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Vitória
2016
VANTUIL MANOEL THEBAS
Vitória
2016
(Biblioteca Nilo Peçanha do Instituto Federal do Espírito Santo)
CDD: 669
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA METALÚRGICA E DE
MATERIAIS
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________________
PROF. DR. MARCELO LUCAS PEREIRA MACHADO
IFES – Instituto Federal do Espírito Santo
(Orientador)
______________________________________________
PROF. DR. ESTÉFANO APARECIDO VIEIRA
IFES – Instituto Federal do Espírito Santo
______________________________________________
PROF. DR. JOSÉ DENTI FILHO
UFES – Universidade Federal do Espírito Santo
DECLARAÇÃO DO AUTOR
___________________________________
Vantuil Manoel Thebas
AGRADECIMENTOS
Quero agradecer a Deus, causa primeira de todas as coisas, sem o qual o homem
se torna fraco e nada consegue realizar.
À minha esposa, Ana Lúcia Saraiva Thebas, pelo amor e apoio incondicionais,
pela força e compreensão nos momentos críticos, pela paciência e pelos cuidados
com nossa filha pequena durante o período de realização desse trabalho.
RESUMO
In this work, a study of the rolling force behavior on the 8-ton duo reversible rolling
mill was performed, which is used for teaching and learning of students from the
Technical Course in Mechanics and in the Graduate Program in Metallurgical and
Materials Engineering in the Federal Institute of the Espírito Santo. For the
calculations of rolling force based on the rolled sheet thickness, the theoretical
prediction models of Ekelund and Bland & Ford were used. The elastic strain of
the rolling mill and the rolled sheet output speed were also predicted from the same
models. The simulation was validated when comparing the force values predicted
by the models with those values measured directly from the rolling mill. From the
elastic strain value obtained from the simulation, a mathematical expression was
established, that allows fast determination of the rolling force as a function of the
gap and the finished thickness of the rolled sheet.
∆l
[adm] – Deformação da base metálica dos extensímetros;
l0
∆Rfio
[adm] – Variação percentual da resistência elétrica dos extensímetros;
R0
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 18
2 OBJETIVOS ................................................................................................. 20
6 CONCLUSÕES ............................................................................................ 92
REFERÊNCIAS......................................................................................94
APÊNDICE A – Circuito de Comando do Laminador.............................96
APÊNDICE B – Fluxograma Bland&Ford..............................................97
APÊNDICE C – Rotina Bland&Ford......................................................98
APÊNDICE D – Rotina Carga de Laminação.......................................102
APÊNDICE E – Rotina Velocidade de Laminação...............................104
APÊNDICE F – Rotina Arduíno R3......................................................106
18
1 INTRODUÇÃO
No caso específico deste trabalho, todas as considerações e estudos têm por base
o laminador Machine duo reversível de 8 toneladas de carga do Laboratório de
Conformação Mecânica do IFES campus Vitória, o qual pode ser visualizado na
figura 1. Este laminador é atualmente usado pelo Programa de Pós-Graduação
em Engenharia Metalúrgica e de Materiais e pelo Curso Técnico em Mecânica do
Instituto Federal do Espírito Santo – IFES.
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Outra forma de se realizar estes passes com diferentes reduções seria a colocação
de laminadores em linha (trem contínuo), conforme apresentado pela figura 3, a uma
distância predeterminada, de modo que eles possam trabalhar o material sucessiva e
simultaneamente, com a laminação a frio iniciando-se após o trabalho a quente.
23
As principais variáveis que influenciam na laminação são o diâmetro dos cilindros (D),
a resistência à deformação do metal laminado, o atrito entre os cilindros e o metal, a
presença de tração à frente ou a ré na tira laminada, a espessura de entrada do
material e a velocidade de laminação. A resistência à deformação, por sua vez, é
afetada por alguns parâmetros tais como:
a) A composição química do material laminado (ex.: o % de carbono no aço);
24
L = √R . ∆h.............................................................................................................(1)
Equação 1 – Arco de contato da tira com os cilindros do laminador
25
∆ℎ
𝛼 = √ 𝑅 .................................................................................................................(2)
A deformação logarítmica homogênea sofrida pela tira ao sair do laminador pode ser
determinada pela equação 3.
ℎ
𝜀ℎ = 𝑙𝑛 [ ℎ𝑖 ].............................................................................................................(3)
𝑓
ℎ𝑖
𝜀(𝜑) = 𝑙𝑛 [ ℎ ]..................................................................................(4)
𝑓 + 2 . 𝑅 . (1− cos 𝜑)
A deformação efetiva do material, dada pela equação 5, pode ser obtida pelo produto
da deformação logarítmica homogênea pelo critério de Von Mises (SICILIANO, 1999)
(MACHADO, 2005).
2 ℎ
𝜀𝑒 = . 𝑙𝑛 [ ℎ𝑖 ].......................................................................................................(5)
√3 𝑓
60 . 𝛼
𝑡= ...............................................................................................................(6)
2. 𝜋. 𝑈
𝜀𝑒
𝜀̇ = ......................................................................................................................(7)
𝑡
Assim, a taxa de deformação efetiva no passe pode ser expressa pela equação 8.
𝜋 . √3 . 𝑈 ℎ
𝜀̇ = . 𝑙𝑛 (ℎ 𝑖 ).................................................................................................(8)
45 . 𝛼 𝑓
Figura 6 – Condição de: (a) Agarre e (b) Arraste da tira pelos cilindros
Considerando que 𝜓 é o ângulo do atrito, então tem-se 𝑡𝑎𝑛 𝛼 < 𝑡𝑎𝑛 𝜓 no momento do
agarre, ou seja, 𝛼 < 𝜓. Naturalmente que o caso limite ocorre para 𝛼 = 𝜓,
apresentado pela equação 10. Essa condição possibilita o cálculo da redução máxima
de espessura que permitirá o agarre da tira pelos cilindros do laminador.
Δℎ𝑚á𝑥 = 𝜇 2 . 𝑅.......................................................................................................(10)
Equação 10 – Máxima redução de espessura permitida na tira
A velocidade da tira ao sair dos cilindros do laminador (𝑉𝑓 ) é maior que a velocidade
periférica dos cilindros (𝑉𝑟 ), que por sua vez é maior que a velocidade da tira na
entrada dos cilindros (𝑉𝑖 ). Assim, existe um plano vertical dentro da zona de
deformação que é denominado “plano neutro”, no qual a velocidade da tira se iguala
à velocidade periférica dos cilindros (MACHADO, 2009).
𝜶𝑵 𝛼
∫0 𝐹̅ (𝜑)𝑑𝜑 + ∫𝜶 𝐹̅ (𝜑)𝑑𝜑 = 0............................................................................(11)
𝑵
𝜇 . sin(𝛼) + cos(𝛼)−1
𝛼𝑁 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑖𝑛 [ ].............................................................................(12)
2. 𝜇
𝜓
O valor máximo de 𝛼 (𝛼𝑁𝑚á𝑥 ) será e ocorrerá em 𝛼 = 𝜓. Isso pode ser visualizado
4
𝛼 1 𝛼 2
𝛼𝑁 = − . ( 2 ) ..................................................................................................(13)
2 𝜇
𝛼 1
𝛼𝑀 = + . 𝛼 2 .................................................................................................(14)
2 4. 𝜇
𝑐 𝑃
𝑅 ′ = 𝑅 . [1 + (ℎ − ℎ . (𝑊)].....................................................................................(15)
𝑖 𝑓)
Onde,
16 . (1−𝛾2 )
𝑐= , sendo 𝛾 (𝑎𝑑𝑚) e 𝐸 (𝐾𝑔𝑓 ⁄𝑚𝑚2 ) são respectivamente o Coeficiente de
𝜋. 𝐸
Pode-se expressar o ângulo de contato em função do raio R’, segundo a equação 16.
31
∆ℎ
∆ℎ (1 − )
4 . 𝑅′
𝛼′ = √[ ]................................................................................................(16)
𝑅′
Sabe-se que a velocidade de saída da tira é maior que a velocidade tangencial dos
cilindros de trabalho. A velocidade tangencial dos cilindros no ponto neutro B tem
relação com a velocidade angular (𝑈) dos cilindros, sendo dada pela equação 17.
32
2 . 𝜋 . 𝑅′ . 𝑈
𝑉𝑟 = ......................................................................................................(17)
60
ℎ𝑁 = ℎ𝑓 + 2 . 𝑅 ′ . (1 − cos 𝛼𝑁 )................................................................................(18)
Equação 18 – Espessura da tira no ângulo neutro
2 . 𝑅′
𝑉𝑓 = 𝑉𝑟 . [1 + ( . cos 𝛼𝑁 − 1) . (1 − cos 𝛼𝑁 )]......................................................(19)
ℎ𝑓
2 . 𝑅′
𝜆= ( . cos 𝛼𝑁 − 1) . (1 − cos 𝛼𝑁 )......................................................................(20)
ℎ𝑓
𝜆𝑓 = 1 + 𝜆..............................................................................................................(21)
Equação 21 – Fator de deslizamento à frente da tira laminada
Segundo (PLAUT, 1987), uma estimativa para a carga de laminação de tiras a frio
pode ser obtida considerando o processo de laminação como uma compressão
homogênea, ou seja, a distribuição de pressão ao longo do arco de contato é uniforme.
A área de contato dos cilindros com a tira será dada pela equação 22.
33
𝐴 = 𝐿 . 𝑊 = √𝑅. Δℎ . 𝑊...........................................................................................(22)
Equação 22 – Área de contato dos cilindros de laminação
𝑃 1,6 . 𝜇 . √𝑅 ′ . Δℎ − 1,2 . Δℎ
= 𝑆̅ . √𝑅 ′ . Δℎ [1 + (ℎ𝑖 + ℎ𝑓 )
]...............................................................(23)
𝑊
1 1,6 . 𝜇 . 𝑆̅ 1,2 . Δℎ ∆ℎ
(𝐶 . − (ℎ𝑖 + ℎ𝑓 )
) . 𝑅 ′ . ∆ℎ − 𝑆̅ . (1 − (ℎ𝑖 + ℎ𝑓 )
) . √𝑅 ′ . ∆ℎ − = 0 ..............................(24)
𝑅 𝐶
2
2
1,2 . Δℎ 1,2 . Δℎ 1 ̅ ∆ℎ
1,6 . 𝜇 . 𝑆
𝑆̅.(1 − ) + √𝑆̅ 2 (1 − ) + 4.( − ).
(ℎ𝑖 + ℎ𝑓 ) (ℎ𝑖 + ℎ𝑓 ) 𝐶 . 𝑅 (ℎ + ℎ ) 𝐶
′ 1 𝑖 𝑓
𝑅 = . ..................................(25)
∆ℎ 1 ̅
1,6 . 𝜇 . 𝑆
2 .( − )
𝐶 . 𝑅 (ℎ + ℎ )
[ 𝑖 𝑓
]
Equação 25 – Resolução da expressão quadrática em (√𝐑′ . ∆𝐡 )
𝐷
𝑀𝑓𝑟𝑐 ≈ 𝑃. 𝜇 ′ . 𝑑𝑐 . 𝐷 𝑡𝑟𝑎𝑏 ...............................................................................................(28)
𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜
𝑚 . ∆𝑤
𝑄𝑙𝑎𝑚 = ..........................................................................................................(29)
𝑡
𝑄𝑙𝑎𝑚
(𝑀𝑙𝑎𝑚 + 𝑀𝑓𝑟𝑐 ) = 103 . ......................................................................................(30)
𝜔𝑐
103 . 𝑄𝑙𝑎𝑚
𝑃≅ (2.𝛽.√𝑅 . ∆ℎ + 𝜇 ′ . 𝑑𝑐 ) . 𝜔𝑐
..........................................................................................(31)
𝑃𝑚𝑒𝑑
𝑃 = 𝐴 . 𝑆. ( ).......................................................................................................(32)
𝑆
𝑃𝑚𝑒𝑑
A figura 11 apresenta um exemplo de gráfico de carga estática, onde ( ) depende
𝑆
do atrito exterior (𝛿), da relação existente entre o comprimento do arco de contato (L)
ℎ𝑖 + ℎ𝑓
e a espessura média do material laminado ( ) e também da redução relativa de
2
∆ℎ
espessura no passe ( ℎ ) 𝑥100.
𝑖
Kulikov et al. (1976) afirma que todos os métodos teóricos de cálculo conhecidos
𝑃𝑚𝑒𝑑
diferem um do outro pelo procedimento empregado para se determinar ( ).
𝑆
𝑃𝑚𝑒𝑑
O método de A. Tsélikov, um dos mais utilizados, permite determinar ( ) = 𝑓(𝛿)
𝑆
∆ℎ
para diferentes reduções de espessura ( ℎ ) 𝑥100. O coeficiente 𝛿 é determinado pela
𝑖
𝑅 ∆ℎ
expressão 𝛿 = 2. 𝜇√∆ℎ, onde 𝜇 é o atrito exterior. Os valores de 𝑆 = 𝑓 ( ℎ ) e 𝜇 podem
𝑖
𝑑ℎ
= 𝑑𝑥 . tan 𝜑 = 𝑅 ′ . 𝑑𝜑 . sin 𝜑.................................................................................(34)
2
Bland & Ford (1948, apud Helman et al., 1988) consideram que a largura da tira é
unitária e estudam as componentes de todas as forças que atuam em cada bloco
separadamente. Adotando-se como positivas as forças nos blocos (M e N) que se
dirigem da direita para a esquerda, obtêm-se na direção x as seguintes forças:
𝑑𝑥
2 . (𝑃𝑟 . cos 𝜑) . sin 𝜑...................................................................................................(36)
𝑖𝑖𝑖 – Devido às forças de atrito (µ.Pr) nos dois cilindros na direção 𝑥, a equação 37.
𝑑𝑥
2 . 𝜇 . (𝑃𝑟 . cos 𝜑) . cos 𝜑..............................................................................................(37)
Bland & Ford (1948, apud Helman et al., 1988) desenvolveram essa condição de
equilíbrio dada pela equação 38 para os dois blocos e chegaram às expressões que
definem a distribuição de pressão nas regiões de saída e entrada do arco de contato
após algumas simplificações seguidas de considerável trabalho algébrico.
𝑃+ ℎ
= ℎ . 𝑒𝑥𝑝 (+ 𝜇. 𝐻(𝜑)).........................................................................................(39)
𝑆 𝑓
𝑃− ℎ
= ℎ . 𝑒𝑥𝑝 [𝜇 . (𝐻𝑖 − 𝐻(𝜑))]..................................................................................(40)
𝑆 𝑖
Onde,
𝑅′ 𝑅′
𝐻(𝜑) = 2 . √ℎ . 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (√ℎ . 𝜑)............................................................................(41)
𝑓 𝑓
𝑃+ 𝑡𝑓 ℎ
= (1 − ) . ℎ . 𝑒𝑥𝑝 (+𝜇. 𝐻(𝜑))..........................................................................(42)
𝑆 𝑆𝑓 𝑓
𝑃− 𝑡𝑖 ℎ
= (1 − ) . ℎ . 𝑒𝑥𝑝 [𝜇 . (𝐻𝑖 − 𝐻(𝜑))]...................................................................(43)
𝑆 𝑆𝑖 𝑖
ℎ 𝐻𝑁 ℎ
𝛼𝑁 = √𝑅𝑓′ . 𝑡𝑔 [ . (√ 𝑅𝑓′ )]......................................................................................(44)
2
Onde,
𝑡𝑓
ℎ𝑖 .(1− )
𝐻𝑖 1 𝑆𝑓
𝐻𝑁 = − 2 . 𝜇 . 𝑙𝑛 [ 𝑡 ].....................................................................................(45)
2 ℎ𝑓 .(1− 𝑖 )
𝑆𝑖
Segundo Bland & Ford (1948, apud Helman et al., 1988), calcula-se a carga de
laminação pela integral da função distribuição de pressão nas regiões de saída (+) e
entrada (-) do arco de contato dos cilindros, segundo a equação 46.
𝑃 𝛼 𝛼
= 𝑅 ′ . (∫0 𝑁 𝑃+ (𝜑) . 𝑑𝜑 + ∫𝛼 𝑃− (𝜑) . 𝑑𝜑 ).............................................................(46)
𝑊 𝑁
Suponha que as distâncias entre os cilindros do laminador girando a vazio seja hf.
Quando se introduz o material a ser laminado, a abertura do cilindro aumenta para h
(h > hf) como resultado da deformação que comprime os cilindros contra seus
mancais, do alongamento das colunas da cadeira de laminação, da flexão dos
cilindros e desaparecimento das folgas existentes no conjunto. A diferença (ℎ − ℎ𝑓 )
denomina-se “cedagem do laminador”, ou seja, o quanto o laminador literalmente cede
elasticamente durante o processo de laminação. A cedagem depende diretamente da
força de laminação, das características do material da cadeira e do tipo construtivo de
cadeira, o que define a rigidez mecânica do laminador.
𝑃
𝑔𝑎𝑝 = ℎ𝑓 − 𝐾...........................................................................................................(47)
Como o módulo de rigidez de um laminador (K) não é um valor infinito, uma quantidade
significativa de deformação ocorre quando esta estrutura é submetida a elevadas
cargas de laminação. A figura 16 mostra uma representação gráfica das variáveis de
processo envolvidas. O ponto C constitui-se no ponto de operação do sistema, sendo
formado pelo cruzamento das curvas “carga-deformação do laminador” e “carga-
deformação da tira laminada”.
Segundo Machado (2009), a situação analisada pode ser produzida geralmente por
matéria-prima não homogênea ou por recozimento não uniforme, que provoquem
alterações aleatórias da TEM – tensão de escoamento média do material laminado.
Vale ressaltar que o inverso da situação analisada também se aplica, ou seja, uma
redução no limite de escoamento do material laminado implicaria em redução da
46
Outra análise que pode ser feita é quanto à variação da espessura inicial do esboço
influenciando na espessura final do produto laminado. A figura 18 permite visualizar
a correção necessária na abertura dos cilindros para se evitar o erro dimensional no
produto final laminado.
𝑃
𝐾= (ℎ𝑓 − 𝑔𝑎𝑝)
..........................................................................................................(48)
𝑃1 = 𝐾(ℎ𝑓1 − 𝑔𝑎𝑝)
...................................................................................................(49)
𝑃2 = 𝐾(ℎ𝑓2 − 𝑔𝑎𝑝)
Equação 49 – Sistema de equações para se determinar o valor de (K)
𝑃1 −𝑃2
𝐾= .............................................................................................................(50)
ℎ𝑓1 −ℎ𝑓2
Onde,
P1 e P2 – Carga de laminação das tiras 1 e 2 respectivamente, medidas a partir do
sensor de força tipo célula de carga instalado no laminador;
hf1 e hf2 – Espessura final das tiras 1 e 2 respectivamente.
Torna-se conveniente que este procedimento seja repetido várias vezes a fim de se
determinar a incerteza de K como função das possíveis variações de g. Esta última
equação permite saber qual o valor correcional necessário a ser aplicado à abertura
entre os cilindros de laminação (gap) a fim de se corrigir o erro dimensional numa
cadeira final da laminação.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Foram usados cabos blindados na transmissão dos sinais medidos pelos sensores de
velocidade dos cilindros do laminador e nas células de carga, objetivando eliminar
possíveis interferências eletromagnéticas (ruído eletromagnético) no sinal medido.
Este inversor tem por padrão duas entradas analógicas (uma para referência remota
da velocidade e outra sem função) e duas saídas analógicas (uma para o sinal de
velocidade e outra para a corrente do motor controlado). Para sua correta operação
foi necessário seguir o manual do fabricante e realizar a configuração do mesmo
ajustando alguns parâmetros, tais como tempo de aceleração e desaceleração,
corrente de sobrecarga, parâmetros de placa do motor (tensão, corrente, velocidade,
frequência e potência nominais) e também a configuração da comunicação serial.
cilindros, um botão de zero pode ser pressionado a fim de que a indicação em seu
display seja zero. Quando o volante de abertura dos cilindros do laminador for
manualmente atuado, o display do módulo contador indicará o valor da abertura,
permitindo ao experimentador a escolha do valor do gap desejado para a realização
do experimento. Uma escala de medição com resolução de 1 mm foi instalada anexa
ao encoder linear para simples visualização física do valor ajustado na abertura. A
figura 22 apresenta o encoder linear óptico instalado no laminador e o sensor
infravermelho (IR) para a medição da velocidade de rotação dos cilindros.
Como o sensor difuso foi alimentado por uma tensão de aproximadamente 10 Vcc a
partir do módulo ADS0500 (LYNX TECNOLOGIA ELETRÔNICA LTDA, 2003) e a
máxima tensão permitida na entrada digital do Arduíno é de 5 Vcc, foi necessário um
circuito divisor de tensão antes que os pulsos do sensor pudessem ser capturados
pelo Arduíno. A figura 24 apresenta a interligação do sensor difuso à placa Arduíno,
e esta por sua vez interligada ao microcomputador.
O Arduíno Uno R3 por sua vez possui seis pinos de entrada analógica (A0 até A5) e
quatorze pinos de I/O digital, dos quais seis permitem saída PWM (EVANS, NOBLE e
HOCHENBAUM, 2013). A placa tem um processador ATmega328P com clock de 16
MHz e uma memória flash de 32 KB.
Para que um motor DC possa medir velocidades ele necessita ser usado como um
tacômetro analógico, o qual consiste em um pequeno motor com seu rotor imerso em
um campo magnético permanente (BALBINOT e BRUSAMARELLO, 2007). O eixo
de um gerador DC foi firmemente acoplado a um dos cilindros do laminador para que
sua rotação possa gerar uma tensão proporcional à velocidade de rotação do cilindro.
A figura 25 apresenta o tacômetro analógico montado a partir de um gerador DC.
Para que esse gerador DC pudesse ser usado como sensor de velocidade foi
necessário o levantamento de sua curva de comportamento no laboratório de
Instrumentação do IFES. Um segundo motor com a possibilidade de variação de sua
velocidade foi acoplado ao eixo do gerador DC formando um conjunto moto – gerador
solidário. Usou-se o osciloscópio digital GW-Instek, modelo GDS-1102A de 100 MHz,
para medir a velocidade do conjunto solidário a partir da frequência dos pulsos de um
sensor binário indutivo acoplado ao conjunto, e o calibrador de processo digital modelo
Victor 78, na função multímetro e na escala automática, para medir o sinal de saída
em tensão do gerador DC. Observou-se nesse levantamento que, apesar do interesse
nas velocidades mais baixas, a maior linearidade do gerador DC se faz para
velocidades mais elevadas, sendo o conjunto solidário ensaiado para velocidades
crescentes até próximo de 2000 rpm. Na figura 26 foi apresentado apenas a faixa
interesse do ensaio devido à escala do gráfico, ou seja, a faixa de 0 até 35 rpm.
A carga de laminação é sem dúvida uma das grandezas mais importantes a serem
medidas em um laminador industrial. Muitos pesquisadores criaram modelos
matemáticos diversos para sua predição tanto a quente quanto a frio. O esforço entre
os cilindros é fator determinante da potência elétrica do motor que os aciona.
Os sensores de força tipo célula de carga foram confeccionados a partir de uma base
metálica cilíndrica em aço inox, cada uma com 4 extensímetros de 350 Ω interligados
eletricamente entre si, firmemente colados à superfície da base metálica e com os
eixos de simetria dispostos alternadamente a 90º uns dos outros, conforme figura 29.
60
𝜎 = 𝐸 . 𝜀..................................................................................................................(52)
Equação 52 – Lei de Hooke
𝜎𝑣 = 𝜎0 + 𝐾𝐿 . 𝜀 𝑁𝐿 ....................................................................................................(53)
Equação 53 – Equação de Ludwik
A deformação, por sua vez, não ocorre apenas na direção em que a força é aplicada
(direção x), mas também ocorre uma redução (ou aumento) da secção transversal do
corpo (direções y e z), conforme apresentado pela figura 32.
𝑑𝐷⁄
𝐷
−𝛾 = 𝑑𝑙⁄ ...............................................................................................................(54)
𝑙
∆𝑅𝑓𝑖𝑜
⁄𝑅
′
𝐾 = ∆𝑙⁄
0
............................................................................................................(55)
𝑙0
𝑙
𝑅𝑓𝑖𝑜 = 𝜌 . 𝐴 ...........................................................................................................(56)
𝑠𝑐
𝑑𝑅𝑓𝑖𝑜 𝑑𝜌 𝑑𝑙
= + (1 + 2 . 𝛾)..........................................................................................(57)
𝑅𝑓𝑖𝑜 𝜌 𝑙
𝑑𝜌
A parcela é referente ao material, e para muitos materiais a relação entre a variação
𝜌
𝑑𝑅𝑓𝑖𝑜
𝑅𝑓𝑖𝑜 = 𝑅0 . (1 + ) ≈ 𝑅0 . (1 + 𝐾′ . 𝜀) ................................................................(58)
𝑅0
𝐸0 𝐾′ . 𝜀 . (1+ 𝛾) 𝑥 10−3
= .....................................................................................(59)
𝐸𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒 2 + 𝐾′ . 𝜀 . (1− 𝛾) 𝑥 10−6
𝐸𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒
∆𝐸0 = . 𝐾 ′ . 𝜀. (1 + 𝛾)......................................................................................(60)
2
𝐸0 𝑆𝐺1 𝑆𝐺4
= [(𝑆𝐺1+𝑆𝐺2) − (𝑆𝐺4+𝑆𝐺3)].................................................................................(61)
𝐸𝐹𝑜𝑛𝑡𝑒
de carga foram ensaiadas individualmente pelo fabricante até 6000 Kgf, o que totaliza
uma faixa de medição de 0 Kgf a 12000 Kgf. Essa faixa de medição é 50% maior que
aquela necessária para cobrir o limite máximo de carga suportado do laminador.
Conforme pode ser observado na figura 35, a sensibilidade máxima das células de
carga 1 e 2 são respectivamente 0,150 mV/V e 0,195 mV/V, que alimentadas pelo
módulo ADS0500 apresentaram um comportamento conforme figuras 38 e 39.
Conforme figuras 38 e 39, para uma força de 6000 Kgf em cada célula pode-se
observar um sinal de 1,48 mV na saída da célula 1 e 1,94 mV na saída da célula 2.
Na figura 37 observa-se que estas células estão respectivamente conectadas aos
canais 9 e 11 na entrada do módulo ADS0500, o qual disponibiliza nos pinos 28 e 31
um sinal de saída de 428 mV e 564 mV respectivamente. O canal A1 do Arduíno
recebe o sinal do pino 28 do módulo ADS0500 e o canal A3 recebe o sinal do pino 31.
A placa do Arduíno Uno R3 é responsável por fazer a captura dos sinais medidos
pelas células de carga 1 e 2 e disponibilizá-los na porta USB do microcomputador.
O sketch do Arduíno é apresentado no apêndice F – Rotina Arduíno R3, mais
especificamente na seção “//Carga de laminação e velocidade do gerador DC”. Ele
faz o tratamento do sinal analógico capturado pelos canais A1 e A3, começando pela
leitura de sinal no canal A1 e escalonando esse valor na faixa de 0 a 5 Vcc.
72
Internamente o Arduíno converte esse valor para faixa de 0 a 88, no caso do canal
A1, e posteriormente na faixa de saída de 0 a 6000 Kgf. Depois ele repete o mesmo
procedimento para o canal A3 considerando uma faixa interna de 0 a 115,
disponibilizando a soma dos dois valores escalonados em sua saída serial. A
diferença entre os valores internos de faixa no sketch do Arduíno se deve às
diferenças entre as faixas de sinais gerados pelas células de carga 1 e 2 do projeto.
A placa do Arduíno Uno R3 interliga-se por cabo a uma das portas USB do
microcomputador e pode ser visualizada na figura 42.
Utilizou-se uma célula de carga de 10000 Kgf e uma velocidade de deslocamento das
garras da máquina de 1 mm/min para o CP1, 5 mm/min para CP2 e CP3, 10 mm/min
para CP4 e 50 mm/min para CP5. A aproximação da curva tensão x deformação
verdadeira pela equação de Ludwik e a determinação do limite de escoamento da liga
de Alumínio 6063-T5 constituiu-se no principal objetivo deste ensaio de tração.
Os ensaios realizados com os cinco corpos de prova apontam para uma tensão de
escoamento média (TEM) da ordem de 129,8 ± 7,0 MPa (13,2 ± 0,7 Kgf/mm2) e a
74
𝐹𝐶𝑃
𝜎𝑣 = ..................................................................................................................(62)
𝐴𝑖
A deformação verdadeira, por sua vez, pode ser definida segundo a equação 63,
sendo 𝑙𝑖 o comprimento instantâneo do corpo de prova.
75
𝑙
𝜀𝑣 = ln (𝑙 𝑖 )..............................................................................................................(63)
0
CALLISTER (2006) afirma que, considerando que não ocorre nenhuma mudança de
volume durante a deformação do corpo de prova, ou seja, se a relação 𝐴𝑖 . 𝑙𝑖 = 𝐴0 . 𝑙0 ,
a tensão verdadeira e a deformação verdadeira podem ser determinadas em função
de seus equivalentes de engenharia segundo as equações 64 e 65, válidas até o
estabelecimento do pescoço na amostra ensaiada.
𝜎𝑣 = 𝜎 . (1 + 𝜀)......................................................................................................(64)
Equação 64 – Tensão verdadeira em função da tensão de engenharia
𝜀𝑣 = ln(1 + 𝜀).........................................................................................................(65)
Equação 65 – Deformação verdadeira em função da deformação de engenharia
O fabricante atesta que as propriedades mecânicas das barras são conforme NBR
7000 (Propriedades mecânicas do produto), com Limite de Escoamento Mínimo de
105 Mpa, Limite de Resistência Mínimo de 145 Mpa, Alongamento Mínimo de 8% e
Dureza Brinell de 66 HB, e a composição química das barras conforme NBR 6834
(Alumínio e suas ligas). A tabela 3 apresenta a composição química dessas barras.
Al Si Fe Cu Mn Mg Cr Zn Ti Outros
Restante 0,20 - 0,60 0,35 0,10 0,10 0,45 - 0,90 0,10 0,10 0,10 0,15
Fonte: (ALUMIPLAST PRODUTOS EM ALUMÍNIO)
77
O laminador Machine possui dois cilindros confeccionados em aço AISI 52100 com
diâmetro de 55 mm e dureza superficial de 60 RC. A composição química do aço AISI
52100 pode ser observada na tabela 4.
Fe Cr C Mn Si S P
96,5 – 97,32 1,30 - 1,60 0,98 – 1,10 0,25 – 0,45 0,15 – 0,30 < 0,025 < 0,025
Fonte: (AZO MATERIALS)
Propriedades Valor
Coeficiente da expansão Térmica 11,9 µm/m°C
Condutibilidade Térmica (aço típico) 46,6 W/mK
Densidade 7,81 g/cm3
Ponto de Fusão 1424°C
Módulo de Elasticidade 190 - 210 GPa
Coeficiente de Poisson 0,27 - 0,30
Fonte: (AZO MATERIALS)
Os dados no geral foram obtidos por medição manual, através da placa de Arduíno
Uno R3 interligada ao microcomputador, pelos softwares Hyper Terminal Applet
versão 6.1 e SuperDrive 5.91 (WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S.A., 2008),
sendo este último fornecido juntamente com o inversor de frequências. A taxa de
amostragem utilizada foi de 5 amostras por segundo, ou seja, um período de
amostragem de 200 milissegundos, tanto no sketch do Arduíno como no software
SuperDrive 5.91 para gerenciamento do inversor.
79
Amostras 1 2 3 4 5 6 7
Largura (wi) 50,8 mm 50,8 mm 50,8 mm 50,8 mm 50,8 mm 50,8 mm 50,8 mm
Espessura (hi) 6,45 mm 6,45 mm 6,45 mm 6,45 mm 6,45 mm 6,45 mm 6,45 mm
Gap Laminador 6,001 mm 5,800 mm 5,600 mm 5,400 mm 5,200 mm 5,002 mm 4,800 mm
Espessura (hf) 6,45 mm 6,35 mm 6,25 mm 6,10 mm 6,00 mm 5,85 mm 5,70 mm
Largura (wf) 50,8 mm 50,8 mm 50,8 mm 50,9 mm 50,9 mm 51,0 mm 51,0 mm
Nota-se que, mesmo com o gap do laminador ajustado para um valor menor que
a espessura inicial da primeira amostra, ainda assim não houve redução de
espessura na amostra após sua passagem pelos cilindros. Obteve-se as forças
de esmagamento nos cilindros para cada uma das amostras a partir do Arduíno
Uno e os valores foram tratados, reagrupados e apresentados na figura 48.
inversor. O torque do motor foi escalonado para uma faixa de 0% a 150% de seu
valor nominal, sendo resultante de um processamento interno realizado pelo
inversor, assim como seus valores de potência. A figura 50 apresenta uma
sequência de dados obtidos para uma outra série de sete amostras ensaiadas no
laminador, onde a velocidade do motor foi escalonada para um valor 50 vezes
menor objetivando uma melhor visualização gráfica.
Como a amostra passa pelos cilindros do laminador num tempo muito pequeno,
observa-se picos de corrente, torque e potência elétrica. A intensidade dos picos
aumenta para as amostras que sofrem as maiores deformações e a rotação do
motor se mantém constante durante todo o experimento. Apesar de promissor, os
dados de potência elétrica do motor do laminador não foram obtidos na mesma
base de tempo que os demais dados, não podendo assim ser usado na estimativa
da carga de laminação em comparação com os modelos de Ekelund e Bland&Ford.
82
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Pode-se observar nas figuras 52 e 53 que a amostra 7 tem a menor espessura final e
as maiores deformações acumuladas ao longo do arco de contato. Como para a
amostra 2 se sucede o inverso, pode-se afirmar que quanto maiores as deformações
impostas às amostras menores serão as espessuras finais dessas amostras. Na
figura 53 observa-se que as taxas de deformação imposta às amostras são maiores
na entrada do arco de contato e menores na saída do mesmo. Isso se explica pelo
fato de que na região de saída do arco de contato o material já acumula deformações
plásticas maiores, dificultando a variação da espessura da amostra laminada.
84
Amostras 1 2 3 4 5 6 7
hi (mm) 6,45 6,45 6,45 6,45 6,45 6,45 6,45
hf (mm) 6,45 6,35 6,25 6,10 6,00 5,85 5,70
Wi (mm) 50,80 50,80 50,80 50,80 50,80 50,80 50,80
Wf (mm) 50,80 50,80 50,80 50,90 50,90 51,00 51,00
gap (mm) 6,00 5,80 5,60 5,40 5,20 5,00 4,80
Δh (mm) 0,00 0,10 0,20 0,35 0,45 0,60 0,75
Wmed (mm) 50,80 50,80 50,80 50,85 50,85 50,90 50,90
Atrito (adm) [eq. 10] 0,00 0,06 0,08 0,11 0,13 0,15 0,16
L (mm) [eq. 1] 0,00 1,72 2,40 3,16 3,58 4,12 4,60
Ekelund (Kgf/mm) [eq. 23] 0,00 31,22 43,85 57,94 65,77 76,16 85,46
R’ (mm) [eq. 15] 27,50 29,47 28,88 28,55 28,42 28,30 28,22
Carga Ekelund (ton) [eq. 23] 0,00 1,33 1,87 2,47 2,80 3,25 3,65
Carga Bland&Ford (ton) [eq. 46] 0,00 0,60 1,04 1,73 2,22 3,01 3,87
Carga Medida (ton) 0,00 0,69 1,43 1,81 2,45 2,82 3,27
Amostras 1 2 3 4 5 6 7
hf (mm) 6,45 6,35 6,25 6,10 6,00 5,85 5,70
Gap (mm) 6,00 5,80 5,60 5,40 5,20 5,00 4,80
Cedagem Ekelund (mm/ton) [eq. 48] inf 0,41 0,35 0,28 0,29 0,26 0,25
Cedagem Bland&Ford (mm/ton) [eq. 48] inf 0,91 0,63 0,40 0,36 0,28 0,23
Cedagem Medida (mm/ton) [eq. 48] inf 0,14 0,14 0,14 0,14 0,14 0,14
𝑃 𝛼 𝛼 𝑐 𝑃
= 𝑅 ′ . (∫0 𝑁 𝑃+ (𝜑) . 𝑑𝜑 + ∫𝛼 𝑃− (𝜑) . 𝑑𝜑 ), com 𝑅 ′ = 𝑅 . [1 + ℎ − ℎ . (𝑊)]
𝑊 𝑁 𝑖 𝑓
Uma vez que a laminação a frio geralmente envolve valores de carga mais elevados,
pode-se usar a equação 66 na determinação do raio deformado R’ que aparece no
modelo Bland&Ford. Modificada pela folga nos cilindros do laminador, a determinação
da carga de laminação pode ser realizada pela equação 66.
[ℎ𝑓 −(𝑔𝑎𝑝+0,45)]
𝑃= ..................................................................................................(66)
0,14
Amostras 1 2 3 4 5 6 7
Carga predita pela cedagem do
0,00 0,71 1,43 1,79 2,50 2,86 3,21
laminador Machine (ton) [eq. 66]
Carga Medida (ton) 0,00 0,69 1,43 1,81 2,45 2,82 3,27
Os valores apresentados pela tabela 10 podem ser melhor visualizados na figura 56.
Amostras 1 2 3 4 5 6 7
hi (mm) 6,45 6,45 6,45 6,45 6,45 6,45 6,45
hf (mm) 6,45 6,35 6,25 6,10 6,00 5,85 5,70
Δh (mm) 0,00 0,10 0,20 0,35 0,45 0,60 0,75
Wi (mm) 50,80 50,80 50,80 50,80 50,80 50,80 50,80
Wf (mm) 50,80 50,80 50,80 50,90 50,90 51,00 51,00
Wmed (mm) 50,80 50,80 50,80 50,85 50,85 50,90 50,90
Atrito (adm) [eq. 10] 0,00 0,06 0,08 0,11 0,13 0,15 0,16
Ekelund (Kgf/mm) [eq. 23] 0,00 31,22 43,85 57,94 65,77 76,16 85,46
Bland&Ford (Kgf/mm) [eq. 46] 0,00 11,87 20,47 34,02 43,70 59,21 75,97
Medida (Kgf/mm) 0,00 13,64 28,13 35,63 48,20 55,46 64,18
RdefEkel (mm) [eq. 15] 27,50 29,15 28,66 28,38 28,27 28,17 28,10
RdefBland (mm) [eq. 15] 27,50 28,25 28,15 28,11 28,11 28,12 28,14
RdefMed (mm) [eq. 15] 27,50 28,36 28,39 28,14 28,18 28,08 28,04
AlfaLEkel (rad) [eq. 16] 0,00 0,06 0,08 0,11 0,13 0,15 0,16
AlfaLBland (rad) [eq. 16] 0,00 0,06 0,08 0,11 0,13 0,15 0,16
AlfaLMed (rad) [eq. 16] 0,00 0,06 0,08 0,11 0,13 0,15 0,16
AlfaNEkel (rad) [eq. 12] inf 0,02 0,02 0,03 0,03 0,04 O,04
AlfaNBland (rad) [eq. 12] inf 0,02 0,02 0,03 0,03 0,04 O,04
AlfaNMed (rad) [eq. 12] inf 0,02 0,02 0,03 0,03 0,04 O,04
VrEkel (mm/s) [eq. 17] 76,14 80,71 79,35 78,57 78,29 78,00 77,81
VrBland (mm/s) [eq. 17] 76,14 78,22 77,93 77,84 77,84 77,87 77,91
VrMed (mm/s) [eq. 17] 76,14 78,53 78,60 77,92 78,02 77,76 77,64
VfEkel (mm/s) [eq. 19] 76,14 80,78 79,50 78,83 78,62 78,45 78,40
VfBland (mm/s) [eq. 19] 76,14 78,29 78,07 78,09 78,17 78,32 78,50
VfMed (mm/s) [eq. 19] 76,14 78,60 78,75 78,18 78,35 78,21 78,21
A velocidade de saída da tira varia desde 76,14 mm/s até aproximadamente 78,XX
mm/s para a amostra número 7. Considerando-se os valores de velocidade
apresentados pela figura 57, têm-se que aqueles preditos com auxílio do modelo de
Bland&Ford são os que mais se aproximam daqueles preditos a partir dos valores de
carga medidos no laminador Machine. Para os três casos analisados, os valores da
velocidade de saída das tiras só se estabilizam para as amostras submetidas às
maiores deformações nos cilindros do laminador. Assim, quanto maior a deformação
na amostra maior será a concordância entre os vários valores da velocidade de saída
estimados a partir dos modelos implementados pela rotina velocidade de laminação,
fazendo com que a modelagem seja uma ferramenta eficaz na predição da velocidade
de saída das tiras laminadas.
92
6 CONCLUSÕES
c) O valor de 0,14 mm/ton para a cedagem do laminador pode ser usado como fator
para a predição da carga de laminação enquanto não se modificar os ajustes
mecânicos feitos na cadeira da máquina e enquanto o material laminador for a mesma
liga em Alumínio (6063-T5).
7 TRABALHOS FUTUROS
Pode-se também sugerir o estudo das microestruturas de variadas ligas metálicas não
ferrosas após níveis diferenciados de encruamento e velocidade de deformação no
passe, correlacionando-as com a carga de laminação implementada no material.
94
REFERÊNCIAS
MCROBERTS, M. Arduino básico. Tradução de Rafael Zanolli. 2a. ed. São Paulo:
Novatec, 2015.
VITOR & BUONO LTDA. Digital readouts SDS3-1. [S.l.]: [s.n.], 18 p. Operation
manual.
%
clear all;
%
% Diâmetro e raio dos cilindros do laminador sem deformação (mm)
D = 55.0000; R = 0.5*D;
%
% Coeficiente de Poisson do material dos cilindros - 0,27 < Poisson < 0,30
PoissonMax=0.30; PoissonMin=0.27;
%
% Módulo de Young do material dos cilindros (Kgf/mm2) - 190(GPa) < Young < 210(GPa)
ModYoungMin = (190*10^3)/9.8; ModYoungMax = (210*10^3)/9.8;
%
% Tensão ou limite de escoamento do material a ser laminado (Kgf/mm2)
Yuniax = 13.2; Sbiax = 2*Yuniax/sqrt(3);
%
% Cálculo do coeficiente C médio da expressão de Hitchcock (mm2/Kgf)
Cmin = 16*(1-PoissonMin^2)/(pi*ModYoungMax);
Cmax = 16*(1-PoissonMax^2)/(pi*ModYoungMin);
Cmed = (Cmax + Cmin)/2;
%
% Carregamento dos dados experimentais apurados no laminador Machine
% wi hi gap hf wf
% Dados = [50.80 6.45 6.00 6.45 50.80;
% 50.80 6.45 5.80 6.35 50.80;
% 50.80 6.45 5.60 6.25 50.80;
% 50.80 6.45 5.40 6.10 50.90;
% 50.80 6.45 5.20 6.00 50.90;
% 50.80 6.45 5.00 5.85 51.00;
% 50.80 6.45 4.80 5.70 51.00];
%
% Carregamento dos parâmetros da curva de Ludwik
SigmaZero = 5; % Parâmetro da Curva de Ludwik (Kgf/mm2)
KL = 95; % Parâmetro da Curva de Ludwik (Kgf/mm2)
NL = 0.85; % Parâmetro da Curva de Ludwik
%
% Carrega os principais parâmetros do passe (fornecidos pelo usuário)
hi = 6.45; % Espessura inicial da tira - valor em (mm)
hf = 5.70; % Espessura final da tira - valor em (mm)
gap = 4.80; % Gap do laminador no passe - valor em (mm)
%
% Carrega os demais parâmetros do modelo Bland&Ford
Ei = 0; % Deformação logarítmica inicial - valor em % de 0 a 100%
Tensfrent = 0; % Tensão à frente - valor em (Kgf/mm2)
Tensre = 0; % Tensão à ré - Valor em (Kgf/mm2)
l = 15; % O número de intervalos do arco deve ser múltiplo de 3 e menor que 120
Deltah = hi - hf; % Redução de espessura do material - valor em (mm)
Somah = hi + hf; % Soma das espessuras do material - valor em (mm)
u = sqrt(Deltah/R); % Coeficiente de atrito - (adm)
%
% Testa as condições de operação quanto às tensões à frente e à ré
Ei = Ei/100; % Deformação logarítmica inicial - Valor de 0 a 1
Ef = Ei + log(hi/hf); % Deformação logarítmica final - Valor de 0 a 1
Sf = SigmaZero + KL*(Ef^NL); % Tensão de escoamento final - Valor em (Kgf/mm2)
Stf = 0.75*Sf; % Tensão de teste da tensão de escoamento final
Si = SigmaZero + KL*(Ei^NL); % Tensão escoamento inicial - Valor em (Kgf/mm2)
Saux = Si; % Armazena valor da tensão de escoamento inicial
Sti = 0.75*Si; % Tensão de teste da tensão de escoamento inicial
99
%
if hf >= hi
msg = 'A espessura final é maior ou igual à espessura inicial.'
return
elseif Tensfrent > Stf
msg = 'Tensão à frente excessiva.'
return
elseif Tensre > Sti
msg = 'Tensão à ré excessiva.'
return
end
%
% Valores da tensão de escoamento calculados em (Kgf/mm2)
S = SigmaZero + KL*(Ef^(NL+1)- Ei^(NL+1))/((Ef-Ei)*(NL+1));
Si = S*(1 - (Tensfrent + Tensre)/(2*S));
%
% Determinação do raio deformado R'(mm)
Rlinha(1) = R;
u = sqrt(Deltah/Rlinha(1));
L = sqrt(Rlinha(1)*Deltah);
for i=1:10
% Modelo de Ekelund P/W (Kgf/mm) - Equação 23
Ekelund(i) = Sbiax*L*(1 + (1.6*u*L - 1.2*Deltah)/Somah);
%
if i ~= 10
% Expressão de Hitchcock R' (mm) - Equação 15
Rlinha(i+1) = R*(1 + (Cmed*Ekelund(i))/Deltah);
u = sqrt(Deltah/Rlinha(i+1));
L = sqrt(Rlinha(i+1)*Deltah);
end
end
Rdef = Rlinha(10);
Ddef = 2*Rdef;
%
% Ângulo de contato (rad) pela equação 16
Alfa = sqrt(Deltah*(1 - Deltah/(4*Rdef))/Rdef);
%
U = 1 - Tensfrent/Sf; % Auxiliares para cálculo de Hn (adm)
V = 1 - Tensre/Saux; % Auxiliares para cálculo de Hn (adm)
Z = sqrt(Rdef/hf); % Auxiliares para cálculo de Hi (mm)
Hi = 2*Z*atan(Z*Alfa); % Parâmetro inicial da equação Bland&Ford (adm)
%
% Posição do ângulo neutro no arco de contato (adm)
Hn = Hi/2 - log((hi*U)/(hf*V))/(2*u);
if Hn < 0
msg = 'Condições de operação inviáveis, com ângulo neutro negativo, fora do arco de contato.'
return
end
%
% Cálculo do ângulo neutro alfan (rad)
Alfan = tan(Hn/(2*Z))/Z;
Ef = 100*Ef; % Mudança de Ef para valores percentuais (%)
if Alfan > Alfa
msg = 'Condições de operação inviáveis, com ângulo neutro maior que o ângulo de contato.'
return
end
n = Alfa/l; % Tamanho(rad) de cada intervalo do arco de contato
fi = Alfa; % Variável de integração para o arco de contato
for i = 1:(l+1)
if i > 1
100
if i < (l + 1)
h(i) = hf + Ddef*(1 - cos(fi));
else
fi = 0;
h(i) = hf; % Espessura final da tira (hf)
end
else
h(i) = hi; % Espessura inicial da tira (hi)
end
%
% Armazena espessura tira ao longo do arco de contato (h)
Matriz(1,i) = h(i);
%
% Cálculo da deformação logarítmica E ao longo do arco de contato
E(i) = abs(log(hi/h(i)) + Ei);
%
% Armazena deformação logarítmica E ao longo do arco de contato em porcentagem (%)
Matriz(2,i) = 100*E(i);
%
% Cálculo da tensão de escoamento S ao longo do arco de contato (Kgf/mm2)
S(i) = SigmaZero + KL*E(i)^NL;
%
% Armazena tensão de escoamento S ao longo do arco de contato (Kgf/mm 2)
Matriz(3,i) = S(i);
%
% Cálculo do parâmetro H da equação Bland&Ford ao longo do arco de contato
H(i) = 2*Z*atan(Z*fi);
%
if fi > Alfan
P(i) = S(i)*V*h(i)*exp(u*(Hi - H(i)))/hi;
else
P(i) = S(i)*U*h(i)*exp(u*H(i))/hf;
end
%
% Armazena distribuição de pressão P- e P+ no arco de entrada e saída (Kgf/mm2)
Matriz(4,i) = P(i);
fi = fi - n; % Decrementa o valor n da variável fi (rad)
end
%
for i = 1:3:(l-2)
S7(i) = P(i+1) + P(i+2);
SomaS7 = sum(S7); % Soma equivalente a [S7]
end
%
for i = 3:3:(l-3)
S8(i) = P(i+1);
SomaS8 = sum(S8); % Soma equivalente a [S8]
end
%
% Integral da carga de laminação (Eq 6.46 - Helman)
Int = 3*n*(P(1) + 3*SomaS7 + 2*SomaS8 + P(l+1))/8;
%
% Largura média da tira - valor em (mm)
if hf == 6.35
Wmed = 50.80;
elseif hf == 6.25
Wmed = 50.80;
elseif hf == 6.10
Wmed = (50.80 + 50.90)/2;
elseif hf == 6.00
101
%
clear all;
%
% Diâmetro e raio dos cilindros sem deformação (mm)
D = 55.0000; R = 0.5*D;
%
% Folga entre os cilindros do laminador Machine (mm)
folga = 0.45;
%
% Coeficiente de Poisson do material dos cilindros - 0,27 < Poisson < 0,30
PoissonMax=0.30; PoissonMin=0.27;
%
% Módulo de Young do material dos cilindros (Kgf/mm2) - 190(GPa) < Young < 210(GPa)
ModYoungMin = (190*10^3)/9.8; ModYoungMax = (210*10^3)/9.8;
%
% Tensão ou limite de escoamento do material a ser laminado (Kgf/mm2)
Yuniax = 13.2; Sbiax = 2*Yuniax/sqrt(3);
%
% Cálculo do coeficiente C médio da expressão de Hitchcock (mm2/Kgf)
Cmin = 16*(1-PoissonMin^2)/(pi*ModYoungMax);
Cmax = 16*(1-PoissonMax^2)/(pi*ModYoungMin);
Cmed = (Cmax + Cmin)/2;
%
% Carregamento dos dados apurados no laminador Machine
% wi hi gap hf wf
% Dados = [50.80 6.45 6.00 6.45 50.80;
% 50.80 6.45 5.80 6.35 50.80;
% 50.80 6.45 5.60 6.25 50.80;
% 50.80 6.45 5.40 6.10 50.90;
% 50.80 6.45 5.20 6.00 50.90;
% 50.80 6.45 5.00 5.85 51.00;
% 50.80 6.45 4.80 5.70 51.00];
%
% Calculo da redução e soma das espessuras das tiras
for i = 1:7
gap(i) = Dados(i,3); hf(i) = Dados(i,4);
Deltah(i) = Dados(i,2) - Dados(i,4);
Somah(i) = Dados(i,2) + Dados(i,4);
Wmed(i)=(Dados(i,1)+ Dados(i,5))/2;
end
%
n = 2;
for i=1:10
% Condição em que R' = R (sem deformação nos cilindros)
Ekelund(1,i) = 0;
Rdef(1,i) = R;
end
%
while n < 8
% Condição em que R' ~= R (com deformação nos cilindros)
Rdef(n,1) = R;
u(n,1) = sqrt(Deltah(n)/Rdef(1,1));
L(n,1) = sqrt(Rdef(1,1)*Deltah(n));
for i=1:10
% Modelo de Ekelund P/W (Kgf/mm) - Equação 23
Ekelund(n,i) = Sbiax*L(n,i)*(1 + (1.6*u(n,i)*L(n,i) - 1.2*Deltah(n))/Somah(n));
%
103
if i ~= 10
% Expressão de Hitchcock R' (mm) - Equação 15
Rdef(n,i+1) = R*(1 + (Cmed*Ekelund(n,i))/Deltah(n));
u(n,i+1) = sqrt(Deltah(n)/Rdef(n,i+1));
L(n,i+1) = sqrt(Rdef(n,i+1)*Deltah(n));
end
end
n = n + 1;
end
%
% Dados obtidos a partir da rotina Bland&Ford para cada amostra
CargaBlandFord(1) = 0.0000; CargaBlandFord(2) = 0.6026; CargaBlandFord(3) = 1.0396;
CargaBlandFord(4) = 1.7301; CargaBlandFord(5) = 2.2219; CargaBlandFord(6) = 3.0142;
CargaBlandFord(7) = 3.8672;
%
% Valores de carga medidos no laminador para cada amostra
CargaMedida(1) = 0.000; CargaMedida(2) = 0.693; CargaMedida(3) = 1.429;
CargaMedida(4) = 1.812; CargaMedida(5) = 2.451; CargaMedida(6) = 2.823;
CargaMedida(7) = 3.267;
%
% % Cálculo da cedagem e da carga de laminação pelo modelo de Ekelund
for i = 1:7
CargaEkelund(i) = Wmed(i)*Ekelund(i,10)/1000;
CedEkelund(i) = (hf(i)- gap(i))/CargaEkelund(i);
CedBlandFord(i) = (hf(i)- gap(i))/CargaBlandFord(i);
CedMedida(i) = (hf(i)- gap(i) - folga)/CargaMedida(i);
end
%
% Plota os gráficos
n = 1:1:7;
figure(1);
plot(hf(n),CargaEkelund(n),'-bo',hf(n),CargaBlandFord(n),'-kd',hf(n),CargaMedida(n),'-r*','LineWidth',2);
xlabel('Espessura Final da Tira (mm)');
ylabel('Carga de Laminação P (ton)');
legend('Ekelund','CargaBlandFord','CargaMed','Location','NorthEast');
grid;
%
figure(2);
plot(n,CedEkelund(n),'-bo',n,CedBlandFord(n),'-kd',n,CedMedida(n),'-r*','LineWidth',2);
xlabel('Número da Amostra ( n )');
ylabel('Cedagem do Laminador 1/K (mm/ton)');
legend('CedEkelund','CedBlandFord','CedMed','Location','NorthEast');
grid;
104
%
clear all;
%
% Diâmetro e raio dos cilindros sem deformação (mm)
D = 55.000; R = 0.5*D;
%
% Velocidade de rotação dos cilindros (rpm)
Urot = 26.44;
%
% Coeficiente de Poisson do material dos cilindros - 0,27 < Poisson < 0,30
PoissonMax=0.30; PoissonMin=0.27;
%
% Módulo de Young do material dos cilindros (Kgf/mm2) - 190(GPa) < Young < 210(GPa)
ModYoungMin = (190*10^3)/9.8; ModYoungMax = (210*10^3)/9.8;
%
% Cálculo do coeficiente C médio da expressão de Hitchcock (mm2/Kgf)
Cmin = 16*(1-PoissonMin^2)/(pi*ModYoungMax);
Cmax = 16*(1-PoissonMax^2)/(pi*ModYoungMin);
Cmed = (Cmax + Cmin)/2;
%
% Carregamento dos dados apurados no laminador Machine
% wi hi gap hf wf
Dados = [ 50.8 6.45 6.00 6.45 50.8;
50.8 6.45 5.80 6.35 50.8;
50.8 6.45 5.60 6.25 50.8;
50.8 6.45 5.40 6.10 50.9;
50.8 6.45 5.20 6.00 50.9;
50.8 6.45 5.00 5.85 51.0;
50.8 6.45 4.80 5.70 51.0];
%
% Calculo do atrito, largura média, redução e soma das espessuras
for i = 1:7
hf(i) = Dados(i,4);
Wmed(i)=(Dados(i,1)+ Dados(i,5))/2;
Deltah(i) = Dados(i,2) - Dados(i,4);
Somah(i) = Dados(i,2) + Dados(i,4);
Atrito(i) = sqrt(Deltah(i)/R);
end
%
% Carga de laminação transcritas das rotinas de predição de carga P/W (Kgf/mm)
Ekelund(1) = 0.000; Ekelund(2) = 26.104; Ekelund(3) = 36.722;
Ekelund(4) = 48.571; Ekelund(5) = 55.154; Ekelund(6) = 63.889;
Ekelund(7) = 71.705;
%
BlandFord(1) = (1000*0.000)/Wmed(1); BlandFord(2) = (1000*0.603)/Wmed(2);
BlandFord(3) = (1000*1.040)/Wmed(3); BlandFord(4) = (1000*1.730)/Wmed(4);
BlandFord(5) = (1000*2.222)/Wmed(5); BlandFord(6) = (1000*3.014)/Wmed(6);
BlandFord(7) = (1000*3.867)/Wmed(7);
%
Medida(1) = (1000*0.000)/Wmed(1); Medida(2) = (1000*0.693)/Wmed(2);
Medida(3) = (1000*1.429)/Wmed(3); Medida(4) = (1000*1.812)/Wmed(4);
Medida(5) = (1000*2.451)/Wmed(5); Medida(6) = (1000*2.823)/Wmed(6);
Medida(7) = (1000*3.267)/Wmed(7);
%
% Cálculo de R' (mm) segundo os modelos pela expressão de Hitchcock - Equação 15
RdefEkel(1) = R; RdefBland(1) = R; RdefMed(1) = R;
105
for i = 2:7
RdefEkel(i) = R*(1 + Cmed*Ekelund(i)/Deltah(i));
RdefBland(i) = R*(1 + Cmed*BlandFord(i)/Deltah(i));
RdefMed(i) = R*(1 + Cmed*Medida(i)/Deltah(i));
end
%
% Cálculo do ângulo de contato modificado (Equação 16) e
% do ângulo neutro (Equação 12) da tira com os cilindros do laminador
for i = 1:7
AlfaLEkel(i) = sqrt(Deltah(i)*(1-(Deltah(i)/(4*RdefEkel(i))))/RdefEkel(i));
AlfaNEkel(i) = asin((Atrito(i)*sin(AlfaLEkel(i)) + cos(AlfaLEkel(i)) - 1)/(2*Atrito(i)));
%
AlfaLBland(i) = sqrt(Deltah(i)*(1-(Deltah(i)/(4*RdefBland(i))))/RdefBland(i));
AlfaNBland(i) = asin((Atrito(i)*sin(AlfaLBland(i)) + cos(AlfaLBland(i)) - 1)/(2*Atrito(i)));
%
AlfaLMed(i) = sqrt(Deltah(i)*(1-(Deltah(i)/(4*RdefMed(i))))/RdefMed(i));
AlfaNMed(i) = asin((Atrito(i)*sin(AlfaLMed(i)) + cos(AlfaLMed(i)) - 1)/(2*Atrito(i)));
%
end
%
% Cálculo da velocidade tangencial (Equação 17) e de saída (19) das tiras laminadas
for i = 1:7
VrEkel(i) = (2*pi*RdefEkel(i)*Urot)/60;
LbdfEkel(i) = (1+((cos(AlfaNEkel(i))*2*RdefEkel(i)/hf(i))-1)*(1-cos(AlfaNEkel(i))));
LbdfEkel(1) = 1;
VfEkel(i) = VrEkel(i)*LbdfEkel(i)
%
VrBland(i) = (2*pi*RdefBland(i)*Urot)/60;
LbdfBland(i) = (1+((cos(AlfaNBland(i))*2*RdefBland(i)/hf(i))-1)*(1-cos(AlfaNBland(i))));
LbdfBland(1) = 1;
VfBland(i) = VrBland(i)*LbdfBland(i)
%
VrMed(i) = (2*pi*RdefMed(i)*Urot)/60;
LbdfMed(i) = (1+((cos(AlfaNMed(i))*2*RdefMed(i)/hf(i))-1)*(1-cos(AlfaNMed(i))));
LbdfMed(1) = 1;
VfMed(i) = VrMed(i)*LbdfMed(i)
end
%
% Plota gráfico da velocidade de saída das tiras dos cilindros do laminador
n=1:1:7; figure(1);
plot(n,VfEkel(n),'-bo',n,VfBland(n),'-kd',n,VfMed(n),'-r*','LineWidth',2);
xlabel('Número da Amostra (n)');
ylabel('Velocidades de Saída (mm/s)');
legend('por Ekelund','por BlandFord','por Carga Medida','Location','SouthEast');
grid;
106
/*CABEÇALHO
Entrada analógica e saída serial modulada PWM
* Lê as entradas analógicas e mapeia o resultado em largura de pulso (PWM) no sinal de saída para a faixa
mais adequada a cada variável medida pelos sensores
* Imprime o resultado obtido no monitor serial e na saída Bluetooth do HC-05
Os sensores:
* Motor DC usado como sensor conectado no pino A0 da entrada analógica (+) (sentido horário)
* Motor DC usado como sensor conectado no pino A2 da entrada analógica (-) (sentido anti-horário)
* Célula de carga 1 conectada no pino A1 da entrada analógica
* Célula de carga 2 conectada no pino A3 da entrada analógica
* Sensor infravermelho (IR) conectado no pino 5 da entrada digital
Considerações:
* O motor DC ocupa duas entradas analógicas do ADS0500 (A0 e A2) devido à inversão de polaridade
em seu sinal de saída, quando se mede a velocidade dos cilindros do laminador nos dois sentidos de giro
* A força total nos cilindros de laminação resulta da soma dos sinais medidos em cada uma das células
de carga (células 1 e 2)
// DECLARAÇÃO DE VARIÁVEIS
float MotorDC0 = 0; // Valor lido no motor DC (+)
float MotorDC2 = 0; // Valor lido no motor DC (-)
float Celula1 = 0; // Valor lido na célula 1
float Celula2 = 0; // Valor lido na célula 2
float durationH = 0; // Define variável para receber o tempo HIGH do pulso entrada
float durationL = 0; // Define variável para receber o tempo LOW do pulso entrada
float periodo = 0; // Define variável para receber o tempo LOW do pulso entrada
float freqIR = 0; // Define variável para receber a frequência do sinal entrada
float rpm = 0; // Define variável para receber a velocidade giro do cilindro