GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DA CULTURA COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA

DEPARTAMENTO DE APOIO AO SISTEMA EDUCACIONAL
PROGRAMA PRÉ-UNIVERSITÁRIO / SEDUC
PROF.(A): ADIVANDO, ANDRÉ...

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS (19/08/2023)

01 MATEMÁTICA NO ENEM

RAZÃO E PROPORÇÃO GRANDEZAS PROPORCIONAIS

RAZÃO
Na matemática, a razão é o quociente de dois números.
𝒂
Representa-se por: a : b ou , com b ≠ 0.
𝒃

PROPORÇÃO

É uma igualdade entre duas razões

Se os números a, b, c, e d, não nulos, formam nessa ordem
uma proporção então:

a c

b d
Propriedade fundamental das proporções
Em toda proporção o produto dos meios é igual ao produto
DICA: Qualquer relação de proporcionalidade direta entre
dos extremos.
grandezas pode ser encontrada pela regra de três.
a c
  a d  bc FUNÇÕES
b d

DICA: Existem muitas razões importantes no FUNÇÃO POLINOMIAL DO

cotidiano que podem aparecer também no Enem, como: 1º GRAU
 densidade (razão entre massa e volume); 𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏
 densidade demográfica (razão entre quantidade de
pessoas e área); ANÁLISE GRÁFICA
 velocidade (razão entre o espaço e o tempo).

PORCENTAGEM
Porcentagem é uma razão entre dois números com base
100. Seu símbolo principal é %.

Exemplo 1: Em uma sala de aula há 30 alunos, dos quais

40% são meninas. Quantas meninas têm na sala?
0,40 ∗ 30 = 12

Exemplo 2: 25 representa quantos por cento de 200?

25 ✔ Quando o valor da ordenada (y) não se altera
= 0,125 = 12,5% mesmo mudando o valor da abscissa (x), temos uma
200
função constante.
DICA: O assunto matemática financeira, mais
especificamente, porcentagem, foi o mais cobrado nas provas
anteriores do enem, além de questões específicas, também
aparece dentro de outras questões. É preciso estar atento aos
diversos cálculos percentuais, às operações com números
decimais, em especial à multiplicação e divisão.
É indispensável interpretar e entender tabelas e gráficos.

PREUNISEDUC/2023 - 1
Relação de função afim com o movimento retilíneo uniforme. Figuras planas
FUNÇÃO QUADRÁTICA

✔ É essencial atinar que o vértice representa o valor

máximo ou mínimo das funções quadráticas
𝑓(𝑥) = 𝑎𝑥² + 𝑏𝑥 + 𝑐

, com a ≠ 0.
𝑎 < 0 → 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 ; 𝑎 > 0 → 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚í𝑛𝑖𝑚𝑜
𝑏 ∆
𝑥𝑣 = − e 𝑦𝑣 = −
2𝑎 4𝑎 Figuras Espaciais
✔ Para resolução de algumas questões será
necessário a habilidade de transformar informações
em funções.

✔ Soma e produto das raízes de uma função

Quadrática

Soma das raízes: Produto das raízes:

x ' + x '' x ' × x ''
b c
S= - P=
a a
DICAS:
1) O Enem já explorou lei de formação,
comportamento gráfico e valor numérico.
Especificamente sobre as funções polinomiais do 2º
grau, o Enem costumar cobrar que o candidato
consiga encontrar o vértice da parábola, ou seja, o
ponto de máximo e de mínimo da função.
2) Entre as demais funções, o Enem não costuma
cobrar função modular, mas função exponencial
e função logarítmica já apareceram na prova,
com questões que exigiam encontrar o valor
numérico delas.
3) As funções trigonométricas, as que mais
apareceram na prova foram a função seno e
cosseno. Nesse caso, é importante saber o valor
numérico da função e também que o valor máximo
do cosseno e do seno é sempre igual a 1 e que o
valor mínimo é sempre igual a -1.
GEOMETRIA
1) Entenda os conceitos básicos da geometria (ponto,
reta, plano, retas paralelas, retas concorrentes e retas
perpendiculares).
2) Conheça todos os ângulos: agudo(0°<x<90°), reto(x=90°)
e obtuso(90°<x<180°).
3) Saiba calcular a área, perímetro e volume.
4) Domine os triângulos
 Triângulo equilátero: possui todos os lados e ângulo
internos iguais (60º).
 Triângulo escaleno: possui todos os lados e ângulos
internos distintos.
 Triângulo isósceles: possui dois lados e dois ângulos
internos congruentes (iguais).
 Triângulo retângulo: possui um dos ângulos internos de
90º.
5) Saiba o nome das figuras geométricas
6) Memorize as fórmulas para cálculo e áreas de figuras
planas e volume de sólidos geométricos.
ESTATÍSTICA
Entre os conhecimentos da estatística está o estudo das
variáveis e dos conjuntos de dados, além das medidas de
tendências centrais, que são as médias, a moda e a mediana.
MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL
São utilizadas para representar um conjunto de dados como
um todo, identificando as características apresentadas pelo
conjunto. As medidas de tendência central estudadas aqui
são três: média, mediana e moda.
Média
A média (Me) é calculada somando-se todos os valores de
um conjunto de dados e dividindo-se pelo número de
elementos deste conjunto.
Moda
A Moda (Mo) representa o valor mais frequente de um
conjunto de dados, sendo assim, para defini-la basta observar
a frequência com que os valores aparecem.
Um conjunto de dados é chamado de bimodal quando
apresenta duas modas, ou seja, dois valores são mais
frequentes.
Mediana
A Mediana (Md) representa o valor central de um conjunto de
dados. Para encontrar o valor da mediana é necessário
colocar os valores em ordem crescente ou decrescente.
Quando o número elementos de um conjunto é par, a
mediana é encontrada pela média dos dois valores centrais.
Assim, esses valores são somados e divididos por dois.
MEDIDAS DE DISPERSÃO
 Amplitude
 Desvio
 Variância
 Desvio Padrão
São usadas para determinar o grau de variação dos números
de uma lista com relação à média.

PREUNISEDUC/2023 - 2
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PROGRAMA PRÉ-UNIVERSITÁRIO / SEDUC
AULÃO DE ATUALIDADES (19/08/2023)
TEMA: A Reforma trabalhista e a precarização do mercado de trabalho
no Brasil
PROPOSTA DA REDAÇÃO
TEXTO 1
TEXTO 2
Na avaliação de economistas, as mudanças irão aquecer o
mercado de trabalho e reduzir os custos dos empregadores.
Para procuradores do trabalho, a reforma acaba com direitos
dos trabalhadores. Entenda os principais efeitos.
A terceirização irrestrita e o aumento da pejotização
resultarão em perdas de direitos trabalhistas, na avaliação da
Associação Nacional dos Procuradores do Trabalhos (ANPT),
da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra) e do Sindicato Nacional dos Auditores
Fiscais do Trabalho (Sinait).
Em nota técnica, as três entidades sustentam que as
propostas da reforma “demonstram a intenção de precarizar
o trabalho, aumentando os ganhos do capital a partir da
redução de direitos dos trabalhadores”.
Para o presidente da ANPT, Ângelo Fabiano Farias da Costa,
as mudanças trarão “um retrocesso social inimaginável” e
podem gerar condenações do Brasil em organismos
internacionais por descumprimento de convenções
ratificadas.
O texto prevê uma quarentena de 18 meses para que uma
empresa de uma pessoa que antes era funcionária seja
contratada pela companhia a que o trabalhador tinha um
vínculo anterior.
Isso seria uma barreira à chamada “pejotização”, fraude
trabalhista quando o funcionário atua, na prática, como se
fosse CLT, mas não tem direitos trabalhistas, como hora extra
ou férias.
A ANPT alerta, contudo, que a reforma permite que um
funcionário demitido seja recontratado se for trabalhador de
uma empresa terceirizada. De acordo com a entidade, 80%
dos acidentes de trabalho acontece com essa categoria.
O salário do grupo é 24% menor do que o dos empregados
formais, de acordo com o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e tercei-
COMPONENTES CURRICULARES: REDAÇÃO, HISTÓRIA e
SOCIOLOGIA
PROF.(A): DANIELLE, JAIRTON e EDUARDO
rizados trabalham 3 horas a mais por semana, em média, do
que contratados diretamente.
Fonte: http://www.huffpostbrasil.com
TEXTO 3
MEDIDAS PROVISÓRIAS QUE PERMANECERÃO EM 2023
As medidas provisórias que devem permanecer no ano
de 2023 são aquelas que visam preservar empregos,
garantindo a saúde e segurança no ambiente de trabalho. É
importante que essas medidas sejam mantidas de forma a
garantir direitos aos trabalhadores.
A lei 14.020/2020 regulamentou o teletrabalho no Brasil,
garantindo direitos aos que trabalham de forma remota. Com
o aumento do teletrabalho durante a pandemia da COVID-19,
especialistas no setor indicam que essa modalidade de
trabalho continue a ser regulamentada.
A reforma trabalhista permitiu a negociação da jornada de
trabalho entre empregadores e trabalhadores, garantindo
mais flexibilidade no ambiente de trabalho. Essa medida pode
ser mantida, desde que sejam respeitados os direitos dos
trabalhadores.
Os principais ítens que mais estão em destaque para que se
mantenham esses direitos aos trabalhadores incluem as
horas extras e o descanso semanal remunerado.
Outro tema que deve se manter no ano de 2023 é a
negociação de remunerações variáveis. Deve ser mantida,
desde que sejam respeitados todos os direitos dos
trabalhadores.
Trabalho aos domingos
As últimas mudanças significativas na legislação trabalhista
sobre o trabalho aos domingos ocorreram em 2017 com a
aprovação da reforma trabalhista.
De acordo com a reforma trabalhista, o trabalho aos
domingos é permitido desde que haja acordo entre as partes
ou aprovação por convenção coletiva de trabalho.
Além disso, o trabalho aos domingos e feriados deve ser
remunerado com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor
da hora normal de trabalho.
Lei do Estagiário
A CTASP – Comissão de Trabalho de Administração e
Serviço Público da Câmara Federal em Brasília permitiu
alterações na lei do estagiário. Em destaque a possibilidade
do aluno adiar e prorrogar o tempo de cumprimento do estágio
por um período de até 6 meses após a conclusão do curso.
Também está em discussão a alteração para até 3 anos do
contrato de estágio do estudante. Isso quando o estudante
permanecer no mesmo emprego. Essas medidas ainda estão
em processo de votação para serem aprovadas.
https://pontogo.com.br/leis-trabalhistas-2023-o-que-muda-reforma-trabalhista-leis/
PROPOSTA DE REDAÇÃO
Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos
conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
PREUNISEDUC/2023 - 3
texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua
portuguesa sobre o tema A Reforma trabalhista e a
precarização do mercado de trabalho no Brasil:,
apresentando proposta de intervenção social que respeite os
direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu
ponto de vista.
Atenção às palavras-chave do tema!
REFORMA
TRABALHISTA
PRECARIZAÇÃO
MERCADO DE
TRABALHO
PLANEJAMENTO DO TEXTO
Planejar o texto significa elaborar um esquema que se deixa
perceber a seleção, a relação, a organização e a
interpretação das informações, fatos, opiniões e argumentos
em defesa de um ponto de vista.
• Atenção! Primeiro vem o planejamento do texto. Depois,
vem o rascunho.
• As etapas do planejamento de texto
• Leitura dos textos motivadores, destacando os trechos
mais importantes da proposta.
• Listagem de ideias sobre o tema.
• Organização dessas ideias.
• Quais as duas problemáticas a serem desenvolvidas?
• Quais repertórios são pertinentes ao tema em discussão?
• Quais ações podem ser usadas para a articulação com os
problemas?
• Quais agentes podem intervir nos problemas
selecionados?
Atenção! Tudo isso deve ser pensado, selecionado e
planejado, com atenção, antes da escrita do texto. Inclusive a
leitura atenta dos textos motivadores pode ajudar na seleção
desses argumentos.
ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO-ARGU-
MENTATIVO
INTRODUÇÃO- 6 linhas e 3 períodos (sugestão)
1º período: repertório sociocultural;
2º período: transição do repertório+ tema;
3º período: argumentos a serem discutidos nos D1 e D2.
 No texto, você deverá escrever dois parágrafos de
desenvolvimento para defender sua ideia.
DESENVOLVIMENTOS- 8 linhas a 10 linhas e 5 períodos
(sugestão)
1º período: tópico frasal + tema;
2º período: explicação do tópico frasal;
3º período: repertório sociocultural;
4º período: desenvolvimento do repertório;
5º período: conclusão da ideia.
CONCLUSÃO- 6 linhas a 7 linhas e 4/5 períodos
(sugestão)
1º período: retomada do tema;
2º período: intervenção completa para o D1;
3º período: intervenção para o D2;
4º período: retomada do contexto da introdução.
REPERTÓRIOS DE HISTÓRIA PERTINENTES AO TEMA
TRABALHO: UMA DEFINIÇÃO
O Trabalho é uma construção social. Cada sociedade produz
historicamente o significado desta palavra. Logo, cada corpo
social simboliza o trabalho a partir de suas características
históricas, políticas, sociais e econômicas.
Podemos definir a palavra trabalho como o conjunto de
atividades desenvolvidas com um determinado objetivo final.
Essas atividades podem ser realizadas em grupo ou de
maneira individual. No decorrer da história ocidental a
humanidade desenvolveu diferentes modos de trabalho, entre
eles o primitivo, escravo, feudal, capitalista e socialista.
HISTÓRIA DO TRABALHO OCIDENTAL
A palavra trabalho deriva do latim, tripalium, que significa “três
paus”. O termo era utilizado para nomear um instrumento de
tortura, formado de três estacas de madeira cruzadas.
Nos primórdios da humanidade o trabalho, a qual chamamos
de trabalho primitivo, buscava resolver as necessidades do
ser humano com relação a sua sobrevivência: caça, pesca,
construções e agricultura. Havia pouca divisão do trabalho e
os indivíduos estavam em posições de poder iguais. Além
disso, ocorria também a divisão sexual do trabalho. Enquanto
os homens ficavam responsáveis por sair em busca de caça,
as mulheres ficavam responsáveis por proteger os
acampamentos e cuidar das crianças e os mais velhos.
Após o fomento das primeiras civilizações houve um
crescimento populacional e uma maior complexidade nas
relações sociais, sendo que uns grupos detiveram o poder e
submeteram outros grupos ao seu domínio, daí surgiram
novas formas de trabalho e isso foi sendo modificado até
chegarmos as relações atuais.
Durante a Antiguidade Oriental, destacamos a forma de
produção asiática na qual predominava trabalho de servidão
coletiva. Nesta estrutura todas as terras pertenciam ao
Estado, representado pelas figuras do imperador, rei ou faraó.
Estes se apropriavam do excedente agrícola, dividindo-o
entre a nobreza, formada por sacerdotes e guerreiros. Os
donos do poder controlavam a produção de alimentos e o
trabalho era imposto a servos e escravos que iriam trabalhar
nas imensas obras públicas, especialmente canais de
irrigação e monumentos.
Na Antiguidade Clássica predominava o travalho escravo.
Esta forma de labuta considera o escravizado uma
propriedade privada de seu senhor. Os primeiros
escravizados foram os devedores e posteriormente os
prisioneiros de guerra.
Durante a Idade Média, a escravização começou a perder
força e a servidão ocupou esse lugar. O servo não é
considerado uma propriedade privada, enquanto na
escravidão, o escravo é uma coisa, um objeto, que pode ser
vendido, trocado ou negociado. Na transição da Idade Média
para a Moderna, surgem as corporações, que eram espécies
de associações de trabalhadores que buscavam proteger
PREUNISEDUC/2023 - 4
suas profissões, controlando a qualidade e o preço dos
produtos a serem vendidos.
Durante a antiguidade, o medievo e a idade moderna, havia
uma ideia de desqualificação do trabalho e do trabalhador, já
que aquele que labutava era visto como inferior. O momento
histórico que se contrapõe a esse fator é o calvinismo durante
as Reformas Religiosas que surgiram a partir do século XVI.
O calvinismo observava o trabalho como algo que enobrece
o ser humano.
No século XVIII, após a I Revolução Industrial surgida na
Inglaterra, enraíza a sociedade capitalista. O capitalismo é um
sistema volátil, que se modifica conforme o contexto em que
está presente. Portanto, da mesma forma, o trabalho dentro
do modelo capitalista possui características diversas a partir
das questões sociais, políticas e econômicas de dada época
ou sociedade.
A Revolução Industrial marcou a transição do modo de
produção artesanal para a maquinofatura, através de uma
atividade industrial mecanizada. Com ela, ocorreu uma maior
divisão do trabalho e definiu uma dicotomia entre os
detentores dos meios de produção (burguesia) e aqueles que
vendiam sua mão de obra (proletariados). Os proletariados
não eram detentores dos meios de produção, trabalhavam a
salários baixos, não possuíam direitos trabalhistas,
realizavam longas jornadas de trabalho e viviam em
condições precárias. Por isso se organizaram e a partir de
suas lutas obtiveram Direitos Trabalhistas como salário
mínimo, descanso remunerado, carteira de trabalho, direito a
salubridade, férias remuneradas e legislações que
protegessem o trabalho e o trabalhador.
TRABALHO NO BRASIL
Durante o Brasil Colonial (1500-1822), o Brasil, predo-
minantemente utilizou a mão de obra escravizada negra. Isso
por uma série de fatores como a falsa ideia de superioridade
branca e europeia, questões religiosas que afirmavam que
negros eram sem alma ou originários de Can e pelo fator
econômico do lucro obtido pelos portugueses no tráfico
transatlântico. Onde houve escravidão houve luta e por esse
fator, no ano de 1888 ela teve fim.
Mesmo com a mão de obra livre, o Brasil do final do século
XIX e início do século XX ainda tinha uma mentalidade
escravocrata, seja no campo ou na cidade. Os trabalhadores
que lutavam por seus direitos eram caso de polícia ou de
execução. Ainda assim, o proletariado brasileiro continuou na
lida por conquistas legislativas para humanização do trabalho.
Destacamos o movimento anarcosindicalista do início do
século XX e a Greve Geral de 1917.
Pela luta dos trabalhadores e para acomodação das elites, na
década de 1930, foram criadas as primeiras Leis Trabalhistas
e em 1943 a Consolidação das Leis Trabalhistas. A luta
continuou durante o Populismo no Brasil (1946-64) e Ditadura
Militar (1964-1985), destacamos o Movimento Operário do
ABC.
Mais uma vez, pela luta proletária, a Constituição de 1988, em
seu artigo decretou uma série de conquistas entre direitos e
garantias no âmbito trabalhista entre elas estavam a proteção
ao salário na forma da Lei, a jornada de trabalho, o repouso
remunerado e tantos outros inseridos dentre seus incisos. No
entanto, a Nova Reforma Trabalhista é contraditória aos
princípios constitucionais e os direitos conquistados outrora
pois precariza as formas de trabalho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa: Terceirização. 3ª Edição.
Ed. Juspodvim, 2017.
PALMA, Darléa Carine; GEREMIAS, Elizabete. DIREITOS
SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS. As políticas públicas de
combate ao trabalho escravo contemporâneo como
instrumento de efetivação do direito fundamental digno.
Florianópolis – Santa Catarina – SC, p. 237. Disponível em
<https://www.conpedi.org.br/publicacoes/c178h0tg/rma2ey1
m/ZJBQUaNMKqQBcRd1.pdf> acesso 26/04/18
PERROT, Michelle. Os excluídos da história. Rio de
Janeiro, Paz e Terra. 1987.
"Schawrcz, Lilia M. e Starling, Heloisa M. Brasil: Uma
Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 322.
p. 362.
REPERTÓRIOS DE SOCIOLOGIA PERNTINENTES AO
TEMA
A Reforma Trabalhista e a Precarização do Mercado de
Trabalho no Brasil
A Reforma Trabalhista, promulgada no Brasil em 2017, trouxe
consigo significativas mudanças nas relações laborais do
país. Defendida pelo governo como uma medida para
modernizar a legislação trabalhista e estimular a economia,
essa reforma gerou debates acalorados no campo da
sociologia, especialmente em relação aos seus impactos na
precarização do mercado de trabalho brasileiro.
Antes de adentrarmos nos aspectos sociológicos dessa
problemática, é importante contextualizar a Reforma
Trabalhista. Aprovada em meio a um cenário de crise
econômica e altas taxas de desemprego, ela visava flexibilizar
as normas trabalhistas, promovendo maior autonomia para
empregadores e empregados negociarem diretamente as
condições de trabalho.
Contudo, para muitos sociólogos e estudiosos do trabalho,
essa flexibilização trouxe consigo consequências
preocupantes. Um dos principais pontos de discussão refere-
se à terceirização e ao trabalho intermitente, modalidades que
se expandiram após a reforma. A terceirização, antes restrita
a atividades-meio das empresas, foi ampliada para
atividades-fim, o que pode levar à precarização das
condições de trabalho, com empresas contratando mão de
obra terceirizada em detrimento dos direitos e proteções
garantidos aos trabalhadores contratados diretamente.
O trabalho intermitente, por sua vez, permite que o
empregado seja contratado para trabalhar apenas em
determinados períodos, recebendo apenas pelas horas
efetivamente trabalhadas. Essa modalidade pode gerar
insegurança financeira e incerteza quanto à renda mensal do
trabalhador, criando uma situação de vulnerabilidade e
precarização laboral.
Outro aspecto abordado é a flexibilização da jornada de
trabalho. A Reforma permitiu a adoção de jornadas de
trabalho mais longas, bem como a possibilidade de
negociação de banco de horas individualmente, sem
necessidade de acordo coletivo. Isso pode gerar um ambiente
em que os trabalhadores sintam-se pressionados a aceitar
condições desfavoráveis para não perderem seus empregos,
contribuindo para a precarização das relações de trabalho.
Além disso, a redução do poder de atuação dos sindicatos,
também uma consequência da Reforma Trabalhista, pode
enfraquecer a representação dos trabalhadores e dificultar a
PREUNISEDUC/2023 - 5
negociação coletiva em busca de melhores condições uma alegoria das mudanças que ocorrem no mercado de
laborais. trabalho, alertando sobre a necessidade de políticas públicas
Vale ressaltar que a precarização do mercado de trabalho não que busquem garantir condições dignas e justas para os
é um fenômeno exclusivo do Brasil e, de fato, é uma trabalhadores em meio a essas transformações.
tendência global. No entanto, a forma como as mudanças
legislativas foram implementadas no país pode agravar esse
quadro, tornando-se um desafio para a sociedade e os
formuladores de políticas públicas.
Em suma, a Reforma Trabalhista no Brasil trouxe mudanças
significativas nas relações de trabalho, permitindo maior
flexibilidade e autonomia nas negociações entre
empregadores e empregados. No entanto, essas mudanças
também suscitaram preocupações no campo da sociologia,
pois podem aprofundar a precarização do mercado de
trabalho, com o enfraquecimento dos direitos e proteções aos
trabalhadores. Diante desse cenário, é fundamental um
acompanhamento rigoroso dos impactos dessa reforma para
garantir que as mudanças trabalhistas promovam de fato uma
melhoria na qualidade do emprego e no bem-estar dos
trabalhadores, sem comprometer seus direitos e segurança
no trabalho.
Cinema, Globalização e a Precarização do Trabalho
A Reforma Trabalhista e o filme "A Fantástica Fábrica de
Chocolate" de Tim Burton apresentam uma correlação
interessante em relação à precarização do mercado de
trabalho.
O filme retrata a história de Charlie Bucket, um jovem que vive
em condições modestas e que ganha uma rara oportunidade
de visitar a misteriosa Fábrica de Chocolate de Willy Wonka,
um excêntrico e enigmático dono da fábrica. A fábrica é um
lugar de maravilhas e magia, onde tudo é produzido em
escala impressionante, e onde Willy Wonka usa a tecnologia
e a automação para criar os produtos.
Nesse contexto, o pai de Charlie trabalha em uma fábrica que
produz pasta de dentes e é substituído por uma máquina,
evidenciando a automatização e a substituição da mão de
obra humana por tecnologia. Essa cena do filme reflete
diretamente a questão da Reforma Trabalhista e a
precarização do mercado de trabalho no Brasil.
Assim como a Fábrica de Chocolate de Willy Wonka, a
modernização e o avanço tecnológico em diversos setores da
economia, incluindo a indústria, têm impactado o mercado de
trabalho. A Reforma Trabalhista, como mencionado
anteriormente, flexibilizou as relações laborais, permitindo
maior autonomia nas negociações entre empregadores e
empregados. Porém, essa flexibilização pode ter efeitos
negativos, levando à terceirização e ao trabalho intermitente,
resultando em condições mais precárias para os
trabalhadores.
No filme, a substituição do pai de Charlie por uma máquina
na fábrica de pasta de dentes reflete o mesmo tipo de
situação que ocorre no mercado de trabalho brasileiro: a
substituição de trabalhadores por máquinas ou a adoção de
contratos mais precários, como o trabalho intermitente, que
podem gerar insegurança financeira e desproteção social.
Ambos os contextos, tanto o filme quanto a realidade da
Reforma Trabalhista no Brasil, destacam como a tecnologia e
a modernização podem impactar negativamente os
trabalhadores, aumentando a precarização do mercado de
trabalho e acentuando as desigualdades sociais. Portanto, o
filme "A Fantástica Fábrica de Chocolate" pode ser visto como

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 FOLHA DE REDAÇÃO
TEMA: ____________________________________________________________________________________
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Polo Pré-universitário: Município:

Aluno:
Professor(a) responsável:

RESERVADO AO PROFESSOR
NÍVEL POR COMPETÊNCIA E SITUAÇÃO
Competência 0 40 80 120 160 200 ( ) Texto em branco
Comp. I ( ) Fuga ao tema
Comp. II ( ) Número insuficiente de linhas
Comp. III ( ) Cópia do texto motivador
Comp. IV ( ) Formas propositais de anulação
Comp. V ( ) Não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa
NOTA FINAL

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