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Segundo ISUTEC (s/d), o estudo das finanças públicas pode ser feito sob dois ângulos distintos,
consoante se utiliza uma abordagem positiva ou normativa.
Quando se olha para as finanças públicas sob o ponto de vista das acções desenvolvidas pelo
Estado para alcançar determinados objectivos, os seus efeitos e determinantes, estamos no campo
das finanças positivas. Pretende-se, neste caso, explicar e compreender o que efectivamente se
passa na realidade. É uma análise que se quer o mais objectiva possível.
Pelo contrário, quando se discutem quais deveriam ser os objectivos da actuação financeira do
Estado e as melhores formas de os alcançar, entra-se na área das finanças normativas, à qual
está subjacente um juízo de valor. É o que se passa quando se discutem políticas financeiras
alternativas.
Por seu turno, uma discussão sobre quais as despesas públicas que têm um maior impacto na
redução da pobreza (por exemplo, a reabilitação de uma estrada secundária ou terciária, a
ampliação da rede de água rural, a construção de um posto de saúde ou a atribuição de um
subsídio a certos alimentos) já tem que ver com as finanças normativas.
De um modo geral pode-se trazer a distinção entre as finanças positivas e normativas da seguinte
forma, as finanças positivas estudam o que é actividade financeira do Estado, as suas causas e os
seus efeitos enquanto as finanças normativas estudam o que deveria ser essa actividade
financeira do Estado.