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Ilha Solteira
Estado de São Paulo – Brasil
Maio / 2014
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1. INTRODUÇÃO
1.1. Histórico
Figura 2. (a) Esquema da seção transversal do terraço agrícola; (b) Seção transversal após 10
anos de cultivo.
LEGENDA
Figura 4. Design do camalhão do terraço agrícola com detalhe dos ângulos internos
y = 350.t -0,167.........................................................................................................................(1)
b) terraceamento em gradiente: quando a vazão do terraço (VTG) for maior do que a vazão
da chuva de intensidade máxima em 15 minutos precipitada (VAD). A Figura 6 ilustra
estas situações.
Figura 6. Área de drenagem entre dois terraços agrícolas com evidência à vazão da área de
drenagem (VAD), vazão do terraço em gradiente (VTG) e à capacidade de
armazenamento do terraço (CAT).
Terraceamento em nível:
CAT ≥ VAD..........................................................................................................................(2)
ou
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Terraceamento em gradiente:
VTG ≥ VAD..........................................................................................................................(4)
ou
VTG = VAD.1,25 ................................................................................................................(5)
Desta forma,
T = 1/F ..................................................................................................................................(6)
F ou P = 1/T .........................................................................................................................(7)
P = m/n .................................................................................................................................(8)
a) Se um dado valor nunca ocorreu (m=0) sua probabilidade (P) é igual a zero, e
b) Se um dado valor ocorreu em todas as observações (m=1) sua probabilidade (P) é igual a 1.
onde:
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Terraceamento em nível:
Terraceamento em gradiente:
onde: VAD é vazão da área de drenagem (m3) causada pela chuva máxima diária (CMD)
esperada num período de retorno de 10 anos para Votuporanga (SP); C é o coeficiente
de enxurrada (runoff); h é a altura pluviométrica (m) da chuva máxima diária (CMD)
esperada num período de retorno de 10 anos para Votuporanga (SP), e A é a área de
drenagem entre dois terraços (m2). Assim, tal área pode ser expressa por:
Para efeito prático, o espaçamento horizontal entre terraços (EH) é dado por:
EH = kt.(45,18/d0,42) ..........................................................................................................(14)
Quadro 3. Valores da constante de erodibilidade (kt) para uso no espaçamento entre terraços
agrícolas para os solos do Estado de São Paulo.
SOLO kt
3.1.1.1. Estimativa da chuva máxima diária esperada num período de retorno de 10 anos
para Votuporanga (CMD/Xc/h)
onde: XC é o valor da chuva máxima diária (CMD) esperada num determinado período de
retorno (mm); µ é a precipitação média anual da série estudada (mm); CV é o
coeficiente de variação da série estudada (valor absoluto), e k é o fator de freqüência
estipulado para o período de retorno (T) desejado, dado por:
CMD CMD
Data Data CMD (mm) Data
(mm) (mm)
PERÍODO DE PROB. DE
k
RETORNO OCORRÊNCIA (%)
(anos) T P
1,0 97 -1,4350
1,1 95 -1,3182
1,1 90 -1,1320
1,3 80 -0,7485
1,4 70 -0,6257
1,7 60 -0,3567
2,0 50 -0,1642
2,5 40 0,0739
3,3 30 0,3446
4,0 25 0,5216
5,0 20 0,7198
10,0 10 1,3050(*)
20,0 5 1,8664
25,0 4 2,0444
50,0 2 2,5930
100,0 1 3,1375
(*)
Valor usado no terraceamento
Morel de Passos e Carvalho
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o valor da chuva máxima diária esperada num período de retorno de 10 anos para
Votuporanga (CMD) fica:
Figura 9. Isoietas das chuvas máximas diárias (mm) com o período de retorno de 10 anos
para o Estado de São Paulo
Quadro 6. Período de retorno (T) e probabilidade deocorrência (P) para a chuva máxima
diária (CMD) de Votuporanga (SP) com n=30 anos.
S = (B.H)/2 .........................................................................................................................(18)
onde: S é a área da seção transversal triangular do canal do terraço (m 2); B é a base da seção
triangular do canal do terraço (m), e H é a altura da seção transversal triangular do
canal do terraço (m). Para propósitos práticos, a altura H deve ser: 0,30 m < H <
0,90m.
vale um metro. Isto porque, em termos de volume armazenado de enxurrada, o que ocorre
num metro linear de terraço em nível ocorre em todos os restantes.
Nesse caso, a análise da vazão da área de drenagem (VAD) é dada pela fórmula
racional de Ramser, que é a seguinte:
onde: VAD é a vazão da enxurrada entre dois terraços causada pela chuva máxima diária I15
esperada para Votuporanga no período de retorno de 10 anos (m3/s); C é o coeficiente
de enxurrada (runoff); A é a área de drenagem entre dois terraços (ha) (A = EH . L); I
é a intensidade máxima da chuva esperada para Votuporanga, no tempo de
concentração da enxurrada de 15 min, com um período de retorno de 10 anos (mm/h).
Assim, t1 + t2 + t3 + t4 + t5 + t6 = 5400 s
Quadro 7: Série real (1961-1990) das chuvas de intensidades máximas esperadas para
Votuporanga, no tempo de concentração da enxurrada de 15 min, com um
período de retorno de 10 anos (I15)
Média = 91,0 mm/h Desvio padrão = 25,7 mm/h Coef. Variação = 28,22 %
Morel de Passos e Carvalho
A Eq. (16) resultou o valor do fator de frequência (k), para o período de retorno
de 10 anos, de 1,3050 (Quadro 5). Dessa forma, aplicando-o na Eq. (15), assim como aqueles
presentes no Quadro 7, valor médio (91,0) e o coeficiente de variação (0,2822) calculados
para as chuvas de intensidades máximas esperadas para Votuporanga, no tempo de
concentração da enxurrada de 15 min, com um período de retorno de 10 anos (I15), vem que:
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Figura 12. Isoietas de chuvas de intensidades máximas esperadas para o estado de São Paulo,
no tempo de concentração da enxurrada de 15 min, com um período de retorno de
10 anos (I15).
Desta forma, como já visto pela Eq. (18), para uma seção transversal triangular
do canal do terraço, é a seguinte:
Enquanto que a velocidade média da enxurrada no canal (Vm) é dada pela fórmula de
Manning:
Vm = (R2/3.i1/2)/η ................................................................................................................(21)
R = S/P ...............................................................................................................................(22)
onde: S é a área da seção transversal do canal do terraço (m 2), e P é o perímetro molhado (m).
CONDIÇÕES DO CANAL
Não vegetado
Limpo e na terra 0,018
Pouca grama e ervas 0,027
Áreas cultivadas
Não semeadas 0,030
Semeadas em linha 0,035
Semeadas a lanço 0,040
Capoeira
Baixa densidade 0,050
Média densidade 0,060
Alta densidade 0,100
4. CONCLUSÃO
5. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BERTONI, J., LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 2ed. São Paulo: Ícone, 1990,
355p.
CHOW, V.T. Open – channel hydraulics. New York: Mc-Graw Hill, 1959, 680p.
LOMBARDI NETO, F., BELLINAZZI JR, R., LEPSCH, I.F., OLIVEIRA, J.B.,
BERTOLINI, D., GALETI, P.A., DRUGOWICH, M.I. Terraceamento agrícola. In:
LOMBARDI NETO, F., DRUGOWICH, P.I. Manual técnico de manejo e conservação do
solo e da água. Campinas: CECOR – CATI, 1994. v.4, c.3, p.1-34.
SCHWAB, G.O., FREVERT, R.K., EDMINSTER, T.W., BARNES, K.K. Soil and water
conservation engineering. 2ed. 3 ed. New York: John Wiley & Sons, 1966, 1981, 680p., 525p.
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PROPOSIÇÃO
RESOLUÇÃO
S.L = C.h.A.1,25..................................................................................................................(23)
[(B.H)/2].L = C.h.EH.L.1,25...............................................................................................(24)
H = {C.h.[kt.(45,18/d0,42)].L.1,25.2}/B.L............................................................................(26)
H = {C.h.[kt.(45,18/d0,42)].2,50}/B.....................................................................................(27)
H = 3,16/B...........................................................................................................................(28)
Quadro 11: Proposições (n) para o dimensionamento da base (B) e da altura (H) para o
estabelecimento da viabilidade do terraço agrícola em nível para Votuporanga (SP)
DTC=DTF
N B (m) H (m) ab ~ 100
5a6:1
1 3,00 1,05 1,43 : 1 34059’
2 4,00 0,79 2,53 1 21033’
3 5,00 0,63 3,96 : 1 14008’
4 5,20 0,61 4,28 : 1 13012’
5 5,40 0,58 4,62 : 1 12007’
6 5,60 0,56 4,97 : 1 11019’
7 5,70 0,55 5,15 : 1 10055’
8 5,80 0,54 5,33 : 1 10033’
9 6,00 0,53 5,70 : 1 10001’
10 6,10 0,52 5,90 : 1 9041’
11 6,20 0,51 6,09 : 1 9021’
12 6,50 0,49 6,69 : 1 8034’
13 7,00 0,45 7,76 : 1 7020’
Morel de Passos e Carvalho
PROPOSIÇÃO
d) 0,30 m < H < 0,90 m, e) 0,60 m/s < Vm < 0,75 m/s, f) VTGcalc ≥ VTG*, g) num
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico textura média/argilosa (PVAd) (kt
= 0,807, RT = 2,54), h) declive do terreno de 14%, i) terraço em gradiente progressivo, com
declives de 0,1%; 0,2%; 0,3%; 0,4% e 0,5%, j) comprimento (L) do terraço de 600 m (0-100
m em nível, 100-200 m com 0,1%, 200-300 m com 0,2%, 300-400 m com 0,3%, 400-500 m
com 0,4% e 500-600 m com 0,5%) e k) cultivo com pastagem rasteira.
RESOLUÇÃO
é necessário entender que a vazão calculada do terraço em gradiente (VTGcalc), que significa
output do sistema, fica estabelecida pela Eq. (20) seguinte:
Nesse caso de terraço em gradiente, a VAD da Eq. (5) é calculada pela Eq. (19) seguinte:
Portanto, como todas as variáveis presentes no segundo membro da Eq. (31) são conhecidas, o
cálculo da VAD pode ser efetuado. Assim, sabendo-se que no caso presente:
VAD = {0,60.124,5.0,7219}/360 =
VAD = 3,93/360 =
VAD = 0,15 m3/s.
VTG* = 0,15.1,25 =
VTG* = 0,19 m3/s = 190 L/s
assim, quando ocorrer a chuva de intensidade máxima local, esperada no período de retorno
de 10 anos e no tempo de concentração da enxurrada de 15 minutos, a vazão do terraço em
gradiente (VTGcalc) deverá ser maior do que o input de 190 litros por segundo que poderá
chegar no seu canal (VTG*).
c1 = (LTC2 + H2)1/2 =
c1 = (2,002 + 0,502)1/2 = (4,00 + 0,25)1/2 = 4,251/2 =
c1 = 2,06 m. Assim, o perímetro molhado fica:
P = 2,06+2,06 = 4,12 m
R = S/P = 1,00/4,12 =
R = 0,24 m
como a condição k inicial estipulou o cultivo com pastagem rasteira, o valor no η fica
(Quadro 7):
η = 0,030
Vm = (R2/3.i1/2)/η.........Eq. (21)
Vm = (0,242/3.0,00251/2)/0,030
Vm = (0,386.0,05)/0,030 =
Vm = 0,0193/0,030 =
Vm = 0,64 m/s
agrícola em gradiente em questão, que visam estabelecer alternativas viáveis para valores-
resposta da base (B) e da altura (H).
Quadro 12: Proposições (n) para o dimensionamento da base (B) e da altura (H) para o
estabelecimento da viabilidade do terraço agrícola em gradiente para
Votuporanga (SP)
DTC =
N Base B Alt. H S P R Vm VTGcalc ab
DTF
- (m) (m) (m2) (m) (m) (m/s) (m3/s) 3-5:1 -
1 4,00 0,50 1,00 4,12 0,24 0,65 0,65 4,00 14002’
2 3,75 0,50 0,94 3,88 0,24 0,65 0,61 3,75 14056’
3 3,50 0,50 0,88 3,64 0,24 0,64 0,56 3,50 15057’