Você está na página 1de 2

O nosso encontro com Cristo refletido no encontro de Jacó e Esaú

A ordem:
Eu sou o Deus de Betel, onde tu ungiste o pilar, e onde juraste um juramento a mim. Agora, levante-
te, e vai-te desta terra e volta à terra de tua parentela. Gn 31:13

O medo e a insegurança antes do encontro


E ele lhes ordenou, dizendo: Assim falareis a meu senhor Esaú: Teu servo Jacó diz assim: Eu habitei
como peregrino com Labão, e fiquei lá até agora. E eu tenho bois, e jumentos, rebanhos, e servos, e
servas. E eu enviei para dizer a meu senhor para que eu encontre graça aos seus olhos. Gn 32:4-5

Jacó reconhece a Esaú como seu senhor e também reconhece seu tempo de
peregrinação distante dele.
Jacó compreende que a benção do Senhor o acompanhava, mas não deixa de
reconhecer esse período como sombra estando distante da sua casa.
Diante da tua presença somos estrangeiros e forasteiros, como nossos antepassados. Os nossos dias
na terra são como uma sombra, sem esperança alguma. 1 Cr 29:15

Jacó não só reconhece sua peregrinação, mas também reconhece saber onde de fato
deveria estar, mas atitude de Jacó em oferecer presentes a Esaú para que
encontrasse graça aos seus olhos reflete o espírito de condenação com o qual muitas
as vezes nos achegamos a Cristo, acreditando que nossos sacrifícios e esforços
acrescentaram algo a nosso respeito em seu coração.
O medo e a insegurança que por vezes nos impedem de se relacionar com nosso
Senhor, demonstram nossa imaturidade no conhecer o nosso Senhor, Jacó ofereceu
performance a Esaú assim como nós oferecemos com nossos jejuns e orações
quando o motivo é fazê-los para encontrar graça aos olhos de Cristo.
O medo de que Esaú o ferisse o levou a interceder a Deus, o que demonstra também
sua obediência e sujeição a ordem que Ele o dera, pelo contrário se houvesse um
coração desobediente fugiria deste encontro com seu irmão.
O que me faz pensar que de fato em inúmeras vezes quando percebemos Cristo se
aproximar, tentamos fugir, acorrentados pelo medo e insegurança, acorrentados pela
culpa de um passado já esquecido. Mas a atitude de Jacó de ir a Deus nesse
momento de tormento reflete a obediência de Cristo em permanecer naquilo que Deus
Pai estabeleceu.

A intercessão de Jacó e a obediência à ordem do Senhor, demonstra a nós o seu


coração quebrantado e em contrito, em meio as ofertas Deus encontrou a verdadeira
oferta, o verdadeiro sacrifício, seu coração.
No Salmo 51 vemos que o Senhor não deseja sacrifícios, nem ofertas queimadas,
mas considera o coração quebrantado e em contrito como o verdadeiro sacrifício e
não o despreza.
Essa oração e esse coração acharam graça aos olhos do Senhor, e a benção liberada
no versículo 29 nos manifesta a resposta dessa oração.

O encontro
E ele passou adiante deles, e se curvou na terra sete vezes, até chegar perto de seu irmão. E Esaú
correu para encontrá-lo, e o abraçou, e se lançou ao seu pescoço, e o beijou; e eles choraram. Gn
33:4-5

O medo nos cega quanto ao amor de nosso Senhor e nos distancia da intimidade.
A atitude de Jacó em se curvar, manifesta o seu olhar de juiz quanto a Esaú, e
demonstra que a única coisa que esperava receber do seu senhor era juízo.
Mas a atitude de Esaú manifesta o amor de Cristo, o amor de um homem que jogou
nossos pecados no lago do esquecimento, o amor que nos abraça, nos beija, nos
acolhe, o amor que é incompreensível de entender.
Como posso eu ter feito tantas coisas contra o meu Senhor e ao encontrá-lo receber
seus braços?
Como posso eu trair nossa comunhão e mesmo assim quando me encontra se lançar
em meu pescoço e declarar o aroma suave que flui de mim?
Esse é o amor incompreensível de nosso Senhor, nós esperamos seu juízo, pois é
isso que merecemos, mas recebemos o seu amor.
A atitude de Esaú nos manifesta a redenção que temos pelo sangue de Cristo, e o
perdão de nossos pecados.
Por fim vemos a plenitude de Cristo no versículo 9:
E ele disse: O que significa todo este rebanho que eu encontrei? E ele disse: Isto é para encontrar
graça aos olhos de meu senhor. 9 E Esaú disse: Eu tenho o suficiente, meu irmão; guarda o que tu
tens para ti mesmo. Gn 33:8-9

Foi do agrado do Pai que nEle toda a plenitude habitasse, Ele é suficiente. Nenhum
de nossos sacrifícios e ofertas ou até mesmo a falta deles podem mudar o fato de
que Cristo é suficiente.
O que percebo nessa passagem, é que o único caminho que me levará a Cristo é um
coração quebrantado e em contrito pois não há esforços meus que mudem Sua
suficiência.

Você também pode gostar