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Abstract: This work was based on the tale School Machado's work contained in the
work Several stories, and examines the particulars education of that time, according to
the vision of the tale narrator-protagonist. From this work a video was produced for the
presentation of a work in the discipline Portuguese, taught by Professor Maria Augusta,
in the course of Pedagogy of the Universidade Estadual Paulista in Rio Claro city - SP,
point you to a vision of the tale of the participating students, while the work in full,
narrated throughout the video. The use of paddling is an element that is well noted in
the tale, a synonym of fear, repression, punishment, also the use of the "Pratinha” to
pay for teaching, providing better learning and the denunciation by one of the students,
all this will be analyzed and criticized in this work.
Aos dezesseis anos publica seu primeiro trabalho literário, o poema Ela, na
revista Marmota Fluminense. Aos dezessete começa a trabalhar como aprendiz de
tipógrafo, escrevendo durante seu tempo livre. Em 1858, como revisor e colaborador da
revista Marmota, integra-se à sociedade lítero-humorística Petalógica, fundada por
Paula Brito. A partir daí começa a publicar obras românticas, recebe convites para
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“Imagem, Educação e Des-vias Pedagógicas”
28 e 29 de outubro de 2009
trabalhar em vários lugares e em 1861 seu primeiro livro, Queda que as Mulheres tem
pelos Tolos, foi impresso. Seu primeiro livro de poesias, Crisálidas, foi publicado em
1864. Casou-se em 1869, com Carolina Augusta Xavier de Novais, que morre em 1904,
e em sua homenagem, Machado de Assis escreve o soneto Carolina. Seu primeiro
romance, Ressurreição, foi publicado em 1872.
A palmatória não fora a única forma de castigo, o conto nos deixa claro outra
forma de violência, a violência verbal utilizada pelo mestre para envergonhar os alunos
perante a sala, assim como se pode observar no trecho em que o narrador diz:
“Eu, por mim, tinha a cara no chão. Não ousava fitar ninguém, sentia
todos os olhos em nós. Recolhi-me ao banco, soluçando, fustigado pelos
impropérios do mestre.” (MACHADO DE ASSIS, J.M. Várias Histórias. São
Paulo:Ática, 2002. p.104).
Depois de castigado, Pilar pensa em vingar-se de Curvelo, porém este foge. Pilar
não conseguia parar de pensar na moeda de prata, que o mestre havia jogado longe, na
“O pior que ele podia ter, para nós, era a palmatória. E essa lá estava,
pendurada do portal da janela, à direita, com os seus cinco olhos do diabo. Era
só levantar a mão, despendurá-la e brandi-la, com a força do costume, que não
era pouca.” (MACHADO DE ASSIS, J.M. Várias Histórias. São Paulo:Ática,
2002. p.101).
“...Voltei para casa com as calças enxovalhadas, sem pratinha no bolso nem
ressentimento na alma...” (MACHADO DE ASSIS, J.M. Várias Histórias. São
Paulo:Ática, 2002. p.105).
“...E contudo a pratinha era bonita e foram eles, Raimundo e Curvelo, que me
deram o primeiro conhecimento, um da corrupção, outro da delação;”
(MACHADO DE ASSIS, J.M. Várias Histórias. São Paulo:Ática, 2002. p.105).
O uso do termo corrupção não é empregado pelo narrador quando este viveu o
fato e sim, anos mais tarde, demonstrando que quando menino o mesmo não sabia o
significado de tal termo.
Como o conto é narrado pelo próprio protagonista, não se tem ideia do porquê o
fato de o aluno Raimundo ter pago por uma explicação, ter sido delatado ao professor
pelo aluno Curvelo, pois nem o narrador sabe a resposta para tal fato, como deixa claro
quando diz: “...e na verdade, por que denunciar-nos? Em que é que lhe tirávamos
alguma coisa?...” (MACHADO DE ASSIS, J.M. Várias Histórias. São Paulo:Ática,
2002. p.105).
Outra coisa que merece destaque é o fato da relação entre pai e filho, no caso, o
pai na história é retratado como o professor, e o filho, como o Raimundo. Nota-se que
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no conto se diz que: “...O mestre era mais severo com ele do que conosco...
“(MACHADO DE ASSIS, J.M. Várias Histórias. São Paulo:Ática, 2002. p.100),
deixando claro que o pai era mais severo com o filho que com os demais alunos, assim
como também na hora do castigo: “Chegou a vez do filho, e foi a mesma coisa; não lhe
poupou nada, dois, quatro, oito, doze bolos.” (MACHADO DE ASSIS, J.M. Várias
Histórias. São Paulo:Ática, 2002. p.104), onde na frase: “não lhe poupou nada”
podemos encontrar uma certa inconformidade com o fato de sendo Raimundo o filho do
mestre, ser tratado da mesma maneira e muitas vezes até pior que os demais alunos.
Porém, em outro trecho encontramos uma possível explicação, dada por Pilar
sem certeza alguma:
“...o medo de achar a minha vontade frouxa ou cansada, e não aprender como
queria, - e pode ser mesmo que em alguma ocasião lhe tivesse ensinado mal, -
parece que tal foi a causa da proposta...” (MACHADO DE ASSIS, J.M. Várias
Histórias. São Paulo:Ática, 2002. p.102).
Tenha sido uma simples forma de pagamento, na busca por uma melhor
explicação, ou somente uma forma de retribuir ao colega todas as vezes que o mesmo o
ajudou, não se sabe ao certo. Porém, visto que a escola é um local de formação da
personalidade dos alunos, pois há um convívio social muito grande, a única coisa que se
tem certeza é o sentimento de raiva do personagem Pilar e o seu aprendizado, no caso
do significado das palavras “delação” e “corrupção”.
O conto mostra como a educação naquela época era diferente da ministrada nos
dias de hoje. Mesmo que numa relação hierárquica, com o uso da palmatória, numa sala
em que beirava o medo, os professores eram respeitados em seu papel.
Percebe-se que a relação imposta como autoritária pelo pai, que também era o
mestre, com o menino Raimundo, aluno da escola, é que o faz tomar a decisão de pagar
pela explicação a uma outra pessoa para lhe ensinar o que o mestre/pai já havia
ensinado, mas que ele não aprendera, e pelo medo que tinha do pai, faz o que faz,
demonstrando que essa relação de autoritarismo, uma relação hierárquica não traz
benefícíos para nenhuma das partes.
O mesmo acontece na educação. Sem o respeito, que deve ser "imposto" pelo
professor, e pela sociedade para com o professor, não há como se ter uma troca de
conhecimento saudável, que possa beneficiar tanto professor, como aluno e a sociedade
em si.
Referências Bibliográficas
http://www.releituras.com/machadodeassis_bio.asp
http://www.suapesquisa.com/machadodeassis/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palmat%C3%B3ria
http://biblio.com.br/defaultz.asplink=http://biblio.com.br/conteudo/MachadodeAssis/co
ntodeescola.htm