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A hora e a vez de

Augusto Matraga

Tradução intersemiótica
Tradução intersemiótica
Supressão da personagem
negra (Angélica)
Leiloeiro: Tião Leiloeiro a
João Lomba
Tomázia (Sariema): gêmea.
Tomás é o apóstolo que
duvidou da ressurreição e se
tornou mártir na… Índia.
“— Toma! Toma! E toma!...
Está querendo?...”

“Mas, nisso, puxaram para trás a outra — a Angélica preta se rindo, senvergonha e dengosa
- que se soverteu na montoeira, de braço em braço, de rolo em rolo, pegada, manuseada,
beliscada (estimulada, excitada) e cacarejante (alabar encarecidamente las virtudes de una persona o de una cosa,
generalmente para hacerla pública o más conocida.):
— Virgem Maria Puríssima!”
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Tomázia (Sariema)
Sari: indumentária indiana
Ema: “universal” (alemão) ou “Deus esteja conosco” (derivado de Emanuel – hebraico)
Tradução intersemiótica
Capiau: interiorano. Cristo?

“Então, surpresos, deram caminho, e o capiau


amoroso quis ir também:
— Vamos embora, Tomázia, aproveitando a
confusão... E sua voz baixava, humilde, porque
para ele ela não era a Sariema. Pôs três dedos no
seu braço, e bem que ela o quis acompanhar. Mas
Nhô Augusto separou-os, com uma pranchada de
mão:
— Não vai, não! (...)
Foi o capiauzinho apanhando, estapeado pelos
quatro cacundeiros de Nhô Augusto, e empurrado
para o denso do povo, que também queria
estapear.”
Tradução intersemiótica
Capiau: interiorano. Cristo?

“Pôs três dedos no seu braço, e bem que ela o


quis acompanhar. ”

“E a agitação partiu povos, porque a maioria tinha


perdido a cena, apreciando, como estavam, uma
falta-de-lugar, que se dera entre um velho — “Cai
n’água, barbado!” — e o sacristão, no quadrante
noroeste da massa. E também no setor sul
estalara, pouco antes, um mal-entendido, de um
sujeito com a correia desafivelada lept!... lept!...
— , com um outro pedindo espaço, para poder
fazer sarilho com o pau.”

Moisés?
Tradução intersemiótica
Capiau: interiorano. Cristo?

“um sujeito com a correia desafivelada”


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Leiloeiro:

de Tião Leiloeiro
a João Lomba

Sebastião: derivado de “sebasto” (augusto). Santo protetor contra pragas (“dá enxame, dá
enxame”) e cultuado por católicos apostólicos e ortodoxos.
Tradução intersemiótica
“Sino e santo não é pagode,
povo! Vou no certo... Abre, abre,
deixa o Tião passar!”
“Nisso, porém, transpunham o
adro, e Nhô Augusto parou,
tirando o chapéu e fazendo o
em-nome-do-padre, para
saudar a porta da igreja. Mas o
lugar estava bem iluminado,
com lanterninhas e muita luz de
azeite, pendentes dos arcos de
bambu.” (cena suprimida)

“Pagode: 1. templo ou monumento memorial da Índia e de outras regiões do Oriente, ger.


em forma de torre, com diversos andares e telhados a cada andar terminados freq. em
pontas recurvas para cima. 2. ídolo indiano, imagem de um deus ou santo asiático.”
Tradução intersemiótica
“E a agitação partiu povos, porque a
maioria tinha perdido a cena,
apreciando, como estavam, uma falta-
de-lugar, que se dera entre um velho —
“Cai n’água, barbado!” — e o sacristão,
no quadrante noroeste da massa. E
também no setor sul estalara, pouco
antes, um mal-entendido, de um sujeito
com a correia desafivelada lept!...
lept!... — , com um outro pedindo
espaço, para poder fazer sarilho com o
pau.” (cena suprimida) Sarilho: confusão
Lept: saltar aleatoriamente

Rupturas geográficas que deram origem às religiões?


“Caminharam para casa. Mas para a casa do Beco do Sem Ceroula, onde só há três prédios — cada um deles com gramofone
tocando, de cornetão à janela e onde gente séria entra mas não passa.
Nisso, porém, transpunham o adro, e Nhô Augusto parou, tirando o chapéu e fazendo o em-nome-do-padre, para saudar a porta da
igreja. Mas o lugar estava bem alumiado, com lanterninhas e muita luz de azeite, pendentes dos arcos de bambu. E Nhô Augusto
olhou a mulher.”
Tradução intersemiótica
“Sino e santo não é pagode,
povo! Vou no certo... Abre, abre,
deixa o Tião passar!”
“Nisso, porém, transpunham o
adro, e Nhô Augusto parou,
tirando o chapéu e fazendo o
em-nome-do-padre, para
saudar a porta da igreja. Mas o
lugar estava bem iluminado,
com lanterninhas e muita luz de
azeite, pendentes dos arcos de
bambu.” (cena suprimida)

“Pagode: 1. templo ou monumento memorial da Índia e de outras regiões do Oriente, ger.


em forma de torre, com diversos andares e telhados a cada andar terminados freq. em
pontas recurvas para cima. 2. ídolo indiano, imagem de um deus ou santo asiático.”
Tradução intersemiótica
Tradução intersemiótica
“Sino e santo não é pagode,
povo! Vou no certo... Abre, abre,
deixa o Tião passar!”
“Nisso, porém, transpunham o
adro, e Nhô Augusto parou,
tirando o chapéu e fazendo o
em-nome-do-padre, para
saudar a porta da igreja. Mas o
lugar estava bem iluminado,
com lanterninhas e muita luz de
azeite, pendentes dos arcos de
bambu.” (cena suprimida)
Tradução intersemiótica

“Matraga é marcado, não na polpa glútea direita e sim no peito com a letra
“C”, ao invés do triângulo dentro da circunferência, como aparece no escrito rosiano.”

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