Você está na página 1de 9

A publicação de livros em acesso aberto pelas editoras

universitárias brasileiras
Fátima Manieiro do Amaral1

RESUMO
As editoras universitárias brasileiras são instituições importantes no campo
acadêmico brasileiro seja para autores e ou leitores. Tais editoras têm atualizado
suas práticas diante da expansão das tecnologias disponíveis e desenvolvidas para
o setor editorial. Considerando ainda que as editoras brasileiras no contexto
universitário lidam com recursos públicos, associa-se às discussões sobre
publicações em acesso aberto. Este trabalho, então, apresenta alguns dados obtidos
através da aplicação de um questionário às editoras universitárias brasileiras de
instituições públicas. Os resultados evidenciam que há uma forte tendência na
publicação de e-books em acesso aberto a partir de financiamento público sem
influenciar negativamente na venda de livros impressos.
Palavras-chave: editoras universitárias; publicação de livros; acesso aberto;
modelos de negócios.

INTRODUÇÃO

A editoração universitária é um campo de atuação com características


próprias, considerando que são editoras a serviço de Instituições de Ensino Superior
e fundações ou institutos de pesquisas cuja missão e valores são herdados da
instituição matriz. É preciso ainda considerar que as editoras universitárias
brasileiras se organizam sob os objetivos da universidade expressos, de maneira
geral, pelos eixos ensino, pesquisa e extensão. Neste contexto, observa-se uma
diferenciação entre as editoras universitárias públicas e demais editoras comerciais,
científicas ou não.
Bufrem e Garcia (2014) consideram que as editoras universitárias exercem
um papel importante no desenvolvimento científico e, amplamente, no
desenvolvimento do país. Isto evidencia a variedade de temas publicados de forma a
atender ao público, segundo as autoras. Desta forma, tais editoras têm funções
específicas dotadas de valor e constituindo um campo cultural próprio (Bufrem,
2015).

1 UFScar; fatima.mdoamaral@gmail.com

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

219
Sendo um órgão a serviço da universidade, as editora universitárias podem
lidar com recursos próprios ou públicos. A discussão sobre a utilização de recursos
públicos na divulgação científica evoca sempre o tema do Acesso Aberto que visa à
ampla divulgação dos resultados de pesquisas a todos os interessados como direito
do cidadão.
Tendo como foco as pesquisas realizadas nas universidades, as editoras
universitárias delimitam os temas sobre os quais publicam; em geral, essas
publicações são livros. Com o desenvolvimento das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TIC), o livro ganha novos suportes, por exemplo, o livro digital ou e-
book. Andrade e Araújo (2017) concluem que o mercado editorial deve também
modificar-se a fim de atender ao consumidor digital, não apenas na construção de
um site com catálogo ou loja virtual, mas também nas suas políticas editoriais. Os
autores ainda consideram que dois movimentos influenciam nessa mudança de
atuação: o uso de plataformas de publicação e gerenciamento de e-books e o
movimento do acesso aberto.
O acesso aberto, conceito integrante da filosofia da Ciência Aberta, trata
sobre a divulgação científica e orienta, segundo Iniciativa de Budapeste pelo Acesso
Aberto (BOAI, 2002), que todos os resultados de pesquisas científicas feitas com
financiamento público estejam disponíveis na internet e sem custos para leitura,
download, cópia, impressão, distribuição, busca e uso por qualquer interessado, seja
um pesquisador, estudante ou cidadão.
O acesso aberto se apresenta como uma proposta que extrapola uma teoria,
pois, é uma concepção que se guia pela prática e pela necessidade objetiva de
comunicação, um mecanismo valorizado pelo princípio de visibilidade da ciência,
aspecto relevante para construção de uma nação cidadã, sobretudo na condição de
um sistema de pesquisa público brasileiro (financiado, principalmente, com
investimentos públicos, em instituições públicas).
Desta forma, este trabalho se propõe a traçar um cenário da publicação de
livros em acesso aberto pelas editoras universitárias brasileiras. Tendo como
objetivos específicos identificar quais editoras publicam livros em acesso aberto,
quais os modelos de negócios apoiam essas publicações, além de coletar relatos
sobre experiências interessantes na publicação científica neste contexto.

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

220
Na próxima seção, serão explicitados os procedimentos metodológicos para
coleta dos dados e os resultados obtidos.

METODOLOGIA E PRINCIPAIS RESULTADOS

Este trabalho faz parte de uma pesquisa descritiva e exploratória, pois


caracteriza as editoras universitárias e a publicação de livros em acesso aberto,
para, a partir da análise os dados, oferecer uma visão ampla sobre este campo
cultural particular. Ainda constitui-se como um trabalho quali-quantitativo.
(GONSALVES, 2007).
Foram selecionadas para participar desta pesquisa as editoras universitárias
ligadas a instituições públicas (instituições de ensino superior, fundações, institutos
de pesquisas e arquivos) brasileiras, somando noventa e duas editoras convidadas.
A coleta de dados ocorreu através da aplicação de um questionário 2 enviado para as
editoras via e-mail entre os meses de junho e setembro de 2021. O questionário foi
construído na plataforma digital Google Formulários apresentando 19 questões
abertas e fechadas. Efetivamente, 36 editoras depositaram suas respostas, ou seja,
aproximadamente 39% dos convidados responderam o questionário.
Para o presente trabalho, realizou-se um recorte nos dados de maneira a
apresentar as respostas obtidas para cinco perguntas. A primeira pergunta abordava
sobre a atuação da editora em termos de comercialização e disponibilização em
acesso aberto; a segunda indagava sobre os tipos de publicação realizados pela
editora apresentando opções que relacionavam livros impressos e livros digitais para
comercialização e/ou disponibilização em acesso aberto; a terceira pergunta
questionava sobre as formas de financiamento dos livros em acesso aberto
publicados pela editora; a quarta pergunta solicitava um relato sobre experiências
interessantes com a publicação em acesso aberto, se houvesse; por fim, a quinta
pergunta questionava sobre o fornecimento de metadados para serviços e
plataformas de distribuição.

2Os dados apresentados neste trabalho fazem parte da coleta de dados da pesquisa em andamento
de mestrado intitulada “Editoras universitárias brasileiras e livros em Acesso Aberto: publicação,
modelos de negócios e políticas editoriais”.

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

221
A atuação das editoras universitárias revela que a maioria delas comercializa
e também disponibiliza livros em acesso aberto, totalizando 70,3% das respostas.
Em seguida estão as editoras que exclusivamente disponibilizam suas publicações
em acesso aberto, representando 24,3%. E apenas 5,4% exclusivamente
comercializam suas publicações. Assim sendo, percebemos que há uma tendência
das editoras universitárias brasileiras a realizarem publicações em acesso aberto,
mostrando que as práticas de Ciência Aberta e do Acesso Aberto estão difundidas
entre essas instituições.
Sobre tipos de publicação considerando a relação entre suporte (impresso ou
digital) e comercialização ou disponibilidade em acesso aberto, as editoras
participantes da pesquisa evidenciaram que 74,3% trabalham com livros impressos
para comercialização; 62,9% com livros impressos para doação ou distribuição sem
custos; 28,6% com livros digitais/e-books para comercialização, 100% com livros
digitais/e-books em acesso aberto e 2,9% com capítulos em acesso aberto. É
relevante destacar que tal pergunta estava em uma sessão do questionário
direcionada apenas para as editoras que publicam livros em acesso aberto de
maneira exclusiva ou não, por isso todas assinalaram, para tipos de publicação, a
opção “livros digitais/e-books em acesso aberto”.
Os dados acima evidenciam que a comercialização de e-books é menos
recorrente. Já os livros impressos são comercializados por várias editoras,
reforçando os dados explicitados anteriormente na qual a maioria das instituições
participantes funciona sob um modelo de negócios híbrido comercializando e
disponibilizando em acesso aberto. Um dado bastante interessante e inesperado é a
quantidade (superior a 60%) das editoras que trabalham com a doação ou
distribuição de livros impressos sem custos; doação que geralmente ocorre para as
bibliotecas universitárias da própria instituição em primeiro lugar, mas também para
outras bibliotecas com as quais as editoras mantêm algum tipo de parceria. Outro
destaque é que mesmo com a alta porcentagem de editoras publicando e-books
completos em acesso aberto, a publicação de capítulos nas mesmas condições não
acompanha os altos índices; pode-se inferir disso que existem outras questões em
jogo na disponibilização que podem ser técnicas, opções de gestão das publicações
ou mesmo falta de prática.

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

222
Questionadas sobre a forma de financiamento dos livros em acesso aberto, a
maioria das editoras respondeu que os recursos para tais publicações são oriundos
do orçamento da própria editora ou da universidade. Em segundo lugar, são
financiadas a partir de recursos providos pelos autores; em terceiro, por agências de
fomento. Além do mais, algumas editoras afirmaram que obtém recursos para
publicação de livros em acesso aberto através de parcerias com outras instituições
e/ou combinam duas fontes de recursos financeiros. Observe a tabela abaixo:

Tabela 1: Financiamento de livros em acesso aberto pelas editoras universitárias


brasileiras
Orçamento da própria EdUNEB - Editora IFSul- Editora UFPR- EdUEMG-
editora e da universidade Edições UESB- EdUFBA- EdUFRB - EdUFES-
EdUFRO- EdUFMT- EdUFRN- Editora UDESC- Editora
IFC- Editora da UFSC- Editora IFPB- EdUFGD- Editora
da Unesp- EdUEM- Editora UFSM- Editora UFFS-
Editora UFABC- Editora UnB- EdUFERSA- Editora
UEMS- EdUSP- Editus: Editora da UESC- Editora
UFMG
Recursos vindos dos EdUECE- EdUFBA- EdUFMA- EdUFMT- Editora IFC-
autores EdUFGD- EdUEM- Editora UNICENTRO
Recursos vindos de Edições UESB- UEFS Editora- EdUFAL
agências de fomento
Recursos de parcerias EdUFMT- Editora UFFS
externas
Recursos da editora e EdUFRPE- EdUEPG
dos autores
Recursos de parcerias EdUSP- Editora UFMG
entre editora e outras
instituições
Não publicam em acesso Editora UNICAMP- Editora UFV
aberto ou não
responderam

Feito o questionamento (de resposta não obrigatória no formulário) se “a


Editora possui alguma experiência interessante ou de destaque com a publicação de
livros em acesso aberto”, o relato mais recorrente foi o grande número de downloads
que as publicações em acesso aberto têm, afirmaram a EdUFRB, EdUFRN, Editora
da UNESP e Editora UFFS. A Editora da UNESP relatou que através do programa

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

223
SciELO, desde 2012 foram feitos mais de 20 milhões de downloads gratuitos de
seus livros.
Por sua vez, a EdUEPG relatou uma experiência negativa com a abertura de
algumas de suas publicações como o seguinte relato evidencia:

A principal experiência da editora com acesso aberto foi negativa.


Haviam cinco títulos publicados em papel sendo dois deles com
ótima vendagem. Estes títulos foram colocados em acesso aberto no
Scielo Livros e, a partir daí, as vendas caíram a praticamente zero.
Foi um erro estratégico que nos levou a entender que acesso aberto
e tiragem impressa não combinam, contrariando algumas hipóteses
de que o acesso aberto impulsionaria o papel.

A experiência da EdUEPG é refletida no estudo de Penier, Eve e Grady (2021), que


nomeiam este modelo de Híbrido. Para o modelo em questão, uma ameaça da
conciliação entre venda dos impressos com a disponibilização dos livros em acesso
aberto, é que a versão impressa pode declinar ou demorar mais para vender uma
vez que os leitores podem acostumar-se com a leitura on-line/digital e as bibliotecas
estão menos inclinadas a comprar obras impressas seja por limitação de espaço
físico ou cortes de orçamento.
A EdUFRN relatou um cenário interessante sobre as publicações em acesso
aberto do ano de 2020 em primeiro lugar em abrangência temática das publicações
reforçando a observação de Bufrem e Garcia (2014) que constatam a variedade
temática das publicações feitas pelas editoras universitárias brasileiras para atender
aos usuários-clientes. Em segundo lugar, o número de alto de downloads de e-
books da área da saúde também chamou a atenção da editora, possivelmente
motivado pela demanda de informação sobre a pandemia de COVID-19. Então:

Em 2020, a EDUFRN publicou 39 livros em formato digital. Os títulos


foram disponibilizados, de modo gratuito, no Repositório Institucional
da UFRN. Dentre as nove áreas de conhecimento da CAPES, seis
foram contempladas, entre as quais se destaca a de Ciências da
Saúde, com 21 títulos, seguida da área de Ciências Humanas, com
oito obras. Em número de downloads, destacou-se a área de
Ciências da Saúde, com 38.654 downloads, o que correspondeu a
85,5% do total, somadas as nove áreas. Os títulos que mais
impulsionaram os números nessa área foram: "Culinária Selvagem"
(10.398 downloads) e "COVID-19 e o cuidado de idosos:

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

224
recomendações para instituições de longa permanência" (7.648
downloads).

A Editora UDESC, EdUFBA e EdUEMG afirmaram que recentemente


passaram a atribuir o DOI (Digital Object Identifier) aos livros. A Editora UDESC
afirmou que “Passamos a incluir o DOI para os e-books a partir de 2021. Nossos
livros impressos possuem código QR na contracapa que possibilitam o download do
arquivo do livro e-book (a partir de 2020)”. A EdUEMG também está disponibilizando
os capítulos separadamente. Tais ações por parte das editoras objetivam o aumento
a visibilidade dos sues livros na internet.
“Em 2019, A EdUFGD passou a disponibilizar seus livros digitais em acesso
aberto utilizando o sistema OMP - Open Monograph Press.” A adoção de um
software que gerencia todo o fluxo editorial, desde a submissão do manuscrito torna
o trabalho da editora mais otimizado. Estes relatos corroboram as afirmações de
Andrade e Araújo (2017) que assinalavam mudanças no mercado editorial,
considerando as novas ferramentas e tecnologias disponíveis no setor.
A EdUFBA apresenta também uma experiência de destaque na construção de
uma publicação ahead of print, ou seja, os capítulos são recebidos, passam pelo
processo de editoração e são divulgados, posteriormente compõe uma única obra.

A publicação do livro Construção de conhecimento no curso da


pandemia de COVID-19: aspectos biomédicos, clínico-assistenciais,
epidemiológicos e sociais em dois volumes têm sido um grande
desafio uma vez que publicamos na modalidade ahead of print
atribuindo, além de ISBN, nomes, DOI a cada capítulo.

Com a possibilidade de marcar mais de uma opção, as editoras foram


questionadas sobre o fornecimento de metadados para quais serviços ou
plataformas de distribuição. Desta forma, a opção “a editora faz a divulgação dos
livros no seu website ou nas redes sociais” foi marcada por 85,7% das editoras. Em
seguida, a opção “SciELO Livros” foi escolhida em 34,3% dos casos. A opção
“Google Livros” foi selecionada em 17,1%. Através da opção “Outros”, 11,6% das
editoras afirmaram que utilizam o repositório institucional e 2,9% o website da
biblioteca universitária. As opções “DOAB- Directory of Open Access Books” e “Não

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

225
tenho informação suficiente para responder” foram marcadas por 5,7% editoras
cada.
Nesta seção o objetivo foi expor a metodologia de aplicação do questionário
às editoras universitárias e os principais resultados obtidos. Além de dados
estatísticos, apresentou-se dados qualitativos nos quais as editoras puderam relatar
experiências com a publicação de livros em acesso aberto. Na seção seguinte,
serão feitas as considerações finais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Buscou-se apresentar neste trabalho alguns dados que caracterizam a


publicação de livros em acesso aberto pelas editoras universitárias brasileiras. Tais
instituições constituem um campo cultural próprio que tem se modificado através da
ampliação e desenvolvimento das TIC nas suas práticas profissionais. As editoras
universitárias ligadas a instituições públicas podem ser entendidas como lugares
privilegiados de divulgação científica, apresentando um conteúdo revisado por pares
e resultando em objetos editoriais que não visam exclusivamente o lucro com suas
vendas. Estudar os modelos de negócios que sustentam as publicações de livros em
acesso aberto é ampliar as possibilidades de atuação das editoras universitárias e,
cada vez mais, ampliar a divulgação científica criando um diálogo entre o
conhecimento produzido na universidade e a sociedade no geral.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Roberia de Lourdes de Vasconcelos; ARAÚJO, Wagner Junqueira.


Editoras universitárias e a publicação de livros digitais no Brasil. In: Encontro de
Usuários de Sistemas de Publicação, 2017, Brasília. Anais. Disponível em:
http://eventos.ibict.br/index.php/sispub/SISPUB2017/paper/viewFile/17/7. Acesso
em: 30 set. 2021.

BOAI. Iniciativa de Budapeste pelo Acesso Aberto. Budapeste: BOIA, 2002.


Disponível em:
http://www.budapestopenaccessinitiative.org/translations/portuguese-translation.
Acesso em: 30 set. 2021.

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

226
BUFREM, Leilah Santiago. Editoras Universitárias no Brasil: Uma crítica para a
reformulação da prática. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 2015.

BUFREM, Leilah Santiago; GARCIA, Tânia Maria Braga. A editora universitária e o


compromisso da universidade com as práticas de divulgação do conhecimento
produzido. Em Questão: v. 20, n. 1, p. 151-164, 2014. Disponível em:
https://seer.ufrgs.br/EmQuestao/article/view/40816. Acesso em: 30 set. 2021.

GONSALVES, Elisa Pereira. Conversas sobre iniciação à pesquisa científica. 4ª


ed. Campinas: Editora Alínea, 2007.

PENIER, Izabella; EVE, Martin Paul; GRADY, Tom. COPIM: Revenue Models for
Open Access Monographs 2020. União Européia: COPIM, 2020. Disponível em:
https://zenodo.org/record/4011836#.YXiZMp7MKUl. Acesso em: 26 out. 2021.

4º Fórum de estudos em informação, sociedade e ciência, Porto Alegre: UFRGS, 2021

227

Você também pode gostar