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Public policy and fishing extension in Cabedelo, Paraíba

Article in Interações (Campo Grande) · June 2010


DOI: 10.1590/S1518-70122010000100009

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Políticas públicas e extensão pesqueira em Cabedelo, Paraíba
Public policy and fishing extension in Cabedelo, Paraíba
Politiques publiques et l’extension de pêche à Cabedelo, Paraíba
Las políticas públicas y la extensión pesquera en Cabedelo, Paraíba

Onivaldo da Rocha Mendes Filho*


Angelo Brás Fernandes Callou**
Maria Salett Tauk Santos***
Recebido em 2/9/2009; revisado e aprovado em 19/12/2009; aceito em 22/2/2010

Resumo: O estudo trata de levantamento das políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria Especial de Aquicultura
e Pesca da Presidência da República (Seap/PR), no âmbito da Extensão Pesqueira, no período de 2003 a 2008, em
Cabedelo, Paraíba. A partir de documentos e entrevistas com pessoas de diversos segmentos da pesca, a análise foi
realizada tendo como perspectiva teórica o desenvolvimento local.
Palavras-chave : Políticas públicas. Extensão pesqueira. Desenvolvimento local.
Abstract: The study deals with the assessment of the public policies developed by the Secretaria Especial de
Aquicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR) in the field of Fishing Extension from 2003 to 2008 in
Cabedelo, Paraíba. The evaluation was based on documents and interviews with people working in different fishery
sectors. The analysis was accomplished having the local development as the main focus point.
Key-words: Public policy. Fishing extension. Local development.
Résumé: L’étude enquête sur les politiques publiques développées par la Secretaria Especial de Aquicultura e
Pesca da Presidência da República (Seap/PR) dans le contexte de l’Extension de pêche, au cours de la période 2003-
2008, à Cabedelo, Paraíba. À partir de documents et d’entretiens réalisées avec des personnes issues de divers
secteurs de la pêche, l’analyse a été effectuée d’un point de vue théorique en se centrant sur le développement local.
Mots-clés: Politiques publiques. Extension de pêche. Développement local.
Resumen: El estudio se ocupa del examen de las políticas públicas desarrolladas por el Secretaria Especial de
Aquicultura e Pesca da Presidência da República (Seap/PR) en el ámbito de la Extensión Pesquera, en el período
2003-2008, en Cabedelo, Paraíba. A partir de los documentos y entrevistas con las personas de los diversos sectores
de la pesca. El análisis fue realizado teniendo como el punto principal al desarrollo local.
Palabras clave: Políticas públicas. Extensión pesquera. Desarrollo local.

Introdução A extensão pesqueira, que do ponto de


vista teórico já havia abandonado as velhas
No Brasil, pouco se tem estudado sobre práticas de difusão de inovações, é agora
as políticas públicas para o desenvolvimento chamada a repensar as estratégias de comu-
do setor pesqueiro. Após a criação da Secre- nicação participativas que ajudem a promo-
taria Especial de Aquicultura e Pesca da Pre- ver o desenvolvimento local dos contextos
sidência da República (Seap/PR), em 2003, populares desfavorecidos do setor pesqueiro
vêm se estabelecendo uma série de políticas (CALLOU; TAUK SANTOS, 2003). Desen-
que pretendem não apenas retomar o tempo volvimento Local compreendido como um
perdido, caracterizado pelo interregno entre processo de aproveitamento prioritário das
o encerramento das atividades da Superin- potencialidades socioeconômicas e culturais
tendência do Desenvolvimento da Pesca das populações e organizações locais, na
(Sudepe), em 1989, e a expansão da Seap/ perspectiva de emancipação social e política
PR no país. Essas ações pretendem, ainda, (FRANCO, 2001; JARA, 2001).
criar novas estratégias para desenvolver a O desenrolar dessas políticas pelas
pesca e a aquicultura brasileiras. organizações governamentais e não

* Engenheiro de Pesca pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). E-mail: valdo_rocha@hotmail.com
** Professor Titular da UFRPE e Vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e
Desenvolvimento Local (POSMEX) da UFRPE. E-mail: peixes@elogica.com.br
*** Professora Associada da UFRPE e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e
Desenvolvimento Local (POSMEX) da UFRPE. E-mail: mstauk@terra.com.br

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governamentais, seus objetivos, suas meto- na Colônia Z-2 desse município. Tendo em
dologias, seus públicos e seu foco de ação vista a importância da pesca na região,
são ainda pouco abordados do ponto de vis- Cabedelo é favorecida com o maior número
ta acadêmico, daí a importância de se estu- de projetos, na Paraíba, do Governo Federal,
dar as políticas públicas contemporâneas e por meio da Seap/PR e da SPMA
sua relação com a extensão pesqueira na (PARAÍBA, 2008).
perspectiva do desenvolvimento local Para o mapeamento das políticas pú-
(PRORENDA RURAL, 2003). blicas existentes para o desenvolvimento da
O propósito deste trabalho é mapear pesca em Cabedelo foram realizados levan-
as políticas públicas para o desenvolvimento tamentos de dados na Seap/PB, na Secreta-
do setor pesqueiro em Cabedelo, Paraíba, a ria de Pesca e Meio Ambiente do município
partir da criação da Seap/PR, em 2003, até (SPMA) e na Colônia de Pescadores Z-2,
2008, e analisar a repercussão dessas políti- Presidente Epitácio Pessoa. Também foram
cas em segmentos envolvidos com as ativida- levantadas as opiniões dos pescadores sobre
des da pesca a partir das opiniões dos pesca- as políticas públicas desenvolvidas em
dores e pescadoras artesanais, além de técni- Cabedelo, bem como as reivindicações às
cos da Seap/PR/PB e da Secretaria de Pesca instituições governamentais no período em
e Meio Ambiente de Cabedelo (SPMA). questão, por meio de documentos e entrevis-
O presente estudo faz parte de um pro- tas com pessoas participantes dos movimen-
jeto de pesquisa mais amplo – Pescando Pes- tos sociais na pesca. Foram realizadas doze
cadores: Políticas Públicas e Extensão Pesquei- entrevistas com pescadores e pescadoras
ra para o Desenvolvimento Local –, financia- artesanais e pescadores profissionais indus-
do pelo CNPq e desenvolvido pelo Programa triais e duas com técnicos, um da Seap/PB e
de Pós-Graduação em Extensão Rural e De- outro da SPMA. As entrevistas variavam de
senvolvimento Local (Posmex), da Universi- acordo com a abordagem do tema e o entre-
dade Federal Rural de Pernambuco, em par- vistado. Aos pescadores foi indagado sobre
ceria com o Programa de Pós-Graduação em a atuação das políticas públicas e como estas
Serviço Social da Universidade Federal de os beneficiavam. Já para os técnicos da
Pernambuco. O projeto tem a finalidade de Seap/PB e da SPMA foi perguntado como
mapear as políticas públicas desenvolvidas está o andamento dessas políticas públicas
nos Estados da Bahia, Alagoas, Pernambuco, na região.
Paraíba e Ceará. Os resultados aqui apresen-
tados dizem respeito a Cabedelo, município Principais Políticas Públicas de Pesca
cuja atividade econômico-produtiva predo- Desenvolvidas em Cabedelo, 2003-2008
minante é a pesca artesanal.
O município de Cabedelo está locali- a) Construção do Terminal Pesqueiro Pú-
zado a 18 km de João Pessoa, capital parai- blico de Cabedelo
bana. Encontra-se entre o estuário do Rio De acordo com o Decreto n. 5.231, de 6
Paraíba, o Oceano Atlântico e a cidade de de outubro de 2004, compete à Seap/PR cri-
João Pessoa (GOOGLE EARTH, 2008). Além ar, implementar, organizar, administrar, fis-
de ser uma cidade portuária, tem, natural- calizar e apoiar os Terminais Pesqueiros Pú-
mente, uma vocação marítimo-pesqueira, blicos. Segundo o artigo 4°, desse decreto, o
devido a sua localização, com logística pri-
Terminal Pesqueiro Público é a estrutura fí-
vilegiada para o desenvolvimento da pesca sica construída e aparelhada para atender
em função de empresas de armazenagem e às necessidades das atividades de movimen-
facilidade do escoamento da produção, tan- tação e armazenagem de pescado e de mer-
to pela rodovia federal BR-230, ou pela linha cadorias relacionadas à pesca, podendo ser
férrea, quanto pelo aeroporto mais próximo, dotado de estruturas de entreposto de
que está a 37 km de distância. comercialização de pescado, de unidades de
Cabedelo conta com 2.724 pescadores beneficiamento de pescado e de apoio à na-
e 1.343 pescadoras que vivem quase exclusi- vegação de embarcações pesqueiras.
vamente da atividade pesqueira artesanal, Para a administração dos Terminais
segundo dados coletados por esta pesquisa Pesqueiros está prevista a criação de um

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Conselho do Terminal Pesqueiro (CTP) como como objetivo desenvolver uma política de
órgão de consulta de decisões do secretário formação humana na área da pesca mari-
da Seap/PR que será integrado por um re- nha e continental e aquicultura familiar que
presentante de cada um dos seguintes ór- contemple planos e programas de formação
gãos: Seap/PR, Ministério do Desenvolvi- e capacitação com vistas à gestão e aproveita-
mento Social (MDS), Ministério do Trabalho mento dos recursos pesqueiros e aquícolas
e Emprego (MTE), Ministério da Agricultura, (Brasil, 2006a).
Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério Considerando que o município de
do Meio Ambiente (MMA), Estado, Municí- Cabedelo comporta uma quantidade muito
pio, Administração do Terminal Pesqueiro grande de pessoas ligadas à pesca artesanal
Público (TPP), pescadores profissionais arte- e que depende dessa atividade econômica
sanais, pescadores profissionais industriais, para sobreviver, o Centro de Formação po-
armadores de pesca, empresários do setor derá contribuir para o desenvolvimento da
pesqueiro e colônia de pesca (Brasil, 2004a). atividade pesqueira local e aprimoramento
De acordo com a Secretaria de Pesca e profissional dos pescadores e pescadoras.
Meio Ambiente, a construção do Terminal Esse projeto, aliado à futura implantação do
Pesqueiro Público de Cabedelo, desenvolvi- Curso de Engenharia de Pesca de Cabedelo,
da em parceria com a Seap/PR e o Governo poderá ampliar o capital humano para o
da Paraíba, deverá atender a toda a comu- manejo sustentável dos recursos marinhos e
nidade pesqueira, sejam eles pescadores pro- aquícolas da região.
fissionais artesanais ou pescadores profissio- O Centro de Formação em Pesca e Cul-
nais industriais, garantindo a finalidade pú- tura Marinha de Cabedelo já está em funcio-
blica do empreendimento, assistência técnica namento com os cursos técnicos subsequen-
e incubação de empreendimentos solidários, tes em Pesca Oceânica e em Meio Ambiente,
como mecanismos de suporte à administra- com 60 vagas, para quem já completou o
ção para que o Terminal possa ser autogerido ensino médio. Os cursos de extensão em
(CABEDELO, 2008). Tecnologia de Pesca, Tecnologia do Pescado
O Terminal Pesqueiro Público de e Navegação contam com 60 vagas no total.
Cabedelo está sendo construído ao lado do São mais de 40 pescadores e pescadoras ma-
Porto de Cabedelo, local estratégico, tendo triculados, distribuídos entre os cursos ofere-
em vista o compartilhamento do maquinário cidos. Mas alguns desses cursos não tiveram
do próprio porto, como os guinchos, por uma procura que justificasse o seu funciona-
exemplo. A obra teve início em 12/7/2006, mento. Os cursos de extensão têm duração
e tinha como previsão para o seu término o média de três meses e todos os alunos matri-
prazo de um ano. O valor do investimento culados estão cadastrados na Seap/PR e/
do terminal foi de R$ 6.378.577,51, de acordo ou na Marinha, como pescador profissional.
com informação coletada no local da obra. Assim se expressou o presidente da Colônia
Considerando que o Terminal Pesquei- Z-2 de Cabedelo sobre esse projeto:
ro Público está ainda em construção, não se A parte de inscrição está sendo muito baixa.
observaram nas entrevistas com os pescado- Não está sendo ainda muito aceito pela par-
res maiores expectativas acerca do projeto, te dos pescadores, por um primeiro motivo:
a não ser comentários em comum de que o o grau de instrução é baixíssimo [...] (Paulo
terminal vai beneficiá-los de alguma forma, Ferreira, presidente da Colônia Z-2 de
Cabedelo).
mas não sabem ao certo como será.
Apesar de um número ainda consi-
b) Centro de Formação em Pesca e Cultura derado baixo de inscrições, os cursos são vis-
Marinha tos com entusiasmo por parte dos pescadores
Criado em 2006, a partir de um projeto e pescadoras matriculados. Disseram alguns
de cooperação mútua entre o Ministério da deles:
Educação (MEC) e a Seap/PR, em parceria
Esse curso, ele é muito importante pra gente,
com o Centro Federal de Educação Tecnoló- porque a gente não sabia de muita coisa e
gica da Paraíba (Cefet/PB), Governo Esta- hoje em dia a gente tá sabendo... Estou fa-
dual, Governo Municipal e a Xunta Galicia, zendo esse curso e já fiz o de Marisqueira [se
uma cooperação espanhola, o centro tem refere ao Projeto Garças, que será visto em

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seguida]. Eu achei muito importante, todos de e vir pra uma sala de aula, porque o custo
dois (Udistiane Ribeiro, pescadora). mensal da família pra abranger isso daí, o
governo tinha pelo menos que dar uma bol-
Pra mim está bom esse curso porque a gente
sa completa,... ela vem pela metade (Paulo
se valoriza mais [...] Vou ver na abertura do
Ferreira, presidente da Colônia Z-2 de
cais se a gente é visto né, pelas autoridades.
Cabedelo).
Sempre quando abrem esses cursos, eu gos-
to de fazer. O ruim é estar em casa sem fazer De acordo com o presidente da Colô-
nada. Quando eu não tô no mar, tô aqui cor- nia Z-2, os cursos de alfabetização para jo-
rendo atrás do meu futuro (Antônio Silva, vens e adultos pescadores deveriam ser rea-
pescador). lizados concomitantemente com seus horá-
Tendo em vista a importância que rios vagos de pescaria, como foram pensados
representa o aprimoramento das habilida- originalmente, pois eles não podem parar de
des profissionais dos pescadores artesanais trabalhar para se dedicar ao estudo. A maio-
para o desenvolvimento local da pesca em ria dessas famílias depende exclusivamente
Cabedelo, foi constatada uma baixa deman- da pesca para sobreviver.
da desses cursos pelos pescadores e pescado-
d) Projeto Garças
ras, apesar do entusiasmo observado entre
A idealização do projeto surgiu a par-
os que participam dessa formação, levando
tir da comparação entre as mulheres catado-
a crer que o analfabetismo ainda é o princi-
ras de marisco e as garças. Ambas coletam
pal entrave à participação dos pescadores
mariscos para a sobrevivência da família.
nos cursos e que uma política como o Projeto
Criado em 2003, numa parceria da Seap/PB
Pescando Letras pode contribuir para uma
e Banco do Brasil, o projeto se propõe a cons-
maior procura às capacitações promovidas
truir unidades de beneficiamento de moluscos
pelo centro de formação.
para capacitação de marisqueiras e pescado-
c) Programa Pescando Letras res artesanais (PARAÍBA, 2008). Assim se
No Brasil, os pescadores e aquicultores expressa o secretário adjunto do SPMA:
familiares integram uma das categorias de O Projeto Garças vem desde 2003... ele sur-
profissionais com um dos mais altos índices giu da necessidade dessas comunidades ri-
de analfabetismo. Cerca de 50% deles são beirinhas que trabalham com o marisco... e
analfabetos e, se somarmos os analfabetos essa extração de marisco tem uma demanda
funcionais, esse número chega a 79% em torno de 3 toneladas de marisco vivo/
(BRASIL, 2005b). dia...e a forma de manipular esse marisco é
Nesse sentido, o Programa Pescando que tava preocupando... é trabalhado a qua-
Letras, uma parceria da Seap/PR e o Serviço lidade dele de forma superartesanal (Alberto
Motta, secretário adjunto de Pesca e Meio
Social da Indústria (Sesi), a partir do cenário
Ambiente de Cabedelo).
sociocultural dos pescadores e aquicultores,
procura: A quantidade de resíduos provenien-
tes do beneficiamento dos mariscos, diz ain-
Atender à necessidade urgente de alfabeti-
zação dos pescadores e pescadoras profis-
da o secretário adjunto, preocupava os ór-
sionais e aquicultores e aquicultoras familia- gãos de controle ambiental. Viu-se a necessi-
res, jovens e adultos, numa perspectiva de dade do aproveitamento das conchas dos
educação continuada, tomando em conside- mariscos para outros fins como, por exemplo,
ração o contexto sociopolítico dessa popu- o artesanato e a construção civil, quando tri-
lação e o desafio de fortalecer a sua partici- turados e adicionados à argamassa. Por ou-
pação na construção de espaços democráti- tro lado, a forma como era processado esse
cos (BRASIL, 2005a, p. 8). pescado preocupava os agentes de saúde,
Em Cabedelo, o Programa Pescando devido às condições precárias de higiene.
Letras enfrenta dificuldades, tais como acon- Viu-se a necessidade de cooperação. Como
teceram em Pernambuco (CARVALHO; era um local onde as pessoas já têm uma
CALLOU, 2008), a julgar pelas observações associação de marisqueiras, aí sim o Gover-
do presidente da Colônia Z-2: no Municipal, através da Secretaria de Pes-
Teve já três turmas aqui na área de ca... começou com esse trabalho... (Alberto
Cabedelo,... esse resultado, a maioria dos pes- Motta, secretário adjunto de Pesca e Meio
cadores, eles não têm como deixar a ativida- Ambiente de Cabedelo).

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De acordo com a Secretaria de Pesca e Lagostas (RL). Sua finalidade é reproduzir


Meio Ambiente de Cabedelo, o projeto está habitats rochosos para o aumento de popu-
sendo bem-sucedido na Associação de lações de espécies marinhas, especialmente
Marisqueiras. Mas, segundo o presidente da a lagosta, por se tratar de uma espécie com
Colônia Z-2, o trabalho não está acontecen- alto valor econômico, além de dar apoio às
do como deveria. Diz ele: comunidades de pescadores artesanais na
Esse Projeto Garças foi implantado no Re- proteção dos recursos naturais, fornecendo
nascer, dentro da área de Cabedelo, [...] e ele alternativas econômicas para sua subsistên-
tem até dezembro (2008) pra ser concluído. cia através de exploração de recursos
Caso contrário, o projeto vai ser extinto. É renováveis. Para o município de Cabedelo,
um projeto que abrange a área de marisco, é foram destinados 400 blocos, que serão lan-
uma área de estuário, uma área da classe
çados em uma área próxima ao Porto de
mais baixa da pesca do Brasil (Paulo
Cabedelo (Ecoplan, 2005, p. 6).
Ferreira, presidente da Colônia Z-2 de
Cabedelo). Com a incorporação dos programas de de-
senvolvimentos locais... implantados pela
e) Ampliação do Subsídio ao Óleo Diesel Seap, vimos a necessidade de criar na rota
Executado pela Seap, por meio de acor- da lagosta esses recifes artificiais, que já é
do com o Governo Estadual e a Petrobras, uma prática realizada pelos pescadores
isenta pescadores e empresários da pesca da (Alberto Motta, secretário adjunto de Pesca
cobrança de ICMS. O objetivo é equiparar o e Meio Ambiente de Cabedelo).
preço do óleo nacional ao internacional Existe uma visão clara de Desenvolvi-
(Brasil, 2006c). Segundo a Seap, o sistema mento Local por parte da Secretaria de Pesca
eletrônico de abastecimento da Petrobras e Meio Ambiente de Cabedelo – PB, porém
está em fase de implantação (Paraíba, 2008). esse projeto de recifes artificiais está depen-
De acordo com o presidente da Colô- dendo de outros órgãos do Governo, como,
nia Z-2, o subsídio para o óleo diesel está em por exemplo, o Instituto Brasileiro do Meio
tramitação como projeto de lei. Diz ele: Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
É complicado, porque são 93 embarcações (Ibama). Como se percebe no seguinte co-
que têm direito na Paraíba, e aqui tinha um mentário:
problema seriíssimo do ICMS, [...]. E o Gover- Foi construído... só que, no desenvolvimen-
no do Estado deu uma isenção do ICMS, só to do projeto, foi emperrado na hora de fazer
que aqui na Paraíba é o único Estado do a colocação... Que a tecnológica já existe, a
Brasil, em que é cobrado o IPVA de embarca- necessidade de implantação está aí, local.
ções, e ele, ao invés de dar a isenção, mandou Falta vontade política nacional, através de
pra projeto de lei na Assembléia. Enquanto órgãos, que não a Seap [...]. (Alberto Motta,
que na Assembléia não aprovar é quase im- secretário adjunto de Pesca e Meio Ambiente
possível vir outro subsídio de óleo diesel pra de Cabedelo).
cá (Paulo Ferreira, presidente da Colônia Z-
2 de Cabedelo).
É bem visível o descaso com os materi-
ais (Recifes Artificiais) cedidos pelo Governo
Apesar de o subsídio ao óleo diesel não Federal, uma vez que eles se encontram en-
estar funcionando para as embarcações de tulhados nas instalações do Terminal Público
Cabedelo, muito se espera com o funciona- Pesqueiro de Cabedelo. Comenta, ainda, o
mento do Terminal Pesqueiro Público de
presidente da Colônia Z-2:
Cabedelo. Segundo o secretário adjunto da
Esses atratores não foram lançados ao mar
SPMA, o terminal suprirá também essa polí-
porque o Ibama e o órgão de meio ambiente
tica do óleo diesel.
da Paraíba não permitiram esse lançamento
f) Recifes Artificiais Marinhos: Mecanis- dos blocos no mar. Apesar desses atratores
mos de Exclusão de Arrasto e Recruta- serem feitos com cimento marítimo, não
mento de Lagosta poluente e totalmente ambiental [...] é um
Este projeto, a ser implantado pela berçário só pra povoamento de lagosta
(Paulo Ferreira, presidente da Colônia Z-2
Seap/PR, tem como principal proposta lan-
de Cabedelo).
çar blocos de concreto, atuando tanto como
Dispositivos de Exclusão de Arrasto (DEA), Provavelmente, a implantação dos re-
quanto como Atratores e Recrutamento de cifes artificiais, de acordo com o projeto técni-

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co proposto para recrutamento de lagostas, h) Projeto: Apoio à Cadeia Produtiva do


incrementaria sua produção na região, onde Pescado Proveniente da Pesca Artesanal
sua pesca já foi responsável pelo sustento de Dirigido à pesca artesanal, e com o
muitos pescadores locais. E poderia inibir a apoio da Seap/PR e do Ministério do Traba-
captura desses crustáceos nas épocas de lho e Emprego (MTE), beneficia, com a im-
defeso da espécie, principalmente com apa- plantação de fábricas de gelo, cooperativas
relhos compressores, apesar da proibição e associações de pescadores localizadas em
dessa prática. regiões distantes dos centros de comerciali-
g) Programa Nacional de Financiamento zação do pescado, permitindo um ganho eco-
da Ampliação e Modernização da Frota nômico maior para os beneficiados (Paraíba,
Pesqueira (Profrota Pesqueira) 2008).
O plano surgiu a partir de um convê- O presente projeto prevê a instalação de 33
nio entre a Seap/PR, o Banco do Nordeste e fábricas de gelo, com capacidade de 1 a 3 t/
o Banco do Brasil, abrindo linhas de crédito dia (três toneladas de produção de gelo em
escama por dia) consoante com a necessida-
para financiamento de petrechos e itens de
de dos proponentes, como apoio à cadeia
custeio, até a construção e reforma de embar- produtiva do pescado proveniente de comu-
cações (Brasil, 2005d). nidades pesqueiras tradicionais organiza-
Apesar das políticas públicas empre- das, sob gestão e uso das comunidades pes-
gadas para o setor Pesqueiro em Cabedelo, queiras (Brasil, 2004b, p. 2).
pouco se observa no dia-a-dia dos pescado- De acordo com alguns pescadores,
res, que os tenha beneficiado. De acordo com Cabedelo recebeu a verba necessária para a
entrevistas realizadas com a comunidade, implantação de uma fábrica de gelo que,
um dos principais problemas enfrentados é porém, nunca foi feita. A colônia Z-2 não
a dificuldade de acesso ao crédito e a quita- queria ficar responsável por um projeto sem
ção de dívidas com os bancos. estudo econômico, ou sem redução tributá-
O Profrota me preocupa pela política pesquei- ria de algumas tarifas, como afirma:
ra... se você tem uma frota muito grande, ou
Não temos subsídio de energia, nem o sub-
você cria ou disponibiliza isso pra o grande
sídio da água [...] é praticamente impossível
capital, você tá negando toda visão do coleti-
uma fábrica de gelo, hoje (Paulo Ferreira,
vo anterior de captura com sustentabilidade
presidente da Colônia Z-2 de Cabedelo).
(Alberto Motta, secretário adjunto de Pesca e
Meio Ambiente de Cabedelo). Apesar de o projeto não ter sido exe-
No comentário acima, a linha de finan- cutado na Colônia Z-2, a implantação do
ciamento entra em xeque com o termo sus- Terminal Pesqueiro Público prevê, entre ou-
tentabilidade, ou seja, há um questiona- tras coisas, a construção de uma fábrica de
mento sobre o aumento e a modernização gelo que beneficiará todos os pescadores
da frota pesqueira, e quais consequências (Brasil, 2004a).
isso pode ter no ambiente. O secretário adjun- i) Programa Feira do Peixe
to de Pesca e Meio Ambiente completa: Tem por objetivo aproximar, por meio
Se eu aumento a frota, vou aumentar o meu da comercialização direta do pescado, o
esforço de captura, e aumentando o meu es- aquicultor familiar e o pescador artesanal do
forço de captura, vai diminuir a quantidade consumidor, evitando atravessadores e bara-
de cotas pescadas por embarcação. E se eu teando o custo do pescado, com preços mais
faço embarcações para uma estrutura coleti-
justos. Consiste na distribuição de equipa-
va, aí sim, o coletivo vai ganhar, o ambiente
ganha, e a gente não precisa ter um esforço
mentos para venda do peixe vivo e peixe fres-
muito grande na questão da captura (Alberto co, e conta com parcerias, como a Seap/PR
Motta, secretário adjunto de Pesca e Meio e a Companhia Nacional de Abastecimento
Ambiente de Cabedelo). (Conab) (BRASIL, 2005c). Diz o Conape
Segundo o secretário adjunto, o inves- (2005, p. 2):
timento em unidades de produção aquícola O Kit Peixe Vivo é composto de estrutura
é, sem dúvida, o melhor caminho para a sus- metálica desmontável, puçá, tanque des-
tentabilidade do ambiente, além de uma montável de mil litros, soprador, balcão para
manuseio, caixas isotérmicas, bombonas
maior inclusão social dos pescadores.

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com tampa para degelo e resíduos, balança para o setor pesqueiro de Cabedelo, a pesca
eletrônica, avental, luvas e facas. E o outro artesanal enfrenta dificuldades, com a falta
kit, para peixe fresco, é formado por estrutu- de assistência técnica especializada, seja
ra metálica desmontável, balcão para expo- para orientar os pescadores no manejo ade-
sição e manuseio, caixas isotérmicas, bom-
quado dos recursos pesqueiros, seja para
bonas com tampa para degelo e resíduos,
balança eletrônica, avental, luvas e facas.
desenvolver projetos específicos de interesse
dessa população. Além disso, quando pensa-
Vejamos o que diz o presidente da co-
mos em extensão pesqueira para o desenvol-
lônia de pescadores:
vimento local, há que se considerar outras
É complicado na área de marítimo; ele fun- atividades produtivas do lugar. A extensão
ciona mais nas áreas interiores... Foi implan-
pesqueira hoje está voltada para um tipo de
tado no Renascer um kit com uma parceria
com a Emater na feira, mas mesmo assim o
intervenção social que abrange a pesca não
resultado não foi o esperado (Paulo Ferreira, apenas na sua especificidade, mas igualmen-
presidente da Colônia Z-2 de Cabedelo). te na relação do que é específico na pesca
A Associação de Pescadores e Maris- com outras atividades produtivas, no local e
queiras de Renascer, em Cabedelo, foi bene- a partir dele. Isto significa dizer que, em se
ficiada com um kit para peixe vivo, ampa- tratando de pesca para o desenvolvimento
rando 18 famílias (BRASIL, 2006b). local, a extensão pesqueira assume na con-
Os kits foram entregues à comunidade temporaneidade uma dimensão mais com-
sem nenhuma assistência técnica que a auxi- plexa do que foi no passado, tendo em vista
liasse com o objetivo geral do projeto, que é os desafios socioambientais e de exclusão
evitar os atravessadores da cadeia produtiva social contemporâneos. Nesse sentido, a ex-
da pesca artesanal. Contudo, sem uma con- tensão pesqueira é chamada a mobilizar as
sultoria especializada para tal tarefa, prin- populações desfavorecidas que vivem da
cipalmente o manejo do pescado vivo para pesca artesanal e da aquicultura para o en-
comercialização, boa parte do equipamento frentamento da pobreza e da questão am-
encontra-se sucateado pela própria comuni- biental; articular parcerias com organizações
dade, ou por não lhe ser útil, ou por não se governamentais e não governamentais; ali-
saber ao certo como proceder com todo o mentar redes de comunicação com setores
material acima descrito. ligados ao conhecimento da pesca regionais,
nacionais e internacionais; articular a ativi-
Considerações finais dade pesqueira com outros setores produti-
vos, no enfrentamento dos problemas locais.
No momento em que se discute no ce-
A pesquisa evidenciou que as princi-
pais políticas públicas pesqueiras em curso nário internacional, e no Brasil, a depleção
dos recursos pesqueiros, a extensão pesquei-
no município de Cabedelo, Paraíba, não obs-
tante o empenho da Seap/PR para o desen- ra para o desenvolvimento local pode se
constituir, pelo conceito contemporâneo,
volvimento da pesca, não apresentaram uma
consonância no que diz respeito às parcerias num esforço para instaurar um processo de
entre os órgãos do governo, como o Ibama, gestão pesqueira compartilhada. Aspecto
por exemplo. O caso mais emblemático refe- que, ao que parece, não vem sendo contem-
re-se à inserção dos recifes artificiais, que plado pelas políticas públicas atuais para o
seriam responsáveis pelo incremento na pro- setor pesqueiro, se considerarmos o desenro-
dução de pescado na localidade. Na prática, lar dessas políticas em Cabedelo, na Paraíba.
a falta de articulação interinstitucional, fun- Um passo importante para reconduzir tais
damental em processos de desenvolvimento políticas públicas está acontecendo, ainda
local, impossibilitou que, até o momento, o que de forma insuficiente, por iniciativa das
projeto fosse implementado. Tal fato tem um universidades e dos movimentos sociais.
agravante, considerando que os atratores Ampliar esses conhecimentos gerados no
possibilitariam a recuperação dos estoques campo da extensão pesqueira para o desen-
de pescado na região. volvimento local transformando-os em polí-
Nessa mesma direção, apesar de uma ticas públicas, eis a questão mais urgente.
quantidade considerável de políticas públicas

INTERAÇÕES, Campo Grande, v. 11, n. 1, p. 93-100, jan./jun. 2010.


100 Cristina Maria Macêdo de Alencar

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