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PISCICULTURA: TRÂMITES LEGAIS E CUSTOS INICIAIS NO ESTADO DE

RONDÔNIA1
Lucas Barbosa Ribeiro 2
Patricia Paula de Almeida Meira3

1 Trabalho apresentado à Faculdade de Rolim de Moura – FAROL, como requisito de avaliação para
conclusão do curso em Graduação de Ciências Contábeis, novembro de 2021.
2 Acadêmico concluinte. E-mail: lucasbribeiro2009@hotmail.com.
3 Professora orientadora, graduada em Ciências Contábeis, especialista em Metodologia do Ensino Superior
e EAD. E-mail: patrícia.almeida@farol.edu.br.

RESUMO: Atualmente, a piscicultura possui grande relevância na economia do estado de Rondônia, tendo
em vista o seu potencial de crescimento. Assim, o objetivo deste estudo é compreender os trâmites legais e
os custos iniciais desses trâmites no estado de Rondônia. Para isso, foi realizada uma coleta de dados através
do Google Formulários com um questionário contendo 06 (seis) perguntas abertas aplicadas a escritórios
de contabilidade do Estado, onde houveram 05 (cinco) respostas, as quais foram analisadas em uma
perspectiva qualiquantitativa, auxiliada pela pesquisa bibliográfica de diversas literaturas, bem como
artigos relacionados a piscicultura, para a construção do referencial teórico e formação de hipóteses. Dentre
os resultados encontrados está a necessidade do piscicultor de se cadastrar como produtor rural perante a
Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ) ou Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), cadastro
esse, feito de forma gratuita. Além disso, observou-se que o piscicultor precisa providenciar licenças
ambientais, que são emitidas no município onde a propriedade reside, através da Secretaria Municipal do
Meio Ambiente.

Palavras-chave: Piscicultura. Legislação. Custos Iniciais.

FISH FARMING: LEGAL PROCEDURES AND INITIAL COSTS IN THE STATE


OF RONDÔNIA

ABSTRACT: Currently, fish farming has great relevance in the economy of the state of Rondônia, in view
of its potential growth. Thus, this study aiming is to understand the legal procedures and the initial costs
of these procedures in the State of Rondônia. For this, data was collected through Google Forms with a
questionnaire containing 06 (six) open questions applied to accounting offices in the State. Of these, there
were 05 (five) responses, which the research analyzed in a qualitative and quantitative perspective.
Moreover, for the theoretical framework construction and the hypotheses formation, this study used
bibliographical research of several literatures, as well as articles related to fish farming. Among the results
found is the need for the fish farmer to register as a rural producer with the State Department of Finance
(known as SEFAZ) or the Brazilian Institute for the Environment (known as IBAMA), both free of charge.
Furthermore, the research was able to observe that the fish farmer needs to provide environmental licenses,
issued in the municipality where the property resides, through the Municipal Environment System.

Keywords: fish farming. Legislation. Initial Cost.

1 INTRODUÇÃO

A piscicultura tem como referência, a criação de peixes em cativeiro,


principalmente em água doce e já está sendo utilizada a muito tempo, há registros, de que
os chineses já a praticam a múltiplos séculos antes da nossa era (COLPANI, 2018). Ainda
de acordo com o autor, no Brasil, a piscicultura, em sua grande parte é praticada em
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açudes ou represas de pequenas e grandes propriedades, utilizando de pouca mão-de-obra


para se manter ativa, sendo vista por essas propriedades como uma fonte de renda
complementar, pois não é necessária uma vasta área de terra para se ter uma boa produção.
Mesmo levada em sua maioria como uma fonte de renda complementar a
piscicultura vem apresentando excelentes resultados nos últimos anos. Segundo a
Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR, 2020), a piscicultura brasileira obteve
um ótimo desempenho no ano de 2020, com um crescimento de 5,93%, com esse
aumento, a produção de peixes de cultivo saltou para 802.930 toneladas superando o ano
de 2019 que registrou 758.006 toneladas (PEIXE BR, 2021).
Sendo observado que o piscicultor pode utilizar-se tanto da contabilidade de
custos para calcular seus custos e despesas, juntamente com os lucros da produção quanto
da contabilidade rural para saber todos os trâmites legais para se tornar um piscicultor,
Leone (1987) diz que “a contabilidade de custos pode ser conceituada como o ramo da
função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos” em todos setores
da entidade (apud CALLADO, p. 7) e a contabilidade rural consoante Crepaldi (2019) é
uma ferramenta gerencial, que através da informação contábil permite o controle e o
planejamento orçamentário para a tomada de decisões, sendo estas indispensáveis para a
formação e o planejamento da propriedade rural.
O presente artigo é um esboço da pesquisa realizada sobre os trâmites legais e os
custos inicias desses trâmites para se iniciar uma atividade de piscicultura no estado de
Rondônia, buscando demonstrar a importância de se utilizar a contabilidade como uma
ferramenta que visa auxiliar o pequeno produto e/ou empresário a iniciar o seu projeto de
piscicultura no estado de Rondônia, o foco para se realizar o trabalho foi escritórios de
contabilidade distribuídos pelo estado, onde foram coletadas informações de forma
anônima para auxiliar no entendimento dos trâmites legais e custos dos mesmos para a
realização da piscicultura.

2 MÉTODOS

A pesquisa foi realizada com o intuito de compreender os trâmites legais e os


custos iniciais da piscicultura no estado de Rondônia. Para o desdobramento da presente
pesquisa foram usados processos metodológicos que ajudaram nas etapas, para
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compreender os objetivos propostos. Deste modo a pesquisa foi realizada das seguintes
formas, sendo: bibliográfica, exploratória e a descritiva.
A princípio, foi realizado um levantamento bibliográfico, tendo como base
analisar materiais publicados em revistas, livros e artigos científicos disponibilizados na
internet com a intenção de embasar de forma relevante os conceitos que serão
apresentados na pesquisa. Para Gil (2017, p. 27) “toda pesquisa acadêmica requer em
algum momento a realização de trabalho que pode ser caracterizado como pesquisa
bibliográfica”.
A pesquisa exploratória foi realizada a fim de coletar dados sobre os trâmites
necessários para se iniciar um projeto de piscicultura no Estado e também descobrir os
custos desses trâmites, se embasando nos conhecimentos das leis e regulamentos
necessários para sua iniciação. Para isso, foi elaborado um questionário contendo 06 (seis)
perguntas abertas através do Google Formulários, onde o link para acesso foi enviado por
meio de e-mails e aplicativos de mensagens para vários escritórios de contabilidade do
Estado, que ao responder não havia a possibilidade de se identificarem, assim foram
obtidas 05 (cinco) respostas.
Os dados coletados foram aplicados em tabelas e gráficos sendo analisados através
da abordagem qualiquantitativa, uma vez que é a mais apropriada para a pesquisa. Diante
desta modalidade de pesquisa, Paschoarelli et al (2015, p. 6-7) declaram que:

[...] apesar de as pesquisas quantitativas e qualitativas terem abordagens e


características distintas, elas não são incompatíveis. Na verdade, o seu uso
conjunto tem demonstrado resultados confiáveis, que minimizam a
subjetividade e que respondem às principais críticas das estratégias de
abordagens isoladamente: qualitativas ou quantitativas.

Já a pesquisa descritiva foi utilizada para descrever os dados coletados na


pesquisa, evidenciando seus resultados de forma clara e objetiva. Tumelero (2018, p. 01)
define a pesquisa descritiva como “aquela que descreve uma realidade”.
Ao final todas as maneiras de abordagem e métodos de pesquisa deliberados para
coleta e interpretação dos dados citados anteriormente foram utilizadas na execução da
pesquisa e produção do artigo científico como requisito obrigatório para conclusão do
curso.

3 FUNDAMENTEÇÃO TEÓRICA
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3.1 Contextualizando a Piscicultura

A piscicultura no Brasil vem crescendo gradativamente nos últimos anos, sendo


uma ótima oportunidade de renda para os produtores rurais e/ou empresários do país.
Segundo Cristina (2012, p. 17):

A piscicultura tem o objetivo, além de gerar renda, oferecer à população um


alimento de qualidade onde o peixe é um alimento facilmente digerível, rico
em proteína e de baixo valor calórico, sendo uma excelente fonte de vitaminas
para o corpo humano.

Ribeiro (1991) reitera que a piscicultura é uma atividade zootécnica emergente


em nosso país, apresenta um segmento do setor primário e deve ser encarada como mais
uma alternativa de crescimento desse setor, onde a sua expansão no Brasil continua
aumentando.
De acordo com Garutti (2003, p. 11) a piscicultura é o cultivo de peixes, “onde
cultivar peixes pode significar uma excelente atividade de lazer” e também uma ótima
atividade econômica. O autor complementa que o manuseio integrado dos recursos
aquáticos está baseado na percepção da água como parte integrante do ecossistema, que
além de recurso natural é um bem econômico e social, cujas quantidade e qualidade
determinam a natureza de sua utilização.
A criação de peixes segundo Frascá-Scorvo (2011) é decorrente da baixa dos
estoques naturais, que é causada pela pesca excessiva em nossos rios e mares, o que gera
a necessidade da criação em cativeiro de determinadas espécies de peixes, para suprir o
consumo do pescado em nosso país.
Para Borghetti et al (2007) a piscicultura brasileira é baseada em regimes semi‐
intensivos de produção onde a produção é feita principalmente por pequenos e médios
produtores rurais. O autor acrescenta que também podem ser considerados regimes
extensivos de produção, os sistemas que envolvem o povoamento de grandes
reservatórios de água que já são voltados para os grandes produtores.

3.2 O Agronegócio
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Segundo Pena (2021, p. 01) “o agronegócio eventualmente denominado por


agribusiness é um termo utilizado para fazer referência ao contexto sócio espacial da
produção agropecuária, incluindo todos os serviços, técnicas e equipamentos a ela
relacionados, direta ou indiretamente”.
O autor complementa que essa área da economia abrange uma ramificação de
várias atividades que incluem a produção agrícola com o exemplo do cultivo de culturas
como soja, cana de açúcar, pecuária e outros. Auxiliando também no desenvolvimento de
novas tecnologias para facilitar a produção no campo, aprimorando tanto os maquinários
utilizados na área, quanto á forma de industrializar esses produtos até seu eventual
destino, o consumidor final.
Já para Freitas (2021, p. 01) “o agronegócio corresponde à junção de diversas
atividades produtivas que estão diretamente ligadas à produção e sub produção de
produtos derivados da agricultura e pecuária”. Diante disso, quando se menciona sobre o
agronegócio, é normal ligar a atividade somente a produção in natura, como o leite e os
diversos tipos de grãos, todavia esse departamento abrange uma área muito maior no
mercado, pois está presente em todas as etapas da produção, como no desenvolvimento
de novas tecnologias para aprimorar o cultivo no campo, melhorando sua produtividade.
De acordo com Matias (2021, P. 03) “o Brasil, com sua enorme extensão territorial
(quinto maior país do mundo) e toda a grande quantidade de recursos naturais (biomas,
hidrografia, solos férteis em algumas localidades), é um dos grandes protagonistas do
agronegócio mundial”. Isso porquê o território brasileiro é muito vasto e rico em
nutrientes, possibilitando o cultivo e manejo durante todas as estações do ano, e com essa
produtividade avançada, o mesmo se torna indispensável para movimentar o agronegócio
mundial.
Gonçalves (2019) acrescenta que o Brasil vem passando por uma rápida evolução
no agronegócio do país que se explica não só pela fartura de recursos naturais, mas
também pela crescente evolução da ciência e tecnologia do país. O autor também traz que
o país este que é um poderoso e bem-sucedido produtor de alimentos, desde inúmeras
variedades de grãos até a produção e processamento de carnes para exportação.
Moraes (2020, p. 01) salienta que o agronegócio possui um ciclo que é formado
pelos insumos, a produção, distribuição e o consumo, onde os produtos gerados se
baseiam em alimentos, biocombustíveis, têxteis e madeiras. A autora acrescenta que “o
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agronegócio é considerado como um dos propulsores da economia Brasileira,


expressando valores significativos em relação a sua participação no mercado no que diz
respeito ao número elevado de empregos gerados pelo setor, refletindo diretamente na
renda”.
Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada -CEPEA- (2021)
mostram que o PIB (Produto Interno Bruto) do agronegócio no Brasil, obteve uma grande
alavancagem no decorrer do ano de 2020 e acumulou um avanço recorde de 24,31% no
ano. Com esse resultado o PIB do agronegócio obteve participação de 26,60% no PIB do
Brasil contra 20,50% no ano de 2019. Analisando em valores monetários, o PIB do país
alcançou R$ 7,45 trilhões em 2020, sendo quase 2 trilhões desse valor pertencendo ao
PIB do agronegócio (CEPEA, 2021).
Apesar dos resultados do agronegócio virem crescendo e se aperfeiçoando com o
passar dos anos, Braum, et al. (2013, p. 02) salientam que:

A preocupação dos gestores das propriedades rurais geralmente é maior em


relação ao aumento da produtividade (agrícola ou agropecuária) e à inovação
tecnológica tanto no cultivo quanto na criação de animais e, algumas vezes, o
registro de dados sobre custos, despesas e investimentos realizados nas
propriedades deixa de ser feito.

De acordo com Taliarine (2015, p. 01)

O agronegócio torna-se um dos setores de maior importância na economia


brasileira e vêm movimentado milhões de reais em recursos, gerando milhares
de empregos diretos e indiretos e transformando o país em um grande celeiro
agropecuário.

Sendo assim o agronegócio se torna indispensável para o país, pois vem


movimentando nos últimos anos uma parte considerável da economia do mesmo,
recebendo diversos investimentos para seu próprio aprimoramento o que o torna ainda
mais rentável para seus investidores e consequentemente para o país.

3.3 Contabilidade de Custos

É de suma importância para a entidade conhecer seus custos, pois eles influenciam
diretamente na tomada de uma decisão adequada para lutar frente a frente com a
concorrência e obter o conhecimento preciso dos lucros ou prejuízos resultantes das
operações da entidade.
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Crepaldi (2018, p. 03) explica que “a Contabilidade de Custos é uma técnica


utilizada para identificar, mensurar e informar os custos dos produtos e/ou serviços. Tem
a função de gerar informações precisas para a administração, para a tomada de decisão”.
Já Padoveze (2013, p. 05) define a contabilidade de custos como:

O segmento da ciência contábil especializado na gestão econômica do custo e


dos preços de venda dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. Em
linhas gerais, podemos dizer que a necessidade de um ramo especifico da
ciência contábil para se dedicar à questão dos custos nasceu com a Revolução
Industrial, no século XVIII, com o advento de novas invenções e dos primeiros
processos automatizados, quando se iniciou a produção em massa,
contrapondo-se à produção artesanal.

Sendo assim, a contabilidade de custos se enquadra em diversos segmentos


econômicos, Favretto (2014, p. 20) exemplifica em seu estudo que “a contabilidade de
custos se faz necessária na atividade rural, pois para se chegar ao resultado final de cada
atividade, deve-se ter conhecimento dos custos envolvido do início ao final do processo”.
Fazendo uso das informações dessa contabilidade, pode-se identificar várias deficiências
presentes na empresa e/ou propriedade rural, que consequentemente reduza a margem de
lucro da mesma. Crepaldi (2018, p. 27) complementa que “seja qual for o campo de
atuação da empresa, produtos ou prestação de serviços, se não se souber gerenciar seu
custo, corre-se grande risco de insucesso”.
Para compreender melhor a contabilidade de custos é essencial conhecer alguns
termos técnicos, assim, Crepaldi (2018, p. 19-21) conceitua gastos, desembolsos,
investimentos, custos, despesas e perdas, como é apresentado no quadro 1.

Quadro 1 – Nomenclaturas de custos.


NOMENCLATURA DEFINIÇÃO EXEMPLOS
São os encargos financeiros Contratação esporádica de
efetuados por uma entidade com hora máquina para reparar ou
vista à obtenção de um produto escavar um tanque ou açude.
Gastos ou serviço qualquer para a
produção de um bem ou para a
obtenção de uma receita.
Representados por entrega ou
promessa de entrega de ativos
(geralmente dinheiro).
É o pagamento resultante da Financiamento destinado a
aquisição ou produção de um compra de alevinos de peixes.
Desembolso bem, serviço ou despesa. Pode
ocorrer antes, durante ou após a
entrada da utilidade comprada.
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São todos os gastos ativados em Compra de terra, aquisição de


função da utilidade futura de bombas de água.
bens ou serviços obtidos. É
Investimento realizado na obtenção de um
bem para o ativo da entidade,
bem este ativado em função de
sua vida útil ou porque será
atribuído a exercícios futuros.
Custos são os gastos relativos a Mão de obra de funcionários
bens ou serviços utilizados na utilizada na produção, ITR da
Custo produção de outros bens ou propriedade.
serviços, sejam eles
desembolsados ou não.
São gastos com bens e serviços Gastos com a administração da
não utilizados nas atividades propriedade, comissões sobre as
Despesa produtivas e consumidos direta vendas dos peixes prontos para
ou indiretamente para a abate.
obtenção de receitas, que
provocam redução do
patrimônio.
São bens ou serviços Peixes mortos durante o
consumidos de forma anormal e processo de engorda, roubos
Perda involuntária. Trata-se de gastos sobre a propriedade.
não intencionais decorrentes de
fatores externos, fortuitos ou da
atividade produtiva normal da
empresa.
Fonte: Adaptado de Crepaldi (2018).

Dessa forma, para se compreender melhor e mensurar de maneira eficiente os


custos, é de suma importância conhecer as nomenclaturas citadas acima. Utilizando-se
das classificações corretas dos custos, serão possíveis aos gestores da entidade analisar
possíveis pontos de melhoria na mesma.
Seguindo essa mesma concepção, Martins (2018, p. 07) acrescenta que a
“contabilidade de custos passou, nessas últimas décadas, de mera auxiliar na avaliação de
estoques e lucros globais para importante arma de planejamento, controle e decisão
gerenciais”. Portanto, é observado que ela, está em constante evolução, se adaptando em
todas as áreas do mercado, seja comércio, indústria, serviços e consequentemente as
ramificações do agronegócio, tornando-se uma ferramenta indispensável para dar
segmento em suas atividades, onde a contabilidade de custos, sempre estará presente,
auxiliando na contabilização dos gastos e despesas da entidade, afetando diretamente o
seu planejamento e desempenho.

3.4 Contabilidade Rural


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Segundo Almeida (2012) a contabilidade rural teve seu surgimento com a função
de facilitar a organização das propriedades rurais, auxiliando no seu controle financeiro,
a mesma identifica para os produtores rurais os resultados de seus empreendimentos,
apresentando seus lucros ou prejuízos obtidos no período. Carrijo (2020, p. 01)
complementa dizendo que a contabilidade rural é tratada como “um ramo contábil que se
dedica diretamente ao estudo e aplicação de técnicas contábeis em empresas rurais”.
Vilhena et al (2010, p. 01) evidencia em seu artigo que:

Embora a Contabilidade Rural tenha sua utilidade, e relevância como


instrumento no processo de tomada de decisão, os benefícios e vantagens por
meio de sua implantação e utilização proporcionará aos gestores, práticas
administrativas eficientes e eficazes com melhora significativa na
lucratividade e rentabilidade.

De acordo com Crepaldi (2019) a contabilidade rural se torna um excelente


instrumento de controle e gestão das entidades, pois ela expressa sua capacidade para
solver suas dívidas e ao mesmo tempo auxilia a definir os preços de vendas, mostrando a
lucratividade da propriedade rural. Silva et al (2013, p. 03) acrescenta que “a
contabilidade rural possui o principal meio de informação para as áreas de controle da
empresa rural e com isso torna-se indispensável para a tomada de decisão”.
Júnior (2017, p. 11) acrescenta que a “contabilidade rural é fundamental para o
controle financeiro e econômico da propriedade rural, mesmo que utilizada apenas para
o registro de eventos e fatos administrativos”. Portanto, é observado que a contabilidade
rural é de suma importância para as entidades rurais, pois ela é de grande valia para a
mesma, auxiliando-a desde o início de seus empreendimentos, centralizando e planejando
seus gastos, até a etapa final onde se é calculado seus lucros ou prejuízos do período.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Trâmites Legais da Piscicultura e Seus Respectivos Custos

Os resultados obtidos estão dispostos abaixo de modo a compreender quais são


os trâmites legais e os custos iniciais desses trâmites, para se iniciais um projeto de
piscicultura no estado de Rondônia.
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A primeira pergunta tinha como objetivo entender quais são os trâmites legais
que o produtor rural irá enfrentar para tornar seu projeto totalmente legal perante o fisco,
e foi respondida de forma unanime exemplificando que o produtor rural precisa se
cadastrar como produtor rural perante a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ) ou
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), em ambos os órgãos o cadastro é feito
de forma gratuita, basta se dirigir ao órgão portando documento de identificação (RG e
CPF) e um documento público que comprove o vínculo do produtor com a propriedade
rural, como exemplo a escritura da mesma.
Em seguida o produtor rural precisa providenciar a licença ambiental da
propriedade. Segundo a Cartilha do Produtor Rural do Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas – Sebrae (2021, p. 18-19), o licenciamento ambiental:

É o que regulariza toda e qualquer atividade potencialmente poluidora, sendo


um procedimento obrigatório exigido por lei que autoriza o funcionamento de
atividades econômicas que consta em uma lista do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA). O produtor rural que for atuar em sua propriedade é
obrigado que antes de iniciar suas atividades tenham que buscar estas licenças.

Abaixo segue um quadro exemplificando os tipos de licenciamento ambientais:


Quadro 2 – Tipos de Licenciamento Ambiental.
NOMENCLATURA DEFINIÇÃO
Concedida na fase preliminar do planejamento do
empreendimento ou atividade, aprovando sua
Licença Prévia (LP) localização e concepção, atestando a viabilidade
ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e
condicionantes a serem atendidos nas próximas
fases de sua implementação.
Autoriza a instalação do empreendimento ou
atividade de acordo com as especificações
Licença de Instalação (LI) constantes dos planos, programas e projetos
aprovados, incluindo as medidas de controle
ambiental, e demais condicionantes, da qual
constituem motivo determinante.
Autoriza a operação da atividade ou
empreendimento, após a verificação do efetivo
Licença de Operação (LO) cumprimento do que consta das licenças
anteriores, com as medidas de controle ambiental
e condicionantes determinadas para a operação.
Fonte: Adaptado de Cartilha do Produtor Rural (2021).

Segundo os escritórios essas licenças podem ser emitidas no município onde a


propriedade reside, através da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
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Na segunda pergunta é questionado quais são os gastos incorridos para a


legalização do projeto de piscicultura, os escritórios não souberam informar valores pois
segundo eles o valor para emissão das licenças é variável, dependendo do tamanho da
propriedade e do grau de risco, tendo essas informações em vista, não foi obtido uma
resposta dos entrevistados contendo valores.
A respeito da necessidade de se ter um Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
(CNPJ) para se trabalhar com piscicultura, quatro escritórios responderam que não é
necessário, pois é possível constituir um projeto de piscicultura apenas com o cadastro de
produtor rural, utilizando o CPF do responsável, já um escritório acrescentou que
conforme o projeto de piscicultura for crescendo e aumentando seu tamanho e
consequentemente seu faturamento, seria necessário transformar o projeto em empresa
para melhorar sua organização.
Sobre a existência de alguma taxa a ser paga pelo produtor rural ao fisco para se
constituir um projeto de piscicultura, os participantes responderam que existe e que essas
taxas são referentes a emissão das licenças ambientais já mencionadas.
A cerca do tempo necessário para ficar pronta toda a documentação
indispensável para começar a trabalhar com a piscicultura, nenhum dos escritórios
souberam informar com exatidão, usando como argumento que dependerá aos órgãos
relacionados agilizarem os documentos, podendo levar de semanas a meses. Um dos
escritórios acrescentou que essa demora também se baseia pelo tamanho do projeto, o que
irá acarretar em um tempo maior dos fiscais para análise da documentação exigida.
Por último, havia o questionamento a respeito da necessidade do produtor rural,
caso o mesmo abra um CNPJ, se ele precisará fazer escrituração mensal de sua atividade,
e se a resposta fosse sim, se há necessidade de pagar um contador pelos seus trabalhos. A
mesma foi respondida de forma unanime pelos escritórios, como acusado no gráfico
abaixo:

Gráfico 1 – Necessidade de Escrituração Mensal Pelo Contador


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Fonte: Próprio autor (2021).

O contador é de suma importância para o empreendimento rural, pois o mesmo irá


auxiliar com informações atualizadas sobre as mudanças e as novas regras a se seguir
com a abertura do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), Ribeiro (2019, p.05)
exemplifica que:

A introdução da mentalidade administrativa é necessária durante a alteração da


propriedade rural tradicional para empresa rural, isto é, as transformações
devem iniciar-se pela mudança de postura e mentalidade do produtor rural, o
que é uma das dificuldades mais encontradas nesse caso. Suas atitudes e
comportamentos é que irão estabelecer a passagem de um sistema de produção
tradicional para um sistema moderno.

Se baseando nas respostas dos escritórios e nos estudos realizados, fica esclarecido
que o contador se faz necessário para a abertura da empresa rural auxiliando o produtor
em todas as etapas de criação da mesma, para se criar uma empresa totalmente legal
perante o fisco, o que sozinho, o produtor iria passar por inúmeras dificuldades.

4.2 Constituindo a Piscicultura

Após obter a documentação que comprove vínculo com a propriedade rural, se


inscrever como produtor e obter as licenças ambientais, como citado no tópico anterior,
o contribuinte seguirá para construção de seu negócio, segundo o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural – SENAR (2017, p. 64):
13

A compreensão dos princípios que regem a atividade da piscicultura é


fundamental para o seu adequado planejamento e acompanhamento, partindo
da escolha do local, da espécie a ser criada, do mercado alvo, do manejo da
produção até a medição dos resultados econômicos e de campo.

O piscicultor agora, precisará escolher o local para implementar os tanques,


levando em consideração, a qualidade da água, o tipo de solo local, sendo recomendado
contratar técnicos especializados para realizar a topografia do local, fazer a preparação da
área, calculando suas dimensões recomendadas e ideais, o Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas – Sebrae (2019, p. 11) salienta que:

Para o empreendedor que deseja iniciar no segmento de criação de peixes, é


recomendado consultar especialistas, conhecer criadouros de vários formatos
e na sequencia construir um plano de negócios com a ajudar de profissionais
do setor. Estas ações reduzem o risco de investimento em estrutura inadequada
para a criação de peixes.

Assim o piscicultor ganhará experiência na sua área de atuação, aprendendo mais


sobre seu projeto de piscicultura, e as melhores maneiras de executá-lo, possibilitando
melhores rendimentos futuros e reduzindo suas perdas.

5 CONCLUSÃO

O presente artigo teve o propósito de demonstrar os trâmites legais e os custos


inicias desses trâmites no estado de Rondônia, tendo em vista que os escritórios contábeis
são responsáveis por simplificar e resolver os procedimentos legais perante o fisco,
auxiliando os produtores rurais e empresários com seus respectivos projetos.
Assim, verificou-se que a figura do contador é de suma importância para o
produtor rural e/ou empresário, porque é esse profissional que possui as informações
necessárias para direcionar seu cliente nos caminhos a serem tomados na gestão do seu
negócio. Além disso, os profissionais da contabilidade têm uma grande relevância no
mercado porque fornecem informações indispensáveis, através de suas orientações ao
empreendedor.
Diante dos resultados da pesquisa, nota-se que o processo para o produtor rural
constituir seu projeto de piscicultura, é considerado simples, pois não acarretará de muitos
documentos para esse fim, basta o produtor se direcionar a Secretaria de Estado da
Fazenda (SEFAZ) ou Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA), com seus
documentos pessoais e da propriedade rural para se cadastrar como produtor rural, e em
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seguida se direcionar a Secretaria Municipal do Meio Ambiente do seu município para


providenciar as licenças ambientais necessárias para tornar seu projeto totalmente legal
perante o fisco.
Com isso, conclui-se que esse processo pode-se tornar demorado, pois irá
depender da análise dos documentos pelos fiscais dos órgãos relacionados e, essa análise,
irá variar de acordo com o tamanho e porte do projeto, com isso não é possível estabelecer
período de tempo exato para se ter os documentos aprovados, podendo levar de semanas
a meses.
Considerando os resultados e discussões e com base nas informações obtidas
através da pesquisa, foi possível constatar que o produtor rural irá enfrentar um processo
relativamente simples para constituir seu projeto de piscicultura, mas que pode se tornar
demorado, pois dependerá da análise dos órgãos públicos responsáveis e os mesmos não
disponham de datas exatas para realização dos procedimentos necessários. Portanto, é
necessário que o produtor rural e/ou empresário se dispunha de tempo e paciência para
conseguir alcançar seus respectivos objetos, sempre procurando o melhor para o seu
empreendimento, procurando profissionais habilitados e responsáveis para trabalhar, e
assim conseguir sucesso no seu projeto de piscicultura, o que acarretará em excelentes
resultados no futuro.

REFERÊNCIAS

ANUÁRIO PEIXE BR. Anuário 2021 – Peixe BR da Piscicultura. Anuário Peixe BR,
2021. Disponível em: https://www.peixebr.com.br/. Acesso em 21 de fevereiro de 2021.

ALMEIDA, K. Contabilidade Rural: Ferramentas Estratégicas de Apoio a Gestão


do Agronegócio. UNESC, 2012. Disponível em:
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/1742/1/Karini%20Zilli%20de%20Almeida.pdf.
Acesso em 25 de maio de 2021.

Aparecido, C. S. Contabilidade Rural. Editora Atlas Ltda: Grupo GEN, 2019.


Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788597021639/.
Acesso em 11 de maio de 2021.

BRAUM, L; ODAIR, R. Gerenciamento de custos nas propriedades rurais: uma


pesquisa sobre o uso dos conceitos da contabilidade de custos pelos produtores. XX
Congresso Brasileiro de Custos – Uberlândia, MG, 2013. Disponível em:
https://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/35/35. Acesso em 20 de maio
de 2021.
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18

ANEXOS
19

ANEXO 01: Carta de Aceite Orientadora


20

ANEXO 02: Parecer de Conteúdo


21

ANEXO 03: Parecer de Metodologia


22

ANEXO 04: Parecer de Língua Portuguesa


23

ANEXO 05: Certificado de Língua Português


24
25

ANEXO 06: Parecer de Língua Inglesa


26

ANEXO 07: Diploma de Inglês


27

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