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UNIDADE ACADÊMICA DE ESTUDOS GEOGRÁFICOS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA

PROJETO DE PESQUISA

NÍCOLAS SIQUEIRA DA SILVA

BALANÇO SOCIOAMBIENTAL: Contabilidade Ambiental como instrumento de gestão


ambiental do espaço urbano e rural no município de Jataí

Jataí,

2022
NÍCOLAS SIQUEIRA DA SILVA

BALANÇO SOCIOAMBIENTAL: Contabilidade Ambiental como instrumento de


gestão do espaço urbano e rural no município de Jataí

Projeto de pesquisa apresentado à banca de seleção de


Mestrado do Programa de Pós-Graduação/UFJ-Jataí.

Linha de Pesquisa: Organização e gestão do espaço


rural e urbano do Cerrado brasileiro

Professor(a): Eguimar Felício Chaveiro

Jataí,

2022
1. JUSTIFICATIVA

A Contabilidade tem o dever de registrar todos os fatos que causam dispêndio


financeiro da empresa e evidenciá-los de modo a atender as exigências dos gestores. A
sociedade que cada vez mais se preocupa com a maneira que as empresas desenvolvem
seus processos produtivos, a fim de coibi-los caso estes processos causem impactos
ambientais.
A contabilidade como ciência apresenta condições, por sua forma sistemática de
registro e controle, de contribuir de forma positiva no campo de proteção ambiental,
com dados econômicos e financeiros resultantes das interações de entidades que se
utilizam da exploração do meio ambiente. Especificamente, tal conjunto de informações
é denominado de “contabilidade ambiental”.
Na opinião de Tinoco e Kraemer (2008, p.32), historicamente, a Contabilidade
do Meio Ambiente passou a ter status de um novo ramo da ciência contábil em fevereiro
de 1998, com a finalização do "relatório financeiro e contábil sobre passivo e custos
ambientais" pelo Grupo de trabalho intergovernamental das Nações Unidas de
Especialistas em padrões Internacionais de Contabilidade e relatórios (ISAR – United
Nations Intergovernanmental Working Group of Experts on International Standards of
Accounting and Reporting).
Na busca em orientar e descrever a interação entre a economia e o meio
ambiente, o Sistema de Contas Econômicas Ambientais 2012 – Marco Central (SCEA –
Marco Central) é uma estrutura conceitual básica, que é um conjunto abrangente de
tabelas e contas, que veio a orientar a elaboração de indicadores consistentes e
comparáveis para formulação de políticas públicas, análise e pesquisa.
Esse sistema de publicação reflete a evolução da lógica contábil em frente às
necessidades de seus usuários, ao aplicar uma abordagem sistêmica, o Marco Central do
SCEA aplica os conceitos, estruturas, regras e princípios contábeis do Sistema de
Contas Nacionais (SCN). Por utilizar as mesmas convenções e estruturas contábeis do
SCN, o Marco Central do SCEA geralmente usa também a mesma terminologia e
linguagem das contas nacionais.
No contexto das Metas de Aichi, proposições são todas voltadas à redução da
perda da biodiversidade em âmbito mundial, e das Metas Nacionais de Biodiversidade,
referem-se à importância da integração efetiva dos valores da biodiversidade,
geodiversidade e sociodiversidade em contas nacionais, o que é feito pela contabilidade
ambiental.
No sentido de redução da perda da biodiversidade, o bioma Cerrado segundo
Ribeiro e Walter (2008) o Cerrado ocupa uma área de 2 milhões de km², o que equivale
a cerca de 204 milhões de hectares, o que faz dele o segundo maior bioma do Brasil,
após a Amazônia. Embora seja dotado de tamanha extensão territorial, incluindo o
município de jataí, e consequente importância Ambiental, o Cerrado não está incluso na
Constituição Federal de 1988, e não possui uma legislação própria que trate de suas
peculiaridades, sendo assim beneficiado diretamente por demonstrativos contábeis que
evidenciem a importância dos valores ambientais deste bioma.
Outro marco importante foi a promulgação da Lei nº 13.493, de 17 de outubro
de 2017 instituiu no Brasil o Produto Interno Verde (PIV), que considera o patrimônio
ecológico nacional. O cálculo do PIV possibilita a convergência com sistemas de contas
econômicas ambientais e facilita a análise dos bens e serviços produzidos pelo país
através da inclusão de elementos de sustentabilidade (para compreensão dos estoques de
capital natural existentes e dos fluxos de capital natural para a geração de bens e
serviços e, consequentemente, de informações associadas à sua deterioração).
Diante dos levantamentos desenvolvidos, surgiu a seguinte questão: como as
atividades econômicas impactam o patrimônio natural no município de Jataí?
Logo, levantou-se o pressuposto de que o uso da contabilidade ambiental na
construção de um Balanço Socioambiental do município de Jataí irá por meio do
desenvolvimento dessa metodologia, colaborar para a gestão do espaço urbano e rural
no município, e permitir o cálculo do Produto Interno Verde no município, não para
suplantar o PIB tradicional, e sim complementá-lo, colaborando como parâmetro para o
desenvolvimento social, econômico e ambiental.

A aplicação da lógica contábil permite a avaliação de desempenho econômico de


um país, estado ou cidade, por meio do uso de indicadores, como o Produto Interno
Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços finais produzidos numa
determinada região durante um período determinado, entanto este indicador não
incorpora a contribuição que os recursos naturais têm na economia.

Ao se evidenciar contabilmente dados econômicos, ambientais e sociais no


município de Jataí por meio do Balanço Socioambiental, em pesquisa classificada como
exploratória e descritiva, busca-se criar indicadores consistentes (PIV) e comparáveis,
os quais permitirão análises quantitativas e perceptivas da utilização da Contabilidade
Ambiental no processo de tomada de decisão dos gestores para formulação de políticas
públicas.

1.1. Objetivo Geral:


Nesta perspectiva, a presente pesquisa busca utilizar a Contabilidade
Ambiental como ferramenta metodológica para evidenciar por meio da evolução do
Balanço Socioambiental ao logo do tempo, como as atividades econômicas impactam o
patrimônio natural nas áreas urbanas e rurais do município de Jataí.

1.2. Objetivos Específicos:


O desenvolvimento metodológico da evolução do Balanço Socioambiental do
município de jataí ao longo do tempo, tendo como parâmetro o Marco Central do
SCEA, e os conceitos, estruturas, regras e princípios contábeis do Sistema de Contas
Nacionais (SCN),
Busca-se apurar indicadores consistentes (PIV) e comparáveis, os quais
permitirão análises quantitativas e perceptivas da Contabilidade Ambiental no processo
de tomada de decisão dos gestores para formulação de políticas públicas.

2. EMBASAMENTO TEÓRICO-METODOLÓGICO PRELIMINAR

A contabilidade segundo Sá (2002), surgiu juntamente com a civilização,


evoluiu e jamais deixará de existir em razão de sua importância, pois nasceu da
preocupação humana com o amanhã, que o levou a armazenar informações, que em
verdade, nem sempre soube analisá-las de forma racional, e nesse sentido a
contabilidade estuda os fenômenos patrimoniais, preocupando-se com realidades,
evidencias e comportamentos dos mesmos, em relação à eficácia funcional das células
sociais.
A contabilidade como ciência social aplicada, desenvolve-se de forma a se
aprimorar como ferramenta de acordo com os interesses sociais, dentre os quais se
destaca os fatores econômicos.
Hoje, no século XXI, mais ampla são as responsabilidades do profissional
contábil, devido a fatores como globalização, inovações tecnológicas e frequentes
mudanças ocorridas na classe. A História da Contabilidade, portanto, encontra suas
bases nas mais remotas idades, mas sua dignidade científica só ocorreu quando as
demais disciplinas também encontraram tal caminho Sá (2002).
De acordo com Ribeiro (2006), a contabilidade possui quatro dimensões:

I. Jurídica: que considera a distinção entre os interesses dos proprietários e


da empresa em si;
II. Econômica: que analisa o aspecto patrimonial da entidade;
III. Organizacional: que examina a atuação dos gestores responsáveis pelo
controle dos recursos possuídos pela entidade;
IV. Social: que valora os benefícios para a sociedade.

Acompanhando as evoluções sociais, as funções do contabilista não se


restringem apenas ao âmbito fiscal e registro das atividades da empresa, devido ao
mercado competitivo, acabou tornando-se o principal papel o fornecimento de
informação para tomada de decisões financeiras e econômicas.
Existe uma ampla relação da contabilidade com as demais ciências, pois como
uma ciência social, a contabilidade, gera uma relação de interdisciplinaridade com os
diversos ramos do saber. Costa (2012) ressalta que a contabilidade do meio ambiente
tem crescido de importância para as empresas em geral porque a disponibilidade e/ ou
escassez de recursos naturais e a poluição do meio ambiente tornaram-se objeto do
debate econômico, político e social em todo o mundo. Desta necessidade de registros e
evidenciações referente aos fatos ambientais surge uma nova vertente a contabilidade
ambiental.
Nesse sentido RIBEIRO (2006, p. 45) define a contabilidade ambiental não
como uma nova ciência, mas sim, uma segmentação da contabilidade. “[...] o objetivo
da contabilidade ambiental: identificar, mensurar e esclarecer os eventos e transações
econômico-financeiros que estejam relacionados com a proteção, preservação e
recuperação ambiental, ocorridos em determinado período [...]“.

Segundo Tinoco e Kraemer apud Bergami Jr (2008, p.63),


“[...] a Contabilidade financeira ambiental tem o objetivo de
registrar as transações da empresa que impactam o meio ambiente e os
efeitos das mesmas que afetam, ou deveriam afetar, a posição econômica e
financeira dos negócios da empresa, devendo assegurar que:
a) os custos, os ativos e os passivos ambientais estejam
contabilizados de acordo com os princípios fundamentais da Contabilidade
ou, na sua essência, com práticas contábeis geralmente aceitas; e,
b) o desempenho ambiental tenha ampla transparência de que os
usuários da informação contábil necessitam.”
.
Afinal, a contabilidade ambiental é um sistema de informações que possibilita a
sociedade avaliar o comprometimento das organizações o meio ambiente e em cumprir
a legislação vigente. Essa ferramenta de gestão permite a análise de dados comparáveis
e confiáveis para dar sustentação a estruturas analíticas consistentes, os quais são
elementos essenciais para subsidiar com informações os debates e para orientar as
políticas públicas referentes às interrelações entre a economia e o meio ambiente.

Vários são os obstáculos para a evidenciação de informações ambientais


contabilmente, em primeiro lugar, a ausência de percepção da importância da natureza
para vida das entidades, os impactos financeiros decorrentes da adoção de metodologias
limpas, a falta do cumprimento da legislação ambiental e a dificuldade da valoração de
fatos contábeis.
Esses obstáculos que se apresentam às entidades para a evidenciação de
informações acerca das relações entre a contabilidade e o meio ambiente. A própria
contabilidade tradicional, com suas doutrinas conservadoras não visualizavam uma
dimensão mais ampla, apegando-se apenas a fatos econômicos. Foi a partir do
Neopatrimonialismo, que a Contabilidade pode ser estudada através de uma visão
holística, interagindo com todos os fatos que levam às transformações da riqueza
patrimonial.
De acordo com Carvalho (2008, p.112), além dessa limitação, outras causas da
omissão de informações ambientais têm sido identificadas nos demonstrativos
contábeis:

“- em um primeiro momento, a ausência de percepção da importância da


natureza para vida das entidades;
- impactos financeiros decorrentes da adoção de metodologias limpas,
embora posteriormente, isso possa ser revertido em favor da entidade;
- a falta de efetividade no cumprimento da legislação ambiental, sendo
preferível o risco à mudança de postura;
- a dificuldade de valoração de fatos contábeis ambientais para o devido
registro contábil;
- a imagem negativa associada à empresa, advinda do registro de passivos
ambientais;
- a ausência de percepção ambiental dos benefícios ou malefícios por parte
dos consumidores dos produtos da entidade e/ou dos usuários da informação
contábil;
- a falta de cobrança da sociedade de um comportamento ético-ambiental
por parte das empresas e/ou responsáveis pela tutela do meio ambiente.”

As empresas, bem como os estudiosos da área contábil e ambiental têm se


questionado sobre o motivo que levaria uma empresa a evidenciar informações
ambientais.
A decisão de registrar os fatos contábeis relacionados ao meio ambiente não
tem sido tomada unicamente pela entidade. Forças externas têm levado as demais a
identificar, mensurar, registrar e evidenciar essas relações. As informações prestadas
pelas concorrentes têm levado as demais a também realizar e evidenciar ações na área
ambiental. A sociedade tem reclamado uma postura ambientalmente correta de alguns
segmentos coorporativos, associando isto a seus produtos.
Essa evidenciação tem ocorrido de forma mais efetiva em alguns setores da
atividade econômica, em decorrência de fatores como: a forma de organização desses
empreendimentos (geralmente grandes corporações), o ramo da atividade com alta
capacidade de poluição, notadamente nas áreas petroquímica, papel e celulose, química e
extrativismo mineral e a negociação dos produtos no mercado mundial, atualmente mais
exigente, tanto em termos de qualidade, quanto como proteção e preservação ambiental.

Fonte: Carvalho (2008, p.114).


Figura 1: Agentes que têm levado empresas a evidenciarem informações
ambientais
Como demonstrado na figura 1, Carvalho (2008, p.114) enfatizou, que alguns
fatores têm levado as entidades a divulgarem suas ações ambientais, como a certificação
ambiental exigida para entrada em alguns países importadores. Clientes mais exigentes
e uma divulgação maior na mídia têm contribuído para educação ambiental das
organizações.
Completando a pressão externa, uma postura mais atuante dos governos, em
diversos níveis, gera uma legislação mais completa e atualizada, isso leva as empresas
avaliarem os riscos decorrentes de multa e indenizações pelo descumprimento das
normas.
Desta forma, algumas entidades têm decidido, por si sós, adotar postura
sustentável frente aos problemas ambientais e contabilidade já definiu os instrumentos
necessários e suficientes para demonstração dos fatos que se relacionam com empresa,
e, no que diz respeito aos fatos ambientais não seria diferente.

3. METODOLOGIA

Segundo a natureza, a pesquisa pode ser básica, quando gera conhecimentos


novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista, e pode ser do tipo
aplicada, gerando conhecimento para aplicação prática à solução de problemas
específicos. Esta pesquisa caracteriza-se como de natureza aplicada, pois tem por
objetivo gerar conhecimento para aplicação prática no desenvolvimento de
demonstrativo contábil na forma de um Balanço Socioambiental a ser utilizado como
ferramenta de gestão na tomada de decisões.

Na visão de Demo (2002, p.11), a metodologia é considerada como:

“[...] o estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência. É
uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa. Ao mesmo tempo em que
visa conhecer caminhos do processo científico, também problematiza
criticamente, no sentido de indagar os limites da ciência, seja com referência
a capacidade de conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na
realidade”.

Para a investigação científica atingir seus objetivos, é necessária a utilização de


métodos científicos, que são um “conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos”.
Gil, (1999, p.26). O método de abordagem da pesquisa pode se classificar em quatro
tipos: indutivo, dedutivo, hipotético-dedutivo e dialético. O método indutivo parte de
dados e constatações particulares para leis e teorias. O método dedutivo parte de leis e
teorias, prediz fenômenos particulares. O método hipotético-dedutivo se inicia pela
percepção de uma lacuna existente, acerca da qual se formulam hipóteses que serão
testadas, havendo o processo de inferência dedutiva. O método dialético é uma
interpretação dinâmica e totalizante da realidade, considerando que os fatos não podem
ser considerados fora de um contexto social, político, econômico, etc., sendo utilizado
em pesquisas qualitativas. Esta pesquisa qualifica-se como indutiva, pois partiu de
constatações particulares feitas em uma amostra extraída de um universo.

Do ponto de vista da abordagem do problema, a pesquisa poderá ser


quantitativa, quando consegue traduzir em números opiniões e informações para
classificá-la e analisá-la, utilizando recursos e técnicas estatísticas, e qualitativa, quando
existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, havendo um vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser
traduzido em números. A abordagem qualitativa não necessita de recursos estatísticos, o
ambiente natural é a fonte dos dados e o pesquisador é o instrumento chave, tendendo a
analisar os dados indutivamente.

Do ponto de vista da abordagem do problema, esta pesquisa caracteriza-se como


quantitativa quando consegue traduzir em números opiniões e informações para
classificá-la e analisá-la, utilizando recursos e técnicas estatísticas, e qualitativa, quando
existe uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito. A abordagem qualitativa
não necessita de recursos estatísticos, o ambiente natural é a fonte dos dados e o
pesquisador é o instrumento chave, tendendo a analisar os dados indutivamente. Do
ponto de vista da abordagem do problema, esta pesquisa caracteriza-se como
quantitativa.

Quanto aos procedimentos técnicos utilizados na pesquisa, Demo (2002, p.22)


os classifica da seguinte forma:

“a) Pesquisa teórica – esse tipo de pesquisa objetiva reconstruir teoria,


conceitos, idéias, polêmicas, ideologias, tendo em vista aprimorar
fundamentos teóricos. O conhecimento teórico adequado acarreta rigor
conceitual, análise acurada, desempenho lógico, argumentação diversificada,
capacidade explicativa;

b) Pesquisa metodológica – refere-se ao tipo de pesquisa voltada para a


inquirição de métodos e procedimentos adotados como científicos;

c) Pesquisa empírica – esse tipo de pesquisa se dedica ao tratamento da face


empírica e factual da realidade. Produz e analisa dados, procedendo sempre
pela via do Produz e analisa dados, procedendo sempre pela via do controle
empírico e factual. Esse tipo de pesquisa é importante, pois possibilita
oferecer maior embasamento às argumentações. O significado dos dados
empíricos depende do referencial teórico, mas esses dados facilitam a
aproximação da teoria e da prática;
d) Pesquisa prática – trata-se da pesquisa ligada à práxis, ou seja, à prática
histórica em termos de conhecimento científico para fins explícitos de
intervenção”.

Esta pesquisa classifica-se como teórica e empírica, pois ela utiliza o referencial
teórico e as informações colhidas a partir de demonstrativos contábeis tradicionais
(econômicos), e relatórios ambientais do município de Jataí, resultando na análise
quantitativa e na elaboração dos Balanços Socioambientais com essas informações.

Com relação aos objetivos da pesquisa, a mesma poderá se classificar da


seguinte forma, segundo Gil (1999 p. 40):

“a) Pesquisa exploratória – objetiva proporcionar maior familiaridade com o


problema, seja o tornando mais explícito ou ainda visando construir
hipóteses. Geralmente essas pesquisas envolvem levantamento bibliográfico,
entrevistas com pessoas com experiência na área pesquisada e análise de
exemplos. O planejamento nesse tipo de pesquisa é bastante flexível,
possibilitando o estudo do fato pesquisado em vários aspectos.

b) Pesquisa descritiva – descreve as características de uma população ou


estabelece relações entre variáveis. Uma das características desse tipo de
pesquisa é a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados tais como
questionário e observação sistemática. Esse tipo de pesquisa, juntamente com
a exploratória são as mais utilizadas pelos pesquisadores sociais preocupados
com a atuação prática.

c) Pesquisa explicativa – esse tipo de pesquisa busca o porquê das coisas,


tendo como preocupação principal identificar os fatores que determinam ou
contribuem para a ocorrência dos fenômenos.”

A presente pesquisa pode se classificar como exploratória e descritiva, visto que


busca por meio da informação contábil tradicional, estabelecer relações entre variáveis
encontradas com as ações ambientais, com o intuito de aprofundamento nessa relação.

Após o levantamento de informações cientificas sobre o tema da pesquisa, será


feita a coleta de dados por meio de relatórios contábeis e ambientais disponibilizados
pelo setor público e privado, os quais serão considerados como o universo de pesquisa
deste estudo os exercícios financeiros 2018 a 2021.
4. VIABILIDADE FINANCEIRA ORÇAMENTO

RELAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

Item Quantidade Preço Unitário TOTAL

Material de consumo (escritório) Variável variável 500,00

Material Permanente (livros) Variável variável 500,00

Serviços de terceiros 1 1 500 500,00

(assistência à pesquisa:
sistematização de tabelas)

Serviços de terceiros 2: reprografia 2000 0,5 1.000,00

Serviços de terceiros 3 – Transporte Variável Variável 1.000,00

SUBTOTAL - - 3.500,00

5. CRONOGRAMA DA PESQUISA

CRONOGRAMA – ano 2022/2023


Etapa da Pesquisa Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12

Revisão bibliográfica X X X X X X X X X X

Identificação e definição da X X X X
população da pesquisa

Caracterização dos sujeitos da X X X X


pesquisa.
Levantamento e detalhamento dos X X X X X X X X
demonstrativos contábeis a serem
utilizados

Levantamento dos ativos e X X X X X X X X


passiveis ambientais da população
da pesquisa

Identificação dos gestores X X X X X


responsáveis pelos demonstrativos
contábeis tradicionais

Análise dos demonstrativos X X X X X X


tradicionais da população da
pesquisa
Catalogação das informações X X X X X X

Análise dos dados X X X

Elaboração dos Balanços X X


Socioambientais

Redação da dissertação X

CRONOGRAMA – ano 2023/2024


Etapa da Pesquisa Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12

Revisão bibliográfica

Identificação e definição da
população da pesquisa

Caracterização dos sujeitos da


pesquisa.
Levantamento e detalhamento dos
demonstrativos contábeis a serem
utilizados

Levantamento dos ativos e


passiveis ambientais da população
da pesquisa

Identificação dos gestores


responsáveis pelos demonstrativos
contábeis tradicionais

Análise dos demonstrativos X


tradicionais da população da
pesquisa

Catalogação das informações X X

Análise dos dados X X X X

Elaboração dos Balanços X X X X X X


Socioambientais

Redação da dissertação X X X X X X X X X X X X

8. REFERÊNCIAS

BRASIL..Lei 1413. de 14.08.1975. Dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente


provocado por atividades industriais.

CARVALHO, Gardênia Maria Braga de. Contabilidade ambiental teórica e prática. Curitiba:
Juruá, 2008.
DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2002.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.

RIBEIRO, Maisa S. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2006.


SÀ, A. L. Teoria da Contabilidade. 3ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

RIBEIRO, J. F; WALTER, B. M. T. As principais fitofisionomias do Bioma Cerrado.


In.: SANO, S. M; ALMEIDA, S. P; RIBEIRO, J. F. Ecologia e flora. Brasília:
EMBRAPA, 2008. v. 1, p. 152-212.

SISTEMA DE CONTAS ECONÔMICAS AMBIENTAIS 2012 – MARCO CENTRAL.


Disponível em: https://repositorio.cepal.org/bitstream/handle/11362/40850/1/S1601340_pt.pdf
Acesso em: 11 jun. 2022.

TINOCO, J. E. P.; KRAEMER, M. E. P. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas,


2008.

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