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CICLO DE TRATAMENTO DE DADOS NO ÂMBITO TRABALHISTA

• Fase de Pré-Contrato: está focada na obtenção de dados de identificação e


experiência profissional do colaborador, informados no seu Currículo, este
apresentado ao se candidatar a vaga de emprego;

• Durante a Vigência do Contrato de Trabalho: dados para registro de empregados,


dados bancários para pagamento de salários, filiação sindical, dados relativos à saúde
como exames ocupacionais, atestados médicos, dentre outros;

• Com o Fim do Contrato de Trabalho: com o armazenamento das informações dos


antigos colaboradores para fins trabalhistas, previdenciários e para disponibilização aos
órgãos públicos de fiscalização;

O empregador na relação trabalhista corresponderá ao controlador, descritas suas atribuições


na LGPD, competindo ao mesmo o tratamento de dados de acordo com as bases legais da
mesma legislação:

• Cumprimento de obrigação legal (art. 7º, II);


• Dados necessários para a execução do contrato a pedido do colaborador (art. 7º, V);
• Interesses legítimos do controlador (art. 7º, IX);
• Os demais tratamentos dependem expressamente do consentimento do colaborador;

Quanto ao tratamento de dados sensíveis há uma discussão quanto a necessidade de sua coleta,
onde as querelas que envolvem os mesmos estão atreladas a sua natureza específica e finalidade
de uso.

TRATAMENTO DE DADOS DE COLABORADORES ADOLESCENTES


A LGPD dispõe no seu artigo 14 acerca do tratamento de dados de crianças e adolescentes,
primando que este deve ocorrer em seu melhor interesse, ditando que haja consentimento
específico por pelo menos um dos pais ou responsável legal.

Assim aplicando essa dinâmica nas relações de trabalho, a empresa que busca contratar deve
buscar consentimento expresso dos representantes legais sobre o uso de dados pessoais. A CLT
já dita sempre a necessidade desse acompanhamento, competindo aos mesmos a prestar
declarações para a retirada da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, além disso,
para a assinatura do recibo de quitação das verbas rescisórias, há a necessidade de assistência
dos representantes legais, sob pena de nulidade, conforme previsto no art. 439 da CLT.

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