santos Dumont, na
qual Marcos Pontes usou um chapéu Panamá igual ao do inventor e um lenço com as siglas SD.
Retornou à Terra na noite do dia 8 de abril, 20h56 no horário de Brasília, e manhã do dia 9
de abril no horário do Cazaquistão, na nave Soyuz TMA-7, em companhia dos dois astronautas
da missão Expedition 12, o russo Valery Tokarev e o americano William McArthur.
Marcos Pontes completou 155 órbitas e a duração total de sua missão foi de 9 dias, 21
horas e 17 minutos.

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Após o regresso, permaneceu durante um período de oito dias em observação para
readaptar-se a um ambiente com gravidade.

Retorno ao Brasil

No dia 20 de abril, foi homenageado na cidade de Brasília em solenidade da Agência


Espacial Brasileira (AEB). Recebeu do Presidente Luís Inácio Lula da Silva a condecoração da
Ordem Nacional do Mérito.
Em 21 de abril de 2006, retornou à sua cidade natal no interior do Estado de São Paulo,
Bauru e foi recebido como herói, por um público de mais de 5 mil pessoas, com direito à
apresentação da Esquadrilha da Fumaça. Posteriormente participou de uma carreata no topo de
um veículo do corpo de bombeiros, além de realizar uma palestra no Teatro Municipal.
Após seu retorno, solicitou a reserva da Força Aérea Brasileira, mas ainda trabalha para o
Programa Espacial Brasileiro. Ele continua com as suas atividades no Johnson Space Center, em
Houston, Texas, e está à disposição para futuros vôos espaciais brasileiros.
Em 18 de maio de 2006, de acordo com o Diário Oficial da União, foi publicada sua
transferência para a reserva remunerada da FAB.

Aviões, Foguetes e Satélites: o que são e para quê servem?

Os foguetes e satélites tiveram inevitável importância no


desenvolvimento da astronomia moderna (assim como em outras
ciências), e sem dúvida continuarão a ter por um longo tempo. Eles
continuarão dominando o lançamento de objetos ao espaço por um tempo
inimaginável, pois as novas tecnologias de propulsão em desenvolvimento
se aplicam melhor a naves espaciais: objetos colocados no espaço pelos
foguetes para, de lá, seguirem seu caminho pelo espaço e em conjunto
com os satélites, eles são poderosos instrumentos de observação
espacial e terrestre, além de terem muitas outras aplicações, por sua
localização privilegiada. Esses objetos estão entre as invenções mais
espetaculares do século XX.
Os foguetes servem para enviar objetos ao espaço, sejam
eles sondas, satélites, naves espaciais e até mesmo o Homem. Os
satélites científicos são utilizados para observar a Terra ou o espaço ou para realizar
experiências em micro gravidade. Os satélites de observação da Terra permitem estudar as
mudanças climáticas, para estudar os recursos naturais, para observar fenómenos naturais, para
o mapeamento de cidades e até para a espionagem (alguns foto-satélites tem o poder de
aproximação de 1m de dimensão mas existem especulações de satélites secretos com maior
poder de aproximação).
Na Astronomia, os satélites são enviados para captar fotografias e estudar o Universo, os
planetas, etc, 'mais de pertinho'.

A atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra.

A atmosfera é uma camada de gases que envolvem o planeta. Os gases são atraídos pela
gravidade do planeta e são retidos por um longo período de tempo se a gravidade for alta e a
temperatura da atmosfera for baixa. Alguns planetas consistem principalmente de vários gases e,
portanto têm atmosferas muito profundas (um exemplo seria os planetas gasosos).
A atmosfera terrestre protege os organismos vivos dos raios ultravioletas e também serve
como um estoque, fazendo com que o gás oxigênio não escape.

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Composição: A atmosfera terrestre consiste da superfície até o espaço, da troposfera, da
estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. Cada uma destas camadas apresenta gradiente
adiabático saturado, definindo as mudanças de temperatura conforme a altura. Também protege
a Terra para que os raios ultravioletas do Sol não cheguem diretamente ao planeta.

Importância: Do ponto de vista de um geólogo planetário, a atmosfera é um agente evolucionário


essencial na morfologia de um planeta. O vento transporta poeira e outras partículas que
degradam a superfície (erosão eólica). Precipitações atmosféricas, tais como a queda de gelo
(neve, granizo, etc.) e chuva, que dependem da composição atmosférica, também influenciam o
relevo. Mudanças climáticas podem influenciar a história geológica de um planeta. De modo
oposto, o estudo da superfície de um planeta, primeiramente a Terra, pode levar a um
entendimento sobre a história da atmosfera e do clima no planeta.

A composição da atmosfera determina o clima e suas variações. A composição atmosférica


mantém uma íntima relação com o aparecimento da vida e de sua evolução.

A exploração do Sistema Solar


Solar por meio de sondas espaciais

Sonda espacial é uma nave espacial não tripulada, utilizada para a exploração remota de
outros planetas, satélites, asteroides ou cometas. Normalmente, as sondas têm recursos de
telemetria, que permitem estudar a distância as características físico-químicas dos astros e, por
vezes, também o seu meio ambiente. Algumas sondas, como a Landers ou a Rovers, pousam na
superfície dos astros celestes, para estudar a geologia e o clima.
Em 27 de agosto de 1962, os Estados Unidos lançaram a primeira sonda espacial, para
Vênus. Em novembro do mesmo ano, a União Soviética lançou sua primeira nave-robô, rumo a
Marte.
Desde a primeira missão espacial até os dias atuais houve um avanço significativo nos
instrumentos e na própria construção das sondas. Cerca de 115 aparelhos de exploração já
saíram da Terra para conhecer o Universo.

Tipos de Sondas

- Sobrevôo (flyby): sonda que passa próxima a um astro


e o analisa com seus instrumentos;
- Orbitador (orbiter): sonda que entra em órbita de um
astro, passando a funcionar como um satélite artificial do
mesmo;
- Impacto: sonda que é colidida com um astro, fazendo
análises durante a aproximação ou colisão com o mesmo;
- Aterrissadora (lander): sonda que pousa num astro
analisando-o in loco, muitas vezes levando consigo uma
sonda veicular;
- Veicular (rover): sonda com capacidade de locomoção
para analisar uma área maior de um astro;
- Observatório: sonda com capacidade telescópica, que
pode atuar em uma ou mais faixas do espectro eletromagnético, para efetuar observações
astronômicas sem as distorções provocadas pela atmosfera terrestre.

Veja o destino e o objetivo das oito principais sondas espaciais:

Messenger
• Destino: Mercúrio
• Chegada: 2011
• Missão: Estudar a geografia e o clima de Mercúrio. Para conseguir entrar na órbita do planeta, ela percorre,
desde 1975, um caminho tortuoso entre campos gravitacionais.
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Phoenix
• Destino: Marte
• Chegada: 2008
• Missão: Desde maio de 2008 no planeta, a sonda tenta descobrir algum sinal de vida. Já encontrou gelo e
água a 53oC negativos (isso é possível por causa da concentração de sais em Marte).

Vênus Express
• Destino: Vênus
• Chegada: 2006
• Missão: Até 2009, vai coletar dados para um mapa do relevo e da temperatura de Vênus. Com esse mapa,
será muito mais fácil planejar missões de pouso no planeta.

Rosetha-Philae
• Destino: Cometa 67P
• Chegada: 2011
• Missão: A sonda lançará no cometa a Lander Philae, que viajará grudada nele, estudando sua composição e
trajetória.

Voyager 1
• Destino: Vários
• Missão: Estudou Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, além de forças gravitacionais. Em breve, quando
finalmente se libertar da influência da gravidade do Sol, fará a primeira medição do espaço interestelar.
Perderá a comunicação com a Terra em 2020.

Cassini-Huygens
• Destino: Saturno e suas luas
• Chegada: 2005
• Missão: Depois de viajarem juntas, as duas se separaram na chegada. Huygens pousou na lua Titan, onde
comprovou a existência de grande quantidade de líquidos. Já Cassini orbita Saturno para coletar dados de
sua geologia.

New Horizons
• Destino: Plutão
• Chegada: 2015
• Missão: Será a primeira sonda a estudar Plutão e suas 3 luas. Depois disso, a sonda pode continuar a
missão e pesquisar outros objetos do cinturão de Kuiper, a periferia do sistema solar.
Fonte: Revista Superinteressante, edição 257, out/2008.

Os satélites brasileiros (SCD e CBERS).

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CBERS

Os dois anos do CBERS-2 marcam o cumprimento


do primeiro acordo sino-brasileiro, já renovado para a
construção de mais três satélites.
Com o lançamento do primeiro CBERS (sigla para
China-Brazil Earth Resources Satellite, que em
português significa Satélite Sino-Brasileiro de
Recursos Terrestres), o Brasil passou a dominar a
tecnologia para o fornecimento de dados de
sensoriamento remoto. Até então, o país dependia
exclusivamente de imagens fornecidas por equipamentos
estrangeiros.
A cooperação entre cientistas brasileiros e chineses
no desenvolvimento de tecnologias espaciais resultou no satélite CBERS-1, lançado em 1999, e
no CBERS-2, em órbita desde 2003. Desde a assinatura do acordo de cooperação, em 1988,
Brasil e a China já investiram mais de US$ 300 milhões para a implantação de um sistema
completo de sensoriamento remoto de nível internacional.
Dezessete anos depois, o Brasil hoje é um dos maiores
distribuidores de imagens orbitais do mundo. A parceria não
inclui a transferência de tecnologia entre os dois países, e cada
um precisaram transpor os obstáculos que surgiram no
desenvolvimento daquele que era o primeiro satélite do gênero
tanto para o Brasil como para a China.
A utilidade das imagens foram apresentadas por alguns
dos maiores usuários do satélite, como Petrobras, IBGE, Incra,
Embrapa, Ibama, ANA, organizações não-governamentais e
empresas de geoprocessamento. O IBGE, por exemplo, usa
os dados para atualizar seus mapas em projetos de
sistematização do solo, assim como o Incra emprega as imagens
nos processos ligados à reforma agrária. As aplicações no setor
agrícola e de monitoramento ambiental costumam causar maior
impacto econômico e social devido às dimensões continentais do
Brasil. Sem uma ferramenta acessível, vigiar um território tão
extenso seria quase impossível.
O CBERS-2 é equipado
com câmeras para
observações ópticas de todo
o globo terrestre, além de
um sistema de coleta de
dados ambientais. O satélite
está em órbita síncrona com
o Sol a uma altitude de 778
km, completando 14
revoluções da Terra por dia.
Este tipo de órbita faz com
que o satélite sempre cruze
o Equador às 10h30 da
manhã, hora local, provendo
assim as mesmas condições
de iluminação solar para
tornar possível a
comparação de imagens
adquiridas em dias diferentes.
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Além do módulo com a carga útil, o satélite possui ainda outro módulo para os
equipamentos de suprimento de energia, controles, telecomunicações e demais funções
necessárias à operação. Os dados internos para monitoramento do estado de funcionamento do
satélite são coletados e processados por um sistema de computadores antes de serem
transmitidos à Terra. Um sistema de controle térmico garante o ambiente apropriado para o
funcionamento dos sofisticados equipamentos do satélite.
Uma das maiores vantagens do CBERS-2 é a diversidade de câmeras com diferentes
resoluções espaciais e frequências de coleta de dados.

SCD

Antes do CBERS, os brasileiros haviam construído o SCD - Satélite de Coleta de Dados, de


menor porte. "Do SCD para um satélite grande como o CBERS foi um grande passo", resume
Janio Kono, coordenador do Programa Sino-Brasileiro no INPE - Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, que tem a missão de desenvolver e construir os satélites do Brasil.

Os satélites SDC são equipados para captar e retransmitir


dados meteorológicos, ambientais e da química atmosfera,
coletados por plataformas (PCD) instaladas em terra ou por boias
oceanográficas. Os dados são retransmitidos a uma ou mais estações
terrenas de recepção.
O INPE é o responsável pela especificação, projeto,
desenvolvimento, fabricação e operação desta série de 4 satélites, o
SCD-1, SCD-2, SCD-2A (perdido no lançamento) e SCD-3. O SCD-1
foi colocado em órbita em fevereiro de 1993 e encontra-se operando
até hoje, com uma vida útil além do período, inicialmente previsto, de
um ano.
O SCD-2 foi lançado, com sucesso, em 1998, por meio de um
veículo Pegasus, a partir do Cabo Canaveral. Atualmente opera de
forma conjunta com o SCD-1. Pretende-se, desta forma, ampliar a prestação dos serviços de
coleta de dados.
O SCD-3, projetado para órbita circular equatorial a uma altura de 1.100 km, permitirá, do
ponto de vista de coleta de dados, uma varredura territorial complementar a dos demais satélites
SCD e a dos satélites CBERS, além de propiciar a ampliação da capacidade de recepção e
transmissão de dados.
O SCD - 1 entrou em órbita no dia 09 de fevereiro de 1993. A vida útil deste satélite superou
em mais de 5 anos sua expectativa de vida (1 ano). Em outubro de 1998, entrou em operação o
satélite SCD-2. O programa prevê ainda o lançamento de outra plataforma espacial: o SCD - 3, e
além de desempenhar as mesmas funções dos anteriores, apresentará nova configuração e
desenho. Este novo satélite terá órbita circular com altitude de 1.100 km e fará testes de um
sistema de voz móvel para transmissão de mensagens na Região Amazônica. Seus objetivos são
o de coleta e comunicação de dados ambientais. Proporciona aos pesquisadores possibilidades
de estudos mais precisos nos campos da meteorologia, oceanografia e química da atmosfera, em
função da maior frequência e regularidade de obtenção das informações.

Os foguetes brasileiros
Foguetes de sondagem e o Veíc
Veículo Lançador de Satélites – VLS

Foguetes de Sondagem
"Os foguetes de sondagem são utilizados para missões suborbitais de exploração do
espaço, capazes de lançar cargas úteis compostas por experimentos científicos e tecnológicos.
Inserido no escopo do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), em seu programa
decenal, e executado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o projeto iniciou-se em 1965,
quando o foguete Sonda I fez o vôo inaugural, constituindo-se no primeiro lançamento de um
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foguete nacional do então Campo de Lançamento de Foguetes da Barreira do Inferno (CLFBI).
Durante um período de 12 anos, foram realizados mais de 200 experimentos com foguetes desse
tipo".
Resumindo: Foguetes de sondagem, como o próprio nome diz, são foguetes enviados ao
espaço com sondas 'embutidas' nele para estudo e exploração do espaço sideral.

Foguetes Brasileiros de Sondagem

"Em 2004, tiveram início os lançamentos do VSB-30, versão do foguete VS-30 acrescido de um
estágio para aumentar a capacidade de carga útil e tempo de microgravidade. O
desenvolvimento do veículo começou em meados de 2000, fruto de uma cooperação entre a
Agência Espacial Alemã e a AEB. Desde então, já foram realizados um lançamento no Brasil e
dois na Suécia, todos bem-sucedidos".

SONDA I. Projetado para estudos da alta atmosfera e para transportar cargas úteis
meteorológicas de 4,5 kg a 70 km de altitude.

SONDA II. Depois de 1966, o Sonda I evoluiu para o Sonda II, usado para transporte de cargas
úteis científicas e tecnológicas, de 20 a 70 Kg, para experimentos na faixa de 50 a 100 Km de
altitude, com inovações tecnológicas, como novas proteções térmicas, novos propelentes e testes
de componentes eletrônicos.

SONDA III. Em 1969, o IAE iniciou o desenvolvimento do foguete biestágio Sonda III com
propulsores do 1º e 2º estágios carregados com propelente sólido, capaz de transportar cargas
úteis científicas e tecnológicas de 50 a 150 kg para experimentos na faixa de 200 a 650 km de
altitude, com certeza super mais moderno e com novos sistemas, controladores, etc.

SONDA IV. Projeto preliminar do foguete biestágio Sonda IV, com propulsores carregados com
propelente sólido, especificado para permitir o domínio das tecnologias imprescindíveis para o
desenvolvimento do Veículo Lançador de Satélites (VLS). O Sonda IV foi utilizado para o
transporte de cargas úteis científicas e tecnológicas de 300 a 500 kg para experimentos na faixa
de 700 a 1000 km de altitude.

Os satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto e suas aplicações.

Satélite artificial é um veículo espacial, tripulado ou não, colocado em órbita de um planeta,


de um satélite ou do Sol. É utilizado principalmente na pesquisa científica e nas telecomunicações
em geral, como na retransmissão de sinais de rádio e de televisão e na interligação de redes de
computadores, como a Internet.

Os primeiros satélites postos em órbita foram o Sputnik I (04/10/57) e o Sputnik II (03/11/57),


lançados pelos soviéticos, e seguidos pelo Explorer I (31/01/58), lançado pelos norte-americanos.
Nas telecomunicações, o satélite pioneiro foi o Telstar, lançado pelos norte-americanos em 1962.

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Após o sucesso dessas experiências, imediatamente, o homem colocou satélites artificiais
em órbitas de quatro outros astros do sistema solar: O próprio Sol (Luna I, em 1959); a Lua ( Luna
X, em 1966); Marte (Marine IX, em 1971) e Vênus (Venua IX, em 1975).

A órbita de um satélite é definida em função de diversos parâmetros, entre eles: raio de


inclinação, inclinação do plano da órbita, período de revolução, etc. O número de revoluções
diárias, isto é, quantas vezes o satélite gira em torno da Terra num dia é importante porque
define a altitude que o satélite deverá ser colocado em órbita.
Por exemplo, a órbita de 35.800 a 36.000 Km de altitude desempenha um papel particular.
Todos os satélites colocados a essa altitude gastam, para dar uma volta em torno da Terra, 23 h
56 min, que é igual ao período de rotação da Terra. Neste caso, a órbita é denominada
geossíncrona.
Se o plano da órbita confundir com o do equador, o satélite parecerá imóvel a um
observador terrestre, sendo então chamado de geoestacionário.

Os satélites militares são desenvolvidos com objetivo de telecomunicação,


observação, alerta avançado, ajuda à navegação e reconhecimento. Um exemplo de satélite
militar, muito utilizado hoje, são os 16 satélites de posicionamento global (Global Positioning
System - GPS), que fornecem coordenadas geográficas exatas. Os americanos dispõem de
satélites fotográficos, como o Big Bird que permitem identificar objetos com poucos centímetros e
de satélites denominados Key Hole, que fazem análise das zonas observadas e retransmitem as
informações em tempo real.
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No campo de exploração cósmica, o primeiro satélite lançado ao espaço foi o Explorer 1,
pelos EUA. No ano seguinte (1959), os soviéticos lançam o Projeto Lunik (ou Luna), com o
lançamento da primeira sonda espacial a Lunik 1, para explorar a Lua. Em setembro a Lunik 2
atinge a superfície da Lua e, em outubro são feitas as primeiras fotos da face oculta do satélite,
pela Lunik 3. A partir daí, soviéticos e americanos lançaram sondas em direção a Vênus, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, assim como para algumas luas dos planetas gigantes.
Em 1968 teve início um estudo sistemático do céu, utilizando ultravioleta e
infravermelho. A primeira cartografia completa do céu foi realizada pelo satélite IRAS, no ano de
1983.
Com relação a satélites empregados para coleta de dados, o programa mais importante
no momento é o Earth Science Enterprise (NASA), para estudar fenômenos físicos, químicos e
biológicos da Terra. As áreas de estudo incluem: nuvens, ciclo da água e energia, oceanos,
química da atmosfera, uso da terra, processo da água e ecossistema, cobertura de gelo glacial e
polar e a parte sólida da Terra. O primeiro satélite de observação, o EOS-AM Spacecraft, foi
lançado em 18 de dezembro de 1999.

No Brasil foi criado o Projeto de Satélites de Aplicações Científicas (SACI), concebido pelo
INPE, e com a cooperação de diversas instituições brasileiras e estrangeiras. O SACI-1 foi
colocado em órbita da Terra com sucesso, mas não chegou a entrar em operação devido a uma
falha no sistema de controle do painel solar. O segundo satélite da série, o SACI-2 foi abortado
pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.

Os satélites de comunicação são utilizados na transmissão de informações. Podem ter


acessos múltiplos, isto é, servir simultaneamente a diversas estações terrestres de localidades ou
mesmo de países diferentes.

O TELSTAR 1, o primeiro satélite construído e financiado por uma indústria


privada (AT&T’s Bell), lançou uma revolução na telecomunicação, marcando o início
do comércio espacial. Esse território do espaço (órbita geossíncrona) tornou-se mais
tarde congestionado de satélites de várias nações.

O primeiro satélite meteorológico colocado em órbita da Terra foi o


TIROS 1 (EUA), lançado em 1º de abril de 1960. São equipados com
infravermelhos capazes de operar mesmo sobre a face escura da Terra. Os
dados armazenados são transmitidos para estações de recepção na Terra.

Dentre as suas habilidades, podemos citar a aquisição de imagens de alta e média


resolução, monitorar a atmosfera terrestre (temperatura e umidade do ar, mapeamento diurno e
noturno de nuvens, temperatura das nuvens, distribuição de aerossóis, ozônio e dióxido de
carbono), os continentes (avaliações precisas do gelo e da neve, avaliação de vegetação e
agricultura, detecção de queimadas e atividades vulcânicas) e os oceanos (massa d'água,
temperaturas da superfície do mar, direção e velocidade dos ventos próximos a superfície dos
oceanos).

O SCD-1 é o primeiro satélite da MECB (Missão Espacial Completa


Brasileira), que prevê o desenvolvimento e construção de outros quatro, que
darão continuidade à missão do SCD-1, e os satélites de sensoriamento remoto
(SSR1 e SSR2), para observação de recursos terrestres. Em 22 de outubro de
1998, foi colocado em órbita da Terra o SCD-2. Esse fato selou o êxito do Brasil
na era espacial.

Os satélites de sensoriamento remoto estudam a superfície terrestre, através de poderosas


lentes. Podem produzir fotos da superfície com precisão de até um metro.

12
Cerca de 8.000 objetos orbitam nosso planeta, e mais de 100 podem ser vistos a olho nu,
antes do pôr do Sol ou antes do seu nascer. Os objetos de grande tamanho ou de órbita
relativamente baixa, tais como a Estação Espacial Internacional, são visíveis a olho nu mais
facilmente, mesmo quando as condições não são muito favoráveis.

A Estação Espacial Internacional (ISS).

Em 1984, o presidente Ronald Reagan propôs que


os Estados Unidos, em parceria com outras nações,
construíssem uma estação espacial habitável e
permanente. Reagan previa que a estação ajudaria tanto
ao governo quanto a indústria.
Os EUA formaram uma força de cooperação com
outros 14 países (Canadá, Japão, Brasil e a Agência
Espacial Européia - Reino Unido, França, Alemanha,
Bélgica, Itália, Holanda, Dinamarca, Noruega, Espanha,
Suíça e Suécia). Durante o planejamento da ISS e depois
da queda da União Soviética, os Estados Unidos
convidaram a Rússia, em 1993, para ajudar na ISS. Isso
elevou para 16 o número de participantes no projeto. A
NASA está liderando e coordenando a construção.
A montagem em órbita começou em 1998. A ISS tem mais de 100 componentes, e
precisarão de aproximadamente 44 vôos dos ônibus espaciais, da Soyuz e do foguete de prótons
russo para serem transportados. Além disso, serão necessárias 160 incursões de astronautas ao
espaço para adaptações e consertos externos.
Totalizando, serão gastas 1.920 horas-homem para montar e manter a ISS, que tem sua
conclusão prevista para 2010 e uma vida útil estimada em 10 anos. O projeto total custará entre
US$35 e US$37 bilhões.
Quando completa, a ISS será capaz de abrigar até sete astronautas. Os componentes
principais da estação são os seguintes:

• Módulo de controle (Zayra) ou bloco de carga funcional - contém propulsão (dois


sistemas de foguete), comando e sistema de controle.
• Nodos (três) - conectam porções maiores da ISS.
• Módulo de serviço (Zveda) - contém alojamentos e recursos salva vidas nas partes mais
remotas da ISS, locais de atracagem para naves Progress e sistema de foguetes para
controle de altitude e nível da estação.
• Laboratórios científicos (seis) - contêm equipamentos científicos e braços robóticos para
mover cargas na plataforma externa.
• Módulo de laboratório - ambiente aquecido para facilitar as pesquisas de microgravidade,
ciências humanas, terrestres e espaciais.
• Suporte - uma grande estrutura para junção de módulos, cargas e equipamentos de
sistemas.
• Sistema de serviço móvel - sistema robótico de suporte, equipado com braços remotos
para montagem e atividades de manutenção.
• Veículos de transporte - uma cápsula da Soyuz e um Crew Return Vehicle X-38 (Veículo
de Evacuação da Tripulação) para evacuação de emergência.
• Sistema de energia elétrica - painéis solares e equipamentos para geração,
armazenamento, controle e distribuição de energia elétrica.

Em 31 de outubro de 2000, a primeira tripulação da ISS (mostrada abaixo) foi enviada pela
Rússia. A equipe com três tripulantes passou quase cinco meses a bordo da ISS ativando
sistemas e conduzindo experimentos. A primeira tripulação voltou à Terra em 21 de março de
2001.
13
A ISS tem sido ocupada por uma série de equipes de três
e dois tripulantes:
• Tripulação 2 - de março a agosto de 2001
• Tripulação 3 - de agosto a dezembro de 2001
• Tripulação 4 - de dezembro de 2001 a junho de 2002
• Tripulação 5 - de junho a dezembro de 2002
• Tripulação 6 - de novembro de 2002 a maio de 2003
• Tripulação 7 - de abril a outubro de 2003
• Tripulação 8 - de outubro de 2003 a abril de 2004
• Tripulação 9 - de abril a outubro de 2004
• Tripulação 10 - de outubro de 2004 a abril de 2005
• Tripulação 11 - de abril de 2005 a outubro de 2005
• Tripulação 12 - de outubro de 2005 a abril de 2006
• Tripulação 13 - lançada em março de 2006

Por enquanto, a permanência de cada tripulação varia entre três e sete meses.

O Telescópio Hubble

A IMPORTÂNCIA DO HUBBLE
A grande importância do Telescópio Espacial Hubble (nome dado em homenagem ao
astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble que viveu de 1889 a 1953) está no fato de ele
estar colocado no espaço, fora da atmosfera da Terra.
A luz dos astros para chegar a ele não precisa passar por nossa atmosfera. Toda
informação que obtemos de um astro está na luz que vem deles. A atmosfera sempre "some"
com parte dessa informação e é por isso que os observatórios astronômicos profissionais sempre
são construídos em locais bem altos.
Mesmo assim um telescópio "de solo" somente conseguirá momentaneamente uma
resolução de imagem superior a 1,0 segundo de arco, isso em condições atmosféricas
extremamente adequadas à observação. Com essa resolução somos capazes de ver uma bola
de futebol a 51,5 km de distância.
A resolução do Hubble é cerca de 10 vezes melhor, ou seja, de 0,1 segundo de arco. Com
essa resolução e com a ajuda de técnicas de reduções fotográficas feitas por computador,
podemos distinguir separadamente objetos suficientemente brilhantes a até menos de dois
metros de distância um do outro, como os dois faróis de um carro que estivesse na Lua.

COMO É O HUBBLE

A "potência" de um telescópio está na quantidade de


luz que ele pode receber instantaneamente de um objeto.
Quanto maior o diâmetro de um telescópio, maior a sua
"potência".
O Hubble é um telescópio refletor (seu elemento
óptico principal é um espelho) com 2,40 metros de
diâmetro. Se fosse um telescópio de solo ele seria
considerado de porte médio. Os 2 maiores telescópios do
mundo estão no observatório de Mauna Kea no Havaí e
têm 10 metros de diâmetro cada. Existem 28 telescópios
maiores que o Hubble, espalhados pelo mundo, em
funcionamento.
Mais que um telescópio, o Hubble é um verdadeiro
observatório espacial, contendo instrumentação
necessária a vários tipos de observação. Contém 3
câmeras, 1 detector astrométrico e 2 espectrógrafos. Além
de fotografar os objetos e medir com grande precisão
14
suas posições, o Hubble é capaz de "dissecar" em detalhes a luz que vem deles.
O Hubble está em uma órbita baixa, a 600 km da superfície da Terra e gasta apenas 95
minutos para dar uma volta completa em torno de nosso planeta. A energia necessária para o seu
funcionamento é coletada por 2 painéis solares de 2,4 x 12,1 metros cada. A sua massa é de
11.600 kg.

O HUBBLE TEVE QUE USAR ÓCULOS

Colocado em órbita em abril/90, logo em seguida foi detectado um grave defeito em sua
óptica. O Hubble não era capaz de focar os objetos, principalmente os mais fracos, com a
precisão planejada e desejada.
Esse defeito foi "diagnosticado" como aberração esférica; uma distorção óptica causada por
uma forma incorreta de seu espelho principal. Perto das bordas a curvatura desse espelho estava
menor que deveria por uma quantidade cerca de 1/50 da espessura de um fio de cabelo humano.
Trocar o espelho seria algo caro e difícil. A solução adotada foi a de projetar uma óptica
corretiva para seus instrumentos. Essa óptica foi instalada com grande sucesso em dezembro/93.

OBJETIVOS

Os objetivos do Hubble podem ser resumidos como sendo:


• Investigar corpos celestes pelo estudo de suas composições, características físicas e dinâmicas;
• Observar a estrutura de estrelas e galáxias e estudar suas formação e evolução;
• Estudar a história e evolução do universo.

Para atingir seus objetivos a pesquisa do Hubble é dividida em:


• Galáxias e Aglomerados;
• Meio Interestelar;
• Quasares e Núcleos Ativos de Galáxias;
• Astrofísica Estelar; Populações Estelares e Sistema Solar.

As instituições brasileiras voltadas ao desenvolvimento das


atividades espaciais (AEB, CTA, IAE, INPE e ITA).

Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA)

Atualmente, o CTA - Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial com sede em São José


dos Campos -SP é órgão do Comando da Aeronáutica, formado por dez organizações militares
nas áreas de ensino, pesquisa, desenvolvimento e de infra-estrutura e apoio operacional. O CTA
conquistou com meio século de história o reconhecimento da comunidade científica internacional.
É considerado um dos mais importantes centros de ensino, pesquisa e desenvolvimento
aeroespacial da América Latina e do mundo.
A área de ensino, pesquisa e desenvolvimento é constituída de quatro institutos: Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Instituto de Fomento e
Coordenação Industrial (IFI) e Instituto de Estudos Avançados (IEAv). Através destes institutos, o
CTA vem realizando atividades técnico-científicas de alto nível, nos mais diferentes campos da
pesquisa a tecnológica aeroespacial. Além de participar de importantes projetos da indústria
nacional e contribuir de forma acentuada para o desenvolvimento da região.
Na área de infra-estrutura e apoio operacional, encontram-se o Grupo Especial de Ensaios
em Vôo (GEEV), o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR-SJ), a Prefeitura de
Aeronáutica de São José dos Campos (PASJ) e o Grupamento de Infra-estrutura e Apoio de São
José dos Campos (GIA-SJ), unidade ímpar na FAB (Força Aérea Brasileira).

15
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)

O ITA é uma escola pública mantida pelo Comando da Aeronáutica, cujas missões são:
ministrar a educação e o ensino, necessários à formação de profissionais de nível superior nos
setores da Ciência e da Tecnologia, nas especialidades de interesse da aviação em geral e do
Comando da Aeronáutica, em particular; manter cursos de graduação, de especialização e
extensão universitária e de pós-graduação; promover, através do ensino e da pesquisa, o
progresso da Ciência e da Tecnologia, relacionados com as atividades do Setor Aeroespacial. É
constituído pela Reitoria, Congregação, Direção de Ensino e a Direção de Administração e Apoio.
Atualmente o Concurso de Admissão é realizado em vinte e cinco cidades cobrindo todas as
regiões do território brasileiro. As provas são compostas por questões dissertativas e de múltipla
escolha: Física, Química e Matemática – 20 questões de múltipla escolha e 10 dissertativas;
Português - 20 questões de múltipla escolha e uma redação; Inglês - 20 questões de múltipla
escolha.
Possui cinco cursos de graduação em Engenharia nas seguintes especialidades:
Aeronáutica, Mecânica-Aeronáutica, Civil-Aeronáutica, Eletrônica e Computação. Todos têm
duração de cinco anos, dos quais os dois primeiros constituem o Curso Fundamental comum a
todos os alunos, e os três últimos, o Curso Profissional, específico para cada especialidade.
Há alguns requisitos para quem deseja se candidatar a uma das suas vagas. No ato da
inscrição, o candidato deve optar se deseja ser um aluno militar ou civil.
Particularidades do ITA: oferece ensino, alimentação e serviços médico-odontológicos
gratuitamente a todos os alunos independentemente da classe social; oferece hospedagem a
uma taxa mínima ao mês, porém se o aluno comprovar carência, ele é isento; seu concurso de
admissão é realizado na primeira quinzena de dezembro; não aceita transferência de outras
instituições; não há dispensa de disciplinas cursadas em outras instituições; não há dispensa do
CPORAER mesmo para aqueles que já se alistaram; e o mais interessante é que ministra a
Disciplina Consciente, que consiste basicamente da confiança nas relações docente/discente e
discente/discente e honestidade na execução de trabalhos escolares.
Além da graduação, o ITA oferece cursos de pós-graduação em quatro áreas com diversas
subáreas: Engenharia Aeronáutica e Mecânica; Engenharia Eletrônica e Computação;
Engenharia de Infra-Estrutura Aeronáutica; e Física. Possui também três cursos de mestrado
profissionalizante nas seguintes áreas: Produção; Engenharia Aeronáutica, parceria
ITA/EMBRAER; e Engenharia Aeroespacial, parceria ITA/IAE. E possui ainda o Curso de
Especialização em Análise de Ambiente Eletromagnético (CEAAE), criado em 1998 e o Programa
de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO), criado em 2001.

Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE)

Tem como missão as atividades de pesquisa e desenvolvimento no campo aeroespacial,


com ênfase às áreas de materiais, foguetes de sondagem, sistemas de defesa, sistemas
aeronáuticos, ciências atmosféricas, ensaios em vôo e ensaios de componentes aeroespaciais.
Possui um Curso de Extensão em Engenharia de Armamento Aéreo (CEEAA), criado em
1977 no ITA. Tem duração de dois semestres letivos, obedecendo ao calendário letivo do ITA, os
quais são destinados a proporcionar a base teórica e os conhecimentos práticos sobre projetos,
desenvolvimento, ensaio e instalação de sistemas de defesa, aos Oficiais Subalternos e
Intermediários da Aeronáutica, da ativa, possuidores de diploma de engenheiro.

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Há mais de quarenta anos o INPE, órgão vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia,


desenvolve atividades de pesquisa e desenvolvimento na área espacial, com estudos que vão
desde o desflorestamento de matas, previsão do tempo até as origens do universo. Hoje é uma
referência nacional em Sensoriamento Remoto, Meteorologia, Ciências Espaciais e Atmosféricas
e Engenharia e Tecnologia Espaciais. A sede do INPE está localizada em São José dos Campos
- SP e ele possui mais sete unidades no território nacional: Cachoeira Paulista (SP), Cuiabá (MT),
16
Natal (RN), São Paulo (SP), Brasília (DF), Atibaia (SP), Santa Maria (RS). Além delas, existem
postos da ATUS –Atendimento ao Usuário de Imagens de Satélite em São Luís (MA), Eusébio
(CE), São Martinho da Serra (RS) e Santa Maria (RS).

Atualmente, suas ações desenvolvem quatro programas do governo federal em sintonia com
o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Agência Espacial Brasileira. São eles:
• Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE);
• Programa Ciência, Natureza e Sociedade;
• Programa Promoção da Pesquisa e do Desenvolvimento Científico e Tecnológico;
• Programa Prevenção e Combate a Desmatamentos, Queimada e Incêndios Florestais.

O INPE possui cursos de pós-graduação, níveis de mestrado e doutorado, nas seguintes


áreas de concentração: Astrofísica, Geofísica Espacial, Computação Aplicada, Meteorologia,
Sensoriamento Remoto e Engenharia e Tecnologia Espaciais.
No sítio do INPE é possível encontrar catálogo gratuito de imagens CBERS estendido à
América do Sul, Rede Nacional de Monitoramento de Raios e Dados do programa de Detecção
de Desmatamento da Amazônia em Tempo Real (DETER).

Agência Espacial Brasileira (AEB)

Com sede localizada em Brasília (DF), a Agência Espacial Brasileira é uma autarquia federal
de natureza civil, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) – foi criada em 10 de
fevereiro de 1994.
A AEB é responsável pela Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais
(PNDAE), que estabelece objetivos e diretrizes a serem materializados nos programas e projetos
nacionais relativos à área espacial, com destaque para o Programa Nacional de Atividades
Espaciais (PNAE). Em 1996, foi instituído o Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades
Espaciais – SINDAE com a finalidade de organizar a execução das atividades destinadas ao
desenvolvimento espacial de interesse nacional. Mais informações: www.aeb.gov.br.

A exploração de marte.

"Mars PathFinder é o segundo projeto da NASA em relação à exploração de Marte. A


Missão é composta por uma estação de lançamento e transmissão de dados, chamada de Sagan
Memorial Station , e um robô de exploração de superfícies , chamado Sojourner . O objetivo
principal é a demonstração de costas baixas para pouso e exploração do solo de Marte."
Eles estão fazendo esses projetos para saber se o
Homem, assim como fez na Lua, poderá pisar em Marte.
Precisam saber como é o solo, a atmosfera, o clima, enfim,
todas as condições, bem detalhadamente.
O Robô Sojourner foi projetado para captar amostras do
solo de Marte e possui seis rodas e um painel de captação de
energia solar. A NASA já enviou diversas sondas para saber
como é em Marte.
Marte é o planeta mais próximo da Terra, ocupando o 4º
lugar na ordem das distâncias ao Sol. Tem uma atmosfera
bastante ténue, essencialmente constituída por dióxido de
carbono, com pequenas quantidades de azoto, oxigénio e vapor de água.
O ano marciano é quase o dobro do da Terra. A superfície de Marte está coberta por
crateras, tendo até sido observados vulcões.
Marte possui dois satélites: Fobos e Deimos. Desde a década de 1960, o homem busca
informações sobre Marte. Porém, apenas dois terços dos projetos foram bem sucedidos. A 28 de
novembro de 1964 começou a primeira missão bem sucedida a Marte.

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A sonda sobrevoou o planeta em Julho de 1965 e
retornou com fotos da sua superfície. A partir daí foram-
se alcançando várias metas, nomeadamente: fizeram-se
mapeamentos globais, coletaram-se dados sobre a
atmosfera, recolheram-se dados sobre o planeta, tiraram-
se fotos da superfície, estudou se o solo e transportou-se
água e gelo de modo a estudar o ambiente.
A 2 de Junho de 2003 foi a primeira missão europeia
enviada a qualquer planeta. No entanto, as missões
espaciais que deram um verdadeiro destaque à
exploração de Marte foram, indubitavelmente, as duas
missões Viking nos meados de 1970, que enviaram as
primeiras imagens detalhadas a partir da superfície
marciana. Os veículos orbitais mapearam 97% do planeta.
A exploração de Marte teve depois uma paragem durante mais de duas décadas,
interrompida somente por algumas tentativas falhadas ou parcialmente bem sucedidas. A Mars
Global Surveyor tornou-se a primeira missão com êxito no Planeta Vermelho, em vinte anos,
quando foi lançada em 1996, entrando em órbita em 1997.
No entanto, o ano de 2003 assistiu a um interesse retomado por Marte através de um
aumento de missões, com o lançamento pela ESA da Mars Express, com o seu módulo de
aterragem Beagle, e com o lançamento pela NASA de dois rovers , Spirit e Opportunity.
Esta missão teve como objectivo analisar a atmosfera e o solo do planeta, além de verificar
que já existiu água na forma líquida, uma das condições impostas pelos cientistas para existência
de vida em Marte. Recolheu amostras de solo e enviou os dados de volta para a Terra.

Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial?

Todos os países em desenvolvimento já possuem seu programa espacial e o Brasil não


poderia deixar de ter o seu também. Mas atualmente faz uso compartilhado com outros países
em seus programas do espaço, principalmente com a China.
Devido a atrasos, por motivo de acidente na base de
Alcântara, Mas há ainda o caso da ISS, Estação Espacial
Internacional, compartilhado por todos os países, incluindo o
Brasil, apesar de micro participação.
Lembram que em 2006, Marcos Pontes, nosso primeiro
astronauta, visitou a Estação, a bordo da nave russa Soyuz.
Mas as pesquisas espaciais fazem parte dos projetos
individuais de cada país, até por motivo de segurança e de
custos para adquirir informações.
A base de Alcântara, próxima ao Equador terrestre, privilegia-nos como melhor ponto de
lançamento devido a menor custo - menos combustível para alcançar a órbita desejada.

Mas, por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial?

Primeiro: As comunicações, hoje em dia, são todas feitas por satélites. O Brasil não deve ficar
para trás. Porque ficaria ? Falta é conhecimento!

Segundo: Porque esse tipo de tecnologia dá muito dinheiro. Podemos descobrir muitos outros
mistérios e segredos do Universo, e conseguiríamos respeito com isso também. Os outros países
vêem o Brasil como INCAPAZ de realizar algo desse calibre. Devíamos mostrar a eles que somos
um país globalizado também. Mas, para isso, falta conhecimento.

Terceiro: Porque temos uma faixa de território em posição privilegiada próxima do equador
terrestre (a localização mais econômica para lançamentos ao espaço).
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Quarto: Porque isso gera muitos empregos e tecnologia de ponta, alavancando o progresso da
indústria (mais dinheiro para o Brasil).

Quinto: Incentivar as crianças Brasileiras à estudar matemática e física, desenvolvê-las.

O efeito estufa e o buraco na camada de ozônio.

Efeito Estufa

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante. A
atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que recebemos
vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra. Isto se deve
principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido de Carbono,
Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de 1% desta), que
vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico dos mesmos.
Nos últimos anos, a concentração de dióxido de carbono na atmosfera tem aumentado
cerca de 0,4% anualmente; este aumento se deve à utilização de petróleo, gás e carvão e à
destruição das florestas tropicais. A concentração de outros gases que contribuem para o Efeito
de Estufa, tais como o metano e os clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente.
O efeito conjunto de tais substâncias pode vir a causar um aumento da temperatura global
(Aquecimento Global) estimado entre 2 e 6 ºC nos próximos 100 anos. Um aquecimento desta
ordem de grandeza não só irá alterar os climas em nível mundial como também irá aumentar o
nível médio das águas do mar em, pelo menos, 30 cm, o que poderá interferir na vida de milhões
de pessoas habitando as áreas costeiras mais baixas.
Se a Terra não fosse coberta por um manto de ar, a atmosfera seria demasiado fria para a
vida. As condições seriam hostis à vida, a qual de tão frágil que é, bastaria uma pequena
diferença nas condições iniciais da sua formação, para que nós não pudéssemos estar aqui a
discutindo.

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O Efeito Estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros gases sobre
os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela, mantendo
assim uma temperatura estável no planeta.
Ao irradiarem à Terra, parte dos raios luminosos oriundos do Sol são absorvidos e
transformados em calor, outros são refletidos para o espaço, mas só parte destes chega a deixar
a Terra, em consequência da ação refletora que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido
de carbono, metano, clorofluorcarbonetos- CFCs- e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação
reenviando-a para a superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.
Desde a época pré-histórica que o dióxido de carbono tem tido um papel determinante na
regulação da temperatura global do planeta. Com o aumento da utilização de combustíveis
fósseis (Carvão, Petróleo e Gás Natural) a concentração de dióxido de carbono na atmosfera
duplicou nos últimos cem
anos.
Neste ritmo e com o
abatimento massivo de
florestas que se tem praticado
(é nas plantas que o dióxido
de carbono, através da
fotossíntese, forma oxigênio e
carbono, que é utilizado pela
própria planta) o dióxido de
carbono começará a proliferar
levando, muito certamente, a
um aumento da temperatura
global, o que, mesmo
tratando-se de poucos graus,
levaria ao degelo das calotas
polares e a grandes
alterações a nível topográfico
e ecológico do planeta.

Buraco na camada de Ozônio

O ozônio (O3) se encontra na estratosfera e corresponde a uma camada da atmosfera, esse


gás está situado entre 10 e 50 quilômetros de altitude, denominado de camada de ozônio. Essa
camada é indispensável para o desenvolvimento e manutenção da vida na Terra, uma vez que
essa realiza uma espécie de filtragem dos raios
solares promovendo a retenção dos raios
ultravioletas que são prejudiciais, impedindo que
atinja a superfície terrestre.
Por volta de 1930, surgiu o gás CFC
(clorofluorcarbono) com finalidade industrial, a
empresa pioneira no uso dessa substância foi a
General Motors. No decorrer do tempo o uso
dispersou-se pelo mundo, especialmente nos países
industrializados, então o CFC foi inserido em bens
de consumo, como geladeiras, ar condicionado,
sprays, entre outros.
Nas primeiras décadas da utilização do gás
não foram detectados prejuízos ao ambiente, mas a
ideia de que tal gás era inofensivo foi superada no
fim da década de 70, momento esse que foi
realizado diversos tipos de estudos que constatou uma modificação na camada de ozônio na
Antártica.
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Tal constatação foi feita a partir de informações obtidas através de imagens de satélites, os
cientistas através dos dados adquiridos desvendaram que havia ocorrido uma redução de 60% na
camada da região.
Doravante a essa descoberta, os cientistas estabeleceram uma relação direta entre a
emissão do gás CFC e a diminuição da camada de ozônio.
O gás CFC expelido para a atmosfera sobe para as camadas mais elevadas da mesma,
onde são submetidas às ações dos raios ultravioletas, que ocorre da seguinte forma: o CFC se
fragmenta, o cloro começa a interagir com o ozônio e a partir desse processo ocasiona a quebra
desse tipo de molécula e consequentemente destrói a camada de ozônio.
A diminuição da quantidade de ozônio resulta no aumento da entrada de raios ultravioleta na
superfície terrestre, alterando toda composição natural do clima e das paisagens, provocando
algumas doenças nos seres humanos, como câncer de pele, catarata e queda da imunidade e
pode comprometer a vida no planeta.
Diante das constatações acerca da diminuição da camada de ozônio e os riscos que ela
acarreta, as grandes economias se reuniram em 1987 na cidade canadense de Montreal e
implantaram o Protocolo de Montreal, que tinha como principal objetivo estipular metas de
redução do gás CFC em primeiro momento e, posteriormente, deixar de utilizá-lo definitivamente.
Esse acordo obteve grande êxito, uma vez que todos os países aderiram e executaram as metas.

O corpo humano no espaço

As maiores diferenças entre o ambiente em uma nave espacial e qualquer outra


embarcação na Terra são o banho de radiação a que se fica exposto fora da atmosfera terrestre e
a microgravidade.
A ação da gravidade zero sobre o corpo humano é o que afeta mais os astronautas,
especialmente os que ficam no espaço por longos períodos, conta a coordenadora do centro de
gravidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Do Sul (PUCRS), professora Thaís
Russomano.
"O corpo humano é moldado pela gravidade, como se fosse uma massa de modelar. Temos
os membros inferiores muito mais fortes do que os superiores para sustentar o corpo de pé,
devido à ação da gravidade". Portanto, os primeiros músculos a se modificarem, em quem fica um
bom tempo em órbita, são os das pernas.
Essas mudanças do corpo humano são um fator importante quando se pensa na dificuldade
em chegar a Marte, explica Thaís: primeiro o corpo tem de se adaptar à gravidade zero, depois à
força gravitacional de Marte, depois novamente ao espaço e, por fim, reaprender a sustentar
nossa massa aqui na Terra.
Outro perigo para os astronautas em órbita são as infecções. Por isso, quem vai subir ao
espaço sideral começa a reduzir o contato com outros humanos - amigos, família, por exemplo -
já um mês antes. "É que a maioria das infecções tem um período de incubação de 7 a 14 dias.
Assim é mais garantido evitar que alguém chegue espirrando lá em cima", conta Thais.

Os efeitos que a falta de gravidade provocam no corpo humano

Desde a chegada do homem à Lua até os dias atuais, as


imagens do homem chegando à Lua encantam inúmeras pessoas,
entretanto, a vida de um astronauta não é nada fácil.
Já imaginou ficar vários dias flutuando no espaço sem sofrer a
ação da força da gravidade?
Mesmo que possa parecer divertido, a ausência dessa força
invisível que nos prende ao solo provoca várias transformações no
organismo humano. Mesmo assim, o homem apresenta grande
capacidade de adaptação no espaço.
A sensação de ter o corpo empurrado de um lado para outro
dentro de uma espaçonave - dando a impressão de que a aeronave
21
está se deslocando e os astronautas estão parados - é o primeiro efeito sentido por eles, quando
chegam a um ambiente sem gravidade.
Mas e por que isso ocorre? Na verdade, quando estamos submetidos à gravidade o tempo
todo - como em nosso planeta -, nem percebemos a ação dessa força, pois a sensação de
estarmos presos ao solo passa a ser automática. O corpo só sente essa força quando ela
aumenta ou diminui.
Porém esse não é o único efeito. Alguns astronautas relatam que sentem inflar as veias do
pescoço poucos minutos após saírem da atmosfera da Terra. Alguns sentidos - como o paladar e
o olfato - também ficam alterados: os astronautas só conseguem sentir o sabor das comidas
muito temperadas. Outras partes do corpo ainda são afetadas, como os pulmões. Na superfície
terrestre, os níveis de oxigênio e de sangue nesse órgão são constantes; já no espaço, esses
níveis se alteram.
Em viagens mais longas, os astronautas têm ainda
que enfrentar problemas psicológicos. Isso porque eles
ficam limitados em um espaço limitado, isolados da vida
normal da Terra e convivem com um grupo pequeno de
companheiros, e normalmente de outras nacionalidades.
Essas mudanças podem provocar ansiedade, insônia,
depressão, além de criar situações de tensão na equipe.
Quando os astronautas retornam à Terra, novas
mudanças ocorrem em seus corpos. Embora os efeitos
da falta de gravidade sejam completamente reversíveis, o
corpo tende a voltar ao normal só uma ou duas semanas
depois do retorno. Muitos astronautas ficam
desorientados e não conseguem manter o equilíbrio do
corpo, além de apresentarem um enfraquecimento dos
ossos, que podem se quebrar mais facilmente.
Muitos médicos pesquisam os efeitos da ausência
de gravidade no corpo humano, para melhorar os cuidados com a saúde não só daqueles que
viajam pelo espaço, mas também dos que ficam na Terra. Isso porque os efeitos de uma viagem
espacial são semelhantes a algumas das consequências do envelhecimento do organismo. Como
podemos perceber, a vida de um astronauta é muito mais difícil do que parece à primeira vista.

Os foguetes Saturno, Ariane, Soyuz e Próton.

O Saturno V também chamado Foguete Lunar (Moon


Rocket), foi o foguete usado nas missões Apollo e
Skylab. Foi desenvolvido por Wernher von Braun no
Marshall Space Flight Center em Huntsville, Alabama
juntamente com Boeing, North American Aviation,
Douglas Aircraft Company sob coordenação da IBM.
Ele possui três andares (estágios), propelido pelos
cinco poderosos motores F-1 do primeiro andar, mais
os motores J-2 dos andares seguintes.
Os três andares do foguete, chamados S-IC (primeiro
andar), S-II (segundo andar) e S-IVB (terceiro andar),
usavam oxigénio líquido (lox) como oxidante. O
primeiro andar usava RP-1 como combustível,
enquanto os segundo e terceiro usavam hidrogénio
líquido. Foi o maior e mais caro foguete do mundo a ser
utilizado com sucesso. Seu último vôo lançou em órbita
o laboratório espacial Skylab.

22
O foguete Ariane 5 é um foguete lançador descartável designado a colocar
satélites artificiais em órbitas geoestacionárias e de enviar cargas para órbitas
de baixa altitude.
O foguete é construído pela empreiteira EADS SPACE Transportation sob a
supervisão da ESA - Agência Espacial Européia. Os foguetes são operados e
comercializados pela Arianespace como parte do programa Ariane. EADS
SPACE Transportation constrói os foguetes na Europa e a Arianespace os
lança ao espaço na base de Kourou na Guiana Francesa.
O Ariane 5 pode transportar dois satélites a cada vôo usando o transportador
Sylda. Dependendo do tamanho, podem ser transportados até três satélites. Ou ainda oito
pequenas sondas espaciais podem ser lançadas se for utilizada a plataforma ASAP (Ariane
Structure for Auxiliary Payloads).

Soyuz (em russo "união") é uma nave espacial soviética com capacidade para
três cosmonautas, usada no programa espacial de mesmo nome e em outros
programas, e que é usada até hoje pela Rússia. A expressão também pode
designar o programa e a família de foguetes Soyuz da URSS (hoje Rússia). A
Soyuz é a espaçonave com maior período de uso na história da exploração
espacial e considerada muito segura, não ocorrendo acidentes fatais há 39
anos (o primeiro voo tripulado foi em 1967).

Próton é o nome que designa uma família de foguetes espaciais desenvolvidos pela União
Soviética desde a década de 1960, que tiveram sua origem no míssil balístico intercontinental R.7
(ou Sputnik).
O primeiro lançamento do foguete aconteceu em julho de
1965, quando levou ao espaço uma estação de pesquisa
científica de 12,2 t.
A família de foguetes Próton levou ao espaço diversos
aparelhos, entre eles as estações espaciais Salyut e Mir, e é
usada pela Rússia até os dias de hoje.
Em 1967, o foguete foi aperfeiçoado para ser utilizado
exclusivamente para missões espaciais. Os lançamentos
aconteceram no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.

Os ônibus espaciais

O ônibus espacial é uma espécie de avião capaz de sair da órbita terrestre e voltar muitas
vezes, ao contrário dos foguetes, que jamais retornam. Mas é um tipo de avião muito potente: na
hora da decolagem, o desempenho dos motores é igual ao de 140 aviões Jumbo.
É formado por um orbitador,
onde são acomodados os
astronautas, um tanque de
combustível de 47 metros de altura e
dois foguetes auxiliares, que dão um
belo empurrãozinho para o ônibus
atravessar a atmosfera. Os motores
são colocados uns ao lado dos
outros, em vez de estarem
"empilhados", como nos foguetes.
Quando o ônibus atinge seu
destino, o enorme reservatório de
combustível, então vazio, é jogado
fora, assim como acontece com os foguetes. Os três motores principais só serão ligados para
fazer o ônibus voltar à Terra.
23
Capas especiais evitam que o ônibus vire churrasco, protegendo a nave do calor provocado
pelo atrito com a atmosfera. Ao chegar à base terrestre, o ônibus pousa suavemente em uma
pista especial, quase planando, como um avião. Depois de uma bela e minuciosa revisão, é só
acoplar novamente o reservatório e os foguetes, e ele estará pronto para outra.

ROBÔS EM VEZ DE GENTE

O primeiro ônibus espacial foi o Columbia, lançado pelos Estados Unidos em 1981. Ficou
apenas dois dias no espaço, mas hoje os ônibus podem ficar até dez dias em uma órbita que não
passa de 480 quilômetros da Terra.
Durante esse tempo, os astronautas geralmente consertam equipamentos que se
desgastaram ou realizam experiências científicas.
Por meio de um braço-robô acoplado na nave, os tripulantes também podem lançar ou
trazer de volta um satélite, e até se prender nele para consertar defeitos.

Em abril de 1990, foi o ônibus


espacial Discovery quem
lançou ao espaço o telescópio
espacial Hubble, um dos mais
potentes já criados pelo homem.
O Hubble andou com alguns
probleminhas e simplesmente
"apagou" em novembro de 1999.
O mesmo Discovery levou os
astronautas que consertaram o
Hubble - uma "reforma" que
durou oito dias. O telescópio
espacial, avaliado em 3 bilhões
de dólares, voltou ainda melhor,
com telescópios, computadores
e sensores novinhos.

Nos últimos anos, os cientistas estão pensando se vale mesmo a pena enviar gente para o
espaço. É bem mais caro, e as viagens são sempre arriscadas. Em 1986, por exemplo, o ônibus
espacial Challenger explodiu em pleno ar, 73 segundos depois da decolagem, matando sete
astronautas. Entre eles estava uma professora, a primeira civil americana a participar de uma
missão espacial. O programa do ônibus espacial foi então interrompido por dois anos, até a
instalação de novos e mais eficientes sistemas de segurança.

O envio de robôs e sondas científicas é cada vez mais


comum, especialmente quando as distâncias são muito
longas.
Em 1996, a Nasa (que é agência de estudos espaciais dos
Estados Unidos) enviou para Marte um robô chamado
Sojourner, que tinha a forma de um jipinho.
Ele chegou lá em uma nave que parecia um mosquito
gigante, a Mars Pathfinder, depois de sete meses de viagem,
em 4 de julho de 1997, dia da independência nos EUA.
Logo que a nave pousou, ele saiu todo faceiro pelo território
marciano recolhendo pedaços de rochas, registrando imagens
e informações sobre o solo e a atmosfera de Marte.
Esse material todo voltou para a Terra. Mas o robô, que
encantou o mundo, ficou por lá.

24
A Corrida
Corrida Espacial e a Guerra Fria

Guerra Fria: A União Soviética possuía um sistema socialista,


baseado na economia planificada, partido único (Partido
Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados
unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema
capitalista, baseado na economia de mercado, sistema
democrático e propriedade privada. Na segunda metade da
década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram
implantar em outros países os seus sistemas políticos e
econômicos. A definição para a expressão guerra fria é de um
conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não
ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados
Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam
armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois
países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos
em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Corrida Espacial: EUA e URSS travaram uma


disputa muito grande no que se refere aos avanços
espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos
significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia certa
disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar
para o mundo qual era o sistema mais avançado. No
ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um
cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço.
Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde
acompanhar pela televisão a chegada do homem a
lua, com a missão espacial norte-americana.

Ligação entre Guerra Fria e Corrida Espacial

Como viram, os Estados Unidos e a União Soviética


eram países super inimigos, então, um queria ser
melhor que o outro, em todos os aspectos como
economia, política, etc. Isso não foi diferente em relação
à Conquista do Espaço. Os dois países queriam chegar
à Lua, descobrir o Universo, um mais rápido do que o
outro, primeiro do que o
outro. Essa disputa ocorria
porque eles queriam
mostrar qual era o melhor
sistema. A União Soviética
enviou uma nave com um
cachorro dentro, enquanto os Estados Unidos, anos depois, mostrou
ao Mundo a vitória do Homem na Lua.
O melhor dessa disputa era que, quanto mais eles iam competindo,
tentando ser melhor do que o outro, os dois países rendiam muito,
pois criavam novas tecnologias (como o do homem chegar à Lua)
para a nação.

Como os astronautas se comunicam


comunicam no espaço?
o espaço, os astronautas comunicam por ondas rádio, o som não se propaga no vazio, mas as
ondas rádio propagam-se. Quando os astronautas chegam à Lua, entram num mundo silencioso.
25
Quais velocidades atingem os veículos espaciais (foguetes e satélites)?

Velocidades dos Foguetes e Satélites

Para sair da atmosfera terrestre e ir ao Espaço, os Foguetes precisam superar a força


gravitacional da Terra, que os puxa pra baixo. Exemplo: Se atirarmos uma pedra para cima ela
"sobe" e depois "desce", certo? Errado! Se atirarmos um corpo qualquer para cima com uma
velocidade "muito" grande, esse corpo "sobe" e se livra do campo gravitacional da Terra, não
mais "retornando" ao nosso planeta. A velocidade mínima para isso acontecer é chamada de
velocidade de escape.
A velocidade de escape na superfície da Terra é 40.320 Km/h.
Então, se a gente conseguisse jogar uma pedra a 40.320 Km/h, ela não
iria retornar, pois não seria mais puxada pela gravidade e se livraria
dela. O foguete precisa chegar a essa velocidade.
Quando se aperta o botão para o foguete 'ir para o Espaço', ele
começa com uma velocidade bem fraquinha, uns 10 Km/h, mas até
chegar lá em cima, até a última 'camada' da atmosfera terrestre,
precisa alcançar 40.320 Km/h, aí sim estará livre da gravidade e ficará
no Espaço. Então, a velocidade média do foguete será de 40.320
Km/h.
Um satélite artificial gira ao redor da Terra à altura de 35800 km (raio da Terra = 6400 km;
período de rotação = 24h. Como o satélite gira em torno da Terra, o seu centro de rotação
coincide (é igual) com o centro da Terra, portanto o raio de rotação será = 6400 (da Terra) +
35800 = 42.200 Km. Com essa órbita, o espaço percorrido em uma volta ao redor da Terra é de
Pi x 2 x 42200 = 265150 Km. Dividido pelo período de 24 horas, a velocidade do satélite será
de 11047,9 Km/h.

Velocidade de escape

É comum vermos nos noticiários que a Agência Espacial Americana (NASA) lançou uma
sonda para estudar os planetas do sistema solar ou que colocou satélites em órbitas na Terra.
Para fazer com que objetos sejam lançados no espaço, a NASA e outras agências espaciais
trabalham com o consumo mínimo de energia necessário para que tenham um menor custo no
lançamento desses objetos. Para isso é necessário saber qual a velocidade mínima para que um
objeto, lançado a partir da superfície da Terra, se livre da atração gravitacional.
A condição imposta para que a velocidade seja mínima é que o corpo atinja o infinito com
velocidade igual a zero (v = 0). Desprezando as forças dissipativas, podemos aplicar a
conservação da energia mecânica:
“A energia mecânica de um sistema permanece constante quando este se movimenta sob a
ação de forças conservativas e eventualmente de outras formas que realizam trabalho nulo”, ou
seja: Ec + Ep = Em.

Para um corpo na superfície da Terra temos: e

Onde:
m = massa do corpo
M = massa da Terra – M = 6,0x1024 kg
R = Raio da Terra – R = 6,4x106m
G = constante universal da gravitação G = 6,67x10-11 N.m2/kg
Ec = energia cinética
Ep = Energia potencial Gravitacional

26
Para o corpo no infinito temos: e

Nessas condições temos:

Isolando a velocidade ao quadrado e simplificando as massas (m), temos:

Extraindo a raiz quadrada nos dois termos da equação, temos que:

Sabendo que a constante gravitacional G é igual a 6,67x10-11 N.m2/kg, que a massa (M) da
Terra é igual a 6,0x1024 kg e que o raio (R) da Terra é 6,4x106m, chegamos ao resultado:

Dividindo por 103, temos que a velocidade de escape é de: v = 11,3 km/s. Essa é a velocidade
necessária para que um corpo se livre do campo gravitacional da Terra.

Como vemos, a velocidade de escape de um corpo, lançado a partir da superfície da Terra, não
depende da massa (m) desse corpo. Quanto mais afastado o corpo estiver da superfície da
Terra (maior r), menor será o valor da velocidade de escape.

Veja abaixo o valor da velocidade de escape para alguns corpos conhecidos:


• Para a superfície da Terra ve = 11,3 km/s
• Para a Lua ve = 2,4 km/s
• Para o Sol ve = 618 km/s
• Para uma estrela de nêutrons ve = 0,5c onde c = 300.000 km/s (a velocidade da luz).

Tipos de órbita de um satélite (circular, elíptica, polar, geoestacionária).

Existem diferentes tipos de órbitas de


um determinado satélite. Órbita é 'o jeito
que ele gira', podendo ser circular,
elíptica, polar ou geoestacionária.
Quando um satélite é de órbita
circular, ele gira em torno de 'alguma coisa'
da mesma forma, ou seja, na mesma
velocidade, sempre.
Já na órbita elíptica (não tenho tanta
certeza se usei as palavras certas, rs), ele
gira em torno de 'alguma coisa' em
velocidades diferentes, em determinados
pontos mais devagar, ou mais rápido, pelo
menos com a Terra é assim, na órbita

27
elíptica, pois gira em torno do Sol de velocidades diferentes, ocasionando as estações do ano,
etc.
Um satélite em órbita polar passa sobre (ou quase sobre) ambos os pólos do planeta (ou
outro corpo celestial) em cada uma de suas revoluções. Dessa forma, essa órbita tem uma
inclinação igual ou próxima a 90 graus em relação ao equador. Órbitas polares são geralmente
usadas para satélites de mapeamento geográfico, observação ou reconhecimento, inclusive
satélites espiões, assim como alguns satélites meteorológicos.
Os satélites geoestacionários (órbitas geoestacionárias) são satélites que se encontram
parados relativamente a um ponto fixo sobre a Terra, geralmente sobre a linha do equador. Como
se encontram sempre sobre o mesmo ponto da Terra, os satélites geostacionários são utilizados
como satélites de comunicações e de observação de regiões específicas da Terra.

O campo gravitacional terrestre.

O campo gravitacional é uma ‘perturbação’ no espaço causada pela presença de um corpo


de massa M. Pode-se evidenciar a existência de um campo gravitacional através da força que
surge sobre outro corpo colocado na região do campo.

Como atua o campo gravitacional?

Quando um objeto qualquer está em uma região onde existe um campo


gravitacional, um curioso fenômeno se sucede: o objeto cai. Esse fato,
amplamente estudado pelos físicos durante séculos, é interpretado da
seguinte forma: a Terra possui em torno de si um campo gravitacional.
Quando um objeto qualquer está “mergulhado” no campo gravitacional,
sofre uma força, chamada de força gravitacional ou simplesmente de
PESO. Se não houver nada para segurar o objeto, ou seja, para equilibrar
a força peso o objeto cai.

Como manter e controlar um satélite em órbita.

O Centro de Rastreio e Controle de Satélites do INPE é


constituído pelo Centro de Controle de Satélites – CCS, em São
José dos Campos, SP, e por estações terrenas em Cuiabá, MT, e
em Alcântara, MA.
O CCS constitui-se no cérebro da operação das missões
espaciais do INPE. Sua função principal é garantir o bom
desempenho do satélite, desde o momento em que este se
separa do veículo lançador até o final de sua vida útil.
Os computadores do CCS são capazes de monitorar e
controlar o satélite, reconfigurar seus instrumentos de bordo e
executar manobras de atitude, tudo seguindo um meticuloso
plano de operações de vôo.
Os telecomandos gerados pelo CCS são transmitidos aos satélites pelas Estações Terrenas
de Cuiabá e Alcântara. As informações acerca do estado dos equipamentos de bordo, bem como
sobre a posição do satélite no espaço, são recebidas pelas Estações Terrenas e retransmitidas
ao CCS. As Estações Terrenas efetuam, ainda, as medidas que permitem determinar a órbita
atual do satélite.

28
Por que os corpos queimam ao entrar em contato com a atmosfera
terrestre?

Um meteoro que se desloca através do vácuo do espaço normalmente viaja a velocidades


atingindo dezenas de milhares de quilômetros por hora. Quando o meteoro atinge a atmosfera, o
ar em frente a ele comprime incrivelmente rápido. Quando um gás é comprimido, sua temperatura
sobe. Isso faz com que o meteoro aquecer tanto que ele brilha. O ar queima até que não haja
nada do meteoro. A entrada na atmosfera pode atingir temperaturas tão elevadas quanto 1650
graus C°. Isto, na verdade, é um excelente escudo p ara nós, pois eles atingiriam a superfície
como uma bomba proporcional ao seu tamanho e provocariam desastres enormes.

Quanta da massa total de um foguete é combustível?

• Tanque externo vazio = 35.500 quilos;


• Propulsores (2) vazios = 84 mil quilos;
• Foguete (nave) = 75 mil quilos.

Agora, com combustível:


• Tanque externo = Armazena 541 mil litros de oxigênio líquido (617 mil quilos) e 1.500.000 litros de
hidrogênio líquido (102.500 quilos).
• Propulsores = Cada SRB armazena 500 mil quilos de combustível.

O veículo completo - foguete, tanque externo, propulsores dos foguetes sólidos e todo o
combustível - tem o peso total de 2.000.000 quilos no lançamento. Quando chega em órbita (sem
os propulsores nem tanque externo) fica com apenas 75 mil quilos.

Chegamos a conclusão que 96,25% da massa de um foguete (ônibus espacial) é combustível e


apenas 3,75% é a "nave" em si.

Quais são os combustíveis usados nos foguetes e nos satélites?

O combustível utilizado em foguetes e lançadores de


satélites dependerá da sua massa. Quanto maior a massa mais
energia é requerida do combustível para colocar o objeto no
espaço.
No caso do ônibus espacial, que tem a maior massa de
todos usa-se hidrogênio líquido e oxigênio líquido. A mistura dos
dois forma água e desprende grande quantidade de energia que
é usada para elevar a massa do ônibus para o espaço.
Foguetes mais leves podem usar combustíveis líquidos
como hidrazina ou metil hidrazina (combustível) e tetróxido de
nitrogênio (oxidante).
Alguns lançadores usam um combustível sólido só para
sair do solo e só então "ligam-se" os motores com os
combustíveis líquidos, pois o empuxo causado pelo combustível
líquido por ser muito grande pode provocar uma trajetória errática junto ao solo.
Uma vez no espaço os satélites (massa muito menor do que os foguetes) usam hidrazina
para girar em torno de seu eixo (sem o comburente). Isso é normalmente realizado para
direcionar os coletores solares que captam energia solar para alimentar os seus instrumentos em
direção ao sol.
Para movimentar um satélite no espaço usa-se uma mistura de hidrazina ou metil hidrazina
e tetróxido de nitrogênio (às vezes é necessário tirar um satélite de uma órbita e transferi-lo para
outra).
29
O uso de satélites meteorológicos
meteorológicos e de sensoriamento remoto

Um satélite meteorológico é um tipo de satélite artificial que é primariamente usado para


monitorar o tempo e o clima da Terra. Estes satélites, porém, vêem muito mais do que nuvens e
formações de nuvens. Luzes das cidades, queimadas, efeitos de poluição, aurora, tempestades
de raios e poeira, superfícies cobertas por neve e gelo, os limites das correntes oceânicas, etc.
são outros tipos de informações ambientais coletadas através dos satélites meteorológicos.
As imagens dos satélites meteorológicos ajudam no monitoramento das nuvens liberadas
por vulcões como o Monte Santa Helena e da atividade de outros vulcões como o Etna. A fumaça
da queimada de florestas também pode ser monitorada.
Sensoriamento Remoto é o conjunto de técnicas que possibilita a obtenção de informações
sobre alvos na superfície terrestre (objetos, áreas, fenômenos), através do registro da interação
da radiação eletromagnética com a superfície, realizado por sensores distantes, ou remotos.
Geralmente estes sensores estão presentes em plataformas orbitais ou satélites, aviões e em
nível de campo.
A NASA é uma das maiores captadoras de imagens recebidas por seus satélites. No Brasil,
o principal órgão que atua nesta área é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, então,
Um satélite de sensoriamento remoto é aquele que registra informações na superfície da Terra,
objetos, fenômenos, etc., por meio de sensores 'embutidos' nele.

Referências

http://principiosdaastronomia.blogspot.com/
http://www.zenite.nu/
http://www.cosmobrain.com.br/
http://www.cbers.inpe.br/pt/imprensa/not66.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/marcos-pontes/marcos-pontes.php
http://www.redetec.org.br/inventabrasil/satscd.htm
http://www.fortunecity.com/tatooine/servalan/272/pathfinder.htm
http://www.astromador.xpg.com.br/satelite.htm
http://www.cienciaviva.pt/rede/space/home/desafio3/desafio3azambuja4.pdf
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080506140011AAeRmnj
www.aeb.gov.br
http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI3152033-EI8399,00.html

30
Astronomia
Terra
Em função da distância do Sol, de sua massa e das condições de origem, a Terra possui
características especiais de temperatura, água no estado líquido e quantidades adequadas de
nitrogênio e oxigênio em sua atmosfera, o que tornou possível o desenvolvimento da vida em sua
superfície.
Constituição da Terra
A Terra é um planeta pequeno e sólido que gira em torno do Sol, junto aos demais astros do
Sistema Solar. Uma grande parte da Terra é coberta pelos mares e oceanos – é a chamada
hidrosfera. A camada mais externa, a atmosfera, é formada por gases. O oxigênio existente na
atmosfera e a água líquida tornam possível a vida em nosso planeta. Essa vida, representada
pelos seres humanos, animais e vegetais, forma a biosfera.
A parte sólida da Terra é a litosfera ou crosta terrestre. Ela recobre tanto os continentes
quanto o assoalho marinho e, de acordo com sua constituição, é dividida em sial (composta
basicamente de silício e alumínio, encontrada nos continentes) e sima (composta de silício e
magnésio, encontrada sob os oceanos). No interior da Terra acredita-se que existam duas
camadas formadas por diferentes materiais rochosos: o manto e o núcleo, constituído
basicamente de níquel e ferro (nife).

Planeta em mutação

A aparência de nosso planeta sofre constantes transformações. Algumas das mudanças


ocorrem de forma repentina e violenta, como no caso dos terremotos e das erupções vulcânicas.
Outros processos duram milhões de anos e são capazes de deslocar continentes, erguer
montanhas e mudar completamente o aspecto da superfície da Terra. Além disso, a ação das
águas dos rios, das chuvas e dos mares, as geleiras e os ventos modificam profundamente o
relevo terrestre.

A grande viajante

A Terra gira em torno do Sol, em um movimento contínuo chamado de translação. O


caminho que percorre tem a forma de uma elipse e é denominado órbita terrestre. O tempo que a
Terra leva para percorrer sua órbita é conhecido como ano sideral e dura 365 dias, seis horas e
nove minutos. Além disso, a Terra gira ao redor de seu próprio eixo, como se fosse um pião. A
esse movimento dá-se o nome de rotação.

Pontos cardeais

A necessidade de localizar-se e orientar-se no espaço


geográfico é de grande relevância para o homem e suas
atividades em diferentes períodos da humanidade. Todos os
meios de orientação, desde a utilização de astros e estrelas até o
GPS (Sistema de Posicionamento Global), contribuíram com as
navegações em busca de novas terras, com as rotas comerciais,
guerras e muitas outras aplicações.

Existem diversas formas de orientação, uma delas é a dos pontos cardeais. Pontos cardeais
correspondem aos pontos básicos para determinar as direções e são concebidos a partir da
posição na qual o Sol se encontra durante o dia. Os quatro pontos são: Norte (sigla N),
denominado também de setentrional ou boreal; Sul (S), chamado igualmente de meridional ou
austral; Oeste (O ou W), conhecido também como ocidente; e Leste (E), intitulado de oriente.
31
Para estabelecer uma localização mais precisa são usados os pontos que se encontram no
meio dos pontos cardeais. Esses pontos intermediários são denominados de pontos colaterais:
Sudeste (entre sul e leste e sigla - SE), Nordeste (entre norte e leste - NE), Noroeste (entre norte
e oeste - NO) e Sudoeste (entre sul e oeste - SO).
Existem ainda maneiras mais precisas de orientação, oriundas dos pontos cardeais e
colaterais. Nesse caso, refere-se aos pontos sub-colaterais que se encontram no intervalo de um
ponto cardeal e um colateral, que totalizam oito pontos. São eles: norte-nordeste (sigla NNE),
norte-noroeste (NNO), este-nordeste (ENE), este-sudeste (ESE), sul-sudeste (SSE), sul-sudoeste
(SSO), oeste-sudoeste (OSO) e oeste-noroeste (ONO).

Para inserir todos os pontos apresentados foi criada a rosa dos ventos, chamada também de
rosa dos rumos e rosa-náutica.

Movimento de rotação: Dias e noites

A Terra, assim como outros astros, não permanece estática,


realizando, portanto, vários movimentos no espaço. O movimento de
rotação é um dos mais conhecidos, pois é o responsável pela alternância
entre dias e noites.
O movimento de rotação é caracterizado pelo deslocamento que a
Terra realiza em torno de seu próprio eixo.
Esse processo tem duração de 23 horas, 56 minutos e 4,09
segundos, sendo responsável pela variação diária na radiação solar, onde
uma parte da Terra fica voltada para o Sol, caracterizando o dia; enquanto
a outra parte fica oposta ao Sol, noite.

32
A velocidade do movimento de
rotação é impressionante: cerca de 1.666
quilômetros por hora. Esse resultado é
obtido através da divisão do perímetro da
Terra (aproximadamente 40.000
quilômetros) pelo tempo gasto nesse
processo (cerca de 24 horas). Portanto:
40.000 / 24 = 1.666.
Apesar da grande velocidade
atingida durante o movimento de rotação,
os habitantes da Terra não conseguem
perceber esse movimento. Por esse
motivo, temos a impressão de que é o Sol
que está se deslocando ao redor da Terra.
Essa concepção foi defendida
durante anos, principalmente pela igreja católica, sendo classificada como modelo geocêntrico, no
entanto, cientistas provaram o contrário e estabeleceram o modelo heliocêntrico, sendo o Sol o
centro do universo.

Solstícios e Equinócios

Cada hemisfério recebe o máximo de radiação solar durante seu solstício de verão. Nesse
mesmo dia, o hemisfério oposto recebe o mínimo da sua radiação anual: é o solstício de inverno.
Ambos os hemisférios, no entanto, recebem exatamente a mesma radiação nos equinócios da
primavera e do outono.

Diferentes climas

A Terra recebe energia do Sol, na forma de radiação.


Nosso planeta é quase esférico, e a quantidade de luz que
recebe depende do ângulo que os raios solares formam
com a superfície da Terra. O Equador e os Trópicos
recebem maior quantidade de luz, por isso são zonas de
clima quente. Ao contrário, as zonas polares recebem muito
pouca radiação e por isso são zonas de clima frio. Assim, a
distinta incidência dos raios solares sobre a superfície faz
com que a Terra apresente cinco zonas climáticas.

O que é o Equador?

O Equador é o círculo máximo (imaginário) que pode


ser traçado na superfície do planeta e que divide a terra em
duas porções iguais, denominadas hemisférios.
A porção norte é chamada de hemisfério norte ou
setentrional e a sul de hemisfério sul ou boreal.
O raio é de 6.378 km, a que corresponde um
perímetro de 40.075 km.
Na realidade, o Equador é o ponto inicial para o
traçado de uma série de círculos menores que vão cobrir
de forma imaginária toda superfície da Terra até os pólos.
No total são 90 círculos para o norte e 90 círculos
para o sul, sendo que a distância entre eles é de 1 grau.
Esses círculos menores são denominados Paralelos. Entre

33
os mais conhecidos, podemos destacar os Trópicos de Câncer (HN) e Capricórnio (HS) e os
Círculos Polares Ártico (HN) e Antártico (HS).

A atmosfera

A Terra é rodeada por uma camada


gasosa contínua chamada atmosfera. A
atmosfera é formada por uma mistura de
gases, principalmente oxigênio, nitrogênio,
dióxido de carbono e vapor d´agua.
Essa camada nos protege das radiações
nocivas do Sol e controla a temperatura do
planeta. Os mares e oceanos formam uma
extensa camada de água líquida,
interrompida apenas pelos continentes, a que
se dá o nome de hidrosfera.
A hidrosfera e a atmosfera constituem a
parte fluida do planeta, cujas partículas
(líquidas e gasosas) podem movimentar-se livremente umas em relação às outras.

Tropopausa: É a zona limite, ou camada de transição, entre a troposfera e a estratosfera da


atmosfera da Terra. A tropopausa é caracterizada por pouca ou nenhuma mudança na
temperatura à medida que a altitude aumenta.

Estratosfera: É a camada atmosférica entre a troposfera e a mesosfera. A estratosfera se


caracteriza por um ligeiro aumento de temperatura com o aumento de altitude e pela ausência de
nuvens. A camada de ozônio da Terra está localizada na estratosfera. O ozônio, um isótopo do
oxigênio, é crucial para a sobrevivência dos seres vivos na Terra. A camada de ozônio absorve
uma grande quantidade da radiação ultravioleta proveniente do Sol impedindo-a de atingir a
superfície da Terra. Somente as nuvens mais altas, os cirrus, cirroestratus e cirrocúmulos, estão
na estratosfera inferior.

Mesosfera: É a camada atmosférica entre a estratosfera e a ionosfera. A mesosfera é


caracterizada por temperaturas que rapidamente diminuem à medida que a a altitude aumenta.

Ionosfera: É uma das camadas mais altas da atmosfera da Terra. Ela contém muitos íons e
elétrons livres (plasma). Os íons são criados quando a luz do Sol atinge os átomos e arranca
alguns elétrons. A ionosfera está localizada entre a mesosfera e a exosfera. Ela é parte da
termosfera. As auroras ocorrem na ionosfera.

Exosfera: É a camada mais externa da atmosfera da Terra. A camada mais inferior da exosfera é
chamada de "nível crítico de escape", onde a pressão atmosférica é muito baixa, uma vez que os
átomos do gás estão muito amplamente espaçados, e a temperatura é muito baixa.

Termosfera: É uma classificação térmica. Ela é a camada da atmosfera localizada entre a


mesosfera e o espaço exterior. Na termosfera a temperatura aumenta com a altitude. A
termosfera inclui a exosfera e parte da ionosfera.

Pólos Terrestres (Geográficos e Magnéticos)

A Terra possui dois pólos geográficos, Norte e Sul. A Terra possui também um campo
magnético. Tudo se passa como se a Terra fosse um imenso ímã, atraindo para perto de si
partículas eletrizadas existentes no espaço em torno de nosso planeta.
Devido ao campo magnético terrestre ocorrem as auroras polares (austral e boreal). Estes
fenômenos são provocados por partículas atômicas (prótons e elétrons), provenientes do Sol e
34
que são capturadas pelo campo magnético, sendo levadas para as proximidades dos pólos
magnéticos da Terra onde interagem com os gases da atmosfera terrestre, provocando um fluxo
luminoso.

O interior do planeta

A Terra divide-se em camadas concêntricas de diferentes


composições e estados físicos. As camadas são separadas
pelas descontinuidades de Mohorovicic e de Gutenberg.
A camada mais externa é a crosta, formada por granito
nos continentes e por basalto sob os oceanos.
O manto é a camada intermediária e a mais extensa.
Supõe-se que seja formado por uma rocha chamada
peridotite. Na zona central da Terra encontra-se o núcleo,
composto por ferro e níquel.

As marés

A força gravitacional que age sobre a Terra é a causa


do efeito das marés, principalmente nas luas nova e
cheia, pois é neste período que os astros Terra, Lua e
Sol estão alinhados, ou seja, a força gravitacional
devido à Lua e ao Sol somam-se.
No entanto nas luas minguante e crescente a posição
do Sol e Lua formam um ângulo de noventa graus,
prevalecendo assim a força devido a Lua, embora a
atração do Sol (maré solar) minimize a maré lunar com
pouca intensidade.
Tal fenômeno faz com que as águas dos oceanos de
todo planeta “subam” devido à atração gravitacional da
lua.
A onda formada pelas marés é mais alta próxima a
Lua, devido à atração, isso faz com que as águas nos
pólos baixem para convergir no ponto próximo a Lua,

35
porém, no lado oposto da Terra, a inércia excede (em módulo) a força devido a Lua, conforme
princípio da ação-reação proposto por Newton, causando assim a mesma elevação nas águas
nesse lado oposto.
O que isso quer dizer? Quer dizer que, devido à lei de ação e reação da terceira lei de Newton
(além da força centrifuga), a maré irá subir do outro lado da Terra tanto quanto sobe no lado que
está próximo a lua. A Terra não pode se mover em direção a esta força, mas fluídos como o ar
atmosférico e águas o fazem, no entanto não percebemos, exceto por observadores que estão na
costa.
Sugestão: ver vídeos sobre o fenômeno das marés.

Lua
Lua
As Fases da Lua
À medida que a Lua vai 'viajando' ao redor da Terra ao longo do mês, ela passa por um ciclo
de fases. Ao contrário do que muitos pensam a Lua não tem luz própria e as fases que ela passa
são formadas pelas luzes do Sol que refletem na Lua. Em um mês é possível observar todas as
fases da Lua. A Lua é um bom astro para se estudar, pois está próximo de nós e porque se
movimenta rápido, em pouco tempo.

O intervalo de tempo médio entre duas fases iguais consecutivas é de 29d 12h 44m 2.9s (
29,5 dias - 1 mês). Esse período é chamado mês sinódico, ou lunação, ou período sinódico da
Lua.
Resumindo: Ocorrem as fases da Lua porque ela gira ao redor da Terra e em cada ponto
desta rotação é iluminada pelo Sol de um ângulo diferente em relação a nós. A Lua completa um
ciclo em cerca de 29,5 dias, que é o mesmo período do ciclo de fases lunares.
36
Máres: A atração gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra e, em menor escala, da atração
gravitacional exercida pelo Sol sobre a Terra faz com que ocorram as marés na Terra. Enquanto
a Terra gira no seu movimento diário, o bojo de água continua sempre apontando
aproximadamente na direção da Lua. Maré alta: quando a Terra está embaixo da Lua (0°); 6h
12min a rotação da Terra terá levado esse ponto a 90° da Lua e ocorrerá a maré baixa. Dali a
mais seis horas e doze minutos, o mesmo ponto estará a 180° da Lua e terá maré alta
novamente. Portanto as marés acontecem duas vezes a cada 24h 48min, que é a duração do dia
lunar.

Eclipses: Eclipse é quando um corpo entre na sombra do outro,


portanto, quando a Lua entra na sombra da Terra, ocorre um
Eclipse Lunar, mas quando a Terra é atingida pela sombra da
Lua, acontece um Eclipse Solar. Os eclipses ocorrem pela
sombra que se forma quando o Sol chega em certos pontos de
Terra ou da Lua.

Eclipse total, parcial ou anular: Se a Lua cobriu todo o Sol, o


eclipse é total, caso cubra somente parte dele, o eclipse é parcial.
Se a Lua está próxima de seu apogeu (ponto mais distante de sua
órbita), o diâmetro da Lua é menor que o do Sol, e ocorre um
eclipse anular.

O que é penumbra e umbra?


Umbra: região da sombra que não recebe luz de nenhum ponto da fonte. Penumbra: região da
sombra que recebe luz de alguns pontos da fonte.

Sol

Muitos povos antigos adoravam o Sol como um deus.


Eles achavam que um eclipse solar significava que o deus
estava zangado com eles. Eles acreditavam que a ira do deus
Sol somente poderia ser acalmada com rezas e sacrifício.
O diâmetro de nossa estrela mais próxima, o Sol, é
1.392.000 de quilômetros. Acredita-se que o Sol tenha 4,6
bilhões de anos de idade. O Sol é uma estrela de tamanho
médio conhecida como uma anã amarela. Ele é uma estrela
da galáxia Via Láctea e a temperatura de seu centro é
estimada ser mais de 15.000.000 graus Celsius.
No centro do Sol, o hidrogênio está sendo fundido para
formar o hélio por um processo de fusão nuclear. A energia
criada nesse processo radia até os limites visíveis do Sol e de

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lá para o espaço na forma de luz e calor. Porque o Sol é tão massivo, ele exerce uma poderosa
atração gravitacional em tudo que pertence ao nosso sistema solar. É por causa da atração
gravitacional do Sol que a Terra órbita o Sol.
O Sol tem muitas camadas: o centro, a
zona de radiação, a zona de convecção, e a
fotosfera (a superfície do Sol). Além disso,
existem duas camadas de gás acima da
fotosfera chamadas cromosfera e corona.
Eventos que ocorrem no Sol incluem
manchas solares, flares solares, vento solar, e
proeminências solares.
Manchas solares são tempestades
magnéticas na fotosfera que aparecem como
áreas escuras. Manchas solares aparecem e
desaparecem regularmente em ciclos de onze
anos.
Flares solares são espetaculares
descargas de energia magnética da corona.
Estas descargas mandam correntes de protons
e elétrons ao espaço. Flares solares podem
interromper a rede de comunicações aqui na
Terra.
Ventos solares são o resultado da expansão do gás na corona. Esta expansão leva à
formação de íons. Estes íons são arremessados para fora da corona a mais de 500 quilômetros
por segundo.
Proeminências solares são tempestades de gás que explodem da superfície na forma de
colunas que são atiradas ao espaço ou curvam-se de volta a superfície do Sol.
O vento solar e as maiores partículas de energia ejetadas pelas proeminências solares
podem ter efeitos dramáticos na Terra, variando entre quebras de eletricidade a interferências de
rádio ou até às espetaculares auroras.
A superfície do Sol, chamada fotosfera, está a uma temperatura de cerca de 5800 K. As
manchas solares são regiões mais "frias", apenas a 3800 K (aparecem escuras apenas por
comparação com as regiões circundantes) e podem ser muito grandes, quase chegando aos
50,000 km em diâmetro.
Uma pequena região conhecida como a cromosfera situa-se acima da fotosfera. Outra
região altamente rarefeita acima da cromosfera, chamada a coroa, estende-se milhões de
quilómetros no espaço, mas é apenas visível durante os eclipses. As temperaturas na coroa
podem exceder 1.000.000 K.
O campo magnético do Sol é muito forte (pelos padrões terrestres) e muito complicado. A
sua magnetosfera (também conhecida por heliosfera) estende-se para além de Plutão.

Translação da Terra, eclíptica, ano, estações do ano.

A Terra translada em torno do Sol em uma órbita plana quase circular, com período
definindo o ano. Enquanto isso ela vai girando em torno de si mesma, originando os dias. Você
sabe que a orientação espacial do eixo de rotação da Terra é fixa?
De um lado (hemisfério norte) ele "aponta" para uma estrela bem brilhante, conhecida como
Estrela Polar; do outro lado (hemisfério sul) aponta para uma estrela bem "fraquinha", perto do
limite humano de visualização a olho nu, a Sigma da constelação do Octante. Durante a sua volta
anual em torno do Sol o eixo de rotação da Terra está sempre apontando para essas estrelas.
Outra particularidade do movimento Terra - Sol muito importante: além de ter direção fixa, o
eixo de rotação da Terra é inclinado de 23,5° em re lação à normal ao plano da translação da
Terra.

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Como consequência disso, hora um hemisfério está voltado para o Sol; seis meses depois é
o outro hemisfério que está voltado para o Sol.
Essas posições da Terra em relação ao
Sol são conhecidas como Solstícios:
Solstício de Verão para o hemisfério
voltado para o Sol; Solstício de Inverno
para o hemisfério voltado contra o Sol.
(Note que um mesmo solstício é
chamado de Solstício de Inverno em um
hemisfério enquanto é chamado de
Solstício de Verão no outro hemisfério; e
vice-versa.)
Entre os Solstícios, temos
posições intermediárias, conhecidas
como equinócios, onde os dois
hemisférios estão simetricamente
dispostos em relação ao Sol: Equinócio
de Primavera para o hemisfério que está
indo do Inverno para o Verão e
Equinócio de Outono para o hemisfério
que está indo do Verão para o Inverno.

Daqui da superfície da Terra, notamos um movimento anual do Sol na direção Norte - Sul.
Nos dias de inverno, pra nós do hemisfério sul, o Sol passa "mais pro norte" e nos dias de verão
passa "mais pro sul".
Imagine uma linha, que chamamos de "equador celeste", que fica exatamente sobre o
equador terrestre. Nos equinócios vemos o Sol sobre essa linha. No nosso Solstício de Inverno,
vemos o Sol 23,5o ao norte e no Solstício de Verão 23,5° ao sul dessa linha.

Sugestão de animações no site http://www.observatorio.ufmg.br/pas44.htm

Rotação e precessão

Tal como um pião, um planeta exibe um movimento de precessão do seu eixo em torno de
uma linha perpendicular ao plano definido pelo seu movimento de translação. Desta maneira o
ângulo que o eixo de rotação faz com este plano não muda.
Além de um movimento de translação, os planetas rodam
sobre si próprios com um período característico para cada planeta
e cada época. Na Terra, é este movimento que é responsável pela
duração do dia: – O tempo que demora a completar uma rotação
completa. Este movimento dá-se em torno de um eixo imaginário,
chamado eixo de rotação, que define os dois pólos do planeta e
passa pelo seu centro.
Uma das medidas importantes para caracterizar
dinamicamente os planetas é precisamente o ângulo, chamado
obliquidade, que o eixo de rotação faz com o plano da órbita à volta
do Sol. Este eixo, no entanto, não está fixo uma vez que os
planetas, tal como um pião, podem exibir ainda um movimento de
precessão do eixo de rotação.
No caso da Terra, este movimento quase imperceptível à escala de tempo da vida humana,
é revelado pela 'variação' ao longo do tempo da estrela polar que o eixo de rotação da Terra
'toca'. Este movimento, chamado precessão dos equinócios, corresponde a uma precessão do
eixo de rotação em torno de um eixo perpendicular ao plano da eclíptica com um período
aproximado de 26 000 anos. Na figura seguinte podemos ver as obliquidades dos vários planetas.

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Objetos do Sistema solar

A Terra faz parte da família de


planetas do Sol, conhecida como Sistema
Solar.
O Sol é um astro e, devido a sua
proximidade com a Terra, em
comparação com as outras estrelas do
Universo, aparece muito brilhante para
nós. No Sistema Solar existem oito planetas gigantes, incluindo a Terra, e milhares de planetas
anões e asteroides; todos controlados pelo Sol.
Os maiores são constituídos, quase em sua maioria, de gás e gelo; mas os pequenos são
mais sólidos. A Terra é o único planeta capaz de sustentar vida.

Corpos celestes
Planetas, Satélites, Cometas e Estrelas
Planetas: São astros iluminados pelo Sol (pois não possuem luz própria, como as estrelas) que
giram ao redor do Sol. Basicamente, os planetas são corpos celestes esféricos (ou quase) de
mais de mil quilômetros de diâmetro que não possui luz própria, gira ao redor de uma estrela com
luz e são formados de restos da nebulosa da qual se formou o Sistema Solar.

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Planetas Telúricos: Os planetas telúricos, ou planetas interiores, são densos, têm uma
composição rochosa, e não têm anéis. São compostos principalmente por minerais, como o
silicato, que forma o manto e a crosta desses planetas, e metais, como o ferro e o níquel, que
formam os núcleos destes planetas.

Planetas Gasosos: Os planetas gasosos são planetas de grandes dimensões (quer em


diâmetro, quer em massa) cuja composição principal não é rocha ou outra matéria sólida. Existem
quatro: Júpiter, Saturno, Urano e Netuno e diferenciam-se dos restantes membros do sistema
solar pelas suas dimensões e também pela sua composição química e estrutural. Estes planetas
são corpos compostos maioritariamente por gases (Hidrogénio, Hélio, Metano) possuindo um
pequeno núcleo sólido rochoso no seu interior. A sua composição é semelhante à da nebulosa
original que deu formação ao sistema solar.

Planetas anões: Um planeta anão é um corpo celeste muito semelhante a um planeta, dado que
orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbrio
hidrostático (aproximadamente esférico), porém, não tem uma órbita desimpedida, orbitando
juntamente com milhares de outros pequenos corpos celestes. Hoje, Plutão, Ceres, Éris,
Makemake e Haumea são considerados planetas anões.

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Satélites: São corpos celestes que vagam no espaço ao redor de outros, o exemplo mais comum
de satélite natural é a Lua, que gira ao redor da Terra. Todos os planetas do Sistema Solar têm
satélites naturais, menos Mercúrio e Vênus e Saturno é o planeta que mais têm satélites.

Planetas e número de satélites: Mercúrio (0) Vênus (0) Terra (1) Marte (2) Júpiter (16)
Saturno (18) Urano (15) Netuno (8).

Estrelas: São corpos celestes luminosos


formados de plasma e gases quentes que
emitem radiação eletromagnética, em
especial a luz, como resultado das
reações que ocorrem em seu interior. A
temperatura de cada uma está
intimamente relacionada com a sua
coloração. Estrelas mudam de cor com
a idade.
As estrelas azuladas, por exemplo,
são as mais quentes e possuem como
elemento químico predominante na
origem da coloração o hélio ionizado. E
assim por diante - a identidade de cada
estrela vai aos poucos se formando nessa
íntima relação entre cor (espectro) e
temperatura.
As estrelas são muito diferentes uma
das outras pela massa, luminosidade e
composição. São visíveis graças ao
reflexo da luz do Sol em sua superfície,
elas próprias fabricam sua energia
através de processos termonucleares.
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Calcula-se que o número de estrelas visíveis da Terra a olho nu é de cerca de 8.000, das
quais 4.000 estão no hemisfério norte do céu e 4.000 no hemisfério sul. Em qualquer momento
durante a noite, em ambos hemisférios, só são visíveis 2.000 estrelas. As demais se ocultam na
neblina atmosférica, sobretudo próximo ao horizonte, e na luz pálida do céu.

Cometa: é um corpo menor do sistema solar que orbita o Sol. Quando se aproxima do Sol, um
cometa passa a exibir uma atmosfera difusa, denominada coma e uma cauda, ambas causadas
pelos efeitos da radiação solar sobre o núcleo cometário. Os núcleos cometários são compostos
de gelo, poeira e pequenos fragmentos rochosos, variando em tamanho de alguns quilômetros
até algumas dezenas de quilômetros.

As estrelas cadentes não são estrelas, e sim 'faíscas' de choques entre meteoritos no Espaço
que resultam em feixes de luz, que ficam vagando no céu e nos dão impressão de que é uma
estrela caindo.

Cinturão de Asteroides: é um tipo de estrada, de


caminho elíptico (circular) formado por bilhões de
asteroides (corpos celestes rochosos e
metálicos) ao redor de um corpo celeste capaz de
segurá-los, puxá-los na sua órbita (um planeta,
por exemplo).
Os asteroides diferem dos planetas porque
são menores e, atualmente, segundo a nova
definição estipulada pelo IAU (International
Astronomic Union), só são considerados planetas
os corpos celestes que, além de outras
características, têm a órbita livre, ou seja, não
possuem outros corpos celestes na mesma órbita
(o que no caso de um cinturão com bilhões de
asteroides não ocorre).
O cinturão de asteroides se formou
provavelmente da colisão de diversos corpos
maiores que, ao colidir, se partiram em diversos
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pedaços menores ainda na época de formação do sistema solar e continuam colidindo entre si
enquanto permanecem no cinturão. Ou ainda, segundo outra teoria, teriam se originado do
material que sobrou da formação dos outros planetas. Alguns asteroides podem escapar do
cinturão quando atraídos pela gravidade de algum planeta, ou mesmo pela gravidade do sol, se
sua órbita sofrer algum tipo de perturbação. Neste caso, ele pode chegar a colidir com este
planeta, ou com o sol, ou então ficar em órbita deste, como um satélite. Esta é a origem, por
exemplo, de algumas luas que orbitam Júpiter visto que ele está mais perto do cinturão de
asteroides e tem uma força gravitacional muito grande.

Nuvem de Oort e Cinturão de Kuiper: Em 1950, a partir


de análise das órbitas dos cometas, Jan Hendrik Oort
(1900-1992) propôs o modelo atualmente aceito para a
origem dos cometas de longo período (mais que 200
anos; têm órbitas em planos com as mais variadas
inclinações em relação ao plano das órbitas dos planetas).
Segundo Oort, existe uma imensa "nuvem" de
núcleos cometários orbitando o Sol, em órbitas
aproximadamente circulares, a distâncias que variam de
30.000 UA a mais de 60.000 UA do Sol (1 UA = distância
média Terra-Sol ~ 150 milhões de Km). Seriam mais de
um trilhão de objetos, dos mais variados tamanhos.
Quando perturbados esses objetos começariam um
movimento de "queda" pras regiões internas do Sistema
Solar (adquiririam órbitas bastante elípticas; indo e
voltando das regiões externas às regiões internas de nosso sistema), tornando-se assim cometas
de longo período. Essa "nuvem" é chamada de "Nuvem de Oort".
Já em 1951, Gerard Peter Kuiper (1905-1973) havia proposto serem os cometas de curto
período oriundos de uma região plana, coincidente com o plano das órbitas dos planetas, com
início logo após a órbita de Netuno (aproximadamente 30 UA do Sol) e se estendendo até
aproximadamente 100 UA. Esse é o modelo atualmente aceito para a origem dos cometas de
curto período. Essa "arruela" de núcleos cometários é hoje chamada de "Cinturão de Kuiper".

Conquista do espaço.

No dia 12 de abril de 1961, Iuri Gagarin, a bordo do satélite artificial soviético Vostok 1,
iniciava a exploração do espaço pelo homem. Exatamente vinte anos mais tarde, a 12 de abril de
1981, a nave americana Columbia, primeiro ônibus espacial e com capacidade de transbordo,
tripulada por John W. Young e Robert L. Crippen, decolava de Cabo Canaveral e iniciava a era
dos veículos espaciais tripulados e com capacidade para
efetuar reentradas aerodinâmicas na atmosfera terrestre.
Ambas as datas constituem marcos transcendentais no
processo que levou o ser humano ao melhor conhecimento
do espaço fora dos limites da atmosfera terrestre.
Chama-se Astronáutica a ciência da navegação entre
os corpos celestes. Os tripulantes das naves são os
astronautas ou cosmonautas. Os equipamentos que navegam
pelo espaço, com ou sem tripulação, estão sujeitos às leis da
astronomia e são designados com nomes relativos à sua
trajetória ou função.
Assim, dispõe-se de satélites artificiais, sondas
espaciais, laboratórios orbitais, naves espaciais e módulos de
nave ativos ou passivos. Todos esses engenhos são
lançados ao espaço por foguetes, que utilizam combustíveis líquidos ou sólidos, ativados em uma
ou várias fases.
44
Unidade Astronômica:
Astronômica: ano-
ano-luz, mês-
mês-luz, dia-
dia-luz, segundo-
segundo-luz.

Unidade Astronômica (distância entre o Sol e a Terra) é a unidade de distância que os


Astrônomos usam para calcular a distância dos Planetas, Galáxias, enfim, de todos os
componentes do Universo. Aqui, para nós, na Terra, usamos metros, quilômetros, etc, para
calcular distâncias das coisas. Porque não usamos isso lá, no Espaço ? Acontece que o Universo
é MUITO grande, enorme! Não teria como calcular. Digamos assim: "a distância entre Júpiter e o
Sol é de *". Se fossemos usar metros, ou até quilômetros, ficaria mais ou menos assim: "a
distância entre Júpiter e o Sol é de 12343623.56576576 (não é o número real, é apenas um
exemplo!) metros". Viu?! Não seria fácil calcular. Então, para mais eficiência na contagem, eles
criaram as Unidades Astronômicas, que são: ano-luz, mês-luz, dia-luz e segundo-luz.

O ano-luz é a distância percorrida pela luz durante um ano. Isso, em km, é quase 10 trilhões de
quilômetros! Ano luz é uma unidade de comprimento utilizada em astronomia e corresponde à
distância percorrida pela luz em um ano, no vácuo. Seu plural é anos-luz. Sua abreviação é "ly",
do inglês "light-year". Para se calcular o valor de 1 ano luz em quilômetros é necessário saber
que a velocidade da luz no vácuo é de 299.792,458 quilômetros por segundo (km/s) e que o
tempo utilizado na definição é o chamado Ano Gregoriano Médio (ver Calendário gregoriano) com
365,2425 dias. Assim temos que o ano luz vale 9.460.536.207.068,016 km (aproximadamente
9,46 trilhões de quilômetros); ou também 63241 unidades astronômicas (AU). É muita coisa!

Mas pense. Nós estamos a 30 mil anos-luz de distância do centro da Via-Láctea, a nossa galáxia.
Ou seja, muito longe! Já mês-luz e dia-luz não é usado não, por que não compensa. Já o
segundo-luz é a distância que a luz percorre em um segundo, que é de 300 mil quilômetros. A luz
do Sol demora cerca de 8 minutos para chegar até a Terra. Estamos a 150 milhões de
quilômetros do Sol. É muito grande as escalas de medidas astronômicas, algo que não
conseguimos imaginar. Alguns metros, a gente consegue. Alguns quilômetros, alguns
conseguem, mas milhões e trilhões, é impossível. E uma coisa, existe também a UA (Unidade
Astronômica), que vale 150 milhões de quilômetros.

O mês-luz é a distância percorrida pela luz em um mês, assim como o dia-luz é em um dia e o
segundo-luz é em um segundo!

A Luz viaja em ano-luz, mês-luz,


dia-luz e segundo-luz.

Leis da Gravitação
Gravitação,
ravitação, Lei de Kepler,
Kepler, Lei de Hubble

Lei da Gravitação Universal


A lei da gravitação universal foi formulada pelo físico Isaac Newton. Ao pensar na queda de
uma maçã, observou que a maçã caiu por algum motivo e este motivo seria que alguém estaria
“puxando” ela, este alguém seria a Terra.
Mas ele foi mais além desse pensamento, e sugeriu que os corpos se atraem, ou seja, não
somente a Terra atrai a maçã, mas atrai todos os corpos do universo. E não é somente a Terra
45
que atrai todos os corpos do universo, mas todos os corpos do universo que possui massa
atraem outros corpos que também possuem massa.
Então, a Lei da Gravitação Universal diz, basicamente, que a Terra atrai todos os corpos do
Universo, assim como todos os corpos do Universo que possuem massa atraem outros corpos
que também possuem massa.
Por isso se chama Gravitação Universal, pois quer dizer que todos os corpos com massa
atraem uns aos outros, assim como a Terra nos atrai.

Leis de Kleper

O astrônomo Tycho Brahe (1546-1601) realizou medições de notável precisão. Johannes


Kepler (1571-1630), discípulo de Tycho Brahe, utilizando os dados colhidos por seu mestre,
descreveu, de modo singelo e preciso, os movimentos planetários.

1ª Lei – Lei das Órbitas: Tomando o Sol como referencial, todos os planetas movem-se em
órbitas elípticas, localizando-se o Sol em dos focos da elipse descrita..

2ª Lei – Lei das áreas: O segmento de reta traçado do centro de massa do Sol ao centro de
massa de um planeta do Sistema Solar varre áreas iguais em tempos iguais.
Periélio é o ponto mais próximo do Sol, onde o planeta orbita mais rapidamente.
Afélio é o ponto mais afastado do Sol, onde o planeta move-se mais lentamente.

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3ª Lei – Lei dos períodos: É constante para todos os planetas a razão entre o tempo (T) que o
planeta leva para dar uma volta completa em torno do Sol elevado ao quadrado e o raio médio
(R) de sua órbita elevado ao cubo.

, com k constante.

Esta lei indica que existe uma relação entre a distância do planeta e o tempo que ele demora para
completar uma revolução em torno do Sol. Portanto, quanto mais distante estiver do Sol mais
tempo levará para completar sua volta em torno desta estrela.

Lei de Hubble

Edwin Hubble estudou a luz


emitida pelas galáxias distantes,
observando que o comprimento de onda
em alguns casos era maior que aquele
obtido em laboratório. Esse fenômeno,
uma conseqüência do chamado Efeito
Doppler, ocorre quando a fonte e o
observador se movem. Quando se
afastam um do outro, o comprimento de
onda visto pelo observador aumenta,
diminuindo quando fonte e observador
se aproximam.
A lei de Hubble diz que, se uma
galáxia estiver se aproximando, sua luz
se desloca para o azul (mais devagar).
Se estiver se afastando, para o
vermelho (mais rápida). Em qualquer
caso, a variação relativa do
comprimento de onda é proporcional à
velocidade da fonte, ou seja, o
comprimento da onda varia em relação
à velocidade de quem está se movendo.

Espectro Eletromagnético

O espectro eletromagnético é
definido como sendo o intervalo que
contém todas as radiações
eletromagnéticas que vai desde as
ondas de rádio até os raios gama. O
conhecimento sobre as ondas
eletromagnéticas tem evoluído desde
a época de Maxwell. Atualmente,
sabemos que as mesmas são
formadas pela combinação dos
campos elétrico e magnético, os
quais se propagam
perpendicularmente um em relação
ao outro.

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As ondas eletromagnéticas, geralmente, se diferem uma das outras quanto ao valor da
frequência de propagação e quanto à forma que são produzidas; como por exemplo: os raios
ultravioleta, emitidos por átomos excitados, possuem frequências superiores às da região visível
do ser humano. Esses raios são denominados radiação ultravioleta.

Ondas

Onda é uma perturbação que se


propaga no espaço ou em qualquer
outro meio, como, por exemplo, na
água. Uma onda transfere energia de
um ponto para outro, mas nunca
transfere matéria entre dois pontos. As
ondas podem se classificar de acordo
com a direção de propagação de
energia, quanto à natureza das ondas e
quanto à direção de propagação.

A amplitude de oscilação de uma onda


(Altura da Onda): é a distância máxima
entre o ponto de vibração da onda e o
seu eixo de equilíbrio.

O comprimento de onda (λ) é a


distância que ela percorre durante um período. O período de uma onda é o intervalo de tempo
necessário para que ela complete uma oscilação. Por isso é comum determinarmos o
comprimento de uma onda medindo a distância entre duas cristas consecutivas ou dois vales
consecutivos.

As ondas se propagam com uma velocidade, que pode ser determinada se soubermos o
comprimento da onda e o seu período ou freqüência de oscilação.

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Efeito Doppler

Você já observou que quando um carro passa buzinando o som parece mudar de tom?
Enquanto o carro se aproxima, o som de sua buzina é mais agudo, e quando está se afastando,
se torna mais grave. Mas para quem está dentro do veículo o tom não muda. Enquanto o homem
se deslocava a baixas velocidades, usando as próprias pernas, cavalos, carruagens ou barcos,
este efeito não foi notado. Somente após o advento das estradas de ferro, o homem pode
aumentar a sua velocidade de deslocamento, e estes efeitos se fizeram sentir.
Em 1842, Christian Johann Doppler, um físico austríaco, conseguiu explicar o que acontecia.
O som se desloca em forma de ondas a uma velocidade constante para um determinado meio. A
velocidade do som no ar é de 344 m/s a 20 ºC. Quando a fonte sonora se desloca a uma
velocidade relativamente grande, pelo menos uns 5% da velocidade do som, as frentes de onda
que se aproximam são comprimidas e o som parece mais agudo, enquanto elas se rarefazem
quando a fonte do som se afasta. Este fenômeno foi chamado de efeito Doppler.

Calor, magnetismo, campo magnético da Terra.


Terra.

Existe uma região do nosso planeta que


nunca foi visitada por um ser humano. Ninguém
jamais viu esse lugar. Mas o que acontece lá afeta
cada um de nós em todos os dias das nossas
vidas. Ela se encontra a mais de 3.200.000 metros
abaixo dos nossos pés: O núcleo derretido da
Terra.
Ali um vasto oceano de ferro derretido gera
um campo de força invisível: O campo magnético
da Terra. Ele cerca o planeta inteiro criando um
casulo magnético vital que nos protege.
Tal como a eletricidade, o magnetismo flui.
Ele é gerado nas profundezas do núcleo terrestre,
emergindo perto do pólo sul, circunda o planeta e
flui de volta para dentro do planeta através do pólo
magnético norte.
Mais ou menos, na metade do caminho para o centro da Terra alcançamos o verdadeiro
coração do planeta. O núcleo da Terra. Uma imensa esfera de magma e é ali que o campo
magnético da Terra é gerado. O campo magnético atua como nosso escudo protetor. É como se

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estivéssemos em um casulo. Ele protege o tempo na Terra, nos abriga do tempo e das radiações
espaciais.
O tempo espacial é detestável. Os ventos que sopram através da galáxia são ventos de
radiação. Alguns figuram entre os mais nocivos e se originam da explosão de estrelas longínquas
ou do colapso de buracos negros. O Sol é uma fornalha termonuclear que lança gigantescas
quantidades de material perigoso através de enormes explosões. A cada intervalo de poucas
horas o Sol ejeta bilhões de toneladas de partículas eletricamente carregadas: o vento solar.

Os únicos sinais deste drama que se desenrola muito acima de nossas cabeças são as
luzes setentrionais e meridionais. As auroras que surgem quando partículas solares aprisionadas
no campo da Terra são arrastadas através da atmosfera em direção aos pólos.

Um pouco da história de Marte

Em 1996, a NASA enviou um satélite à Marte. Ele tem sido um planeta difícil de ser
alcançado por uma nave espacial. Mesmo depois de dezesseis missões dos EUA e Rússia ainda
não sabíamos se Marte possuía um campo magnético intrínseco.
Quando o veículo explorador começou a enviar dados de Marte logo se tornou claro que
Marte não possui hoje um campo magnético de abrangência total. Contudo, o satélite também
detectou sinais de que no passado as coisas devem ter sido bem diferentes.
"Nos deparamos com estes gigantescos campos magnéticos. E de repente um planeta
completamente inesperado, desconhecido emergiu."
Embora não houvesse magnetismo oriundo do núcleo de Marte, estranhamente grandes
áreas da superfície eram muito magnéticas. A crosta de Marte é composta em sua maioria de
lava congelada, remanescente da época em que o planeta era coberto de vulcões. E só existe um
modo de pedra vulcânica se tornar magnetizada. Se a pedra derretida esfria em um campo
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magnético, os minerais ferrosos existentes nela podem captar este magnetismo e a pedra sólida
resultante se tornará magnética.
Portanto, o fato de que havia
magnetismo na crosta marciana provou
que quando os vulcões lançaram as
primeiras lavas, Marte devia ter um
campo magnético global e com uma
intensidade de trinta a quarenta vezes
maior do que o da Terra. Marte já teve
um campo magnético que em alguma
ocasião se perdeu.
Os cientistas suspeitavam que o
jovem Marte fosse de muitas maneiras
um lugar semelhante à Terra com uma
densa atmosfera e oceanos que podem
ter abrigado formas primitivas de vida.
Mas, a cerca de quatro bilhões de anos,
o planeta entrou num declínio
catastrófico. Pouco a pouco a atmosfera
e os oceanos de Marte misteriosamente
desapareceram.

Para onde fora a água de Marte? Que processos teriam causado a perda da água?

Acredita-se que isto esteja diretamente relacionado com o desaparecimento do campo


magnético de Marte. A perda de seu escudo magnético significou a morte para o planeta
vermelho. Exposta durante milhões de anos ao vento de radiação oriundo do Sol, a atmosfera
marciana foi sendo gradativamente soprada para longe deixando o mundo estéril que vemos hoje.

O nosso escudo magnético esta perto de desaparecer? A Terra está ameaçada?

A questão não é se isso vai acontecer, mas quando vai acontecer.Se desligássemos o
campo magnético da Terra, o mesmo processo ocorreria. A nossa atmosfera ficaria exposta aos
efeitos erosivos do vento solar e seria lentamente levada para longe. O destino de Marte sugere
que a Terra sem a proteção do seu escudo magnético também seria, no final, convertida num
planeta morto. O que torna tudo demasiadamente perturbador porque o nosso campo magnético
está desaparecendo, mesmo que lentamente.
Enfim, o que aconteceu com Marte pode acontecer com a Terra. O resfriamento do núcleo
da Terra é muito lento, talvez na proporção de cem graus para um bilhão de anos. Chegará
o dia em que o núcleo inteiro irá congelar e nesta ocasião o campo magnético deixará de
existir. Ainda bem que para nós o núcleo da Terra está muito acima do ponto de congelamento
(solidificação) do ferro. O campo magnético da Terra existe há muito tempo, pelo menos a dois
bilhões de anos. Ele tem durado tanto porque possui uma grande fonte de energia no calor
original que o núcleo da Terra herdou quando foi formado, portanto a Terra pode manter o calor
do núcleo por muitos bilhões de anos.

Sobre a inversão do campo magnético

Foi necessário uns cinquenta anos para que as pessoas se convencerem de que haviam
ocorrido reversões do campo magnético terrestre. Elas não gostavam da idéia de que isso tivesse
ocorrido. Se continuarmos pesquisando vamos verificar que depois de outros duzentos mil anos,
muda novamente e vemos que esta sequência continua.

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Ao examinarem amostras de lava cada vez mais antigas, os cientistas, encontraram mais e
mais mudanças. Em média uma para cada duzentos mil anos.
E assim, quando isso foi feito, ficou claro que o campo havia sofrido inversão. Mas se o
campo se inverteu com tanta freqüência no passado, com certeza fará o mesmo no futuro. A
inversão do campo magnético da Terra é um fenômeno extraordinário, mas este processo de
inversão é bem comum.
A última inversão foi a uns setecentos e oitenta mil anos. Antes disso houve outra a cerca de
uns duzentos mil e antes desta uma outra num espaço de menos de duzentos. Assim de certa
forma estamos devendo uma inversão.

Será essa a razão do campo magnético estar ficando mais fraco?


Será que ele está se preparando para uma virada?

Na década de 1990 o físico Gary Glatzmaier resolveu se dedicar a uma experiência muito
ambiciosa. Ele pegou tudo que os cientistas já sabiam o núcleo magmático da Terra e introduziu
em um programa de computador. Em seguida deixou o programa rodar para ver como o campo
magnético iria evoluir em centenas de milhares de anos de tempo simulado. Foram usados
supercomputadores do Departamento de Energia da NASA e da Fundação Nacional de Ciências.
A continuidade do processamento foi verificada diariamente durante quatro anos.
Constatou-se que a cada cem mil anos o campo magnético se invertia. A mais ou menos a
cada cem mil anos de tempo simulado. E de maneira decisiva, a cada vez que o campo se
invertia, o processo recomeçava do mesmo jeito. O interessante é que as inversões da
polaridade acontecia quando a intensidade magnética estava muito fraca. Ela ia
decrescendo, decrescendo até que finalmente o bipolo do campo se tornava muito fraco e então o
campo se invertia.
Ali estava a prova de que o que estamos vendo hoje, a perda de força do campo, está na
verdade relacionado à investida das inversões e mais, o professor Glatzmaier pode constatar
porque as inversões eram precedidas por um enfraquecimento do campo.

Buracos no campo magnético do planeta sugerem que os pólos podem trocar de lugar.
Jonathan Leake - The Sunday Times

LONDRES - O Pólo Norte está de mudança. Cientistas encontraram grandes buracos no


campo magnético da Terra, sugerindo que os Pólos Norte e Sul estão se preparando para trocar
de posição, numa guinada magnética. Um período de caos poderia ser iminente, no qual as
bússolas não mais apontariam para o Norte, animais migratórios tomariam o rumo errado e
satélites seriam queimados pela radiação solar.
Os buracos estão sobre o sul do Atlântico e do Ártico. As mudanças foram divulgadas
depois da análise de dados detalhados do satélite dinamarquês Orsted, cujos resultados foram
comparados com dados coletados antes por outros satélites.
A velocidade da mudança surpreendeu os cientistas. Nils Olsen, do Centro para a Ciência
Planetária da Dinamarca, um dos vários institutos que analisam os dados, afirmou que o núcleo
da Terra parece estar passando por mudanças dramáticas.
''Esta poderia ser a situação na qual o geodínamo da Terra opera antes de se reverter'', diz
o pesquisador.
O geodínamo é o processo pelo qual o campo magnético é produzido: por correntes de
ferro derretido fluindo em torno de um núcleo sólido. Às vezes, turbilhões gigantes formam-se no
metal líquido, com o poder de mudar ou mesmo reverter os campos magnéticos acima deles.
A equipe de Olson acredita que turbilhões se formaram sob o Pólo Norte e o sul do Atlântico.
Se eles se tornarem fortes o bastante, poderão reverter todas as outras correntes, levando os
pólos Norte e Sul a trocar seus lugares. A mudança poderia afetar tanto os seres humanos quanto
a vida selvagem. A magnetosfera fornece proteção vital contra a radiação solar abrasadora, que
de outro modo esterilizaria a Terra.

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A magnetosfera é a extensão do campo magnético do planeta no espaço. Ela forma uma
espécie de bolha magnética protetora, que protege a Terra das partículas e radiação trazidas pelo
''vento solar''. O campo magnético
provavelmente não desapareceria de uma
vez, mas ele poderia enfraquecer enquanto
os pólos trocam de posições.
A onda de radiação resultante poderia
causar câncer, reduzir as colheitas e
confundir animais migratórios, das baleias
aos pingüins. Muitas aves e animais
marinhos se guiam pelo campo magnético da
Terra para viajar de um lugar para outro.
A navegação por bússola se tornaria
muito difícil. E os satélites - ferramentas
alternativas de navegação e vitais para as
redes de comunicação - seriam rapidamente
danificados pela radiação.

Evolução Estelar

A questão de porque as estrelas brilham só foi levantada no século XIX quando a


termodinâmica - o estudo de calor e energia - estava se desenvolvendo. Pela primeira vez as
pessoas compreenderam que o calor e a luz emitidos pelo Sol, 400 trilhões de trilhões de watts,
precisava ter uma fonte. Somente em 1938 os cientistas finalmente descobriram que a fonte
desta energia aparentemente inesgotável era a fusão nuclear.
Em março de 1938, uma conferência foi organizada pela Carnegie Institution, de
Washington, para unir astrônomos e físicos. Um dos participantes foi o imigrante alemão Hans
Albrecht Bethe (1906-2005). Logo após a conferência, Bethe desenvolveu a teoria de como a
fusão nuclear podia produzir a energia que faz as estrelas brilharem.
A primeira etapa da evolução estrelar é o nascimento de uma estrela. A ação da gravidade é
responsável pela junção dos gases com a poeira, ocasionando a perda das partes mais densas
da nuvem molecular. Posteriormente, um pedaço dessa junção de gases com poeira ganha
densidade e calor, tornando-se uma espécie de disco. Após milhões de anos, esse disco atinge
temperatura e densidade tão altas que seus átomos de hidrogênio se transformam em hélio. Essa
etapa marca o início da fusão nuclear e o surgimento da estrela.

Fusão Nuclear

Fusão nuclear é a junção de dois ou mais núcleos atômicos produzindo um único núcleo
maior, com liberação de grande quantidade de energia. Nas estrelas como o Sol, ocorre a
contínua irradiação de energia (luz, calor, ultravioleta, etc.)proveniente da reação de fusão
nuclear. A fusão nuclear requer muita energia para acontecer, e geralmente liberta muito mais
energia que consome.

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Estágios
Estágios finais da evolução estelar (buracos negros, pulsares, anãs brancas).

As fusões nucleares não cessam e são responsáveis pela mudança estrutural das
estrelas. O hidrogênio é o principal “combustível” para as reações nesses corpos celestes,
porém, quando ele acaba, o hélio passa a desempenhar tal função, provocando a expansão e o
aumento de energia no interior das estrelas. Com o núcleo bastante aquecido, elas aumentam o
tamanho e ficam com luminosidade avermelhada, sendo conhecidas como gigante vermelha.
Em seguida, o tamanho será determinante para o destino dessas estrelas. Para aquelas
com massa igual a do Sol, o fim do ciclo é a transformação em uma estrela anã branca, formada
de carbono e oxigênio. Para os corpos celestes com tamanho superior ao do Sol, o fim do ciclo de
vida pode ter dois desfechos diferentes: a explosão termonuclear da estrela pode ocasionar o
surgimento de um buraco negro ou originar estrelas de nêutrons.

Atividades
tividades de Pesquisa
Pesquise a origem dos nomes dos planetas.
planetas.
Pesquise as características
características de cada planeta.

Referências
Referências
Material elaborado pela professora Sabrina do Centro de Ensino Médio Ary Ribeiro Valadão Filho
http://www.uff.br/cartografiabasica/cartografia%20texto%20bom.pdf
http://www.algosobre.com.br/geografia/estrutura-e-composicao-da-terra.html
http://www.passeiweb.com
http://www.blogintellectus.com.br/fisica/index.php/fenomeno-das-mares/
http://www.observatorio.ufmg.br/pas44.htm
http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo5/topico3.php
http://www.zenite.nu/
http://www.brasilescola.com
http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node9.htm

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