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GENERO DOS ADJECTIVOS

Quanto ao género, os adjectivos podem ser uniformes ou biformes.


1-Adjectivos uniformes – são aqueles que têm a mesma forma para o masculino e para o
feminino. Ex.: homem inteligente – mulher inteligente, solo fértil – área fértil, Etc.
2- Adjectivos biformes – são aqueles que têm uma forma para o masculino e outra para o
feminino. Ex.: homem alto - mulher alta, aluno bonito - aluma bonita, etc.
A formação do feminino dos adjectivos é semelhante à dos substantivos. Têm formas
irregulares os adjectivos: bom - boa, man - má.
Nós adjectivos compostos , só o segundo elemento toma a forma do feminino. Ex.: luso-
brasileiro, luso- brasileira, sócio – económico, sócio – económica, etc. Excepto-se surdo-mudo que
faz no feminino surda-muda. Ex.: homem surdo-mudo, mulher surda muda
Número
O adjectivo concorda em número com o nome que caracteriza. Quando caracteriza vários
nomes do singular, toma a forma do plural. Ex.: cidade bonita, cidades bonitas; cidade e vila
bonitas.
A formação do plural dos adjetivos é semelhante à dos nomes. Em muitos adjectivos
compostos, só o segundo elemento leva a marca do plural. Ex.: luso-brasileiro, luso-brasileiros, etc.
GRAU DOS ADJECTIVOS
Além da flexão em género e número, os adjectivos vari também em grau:
1 Grau normal – indica a simples atribuição de características. Ex.: O Fábio é forte.
2 – Grau comparativo – estabelece a comparação entre dois seres quando a característica
expressa pelo adjectivo. E pode ser:
a) Grau comparativo de superioridade (mais...do que… ou mais…que). Ex.: O Fábio é
mais forte do que a Judissara.
b) Grau comparativo de igualdade (tão…como ou tanto… quanto, tão…quanto…). Ex.: O
Bruno é tão forte como o Fábio. A Alcântara é tão alta quanto inteligente.
c) Grau comparativo de inferioridade (menos…do que ou menos…que…).Ex.: A Judissara
é menos confusionista que o Fábio.
3 – Grau superlativo – indica o grau mais elevado da característica expressa pelo adjectivo.
Apresenta duas formas: absoluta e relativa.
a)Grau superlativo absoluto – exprime um grau de características sem estabelecer qualquer
relação. Ex.: O Bruno é honestíssimo.
O grau superlativo absoluto pode ser:
• Sintético – formado pela junção de um sufixo ao grau normal do adjectivo. Ex.: O Fábio é
fortíssimo.
• Analítico – é formado pela junção do advérbio muito ao grau normal do adjectivo. Ex.: O
Fábio é muito forte.
b)Grau superlativo relativo – exprime a característica de um ser ou de um objecto no grau
mais elevado ou menos elevado, em relação a todos os outros seres ou objetos de determinado
conjunto. Ex.: O Henriques é o mais calmo de casa.
O superlativo relativo pode ser:
• De superioridade – é formado pelo artigo definido, advérbio mais, grau normal do adjetivo e
a preposição de. Ex.: O Bruno é o rapaz mais forte da escola.
• De inferioridade – é formado pelo artigo definido, advérbio menos, grau normal do adjetivo
e a preposição de. Ex.: A Judissara é a menina mais obediente de casa.
Por vezes, empregam-se ainda outros processos para obter a superlativação:
a)Recorrendo a outros advérbios de quantidade (imensamente, extraordinariamente, etc.).
Ex.: Estou imensamente satisfeito. O atleta apresentou-se extraordinariamente competitivo.
b)Por meio de prefixos e de sufixos. Ex.: É um colega supra-inteligente. Tome este leite
fresquinho.
CASOS ESPECIAIS DE COMPARATIVOS

Grau
NORMAL COMPARATIV SUPERLATIVO
O Irregular Regular
1 Bom Melhor Óptimo Boníssimo
2 Mau Pior Péssimo Malíssimo
3 Pequeno Menor Mínimo Pequeníssima
4 Grande Maior Máximo Grandíssimo
5 Alto Superior Supremo ou sumo Altíssimo
6 Baixo Inferior Ínfimo Baixíssimo
7 Interior ---------------------- Íntimo --------------------------
8 Exterior ---------------------- Extremo --------------------------
9 Posterior ---------------------- Póstumo --------------------------
10 Anterior ---------------------- --------------------------- --------------------------

EXCEPÇÕES DO SUPERLATIVO ABSOLUTA SINTÉTICO


Como aludimos, o superlativo absoluto é, geralmente, formado com o acréscimo do sufixo
íssimo. Como são os casos de forte – fortíssimo, regular – regularissimo, etc.
Porém, há palavras que formam o superlativo absoluto em:
a)belíssima – adjectivos terminados em vel. Ex.: Agradável – agradabilíssimo, amável –
amabilíssimo, horrível – horribilíssimo, etc.
b)císsimo – adjectivos terminados em az, iz e oz. Ex.: Capaz – capacíssimo, veloz –
velocíssimo, etc.
c)níssimo – adjectivos terminados em vogal nasal ou ditongo nasal. Ex.:.comum –
comuníssimo, cristão – criatianíssimo, pagão – paganíssimo, etc.
Temos ainda: benéfico – beneficentíssimo, magnífico – magnificentíssimo, benévolo –
benevolentíssimo, amigo – amicíssimo, doce – dulcíssimo, pessoal – personalíssimo, sábio –
sapientíssimo, célebre – celebérrimo, livre – libérrimo, negro – nigérrimo, difícil – dificílimo, fácil
– facílimo, íntegro – integérrio, pobre – paupérrimo, etc.
Importa dizer que locução adjectiva é uma expressão formada de preposição mais
substantivo (ou advérbio) com valor e emprego de adjectivo.
Ex.: Atitude de criança = atitude infantil; jornal de hoje = jornal hodierno.
CLASSE DOS ARTIGOS
Não obstante trazermos o artigo como uma classe de palavra, é fundamental saber que são
vários os autores que consideram uma subclasse de classe dos determinantes, visto que ele está
sempre antes de um substantivo. Para maior clareza , observemos para as definições de alguns
autores: “o artigo é uma subclasse dos determinantes demonstrativos e indefinidos que apenas pode
funcionar ligado a formas substantivadas, precedendo-as e concordando em género e número com elas
.” (MOURA, 2008, p. 145); na óptica de RELVAS (p. 33), de CINTRA e CUNHA (2006, p. 155) os
artigos são palavras variáveis que se juntam aos nomes para lhes limitar o seu sentido.
Assim sendo, podemos inferir que os artigos são palavras que se antepõem aos substantivos
para determiná-los. E podem ser:
1 – Artigos definidos (a, as, o, os) – empregam-se para designar seres que são conhecidos da
pessoa que fala. Ex.: O aluno entendeu a aula. A Judissara foi a Portugal.
2 – Artigos indefinidos (um, uns, uma, umas) – empregam-se para designar seres que não
são do conhecimento da pessoa que fala. Ex.: Um rapaz viu o filme. Umas nas brincavam no pátio da
escola.
N.B.: Podemos usarar os artigos antes de substantivos próprios. Ex.: O Bruno sorriu bastante.
• A palavra todo ou toda pode variar de sentido , se vier ou não acompanhada de artigo. Ex.:
Toda a casa ficou alagada. (=a casa toda). Toda casa deve ser pintada (=casa por casa).
• Com o numeral ambos é obrigatório o uso do artigo. Ex.: Ambos os alunos tiveram a nota
positiva.
• Não se usa o artigo definido depois do pronome relativo cujo. Ex.: Este é o homem cujo
filho morreu.
FLEXÃO DOS ARTIGOS
Os artigos variam em género e número, concordando com o substantivo que eles antecedem.
GÉNERO DOS ARTIGOS
Os artigos podem estar no género masculino (o, os, um, uns) ou no género feminino (a, as,
uma, umas).
NÚMERO DOS ARTIGOS
Os artigos podem estar no singular (a, o, uma, um) ou no plural (as, os, uns, umas).
Obs.: As palavras o, a, os, as, um, uma, uns e umas, só são artigos, se estiverem antes de
substantivos ou expressões substantivadas.
CLASSE DOS NUMERAIS
Os numerais também são tidos como determinantes, em determinados aspectos por vários
autores.
Os numerais são as palavras que indicam quantidade exata de seres ou lugares que os
mesmos ocupam numa série. E podem ser:
1 – Cardinais – indicam a quantidade exata de seres. Ex.: Quatro mil homens armados.
2 – Ordinais – indicam ordem dos seres numa determinada série. Ex.: O Bruno é o quarto
aluno da lista. // A Judissara é a primeira filha do casal Francisco.
3 – Multiplicativos – indicam o aumento proporcional da quantidade, podendo ter valor de
adjectivo ou substantivo. Ex.: O dobro, o triplo, o quíntuplo, etc.
4 – Fraccionárias – indicam a diminuição proporcional da quantidade. Ex.: sexta, par ,
dezenas, dúzia, etc.
Obs.: As palavras ambos ou ambas, podem ser consideradas numerais, visto que equivalem a
dois.
FLEXÃO DOS NUMERAIS
Os numerais podem flexionar-se em número e em género. Mas é preferível saber como é que
estas flexões ocorrem, porque nem todos os numerais apresentam tais flexões. Eis algumas regras:
1ª Os numerais Cardinais são invariáveis, com excepção de:
a)um, dois e as centenas, a partir de duzentos, que variam em género. Ex.: uma, duas,
duzentas, trezentas, quatrocentas, quinhentas…novecentas.
b) Milhão, bilhão, triliã, que variam em número. Ex.: Um milhão – dois milhões, um trilião
– dois triliões, etc.
2ª Os numerais ordinais variam, em género e número. Ex.: Primeiro – primeira,
primeiros – primeiras, etc.
3ª Os numerais Multiplicativos são invariáveis quando têm o valor de substantivo. Ao
passo que em outros casos, eles podem variar em género e número. Ex.: Um duplo – dois duplos, um
triplo – dois triplos, o duplo – a dupla etc.
4ª Os números fraccionários concordam com os Cardinais que indicam o número das
partes. Ex.: um terço – dois terços, etc.
5ª Os numerais colectivos variam em número. Ex.: Uma década – três décadas, uma dúzia
– duas décadas, etc.
LEITURA E ESCRITA DO NUMERAIS
1 – Cardinais.
A leitura dos cardinais deve ser feita da seguinte maneira:
a)Deve-se intercalar a conjunção E entre as unidades, as dezenas e as centenas. Ex.: 23 – vinte
e três, 255 - duzentos e cinquenta e cinco, etc.
b) Não se deve empregará conjunção E entre milhar e a centena. Ex.: 1987 – mil novecentos e
oitenta e sete, etc.
Obs.: Deve-se intercalar a conjugação E, se a centena começar com zero ou se a centena
terminar com dois zeros. Ex.: 4089 – quatroil e oitenta e nove; 1600 – mil e seiscentos, etc.

a) Em numerais muito extensos, deve-se empregará conjunção E entre os elementos de


uma mesma ordem de unidade e deve-se omiti-la quando se passa de uma ordem a
outra.
Ex.: 245.654 – duzentos e quarenta e cinco mil, seiscentos e cinquenta e quatro;
222.135.557 – duzentos e vinte e dois milhões, cento e trinta e cinco mil, quinhentos e
cinquenta e sete; 346.457.589.124 – trezentos e quarenta e seis bilhões, quatrocentos e
cinquenta e sete milhões, quinhentos e oitenta e nove mil e cento e vinte e quatro.
Obs.: Se o número estiver acima da classe dos milhares, a classe das centenas deve
ser introduzida.com intercalação da conjunção E.
2 – Ordinais
Os ordinais superiores a dois mil (2000) podem ser lidos de duas maneiras:
a)Lê-se o milhar como cardinal e os outros como ordinais. Ex.: 2044º - dois
milésimos, quadragésimo quarto.
b)Lê-se o número todo como ordinal. Ex.: 2044º segundo milésimo, quadragésimo
quarto
CLASSE DOS PRONOMES
Não tem sido fácil discernir os pronomes dos determinantes, pelo facto de eles
partilharem as mesmas palavras . Mas uma maneira mais fácil de clarividenciarmos tal
dificuldade, é observarmos para a abordagem de Vera Saraiva Baptista (1900, p. 128) ao
dizer que “o determinante precede o nome e limita e/ou concretiza o nome (conforme a sua
função)” ao passo que “o pronome substitui o nome (como a própria palavra sugere). Mas é
fundamental saber que neste momento, essa abordagem não é consensual, visto que há
autores que consideram pronomes mesmo quando se está em presença do nome (fala-se em
pronomes adjectivos e pronomes substantivos).
Na óptica de D’ Silvas Filho (2007, p.155) “os pronomes são palavras que, na sua
função absoluta, substituem os nomes (ex.: ele é alto, este é alto, em que ele e este
[pronomes], poderão estar a significar, p. Ex., rapaz [subs.]: o rapaz é alto); são então
pronomes substantivos e aparecem isolados. Mas estes termos quando ligados ao
substantivo, não são pronomes, mas têm uma função determinativa do substantivo (ex.: esta
casa [entre várias]; de outro tipo [e não deste]; etc.) e, nesse caso, dizem-se pronomes
adjectivos, considerando com o substantivo que qualificam.”
Deste modo, já podemos dizer que os pronomes são palavras que se usam em vez do
nome, ou que “os pronomes constituem a classe flexionável que agrupa os subtítulos dos
nomes substantivos, como o vocábulo diz (pró ‘em vês de’ + nome substantivo)” (MOURA,
2008, p.100). Ex.: A Kiesse passou aqui com o seu irmão. Ela estava pressurosa. O Deodato
era simpático, mas já não o é. Deu-lhe um livro.
Os pronomes podem ser classificados em:
1 – Pronomes pessoais – indicam a(s) pessoa(s) que fala(m), a que se fala e de quem
ou das quais se fala.
A 1ª pessoa é aquela que fala, o locutor (eu, nós); a 2ª pessoa é aquela a quem se
fala, receptor (tu e vós ); e a terceira pessoa é aquela de quem se fala (ele e eles).
Os pronomes pessoais são: eu, tu, ele, nós, vós, eles, o a, os, as, lo, la, los, las, no,
etc.
2 - Prnomes possessivos – indicam o possuidor do objecto designado pelo nome que
substitui. Ex.: Podes contar com o meu amor. A Ana levou o teu carro.
Os pronomes possessivos são: meu, teu, seu, nosso, vosso, seu (com os respectivos
femininos).
3 – Pronomes demonstrativos – servem para indicar um indivíduo ou uma coisa, no
espaço ou no tempo. E eles são:
a)Este (s – a – as) – indica o que está mais próximo da pessoa que fala. Ex.: Podes ver
este documento. Este ano vou brilhar.
b)Esse (s – a – as) – indica o que está mais próximo da pessoa a quem se fala. Ex.:
Repara esse homem. Esses carros que ladeiam são teus?
c)Aqueles (s – a – as) – indicam um afastamento maior em relação à pessoa que fala e
àquela a quem se fala. Ex.: Vou oferecer-te aquele telemóvel que está lá em casa.
Os pronomes isto, isso e aquilo, não se referem, normalmente, a seres animados e são
invariáveis em género e número, fazendo-se a concordância no masculino singular. São
considerados pronomes neutros. Ex.: Isto é bonito. // Se fizeres isso, não fico contigo.
Os pronomes demonstrativos variáveis são: este (s – a – as), esse (s – a – as) e aquele
(s – a – as)
As partículas o, a, os, e as, são pronomes demonstrativos quando precedem o
pronome relativo que ou a preposição de, equivalente a “este”, “esse” e “aquele”, etc. Ex.:
Gosto deste livro. É o que te dei. Estas luvas são as da Bety.

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