Quando questionada sobre o que é a arte, a curadora, pesquisadora e doutora em história

da arte, Sabrina Moura, respondeu que essa era uma pergunta sem resposta, pois a arte é,
em muitos aspectos, mutável. No vídeo há a abordagem da arte em comparação a dois
momentos artísticos e a interação com o meio social. Logo no início a doutora leva o
espectador a refletir sobre o contexto distintos entre a arte contemporânea e a arte
renascentista, sobre o lugar do artista na sociedade referente a cada, seu processo de
produção artística e sobre como formas distintas de artes estão conectadas ao espectro
artístico.
Dentro da arte contemporânea as obras não convencionais, que trazem através de seus
métodos distintos de produção a alteração de percepção do público, traz a proposta do
artista e suas questões. Ao considerar que a arte contemporânea está em um campo de
relações entre o artista, a arte e o público, a doutora comenta sobre a importância do
paratexto para que o público possa refletir as questões que o artista insere na obra, e
também a continuidade da percepção do público ao sair e carregar consigo os pensamentos
e questionamentos artísticos.
Além de um campo artístico é um campo de relações, novamente a arte, a sociedade e o
artista, ao abordar as formas de arte dentro da arte contemporânea, em especial, a
performance ao tecer comentários acerca de uma performance, em especial, as que
utilizam o corpo humano como meio artístico, ela também indaga sobre as experiências do
corpo humano e sobre a existência, apresentação em espaços além do corpo erotizado.
Trazendo o questionamento do filósofo Nelson Goodman, quando é arte? Moura induz aos
espectadores o pensamento crítico sobre o momento em que a obra artística vira de fato
arte para um público. A arte, além de execução de técnica, é considerada forma de
expressão, seja a realidade do artista, dor, esperança ou preocupação. Desta maneira
ficando a critério individual, uma definição concreta, uma vez que adentra a uma esfera
subjetiva.